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25/02/2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS

Ativos e sua Mensuração

(Ribeiro Filho et al., 2009) –


Capítulo 6

Teoria da Contabilidade – Fernanda Victor – 2014/01

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FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS

Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito

Ativo é o potencial de benefícios líquidos que se


espera obter de um agente.

(exemplo da árvore e da mesa)

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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição

 Potencial de benefícios líquidos;


 Que se espera obter;
 De um agente:

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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição


 Potencial de benefícios líquidos: significa que
ativo é um estoque de utilidades, ou potencial de
serviços esperados de um agente, em
determinado momento do tempo. Os benefícios
são líquidos, isto é, o que sobre depois que são
considerados os ativos sacrificados para extrair
esses benefícios.
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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição

 Que se espera obter: significa que o que importa


em um ativo, em qualquer momento do tempo, é
o benefício esperado por acontecer no futuro, e
não o benefício que já ocorreu.

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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição

 De um agente: significa que o ativo é algo que


age, que está em atividade ou em uso. O agente
pode ser corpóreo, digamos um veículo, ou
incorpóreo, como o ar. Não se deve confundir o
agente com os benefícios que ele gera, mas são
estes que determinam o valor daquele.
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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição

Para o mundo dos negócios e para a contabilidade,


ativo é qualquer bem que esteja sob o controle
das empresas ou das pessoas e que possa ser
convertido em dinheiro.

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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição


Na medida em que podemos não conhecer com
clareza o valor de certos bens incorpóreos até
que sejam vendidos ou resgatados, os ativos
também podem ser definidos como “prováveis
benefícios econômicos futuros, obtidos ou
controlados por uma pessoa ou empresa, que
resultem de transações ou eventos passados”.
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Visão Panorâmica de Ativo

• Conceito – elementos da definição

Os prováveis benefícios econômicos futuros


requerem a potencialidade de o ativo,
isoladamente ou em conjunto com outros ativos,
contribuir, direta ou indiretamente, para os fluxos
líquidos de caixa futuros da entidade.

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Visão Panorâmica de Ativo

Conceito – elementos da definição

Características essenciais nessa definição:


- a entidade pode controlar o acesso ao benefício;
- a existência prévia de um evento ou transação
que gera o direito de a entidade controlar o
benefício do ativo;

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Visão Panorâmica de Ativo

O que é avaliação de ativos?

• Processo de atribuir valor monetário aos


elementos contábeis;
• O produto final do processo de avaliação é um
número que transmite a ideia do quanto o ativo
vale em termos monetários.

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Avaliação de Ativos - Métodos

Valores de Entrada: Valores de Saída

- Custo Histórico - Valor Realizável Líquido


- Custo Histórico Corrigido - Valor de Liquidação
- Custo Corrente - Equivalentes Correntes de Caixa
- Custo Corrente Corrigido - Valor Presente Líquido

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Visão Panorâmica de Ativo


Avaliação de Ativos – Premissas (expectativas
sobre três elementos)

1) O montante, em termos monetários, dos fluxos futuros


de benefícios líquidos;
2) O momento da ocorrência dos fluxos futuro de
benefícios e dos sacrifícios eventualmente necessários
para extrair os benefícios futuros do ativo;
3) A taxa de desconto para trazer os fluxos futuros a valor
presente.
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Avaliação de Ativos – Premissas
Sempre haverá o risco de não ocorrência das
expectativas. O risco pode ser considerado no
cálculo do valor do ativo de duas maneiras:
- Por meio da redução, proporcionalmente à
incerteza, nos fluxos futuros líquidos de caixa
esperados;
- Ou pelo aumento da taxa que descontará os fluxos
futuros a valor presente.

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Avaliação de Ativos – Objetividade x Relevância

Como o ativo deveria ser retratado pela contabilidade?

Pelo seu valor subjetivo (futuro), e por isso mesmo


relevante, ou pelo seu custo objetivo, verificável e
confiável (passado), porém irrelevante?

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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada

Estabelece que o custo dos recursos sacrificados


(histórico) ou sacrificáveis (corrente), para obter um
ativo que será avaliado é uma aproximação razoável
do seu valor. São métodos que priorizam a
objetividade e a confiabilidade da informação,
sacrificando, por essa razão, a utilidade ou
relevância da informação.

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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada

O custo para adquirir um ativo pode ser uma boa


aproximação de seu valor no momento da aquisição,
porém depois de algum tempo, o custo inicial
(histórico) pode ficar bastante defasado em relação
ao preço que seria pago em determinado momento
futuro, nas condições que ele se encontra. Surge daí
a ideia de avaliação por custo corrente.

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Visão Panorâmica de Ativo


Avaliação de Ativos – Valores de Entrada

Tanto o custo histórico como o custo corrente podem


se defasar em relação aos custos originalmente
considerados quando se está em uma economia
inflacionária, daí as derivações desses dois métodos
em custo histórico corrigido e custo corrente
corrigido.

