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Cultura Documentos
Aula 1 ...............................................................................................................................................03
Fundamentos da comunicação
Aula 2 ...............................................................................................................................................07
A comunicação empresarial
Aula 3 ...............................................................................................................................................11
Correspondência empresarial
Aula 4 ...............................................................................................................................................15
Carta comercial
Aula 5 ...............................................................................................................................................20
Qualidades e defeitos do texto escrito
Aula 6 ...............................................................................................................................................24
Revisão gramatical da língua portuguesa
Aula 7 ...............................................................................................................................................30
Oratória – A arte de falar bem em público - parte 1
Aula 8 ...............................................................................................................................................33
Oratória – A arte de falar bem em público - parte 2
Aula 9 ...............................................................................................................................................36
Oratória – A arte de falar bem em público - parte 3
Aula 10 ...............................................................................................................................................39
Oratória – A arte de falar bem em público - parte 4
Aula 11 ...............................................................................................................................................42
Imagem institucional: informação x comunicação
Aula 12 ...............................................................................................................................................46
Reuniões produtivas
Aula 13 ...............................................................................................................................................51
Dúvidas frequentes
Aula 14 ...............................................................................................................................................56
Tipologia textual: narração, descrição e dissertação
2 | Comunicação Empresarial
4 | Comunicação Empresarial
Substantivo: é a palavra que usamos para dar nome aos seres, coisas
e ideias. Orações adverbiais: Assim se denominam porque, equivalentes a um
advérbio, figuram como adjunto adverbial da oração a que se subordinam. Quando
desenvolvidas, começam por conjunção subordinativa, quando reduzidas, aceitam
– muitas delas – as formas infinitiva, gerundial e participial.
(LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa, 44a ed., Rio de Janeiro: José Olympio, p. 274)
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6 | Comunicação Empresarial
Sendo assim, um bom redator deve ter sempre à mão um dicionário capaz
de sanar as dúvidas mais frequentes quando da redação, uma vez que a grafia de
palavras com “S”, “SC”, “SS”, “C”, “Ç”, “CH”, “X”, “Z”, “J” ou “G” por exemplo, é, muitas
vezes, problemática.
Regência
Trata-se da classificação dos verbos segundo a sua transitividade, isto é,
segundo a necessidade ou não de complementos seguidos ou não de preposições.
Trocando em miúdos temos:
VTD: Verbos transitivos diretos (não precisam de preposição)
VTI: Verbos transitivos indiretos (precisam de preposição)
VTDI: Verbos transitivos diretos e indiretos (precisam de preposição)
VI: Verbos intransitivos (não precisam de preposição)
Observe os exemplos:
Perdoai sempre ==> VI (pois quem perdoa sempre, perdoa sempre)
Perdoai NOSSAS OFENSAS ==> VTD (pois quem perdoa, perdoa algo)
Perdoai AOS NOSSOS DEVEDORES ==> (VTI pois quem perdoa, perdoa A
alguém)
Perdoai NOSSAS OFENSAS AOS NOSSOS DEVEDORES ==> VTDI (pois quem
perdoa, perdoa algo A alguém)
Portanto, há verbos que, de acordo com a preposição que os regem, podem
mudar de significação. Observe alguns exemplos:
Eu assisti AO debate (assistir a = ver, presenciar) VTI
O médico assiste o enfermo (assistir = cuidar, tratar) VTD
Sempre cumpro o meu dever (cumprir = exercer, respeitar, fazer) VTD
Todos aspiram o perfume das rosas (aspirar = respirar) VTD
O operário aspirava AO cargo da chefia (aspirar a = desejar, ter em vista)
VTI
O professor avisou-lhe o perigo (avisar = algo a alguém) VTDI
O professor avisou-o DO perigo (avisar = alguém de algo) VTDI
Não desobedeça/obedeça AOS teus superiores (desobedecer/obedecer
= a alguém) VTI
Não desobedeça/obedeça ÀS leis de trânsito (desobedecer/obedecer =
a alguma coisa) VTI
Carlos esqueceu-se/lembrou-se DA régua na sala de aula (esquecer/
lembrar = de algo) VTI
Carlos esqueceu a régua na sala de aula (esqueceu = algo) VTD
Informei meus planos a Joaquim (informar = algo a alguém) VTDI
Informei-o DE meus planos (informar = alguém de algo) VTDI
8 | Comunicação Empresarial
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10 | Comunicação Empresarial
Para que uma correspondência comercial atinja seu objetivo, isto é, seja
eficaz gerando uma resposta que satisfaça às necessidades do emitente, a correta
utilização dos parágrafos é fundamental. Contudo, o parágrafo não se reduz ao
apelo estético, tampouco tem sua medida em centímetros, mas sim em conteúdo.
