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O e s p e c t a d o r n o t e a t rroo d e n ã o - f i c ç ã o

M arcelo Soler

“Uma peça não nasce no palco, políticos são tratados como personagens e vi-
não acontece apenas no palco, vem nas telas dramas que os tornarão heróis ou
mas entre o palco e a platéia” vilões, segundo, obviamente, os interesses da
(Heiner Müller). rede de comunicação que os exibe. Esses recur-
sos atenuam o impacto do que assistimos, pas-
sando a nos entreter da mesma maneira que

N
ão existe discordância quando se afirma uma novela o faz. Tudo pode, inclusive, virar
sobre a enorme influência dos meios de um espetáculo e desse modo apresentar uma es-
comunicação de massa, sobretudo dos trutura que prioriza a eficácia visual em detri-
produtos ficcionais criados e difundidos mento do aprofundar das questões abordadas
por eles, no que diz respeito à forma como (Barbero, 1978).
percebemos o mundo em que estamos inseri- Contraditoriamente, ainda que em mol-
dos. A propósito, inúmeros estudos se detive- des ficcionais, a não-ficção1 se apresenta nesse
ram sobre a ficcionalização da realidade decor- contexto como recorte objetivo e imparcial dos
rente da ação dos produtos desses meios de fatos. O drama novelesco do político no
comunicação sobre nosso imaginário. telejornal adquire status de realidade pelo sim-
A mídia não poupa nem ao menos a in- ples fato de estar no telejornal.
formação que veicula sobre os acontecimentos. Passa a ser importante uma reflexão so-
O jornalismo, por exemplo, tanto televisivo bre a posição de espectador em uma proposta
quanto impresso, recorre a recursos estilísticos de não-ficção no teatro, em específico de Tea-
presentes nos produtos ficcionais para atrair tro Documentário, num momento histórico em
telespectadores/leitores, criando uma forma pe- que a espetacularização da realidade nos impele
culiar de transmitir a notícia. Em telejornais, a esperarmos que tudo tenha um tratamento

Marcelo Soler é professor da Faculdade Paulista de Artes.


1 Termo utilizado na linguagem audiovisual para designar a produção que possui um formato caracterís-
tico e um tipo de comprometimento com a realidade diferente da produção ficcional. Documentários,
reportagens jornalísticas, propagandas institucionais, filmes científicos recebem essa denominação.

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ficcional e, ao mesmo tempo, ainda que impreg- procedimentos quanto em seus objetivos, de
nada por isso, a não-ficção insurja como retrato documentar.4 Existe uma especificidade no fa-
imparcial dessa mesma realidade. zer artístico e, conseqüentemente, na própria
Há pouco material bibliográfico publica- produção advinda dele que extrapola a mera
do em língua portuguesa sobre o que se chama oposição à ficção, para evidenciar a análise dos
Teatro Documentário, à disposição daqueles fatos vividos, experimentados, observados.
que por algum motivo se deparem com essa O uso deliberado de documentos surge
proposta estética e pretendam investigar em como característica importante, mas não única,
profundidade suas características e potenciali- já que a utilização deles em um processo não
dades. O mesmo acontece em termos de pro- está condicionada necessariamente à elaboração
posições práticas de qualquer ordem. Diferen- de um discurso artístico interessado diretamen-
temente do Brasil, grupos de inúmeros países te em documentar. A questão que se coloca é a
vêm se dedicando na atualidade a pesquisas em da natureza do comprometimento com a reali-
torno do Teatro Documentário. No começo de dade. O que se pretende não é construir uma
2007, por exemplo, o grupo alemão Rimini ficção sobre fatos que ocorreram, mas discutilos,
Protokóll esteve no Brasil e apresentou em São fazendo o uso de documentos de toda ordem,
Paulo, no Sesc – Avenida Paulista, o espetáculo explorando uma significação outra, diferente da
“Chácara Paraíso” que consistia numa “forma obtida quando se trabalha com produtos assu-
de instalação que mesclava o documental e o midamente ficcionais.
ficcional, mostrando biografias de pessoas que Um documento5 nada mais é do que uma
em algum momento de sua vida atravessaram o espécie de dado não-ficcional que pode servir
universo policial”.2 Há mais de 10 anos o tra- à encenação seja ela de caráter documentário ou
balho do Rimini se relaciona à investigação de não. Chamamos de dado não-ficcional qualquer
práticas documentárias. tipo de fonte que se configura num testemu-
Entretanto, encenações como essa são ra- nho registrado diretamente da realidade, ou
ríssimas nos palcos brasileiros. seja, tudo que é dito, escrito ou visto que não
Por isso, antes de qualquer discussão rela- foi construído pela imaginação de alguém no
cionada a Teatro Documentário, torna-se neces- intuito de criar uma ficção. A representação não
sário conceituar que tipos de práticas recebem se dá no dado em si, mas no registro dele. Essa
essa qualificação.3 definição guarda inúmeros questionamentos
Se os discursos artísticos, em alguma ins- que devem ser lembrados para não se correr o
tância, se valem de documentos como fontes risco de ser compreendido de maneira simplista.
primárias no seu processo de elaboração, nem Dentro do que designamos de realidade, nos
todos eles têm a intencionalidade, tanto em seus deparamos com acontecimentos que foram

