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Market Studies: Research Networks and Analysis of Theoretical Construction in the Field View project
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Comportamento do
Consumidor no Varejo
Características, Desafios e Perspectivas Para o
Comércio da Região Noroeste do Paraná
1ª edição
Curitiba
SEBRAE – Paraná
2010
© 2010 Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná – SEBRAE/PR
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola-
ção dos direitos autorais (lei n. 9.610).
Informações e contato:
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Telefone: (41) 3330-5757
Internet: www.sebraepr.com.br
Diretoria Executiva
Allan Marcelo de Campos Costa
Julio Cezar Agostini
Vitor Roberto Tioqueta
Autoria
Francisco Giovanni David Vieira
Galileu Limonta Maia
Luiz Carlos da Silva
Revisão de Texto
Ceolin & Lima Serviços Ltda.
Sumário
5 Introdução
Prefacio;
6
Comportamento do Consumidor no Varejo
Apresentação
O livro comportamento do consumidor do varejo, características, desafios e
perspectivas para o comercio da região noroeste do Paraná coloca o consumi-
dor como o elemento principal da existência dos negócios. Nesse sentido cabe
aos varejistas conhecer melhor seus clientes, perfil, preferências, necessidades
e anseios, além do conjunto de elementos que o motiva a comprar, o processo
de compra propriamente dito, visando influenciá-los, atraí-los e fidelizá-los.
Boa leitura!
Comércio varejista,
um setor mais que estratégico
O comércio varejista é um setor mais que estratégico para a economia, na
avaliação do SEBRAE/PR. Marcado pela alta concentração de micro e pequenas
empresas, gera empregos e renda e movimenta os municípios.
Parabéns pela iniciativa dos autores! Que este estudo possa contribuir para
uma melhora efetiva do comércio varejista, elevando o profissionalismo e apri-
morando a gestão dos empresários do setor.
Vitor Roberto Tioqueta
Diretor de Gestão e Produção do SEBRAE/PR
Comportamento do Consumidor no Varejo
Introdução
1
SKOGSTER, Patrik; UOTILA, Varpu & OJALA, Lauri. From mornings to evenings: is there variation in
shopping behaviour between different hours of the day? International Journal of Consumer
Studies, v. 31, n. 1, p. 65-74, 2008.
2
MARTINEZ, E. & POLO, Y. Determining factors in family purchasing behaviour: an empirical investigation.
Journal of Consumer Marketing, v. 16, n. 5, p. 461-481, 1999.
avaliando também como essas atividades impactam o próprio con-
sumidor e a sociedade.3 Assim, o comportamento do consumidor
pode ser entendido, de modo simplificado, como o estudo do “por
que as pessoas compram”.4
6
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall,
2000. p. 199.
7
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000. p. 251.
8
CARUANA, A. & VASSALLO, R. Children’s perception of their influence over purchases: the role of parental
communication patterns. Journal of Consumer Marketing, v. 20, n.1, p. 55-66, 2003. SHOHAM, A. &
DALAKAS, V. How our adolescent children influence us as parents to yield to their purchase requests. Journal
of Consumer Marketing, v. 23, n.6, p. 344-350, 2006. LEE, C. K. & COLLINS, B. A. Family decision making
and coalition patterns. European Journal of Marketing, v. 34, n. 1, p. 1181-1198, 2000.
Comprador: pessoa que efetivamente realiza a compra. O filho
mais velho, de posse do dinheiro que o pai lhe entregou, foi até a loja
indicada pela mãe, realizar a compra do produto inicialmente sugerido
pelo seu irmão mais novo.
9
ABDEL-GHANY, Mohamed; SILVER, J. L. & GEHIKEN, Amy. Do consumption expenditures depend on
the household’s relative position in the income distribution? International Journal of Consumer
Studies, v. 26, n. 1, p. 2-6, 2002.
10
EARLY, R. Men as consumers of maternity services: a contradiction in terms. International Journal
of Consumer Studies, v. 25, n. 2, p. 160-167, 2001.
Comportamento do Consumidor no Varejo
11
BLACKWELL, R. D; MINIARD, P. W. & ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005. p. 11.
12
TUCKER, R. B. Agregando valor ao seu negócio. São Paulo: Makron Books, 1999, p. 3.
13
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall,
2000. p. 56.
cer que os consumidores possuem diferenças de comportamento de
compra, ou seja, enquanto alguns são impactados pelas ofertas outros
estão à procura de qualidade e variedade é fundamental para o pro-
cesso de criação de valor. O quadro a seguir apresenta a sequência de
criação e entrega de valor ao cliente.14
Fonte: Adaptado de DIAS, S. R. (Org). Marketing: estratégia e valor. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 361.
18
1.3 O processo decisório do consumidor
14
DIAS, S. R. (Org.). Marketing: estratégia e valor. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 361.
15
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000. p. 394.
Comportamento do Consumidor no Varejo
16
SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5ª. Ed. Porto
Alegre: Bookman, 2002. p. 210.
17
BLACKWELL, R. D; MINIARD, P. W. & ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005. p. 74.
A busca por informações, também pode acontecer por fontes externas,
ou seja, fontes pessoais, conversando com amigos, familiares, vizinhos e co-
legas de trabalho. Fontes públicas, como o PROCON ou cartórios judiciais. E
fontes comerciais, tais como: vendedores, e as mais diversas formas de mí-
dias. Atualmente muitos consumidores estão acessando a internet em bus-
ca por informações de produtos e empresas, chegando a loja muito mais
informados do que antigamente, além de imprimirem as ofertas e utilizá-las
como modo de pressionar os varejistas locais a concederem descontos.