Por isso, cabe ao redator pensar bastante antes de redigir de modo que suas ideias
se tornem claras e que, a cada parágrafo, a ideia nele contida seja rapidamente
identificada.
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• Tópico frasal: trata-se de uma frase núcleo. Uma frase que resume todo o
pensamento a ser desenvolvido no corpo do parágrafo
• Desenvolvimento: consiste na exposição das ideias apresentadas na introdução
• Conclusão: consiste na retomada da ideia central
Tipos de correspondências
Circular
Trata-se de um texto “leve” e que dispensa formalidades cujo objetivo é
informar algum assunto de interesse geral tanto de caráter interno da empresa
(entre funcionários) quanto externo (clientes, fornecedores e público geral). Uma
característica peculiar deste tipo de correspondência é que, tratando-se de uma
carta-circular externa, o redator deve tomar o cuidado de escrever de modo que
o receptor tenha a impressão de que foi redigida especificamente para ele.
12 | Comunicação Empresarial
Ordem de serviço
É um tipo de comunicação em que se determina a execução de tarefas,
orientando para o cumprimento de obrigações e serviços. Ela faz parte da rotina
tanto de instituições públicas como privadas.
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14 | Comunicação Empresarial
Vale ainda lembrar que uma redação de qualidade prima pela objetividade,
clareza, coesão e coerência de ideias e exatidão.
CONCORDÂNCIAS
1. NOMINAL: É a concordância do adjetivo com o substantivo, em gênero e número.
Exemplo: menino bom, menina boa, meninos bons, meninas boas.
• Quando o adjetivo vem depois de dois ou mais substantivos, ele vai para o
plural (masculino plural, se um dos substantivos for masculino) ou concorda
com o mais próximo.
Exemplo: Estava com a boca e o nariz sujos. Estava com o nariz e a boca
sujos.
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Conclusão:
• O nome de cor, quando substantivo, não varia, quer se trate de uma palavra
simples, quer se trate de palavra composta.
• O nome de cor, quando adjetivo, varia (concorda com o substantivo a que se
refere), quer seja uma palavra simples, quer seja o segundo elemento de um
nome composto.
16 | Comunicação Empresarial
• Verbo ser: quando aparecer na oração sem sujeito deve concordar com o
predicativo.
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Edson Pereira:
Pedimos o especial obséquio de nos enviar por via aérea, o mais rápido
possível, uma amostra de par de calçados do tipo masculino, sua referência H-0119
e, aproveitando o ensejo, solicitamos que nos informe o preço para 1.500 pares de
calçados de mulher, sua referência M-2253; outrossim, pedimos que nos informe o
custo do frete aéreo, assim como do frete marítimo, de modo que possamos fazer
uma avaliação do que se ajusta melhor aos nossos interesses, porque a situação
econômica do momento exige esses cuidados. Não se esqueça de nos informar
18 | Comunicação Empresarial
Reginaldo Mendes
Gerente de compras
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3. Observar a gramática
• Evitar as gírias e estrangeirismos
• Evitar os pleonasmos e redundâncias
• Tomar cuidado com a ambiguidade
• Evitar o laconismo (falta de palavras)
• Evitar a empolação ou obscuridade (excesso de advérbios e adjetivos que
levam a linguagem burocrática)
• Evitar as expressões antiquadas
20 | Comunicação Empresarial
Problemas de redação que comprometem a clareza do texto
Todo redator que se preocupa com a qualidade de seu texto prima pelo uso
da norma culta, sendo muito cauteloso quanto aos vícios e figuras de linguagem.
Estes “defeitos” afetam sobremaneira a clareza da mensagem, principalmente no
que se refere à ambiguidade, à obscuridade, à redundância, à cacofonia, ao eco e
à prolixidade.
Vícios Linguagem
• Cacofonia: Pagou vinte por cada
• Pleonasmo vicioso: Subiu lá em cima no terceiro andar
• Hiato: Eu o avisei disso
• Eco: Estavam conscientes de que elegantes não conseguiam ser convincentes
• Colisão: O Papa Paulo pediu paz
• Ambiguidade ou anfibologia: A cadela da sua mãe foi passear
• Solecismo: Eu assisti o programa (erro de regência: “ao” programa)
• Barbarismo: de pronúncia: “pobrema”, de grafia: “excessão” de morfologia: ela
vai “vim”
• Circunlóquios: Antes do Astro Rei aparecer ao firmamento... (use apenas Sol)
Figuras de Linguagem
• Elipse: Este prefácio, apesar de interessante, inútil (Mário de Andrade)
• Pleonasmo/Redundância: Os problemas, é necessário resolvê-los
• Polissíndeto (muitas conjunções): E trabalha, e teima, e sofre, e sua (Olavo Bilac)
• Assíndeto (sem conjunções): Em volta: leões deitados, pombas voando,
ramalhetes de flores com laços de fita, o Zé Povinho de chapéu erguido.
