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Direito Previdenciário

1- Seguridade social é o seguro do cidadão.

2- O objetivo da seguridade social é amparar o cidadão em situações em que ele não puder mais prover o sustento
pessoal ou da família.

3- A seguridade social visa prover o padrão mínimo de qualidade de vida para o cidadão em caso de contingências.

4- As contingências são situações que impedem o cidadão de prover o próprio sustento ou o sustento de sua família,
como: doença, velhice, desemprego, prisão, morte e etc.

5- A seguridade social é formada por previdência social, assistência social e saúde.

6- Apenas a previdência é por contribuição. Os outros serviços da seguridade social são gratuitos.

7- A seguridade social é financiada pela União e por toda a sociedade.

8- A previdência social é dividida em dois regimes: o RGPS e o RPPS.

9- O RGPS é o regime geral de previdência social. Ele é voltado para empresas privadas.

10- O RPPS é o regime próprio de previdência social. Esse é o regime dos efetivos e militares. Ou seja, dos
funcionários públicos concursados

11- A filiação a ambos é obrigatória. Ou seja, quem engessar em alguma atividade remunerada com vínculo formal
que seja abrangida por uma das duas categorias de regimes previdenciários, automaticamente está filiado.

12- E existe o regime complementar de previdência social. Ele é para quem não tem vínculo formal de trabalho e a
filiação a ele é voluntária.

13- O ingresso em ambos os regimes é compulsório, ou seja, não depende da vontade do segurado. Se o trabalho
pertencer a categoria abrangida por um dos dois regimes, o cidadão está automaticamente filiado.

14- O regime previdenciário brasileiro é contributivo, solidário, compulsório e autossustentável.

15- A previdência abrange contingências como doença, invalidez, desemprego, gravidez, prisão, velhice e morte.

16- As prestações previdenciárias podem ser em forma pecuniária, através de aposentadorias e pensões; ou podem
ser através de serviços, como a reabilitação profissional.

17- O RGPS, regime geral de previdência social, é o regime com mais filiados. Ele cobre a maioria dos trabalhadores
brasileiros, já que é próprio da iniciativa privada, que é a modalidade de trabalho predominante no Brasil.

18- Faz parte do RGPS o empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e o
segurado especial.

19- Além dessas categorias de contribuintes, o RGPS também possibilita o ingresso ao regime na condição de
contribuinte facultativo.

20- Segurado facultativo é quem não exerceu, ou exerce, atividade remunerada com vínculo formal, mas deseja
contribuir para contar tempo para a aposentadoria.

21- O ingresso a essa modalidade previdenciária é facultativo, ou seja, depende da vontade do cidadão de tornar-se
segurado.

22- A partir dos 16 anos é permitida a filiação a previdência, já que é a idade mínima permitida para trabalhar.

23- Catorze anos também é idade permitida para trabalhar, desde que na condição de jovem aprendiz

24- Como o sistema previdenciário brasileiro é compulsório, qualquer cidadão que ingresse em algum trabalho
abrangido pelo RGPS automaticamente filia-se a ele.

25- O RGPS é organizado pelo INSS.


26- O INSS é uma autarquia federal hoje ligada ao ministério da economia.

27- Não é permitido fazer parte do RGPS quem já pertence a um regime próprio de previdência ou presta serviço a
entidade estrangeira e é amparado por regime previdenciário do país para o qual se presta esses serviços.

28- Também faz parte do RGPS servidores em cargos comissionados e empregados públicos.

29- A previdência pode conceder aposentadoria por idade e tempo de contribuição.

30- A regra atual determina 65 anos homens e 60 anos mulheres, mais 35 de contribuição homens e 30 mulheres,
trabalhadores urbanos. Porém, a nova regra pós-reforma estabelece 65 anos de idade homens e 62 anos de idade
mulheres, mais 15 anos de contribuição para ambos.

31- Com a reforma, só é possível dar entrada na aposentadoria quando cumpridos os dois critérios: idade mais
tempo de contribuição.

32- Hoje, na legislação vigente, é possível se aposentar por idade e por tempo de contribuição. No entanto, quando
o segurado não preenche os dois critérios ( idade e tempo de contribuição), ele só pode receber 70% da média dos
valores dos salários contribuição, com aumento de 1% ao ano, por contribuição excedente, quando ainda não se
atingiu a idade, mas completou o tempo de contribuição. Ou até completar os 35 anos de contribuição se homem, e
30 anos se mulher, quando se chega a idade, mas não atingiu o tempo de contribuição. Isso para trabalhadores
urbanos.

