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TRIBUTÁRIO I

Leandro Paulsen

02.03.16

CF e CTN
CF: vai ver quais as competencias de cada ente politico, os municipios tbm tem condição de ente
politico. Quais tributos que existem (espécies). Indicação das fontes: CF, CTN (normas gerais, que
condicionam a ação de diversos entes politicos e a capacidade legislativa, diploma com peso de lei
complementar), lei complementar, resoluções do senado federal (ex. aliquota max ou minima sobre o
ISS), convênios entre os Estados - CONFAZ. Plano das lei ordinárias da União e também leis ordinárias
dos Estados, várias leis x 27, leis ordinárias municipais. Muitos tratados internacionais sobre tributações,
ex. mercosul, ex. pessoa que trabalha aqui e na argentina, ou aqui e na alemanha. Como fica? Tem
tratados de convenio para que nao pague imposto duas vezes. Medidas provisórias, leis
complementares. Decretos que regulamentam cada imposto. Normas das administrações tributárias:
instruções normativas, portarias, ordens de serviço, resoluções.... Princípios expressos e implícitos.
Rol de garantias que são limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 150), são garantias
fundamentais, não pode revogar nem excepcionar. Técnicas de tributação e repartição de receitas
tributárias (ex. IPVA é repartido entre o Estado e o município do registro do carro, apesar de ser de
competência do Estado).
CTN: normas gerais de direito tributário - conceito de tributo, legislação tributária (normas
complementares, aplicação, interpretação, vigência das normas tributárias), obrigação tributária (quais
os tipos, quem pode ser obrigado, etc). Crédito tributário (pensando na pretenção que o FISCO tem de
exigir, o código regula como se constitui esse crédito tributário, falando em algo que já foi aferido e esta
lá documentado, causas de suspensão do crédito, causas de exclusão (ex. isenção do ipi) e extinção).
FIscalização tributária, os poderes da fiscalização, como o que pode, o que não pode. Garantias e
privilégios do crédito tributário, as certidões negativas de débito.....
Processo administrativo fiscal: fisco quer cobrar alguma coisa, tem que notificar, tem direito de se
defender...

03.03.16

DEVER FUNDAMENTAL DE PAGAR TRIBUTOS ------> PRINCIPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA


Chamar atenção para o nivel que esse dever ostenta, no nosso país vinha construindo uma idéia de
rejeição a tributação. Partia da idéia que o estado não tem nada a ver comigo, que ele é um explorador
meu e não participativo meu. Quando se vê no Estado um instrumento, isso muda, não faz sentido
enxergar a tributação como um mal porque não faz sentido pensar só em mim e que o dinheiro é meu.
Esse sentimento de se sentir invadido e invasivo, não faz sentido porque não existe isso de eu ser um
incorporador construi-los e vende-los, nao existe isso se não numa sociedade organizada, não existiria
retorno economico se não tivesse estrutura social mantida pelo Estado. O problema não é a tributação
em si, mas a mal administração do recurso sim. Carga tributária tanto quanto se quer que o Estado
assuma mais e mais encargos.
A idéia é buscar aonde há revelações de riquezas uma forma de trazer uma parte para o Estado. Nunca
funcionou imposto único, porque as pessoas dariam um jeito de não comunicar sua renda, então se
divide a base tributária de forma que cada uma possa ser tributada moderadamente e cada uma posso
ser tributada adequadamente. Aonde existe capacidade contributiva para os cofres publicos Art. 145,
paragrado 1, CF. Em alguns casos interessa quem vai suportar a carga tributária, em outros casos não
interessa. Ex. IPVA - todo mundo paga 3% sobre o valor venal desse veiculo, o legislador não quer saber
se foi pago a vista ou se foi parcelado em mil vezes. Quem é o contribuinte não interessa, se faz uma
presunção indireta de que a pessoa comrpou e pode manter e vai contribuir com os cofres publicos. Isso
se costuma de chamar imprópriamente de tributo real, porque nao importa a subjetividade, somente o
objeto da tributação. Diferente é o imposto de renda, porque ali interessa se o sujeito tem dependentes
ou não, ele pode descontar o valor por dependente, porque ele tem que prover direitos fundamentais
pros seus filhos; pro imposto de renda interessa se a pessoa foi internada, fez uma cirurgia, porque isso é
deduzido sobre o imposto de renda. Pro imposto de renda importa se a pessoa gasta com educação ou
não. Se olha quem é o contribuinte e se sobra valor pra ele contribuir ou não.
Diferença entre capacidade econômica e capacidade contributiva: duas empresas A e B, as duas tem o
mesmo faturamento, elas faturam 80milhoes de reais por mês, e poderia dizer que as duas tem a mesma
capacidade econômica, mas pode ser que uma empresa gaste 70 milhoes, então ela tem lucro e a outra
empresa gaste 90 milhoes e tem prejuizo. A empresa que tá no prejuizo ta gastando mais do que ela ta
recebendo logo ela está empobrecendo seu patrimonio, porque mesmo girando um monte de dinheiro,
ela teve que abrir mão do seu patrimonio. A empresa que tem lucro tem capacidade contributiva, a que
não tem, não tem capacidade contribuitiva. Alguns tributos gravam capacidade contributiva mesmo: IR,
CSL. teve acréscimo patrimonial, teve lucro, teve renda? vai pagar imposto sobre a renda. esse tipo de
base implica uma tributação mais justa.
Ex. PIS e COFINS - 3% sobre a receita, não lucro, mas receita. sobre ambas. Alguns tributos atendem
melhor a ideia de capacidade contributiva, porque eles incidem sobre uma base que já incidem sobre a
capacidade contributiva e outros que tem parametros economicos que não correspondem a capacidade
contributiva.
Ex. Advogados A e B, trabalham na mesma empresa, e os dois recebem 10mil/ mes, a principio tem a
mesma capacidade economica. A solteiro, mora com os pais, nunca pagou conta de luz. B mora de
aluguel, tem 4 filhos, mãe doente, supermercado pra 6. Quantificação do tributo devido, olha melhor
para a questão da capacidade contributiva, quando se olhaaaa o contribuinte.
Carrga tributaria do BR não reflete no indice de desenvolvimento.
DEVER DE COLABORAÇÃO COM O FISCO -------> PRINCIPIO DA CAPACIDADE COLABORATIVA

09.03.2016

A progressividade do imposto de renda é gradual.

