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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Caderno de Questões ( https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2b3ak )


Ordenação: Por Matéria

Português

Questão 1: AOCP - ASAI (CM Bauru)/CM Bauru/2022


Assunto: Partícula "se"
Texto 1

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo


que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond. Alguma poesia. Belo Horizonte: Edições Pindorama, 1930. Adaptado.

Assinale a alternativa que avalia corretamente o pronome empregado no trecho “Joaquim suicidou-se [...]”, do Texto 1.

a) Indetermina o sujeito da oração e ocorre apenas em posição proclítica.

b) Trata-se de conjunção integrante, que exerce a função de sujeito da oração principal.

c) Trata-se de pronome oblíquo átono e indica que o sujeito, ao mesmo tempo, realiza e é alvo da ação verbal.

d) Apresenta uma condição para a realização da ação verbal e ocorre apenas em posição enclítica.

e) Especifica que a ação verbal é recebida pelo sujeito, mas não praticada por ele. Ocorre apenas em posição proclítica.

Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2016797

Questão 2: Instituto AOCP - Sold (PM GO)/PM GO/Combatente/2022


Assunto: Partícula "se"
O texto a seguir refere-se a questão.

PRATOS QUEBRADOS

Vladimir Safatle

“Um homem não se recupera desses solavancos, ele se torna uma pessoa diferente e eventualmente a nova pessoa encontra novas preocupações.” Foi isso o que Scott
Fitzgerald tinha a dizer depois de seu colapso nervoso. Ele se via como um prato quebrado, “o tipo que nos perguntamos se vale a pena conservar”. Prato que nunca
mais será usado para visitas, mas que servirá para guardar biscoitos tarde da noite.

De fato, há certos momentos no interior da vida de um sujeito nos quais algo quebra, que não será mais colado. Olhando para trás, é estranho ter a sensação de que
andávamos em direção a esse ponto de ruptura, como se fosse impossível evitá-lo caso quiséssemos continuar avançando. Como se houvesse passagens que só
poderiam ser vivenciadas como quebra. Talvez isso ocorra porque somos feitos de forma tal que precisamos nos afastar de certas experiências, de certos modos de
gozo, para podermos funcionar. Dessa forma, conseguiremos fabricar um prato com nossas vidas, um prato pequeno. A mulher que precisa se afastar da maternidade, o
homem que precisa se afastar de uma paixão na qual se misturam coisas que deveriam estar separadas: todos esses são casos de pratos fabricados para não passarem
de certo tamanho.

No entanto, somos às vezes pegos por situações nas quais acabamos por nos confrontar com aquilo que nos horroriza e fascina. Se quisermos continuar, sabemos que,
em dado momento, o prato se quebrará, que ele nunca será recuperado, que talvez não funcionará “melhor”, até porque ele viverá com a consciência clara de que há
vários pontos da superfície nos quais sua vulnerabilidade ficará visível. Como disse Fitzgerald, um homem não se recupera desses solavancos. Algo desse sofrimento fica
inscrito para sempre.

Mas ele também poderá descobrir que, mesmo depois da quebra, ainda é capaz de se colar, de continuar funcionando, um pouco como esses pratos que pintamos de
outra forma para disfarçar as rachaduras. Se bem elaborada, tal experiência poderá levar à diminuição do medo daquilo que, um dia, fomos obrigados a excluir. Talvez
aprendamos a compor com doses do excluído, já que a necessidade da exclusão não era simplesmente arbitrária, embora ela não precise ser radicalmente hipostasiada.
Algo do excluído poderá ser trabalhado e integrado; algo deverá ser irremediavelmente perdido.

Um dia, descobriremos que todos os pratos da sala de jantar estão quebrados em algum ponto e que é com pratos quebrados que sempre se ofereceram jantares. Os
pratos que não passam por alguma quebra são pequenos e, por isso, só servem para a sobremesa. No entanto, ninguém vai ao banquete por causa da sobremesa.

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/pratos-quebrados/. Acesso em: 18 abr. 2022.

Assinale a alternativa em que o “se” é uma conjunção integrante.

a) “[...] o tipo que nos perguntamos se vale a pena conservar”.


b) “Se bem elaborada, tal experiência poderá levar [...]”.
c) “Um homem não se recupera desses solavancos [...]”.
d) “A mulher que precisa se afastar da maternidade [...]”.
e) “Se quisermos continuar, sabemos que [...]”.