2 Trecho retirado do programa distribuído na apresentação.


3 Termo cunhado por John Grierson na Inglatera dos anos 30 para designar um tipo de representação
cinematográfica que faz uso de testemunhos da realidade, como documentos e depoimentos, em sua
elaboração discursiva.
4 Deve-se esclarecer que o ato de documentar, contemporaneamente, não se relaciona com a equivocada
tentativa de registrar a realidade como ela é, mas com a construção de um ponto de vista sobre a
mesma, depoimento de uma época, cultura e sociedade.
5 Adiante esclareceremos melhor o conceito de documento.

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O espectador no teatro de não-ficção

planejados, logo, imaginados para determinado um olhar com olhos, ouvidos, pele e narinas,
fim. Numa situação de entrevista para a câme- para a realidade, tentando perceber nela dados
ra, o depoente, muitas vezes, modifica deli- que em si são metáforas para entendê-la de ma-
beradamente seu discurso e comportamento de neira mais ampla. No contexto, o termo olhar
tal maneira que chegamos a dizer que ele cons- se associa ao posicionamento do sujeito sobre
truiu um personagem. No caso não se objetivou algo, a visão que extrapola os domínios do pró-
a construção de uma ficção. Houve, apenas, prio olho. As coisas não são, é justamente nosso
uma preparação prévia de acordo com interes- olhar que faz delas algo cheio de significado.
ses específicos.
Já o dado ficcional, em oposição, surge “O olhar é o que define a intencionalidade e
como representação de algo imaginado, mesmo a finalidade da visão” (Aumont, 2004, p. 59).
que a partir de fatos reais, para a construção de
uma ficção. Portanto, é representação (captação) Logo, o dado não-ficcional só será perce-
de uma representação (dado em si). bido como tal quando a platéia, previamente ou
Além da intencionalidade de documen- durante a própria encenação, significá-lo desse
tar, um dos principais pontos para se entender modo. Não basta o ato de documentar se o es-
o que é Teatro Documentário é a relação que os pectador, protagonista da experiência artística,
envolvidos (diretor, atores, técnicos e especta- não percebe o que frui como documentário.
dores) têm com os dados de não-ficção, mesmo Um espectador que, informado, chega
quando se valem também de dados ficcionais para assistir a uma encenação documentária re-
na construção discursiva. O comprometimento cebe a obra de maneira totalmente diferente
com a análise da realidade, e a valorização dos daquela que faria frente a uma obra de ficção.
dados de não-ficção, afasta a subserviência à fá- Mesmo com a pretensão ilusionista do realismo
bula e evidencia uma preocupação com uma e do naturalismo, após assistirmos a uma ence-
ordenação discursiva segundo os valores expli- nação nesses moldes, sabemos que estamos
cativos que se queira atingir. diante de algo ficcional. Ainda que completa-
Ao pesquisar, selecionar e articular priori- mente envolvidos e identificados6 com o que
tariamente dados de não-ficção para construir presenciamos, nossa relação é diferente na frui-
em cena o que se deseja comunicar, evidenciar- ção de um discurso não-ficcional.
se-á um ponto de vista sobre o que se viu, ouviu Se ouvirmos a narração de uma tortura
e sentiu. A proposta documentária impele-nos a por parte de um ator, sabendo que o texto é um
isto, pois, como Peter Weiss declara “a realida- produto ficcional, por exemplo, teremos uma
de, por mais impenetrável que se procure relação com o que assistimos totalmente diver-
apresentá-la, oferece saídas a quem se esforça em sa daquela que experimentamos quando nos é
explicá-la; e ela pode ser explicada em cada por- informado que o texto trabalhado pelo ator foi
menor” (Rosenfeld, 1993, p. 128). Documen- transcrito de depoimentos de ex-presos políti-
tar algo é ter uma perspectiva histórica sobre as cos torturados no período militar. Sem qualquer
coisas e não se eximir de opinar sobre a realida- juízo de valor sobre o impacto de cada cena, a
de. O ato adquire uma conotação investigativa, obra que faz uso de um documento chega aos
já que solicita do documentarista um olhar, espectadores com um dado a mais: as palavras
compreendido aqui sinestesicamente, ou seja, proferidas pelo ator, independentemente da