Art. 150, IV, CF – vedação do confisco.


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

Dever de colaboração com o Fisco -> princípio da capacidade colaborativa (possibilidade da aptidão de
ter meios de colaborar na tributação)
- deve assessório, complementar ao dever de pagar tributos.
- colaboração não é só para contribuinte. Pode ser pra qualquer pessoa que tenha capacidade de
colaborar.
- dever decorrente do dever principal.
- minus relativamente ao dever de pagar.
- capacidade colaborativa: física, jurídica e econômica.
- a legislação pode impor obrigações de colaboração.
- art. 56 CTN
- art. 100 CTN
- art. 113, § 2º, CTN -> obrigações de fazer, não fazer, tolerar -> obrigações acessórias -> obrigações que
não são obrigações de pagar. Só é acessória no sentido indireto, mediato, não segue a sorte de nenhuma
obrigação principal, tem autonomia. Por exemplo: pode o contribuinte não ter que pagar tributo mas ter
que cumprir uma obrigação acessória. Apresentar documentos, apresentar nota, declarar, dizer quanto
pagou para fulano.

10.03.16

Tributo é o centro do nosso objeto, a tributação existe para arrecadar, é a razão de ser da tributação e do
direito tributário, porem no em torno do tributo tem todas aquelas outras obrigações formais: emitir
uma declaração, mostrar um documento.... de forma a colaborar, contribuir com informações. DEVER DE
COLABORAÇÃO E CAPACIDADE COLABORATIVA.
Outro conjunto de normas que completa a visão desse ramo do direito: PENALIDADES, porque se o
legislador coloca tem que pagar tributo, tem que prestar declaração, tu tem que ter documento, tem
normas do que eu devo fazer, só que eu posso não cumprir essas normas, podem não fazer, fazer
atrasado, se esconder, a maneira de tornar isso efetivo é cominando penas.
OBRIGAÇÃO DE PAGAR TRIBUTOS + DEVER DE COLABORAÇÃO + PENALIDADES
Penalidades baseadas não na capacidade de pagamento, nem com a capacidade de colaboração, mas
fundadas na culpabilidade, pessoalidade, proporcionalidade (infração X intenção). O ilicito, a infração é
igual em qualquer grau, é o descumprimento do ordenamento.

A responsabilidade tributária jamais seria objetiva, isso seria inconstitucional, se a gente vai para a
fronteira e compra um monte de coisa e está praticando descaminho, pode ser uma coisa pequena, mas
pode ir o sujeito encher de produto pra loja, ou pode o cara viver disso e distribuir para varios
comerciantes. É um ilicito administrativo e penal, em primeiro lugar perde a mercadoria e o veículo
transportador (então quem vive disso, não vai com carro dele, vão com carro roubado). Vamos supor
que o cara é pego, é justo isso? Tá previsto na legislação, então é justo. Mas vamos supor que apliquem a
pena sobre esse veiculo e esse veiculo é da locadora de veiculo. Como fica o dono da locadora? Vai bater
no judiciario e vai dizer que o veiculo é meu e eu nao tenho nada a ver com isso. O judiciário vai liberar
esse veiculo, porque o cara nao tem culpa, o cara nao tem dolo nao tem nada a ver com o pastel. Não vai
ter nenhuma finalidade punir essa pessoa. A culpa é sim importante no direito tributário.

Ex. médicos receberam uns valores atrasados +- 80 e poucos mil, 60mil remuneratório, 20mil
indenizatório. A receita não aceitou como veio a declaração, queria dizer que os 80 mil era
remuneratorio e queria aplicar 75% multa e tal e tal. Como os médicos ião saber? Não era flagrante que
a pessoa saberia. Ele reduziu para multa por atraso e o STF tirou a multa.

DIFERENÇA ENTRE FISCALIDADE E EXTRAFISCALIDADE

FIscalidade a gente chama a cobrança dos tributos com uma finalidade efetivamente arrecadatória, para
arranjar dinheiro pro Estado, para que ele tenha autonomia administrativa, economica, politica. A
fiscalidade é quando a instituição dos tributos é feita pensando na arrecadação, conforme a capacidade
contributiva e isso vai gerar relação juridica entre o estado credor (fisco) e alguem que tenha revelações
de riquezas (contribuinte).

A tributação pode ser utilizada para outros fins, fora da idéia de arrecadação, vai usar a tributação para
atingir outros fins. Mesmo quando trabalha na fiscalidade, tem efeitos extra fiscais, porque tributo é
custo, onera as operações, onera as mercadorias, e quando uma mercadoria se torna mais cara, menos
pessoas vão consumi-la, reduz o mercado daquele produto, mesmo quando está pensando
simplemsnete em arrecadar, vai ter um efeito de arrecador e um outro efeito até negativo. P.ex. olha nós
temos que inibir o consumo de bebida alcoolica, então criminaliza para menor, obrigar a publicidade dos
danos que causa, usar a tributação para torna-la menos acessivel, vamo meter 60% pra cachaça, pro
vinho. Ele é tributado deliberadamente para diminuir o consumo. Quando o legislador faz isso, ele não tá
pensando em arrecadar, ele nem se preocupa com a arrecadação, quer gerar o efeito de encarecer o
produto, está preocupado com a saúde publica.

Ex. tributação em mercadorias importadas de forma a manter o mercado pro produto nacional.
Tributação no cambio do cartão de credito em compras no exterior.

As vezes se aumenta o tributo para inibir conduta, mas as vezes se reduz para atingir fins extra-fiscais, ex.
desconto de bom motorista, legislador pensa que o transito não pode continuar essa selvageria a gente
tem que fazer campanha publicitaria, tem que fazer blitz, tem que incentivar as pessoas a não terem
multas pelo bolso, então o imposto abre mão de uma parte como estimulo que as pessoas dirijam
melhor.