(Aníbal Machado)
• Hipérbato ou inversão (mistura os termos): Da morte o manto lutuoso vos
cobre a todos
• Anacoluto (interrupção, denota incoerência): Aquela mina de ouro, ela não ia
deixar que outras espertas botassem as mãos (José Lins do Rego)
• Repetição ou Anáfora (usado em poesia): A minha amada veio de leve. A minha
amada veio de longe. A minha amada veio em silêncio ( Vinícios de Morais)
• Onomatopéia: au au, pocotó, miau, bipbip, trim
• Aliteração: Vozes veladas, veludosas vozes (Cruz e Sousa)
• Silepse ou concordância ideológica (gênero, número ou pessoa: Os brasileiros
somos macacos dos americanos
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Falante 1: Eu não sei, tem dia... depende do meu estado de espírito, tem
dia que a minha voz..., mas tá assim, sabe? Taquara rachada? Fica assim aquela voz,
baixa. Outro dia eu fui ler um artigo, ler! Um menino lá que faz pós graduação de
economia, ele me, nós ficamos até duas horas da manhã, ele me explicando toda
a matéria de economia, das nove da noite.
Falante 2: Nossa!
Falante 1: Ele fez resumo... que era para mim ir lá na frente, né, na classe,
ler, eu sei que, esse papo que eu tive com ele clareou mais a matéria para mim,
mas eu já fui lá na frente ler, eu teria que comentar apenas e levar o roteiro como,
como...
Falante 2: Ponto de apoio.
Falante 1: Ponto de apoio, mas eu não! Eu peguei o papel assim... eu fiquei
assim o tempo todo, eu só li, um artigo tão bem feitinho... poderia ter tirado uns
oito ou nove só pela minha forma de irlá na frente, falar, tremendo, eu não sabia,
sabe? E a voz foi diminuindo, diminuindo, aí eu fui dando uma disparada na lida,
sabe quando você dá uma disparada pra terminar logo? Foi horrível. (Adaptado
de TARALLO, F. Tempos Linguísticos, São Paulo, Ed. Ática, 1990)
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CLASSES GRAMATICAIS
1. SUBSTANTIVO: É a palavra com que designamos os seres em geral.
Formação:
• Primitivo: forma outros substantivos. Ex.: monte, casa, pedra...
• Derivado: gera-se de outro. Ex.: pedra-pedreira, casa-casarão...
• Simples: constituídos por uma só palavra. Ex.: menino, flor, mesa...
• Composto: compostos por mais de uma palavra. Ex.: couve-flor, pé-de-vento...
Flexão genérica:
• Masculino: o homem, o jardim, o mapa...
• Feminino: a menina, a casa, a mesa...
• Epiceno: águia macho, cobra fêmea, jacaré macho...
• Comum de dois : o jovem, a jovem, o pianista, a pianista...
• Sobrecomum: a testemunha, o animal, a criança...
Flexão gradual:
indica o tamanho do ser a que se refere.
• Aumentativo: casa enorme, amigo-amigão, sábio-sabichão, povo-povaréu...
• Diminutivo: casa pequena, amigo-amiguinho, nó-nozinho, prancha-prancheta,
rio-riacho, sala-saleta, asa-asinha...
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Flexão gradual:
Comparativo: compara dois elementos
• Superioridade: Paulo é mais rico do que João
• Igualdade: Paulo é tão rico quanto João
• Inferioridade: Paulo é menos rico que João
Superlativo: exprime qualidade do ser elevado ao máximo ou ao mínimo.
• Relativo de superioridade: Paulo é o mais alto de todos
• Relativo de inferioridade: João é o menos alto de todos
• Absoluto analítico: Paulo é extremamente alto
• Absoluto sintético: Paulo é altíssimo
• Alguns termos especiais: amigo-amicíssimo, cruel-crudelíssimo, nobre-
nobilíssimo, antigo-antiquíssimo, pobre-paupérrimo, humilde-humílimo,
íntegro-integérrimo, sagrado-sacratíssimo...
• Definido: o, a, os, as
• Indefinido: um, uma, uns, umas
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Relativos: que, o qual, a qual, os quais, as quais, quem, cujo, cuja, cujos, cujas,
onde e quanto precedido de tudo
5. NUMERAL: É a palavra que exprime uma ideia de número dos seres ou de sua
ordem. Classificam-se como: cardinal (1,2,3...), ordinal (primeiro, segundo, terceiro...),
multiplicativo (dobro, duplo, triplo...) fracionário (meio, terço,metade...) coletivos (
dezena, par, dúzia, década, quinzena, novena ...)