18
BLACKWELL, R. D; MINIARD, P. W. & ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005. p. 80.
Comportamento do Consumidor no Varejo
aos produtos, bem como preços mais altos.19 Destaca-se que geralmente
o consumidor considera um grupo de atributos na decisão de compra
atribuindo a cada um determinado peso, ou seja, o consumidor de classes
econômicas mais elevadas pode valorizar mais fortemente atributos como
variedade, qualidade e conveniência no ato de escolha da loja, enquanto
consumidores com renda mais baixa podem valorizar mais intensamente
aspectos como o preço, promoções e condição de pagamento.
19
SAMARA, S. B & MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Prentice Hall,
2005. p.34.
Quadro 2: Acesso a internet e compras on-line
20
SHETH, J. N; MITTAL, B. & NEWMAN, B. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. p. 512.
21
SAMARA, S. B & MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo:
Prentice Hall, 2005. p. 36.
Varejista que trabalha com produtos de maior valor, ao entrar em
contato com o cliente já na primeira semana tem quatro vezes mais
chance de solucionar possível insatisfação, do que se deixar para rea-
lizar o contato a partir da quarta semana.22 A iniciativa de contatar o
cliente é relevante, pois muitos acreditam que não vale a pena recla-
mar para a empresa, por considerar que o problema não será resolvi-
do.23 Por outro lado, aqueles que reclamam estão ajudando a detectar
possíveis problemas além de oferecer uma chance a empresa para re-
solver o problema. A seguir são apresentados os principais fatores que
influência o comportamento de compra do consumidor.
22
BROWN, Stanley A. CRM – Customer relationship management: uma ferramenta estratégica
para o mundo e-business. São Paulo: Makron Books, 2001. p. 11.
23
BATESON, John E. G. Marketing de serviços. 4ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. p. 339.
24
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000. p. 286.
Comportamento do Consumidor no Varejo
25
25
BLACKWELL, R. D; MINIARD, P. W. & ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005. p.. 329.
26
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000, p. 286.
27
SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5ª. Ed. Porto
Alegre: Bookman, 2002. p. 372.
aceitas de se comportar, referem-se ao comportamento do dia a dia.
No Brasil, o McDonald’s inicialmente teve que lidar com o costume
do brasileiro de buscar no tradicional pastel de feira e no carrinho de
lanche da esquina a maneira de realizar um lanche rápido.
28
SAMARA, S. B & MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Prentice
Hall, 2005. p.66.
29
WILLIAMS, T. G. Social class influences on purchase evaluation criteria. Journal of Consumer
Marketing, v. 19, n. 3, p. 249-276, 2002.
30
BLACKWELL, R. D; MINIARD, P. W. & ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005. p. 363.
Comportamento do Consumidor no Varejo
27
31
Contagem populacional 2007. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Disponível em:
<www.ibge.gov.br>.
32
AZEVEDO, M. & MARDEGAN, E. Jr. O consumidor de baixa renda: entenda a dinâmica de consumo
da nova classe média brasileira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 2.
Grupo de referência: “é um grupo cujas perspectivas ou valores
presumidos são utilizados por um indivíduo como base para seu
comportamento atual.”33 As pessoas podem fazer parte de diversos
grupos e a cada situação especifica pode-se utilizar um deles como
referência,34 conforme observa-se na Figura 1. Mas geralmente o in-
divíduo usa apenas um grupo principal como inspiração na maioria
das situações.
28
33
HAWKINS, D. I; MOTHERSBAUGH, D. L. & BEST. R. J. Comportamento do consumidor: construindo
a estratégia de marketing. 10ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. p. 72.
34
AHAVA, A. & PALOJOKI, P. Adolescent consumers: reaching them, border crossings and pedagogical
challenges. International Journal of Consumer Studies, v. 28, n. 4, p. 371-378, 2004.
Comportamento do Consumidor no Varejo
35
SHETH, J. N; MITTAL, B. & NEWMAN, B. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. p. 165.
Basicamente encontram-se três formas de influência que o gru-
po de referência pode exercer sobre seus membros, a influência
informativa, a influência utilitária e influência expressiva de valor.36
Que são detalhadas a seguir no Quadro 7.
30
36
SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5ª. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2002. p. 258.
37
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000. p. 232.
Comportamento do Consumidor no Varejo
38
SHETH, J. N; MITTAL, B. & NEWMAN, B. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. p. 168.
39
SAMARA, S. B & MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo:
Prentice Hall, 2005. p.66.
Motivação: “é a força motriz interna dos indivíduos que os impele
à ação”.40 Ou seja, é algo que leva às pessoas a ação. Essa força é repre-
sentada por um estado de desconforto devido a uma necessidade não
satisfeita. A necessidade pode ser utilitária, como exemplo têm-se quan-
do as pessoas se alimentam em busca de saciar a fome pensando em
seus nutrientes. A necessidade também é representada de forma hedô-
nica, ou seja, o indivíduo está em busca de prazer imediato, o indivíduo
ao lembrar em uma picanha suculenta para saciar a fome pode estar
em busca de prazer ao invés de buscar exatamente os componentes
nutricionais.41 Vale lembrar que as necessidades utilitárias e hedônicas
também podem ocorrer ao mesmo tempo. Desta forma, os varejistas
tentam criam soluções, por meio de oferta de produtos ou serviços o
intuito de reduzir o estado de desconforto do consumidor.