6 Sobre o efeito de identificação no teatro é interessante a perspectiva de Denis Guénoun que afirma ser,
depois do advento do cinema, muito difícil consegui-lo.

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interpretação dada, não saíram do imaginário ra para, a seu modo, apreendê-la e com-
de um dramaturgo, mas de um relato de alguém preendê-la. Da mesma maneira, o espectador
que viveu a situação enfocada e que não obje- de teatro precisa travar diálogo com a peça.
tivava, necessariamente, com o texto proferido Ser espectador requer esforço, não há saída,
construir uma obra a ser compartilhada com um esforço criativo” (Desgranges, 2003,
uma platéia. Mesmo quando o dramaturgo pas- p. 30).
sou por uma situação análoga ou partiu de es-
tudos históricos, no caso de nosso exemplo so- O contato com a não-ficção, em princí-
bre a tortura na ditadura militar, existe um pio, pode ser árduo. Na tentativa de dialogar
cuidado outro no uso das palavras, na própria com a proposta cênica, o espectador recorre ao
construção textual, já que o almejado é a ela- seu patrimônio pessoal a fim de construir uma
boração de um discurso de natureza artística. interpretação, também, pessoal. Porém, como
Inclusive, por isso, não podemos confundir o mencionamos logo no começo, seu repertório
que é nomeado de “obra a partir de fatos reais” está impregnado de referências dos produtos
com aquelas que apresentam documentos em ficcionais. A abordagem ficcional presente in-
sua própria constituição. clusive nos produtos de não-ficção trabalhados
É o olhar do espectador, portanto, que pelos meios de comunicação de massa criou um
transforma o que está sendo apresentado em formato hegemônico. A necessidade da parábo-
documentário. De nada adianta a intenciona- la e de elementos característicos da narrativa
lidade em documentar, e o trabalho com e so- ficcional leva, muitas vezes, à resistência daque-
bre os dados de não-ficção, se o espectador não le que supõe assistir algo que reproduz um mo-
tem uma percepção de seu caráter documental. delo corrente, interferindo, assim, na fruição da
É na relação entre todas essas instâncias que é obra. Nesse sentido, a opção por uma proposta
possível existir o documentário. de Teatro Documentário por si só quebra de al-
guma maneira a expectativa da platéia e a con-
“Podemos dizer que a definição de documen- vida a uma experiência cênica diferenciada.
tário se sustenta sobre duas pernas, estilo e Solicita-se do espectador um outro modo de ver,
intenção, que estão em estreita interação ao ou seja, existe um convite para que ele seja pro-
serem lançadas para a fruição espectorial, que dutivo no olhar.
as percebe como próprias de um tipo narrati- É importante salientar que não estamos
vo que possui determinações particulares...” exaltando a não-ficção em detrimento da ficção,
(Pessoa Ramos, 2008, p. 27). mas reafirmando sua diferenciação e importân-
cia no amplo leque de possibilidades de fazer e
Por conseqüência, ao pensar documen- pensar Teatro.
tário nessa perspectiva o entendimento do pa- Numa proposta de Teatro Documentário,
pel de espectador no acontecimento artístico se questões específicas são apresentadas para o es-
distancia do de receptor contemplativo e passa pectador. O acervo da memória social, por
a ser o de co-autor, que dialoga e atribui signi- exemplo, trazido à baila pelos documentos de
ficado ao que assiste. Considera-se, pois, a ati- ordem sonora, imagética, plástica ou escrita é
vidade dos espectadores, como algo ativo, um matéria do gesto artístico. Inquietações surgem:
criar-ativo. o que esse dado tem a nos dizer? Como ele se
articula com os outros signos que compõem o
“É preciso, em um museu, por exemplo, discurso? As referências sobre o fato, pessoa/gru-
que o visitante esteja disponível para se colo- po social e/ou época documentados são solici-
car em diálogo com a obra (e o artista), de- tadas em busca de uma decodificação. Não há
bruçando-se diante da pintura ou da escultu- como escapar, os dados documentais fazem com