Flexão verbal: mediante a flexão o verbo pode indicar a pessoa que pratica
ou sofre a ação, o número dessas pessoas, o tempo em que ocorre a ação, o modo
como quem anuncia se coloca diante da ação.
Modo e tempo: são as diferentes formas que o verbo assume para indicar
a atitude da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia.
26 | Comunicação Empresarial
Formas nominais:
• Infinitivo: é o “nome” do verbo. Ex.: Comer e dormir bem é importante.
• Gerúndio: Cantando e dançando somos felizes
• Particípio: Tudo foi feito para dar certo
• Lugar: aqui, ali, lá, além, aquém, perto, longe, fora, dentro, onde, acima,
adiante...
• Modo: bem, mal, melhor, pior, certo, depressa, assim, devagar, adjetivos
femininos terminando em “mente” como justamente, completamente...
• Afirmação: sim, realmente, pois não, pois sim, certamente...
• Dúvida: talvez, porventura, acaso, provavelmente...
• Intensidade: muito, pouco, bastante, menos, mais, tão, quanto...
• Tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje,
ontem, amanhã, breve...
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• Simples: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
por, sem, sob, sobre, trás
• Locução prepositiva: formadas por dois ou mais vocábulos, sendo o último
uma preposição simples (geralmente “de”): abaixo de, acerca de, a respeito de,
apesar de, depois de, diante de, em lugar de, em vez de, para cima de,
por entre...
• Contrações (proposição + artigo definido ou indefinido masculinos
ou femininos): Ex.:em+a=na, em+este=neste, por+a=pela, de+o=do,
em+aquele=naquele, a+aquela=àquela...
10. CONJUNÇÃO: É a palavra invariável que liga orações ou termos entre si.
28 | Comunicação Empresarial
“Quirido Xefe,
Vim nesse revendedô que nuca conprô nada di nóis e vindi pra êle sem
miu cruzado de mercadoria. Tô indo pra Beuzonte”.
Antes que o sujeito fosse dispensado pelo gerente, a seguinte carta chegou
de Belo Horizonte:
“Xeguei aqui e vindi mais treis milião”.
O gerente levou o problema para a presidência. Na manhã seguinte, os
membros do departamento de vendas viram as duas cartas do vendedor colocadas
no quadro de avisos... e a seguinte comunicação do presidente da empresa:
“Tamo perdendo muito tempo tentando iscrevê ein veis de vendê. Vamo
vendê essas venda; Quero que todos lê as cartas do Silba que tá na rua fazendo
um bão trabaio pra nóis, e vocês devia saí e fazê iguau êle.”
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Assim, uma fórmula simples que pode resumir a arte de falar bem em
público consiste em 99% de “transpiração” + 1% de “inspiração” = habilidade
aprendida = dominar o conteúdo a ser discursado + muito planejamento + muito
ensaio + controle emocional.
30 | Comunicação Empresarial
Conteúdo e Planejamento
Uma coisa leva a outra. Portanto as ideias devem ser ordenadas de forma
crescente e persuasiva primando sempre pela coerência. O assunto deve seguir
uma sequência lógica.
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32 | Comunicação Empresarial
Ensaio
Para que uma apresentação em público surta resultados eficazes é
fundamental que haja planejamento, preparação e, sobretudo, ensaio. O orador
leigo imagina que dominar bem o assunto é suficiente para fazer uma boa palestra
e por conta disso acaba por deixar de lado o treino. Imagine um ator que não
ensaia, ou ainda um jogador que não treina. Torna-se impossível atingir o objetivo
esperado.
Ensaiar consiste em por à prova o que foi previamente planejado. Para isso
a cronometragem é fundamental. O orador precisa, também, testar os recursos
audiovisuais que porventura venha a utilizar. Recitar, interpretar, dramatizar,
representar, familiarizar-se com a voz, gestos, postura e conteúdo escrito, e mais
do que tudo, dar vida ao tema, são itens sobremaneira importantes para que o
orador, entre outras coisas, desperte o interesse da plateia pelo assunto sem se
tornar cansativo.
Controle emocional
Principais causas do medo de falar em público:
• Matriz da “infelicidade” desencadeada por experiências frustrantes,
acontecimentos traumáticos, censura, repressão, rejeição, etc. ocorridos na
infância.
• Auto-imagem e auto-estima negativas.
• Dúvidas quanto às próprias capacidades e medo de ser julgado.
• Considerar-se inferior aos outros intelectual e fisicamente.
• Ansiedade gerada por pressões sociais.