Fonte: adaptado de SAMARA, S. B & MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São
Paulo: Prentice Hall, 2005. p. 105
44
KOTLER, P. & ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9ª. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. p.
129.
Aprendizado: “é qualquer mudança no conteúdo ou na organi-
zação da memória ou do comportamento de longo prazo”.45 Já no
contexto do consumidor aprendizagem “é o processo pelo qual os
indivíduos adquirem o conhecimento e a experiência de compra
e consumo que aplicam a um comportamento correlato futuro”.46
O aprendizado do consumidor evolui continuamente e muda em
função das informações recentes ou pela experiência em adquirir
novos produtos. Desta forma, os varejistas são levados a constantes
campanhas de informação aos clientes e cuidados nas experiências
vivenciadas pelos consumidores nos estabelecimentos comerciais.
Oferecer amostras dos produtos na loja, oportunizar ao consumi-
dor que experimente o produto (test drive), ou até mesmo vende-
dores capacitados com alto conhecimento das características e
benefícios dos produtos, podem proporcionar mais segurança ao
comprador no processo de compra. Algumas empresas, entre elas,
o Banco Itaú e o Banco Real estão engajados em campanhas que
buscam levar o seu cliente ao consumo consciente, a educação
pode criar consumidores mais críticos e assim, levá-los a privilegiar
as organizações que valorizam tais práticas.47
34
45
HAWKINS, D. I; MOTHERSBAUGH, D. L. & BEST. R. J. Comportamento do consumidor: construindo
a estratégia de marketing. 10ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. p. 144.
46
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000. p. 137.
47
BENN, J. Consumer education: educational considerations and perspectives. International Journal
of Consumer Studies, v. 26, n. 3, p. 169-177, 2002.
48
CARRUTH, B. R. & SKINNER, J. D. Consumer goals/skills that mothers want their children to learn.
International Journal of Consumer Studies, v. 25, n. 4, p. 290-298, 2001.
Comportamento do Consumidor no Varejo
52
SCHIFFMAN, L. G. & KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6ª. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2000, p. 103.
Comportamento do Consumidor no Varejo
56
CAMPBELL, C. The craft consumer: culture, craft and consumption in a postmodern society. Journal
of Consumer Culture, v. 5, n. 1, p. 23-42, 2005.
57
KOTLER, P. & ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9ª. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. p.
126.
58
SAMARA, S. B & MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo:
Prentice Hall, 2005. p.138. AMORIM, M. C. S. & GARRÁN, V. G. Aprendizagem do consumidor: o desafio
de despertar a atenção e conquistar o domínio emocional do cliente. Revista de Negócios, v. 11, n.
1, p. 18-30, 2006.
59
BAKER, M. J. (Org.) Administração de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 15.
Capítulo 2 – Comércio Varejista
60
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio. Versão 5.0 eletrônica. Editora
Positivo. 2004.
61
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall,
2000. p. 540.
62
CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 416.
Comportamento do Consumidor no Varejo
63
GODOY, Paulo. Marketing: para o varejo de baixa renda. Osasco: Novo Século Editora, 2006. p. 35
64
GONÇALVES, David. Varejo. 4ª. ed. Florianópolis: Sebrae/SC. 2007. p. 18.
65
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 27.
em 1949, representa um marco adicional para o varejo no Brasil. Com
ares de modernidade, e localizada a uma distância de 4 km do centro
da cidade do Rio de Janeiro, tornou-se fato inusitado para época, tra-
zendo dos Estados Unidos o conceito de autosserviço.66
66
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 27.
67
FUKUSHIMA, César T. & MÚLLER, Renato. Data & varejo: o comércio brasileiro em números. 2ª. ed.
São Paulo: Gouvêa de Souza & MD. 2008. p. 44.
Comportamento do Consumidor no Varejo
68
KOTLER, Philip. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2003. p. 337.
Lojas de Departamento: localizadas no centro de grandes áreas urba-
nas ou em shopping centers; oferecem variedade e profundidade de linhas
em diferentes departamentos. Esse tipo de varejo passa por reestrutura-
ção, dificilmente encontra-se um formato puro. Muitas possuem número
de departamentos mais reduzidos, como por exemplo, as Lojas Renner.69
69
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 48.
70
CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 419.
71
PALMER, Adrian. Introdução ao marketing: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2006. p. 301.
72
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de marketing: conceitos, planejamento e aplicações
à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2008. p. 322
Comportamento do Consumidor no Varejo
73
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 49.
74
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de marketing: conceitos, planejamento e aplicações
à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2008. p. 320.
75
KOTLER, Philip. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2003. p. 340
76
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 49.
mix de produto e atendimento personalizado.77 Os norte-americanos
trouxeram a mercearia para os postos na tentativa de melhorar à lucra-
tividade, uma vez que a feroz concorrência de preços nos combustíveis
vinha originando margens cada vez menores. Para a indústria de alimen-
tos é importante estar presente nas lojas de conveniência, pois o jovem
que a frequenta hoje, será o comprador de produtos de supermercado
amanhã, gerando, assim e desde já, um vínculo afetivo com a marca. Um
exemplo de loja de conveniência é a AM-PM dos postos Ipiranga.
77
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 32.
78
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 31.
79
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 31.
