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UFPE – CCEN – DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA – ÁREA II

1a Questão -
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 2a Questão -
PRIMEIRO EXERCÍCIO ESCOLAR 3a Questão -
PRIMEIRO SEMESTRE DE 2004 4a Questão -
5a Questão -
14 de junho de 2004
Total -
GABARITO
1. (2,0 pontos) Seja f (x, y) = x3 + y 2 .

(a) Calcule a aproximação linear L(x, y) de f (x, y) em torno do ponto (1, 1).

(b) Calcule a aproximação de Taylor P2 (x, y) de ordem 2 de f (x, y) em torno do ponto


(1, 1).

(c) Estime o valor de f (1, 1 ; 0, 9) usando a aproximação linear e usando a aproximação


de Taylor de segunda ordem. Calcule os erros obtidos nas duas estimativas.
(OBS: f (1, 1 ; 0, 9) = 2, 141.)

Solução : Precisamos calcular as derivadas parciais de ordens 1 e 2 no ponto (1, 1).

f (1, 1) = 2 fx (1, 1) = 3x2 |(1,1) = 3 fy (1, 1) = 2y |(1,1) = 2


fxx (1, 1) = 6x |(1,1) = 6 fxy (1, 1) = fyx (1, 1) = 0 |(1,1) = 0 fyy (1, 1) = 2 |(1,1) = 2
(a) A aproximação linear em torno do ponto (1, 1) é:

L(x, y) = 2 + 3(x − 1) + 2(y − 1)

(b) O polinômio de Taylor de grau 2 é:

P2 (x, y) = 2 + 3(x − 1) + 2(y − 1) + 12 (6(x − 1)2 + 0 + 2(y − 1)2 )


= 2 + 3(x − 1) + 2(y − 1) + 3(x − 1)2 + (y − 1)2

(c) f (1, 1 ; 0, 9) ≈ L(1, 1 ; 0, 9) = 2, 1 e


f (1, 1 ; 0, 9) ≈ P2 (1, 1 ; 0, 9) = 2, 14

Na aproximação linear o erro é 2, 141 − 2, 1 = 0, 041 e na aproximação quadrática o


erro é 2, 141 − 2, 14 = 0, 001.
2. (2,0 pontos) Suponha que f : R3 → R é uma função tal que ∇f (1, 1, 1) = (5, 2, 1).
d
Seja γ(t) = (t2 , t−3 , t). Encontre (f (γ(t))) para t = 1.
dt
Solução : Pela regra da cadeia:
d
(f (γ(t))) = ∇f (γ(t)).γ 0 (t)
dt
Para t qualquer, γ 0 (t) = (2t, −3t−4 , 1). Em t = 1,

d
(f (γ(1))) = ∇f (γ(1)).γ 0 (1) = ∇f (1, 1, 1).(2, −3, 1) = (5, 2, 1).(2, −3, 1) = 5.
dt

3. (2,0 pontos) A temperatura em um ponto (x, y) do plano é dada por T (x, y) = x2 y−exy .

(a) Em que direção u a temperatura cresce mais rapidamente no ponto P = (1, 1)?
Qual a derivada direcional nesta direção?

(b) Determine a taxa de variação da temperatura no ponto P = (1, 1) na direção P~O.


(O ponto O é a origem (0, 0)).

Solução : Precisamos calcular o vetor ∇T (1, 1). Temos:

Tx (1, 1) = 2xy − yexy |(1,1) = 2 − e


Ty (1, 1) = x2 − xexy |(1,1) = 1 − e

(a) No ponto (1, 1), a temperatura cresce mais rapidamente na direção do vetor
∇T (1, 1) = (2 − e, 1 − e). A derivada direcional nessa direção é
p √
||∇T (1, 1)|| = (2 − e)2 + (1 − e)2 ) = 2e2 − 6e + 5.

(b) A taxa de variação de T no ponto (1, 1) na direção P~O = (−1, −1) é Du T onde
u = (− √12 , − √12 ) e

1 1 2e − 3
Du T = ∇T (1, 1).u = (2 − e, 1 − e).(− √ , − √ ) = √
2 2 2

4. (2,5 pontos) Considere a função f : R2 → R dada por f (x, y) = 3 xy.

(a) Mostre que fx (0, 0) e fy (0, 0) existem e calcule-as.

(b) A função f é diferenciável em (0, 0)? Justifique.

(c) A função f é diferenciável em (1, 2)? Justifique.

Solução :
f (h, 0) − f (0, 0) 0−0
fx (0, 0) = lim = lim =0
(a) h→0 h h→0 h
f (0, k) − f (0, 0) 0−0
fy (0, 0) = lim = lim =0
k→0 k k→0 k
(b) Como f (0, 0) = 0, fx (0, 0) = 0 e fy (0, 0) = 0, em torno de (0, 0), a aproximação linear
é L(x, y) = 0. Para saber se f é diferenciável em (0, 0), devemos verificar se
E(h, k)
lim = 0, onde E(h, k) = f (h, k) − L(h, k) = f (h, k).
(h,k)→(0,0) ||(h, k)||
Tomando o caminho (h, k) = (t, t) (t > 0), temos:
√3 2
E(h, k) t 1 1
lim = lim+ √ = lim+ √ 1 = ∞.
(h,k)→(0,0) ||(h, k)|| t→0 2
t +t 2 t→0 2 t3

Logo, o limite não existe e, portanto, f não é diferenciável em (0, 0).

(c) Para x 6= 0 e y 6= 0:
2 y
fx (x, y) = 31 y(xy)− 3 = √
3
e
2 3 x y2
1 − 23 √ x
fy (x, y) = 3
x(xy) = ,
3 3 x2 y 2

que são quocientes de funções contı́nuas e, portanto, são contı́nuas onde o denominador
não se anula. Em particular, essas derivadas parciais são contı́nuas em (1, 2). Portanto f
é diferenciável em (1, 2).

5. (1,5 pontos) Determine os pontos sobre o hiperbolóide de duas folhas x2 +y 2 −4z 2 = −2


onde o plano tangente é paralelo ao plano x + y + 8z = 0.

Solução : Podemos considerar o hiperbolóide como uma superfı́cie de nı́vel da função


f (x, y, z) = x2 + y 2 − 4z 2 .
O plano tangente a essa superfı́cie no ponto (x0 , y0 , z0 ) é ortogonal ao vetor
∇f (x0 , y0 , z0 ) = (2x0 , 2y0 , −8z0 ) = 2(x0 , y0 , −4z0 ) que deve ser paralelo ao vetor (1, 1, 8).
Portanto:
x0 = λ
y0 = λ
z0 = −2λ
E, como (x0 , y0 , z0 ) está sobre o hiperbolóide,
x20 + y02 − 4z02 = −2 ⇒ λ2 + λ2 − 4.4λ2 = −2 ⇒ λ2 = 17 ⇒ λ = ± √17

Os pontos pedidos são: ( √17 , √17 , − √27 ) e (− √17 , − √17 , √27 )

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