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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada
Custo Histórico
Deriva da noção de que se a empresa está em
continuidade (going concern), é prudente a avaliação
dos ativos de uso pelo seu custo de aquisição, pois o
excesso de seus benefícios em relação à expiração
desses custos por meio da depreciação, quando do
reconhecimento das receitas geradas pela venda dos
produtos, compensaria as eventuais subavaliações que
pudessem resultar da avaliação pelo seu custo original.

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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada
Custo Histórico
O lucro maior voltaria gradualmente a aproximar o
patrimônio líquido do seu valor justo, à medida que o
ativo de uso, avaliado pelo custo, fosse sendo
consumido. As distorções estariam presentes nos
elementos individuais, mas não no patrimônio todo,
pois este seria ajustado pelo lucro.

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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada
Custo Histórico Corrigido
Este método preserva o custo original de aquisição do
imobilizado de uso, ajustando-o pela inflação do
período. Um custo original de $100, depois de uma
inflação de 10% seria de $110. Portanto, esse método
é, no fundo, o mesmo custo histórico antes discutido.
O que há é apenas a manutenção do mesmo custo
original em uma data posterior, pois sob inflação ele já
não representaria mais o valor que fora desembolsado
no momento de aquisição.
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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada
Custo Corrente
O custo corrente é o valor que seria continuamente pago
pelo ativo de uso se ele tivesse que ser adquirido no
mercado no estado em que se encontra. É o custo que
reporia, no momento corrente, o mesmo bem. Se for
admitido como verdadeiro que o custo histórico esteja
mais próximo do valor do bem no momento da
aquisição, então o custo de reposição do bem usado,
em cada momento, também estaria mais próximo do
valor remanescente desse bem usado.
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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada
Custo Corrente
O lucro a custo corrente preserva a manutenção do
capital físico, pois não haveria o risco de os recursos
necessários para repor os ativos de uso consumidos
serem distribuídos aos sócios, como ocorreria com o
lucro a custo histórico.

LER OBSERVAÇÕES NA PAG. 94.

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Avaliação de Ativos – Valores de Entrada
Custo Corrente Corrigido

Ajuste do custo corrente pela inflação, do período


compreendido entre a última avaliação pelo
custo corrente até o momento atual.

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Avaliação de Ativos – Valores de Saída

Coloca o foco nas expectativas do dinheiro que se


espera receber quando da saída (baixa) do ativo do
balanço da empresa. São métodos que priorizam a
utilidade ou relevância da informação, sendo por isso
mais subjetivos.

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Avaliação de Ativos – Valores de Saída
Valor Realizável Líquido

Consiste no valor líquido que a empresa obteria se


tivesse que desfazer-se do ativo em uma situação
normal, de continuidade do seu negócio. Reforça que a
avaliação terá que considerar todos os custos
necessários para baixar o ativo (Ex. contabilidade
financeira, a avaliação das Duplicatas a Receber, ou da
carteira de clientes, é aproximadamente feita pelo
método de VRL. LER PÁGINA 96
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Avaliação de Ativos – Valores de Saída
Equivalente Corrente de Caixa

Estabelece que os ativos deveriam ser avaliados pelo


valor que seria obtido se eles tivessem que ser
convertidos em dinheiro, em cada momento corrente,
em um cenário de liquidação ordenada. Requer
previsões de quando e quanto seria obtido em dinheiro
por cada um dos seus ativos no futuro. Os valores
futuros esperados seriam ajustados para os seus
equivalentes correntes.
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Avaliação de Ativos – Valores de Saída
Valor de Liquidação
Algumas regras contábeis assumem a premissa de que
a empresa é uma entidade continuamente em marcha,
sem uma data de interrupção definida. Quando se
conhece, a priori, que a empresa será descontinuada,
em uma condição de liquidação forçada, pode ser
importante saber o valor que será pago para saldar os
compromissos existentes com seus provedores de
capital, primeiro os credores e depois os próprios
donos.
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Avaliação de Ativos – Valores de Saída
Valor Presente Líquido

É a expressão matemática da própria definição de


ativo. Os benefícios que se espera obter de um agente
(ativo) são as rendas líquidas que se espera obter do
mesmo ao longo de um tempo futuro. Uma vez que o
dinheiro possui valor no tempo, as rendas líquidas
devem ser trazidas a valor presente a uma taxa que
reflita o custo do dinheiro e o risco de não ocorrência
das renda. LER PAG. 97
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• Reflexões sobre alguns temas especiais

 Ativos Tangíveis vs Ativos Intangíveis;


 Goodwill
 Derivativos
 Lucro Residual

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• Reflexões sobre alguns temas especiais

Apesar de todos os ativos terem diferentes


formas, todos têm a mesma essência: são
potenciais de benefícios econômicos líquidos,
sob controle de uma entidade, que ela espera
obter de um agente.
A natureza de um ativo não está no bem em si,
mas nos benefícios, serviços ou utilidades que
ele gera.
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• Goodwill

É um ativo cujo valor está associado à


diferença entre o valor da empresa e a
expressão monetária do PL contábil.
- Intangível é aquilo que não é representado no
balanço?
- É a diferença entre o preço da empresa no
mercado e o valor de seu PL contábil?