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Questão 3: Instituto AOCP - Sold BM (CBM PA)/CBM PA/2022


Assunto: Partícula "se"
Texto

Como evitar a ansiedade e as relações tóxicas e alcançar um novo estilo de vida

Publicado: 18/06/2021

A realidade que estamos vivendo, somada às novas formas de trabalho e ansiedades, implicaram, igualmente, em mudanças significativas no comportamento das
relações pessoais e interpessoais dos indivíduos. Esse contexto serviu para revelar, com maior intensidade, as relações tóxicas, tema que exige um cuidadoso debate e,
sobretudo, assistência psicológica especializada. Mas, afinal, o que é uma relação tóxica? Como identificá-la e quais são os tratamentos? "São questionamentos que
precisam de esclarecimento da nossa sociedade. Vale destacar que cada caso é tratado de forma diferente. No entanto, algumas características se tornam similares nas
relações tóxicas. Podem ser resumidas pelo desejo de controlar o(a) parceiro(a) e de tê-lo(la) apenas para si. Esse comportamento surge aos poucos, sutilmente, e vai
passando dos limites, causando sofrimento e dor", explica a psicóloga gaúcha, Ilda Nocchi.

Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, Ilda possui ampla experiência de atuação nas áreas social, comportamental e humana. A profissional tem observado, nos
últimos meses, um gradual crescimento nos seus atendimentos no Brasil e no exterior, por pessoas que estão em crise ou estão passando por momentos difíceis,
afastadas de seus familiares. De acordo com ela, cresceu o número de pacientes que relatam um contexto que envolve relações tóxicas. "O(a) agressor(a) após o fato
ocorrido pede desculpas, dizendo que isso não irá mais acontecer. Entre as características mais comuns das relações tóxicas estão o ciúmes exacerbado, a desconfiança,
a possessividade, o controle exagerado sobre uma pessoa, as agressões verbais, entre outros", explica Ilda.

Ainda de acordo com a profissional da psicologia, agir com superioridade, com desrespeito e diminuindo a pessoa – tanto em âmbito profissional quanto pessoal – pode
acabar causando sintomas na vítima, entre eles: isolamento social, vergonha dos amigos e da família, além de sensações como humilhação e desprezo, que podem
provocar graves mudanças de humor. "Todas essas situações acabam por afetar a saúde mental e emocional do outro", adianta Ilda. [...]

No contexto das relações tóxicas, a profissional de saúde destaca ainda que a parte mais difícil é aceitar a necessidade de se denunciar o(a) abusivo(a) e tomar medidas
legais, quando necessário for. "Esse contexto exige muita ajuda psicológica, atendimento e apoio especializado, sempre com a condução de um profissional capacitado,
que tenha sensibilidade e experiência no assunto e que possa, de forma bastante responsável, apresentar e fornecer todos os vieses e a orientação necessária,
especialmente, em casos mais graves", diz Ilda.

Adaptado de: https://www.sbponline.org.br/2021/06/como-evitar-a-ansiedade-e-as-relacoes-toxicas-e-alcancar-um-novo-estilo-de-vida. Acesso em: 10 fev. 2022.

Sobre o termo destacado em “[...] algumas características se tornam similares nas relações tóxicas.”, assinale a alternativa correta.

a) Indica que o sujeito da oração é indeterminado.


b) É uma partícula integrante do verbo, visto que este é pronominal.
c) Indica que se trata de uma oração na voz passiva.
d) É um pronome reflexivo recíproco, como em “Ana e João se amam”.
e) É uma partícula de realce, como em “Murcham-se as flores”.

Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2119335

Questão 4: Instituto AOCP - Cad (CBM GO)/CBM GO/2022


Assunto: Partícula "se"

Ruanda descobriu um uso humanitário para os

drones

Esses aparelhos são enviados para distribuir medicamentos em lugares remotos e de difícil acesso, numa ação que, segundo Luli Radfahrer, pode salvar muitas vidas

O tema desta coluna são os drones, a respeito dos quais tendemos a pensar no uso convencional que deles se faz no Oriente Médio, por exemplo, onde são empregados
como armas de destruição. Da mesma forma, pode-se pensar neles em termos mais fantasiososa, fazendo as vezes de prestadores de serviço ao atuarem como
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entregadores de encomendas. A verdade, porém, é que Ruanda, na África, achou para os drones uma função bem mais original, que é a de entregar remédios num país
em que existem muitas florestas e montanhas, o que torna difícil o transporte de certos tipos de materiais – alguns perecíveis, como são os casos dos medicamentos –
para vilarejos mais distantes. Daí que se empregou a estratégia de colocar nos drones pequenos pacotes de remédiose para enviá-los para as regiões mais necessitadas.