33- Com a reforma, deixa de existir a aposentadoria por tempo de contribuição. Ficando apenas aposentadoria
por idade e contribuição. Homens podem requerer a aposentadoria aos 65 e mulheres aos 62, com 15 anos de
contribuição para ambos. (No caso do homem, a regra de 15 anos só é válida para quem já está no mercado.
Quem ainda vai ingressar será 20 anos de contribuição, totalizando 40 anos para chegar aos 100% do benefício)

34- Quando se tem o tempo de contribuição, mas ainda não de atingiu a idade, recebe-se 60% da média dos salários
contribuição, com aumento de 2% ao ano, até chegar aos 35 anos e passar a receber 100% do benefício.

35- No caso dos segurados especiais, trabalhadores rurais e os que dependem da pesca, a regra não muda. É preciso
ter 60 anos de idade homem e 55 anos de idade mulher, mais 15 anos de contribuição para ambos poderem
requerer a aposentadoria.

36- Com relação aos filiados ao RPPS, a regra da reforma prevê as mesmas idades, divergindo apenas no tempo de
contribuição. Servidores públicos devem ter 25 de contribuição, mais 10 anos no serviço público e 5 anos na atual
função.

37- Com relação aos professores da rede privada, é preciso, com a reforma, ter cumulativamente 52 anos mulher,
mais 25 anos de contribuição; e homem, 55 anos, mais 25 de contribuição. Em se tratando de professores da rede
pública, as mesmas idades, porém com outros critérios em relação ao tempo de contribuição. Ambos devem ter 25
anos de recolhimento, mais 10 anos no serviço público, com 5 anos no cargo.

38- Na vigente legislação, professores da rede privada homens deveriam contribuir por 30 anos e mulheres deveriam
contribuir por 25. E com relação a idade, homens poderiam requerer a aposentadoria a partir dos 60 e mulheres a
partir dos 55.

39- Além dos regimes obrigatórios, O RGPS e o RPPS, existe o regime complementar de previdência.

40- Para servidores públicos, para ele entrar em vigor é preciso lei ordinária do executivo de cada estado.

41- Com relação a previdência privada dos trabalhadores da iniciativa privada, esse tipo de previdência é facultativo
e por contrato.

42- Há dois tipos de previdências privadas: a aberta e a fechada.

43- A previdência aberta é feita geralmente por bancos, como a previdência do Bradesco, Santander, Itaú, entre
outras; e é para quem se interessar e aderir aos planos.
44- Previdência fechada é feita por grupos fechados, que contribuem para obter benefícios, como o Previ- Fundo de
pensões para empregados do banco do Brasil.

45- Assistência social é conjunto de ações da União e de toda a sociedade visando socorrer os necessitados que não
podem prover a manutenção própria.

45- Assistência social é para quem necessitar. Qualquer pessoa.

S46- A assistência social independente de contribuição, diferente da previdência.

47- Assistência social está como direito social na constituição.

48- Ela é realizada com recursos da seguridade social.

49- Para ter direito a assistência social só é preciso ter a necessidade do assistido.

50- E a assistência social está amparada por lei, a LOAS- lei orgânica de assistência social. Lei N° 8742/93.

51- A assistência social pode ser vista como serviço complementar à previdência. Não é obrigação da previdência
amparar os não contribuintes. Por isso a assistência social existe. É através dela que o estado socorre os mais
carentes que não tem condições de prover o próprio sustento.

52- A assistência social é o meio através do qual o estado socorre os necessitados. Por meio da assistência social, o
estado tenta diminuir o sofrimento dos mais carentes.

53- Enquanto a previdência social é seguro para o contribuinte, a assistência social é seguro para não contribuintes,
com algumas diferenças.

54- Conforme o primeiro inciso do artigo 203 da constituição, a assistência social será prestada a quem dela
necessitar, independente de contribuição. Ou seja, ela vai ser dada a qualquer pessoa, não importa a idade, o sexo, a
nacionalidade, a cor ou quem quer que seja. Estrangeiro, negro, branco, pardo, índio. Homem, mulher, criança,
idoso. Todos. Se for necessitado, o estado tem o dever de ajudar. O estado está obrigado por lei a ajudar.