Estados que se jogam na guerra fiscal GO, ES - trás tua fabrica pra cá, vou te dar 20 anos sem ICMS.
Ganha por outras vias, então ele não olha pra arrecadação, ele abre mão para fins outros de carater
economico, circulação de mercadorias, empregos, ....

PROGRESSIVIDADE: tabela progressiva do imposto de renda a medida que a pessoa ganha mais, cobra
mais, arrecadar de maneira justa, conforme a capacidade contributiva de cada um. Porém existem usos
para a progressividade extra-fiscal, ex. IPTU e ITR - cumprem a função social sendo destinadas a sua
vocação, o imóvel urbano se ele está numa area residencial, tem que ser residencia, area urbana tem
que ser edificada, há um interesse social que aquela area seja utilizada como uma area urbana, se ele
não cumpre a função social, as aliquotas vão aumentando em razão do tempo que aquele imóvel está
sem cumprir sua função social. E o estatuto da cidade diz que a aliquota pode chegar a 15%. Atraves da
progressividade de aliquotas no tempo se costuma encarecer de forma que ou o cara edifica, ou ele vai
ter que vender, de forma que esse imóvel cumpra a sua função.

ITR - imposto sobre a propriedade territorial, varia confrome o tamanho e em razão da produtividade ou
não, então um pequeno imovel produtivo nao paga quase nada de ITR. Um imovel pequeno não
produtivo, paga um pouco mais. Agora uma media produtiva paga um pouco mais, agora a improdutiva,
vai pagar MAIS. A grande propriedade improdutiva (-20%) chega a uma aliquota de 20% de ITR. A ideia
não é cobrar mais ITR, mas cobrar mais de quem não torna produtivo, para coagir ele a isso.

16.03.16

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Impostos - 145, I; 153 --> 156, CF

Taxas - 145, II e paragrafo 2, CF

Contribuição de melhoria - 145, III CF

Empréstimos compulsórios - 148, CF

Contribuições Especiais - 145, 145-A, CF


Diferença entre tributo como genero e cada uma das suas 5 espécies.

Até a Cf de 88 tinha uma controversia muito grande sobre quantas seriam as espécies tributárias, mas
eram 3: impostos, taxas e as chamadas contribuições de melhoria, dependendo de sua aplicação. As
pessoas são chamadas a pagar porque tem alguma riqueza, alguma capacidade produtiva para fazer
frente as despesas publicas, esse era o conceito financeiro de imposto. Esse conceito segue valido,
porque paga quem tem capacidade contributiva.A gente não confunde tributo com penalidade, a gente
paga porque tem dinheiro, em suma. O que vai fazer com esse dinheiro não está no ambito do direito
tributario, aonde se define o que vai ser feito com o dinheiro é a lei orçamentária. Ex. pessoa paga ipva e
pedagio e acha que esta pagando duas vezes para a mesma coisa "arrumar as estradas", porem não
existe nenhuma ligação direta entre o ipva e manter a integridade das ruas. Não é porque o objeto da
tributação é o veiculo que esse recurso esteja ligado com alguma coisa ligada ao transito.

A autonomia do direito tributario se dá tentando limpar ele de tudo que fosse externo a arrecadação. O
tributario é arrecadar recursos, o que se faz é com o direito financeiro. Então redefiniram o que é
imposto, ao inves de ser preocupar o que vai ser feito depois que eu arrecadar, tem que defini-lo por
algo tipico do direito tributario: o fato gerador (114 CTN) do tributo em si.

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Diz o que não é imposto. Tá, mas é
relacionada a que? O fato gerador do imposto ele não é uma atividade do estado, mas uma situação do
proprio contribuinte, ex. ser proprietário, ter rendimentos, o fato gerador do imposto diz respeito ao
contribuinte, revela riqueza do contribuinte.

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição. Porque foi prestado um serviço publico pra ti, tem que pagar, porque houve o
exercicio do poder de policia (fiscalização). Ex. cartório, prestação jurisdicional, expedição de passaporte.
Quem é o pagador de uma taxa de recolhimento de lixo? O proprietário do imóvel. A taxa é de cobrada
de forma sinalagmatica, cobrar do contribuinte o custo do serviço que está sendo prestado.

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Cabe
qualquer coisa ai dentro, qualquer coisa que o poder publico regulamenta e ele tem que fiscalizar é
exercicio do poder de policia. Policia administrativa. Meios de fiscalização e repressão. A taxa é o tributo
cujo fato gerador ou são serviços publicos especificos/divisiveis (serviço determinado e o quanto foi
prestado pra quantas pessoas, ex. passaporte, cada um paga o seu, é diferente da iluminação publica) ou
exercicio do poder de policia. Náo é obrigado a apagar porque revelei riqueza, nem por penalidade. Não
é vinculado a atividade do Estado. Renda, propriedade, bens.
Art 1º DL 195/ 67 A Contribuição de Melhoria, prevista na Constituição Federal tem como fato gerador o
acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras
públicas. Art. 81, CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado. Valorização imobiliaria decorrente de obra pública. O Estado realizou uma obra e dessa obra
decorreu a valorização do meu imóvel. Ex. terreno que é de chão batido, se o estado der infraestrutura
urbana, ele será valorizado. Na prática é uma maneira de o Estado passar a conta da obra publica
adiante. Explicação: é bom pra toda cidade e especialmente pra quem se beneficia dela, então, em certa
dimensão ela é boa pra todo mundo, mas ela beneficia algumas pessoas mais, então essas pessoas tem
que colaborar nos limites dessa diferença de valorização. Cobra até o limite que teve um beneficio
particular. Municipio nao é obrigado a instituir contribuição de melhoria. Muito raro, porque é mais facil
depreciar o imóvel, ex. um viaduto. Sujeita a um limite total e individual, art. 81 e 82 do CTN - não se
pode cobrar do conjunto de contribuintes mais que o custo total da obra, porque a contribuição está
vinculada ao custeio da obra publica, serve para isso, o que justifica é pra fazer frente ao custo. Meu
imovel valorizou 30 mil, então só pode cobrar 30mil, não pode cobrar mais. (fato gerador misto)

Dava para identificar 3 tipos de impostos, os impostos mesmo -em sentido estrito aos que atendem aos
dois conceitos de impostos, Existem impostos com finalidade específica (então sobre o lucro IR e ISSL,
sobre a folha de salarios PIS, imposto com destinação especifica) e tributos com fato gerador proprio que
tem clausula/promessa de restituição (emprestimos compulsórios ex. quando compra o veiculo, não
ipva, mas imposto sobre a compra).