Comportamento do Consumidor no Varejo
espaço que seria destinado à exposição dos produtos é utilizado para even-
tos e palestras de interesse da comunidade. Geralmente são instaladas em
localidades em que os custos de instalação de uma loja tradicional inviabili-
zariam o negócio.80 Como a equipe de funcionários é reduzida, em média 4
contra 20, e que podem chegar até 100 em loja tradicional, o vendedor da
loja virtual é mais qualificado. O vendedor desse tipo de loja oferece um su-
porte bem maior aos seus clientes, além de ter amplo conhecimento sobre
o produto, no intuito de suprir a falta física do produto. A Colombo Virtual
Shop é um exemplo deste tipo de loja.81
87
DAUD, Miguel. Marketing de varejo: como incrementar resultados com a prestação de serviços.
Porto Alegre: Bookman, 2007. p. 79.
88
CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 421
89
DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 409.
90
DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 409
Catálogo Postal: o seu formato se assemelha ao de uma revista e
se aproxima da mala direta impressa, no entanto deve possuir con-
teúdos que interessem ao leitor, além dos preços das mercadorias e
ofertas. Dicas para o leitor podem prolongar a vida útil do catálogo.
A qualidade do material de impressão, papel e tinta, deve ser de boa
qualidade, pois o cliente pode relacionar a imagem da empresa e
seus produtos à qualidade do catálogo que está recebendo.
91
CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 421
92
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 36
Comportamento do Consumidor no Varejo
93
CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 421
94
WELTEVREDEN, Jesse W. J. Substitution or complementarity? How the Internet changes city centre
shopping. Journal of Retail and Consumer Services, v. 14, n. 3, p.192-207, 2007.
o cliente está chegando às lojas muito mais informado, pois já pesqui-
sou sobre o produto, além de muitas vezes imprimir as ofertas e levá-
las até as lojas tradicionais como forma de conseguir descontos.
95
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de marketing: conceitos, planejamento e aplicações
à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2008. p. 335
Comportamento do Consumidor no Varejo
ganda naquele momento, mas sim de outros fatores que devem ser corri-
gidos ou melhorados, para só então num segundo momento desenvolver
comunicação.
O ambiente de marketing
O ambiente interno
96
KOTLER, Philip. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2003. p. 61.
jista B pela preferência do cliente. Atualmente existem parcerias entre o
varejista A e o fornecedor X, que disputam mercado com o varejista B e o
fornecedor Y, levando à necessidade do aumento da confiança entre os
parceiros.97
O ambiente externo
97
BIGNE, Enrique & BLESA, Andreu. Market orientation, trust and satisfaction in dyadic relationships: a
manufacturer-retailer analysis. International Journal of Retail and Distribution Management,
v. 31, n. 11, p. 574-590, 2003.
98
PALMER, Adrian. Introdução ao marketing: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2006. p. 72
Comportamento do Consumidor no Varejo
99
MAIA, Galileu Limonta & VIEIRA, Francisco Giovanni David. Marketing verde: estratégias para produtos
ambientalmente corretos. Revista de Administração Nobel, v. 2, n. 3, p. 21-32, 2004
Do ponto de vista do ambiente político, alguns empresários acreditam
que não devem se envolver com política, e buscam ficar a margem das
discussões. Ocorre, entretanto, que as resoluções governamentais podem
impactar fortemente os resultados das suas empresas. O simples fato, por
exemplo, da Prefeitura do município alterar o sentido da rua onde está lo-
calizada uma determinada empresa pode ocasionar queda nas vendas. Do
mesmo modo, qual o percentual de clientes que está disposto a suportar o
incômodo de uma obra pública em frente a um estabelecimento comercial
onde ele tem o hábito de comprar? Essa obra não poderia levá-lo a procurar
outra loja para realizar suas compras?
100
NICKELS, William G. & WOOD, Marian Burk. Marketing: relacionamento, qualidade e valor. Rio de
Janeiro: LTC, 1999. p. 49.
101
SAMARA, Beatriz Santos & BARROS, José Carlos de. Pesquisa de marketing: conceitos e
metodologia. 3ª. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. p. 5.
102
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall,
2000. p. 122.
Comportamento do Consumidor no Varejo
Registros internos
Inteligência de marketing
57
Pesquisa de Marketing
103
McDANIEL, Carl D. Pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. p. 9.
menta que auxilia as organizações a anteciparem possíveis problemas,
através de questionário auto-aplicável colocado a disposição dos clien-
tes nas lojas ou até mesmo na pesquisa pós-venda. Monitora o desem-
penho da empresa na perspectiva do cliente, como também ajuda a
encontrar pontos fortes e fracos da concorrência. Colabora também
na identificação de oportunidades, como por exemplo, investigando
possíveis localidades que poderiam receber uma nova filial.
Produto
104
CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 118
105
BINNINGER, Anne-Sophie. Exploring the relationships between retail brands and consumer store
loyalty. International Journal of Retail and Distribution Management, v. 36, n. 2, p. 94-110,
2008.
Comportamento do Consumidor no Varejo
106
ELG, Ulf. Retail market orientation: a preliminary framework. International Journal of Retail and
Distribution Management, v. 31, n. 2, p. 107-117, 2003.
107
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3a. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 133
Existem varejistas que ao serem questionados sobre que públi-
co sua empresa atende, respondem “todo mundo”. É certo que ao se
dispor a empreender no setor varejista, uma empresa está de portas
abertas a quem se interessar pelos seus produtos. Não obstante, o fato
de estar de portas abertas não significa que não exista certo perfil de
consumidor mais adequado aos produtos que a empresa oferta. A
esse propósito, o perfil do cliente pode ser definido por meio de um
conjunto de variáveis que se complementam, como, por exemplo: gê-
nero, idade, renda, estado civil, profissão e localização residencial, entre
outras. Uma demonstração de perfil pode ser observada no Quadro
9, onde se tem lojas do segmento varejista de calçados na cidade de
Maringá que atuam com diferentes perfis de consumidores.