Não se trata, evidentemente, de mandar remédios para o consumidor finalb, mas enviar de um centro de distribuição para um posto de saúde ou algo que se assemelhe
a issod, que se responsabiliza pela distribuição do materialc, o que permitiria até mesmo o envio de sangue para transfusão em hospitais e centros de saúde. “Isso tende
a salvar muitas vidas e a ideia mais bacana é que, além desse transporte todo, esses aviõezinhos soltam a sua encomenda num paraquedas.” O colunista encerra sua
coluna vislumbrando a possibilidade desse método ser utilizado em lugares remotos do Brasil, como na Amazônia, no sertão do Nordeste ou nas grandes áreas rurais do
País.

Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar toda sexta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com
produção do Jornal da USP e TV USP.

Adaptado de: https://jornal.usp.br/radio-usp/ruanda-descobriu-um-uso-humanitario-para-os-drones/. Acesso em: 10 jul. 2022.

Em qual das alternativas o “se” exerce a função de partícula apassivadora?

a) “Da mesma forma, pode-se pensar neles em termos mais fantasiosos […]”.

b) “Não se trata, evidentemente, de mandar remédios para o consumidor final [...]”.

c) “[…] um posto de saúde [...], que se responsabiliza pela distribuição do material […]”.

d) “[…] um posto de saúde ou algo que se assemelhe a isso [...]”.

e) “Daí que se empregou a estratégia de colocar nos drones pequenos pacotes de remédios [...]”.

Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2189249

Questão 5: Instituto AOCP - Tec MP (MPE RS)/MPE RS/2021


Assunto: Partícula "se"
O texto a seguir refere-se a questão.

COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021

Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho
observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também
surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou
um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode
ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar,
mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar
diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da
pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.

[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma
de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os
sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora
temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos
matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era
mais jovem? O que pode extrair daquilo?

Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo
válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma
amizade.

Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo
que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões
que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/comodefinir- objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Sobre “que” e “se” nos excertos a seguir, assinale a alternativa correta.

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a) Em “[...] como se queríamos ser astronautas [...]”, “se” indica que o sujeito é indeterminado.
b) Em “[...] ou se tornar diretor de cinema em Hollywood [...]”, “se” faz parte de um verbo pronominal.
c) Em ‘[...] pensar naquilo que não queremos.”, “que” é uma partícula de realce.
d) Em “[...] definir objetivos que nos animem.”, “que” é uma conjunção integrante que introduz o complemento de “objetivos”.
e) Em “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, “que” retoma “fantasia”, podendo ser substituído por um pronome relativo flexionado no feminino.

Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1663433

Questão 6: Instituto AOCP - Adv (FUNPRESP-JUD)/FUNPRESP-JUD/2021


Assunto: Partícula "se"
Texto

Filosofia em dois desenhos

Fui caminhar. E na calçada me deparei com um estranho indivíduo. Carregava um saco plástico enorme que, pelo perfil do conteúdo, calculei estivesse cheio de latinhas.
Mal acabei de pensar, o homem se acocorou na calçada. Extraiu de alguma parte uma pedra branca parecendo ser cal prensada, e com ela começou a desenhar no
cimento.

Parei para ver, atraída pelo ritual que se esboçava. O homem desenhou dois círculos um diante do outro, quase encostados, e dentro deles desenhou duas setas
convergentes.

Levantou-se, olhou sua obra com satisfação, andou cinco ou seis passos e, novamente, se acocorou. Continuava com a pedra de cal na mão.

Mas o desenho que fez foi diferente. Riscou dois traços, colocados na mesma distância dos dois círculos, e atrás deles desenhou duas setas que apontavam uma para a
outra.

Segui adiante refletindo sobre o que havia presenciado. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a Serra da Capivara, que visitei numa ida a Teresina para algum
congresso ou palestra. Trouxe de volta a louça que a arqueóloga franco-brasileira Niéde Guidon, há muitos anos responsável pelo sítio arqueológico, ensinou os locais a
fazerem para terem uma fonte de subsistência. Louça com impressos os mesmos desenhos estampados na rocha, que se acredita serem vestígios de uma cultura
paleoamericana. Pois, como um ser primitivo, o homem havia estampado seus pensamentos e sua visão interior na mais moderna das rochas: o cimento.