• Auto-profecias negativas do tipo “vai dar errado”, “não vou conseguir”.
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34 | Comunicação Empresarial
A maioria das pessoas tem medo de falar em público; logo você é normal!
Sugiro a visita aos seguintes sites: www.reinaldopolito.com.br, www.
methodus.com.br e www.institutofalebem.com.br
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Postura
O que fazer:
• O orador deve olhar para o mestre de cerimônias enquanto está sendo por
ele apresentado. As informações a respeito do palestrante devem ser breves,
mas objetivas.
• Após a apresentação, o palestrante deve agradecer ao apresentador olhando
para ele, dizer simplesmente “obrigado” e sorrir.
• Em seguida deve dirigir-se para o centro do palco caminhando com confiança
e serenidade.
• O palestrante só deve iniciar a apresentação quando sentir total atenção e
silêncio do público. A postura correta e olhar sereno farão com que o público
o respeite.
• Evitar usar a tribuna, pois ela impõe distância e pode criar uma barreira.
• Fazer contato visual com o maior número de pessoas. Em auditórios grandes
escolher pontos-chave e olhar sempre para eles. Isso dará a impressão de estar
olhando para todas as pessoas.
• Manter uma fisionomia tranquila, alegre e amistosa ajuda a transmitir uma
mensagem positiva.
• Evitar os cacoetes.
36 | Comunicação Empresarial
Um bom orador não fala nem alto nem baixo demais. Nem muito rápido
e nem muito devagar. Contudo, ao variar o volume e a velocidade da fala ele
motiva, envolve, causa impacto e evita o desinteresse da plateia. O silêncio também
é um recurso interessante e o orador que lança mão de pausas enriquece sua
apresentação. Bem aplicada desperta a reflexão e cria expectativas nos ouvintes,
além disso evidencia que o orador está controlando a situação e lhe oferece a
chance de ganhar domínio sobre si nos pontos mais críticos da palestra.
Outro item importante diz respeito ao uso da voz ativa e persuasiva, isto é,
o orador deve preferir, por exemplo, “fulano escreveu o livro...”, ao invés da passiva
“imagino que o livro foi escrito por fulano”. Isso denota segurança, domínio do
assunto e confiança.
Etiqueta
Boas maneiras evidenciam profissionalismo e auto-respeito. E isso vale
tanto para mulheres como para homens. A lista a seguir apresenta alguns itens que
devem fazer parte da conduta de um orador, mas vale lembrar que o bom senso
é muito importante no que se refere à atitude comportamental. Portanto, evite:
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38 | Comunicação Empresarial
Qualidade da voz
Uma boa dicção e pronúncia podem ser o diferencial para um orador. Quem
fala corretamente imprime credibilidade e denota boa formação. Soa muito mal
para o ouvinte, por exemplo, “vô fazê” ao invés de “vou fazer”, ou ainda, “as mesa” ao
invés de “as mesas”. Essa falta de articulação pode passar uma imagem de pessoa
rude e despreparada.
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40 | Comunicação Empresarial
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O primeiro passo, e isto vale para qualquer tipo de redação, é sempre refletir
sobre o que se pretende informar. O segundo passo é o levantamento de dados a
serem transmitidos. O bom redator não sai escrevendo a esmo sem que haja este
processo reflexivo prévio. Caso contrário ele pode incorrer no erro de desenvolver
um conteúdo que para o receptor não seja significativo e consequentemente não
atinja o objetivo, isto é, de o emissor obter a resposta correta por parte do receptor.
É óbvio que aqueles elementos essenciais para uma boa redação nunca
devem ser esquecidos como concisão, clareza, e linguagem gramatical correta. O
redator precisa ter em mente que o receptor (sobretudo aquele com conhecimentos
da norma culta) dificilmente perdoará falhas dessa natureza. Se você precisa dizer
que visitará um cliente, diga simplesmente “vou visitar o cliente amanhã”, sem
rodeios ou linguagem floreada procurando demonstrar seus dotes de literato.
A comunicação empresarial não admite “enrolação”, afinal, as pessoas não têm
tempo a perder lendo futilidades. Mensagens eletrônicas, por exemplo, devem ser
extremamente objetivas. Contudo, cabe ao emissor, também, conhecer o receptor
de sua mensagem, isto é, qual o nível de conhecimento dele. Só assim esse emissor
conseguirá adequar a linguagem de modo que ela seja recebida de forma correta
e sem prejuízos ao entendimento.
42 | Comunicação Empresarial
Diz o ditado chinês que “ se não mostrares o que és, permitirás que
pensem o que não és”. Portanto, cabe à empresa investir em comunicação visando
informação para ela própria, para a opinião pública, para o seu público específico e
para o seu público interno, sobretudo no que refere à sua atuação, seus produtos
e serviços.