60
108
PREDEBON, José. Inovação no varejo: o que faz o lojista criativo. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008. p. 45
109
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 157
Os produtos classe A pertencem ao grupo de itens mais importan-
tes que necessitam ser tratados com atenção especial pelo gestor. Os
produtos classificados como A representam aproximadamente 20% do
estoque, os quais geram 80% dos resultados. A classificação A, B, C, está
baseada na “lei de Pareto”, conhecida como relação 80/20. Já os produ-
tos classe B estão numa citação intermediária entre as classes A e C. E
a classe C, por fim, é a de menor importância em relação aos demais
produtos.
110
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 186
111
MERLO, Edgard Monforte, MAUAD, Talita Marum & NAGANO, Marcelo Seido. Um modelo simplificado
da prática de gerenciamento por categorias no varejo de médio porte. Revista de Administração
da USP, v. 39, n. 1, 2004. p. 30.
112
MERLO, Edgard Monforte, MAUAD, Talita Marum & NAGANO, Marcelo Seido. Um modelo simplificado
da prática de gerenciamento por categorias no varejo de médio porte Revista de Administração
da USP, v. 39, n 1, 2004. p. 39.
113
LEE, Jack K. H. & STECKEL, Joel H. Consumer strategies for purchasing assortments within a single
product class. Journal of Retailing, v. 75, n. 3, p. 387-403, 1999.
Comportamento do Consumidor no Varejo
Fonte: PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 186.
Preço
114
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 240.
115
URDAN, Flávio Torres. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006. p. 184
preço de mercado. Outros varejistas trabalhavam com preço médio,
ou seja, faziam uma ponderação entre o preço de custo das mercado-
rias em estoque, com os preços de novas aquisições. Em alguns casos,
o preço praticado no varejo chegava a ser menor do que o preço pra-
ticado pela própria indústria.
Com o passar dos meses o varejista passou a perceber que não era mais
somente os fatores internos que determinavam o preço de venda. A partir
deste momento quem determinava o preço era o mercado. As organizações
tiveram que buscar a eficiência interna, com redução de custos e ganhos
em produtividade, negociações mais demoradas com os fornecedores, e
64
agregar valor ao produto por meio de um melhor atendimento ao cliente,
variedade de produtos e oferta de crédito, entre outras iniciativas.
119
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 163
rejista então busca sua diferenciação por meio de localização, serviços e/
ou linha de produtos, entre outras possibilidades.
Preço baixo todo dia: o varejista que difunde essa prática no mun-
do é o Wal-Mart. Consiste na adoção regular de uma política de preços
baixos. Busca-se, com isso, evitar o vaivém de preços, conquistando uma
imagem de preços baixos junto aos consumidores.
120
SMITH, Michael F. & SINHA, Indrajit. The impact of price and extra product promotions on store
preference. International Journal of Retail and Distribution Management, v. 28, n. 2, p. 83-
92, 2000.
Comportamento do Consumidor no Varejo
121
GEDENK, Karen & SATTLER, Henrik. The impact of price thresholds on profit contribution — Should
retailers set 9-ending prices? Journal of Retailing, v. 75, n. 1, p. 33-57, 1999.
Promoção
122
DIAS, Sérgio Roberto. Marketing: estratégia e valor. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 240.
Comportamento do Consumidor no Varejo
69
123
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 242
A seguir são apresentadas brevemente as principais formas de co-
municação utilizadas pelo varejo.
124
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 242
125
DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 242.
126
DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 274.
Comportamento do Consumidor no Varejo
127
URDAN, Flávio Torres. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006. p. 255
128
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall,
2000. p. 570
129
PALMER, Adrian. Introdução ao marketing: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2006. p. 374
mercado através de aumento de comunicação e os outros para não
perderem participação o seguirem.
130
GODOY, Paulo. Marketing: para o varejo de baixa renda. Osasco: Novo Século Editora, 2006. p. 96.
Comportamento do Consumidor no Varejo
pode ser feito, por exemplo, por meio da verificação do fluxo de clien-
tes na loja, da lembrança de marca, do volume de vendas e da lucrati-
vidade, entre outras métricas de marketing. Outra importante medida
que pode ser adotada por meio de investigação junto ao cliente, e que
avalia não só a comunicação realizada pela empresa, mas todo o con-
junto ofertado para o cliente, é a mensuração da comunicação boca-
a-boca, ou seja, os comentários gerados espontaneamente entre os
clientes da empresa e que chegam até os clientes potenciais. Quando
essa comunicação é positiva, ela tem a capacidade de gerar novos ne-
gócios.131
131
PARIDON, Terrence J. Retail opinion sharing: conceptualization and measurement. Journal of
Retailing and Consumer Services, v. 11, n. 2, p. 87-93, 2004.
132
THANG, Doreen C. L. & TAN, Benjamin L. B. Linking consumer perception to preference of retail
stores: an empirical assessment of the multi-attributes of store image. Journal of Retailing and
Consumer Services, v. 10, n. 4, p. 193-200, 2003.
133
CREWE, L.; GREGSON, N. & BROOKS, K. The discursivities of difference: retro retailers and the
ambiguities of ‘the alternative’. Journal of Consumer Culture, v. 3, n. 1, p. 61-82, 2003.