Havia reparado que o homem estava muito sujo e desgrenhado. Calçava havaianas de sola já bem fininha e roupas indefinidas. Provavelmente era mais um morador de
rua. E como morador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a
calçada, único bem que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever. Porque não há dúvida de que, ao desenhar, aquele homem estava escrevendo.

Estava escrevendo a sua dificuldade para se comunicar. Preso dentro de um círculo, pouco adiantava que as setas apontassem em direção uma da outra. Ele não
conseguia obedecer à ordem das setas, pois continuava contido pela linha que delimitava o círculo.

Coisa idêntica dizia o segundo desenho, agora com um traço, uma parede, um muro, impedindo-o de obedecer ao comando das setas.

Pode até ser que o homem, através de seus desenhos estivesse desenvolvendo uma teoria filosófica sobre a incomunicabilidade dos seres humanos. Que, se por um lado
não conseguem viver sozinhos (significado das setas instando à comunicação), por outro lado não conseguem se entender (significado dos círculos e dos traços
impeditivos).

Avançando nessa teoria, chegaríamos à conclusão de que tudo o que é coletivo resvala no pessoal. Assim como os desenhos do homem, tão íntimos e pessoais,
destinavam-se a quem quer que passasse naquela exata calçada de Ipanema.

Adaptado de: https://www.marinacolasanti.com/2021/09/filosofia

em-dois-desenhos.html [Fragmentos]. Acesso em: 18 set. 2021.

Considerando os aspectos linguísticos do texto de apoio e os sentidos por eles expressos, julgue o seguinte item.

No trecho “Louça com impressos os mesmos desenhos estampados na rocha, que se acredita serem vestígios de uma cultura paleoamericana.”, o “se” tem função
apassivadora, permitindo, assim, a omissão do agente, visto que não é possível especificá-lo.

Certo
Errado
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Questão 7: Instituto AOCP - Adm (SANESUL)/SANESUL/2021


Assunto: Partícula "se"

Quais são os principais temas de pesquisa no Brasil?

Um relatório analisou mais de 300 mil artigos publicados entre 2015 e 2020. Confira os principais assuntos – e com quais países o Brasil mais colabora.

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Maria Clara Rossini

15 out. 2021

A produção brasileira de artigos científicos cresceu 32,2% entre 2015 e 2020. É mais do que a média mundial, que foi de 27,1%. Mas o que o brasileiro pesquisa? O
relatório “Panorama da ciência brasileira: 2015 – 2020”, produzido pelo Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação, mapeou os principais temas de estudo no Brasil.

O levantamento se baseou nos artigos científicos presentes no Web of Science, uma plataforma que reúne pesquisas de todo o mundo. No total, mais de 11 milhões de
artigos foram publicados entre 2015 e 2020. Desses, 372 mil contaram com a participação de ao menos um brasileiro.

Educação lidera o pódio, com 16.672 artigos publicados entre 2015 e 2020. Se o tema surpreendeu, lembre que Pedagogia é o curso que mais recebe estudantes de
graduação no Brasil. Logo, há mais mão de obra. Os temas seguintes são Biodiversidade, Nanopartículas e Pecuária e Aquicultura.

Para chegar ao resultado, o relatório fez uma análise da frequência das palavras-chave contidas nas pesquisas. Por exemplo: as palavras “ovelha” e “gado” estão
relacionadas à agricultura, enquanto “entrelaçamento quântico” e “ondas gravitacionais” são campos da física teórica.

O relatório ainda mostra os países que mais fazem pesquisa em parceria com o Brasil. Os Estados Unidos está presente em 36% dos artigos brasileiros realizados em
colaboração internacional. Depois vêm Inglaterra, Espanha, França e Alemanha.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/sociedade/quais-sao-os-principais-temas-de-pesquisa-no-brasil/?fb

clid=IwAR3kZG482FkapgOqyoMlxQk2OQOfYTz4RcffiEiXXggbpP6TH_om7mvP4Gc >. Acesso em 19 out. 2021.