55- Por isso, entende-se que a assistência social é instrumento de transformação social. Ou seja, através dela é
possível a criação de uma sociedade menos desigual. Isso faz valer o princípio da dignidade humana. Quem não
tinha condições comprar comida, passa a ter. Quem não tinha dinheiro para comprar roupa, passa a ter e etc.

56- A assistência social é financiada pela União e por toda a sociedade. E suas prestações vem de recursos da
seguridade social.

57- A assistência social foi regulamentada por lei, através da LOAS- lei orgânica de assistência social.

58- E a LOAS prevê o amparo aos mais frágeis, como a família, a infância, a maternidade, pessoas com deficiência e
idosos

59- Além disso, a LOAS também prevê o BPC, que é o benefício de prestação continuada.

60- O BPC é pagamento de um salário mínimo a pessoas com deficiência física e a idosos, a partir dos 65 anos e em
condição de pobreza, que comprovem não terem condições de ser sustentados por sua família.

61- A assistência social, disciplinada no artigo 203 da constituição federal, foi regulamentada pela LOAS. E pela LOAS
foi criada o SUAS, sistema único de assistência social.

62- A SUAS serve para gerir a assistência social.

63- É dever da União criar regras gerais, e dos estados e municípios coordenar e executar os programas.

64- Para o BPC ser concedido ao idoso, ele precisa ter 65 anos ou mais, e comprovar que não pode ser sustentado
por sua família. E a família é composta pelo requerente, cônjuge, filhos ou enteados solteiros, pai ou mãe, irmãos
solteiros ou padrasto, que vivam todos sob o mesmo teto.

65- Além disso, o benefício é personalíssimo, ou seja, não fica para ninguém, depois da morte do assistido. E
também não dá direito ao abono anual, isto é, ao 13° salário mínimo.
66- No caso de pessoas com deficiência física, a deficiência deve ser um impedimento de longo prazo. Entende-se
como longo prazo deficiência que impossibilite para o trabalho por no mínimo 2 anos.

67- Além disso, entende-se por deficiência problemas físicos, mentais ou sensorial, que impeça o portador de
trabalhar.

68- Além da deficiência, é necessária também a comprovação da impossibilidade da família de sustentar a pessoa
com a deficiência.

69- O benefício deverá ser revisado a cada 2 anos, para se comprovar junto ao INSS a permanência da deficiência e a
necessidade da continuidade de prestação do benefício.

70- O benefício cessa para ambos com morte do assistido, a superação da necessidade, a morte presumida do
beneficiário e o não comparecimento a revisão e a não apresentação, tanto do portador de deficiência quanto do
idoso, da declaração da composição do grupo familiar a que se pertence, no ato da revisão.

71- Tanto para o idoso a partir dos 65 anos quanto para a pessoa com deficiência física é necessário comprovar que a
renda per capita da família seja igual ou inferior a ¼ do salário mínimo, ou seja, a renda da família é igual ou menor
que 25% do salário mínimo.

72- O benefício não dá direito a abono anual, nem pode ser transferido para alguém em virtude de morte do
assistido. E ele deve ser revisto a cada dois anos.

73- E o não comparecimento a revisão pode ser causa de suspensão automática do benefício.

74- O BPC pode ser extinto em caso de morte do assistido. Como não é prestação de caráter previdenciária, não fica
para outra pessoa. Ou seja, o BPC é intransferível!

75- Ele também pode ser extinto em caso de saída da situação que o originou. Quem recebe por deficiência, caso
seja reabilitado e possa trabalhar, o benefício é cessado.

76- A morte presumida do assistido também faz o benefício cessar, quando ela é declarada em juízo.

77- Além disso, o idoso e o deficiente físico devem apresentar, no dia da revisão do benefício, a declaração de que
pertencem ao grupo familiar que tem o direito de recebê-lo. Caso contrário, o benefício deixa de ser pago.

78- Não existe apenas o BPC como prestação do estado ao cidadão necessitado. Há também outros serviços
assistenciais para as pessoas carentes.

79- Hoje existe o Cadúnico, que é o cadastro único da família. O cadastro único é o conjunto de informações das
famílias brasileiras em estado de pobreza, ou pobreza extrema, fornecidas ao Estado.