Ponto comercial
134
LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W. & PETTY, J. William. Administração de pequenas
empresas. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1997. p. 216
135
GUIA PEGN: como montar seu próprio negócio. São Paulo: Editora Globo, 2002. p. 110.
Comportamento do Consumidor no Varejo
Fonte: MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª ed. São Paulo:
Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 274. 75
136
TELLER, Cristoph & REUTTERER, Thomas. The evolving concept of retail attractiveness: What makes
retail agglomerations attractive when customers shop at them? Journal of Retailing and Consumer
Services, v. 15, n. 3, p. 127-143, 2008.
Tais corredores comerciais possuem como principal vantagem a
menor necessidade de investimentos em propaganda, visto que o lo-
cal é reconhecido pelo público. Por outro lado, como desvantagem,
tem-se a maior facilidade de comparação de preços, o que leva a ne-
cessidade de preços competitivos e excelente atendimento. Lojas que
comercializam produtos de compra comparada, tais como materiais
de construção, móveis e eletrônicos são mais adequadas para essas
localidades. Já empresas que trabalham com produtos de conveniên-
cia, como padarias, supermercados e farmácias, precisam estar mais
próximas do consumidor. Estudos demonstram que ao adquirirem
alimentos, os consumidores realizam compras até duas vezes por se-
mana, em diferentes locais. Os critérios de escolha adotados nesses
casos consistem da distância a ser percorrida até a loja, do sortimento
oferecido pelo lojista e também do preço praticado.137
137
STASSEN, Robert E.; MITTELSTAEDT, John D. & MITTELSTAEDT, Robert A. Assortment overlap: its
effect on shopping patterns in a retail market when the distributions of prices and goods are known.
Journal of Retailing, v. 75, n. 3, p. 371-386, 1999.
Comportamento do Consumidor no Varejo
Para loja de rua, quanto maior a fachada, melhor. Alguns aspectos adi-
cionais, de caráter pitoresco, porém relevantes, merecem atenção: a) qual
o lado da via que faz sombra à tarde; b) existência ou não de recuo do
imóvel, dado que imóvel sem recuo é mais adequado, permitindo maior
visibilidade; c) problemas com chuvas ou enchentes, o que pode ser verifi-
cado com os vizinhos; d) tramitação de projeto na prefeitura que possa vir
a influenciar no negócio envolvendo mudança de sentido da rua, proibi-
ção de estacionamento ou até mesmo obras públicas próximas. A seguir
aborda-se os principais aspectos referentes à atmosfera da loja.
A atmosfera da loja.
138
LAS CASAS, Alexandre Luzzi & GARCIA, Maria Tereza. (Org.) Estratégias de marketing para varejo:
inovações e diferenciações estratégicas que fazem a diferença no marketing de varejo. São Paulo:
Novatec Editora, 2007. p. 194.
139
UNDERHILL, Paco. Vamos às compras: a ciência do consumo. Rio de Janeiro: Campus, 1999, p. 34.
140
DAUD, Miguel. Marketing de varejo: como incrementar resultados com a prestação de serviços.
Porto Alegre: Bookman, 2007. p. 93.
141
BAKER, Stacey M. Consumer normalcy: understanding the value of shopping through narratives of
consumers with visual impairments. Journal of Retailing, v. 82, n. 1, p. 37-50, 2006.
Mesmo em lojas voltadas para o consumidor de baixa renda, itens como
limpeza da loja, iluminação e bom espaço de locomoção, não são mais con-
siderados itens de luxo, mas requisitos obrigatórios para o consumidor se
sentir satisfeito e retornar para novas compras.142 Um aperfeiçoamento ela-
borado demais, contudo, pode afastar alguns clientes que acreditam que a
empresa pode estar transferindo os custos dessa melhoria para os preços
das mercadorias.143 Dessa maneira, é necessário que as melhorias a serem
realizadas nas lojas aconteçam de modo que o cliente “não pense que a loja
não é mais dele”.
142
GODOY, Paulo. Marketing para o varejo de baixa renda. Osasco: Novo Século Editora, 2006. p.
96.
143
BATESON, John E. G. Marketing de serviços. 4ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. p. 162.
144
MORIN, Sylvie; DUBÉ, Laurette & CHEBAT, Jean-Charles. The role of pleasant music in servicescapes:
a test of the dual model of environmental perception. Journal of Retailing, v. 83, n. 1, p. 115-130,
2007.
Comportamento do Consumidor no Varejo
Fonte: BATESON, John E. G. Marketing de serviços. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. p. 168.
148
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégias. São Paulo: Atlas, 2007. p. 242.
149
ESPINOZA, Francine; DÁNGELO, André Cauduro & LIBERALI, Guilherme. A influência da atmosfera de
varejo sobre os consumidores. Revista de Administração da USP, v. 40, n. 2, p. 109-122, 2005. p.
110.
150
UNDERHILL, Paco. Vamos às compras: a ciência do consumo. Rio de Janeiro: Campus, 1999, p. 34.
Comportamento do Consumidor no Varejo
151
UNDERHILL, Paco. Vamos às compras: a ciência do consumo. Rio de Janeiro: Campus, 1999, p. 20.
152
THAKOR, Mrugank V.; SURI, Rajneesh & SALEH, Katayoun. Effects of service setting and other
consumers’ age on the service perceptions of young consumers. Journal of Retailing, v. 84, n. 2, p.
137-149, 2008.
153
DAUD, Miguel. Marketing de varejo: como incrementar resultados com a prestação de serviços.
Porto Alegre: Bookman, 2007. p. 93.