Em relação aos sentidos do texto, considere o trecho “Se o tema surpreendeu, lembre que Pedagogia é o curso que mais recebe estudantes de graduação no Brasil.” para
assinalar a alternativa correta.

a) A conjunção temporal “se” expressa que o fato de a educação ser o tema mais pesquisado no Brasil não apresenta explicações e isso causa estranhamento.

b) A conjunção causal “se” expressa que o motivo de haver mais pesquisas em educação é o fato de que Pedagogia é o curso que apresenta mais alunos no país.

c) A conjunção concessiva “se” expressa que a condição para que haja mais pesquisas em educação no Brasil é o fato de que Pedagogia é o curso que apresenta
mais alunos no país.

d) A conjunção concessiva “se” expressa que o fato de a educação ser o tema mais pesquisado no Brasil não apresenta explicações e isso causa estranhamento.

e) A conjunção condicional “se” expressa que, se há mais pesquisas em educação no Brasil, a justificativa estaria no fato de que Pedagogia é o curso, no país, que
apresenta mais alunos.

Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1931585

Questão 8: Instituto AOCP - Ag (SANESUL)/SANESUL/Saneamento/2021


Assunto: Partícula "se"

COMO VOCÊ ESTÁ?

Provavelmente tendo um início de infarto, se estiver olhando para a fatura do cartão de crédito.

A essa altura da vida, talvez você já tenha reparado que algumas aquisições trazem arrependimentos profundos e outras nem tanto. Por exemplo, o tempo que você
gasta em uma viagem logo vai parar na caixa de memórias do cérebro, fazendo parte do passado. Enquanto isso, a vida útil de um celular que custa três vezes o seu
salário pode durar mais do que uma lembrança. Não há dúvida de que ambos possam trazer alguma gratificação, mas isso não tem a ver com a duração de cada um.

Um objeto de desejo, seja ele um tablet ou uma joia, pode levar muito tempo para ser descartado. Mas como procura demonstrar uma série de estudos do psicólogo
Thomas Gilovich, da Universidade Cornell, a permanência da nossa felicidade em relação a esse objeto costuma ser inversamente proporcional à sua duração. Já quando
falamos de experiências, tais como jantares, sessões de cinema e shows, o quadro é o oposto. "Experiências nos conectam com outras pessoas de maneira mais intensa
do que bens materiais, elas tendem a constituir uma parte maior das nossas identidades e a ser avaliadas dentro de seus próprios termos”, diz Gilovich à GALILEU.

Isso se deveria, principalmente, a uma de nossas características mais pungentes: a de nos adaptar a tudo. Um célebre estudo da Universidade de Yale, publicado em
1971, por Philip Brickman e Donald Campbell, indica que a nossa capacidade de se acostumar às circunstâncias é enorme: tendemos a voltar rapidamente ao estado
anterior de felicidade depois de um evento positivo ou negativo. Isso é ótimo quando precisamos lidar com a perda de alguma pessoa ou quando sofremos um trauma,
por exemplo. Mas aplicada ao consumo, a pesquisa de Brickman e Campbell sugere que, assim que adquirimos um novo bem, logo o objeto se banaliza, passando a
fazer parte do contexto das coisas que já possuímos e perdendo a importância.

(Adaptado de: FREIRES, Luan Flávio. Felicidade no crédito. Revista Galileu. Dez. 2015.)

Sobre o termo destacado em “Isso se deveria, principalmente, a uma de nossas características [...]”, assinale a alternativa correta.

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a) Trata-se de uma conjunção condicional.

b) Trata-se de um pronome tônico.

c) Poderia estar após o verbo, uma vez que não inicia oração.

d) Poderia estar em posição mesoclítica (dever-se-ia), dado que o verbo “deveria” está flexionado no futuro do pretérito.

e) Não pode ser colocado em outra posição.

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Questão 9: Instituto AOCP - Fis TM I (Cariacica)/Pref Cariacica/Fiscalização Tributária/2020


Assunto: Partícula "se"
Analise os textos I e II para responder à questão.

Texto I

Disponível em: https://projetocolabora.com.br/fotogaleria/dez-charges-internet/. Acesso em: 08 dez. 2019.

Texto II

O vício em smartphones prejudica profissionais e empresas

Nomofobia é a moléstia psíquica relacionada ao pavor de ser separado de seu smartphone

(...) Os smartphones surgiram no fim da década de 1990 e foram adotados em massa na década seguinte. De símbolo de status, transformaram-se rapidamente em bem
de consumo obrigatório para todas as idades e estratos sociais.