Quando da Cf de 88, corrigiram esse embrolio e se criou mais duas espécies tributárias:

- empréstimos compulsórios: fato gerador olhando pra CF não dá pra saber, diz que a União pode criar
em situação de calamidade ou guerra. Ex. aquisição de veiculo, ficava a duvida, mas com uma
experiencia que se teve emprestimos compulsorios com fatos geradores iguais aos impostos. Podem ser
não vinculados a atividade do Estado. tem que ter promessa de restituição!!

- contribuições (especiais): CF não determina fato gerador, mas se vê na experiencia que o fato gerador é
igual ao dos impostos. Ex. CMPF, pode não ser vinculado a atividade do Estado.

Para classificar o tributo, tem que associar o fato gerador com a finalidade do tributo.

Imposto não pode ter finalidade especifica, art. 167, IV

Espécies tributárias Fato gerador Finalidade

Impostos situação do contribuinte (n vinc)não pode ter finalide especifica

Taxa serv publ/ exerc p.p (vinc) custeio do serv/ epp

Contrib. melhoria valor da obra (misto) custeio da obra


Emprést. compulsório situação do contribuinte (n vinc)calamidade ou guerra externa

Contribuições (esp) situação do contribuinte (n vinc)investir na area social,


intervenção no dominio
economico, interesse de
categorias profissionais ou
economicas e tbm para custear
iluminação publica municipal

Sempre tem que olhar o quadro, porque pode dizer que é taxa apesar de ser cobrado somente pela
propriedade e sem finalidade específica.

17.03.16

Art. 145§ 2º, CF - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. O valor da taxa tem a
ver com o serviço, nunca vai poder ser que nem os impostos que tem a ver com a riqueza do
contribuinte. Nunca uma taxa poderá ter o valor próprio de um imposto, porque o imposto é a medida
de riqueza do contribuinte e a taxa é o custo do serviço. Custas judiciais tbm são taxas de serviço, qual o
valor das custas judiciárias? Varia conforme a riqueza, mas não poderia ser, por que o STF julga assim?
Alguma coisa que não aplicação do bom direito.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Impostos

Taxas

Contribuições - 149, 149-A: não pode chamar de contribuições sociais, porque várias finalidade
autorizam a cobrança de contribuições: social, intervenção do dominio economico (CIDEs), interesse de
categorias profissionais/economicas (anuidades dos conselhos, contribuição sindical), iluminação publica
municipal(CIP); se contribuições sociais são subespécies das contribuições, não pode chamar todas como
uma subespécie tributária. Outro nome que não pode usar: contribuições parafiscais - expressao em
desuso, porque eram os tributos instituidos para serem recursos para outras pessoas, contribuições para
SESI, SESC e SENAI, contribuições sindicais.

O que é?

Lei vem e diz as empresas potencialmente poluidoras tem que pagar 5,8 ou 12 mil por trimestre
conforme o porte da empresa para manutenção da fiscalização e do monitoramento ambientais. É uma
TAXA. Fato gerador é a empresa potencialmente poluidora estar operando a cada trimestre. Na opinião
dele é CONTRIBUIÇÃO, paga porque a empresa está funcionando, para manter a fiscalização.

Quem realizar operação de cambio tem de pagar pros cofres publicos 6% do valor da operação. não é
serviço publico, não é obra publica, então obviamente é IMPOSTO, até porque não tem finalidade.

Todos os veiculos tem que de submeter à inspeção veicular anual, o proprietário então tem de pagar R$
150 reais. TAXA.

23.03.16

Impostos institui em cima de demonstrações de riqueza, para o que for necessário. Justiça distributiva,
solidariedade, manter o estado dentro de suas possibilidades para o bem de todos.

Taxa tem uma idéia de justiça comutativa, não quer dizer que o fulano quer passaporte eu tenha que
pegar dos impostos, se ele quer, então ele que pague. Passando o custo gerado. Justiça comutativa, de
contra prestação, relação sinalagmática. Não importa se o sujeito é rico, ele vai pagar o custo do serviço,
não quer cobrar porque é rico, para fazer o necessário, cobra o que demandou.

Contribuições tem outra situação, não tem mais FATO GERADOR, pensa em pra que que eu quero
estabelecer esse tributo, na finalidade desse tributo, é isso que vem primeiro. Funcionalização do
tributo, ele se justifica porque é para isso. Tem números clausos previsto, então ou enquadra ali, ou o
tributo é invalido. Tem uma atividade estatal, não como razão juridica da cobrança, mas vai identificar
que essa atividade diz respeito a alguma coisa: ex. prmoção da proprierdade rutal, incentivo a empresa
de pequeno porte, arranjar dinheiro para investir em projeto de desenvolvimenro de tecnologia
nacional, na saúde enfim... . Vai identifica e vai ver se se relaciona de certo modo a um grupo de
pessoas, ex. contribuição ao conselho de uma atividade específica. A atividade de um conselho de
fiscalização nacional. Atinge mais diretamente a categoria especifica, porque ali há um trabalho
importante junto com aqueles profissionais, uma fiscalização que não habilitados façam a a atividade.
Ex. diz respeito o CREA aos engenheiros. A idéia que nesse grupo eu busque a idéia do contribuinte,
então existe REFERIBILIDADE entre a atividade do conselho e os contribuintes. Só pode colocar como
contribuinte as pessoas que estão dentro desse grupo. A atividade não é especifica e divisivel, mas de
alguma forma ela guarda relação com o motivo de cobrar.