80- Através do Cadúnico, o governo federal, estadual e municipal utiliza essas informações para trazer melhorias
para essas famílias.

81- Pode ser inscrita no Cadúnico a família que a soma geral da renda de todos os membro não ultrapasse 3 salários
mínimos. Ou quando cada pessoa ganha meio salário mínimo.

82- A inscrição no Cadastro Único fornece ao cidadão o NIS, que é o número de identificação social. E esse número
dá direito ao inscrito o acesso a alguns benefícios sociais assistências.

83- Ele é um serviço exclusivo para famílias de baixa renda, ou seja, para famílias que no geral, a soma de todos os
salários, não ultrapasse a 3 salários mínimos. Ou que cada membro ganhe meio salário mínimo.

84- O cadastro único é uma porta de entrada para outros serviços assistenciais por parte de famílias de baixa renda.

85- O serviço assistencial mais conhecido é o programa Bolsa Família, antigo Bolsa Escola, que também veio do Vale
Gás.

86- Ao todo, são cerca de 16 serviços assistenciais, a nível federal, para famílias de baixa renda.
87- BPC, Bolsa Família, Bolsa Verde, PETI; Minha Casa, Minha vida; Carteira do Idoso, Formento, Brasil Carinhoso,
Programa de Cisternas, Telefone Popular, Carta Social, Pro-Jovem Adolescente, Tarifa Social de Energia, Passe
livre para pessoas com deficiência, Isenção de Taxas em Concursos Públicos.

88- O Bolsa Família é um benefício assistencial para famílias pobres ou extremamente pobres no valor de R$ 48,00.
Ele também pode ser cumulativo até R$ 96,00.

89- Outro benefício assistencial é o BPC, benefício de prestação continuada. É o benefício pecuária no valor de um
salário mínimo mensal ao idoso a partir dos 65 anos e a pessoa com deficiência física, que comprove não ter
condições de sustentar-se ou ser sustentado por sua família.

90- Outro benefício assistencial para inscritos no Cadúnico é a isenção do pagamento da taxa de inscrição em
concursos públicos. Quem é cadastrado como baixa renda pode solicitar isenção do pagamento da taxa de inscrição
por meio do NIS – número de identificação social.

91- Outro serviço assistencial disponível para família classificadas como baixa renda é a tarifa social de energia.
Através desse programa, família que tenham o NIS tem um desconto na conta de energia, quando o consumo não
exceder a 220 Kw no mês.

92- Minha casa minha vida é outro serviço assistencial prestado a pessoas de baixa renda. Através desse programa é
dado um subsídio no financiamento da casa própria, que reduz as parcelas.

93- O programa de sistemas de cisternas é outro serviço oferecido às famílias de baixa renda que vivem na zona
rural dos municípios semiáridos e sofrem com a falta de abastecimento de água. Esse benefício leva a construção de
uma cisterna com água potável ao lado das casas dessa região.

94- Bolsa verde é outro programa do governo voltado para famílias de baixa renda que vivem em situação de
miséria e moram em áreas de proteção ambiental. Essas famílias recebem R$ 300,00 do governo de três em três
meses, por dois anos e pode ser renovado. Para ter direito ao benefício, é preciso que a família more na área de
preservação ambiental e desenvolva atividade sustentável dos recursos naturais. Ribeirinhos, Índios, Extrativistas,
Quilombolas, entre outras. O objetivo do Bolsa verde é basicamente incentivar o uso sustentável e proteção dos
ecossistemas e melhorar a qualidade de vidas das pessoas que moram nesses locais.

95- Também existe o PETI- programa de erradicação do trabalho infantil. Ele tem por objetivo proteger a criança
menor de 16 anos de qualquer forma de trabalho, garantindo sua frequência na escola e atividades socioeducativas.
O governo federal paga através da Caixa Econômica uma valor aos pais ou responsáveis pela criança. É R$ 25,00 por
criança em área com até 250 mil habitantes, e R$ 40,00 por criança, em área com mais de 250 mil habitantes, seja
urbana ou rural.

96- Isenção de Taxa de Inscrição em Concursos é outro benefício concedido pelo governo a quem pertence ao grupo
de famílias de baixa renda. Geralmente serve para concursos públicos da esfera federal. Através do NIS, a concessão
da isenção da taxa de inscrição é automática.