154
SEN, Sankar; BLOCK, Lauren G. & CHANDRAN, Sucharita. Window displays and consumer shopping
decisions. Journal of Retailing and Consumer Services, v. 9, n. 5, p. 277-290, 2002.
155
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 246.
nejadas para gerar vendas no curto prazo, e as institucionais, que visam
criar uma imagem para loja ou manter a já existente, tornando-se agradá-
vel aos olhos do comprador, o que pode significar conquista de vendas,
mas de forma indireta. É importante que alguns princípios sejam observa-
dos, tais como: estética, em que a beleza e harmonia das formas ajudam
a capturar a atenção do comprador; novidade, em que os clientes valo-
rizam o diferente e o novo, e atualização, em termos do aproveitamento
das épocas promocionais e festivas para a formatação do ambiente da
vitrine.156 Um aspecto adicional que merece destaque é o fato de que no
Brasil, por força de lei, o varejista tornou-se obrigado a apresentar os pre-
ços dos produtos expostos na vitrine em caracteres visíveis.
156
MORGADO, M. G. & GONÇALVES, M. N. Varejo: administração de empresas comerciais. 3ª. ed. São
Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2001. p. 246.
157
ANTONIDES, Gerrit; VERHOEF, Peter C. & VAN AALST, Marcel. Consumer perception and evaluation of
waiting time: a field experiment. Journal of Consumer Psychology, v. 12, n. 3, p. 193-202, 2002.
Comportamento do Consumidor no Varejo
160
NYER, Prashant U. An investigation into whether complaining can cause increased consumer
satisfaction. Journal of Consumer Marketing, v. 17, n. 1, p. 9-19, 2000. CHULMIN, Kim; SOUNGHIE,
Kim; SUBIN, Im & CHANGOON, Shin. The effect of attitude and perception on consumer complaint
intentions. Journal of Consumer Marketing, v. 20, n. 4, p. 352-371, 2003.
161
TROCCHIA, Philip J. & AINSCOUGH,Thomas L. Characterizing consumer concerns about identification technology.
International Journal of Retail and Distribution Management, v. 34, n. 8, p. 609-620, 2006.
Comportamento do Consumidor no Varejo
162
BROWN, Stanley A. CRM – Customer relationship management: uma ferramenta estratégica para o
mundo e-business. São Paulo: Makron Books, 2001.
163
KUMAR, V.; SHAH, Denish & VENKATESAN, Rajkumar. Managing retailer profitability — one customer
at a time! Journal of Retailing, v. 82, n. 4, p. 277-294, 2006.
Quando se trata de abandonar o cliente, aspectos além da fideli-
dade e lucratividade merecem atenção. Isso é mais concreto em situ-
ações em que o cliente exerce influência no negócio da empresa. Um
típico exemplo corresponde ao caso de um profissional que trabalha
com pinturas imobiliárias e que numa primeira análise individual por
parte da empresa pode não parecer lucrativo financeiramente. Nor-
malmente, ao realizar compras na empresa ele recebe desconto es-
pecial, além de brindes como pincéis e outros acessórios para pintura.
Ocorre, porém, que esse profissional exerce forte influência no proces-
so de decisão de compra das famílias e indivíduos que ele tem como
clientes, recomendando e sugerindo a loja que lhe fornece descontos
como referência para a compra de produtos relacionados ao seu tra-
balho. Destaca-se, ainda, que a própria empresa pode ser responsável
pela infidelidade do cliente, particularmente quando falhas internas,
como aquelas oriundas do atendimento, acontecem com frequência.
Estima-se que a empresa varejista perde clientes por diversas razões, entre
elas: 1% em decorrência da morte do cliente; 5% por adotarem novos hábitos;
9% por considerarem o preço alto demais; 14% por estarem desapontados
com a qualidade do produto; e 68% devido a falhas no atendimento.167 Sobre
esse aspecto, estudos no setor de alimentos apontam que o relacionamento
com o pessoal de contato se torna mais importante que muitas formas de
incentivos econômicos.168
164
SIVADAS, Eugene & BAKER-PREWITT, Jamie L. An examination of the relationship between service quality,
customer satisfaction, and store loyalty. International Journal of Retail and Distribution Management,
v. 28, n. 2, p. 73-82, 2000. LARÁN, J. A. & SPINOZA, F. da S. Consumidores satisfeitos, e então? Analisando a
satisfação como antecedente da lealdade. Revista de Administração Contemporânea, v. 8, n. 2. p. 51-70,
2004.
165
BAKER, Michael J. Administração de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 28.
166
GRÖNROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços. Rio de Janeiro: Campus, 1993. p. 189.
167
SILVA, Fábio Gomes da & ZAMBON, Marcelo Socorro. Gestão do relacionamento com o cliente. São Paulo:
Thomson Learning Edições. 2006. p. 137.
168
MÄGI, Anne W. Share of wallet in retailing: the effects of customer satisfaction, loyalty cards and shopper
characteristics. Journal of Retailing, v. 79, n. 2, p.97-106, 2003.
169
GONÇALVES FILHO, Cid; ELIAS, Cristiano Lourenço & LEITE, Ramon Silva. Antecedentes da lealdade de clientes: um
Um aspecto típico da pequena empresa varejista na relação com o
cliente diz respeito ao processo de aprendizagem que ocorre dentro
da própria empresa sobre a maneira como tratar o cliente. Em uma
pequena empresa varejista, a qual normalmente possui um número
reduzido de funcionários, o patrão ao transitar frequentemente no
salão de vendas serve como “espelho”; ou seja, a forma com que ele
se relaciona e trata a clientela, tende a ser tomada como base pelos
colaboradores, pois passam a entender que é daquela forma que se
deva agir.