IMPOSTOS CONTRIBUIÇÕES TAXAS

Riqueza (cap. contrib) Finalidade (p/ q) Ativ. Estatal (FG)

Justiça distributiva Justiça comutativa

Ex. contribuição do INCRA - sujeito tem uma empresa urbana e tem que pagar contribuição pra uma
autarquia federal cuja principal função é relacionada ao meio rural. Entra contra, chega no tribunal de
justiça e nao precisa ser beneficiado pela atividade, tem que pagar; mas por que? STJ não diz porque, só
diz que nao precisa ser beneficiado pela atividade. Para as contribuições de intervenção não precisa ser
beneficiado, mas precisa o que? Pessoas que não tem nada a ver com o incra, nada a ver com atividade
rural, tenham que pagar esse imposto. Será que não virou um imposto com destinação? Porque não tem
referibilidade.

Ex2. contribuição ao SEBRAE, ela é cobrada de todas as empresas. As grandes empresas disseram não
quero pagar, já pago um monte de coisa, não preciso pagar essa que não me beneficia em nada, não
vem que eu sou a maior empresa do estado. Subiu pro STF, a contribuição ao SEBRAE é uma contribuição
de intervenção no dominio economico, se essas atividades são pra micro empresas e pequeno porte,
coitadas delas, tem que ajudar porque elas nao tem como pagar sozinhas. Racicinio de referebilidade: as
medias e grandes empresas tem que pagar, porque embora a atividade seja voltada pras pequenas e
micro, ela beneficia o meio como um todo, existe uma rede entre as empresas, e o que diz respeito a um
desses diz respeito a todos.

Duas idéias em que deveria trabalhar a idéia de REFERIBILIDADE e não trabalhou. A doutrina fala, insiste,
mas na hora H não se vê isso aplicado pelos tribunais. Na teoria existe, mas na prática não ve isso
aplicado.

Art 195, CF - para custear a seguridade social precisa muito dinheiro (assistencia - a quem dela necessitar
sem contribuição nenhuma, previdencia - contraprestacional e saude), em função da dimensão que ela
tem, se pode instituir contribuições e se buscar esse financiamento de TODA A SOCIEDADE. Se pode
cobrar de qualquer um, referibilidade total para seguridade social. Pode dizer tbm que não tem, pq pode
cobrar de qualquer um.

IMPOSTOS

- Ordinários/Nominados: já estabelecidos na constituição. Arts. 153 (união), 155 (Estados), 156


(municipios) da CF.

- Residuais: art. 154, I - aqueles não previstos e que podem ser instituidos como um tributo novo pela
União, ela fará isso pela lei complementar. Ex. imposto sobre propriedade de aeronaves. Não pode ser
cumulativo e não pode repetir tributo já existente. Não pode tributação bis in idem.

- Extraordinário de guerra: art. 154, II - em situação de guerra, pode instituir impostos outros igual ao
que já existem. Ai pode tudo, bitributação, bis in idem.

CONTRIBUIÇÕES

Art. 149, 149-A - finalidades

- Sociais:

- Intervenção no domínio econômico (SIDE) - lugar aonde o Estado só perde dinheiro. A iniciativa privada
é que vai atuar no dominio economico. O Estado pode, mas apenas excepcionalmente aonde houver
situações estrategicas e grande interesse. SEBRAE, INCRA, sobre royalties, AFRMM, inst. do café....

- Interesse categorias - ex. finalidade dos Conselhos profissionais/economicos. OAB não, as anuidades
podem ser instituidas de forma que a OAB quiser, ela não é uma contribuição comum, ela é suis generis.
Contuibuição sindical. (União poderá instituir).

Sumula 666 STF

- Contribuição de iluminação publica (municipios - emenda constitucional autorizou nova competencia)

TAXAS
- Taxas de serviços

- Taxas de poder polícia

Não existe taxa de uso de bem publico.

30.03.16

PRINCIPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

O principio é efetivamente uma norma, que portanto, impoe por si mesmo condutas nos casos
concretos. Segurança juridica: tem que entender qual o conteudo normativo disso, o que é segurança
juridica, conteudo axiológico e a gente precisa assegurar que o tributario assegure isso. Quais os
conteudos normativos da segurança juridica?

---> certeza do direito: plano das fontes - o que me obriga? CF art. 5. Como fonte das obrigações. No
tributário se preocupa muito com isso, porque ela atua nos recursos das pessoas, no momento que isso
faz reverter o meu dinheiro pros cofres publicos, eu tenho que ter segurança naquilo que vai me obrigar.
Legalidade, irretroatividadee a as anterioridades: só podem cobrar se estiver estabelecidos em leis,
previas, e mais do que isso, como regra geral, essa lei tem que ser conhecida por mim com antecedencia.
Um prazo para me adaptar aos onus tributários. O aumento de tributos é como uma prestação a mais
pra pagar. A uma preocupação com a segurança, eu saber o direito que ue to submetido, porque eu
tenho que provisionar recursos para paga-lo.