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O espectador no teatro de não-ficção

que o contato direto com os acontecimentos nome de uma abordagem científica7 tomam-se
históricos requeira do espectador seu posiciona- documentos para comprovar discursos, ob-
mento sobre os mesmos. viamente, construídos por sujeitos históricos.
Ainda resta outra implicação inerente à Os meios de comunicação de massa corrobo-
opção de documentar. Se por muitas vezes o es- ram estrategicamente com a situação, incenti-
pectador tem a ficção como base para sua vando a crença na qual os produtos não-fic-
fruição, e disso advém uma série de conse- cionais trabalhariam com apreensão direta e
qüências, ao ter consciência da presença de do- neutra da realidade, estando próximos de uma
cumentos em cena ele pode tomá-los como verdade legítima.
índices de que aquele discurso é imparcial. O Procedimentos prévios de caráter pedagó-
fenômeno é pernicioso e merece a atenção de gico são urgentes para que tanto os atores, e a
todos os envolvidos no processo. direção, quanto a platéia possam perceber os
Ao fixarmos materialmente um registro, dados não-ficcionais sem o lastro da “impar-
dispondo-o de maneira que se possa consultá- cialidade objetiva” atribuído em geral aos do-
lo para algum fim, estamos transformando-o em cumentos. O convite a ser feito é de que se es-
um “documento” e, assim, tornando-o algo que tranhe o que foi dado como “expressão da
não conta simplesmente o que aconteceu, mas verdade” para que se descubra o que nos foi
que solicita interpretação, análise e comparação. escondido, muitas vezes, por uma visão viciada
Como afirmam os Parâmetros Curricu- e simplificadora. É solicitado do espectador
lares Nacionais de Geografia e História, deve- um trabalho criativo e passível, portanto, de
mos entender os documentos como “obras hu- um aprimoramento.
manas que registram, de modo fragmentado,
pequenas parcelas das complexas relações co- “Se a atuação do espectador precisa ser toma-
letivas”. Devem ser interpretados “como exem- da a partir de uma perspectiva artística, pre-
plos de modo de viver, de visões de mundo, de cisa-se também afirmar a necessidade de for-
possibilidades construtivas, específicas de con- mação desse espectador. Ou seja, se a capaci-
textos e épocas, estudados tanto na sua dimen- dade de analisar uma peça teatral não é so-
são material (elementos recriados da natureza, mente um talento natural, mas uma conquista
formas, tamanhos, técnicas empregadas), como cultural, quer dizer que esta capacidade pode
na sua dimensão abstrata e simbólica (lingua- e precisa ser cultivada, desenvolvida. Tal como
gens, usos, sentidos, mensagens, discursos)” os criadores da cena, os espectadores preci-
(MEC, 1996, p. 157). O conhecimento cons- sam aprender e aprimorar o seu fazer artísti-
truído com base em documentos não pode ser co” (Desgranges, 2006, p. 37).
confundido com a realidade passada em seu es-
tado bruto, pois, além de se pautar em registros Em um processo de Teatro Documentá-
elaborados por alguém, segundo determinados rio, o exercício de um olhar novo por parte de
interesses, refere-se a uma época e está com- todos envolvidos sobre os dados de não-ficção
prometido com questões do tempo de quem fará com que as pessoas, objetos, espaços e pala-
o construiu. vras sejam vistos sob uma ótica diferente da
Porém, o documento é percebido social- usual, libertando-as da prisão da monossemia e
mente como prova imparcial dos fatos. Em devolvendo-lhes significados e sentidos inéditos.