92
171
O fato de haver, estatística e naturalmente, mais mulheres do que homens na composição
populacional da região noroeste do Paraná sugere que a presença e o consumo femininos no
comércio são mais representativos comparativamente em relação à presença e consumo masculinos.
As evidências desse impacto ficarão mais claras ao longo deste capítulo, especialmente em relação
às características e atributos de compras, onde se percebe diferenças entre gêneros, seja no
comportamento de compra ou nos meios que mais usam para comunicação de marketing ou, ainda,
nas formas que mais valorizam para o desenvolvimento de relacionamento de marketing.
Comportamento do Consumidor no Varejo
174
Os dados do IBGE referem-se à renda do chefe da família, em termos de salários mínimos. Tendo em
vista que essa é categoria base para expressão da renda por parte do IBGE, ela foi aqui usada como
parâmetro para composição do perfil do consumidor. Ver Censo demográfico 2000, IBGE, disponível
em: www.ibge.gov.br
175
Ver Censo demográfico 2000, IBGE, disponível em: www.ibge.gov.br
176
O processo de migração e mobilidade entre classes sociais, com o aumento da classe c, pode ser
observado por meio de TERRA, Thiago. Classe C apresenta novos hábitos de consumo. Mundo do
Marketing, 01 out 2008. Disponível em: <http://www.mundodomarketing.com.br/16,5810,classe-
c-apresenta-novos-habitos-de-consumo.htm>
Comportamento do Consumidor no Varejo
96
105
Por outro lado, é relevante ressaltar que cidades que perdem ven-
das para cidades vizinhas, podem, ao mesmo tempo, servir como pólo
de atração para outras cidades da sua região geográfica mais imediata
de atuação (Quadro 14). Um exemplo típico dessa situação ocorre com
107
a cidade de Umuarama que perde consumidores para Maringá, porém
atrai consumidores de Goioerê e Iporã, os quais se deslocam até essas
cidades para realizarem boa parte de suas compras.
110
Uma das melhores coisas que pode acontecer no dia a dia do lojista é
ter a presença de um cliente em potencial dentro do seu estabelecimen-
to. Muitas vezes avalia-se, equivocadamente, que os clientes adentram
uma loja ou a procuram apenas em função do que lá podem encontrar
no que concerne aos seus produtos ou mesmo preço ou condições de
pagamento, entre outros atributos, conforme tratado no capítulo anterior.
Não obstante, as lojas varejistas possuem diferentes aspectos estruturais
que podem ser decisivos para a realização da venda e fidelização de seus
clientes, posto que podem tanto atrair quanto afastar os consumidores.
A iluminação, por sua vez, é algo que deve ser cuidadosamente observa-
114
do pelos empresários, sobretudo se está adequada aos diferentes períodos
do dia desde a manhã até a noite. Já a pintura deve ser atrativa na área exter-
na da loja, utilizando-se cores quentes, enquanto que na área interna deve
ser reconfortante, utilizando-se cores frias, em tons pastéis (Figura 9).
Figura 9 – Aspectos estruturais e de ambiente
de loja
118
Atendimento Estacionamento
Maringá Cianorte
Cianorte 17%
Mgá 24% 5% Mgá
8% 16%
Iporã Nova
Iporã 16% Nova Londrina Londrina Iporã
18% 13%
1% 29%
Considerações Finais
BIGNE, Enrique & BLESA, Andreu. Market orientation, trust and satis-
faction in dyadic relationships: a manufacturer-retailer analysis. In-
ternational Journal of Retail and Distribution Management,
v. 31, n. 11, p. 574-590, 2003.
CARVALHO, José Luis Felício dos Santos & Motta, Paulo César. A ilu-
minação ambiental vista pelos participantes da interação de servi-
ços. Gestão.org. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional,.
v. 2, n. 1, p. 19-34, 2004.
DARLEY, William K. & LIM, Jeen-Su. Effects of store image and attitude
toward secondhand stores on shopping frequency and distance trav-
eled. International Journal of Retail and Distribution Manage-
ment, v. 27, n. 8, p. 311-318, 1999.
GEDENK, Karen & SATTLER, Henrik. The impact of price thresholds on profit
contribution — Should retailers set 9-ending prices? Journal of Retai-
ling, v. 75, n. 1, p. 33-57, 1999.
GONÇALVES FILHO, Cid; ELIAS, Cristiano Lourenço & LEITE, Ramon Silva.
Antecedentes da lealdade de clientes: um estudo empírico no varejo.
Revista de Negócios, v 11, n. 1, p. 2-17, 2006.
GUIA PEGN: como montar seu próprio negócio. São Paulo: Editora Glo-
bo, 2002.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi & GARCIA, Maria Tereza. (Org.) Estratégias
de marketing para varejo: inovações e diferenciações estratégicas
que fazem a diferença no marketing de varejo. São Paulo: Novatec Edi-
tora, 2007.
MORIN, Sylvie; DUBÉ, Laurette & CHEBAT, Jean-Charles. The role of pleas-
ant music in servicescapes: a test of the dual model of environmental
perception. Journal of Retailing, v. 83, n. 1, p. 115-130, 2007.
141
SMITH, Michael F. & SINHA, Indrajit. The impact of price and extra
product promotions on store preference. International Journal of
Retail and Distribution Management, v. 28, n. 2, p. 83-92, 2000.