Legalidade tributária: Art. 150, I, CF - garantia qualificada, é mais que a legalidade do art. 5, CF, não
basta a lei dizer que eu tenho que pagar IR, IPTU, a legalidade tributária exige uma lei completa, que
determina toda a norma tributária impositiva, o que gera a obrigação, quando que ocorrendo é
importante, onde, quem tem que pagar, quanto.... Não vai simplesmente dizer que o tributo seja pago,
mas todos antecedentes e consequentes normativos. Fato gerador, contribuinte, base de calculo,
aliquota, tudo definido por lei, porque é uma legalidade qualificada, ou legalidade estrita, rigorosa, tem
que prever com certo detalhamento o necessário para que eu não deixe ao executivo a função de legislar
tributário. Legalidade absoluta, que não admite delegação ao executivo, p.ex. não pode a lei chegar e
dizer que todo mundo tem que pagar IR e que ele pode ser de até 30%, o Min da fazenda vai estabelecer
quanto pra cada um, NÃO PODE. Só pode ser obrigado a pagar o que a lei estabelecer, nada diferente.
Regulamentos ajudam na aplicação, mas eles não criam novas obrigações, dão normas para a fiel
execução da lei. Ex. de problemas disso: qual a contribuição da OAB e aonde está escrito esse valor?
Uma lei que diz que o conselho federal vai estabelecer fere a legalidade tributária. Até 500 reais não é
estabelecer valor, como o conselho estabelecendo tributo. Por que que nos conselhos não dá problema?
Porque é até 500 pilas e ninguem vai discutir, mas a violação é a mesma. SAT - seguro de acidente do
trabalho, de 1,2 ou 3 % sobre as folhas de salários conforme o grau de risco da sua atividade
preponderante. Ex. minha atividade é uma livraria, eu pago quantos %? Qual o grau de risco dessa
atividade? Deixa pro executivo decidir, vem um decreto do executivo dizendo por atividade. E se eu
tenho um espaço para show, palestra... qual a atividade preponderante? E se eu tenho uma editora e
livraria? Como fica? A lei as vezes, por sua generalidade descumpre a legalidade estrita. Chegou no
supremo, ele diz mais o que? Tem base de calculo, tem aliquotas, mas qual das aliquotas? Tá ali. Mas e o
que eu pago? olha no regulamento. Mas ai num ano paga 1% e no outro paga 3%, como pode o
executivo determinar tributo? O que precisa para segurança juridica é uma lei completa, não precisa ser
didatica, nem clara, mas que eu posso identificar o mínimo para que os critérios sejam definidos, que
tenham densidade normativa.

Irretroatividade tributária: art. 150, III, a, CF - não só essa é mais, como a gente não tem uma garantia
de irretroatividade das leis na CF ampla genérica, não tem. O que a CF assegura é ato juridico perfeito,
direito adquirido e coisa julgada. Mas no tributário tem irretroativadade na lei tributária, não precisa ter
as coisas prontas perfeitas e acabadas para garantir a irretroatividade. É mais do que assegurar ato
juridico perfeito e direito adquirido, é tornar livre de efeitos juridicos novos aquilo que já passou. Se eu
tenho um fato, ele tem que ser regido pelas leis já vigentes, uma lei posterior jamais poderá piorar essa
situação. Irretroabilidade é lei prévia, porque a tributação é custo, é dinheiro que eu tenho que pagar, eu
tenho que saber qual o custo daquilo ali, quando eu ajo eu estou submetido as leis que estão vigentes,
na próxima semana muda, eu estarei ainda submetido a lei anterior. Se eu tenho um fato gerador
instaneo, fica fácil de ver, só ver o momento da ocorrencia e a lei vigente, está resolvido. Entretanto, no
tributário, eu tbm tenho fatos geradores continuados, ele não ocorre num dado e certo momento, ele é,
normalmente é um status juridico, ser proprietário, posição juridica que se estende no tempo. Quando
eu tenho um fato gerador continuado, eu tenho que olhar pra norma e ver não só o que gera, mas
quando gera. Ex. de fato gerador instaneo ICMS - saida daquele produto (NF tem até horário). Outro tipo
de fato gerador, o fato gerado complexo: é o lucro, é a renda, paga contribuição sobre o lucro
anual/mensal, já começa mais ainda não termina, tem que considerar as vezes tudo que entrou, as
despesas dedutiveis que eu vou ter, tem um monte de fatos que vai considerar no seu conjunto durante
o intersticio de tempo. Tem que aguardar o final do periodo pra saber. Esses fatos gerados complexos
tem um problema, porque se a lei ta regendo antes, não tem problema, é ela. Mas se tem uma
modificação normativa no meio do periodo, Imposto de renda era 10%, no meio do periodo muda pra
18% O STF dizia que aplicava a aliquota que tinha mudado antes do fechamento; porque a lei diz que
31/12 é o fato gerador.

Mas eu sabia qual era o imposto que eu esteja submetido? Sim, 10%, então como pode ter segurança
dessa forma. A pessoa se provisioona para um valor e muda. A lei não pode gravar fatos anteriores,
então como vai cobrar pra trás na incidencia do outro tributo? Agora o STF mudou de opinião.

REsp 225451 - imposto de renda e contribuição social. Julgado absurdo. A lei já existe, não, então ela não
pode ser aplicada ao meu caso. Pra que se respeite a irretroabilidade, a lei tem que existir antes do inicio
do exercicio do periodo. INICIO DO PERIODO INTEIRO. Todo ele regido pela lei que já existia.

Anterioridades: Reforço a certeza do direito que as outras garantias já trataram, não só depender de lei
em sentido estrito, previa, ainda que isso seja insuficiente, ainda que tenha prazo para se adaptar a essa
lei antes de ela começar a produzir efeitos. Não é não surpresa nem previsibilidade, está posto nas
regras constitucionais e se ela for cumprida a lei não vale, não tem meio termo, a regra é clara e tem que
ser cumprida, não é valida a lei que descumpri-la. Essa regra ela realiza a seguração juridica. A
anteorioridade aumenta a irretroabilidade, não apenas não pode incidir pra tras, mas como só poderá
produzir efeito a partir do primeiro dia do exercicio subsequente. Força uma vacatio legis. Não é que a
norma incida de pronto e só a cobrança fica pra depois, a lei só vai incidir no proximo ano.

- de exercicio: 150, III, b - porque impoe sempre a mesma coisa, se a lei do IR veio durante
2010, não pode exigir, somente no proximo ano. Ai o governo começou a editar as medidas
provisorias alteram tributos no final de dezembro e ai a garantia essa de se organizar, não existia
mais. Ai tomaram duas medidas pra contornar esse modo de agir, alteraram o art. 62, paragrafo 2
colocando a regra de que a medida provisorio que aumenta imposto (demais especies tributarias não
) só vai valer no ano seguinte se ela for convertida em lei até o final de dezembro. Na
pratica essa regra fez com que a anterioridade começasse a ser observada somente para lei e
não mais na medida provisória. A outra mudança: art. 150, III, c anteriodade nonagesimal - se soma
no sentido de que ambas as regras tem que ser cumpridas para que a regra possa incidir. Se a de
exercicio tem que passar de um ano pro outro pra incidir, ela criou que entre inovação legislativa e
sua produção de efeitos tinha que ter no mínimo 90 dias. Esse norma pode não ter função nenhuma se
a lei saiu em março, p.ex. porque a anterioridade de exercicio é maior. Porém nas situações limites
em que a alteração legislativa aconteceu em dezembro, a de exercicio é por uns dias, mas a
nonagesimal garante 90 dias.