7 O próprio discurso da ciência é entendido como imparcial. Uma pesquisa cientifica sempre é motivada
por interesses e se refere a um entendimento do sujeito histórico sobre o fato estudado.

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Mais do que as questões de linguagem, a ao mesmo tempo, status de realidade à não-fic-


produção de sentido torna-se o foco de reflexão ção, atenuando a força dos acontecimentos his-
do processo, fazendo com que a cena ganhe a tóricos sobre as pessoas.
atribuição daquilo que realmente ela é: um dis- Ficamos com a provocação e também
curso articulado sobre o mundo. com ela reafirmamos a importância contempo-
O desafio colocado é o de pensar de ma- rânea da não dissociação entre o fazer e o fruir
neira global as peculiaridades da não-ficção, so- teatro, num movimento que entende o espec-
bretudo em relação à preparação desse especta- tador como parceiro indispensável para que se
dor já contaminado pela espetacularização da efetive o acontecimento teatral, seja ele sob a
vida, que dá à realidade a roupagem de ficção e, égide da ficção ou da não-ficção.

Referências bibliográficas

AUMONT, Jacques (org.). A estética do filme. Campinas, Papirus, 1995.


_______. A Imagem. Campinas, Papirus, 2002.
BARBERO, Jesús M. Comunicación Massiva: discurso y poder. Quito, Época, 1978.
DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro, Contraponto, 2007.
DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo, Hucitec, 2003.
_______. Pedagogia do Teatro: provocação e dialogismo. São Paulo, Hucitec, 2006.
GUÉNOUN, Denis. O Teatro é Necessário? São Paulo, Editora Perspectiva, 2004.
MEC. Parâmetros Currículares Nacionais de Geografia e História, 1996.
RAMOS, Fernão P. Mas afinal… o que é mesmo documentário? São Paulo, Editora Senac, 2007.
ROSENFELD, Anatol. Prismas do Teatro. São Paulo, Editora Perspectiva, 1993.

RESUMO: O artigo pretende refletir sobre a posição de espectador em uma proposta de não-
ficção no teatro, em específico de Teatro Documentário. Apontam-se as peculiaridades da proposta
estética que recebe a qualificação de documentária, sobretudo em termos de sua recepção, inserin-
do-a num momento histórico no qual a espetacularização da realidade nos impele a esperarmos que
tudo tenha um tratamento ficcional, associando, ao mesmo tempo, as produções em não-ficção a
retratos imparciais dessa realidade.
PALAVRAS-CHAVE: teatro documentário, pedagogia do teatro, recepção teatral, documentário.

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