97- Passe livre é outra política pública voltada a pessoas com deficiência física, mental ou auditiva, através da qual o
governo concede isenção do pagamento de passagem para viagens municipais ou interestaduais.

98- O Brasil carinhoso é serviço social voltada às creches. Ele alcança famílias assistidas pelo bolsa família, com
crianças de até 15 anos.

99- A carteira do idoso é outro benefício assistencial oriundo da lei de assistência social. Através da carteira do
idoso, o assistido tem 50% de desconto em viagens interestaduais. Ela é dada a quem tem mais pde 60 anos e que
não possuam comprovação de renda. Se o assento preferencial para idoso estiver vazio, o idoso pode ocupa-lo e não
pagar nada. Se estiver ocupado, o idoso só paga meia. Isso é acobertado por lei, no estatuto do idoso.

100- Outro programa assistencial do governo federal voltado para famílias de baixa renda, inscritas no Cadúnico, é o
fomento. O fomento é um incentivo no valor de R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00 para famílias da área rural, para que
possam investir na atividade agrícola. Famílias que recebam o bolsa família também têm direito a receber.
Silvicultores, Aquicultores, Pescadores e Extrativistas têm o direito de receber.
101- Outro benefício do governo para inscritos no Cadúnico é a telefonia popular. É o acesso a uma linha fixa de
telefonia com desconto na assinatura mensal e franquia de 90 minutos em ligações locais.

102- Outro benefício para famílias baixa-renda é a carta social. Quem é inscrito no Bolsa família pode enviar carta
com peso de no máximo 10 gramas e pagar apenas 0,01 centavos. Qualquer pessoa inscrita no Cadúnico, com o NIS
pode enviar até 5 cartas por dia e pagar apenas 0,1 centavo por dia.

103- O Projovem é outro programa do governo federal voltado a juventude de baixa renda. E o objetivo do
Projovem é alcançar jovens e adolescentes em situação de risco social, integra-los a escola e capacitação
profissional. Os inscritos recebem uma ajuda de 100 reais do governo, tanto os urbanos como os rurais.

104- A assistência social tem por objetivos a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos.

105- Através da proteção social, o governo procura atender as necessidades da família, da maternidade, da criança e
do adolescente e do idoso e da pessoa com deficiência.

106- Através da vigilância socioassitencial o governo faz levantamentos de áreas e locais de risco social, faz estudos
dos locais e das carências das comunidades e suas vulnerabilidades.

107- Por meio da defesa de direitos, o governo procura garantir o pleno acesso aos direitos assistências. É uma
atividade mais administrativa. Através dela, o governo torna acessível a população os direitos da assistência social.

108- A assistência social visa basicamente reduzir as desigualdades sociais e combater a pobreza, melhorando a
qualidade de vida dos menos favorecidos.

109- A sociedade participa da assistência social através das ONGs, organizações não governamentais que também
trabalha para socorrer os necessitados. Elas surgem como intuito de atender demandas específicas locais, como por
exemplo, ONGs para crianças de rua ou dependentes químicos e usuários de drogas.

110- A assistência social será financiada com recursos da seguridade social e de outras fontes.

111- A LOAS regulamentou o FNAS, fundo nacional de assistência social. E é com recursos desse fundo e das
contribuições da união, estados, municípios e do DF que são realizados as prestações da assistência social à
população.

112- Os recursos da União são repassados automaticamente ao FNAS.

113- Os repasses só podem ser feitos se o estado e o município criar o conselho de assistência social. E esse conselho
deve ser formado por membros do governo e da sociedade civil. E atrelado a esse conselho deve existir o fundo de
assistência social e o plano de assistência social, para a coordenação e execução dos programas.

114- E além disso, é permitido aos estados e ao distrito federal vincular cinco décimos por cento de sua receita
tributária a programas de apoio a inclusão social.

115- Esses recursos, no entanto, não podem ser direcionados a nenhuma outra atividade, como pagamento de
pessoal, dívida ou qualquer outra dívida não vinculada diretamente as ações e programas sociais.

116- Com relação a saúde, ela também faz parte da seguridade social e também, assim como a assistência,
independe de contribuição, ou seja, é gratuita.

117- Conforme está escrito no artigo 196 da constituição, serviços voltados a saúde é direito de todos e dever do
Estado.

