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A definição clássica diz que um produto, além de ser um bem, um serviço ou

uma idéia que satisfaz necessidades de consumidores, possui atributos


tangíveis e intangíveis. Os atributos intangíveis são benefícios emocionais e a
satisfação abstrata. Aspectos como marca e atendimento, por exemplo, que
podem, inclusive, aumentar o valor do produto físico.
Pense, por exemplo, na norte-americana Starbucks. Ela cresceu porque
agregou um novo significado ao hábito de tomar café e transformou-o em uma
experiência.
Para muitas crianças, comer um sanduíche no McDonald’s é muito mais
gostoso do que em qualquer outra lanchonete. E isso não se deve apenas aos
ingredientes e modo de preparo dos lanches. É o valor do intangível, presente
no McDonald’s, na Starbucks e em diversos outros produtos e marcas.
Num primeiro momento, isso soa como algo óbvio. A grande maioria de nós já
ouviu falar sobre o valor do intangível e como ele ajuda na construção de
marcas. No entanto, é mais comum nos concentrarmos nos aspectos tangíveis
do que nos intangíveis — e isso vale para consumidores e gestores.
Em parte, isso ocorre pela materialidade dos atributos tangíveis. Eles podem
ser vistos, sentidos, apalpados. Contudo, há outro aspecto, não tão perceptível
assim, relativo aos serviços. Na teoria é possível distinguir produto de serviço.
Na prática, porém, essa distinção muitas vezes não existe ou é extremamente
sutil para ser percebida. “Não há essa coisa de setores de serviços. Apenas em
certos setores os componentes de serviço são mais importantes ou menos
importantes do que nos demais. Todos atuam em serviços”, afirma Theodore
Levitt.
Uma das principais características dos serviços é justamente sua
intangibilidade, que faz com que os consumidores procurem por sinais ou
evidências da qualidade do serviço. É justamente por causa dessa
característica que as empresas de serviços buscam “deixar tangível o
intangível”, ou seja, procuram materializar a qualidade em suas instalações,
equipamentos, pessoas. Ora, se como afirma o professor Levitt, todas as
empresas, em maior ou menor grau, atuam em serviços, é grande a fatia das
que concentram suas atenções no tangível. E é aí que reside um enorme risco
mercadológico: o de valorizar demais os atributos tangíveis em detrimento dos
intangíveis.
Compreender e explorar os vários benefícios emocionais e psicológicos do
produto é uma competência que os gestores devem desenvolver. No entanto,
se os mesmos concentram seus esforços apenas nos aspectos materiais,
tornam suas marcas vulneráveis à investidas de outros concorrentes que
consigam administrar melhor os anseios emocionais dos consumidores e se
relacionar com eles.
Aspectos tangíveis do produto

 Tamanho
 Durabilidade
 Cor
 Modelo
 Peso
 Gastos Indiretos
 Embalagem
 Rotulagem
 Limpeza
 Variedade
 Personalização
 Design

Aspectos intangíveis do produto

 Qualidade
 Reputação
 Capricho
 Posicionamento (marketing)
 Marca
 Instalação
 Pós-Venda
 Informações/Instruções
 Manutenção
 Garantias
 Devoluções
 Imagem
 Status

As três características básicas de um produto

Como visto, as variaveis envolvidas no Produto são muitas. Contudo existem três
pontos chaves que são de inegável importância em qualquer oferta:

 Qualidade: Tem a ver com o quão perfeitamente seu produto satisfaz um desejo
ou necessidade do cliente. Pesquisa e Desenvolvimento podem colaborar com a
crescente qualidade de um produto. Eliminação de deficiências e fortalecimento
de pontos fortes influênciam a qualidade percebida de seu produto favorecendo
sua aceitação.

 Apresentação: A apresentação pode ser o diferencial numa escolha entre


concorrentes. Um produto não só deve ter qualidade como deve também
aparentar ter qualidade. Cores, embalagem, exposição, sem dúvida alguma
influenciam na decisão de compra. A apresentação não deve apenas ser
esteticamente agradável, mas deve também ser coerente com seu público-alvo.
 Marca: A construção de uma marca forte para seu produto é consequência de um
relacionamento satisfatório com seu mercado-alvo. Quando esta identificação
positiva se torna forte o bastante, sua marca passa a valer mais do que o próprio
produto oferecido. Branding é como é chamado o conjunto de práticas e técnicas
que visam a construção e o fortalecimento de uma marca.

Etapas para o desenvolvimento de produto

 Identificação de oportunidade
 Análise do problema (levantamento de informações)
 Geração de idéias
 Triagem
 Desenvolvimento e teste do conceito

Segmentação, 4 P´s e posicionamento são três ferramentas poderosas do marketing. A


diferenciação transita pelo trio mágico permitindo tornar uma organização competitiva.

Diferenciar é tornar a oferta ímpar. Seja através do produto, canal de distribuição, preço
ou maneira de divulgar e promover a oferta. O marketing vem usando o termo "oferta"
em vez de "produto", por ser mais amplo e obrigar a empresa a deslocar seu foco do
produto para o composto mercadológico. Determinar oferta única, sem concorrente.

No início a diferença era encontrada nas características do produto. Era fácil diferenciar
o tangível com poucos concorrentes e farta demanda. As pessoas compravam todos os
sapatos, lamparinas, carros, bingas e rádios produzidos. Com o tempo duas novidades
modificaram o cenário: maior número de empresas e aumento de produtividade. Isto fez
a produção aumentar mais que a capacidade do mercado absorver. A concorrência
intensa tornou a busca pela diferenciação uma obsessão do marketing e do pessoal de
engenharia e design. A oferta agregada ultrapassou a procura pela primeira vez.
Vivemos hoje numa sociedade afluente, já antecipada por John Kenneth Galbraith em
seu livro "A era da incerteza"

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