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Água de poço, folhas de algodão, folhas de lírio branco, um copo de leite de vaca, um
copo de leite de cabra, pó de efun, ori da costa, água benta, perfume, um copo de água de
chuva. Coloca-se tudo dentro de um balde e com uma bucha vegetal nova, ensaboa-se todo o
corpo com sabão de coco, molhando-se a bucha na água do balde. Depois de ensaboado
(inclusive a cabeça), despeja-se o conteúdo do balde da cabeça para baixo. Enxágua-se com
água da bica e enxuga-se com toalha branca nova. A pessoa, depois do banho, deve vestir-se
de branco durante sete dias.
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46 - EBÓ DE TROCA.
Quando "Le"- a Terra - exige um sacrifício que substitua a morte próxima de sua mãe,
seu pai, mulher ou filho, pressupõe-se que o sacrifício será considerável, uma vez que tem por
objetivo "enganar a morte".
No mesmo dia em que o signo for encontrado o cliente adquire o cabrito mais bonito
que puder encontrar e uma cabaça suficientemente grande para que possa comportar uma
galinha, a polpa de uma abóbora, um mamão e dezesseis acaçás.
O sacerdote sacrifica o cabrito, derrama o seu sangue dentro da cabaça, retira seus
intestinos que são esvaziados, limpos e lavados com muito cuidado, o coração, os pulmões, os
rins, o fígado e a gordura. Sacrifica a galinha, junta suas vísceras ao conteúdo da cabaça.
Antes de iniciar este ritual, os dezesseis Odu Meji devem ser traçados no iyerofá, que é
despejado dentro da cabaça depois das vísceras da galinha.
Depois disto, vai colocando, dentro da cabaça, um número de búzios correspondente
ao número de parentes vivos do consulente. Os búzios são colocados um a um dentro da
cabaça e a cada búzio colocado, o cliente diz: "Heis aqui minha mãe, ela pagou! Heis aqui meu
pai, ele pagou! Heis aqui minha mulher (ou marido) ela (ele) pagou! Heis aqui meu filho fulano,
ele pagou! Heis aqui meu filho sicrano, ele pagou!" E assim, até chegar ao nome do último
parente vivo. Depois de oferecido o búzio correspondente ao filho ou neto mais novo, o cliente
colocará um último búzio, dizendo as seguintes palavras :"Heis aqui, este sou eu e também
estou pagando!"
Este ebó exige muito critério e muita atenção, se o nome de algum parente for omitido
propositadamente ou não durante a entrega dos búzios, a pessoa cujo nome não tenha sido
relacionado estará irremediavelmente condenada à morte. O Sacerdote deverá prescrever, além
deste, outros sacrifícios considerados de segurança, tanto sua, como do cliente. - Por tratar-se
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de um ebó que visa "enganar a morte", as pessoas envolvidas devem proteger-se através de
outros ebós além de sacrifícios oferecidos a Orixás, Exú, Eguns, etc.
O Sacerdote, acompanhado do cliente, penetra numa floresta, constrói um monte de
terra limpa sobre o qual coloca toalhas brancas e toalhas vermelhas, traça os doze primeiros
signos e, por deferência, os quatro últimos. Na medida em que vai traçando cada signo, vai
fazendo suas saudações, depois despeja o iyerosun em que foram traçados sobre o sacrifício
que está oferecendo.
A cabaça com todo o seu conteúdo é depositada sobre os panos vermelhos. Junta-se
dez (10) obís batá dentro de uma quartinha com água à esquerda da cabaça. Depois disto todos
os presentes batem cabeça em homenagem à Terra e retiram-se no mais absoluto silêncio.
(Este sacrifício serve para todos os Odu).
61 - ADIMÚ PARA AGRADAR EGUN.
Tem que oferecer pirão de farinha de banana verde a Egun como principal adimú.