118- Todos, indistintamente, tem o direito de ter acesso aos hospitais públicos e serem atendidos com dignidade.

119- Cabe ao Estado, através de políticas públicas, promover ações para diminuir os riscos, proteger e recuperar a
saúde da população.

120- Como medidas preventivas, temos vacinação gratuita e regular, distribuição de preservativos, distribuição de
panfletos alertando sobre formas de prevenção de doenças, combate a endemias e etc.

121- É dever exclusivo do Estado regulamentar, fiscalizar e controlar ações voltadas para a saúde.
122- E os serviços de saúde fazem parte do ministério da Saúde.

123- A saúde é financiada com recursos da seguridade social e de outras fontes.

124- Ela pode ser promovida diretamente pelo estado, através de vários serviços, como construção de hospitais,
distribuição de medicamentos e médicos.

125- E também pode ser promovida de forma direita e indireta, por meio de terceiros e até da iniciativa privada, de
forma complementar.

126- A saúde pública é gerida e organizada pelo ministério da Saúde, através do SUS, sistema Único de saúde.

127- E sobre o financiamento da saúde, a união deve contribuir através de no mínimo 15% da receita líquida anual.

128- Com relação aos estados, eles devem destinar parte dos recursos provenientes dos impostos. E o mesmo vale
para os municípios.

129- Assim como as demais ciências jurídicas, o direito previdenciário tem seus princípios. E com base nesses
princípios o sistema previdenciário é regido.

130- Existem os princípios gerais e os princípios específicos.

131- Os princípios gerais são comuns a todos os ramos do direito. E os princípios específicos são exclusivos de certo
ramos do direito.

132- A seguridade social, seja a assistência social, a saúde e a previdência, está subordinada ao princípio da
legalidade.

133- O princípio da legalidade diz que só se é obrigado a fazer o que se está em lei. Com relação a sua aplicabilidade
ao direito previdenciário, não se pode pagar nenhuma contribuição não prevista em lei. Como também se é
obrigatório pagar, e é crime não fazê-lo, contribuição regulamentada por lei.

134- Ele também está subordinado ao princípio da igualdade. E esse princípio diz que todos são iguais perante a lei.
Com relação a sua aplicabilidade no direito previdenciário, é possível, por ele, tratar igual os iguais e de maneira
desigual os desiguais. Isso justifica as contribuições proporcionais ao salário e o tempo de aposentadoria diferente
para área urbana e rural.

135- Outro princípio geral é o princípio do direito adquirido. Não se pode tirar direitos já adquiridos, quando já se
preencheu as condições que a lei impõe.

136- No que diz respeito ao direito previdenciário, quando ainda não se preencheu as condições necessárias para se
ter direito a determinado benefício, o que existe é expectativa de direito. Para quem já preencheu parte, existem
regras de transição.

137- Existe o princípio da solidariedade. E a solidariedade é a base da seguridade social. Todos contribuem para que
todos possam desfrutar, inclusive quem não contribuiu. Um ajuda o outro.

138- Existe o princípio da universalidade da cobertura e do atendimento.

139- Universalidade da cobertura tem relação com os problemas que dão direito aos benefícios, ou seja, as
contingências.

140- A universalidade do atendimento tem a relação com quem será atendido: todos.

141- Outro princípio é a uniformidade e equivalência das contribuições. Ele deve ser uniforme porque deve-se
tratar as populações urbanas e rurais de modo igual, ambos com mesmos direitos. E deve ser equivalente porque as
contribuições devem ser baseadas nos salários de cada um.

142- Existe o princípio da irredutibilidade dos valores e benefícios. Não pode baixar salários, pensões e
aposentadorias.
143- Princípio da diversidade da base de financiamento. A seguridade social é mantida por meio de contribuições da
União e de toda a sociedade. Vai para a seguridade social contribuições do empregado, da empresa e do
empregador, além de concursos prognósticos.

144- A seguridade social também segue o princípio democrático e descentralizado. Por esse princípio, a gestão da
seguridade social é qudripartite, ou seja, a gestão tem participação da União e da sociedade, isto é, representantes
dos aposentados e pensionistas, empregadores, empregados e do membros do governo.

145- As regras gerais cabem a união e a coordenação e execução cabe aos estados e municípios.

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