No Brasil a devida importância para este tema iniciou-se no final dos anos
1930 quando o governo de Getúlio Vargas criou o DIP (Departamento de Imprensa
e Propaganda). Mas é somente a partir dos anos 1960 que as empresas começam
a perceber a importância da comunicação. Nos anos 1970 houve uma expansão
das assessorias de comunicação, pois toda empresa queria ter ao menos um
“jornalzinho”. Já em 1980 consolida-se a área de comunicação em grandes empresas
como Petrobrás, Embratel, Vale do Rio Doce e todo o Setor Privado. No final da
década de 1990 a revista Fortune publica uma matéria focando na importância
do investimento na comunicação empresarial de qualidade. Segundo a matéria
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Sugiro a leitura dos livros: CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova gramática
do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1985. e MEDEIROS,
João Bosco. Correspondência - Técnicas de Comunicação Criativa. São Paulo: Ed.
Atlas, 2008.
Jabulanis de 2014
Mesmo faltando ainda quatro anos para a Copa de 2014, artistas das
mais variadas vertentes já estão se apresentando para tentar emplacar o design
da bola oficial do Mundial, que sucederá a inesquecível Jabulani sul-africana. O
diretor Jayme Monjardim, da TV Globo, procurou o ministro do Esporte, Orlando
Silva, para apresentar sugestões. Ele quer que a pelota tenha o desenho inspirado
no calçadão de Copacabana. O artista Romero Britto também já ofereceu seus
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Conceitos essenciais
Atualmente o volume de informações a que está submetido o mundo
corporativo é algo gigantesco. Devido ao desenvolvimento de tecnologias
que permitem muita rapidez na transmissão de dados e fatos, muitas vezes
simultaneamente aos acontecimentos, executivos em geral são bombardeados
diariamente com tendências, leis, notícias, etc. É fundamental que se consiga filtrar
todo esse volume absorvendo o que de fato possa ser significativo e importante.
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Com relação ao local para realização da reunião vale dizer que este
ambiente físico exerce um efeito direto no ambiente psicológico e isto pode
influenciar no resultado da reunião. O organizador tem que considerar a adequação
segundo o tamanho do espaço, a acústica, a iluminação, o acesso ao local, a boa
ventilação, os possíveis fatores dispersivos e os equipamentos de apoio. Cabe ao
organizador (ou sua secretária) disponibilizar blocos de anotações e canetas, café
ou água, equipamentos audiovisuais testados, dados e informações para referência
sobre a mesa, copos, giz, flip charts, etc.
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Participação eficaz
Da mesma forma que o líder precisa assumir determinada postura, também
os participantes da reunião devem fazê-lo. É preciso saber ouvir, discutir, contribuir,
discordar construtivamente e, principalmente, decidir. Saber ouvir requer prática
e para adquiri-la o ouvinte deve aprender a ouvir ideias e não somente palavras,
anotar as palavras-chave a fim de manter o foco na reunião, evitar a dispersão
mantendo contato frequente com os olhos do apresentador ou dos participantes.
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10 de julho de 2008
DA - 04/08
Data de realização:
Presentes: (nome de todas as pessoas que participaram)
Assuntos tratados:
b) ( ) Ligar para a telefonista informando que após as 15:30h ela e seu chefe
estarão ausentes pedido-lhe que anote os recados. Também que ligue para a casa
do chefe avisando que ele chegará mais tarde e que ligue avisando a sua própria
família que irá atrasar-se.
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d) ( ) Ir até a sala da secretária da diretoria e avisá-la que vai sair com o “chefão”
g) ( ) Ir até o toilette e verificar se está tudo em ordem com sua aparência e conferir
se sua bolsa está equipada com analgésicos para dores de cabeça, “bandaid”.
h) ( ) Telefonar para o hotel perguntando se ela poderá obter mais desconto nas
despesas que fizer,pois em caso positivo convidará alguém para jantar quando a
reunião terminar.
i) ( ) Pegar um livro que está na gaveta para ler enquanto a reunião transcorre.
k) ( ) Pedir um lanche, pois ela almoçou pouco e provavelmente ficará com fome
mais tarde.
50 | Comunicação Empresarial
Mas e mais
É um caso muito comum de erro de ortoepia, ou seja, de pronúncia errada.
O povo brasileiro, em geral, pronuncia sempre mais, mesmo quando deveria
pronunciar mas. Daí surgirem dificuldades quando se escreve. Convém lembrar
que:
• Mas: é uma conjunção adversativa, indicando, evidentemente, uma adversidade
ou contrariedade. Quando falamos: “Eu ia ao cinema mas...” nem precisamos
terminar a ideia, pois a conjunção adversativa já indica que não realizamos a
ação em consequência de uma contrariedade qualquer. Regra prática: o mas
pode ser substituído por outra conjunção adversativa, como: porém, contudo,
todavia, entretanto, etc.