104, CTN - tenta disciplinanr a anteriodade, muito cuidado. Art. 104. Entram em vigor no
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda ( a regra de anteriodade constitucional é
para qualquer tributo!!!!): I - que instituem ou majoram tais impostos; II - que definem novas
hipóteses de incidência (estender o tributo a uma nova situação, incisos I e II dizem a mesma
coisa); III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais
favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. Isenção - lei regra matriz com
incidencia tributaria, incide gera a obrigação de pagar tributos, de repente, por uma razão de
politica tributaria resolve o legislador isentar uma determinada situação ou contribuintes, essa lei
incide de forma que surge a obrigação tributária e ela exclui o crédito tributário, ele não pode
ser cobrado. Afasta a carga tributária, foi desonerada. Ai teve a mudança de exercicio, se tiver
uma lei que revogue a isenção, essa norma não pode ser aplicada de plano, porque a pessoa vai ter
um tributo que ele vai voltar a pagar no outro dia da revogação da lei, ele não estava preparado pra
isso. Não tem eficiencia imediata, só poderá ser aplicada no exercicio seguinte. Ele equipara a revogação
da isenção a instituição de um tributo novo, porque o efeito financeiro é o mesmo.

Essas garantias são para instituição de tributos, não se aplicam em obrigações acessórias. Não
tem anterioridade nenhuma para obrigações acessórias. Pode criar nova multa para
descumprimento tributário com aplicação imediata se quiser.

EXCEÇÕES das anterioridades: Art. 150, p.1 e 195, p6

Ant. de exercicio Ant. nonagesimal

Imp. de Importação não precisa não precisa


Imp. de Exportação não precisa não precisa

IOF não precisa não precisa

IPI não precisa tem que observar

IR tem que observar não precisa

Contrib Seg Social não precisa tem que observar

Art. 150 - limitações ao poder de tributar, as garantias do contribuinte, tem 6 incisos: I -


legalidade, III - irretroabilidade, anterioridade de exercicio e nonagesimal (segurança), II -
isonomia, IV - vedação do confisco (justiça), V - liberdade de tráfego, VI - imunidades (garantias
relacionadas a liberdade). Segurança, justiça e liberdade - valores fundamentais de todo
ordenamento jurídico.

--> intangibilidade das posições juridicas consolidadas: que quando eu tenho algo pronto e acabado no
direito isso não pode ser tocado, ex. ato juridico perfeito, direito adquirido e coisa julgada. Se a lei preve
que eu tenho direito a isso e aquilo desde que cumpridos requisitos, a partir do momento que cumpri,
está adquirido. Não existe direito adquirido a regime juridico - p.ex. a gente tá lá trabalhando e a
legislação preve que precisa de 35 anos trabalhados ou 60a para se aposentar, pode a legislação mudar e
dizer que tem direito adquirido, não é, está sujeito a lei nova, se aumentar as idades, paciencia, tu nao
tinha direito adquirido quando da mudança da lei. Se sobre a vigencia de uma lei tu cumpre os
requisitos, tu tens o direito, mas se tu nao tinha, bom ai perdeu. Ex. em matéria tributária: 178, CTN - A
isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada
ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. O legislador
promete de exigindo uma contrapartida, tu cumpre, tu tens o direito adquirido. Coisa julgada pode
entrar aqui.

---> estabilidade das situações juridicas: sejam elas quais forem. Decadencia e prescrição, em todos os
ramos do direito. FIsco tem 5 anos pra descobrir que a gente não pagou um tributo e querer nos cobrar.
Tudo tem prazo. Art. 173, e 174, CTN. Art 168, CTN - pagou indevido, tem prazo pra pedir de volta. Se o
Estado é sujeito de direitos e obrigações, ele também tem direito a segurança jurídica.

---> proteção da confiança: teoria da aparência. No CTN, art 100, Parágrafo único e o art. 146. Assegurar
as legitimas espectativas que a pessoa tenha. Ex. a questão tributaria é complexa, são muitos tributos,
muitos entes politicos, eu posso ter enormes duvidas, porque o dia a dia nas questões economicas são
muito variados. Tu quer cumprir as tuas obrigações como tem que ser feito, tu cumpre as diretrizes do
teu credor, vamos supor que essa instrução normativa que te orientava era ilegal, foi mal interpretado, e
consegue que as autoridades mudem essa instrução normativa, o art. 100 paragrafo único, diz que se a
pessoa estava seguindo a instrução, ele pode até pagar a diferença, mas nenhuma multa ou juros,
porque ele tem que poder confiar nos atos normativos.

---> acesso à justiça: no sentido mais amplo, o devido processo legal, razão instrumental, nada adianta a
CF declarar direitos, isso e aquilo, se nós não tivermos como tirar esses direitos no papel, se nós não
tivermos como reclamar para transformar isso em realidade. Se eu não preciso e tudo se cumpre
voluntariamente melhor, mas normalmente é a possibilidade de demandar é que faz cumprir.

06.04.16

Art 150, II CF - Isonomia tributária: Des. Andrei. Instintivamente a gente pensa em igualdade e pensa em
justiça. Não vai trabalhar a igualdade porque dificilmente se usará isso em tributário.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios. II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos

Art. 150, IV - utilizar tributo com efeito de confisco - só ouviu falar uma vez. CONFISCO a CF proibe que o
tributo seja de tal modo gravoso que se torne insuportavel, demasiadamente oneroso, de modo a
comprometer a prorpia base tributaria. Ninguem sabe qual o patamar confiscatorio em cada um dos
tributos. Só existe uma decisão do STF sobre a materia: a PF que já paga quase 27,5% de IR, se for
tributada em 25% na fonte, terá o confisco. A analise nao se faz tomando um tribbuto de modo isolado.

