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SEGURANÇA ALIMENTAR
civilizações.
estável com melhor distribuição do bolo, melhor qualidade de vida para sua gente e
uma razoável proteção de seus recursos naturais.
Considerados esses aspectos antropológicos, históricos, econômicos,
sociais, ecológicos, podemos compreender a definição do que seja Segurança
Alimentar como o “acesso assegurado a cada família à quantidade necessária de
alimentos para garantir uma dieta adequada a todos os seus membros para uma
vida saudável” (ABAG, 1993).
Por mais de meio século esta ideia se confirmou, inclusive na
Conferência Mundial de Alimentação, promovida pela FAO em 1974, o que
reforçou em muito o processo em curso da chamada “Revolução Verde” que se
inicia após a Segunda Guerra Mundial com o avanço da modernização agrícola
através da mecanização intensiva e do uso maciço da agroquímica com fertilizantes
sintéticos e agrotóxicos. Mas a Segurança Alimentar não é um milagre ou uma
mágica, mas sim parte de um processo de desenvolvimento equilibrado, harmônico,
sustentável de uma nação que necessita concomitantemente de uma serie de
decisões e políticas. De fato a produção mundial de alimentos cresceu e os preços
baixaram, mas a desnutrição e a fome aumentaram em uma importante parcela da
população mundial. Em 1982 o Comitê Mundial de Segurança Alimentar da FAO
afirma que a capacidade de acesso aos alimentos era a dificuldade crucial para
a Segurança Alimentar por parte dos povos, mais que a oferta de alimentos.
Em 1986 o Ministério da Agricultura do Brasil elabora um documento para
uma política de abastecimento com base na autossuficiência alimentar nacional,
e na questão do acesso universal aos alimentos. E o início da preocupação com um
mercado interno forte com base na produção familiar, na reforma agrária e,
logicamente, com a Segurança Alimentar.
Em 1994 em Brasília acontece a I Conferência Nacional de Segurança
Alimentar a qual diagnostica que a concentração da renda e da terra constituíam os
determinantes principais da situação da fome e insegurança alimentar no Brasil.
O resultado desta conferência que para, um desenvolvimento sustentável é
necessário o Estado garantir, obrigatoriamente, a Segurança Alimentar e
Nutricional para todos os brasileiros, o que dá início a conceber e formular uma
Política Nacional de Segurança Alimentar Nutricional.
Em 1996 em Roma acontece a Cúpula Mundial da Alimentação onde
firma-se a importância da autonomia alimentar dos países associada à geração de
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REFERÊNCIAS
DORST, Jean. Antes que a natureza morra. Trad. Rita Buongermíno. São Paulo:
Ed, Edgard Blücher, 1973.
PIRENNE, H.. História Econômica e Social da Idade Média. São Paulo: Editora
Mestre Jou, 1964.
SILVA, José Graziano, Fome Zero: A experiência brasileira. José Graziano da Silva;
Mauro Eduardo Del Grossi; Caio Galvão de França (orgs.). Brasília: MDA, 2015.