• Mais: é um advérbio de intensidade (“Ela é a mais bonita”). Também pode dar
ideia de adição ou de acréscimo. Regra prática: na dúvida, substitua por menos
e veja se a frase continua com sentido (obviamente, inverso). Por exemplo, há
uma propaganda de um banco que informa: “O banco que faz mais por você”.
É só substituir: “O banco que faz menos por você”. Continua com sentido.
Mal e mau
Na linguagem oral, a pronúncia se confunde; o problema maior reside no
texto escrito. Entretanto, é fácil diferenciar um do outro:
• Mal: pode ser advérbio ou substantivo, dependendo do contexto. É advérbio
de modo quando significa “de modo irregular”, “erradamente”, “incorretamente”
(“Os negócios vão mal”); (“Ela comeu mal”). Em nossa infância era muito comum
a expressão “estar de mal”, isto é, estar de relações cortadas. Como advérbio
mal é invariável. Mal, como substantivo,significa “prejudicial”, “nocivo”; também
é empregado como sinônimo de doença, enfermidade, moléstia. No caso é
variável, admitindo o plural males. É empregado sempre em oposição a bem
• Mau: adjetivo que significa “imperfeito”, “ruim”, “que causa mal, prejuízo”, “de
má índole”, “de má qualidade”. É variável, admitindo o feminino má e o plural
maus. É antônimo de bom. Regra prática: na dúvida entre mal e mau, substituir
por bem e bom. A distinção torna-se evidente.
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Aonde e onde
Ainda há muita discussão entre os gramáticos com relação ao emprego
de aonde e onde. Entretanto, mais modernamente, admite-se que o advérbio onde
indica “o lugar em que se está, ou em que se passa algum fato”. Por outro lado,
emprega-se aonde (preposição a + advérbio onde) quando há ideia de movimento,
mais especificamente, ideia de afastamento. É usado em oposição a donde, que
indica aproximação.
Ao invés
Invés é uma variante de inverso; portanto, a locução ao invés de só é
empregada quando indicar oposição, significando “ao contrário de”.
Ao encontro e de encontro
São duas expressões muito usadas, nem sempre corretamente. É necessário
atentar para as preposições a e de. Ao encontro de significa “estar a favor de “, “ter
posição convergente”, “caminhar ao encontro de alguém”. De encontro a significa
“em sentido oposto a”, “ser contra”.
Há ou a
Há é usado com ideia de passado subentendendo o verbo fazer. Eles
chegaram há duas horas. A quando for ideia de futuro. Chegaremos daqui a cinco
minutos.
Afim ou a fim
A fim usa-se quando der ideia de finalidade, quando for uma conjunção
subordinada. A fim de aprendermos latim, estamos estudando análise. Afim usa-se
quando der ideia de correlação, afinidade. Nossas ideias são afins.
Se não ou senão
Se não usa-se quando for uma conjunção condicional. Se não estudarmos,
não conseguiremos aprovação. Senão usa-se quando significar “caso contrário”. Vá
logo, senão chegará atrasado.
Menos ou menas
Menos é um termo invariável. Hoje há menos gente aqui. O termo menas
não existe.
Bastante ou bastantes
Usa-se bastante quando este funcionar como advérbio de intensidade.
Ela escreve bastante bem. Usaremos a segunda forma quando funcionar como
um pronome adjetivo. Há pessoas bastantes para coordenar os trabalhos.
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Este,esse,aquele
Este: está próximo de quem fala e longe de quem ouve. (Isto aqui)
Esse: está distante de quem fala e próximo de quem ouve. (Isto ali)
Aquele: está distante de quem fala e de quem ouve. (Aquilo lá)
Seu (s), sua (s), ele(s), ela (s), dele (s), dela (s), mesmo(s), mesma(s)
Substituir o emprego dos pronomes possessivos pelo uso do termo mesmo
ou mesma empobrece a escrita. Tal emprego raramente ocorre na fala. Alguma vez
você disse “eu fui na casa do mesmo”?
PONTUAÇÃO
Foi encontrado o seguinte testamento: “Deixo os meus bens à minha irmã
não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”. Quem
tinha direito ao espólio? Eram quatro os concorrentes. O sobrinho assim pontuou
o texto: “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”. A irmã pontuou assim: “Deixo os meus
bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate.
Nada aos pobres”. O alfaiate fez a sua versão. “Deixo os meus bens à minha irmã?
Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”. O
procurador dos pobres pontuou assim: “Deixo os meus bens à minha irmã? Não!
Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres!”.
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54 | Comunicação Empresarial
O Muro de Berlim recebeu ao longo de quase três décadas vários apelidos o mais
simbólico muro da vergonha levantado pelo governo comunista da ex Alemanha
Oriental em 1961 para conter a fuga de seus moradores para o lado ocidental o
Muro foi sempre a imagem mais expressiva da Guerra Fria travada entre o mundo
livre e os países da cortina de ferro a queda do Muro anunciada às 10h30 do dia
9 de novembro de 1989 representou para o planeta a confirmação de que uma
nova era estava por começar com ele caiu por terra aos olhos de todos a ilusão do
projeto comunista expôs se como nunca a penúria e a ineficiência do socialismo
real (Folha de S.Paulo. 10 nov. 1989.)
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Teoria textual
A primeira qualidade de um bom texto é a clareza, afinal todos querem
entender o que leem e esta qualidade é fundamental a qualquer tipo de texto,
independentemente de sua função ou objetivo. Muito embora que para cada tipo
de texto exista uma estratégia para “conquistar” o leitor, por exemplo, num manual
de instruções, às vezes, um desenho bem feito substitui palavras, ou num romance
policial o autor oculta informações, põe pistas falsas, cria suspense para prender
a atenção do leitor. Pensar no leitor e colocar-se no lugar dele é a premissa para
qualquer tipo de redação e a chave para um texto bem escrito. Não basta que ele
siga as regras da gramática normativa e da ortografia. O texto é uma ponte entre
dois ou mais interlocutores. Logo, sua organização interna só tem sentido com a
organização externa do que está sendo dito. Isso significa dizer que como a língua
viva só existe em função de seus usuários, a qualidade de um texto escrito só pode
ser medida com relação à intenção de quem escreve, ao universo de quem lê e ao
assunto de que se fala. Temos assim os conceitos de adequação e correção, ou
seja, a qualidade dos aspectos técnicos com relação ao domínio da língua padrão
escrita depende muito da adequação da linguagem escolhida ao que se pretende
dizer ao leitor.
56 | Comunicação Empresarial
Narração
Narrar significa contar uma história, real ou fictícia, cujos elementos básicos
envolvidos são: fato, tempo, lugar, personagens, causa, modo, consequência. O
discurso pode ser direto ou indireto e a história pode ser narrada tanto em primeira
quanto em terceira pessoa. A principal característica é a dinâmica, a ação. Há
uma sequência de fatos reais ou imaginários em um determinado tempo e lugar.
Exemplo:
Descrição
Traduz minuciosamente em palavras certo objeto, pessoa, paisagem ou
ambiente lançando mão da percepção, da análise e da classificação mostrando
suas características. O objeto em questão é representando verbalmente e requer
observação cuidadosa para tornar identificável para o leitor o elemento descrito.
Textos técnicos e manuais de instruções também fazem parte deste rol. Exemplo:
Dissertação
Trata-se de um trabalho reflexivo e que consiste na organização de ideias
expondo-as e defendendo-as seguindo uma determinada linha de raciocínio e por
meio da utilização de argumentos. A dissertação parte de um tema ou de um título
e deve conter pelo menos três parágrafos: a introdução no qual se apresenta a ideia
, o desenvolvimento no qual se desenvolvem os argumentos para a ideia inicial e
a conclusão, no qual se propõe uma solução para os problemas apresentados no
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Exemplos:
TÍTULO: O JOVEM E A POLÍTICA
TEMA:Ultimamente temos notado um enorme interesse dos jovens em participar
da vida política desta nação.
Para cada um dos títulos poderíamos ter temas diferentes ou vice versa. Assim:
TÍTULO: O JOVEM E A POLÍTICA
TEMA: infelizmente constatamos que o jovem não só não se interessa pela política,
mas também desconhece totalmente os mecanismos que conduzem ao poder e
que determinam os rumos da nação.
58 | Comunicação Empresarial
Exemplo:
Tema: chegando ao terceiro milênio o homem ainda não conseguiu resolver graves
problemas que preocupam a todos.
Por quê?:
1) existem populações imersas em completa miséria
2) A paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais
3) O meio ambiente encontra-se ameaçado por sérios desequilíbrios
ecológicos
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ALMEIDA, Antonio Fernando de e ALMEIDA Valéria Silva Rosa de. Português Básico
– Gramática, Redação, Texto. São Paulo: Ed. Atlas, 2008.
NICOLA, José de. Língua, Literatura e Redação. São Paulo: Ed. Scipione, 1991.
Sites consultados:
www.institutofalebem.com.br
www.methodus.com.br
www.reinaldopolito.com.br
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