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• Goodwill
Um ativo vale o seu custo de oportunidade, e
este é o valor de um recurso em seu melhor
uso alternativo, conforme a intenção da
administração. Se a intenção da gestão é
continuar com a empresa, seu custo de
oportunidade implícito é maior do que o
preço de mercado das ações, pois se fosse
inferior seria mais vantajoso vender a
empresa no mercado.
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• Goodwill

Assim podemos generalizar goodwill como


sendo a diferença entre o custo de
oportunidade da empresa e seu patrimônio
líquido mensurado pela contabilidade.

Isso nos diz o quanto vale o goodwill, mas não


nos diz sua natureza e características!!!
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• Goodwill
Vamos imaginar que todos os ativos e
passivos da empresa fossem mensurados
pelo seu fair value (ou custo de
oportunidade).
Haveria ainda, neste cenário, espaço para
um valor individualizado do goodwill ou ele
já estaria totalmente incorporado no valor
econômico dos elementos contabilizados?
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• Goodwill

Ou seja, ao se representar no balanço o fair


value dos ativos e passivos
individualizáveis, o PL assim mensurado já
seria o valor do custo de oportunidade da
empresa ou ainda restaria um goodwill a
mensurar?

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• Goodwill
O Goodwill pode ser entendido como um
aumento no potencial de serviços da
empresa que resulta de um processo de
harmonização da contribuição dos ativos
individuais.
O todo é maior que a soma das partes
quando estas contribuem na medida exata
que lhes cabe para um objetivo comum. É o
que chamamos de sinergia.
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• Goodwill
Se os elementos patrimoniais forem
mensurados a fair value, o PL estaria
representando, em cada momento, o custo de
oportunidade das decisões já implementadas.
Ou seja, as decisões já implementadas
caracterizam o patrimônio físico, uma vez que
ativos e passivos que delas resultam são
tangibilizados patrimonialmente, isto é, são
representados no balanço.
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• Goodwill
Mas, ainda assim, estaria faltando o
patrimônio intangível, cujo valor está
associado às decisões planejadas e ainda
não implementadas. Esse seria o genuíno
valor do goodwill, aquele associado aos
planos ou intenções ainda não
implementados.

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• Goodwill

A tangibilização do patrimônio intangível ocorre


sob a forma de goodwill. À medida que as
decisões planejadas vão sendo
implementadas, o goodwill é transformado em
patrimônio físico. Para a empresa em
continuidade, novos planos surgirão e, com
eles, um novo goodwill.

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• Derivativos
É um instrumento financeiro que confere ao seu
possuidor o direito ou a obrigação de comprar ou
vender determinado ativo (em geral, commodity)
no futuro, por um preço previamente estabelecido
entre as partes contratantes.
Sua contabilização pode ser bastante complexa,
principalmente porque parece não haver limites
para a criação de novas formas de produtos
derivativos no mercado financeiro.

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• Derivativos
• Desconsiderando os custos de transação e o
prêmio (no caso das opções), não há desembolso
inicial em um contrato derivativo, ou seja, não há
custo inicial. A única forma de avaliá-lo é pelo seu
valor justo;

• Na contratação, há expectativa de ganho


financeiro para ambas as partes, pois suas leituras
do futuro são opostas.

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• Derivativos
• O derivativo gera para as partes contratantes
simultaneamente um ativo (passivo) e um passivo
(ativo), correspondentes ao bem (obrigação) que
será recebido (entregue) e à obrigação (direito) de
pagar (receber) o preço acertado.
• O valor do derivativo é a diferença de valor entre
o ativo e passivo que são simultaneamente
gerados. O valor da obrigação / ativo muda
diariamente com a passagem do tempo.

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• Derivativos
As normas de contabilidade financeira
requerem que os derivativos sejam
contabilizados pelo fair value do investimento
líquido, usando algum modelo de valoração,
que no fundo reproduzem, por meio de
equações matemáticas aparentemente
complicadas, a diferença de valor entre o
ativo e o passivo simultaneamente presentes
no derivativo.
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• Avaliação pelo lucro residual

O modelo de avaliação (de ativos) pelo lucro


residual (ALR) tornou-se bastante
conhecido na contabilidade, principalmente
depois que foi resgatado, em 1995, pelo
teórico americano James Ohlson na
formulação do chamado Modelo de Ohlson.

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• Avaliação pelo lucro residual

O modelo de ALR é mais utilizado para avaliar


ativos individuais. Ele estabelece que o valor
da empresa no momento genérico t (pt) é igual
ao seu PL contábil, conforme mensurado pela
contabilidade nesse momento t (bt), mais o
valor presente dos lucros residuais (ou
anormais) futuros (xt), matematicamente:

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