IMUNIDADES

O que são as imunidades? São limitações ao poder de tributar, estão na CF implicam uma proibição de
tributação, E se disser o que pode e nao pode ser feito, é trabalhar competências tributárias. A
competencia é extraida das normas que dizem o que pode ser feito e as que dizem o que nao pode ser
feito. São normas constituicionais de competencia negativa. Imunidade é norma constitucional, que ao
proibir a tributação delimita a competencia tributaria, e, portanto, é uma limitação constitucional ao
poder de tributar. Qualquer proibição constitucional de tributação é uma imunidade, mas nem todas são
garantias constitucionais. Algumas imunidades cumprem um papel de garantia fundamental e isso é
muito importante, porque quando eu identifico isso, elas revelam um nivel de clausula pétra.

VI - (é vedado) instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros - imunidades reciprocas, que existe para que os
Estados tenham autonomia, para que um não se submeta ao outro, não é uma garantia fundamental,
mas é algo fundamental da constituição ADI 939 - inconstitucionalidade de uma emenda constitucional
por violação da imunidades reciprocas;

A imunidade reciproca impede que os União,Estados, municipios, tributem uns contra os outros.
Patrimonio (ipva, iptu, itr), renda (ir) , serviços (iss, icms), o supremo tribunal federal ja disse que esse
entendimento ta errado, e o TJRS dizia que o icms nao estava nessa imunidade ai, nenhum imposto pode
ser cobrado dos entes politicos disse o STF. Se os entes publicos tivessem que pagar impostos, teriam seu
recurso diminuido, quando eles poderiam estar satisfazendo as necessidades da população. Então, STF
diz que a imunidade reciproca assim como todas as outras, alcaçam todos os impostos e não só os
elencados. Tem que associar a imunidade a figura do contribuinte, quem é colocado como polo passivo
na resolução contributiva, entes politicos nao pode ser colocados ou considerados contribuintes de
direito, aquela pessoa que a lei diz que é contribuinte.

Ex. compra e venda de um produto - comerciante e o comprador - mercadoria, incide o ICMS,


que está dentro do preço da mercadoria. Valor do carro é 100mil e 20mil está é ICMS, que está incluso
no valor apesar de quem paga é o vendedor. Se vende para um ente politico, não tira o imposto, porque
o contribuinte de direito é o comerciante, quem tem que pagar é ele. Não tem como um ente publico,
templo, p.ex. pleitear que nao pague o iptu sendo locatário de um imóvel, porque o devedor de fato é o
proprietário, e nao o templo; se isso está acordado, não interessa, porque não é o ente que deve o iptu,
mas o proprietário.

Somar com: § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Ex. IBAMA - se a imunidade é dos entes politicos e das
autarquias, eu tenho uma imunidade subjetiva, para todas as atividades da União, dos municpios, o que
interessa num primeiro momento é a pessoa.

Art 173, § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado --> empresa publica e sociedade de economia mista, ainda
que tenho capital todo publico, ela tem personalidade juridica de direito privado e servem ppara que o
Estado atue no mercado, e ele nao pode se meter em coisas quem nao sabem fazer e que nao deveria se
meter, excepcionalmente por razoes estrategicas pode o Estado atuar na area economica, nessa caso ele
vai ter emprega publica e sociedade de economia mista, quando o estado é como ente economico, ele
nao é Estadoo e ele nao tem vantagem nenhuma porque ele tem que competir em paridade com os
privados, já que tem que ter igualdade na concorrencia.

STF - execução Estado do RS executando ICMS contra o GHC (hospital publico da uniao) - Conceição,
Cristo Redentor e o Fêmina. Imagina o Estado do RS cobrando ICMS do GHC. O GHC é mantido pela
União, nada é pago para eles, como o GHC vai pagar ICMS? Não é um ente politico, nao é uma autarquia,
bom então não tem imunidade. Era uma sociedade anonima que teve 99,99% das ações desapropriadas
pela União, é uma pessoa juridica de direito privado desapropriada pela União. É parecida com uma
empresa publica, mas não é. Se é a propria União, usando dinheiro da União para oferecer saúde, não
faz sentido ela pagar impostos. STF considerou como a União prestando saúde e estendeu a imunidade.

EBCT - empresa brasileira correios telegrafos - presta serviços de correios, empresa publica, cobra da
EBCT nao dá, ela realiza serviço publico tipico e tem monopólio, nao precisa pagar imposto. STF pegou
atividades do correio que nao eram de monopolio e estenderam a imunidade porque disseram que só
entregar cartas dava prejuizo. Estendeu a imunidade para uma atividade de mercado e violaram o art.
173 , § 2º.

Sociedades de economista, a principio não são imunes: petrobras, BB, empresa publica: CEF; mas se eu
tiver uma sociedade de economia mista prestadora de serviço publico vai cair na imunidade reciproca.
Então o STF e pegou a imunidade subjetiva (da pessoa) e traansformou em imudade objetiva (serviço).

§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel. Não se aplica a operações de mercado, em regime de concorrência.

O ente politico e a autarquia são imunes, porem se eles estiverem desviados para atividade privada, não
tem imunidade, ou ele tá atuando no mercado, ou é uma atividade que implique preço ou tarifa, quando
tu paga pra enviar, não tá pagando? Como estendeu a EBCT? Não deveria se aplicar a imunidade.

b) templos de qualquer culto - quando se tem as imunidades dos templos isso é uma clausula
que compoem a liberdade de crença e de manifestações religiosas no rol do art. 5, CX do direito à
liberdade, se combina com essa norma em favor desse valor que a CF eleva em um patamar muito alto,
essa imunidade que se associa para garantia desse valor, acaba tbm tendo peso de garantia
fundamental;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Instrumento da liberdade de


manifestação do pensamento.

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou


literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como
os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de
mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)

Proibiu tributação = imunidades.

Imunidades são restritivas, são regras de exceção e eu nao vou sair ampliando por ai. Porque pode
cobrar de todo mundo.

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