Junto às fantasias prometidas pela tecnologia, vieram os efeitos colaterais. No fim de 2016, a American Academy of Pediatrics divulgou um estudo bem amplo sobre os
efeitos das mídias digitais (frequentemente difundidas por meio de smartphones) sobre crianças e adolescentes.

Na longa lista de problemas, velhos conhecidos de pais e mães: efeitos negativos sobre o sono, a atenção e o aprendizado; relação preocupante com a obesidade e a
depressão; exposição a conteúdos inadequados; e riscos relacionados à privacidade.

Em um ensaio de grande repercussão veiculado na revista The Atlantic em 2017, Jean M. Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego,
alertou sobre o risco de uma crise mental iminente afetando crianças e adolescentes. (...)

Para adultos no mundo do trabalho, os efeitos começam a ser estudados e analisados. A conectividade 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) já existia antes dos
smartphones, porém foi intensificada com os novos aplicativos de troca de mensagens. A disponibilidade permanente gera ansiedade e estresse ou tecnoestresse, outra
invenção da época. (...)

No trabalho, percebe-se facilmente o efeito negativo dos aparelhinhos sobre a produtividade. Faltava, entretanto, comprovação científica. O estudo, conduzido com 262
voluntários, comprova que há relação entre o vício em smartphone e a percepção de perda de produtividade.

Diversos outros estudos revelam que o uso dos smartphones rouba horas do dia de trabalho. Seus sinais visuais e sonoros constantes interrompem fluxos de raciocínio e
prolongam desnecessariamente o tempo de realização de atividades.

O uso mal administrado de smartphones ajuda a criar um ambiente de emergência permanente, transforma problemas gerenciáveis em incêndios ameaçadores e faz com
que todos se sintam como bombeiros sem equipamentos, frustrados e impotentes, diante de circunstâncias supostamente avassaladoras.

De forma geral, o entendimento científico sobre os efeitos colaterais dos smartphones ainda está engatinhando. Vários efeitos e fenômenos correlatos precisam ser
estudados e compreendidos. (...)

Realizar mais estudos científicos é importante para contrapor à propaganda avassaladora dos fabricantes de smartphones, coligados e inocentes úteis da mídia. Não se
trata de combater, tal qual luditas, a tecnologia. Os pequenos computadores pessoais constituem avanço importante. É preciso, entretanto, conhecer melhor seus efeitos
colaterais e desenvolver antídotos.

Adaptado de: http://debatendo-a-educacao.blogspot.com/2017/12/. Acesso em: 08 dez. 2019.

Na Língua Portuguesa, a palavra “SE” pode pertencer a várias categorias gramaticais. Tal termo pode, por exemplo, funcionar como partícula apassivadora (ou pronome
apassivador) quando, ligado a um verbo transitivo direto, torna a oração passiva. Considerando as informações apresentadas e seu conhecimento sobre o assunto,
assinale a alternativa em que “SE” está funcionando como partícula apassivadora.

a) “No trabalho, percebe-se facilmente o efeito negativo dos aparelhinhos sobre a produtividade.”.
b) “De símbolo de status, transformaram-se rapidamente em bem de consumo obrigatório (...)”.
c) “(...) e faz com que todos se sintam como bombeiros sem equipamentos, (...)”.

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
d) “Não se trata de combater, tal qual luditas, a tecnologia.”.
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Questão 10: Instituto AOCP - Ana (Novo Hamburgo)/Pref Novo Hamburgo/Suporte/2020


Assunto: Partícula "se"
A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela nota de agradecimento)

Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha

A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente pediu que pessoas escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois
estimassem o quão surpreso e feliz o recebedor ficaria. Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever
bilhetes de obrigado. Os pesquisadores descobriram que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três semanas melhorava a satisfação com a vida, aumentava
sentimentos de felicidade e reduziria sintomas de depressão.

Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que expressar gratidão encoraja os outros a continuarem sendo generosos, promovendo,
assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da mesma maneira, pessoas agradecidas talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus próprios atos de
bondade. Falando de modo mais amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras tem mais chance de ser um lugar agradável
para se viver do que uma caracterizada por suspeição e ressentimento mútuos.

Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo, quando muitas pessoas se sentem bem sobre o que outra pessoa fez por elas, elas sentem um
senso de elevação, com um consequente reforço da sua consideração pela humanidade. Alguns se inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores, fazendo mais
para ajudar a trazer o melhor nos outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.

É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum
motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos
beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas têm confiança o suficiente em si mesmas
e nos outros para permitir que isso aconteça.

Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir um benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem
como um mero pagamento do que lhes é devido, pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar
de lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma comunidade mais impessoal e fragmentada.

Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de graças uma parte diária de sua vida na ilha, ele estava antecipando descobertas nas ciências
sociais e medicina que não apareceriam por centenas de anos. Ele também estava refletindo a sabedoria de tradições religiosas e filosóficas que têm início há milhares de
anos. A gratidão é um dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como hábito estão enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas
também as vidas daqueles à sua volta.

Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/08/11/A-gratid%C3%A3o-tem-o-poder-de-salvar-vidas-ou-por-que-voc%C3%AA-deveria-escrever-aquela-nota-de-agradecimento Acesso em:


04 fev. 2020.

Considerando os usos do “se” no seguinte excerto, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

“Por exemplo, se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se
realizarão.”

I. Nas duas ocorrências, o “se” é um pronome que integra o sentido do verbo.


II. Na primeira ocorrência, o “se” tem valor condicional.
III. Na segunda ocorrência, o “se” indica que a oração está na voz passiva.
IV. Nas duas ocorrências, servem para indeterminar os sujeitos verbais.

a) Apenas I e IV.
b) Apenas II e IV.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e III.
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Questão 11: Instituto AOCP - Ana (Pref Betim)/Pref Betim/Recursos Financeiros, Orçamentários, Contratos e Convênios/2020
Assunto: Partícula "se"
TEXTO 1

Brasil é um dos maiores consumidores de plástico, mas só recicla 2% do total

Entre os entraves para melhorar o índice estão a falta de incentivos e de infraestrutura, além da baixa qualidade dos produtos reciclados.

Na última semana, um brasileiro comum possivelmente gerou 1 kg de lixo plástico. Um italiano gera a mesma quantia em cinco dias e alguém que mora na Indonésia, em
dez. No Brasil, menos de 2% desse plástico será reciclado.

Os dados fazem parte de um estudo da WWF lançado na noite desta segunda (4). A organização fez um levantamento de pesquisas relacionadas ao plástico e elaborou
um relatório que aponta o crescimento desse tipo de resíduo e sugere possíveis caminhos para solucionar a questão.

Os números do plástico são enormes. Nos oceanos há perto de 300 milhões de toneladas (o que equivale a cerca de 11 trilhões de garrafas plásticas de 500 ml). E essa
estimativa não leva em conta o lixo terrestre. Daqui a 11 anos, em 2030, o total de lixo plástico poderá ter dobrado.

Em 2016, 396 milhões de toneladas de plástico virgem foram produzidos —cerca de 53 kg por pessoa. Parte desses produtos se tornou lixo, especialmente nos quatro
países maiores poluentes: Estados Unidos, China, Índia e Brasil.

Somente uma pequena parcela desse lixo é devidamente manejado e reciclado. Por aqui, a reciclagem é inferior a 2%, o menor valor entre os líderes em produção de
detritos. Nos EUA o valor chega a 35%; na China, 22%; na Índia, 6%.

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Considerando o mundo inteiro, cerca de 20% do plástico é coletado para reciclagem, mas isso não significa que ele realmente o terá esse destino honroso. Segundo o
estudo da WWF, na Europa, por exemplo, menos da metade do material é reaproveitado.

A baixa qualidade de produtos feitos com o material reciclado, seu baixo valor de mercado e a possível presença de contaminação atrapalham a expansão da atividade.

Um tratado internacional pode ser o início da solução, segundo Anna Carolina Lobo, coordenadora da WWF-Brasil. A organização defende um caminho semelhante ao
protocolo de Montreal. Nele, os países se comprometeram, em 1987, à proteção da camada de ozônio a partir da interrupção no uso de substâncias que a destroem (a
deterioração da camada aumenta o índice de radiação e, consequentemente, as chances de câncer de pele, além de agredir florestas e prejudicar a atividade
agropecuária ).

Adaptado de: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/03/brasil-e-um-dos-maiores-consumidores-de-plastico-mas-so-recicla-2-do-total.shtml. Acesso em: 19 jan. 2020.


Em “Nele, os países se comprometeram, em 1987, à proteção da camada de ozônio [...]”, no Texto 1, qual é a classe morfológica da partícula “se”?

a) Índice de indeterminação do sujeito.


b) Pronome apassivador.
c) Pronome reflexivo.
d) Parte integrante do verbo.
e) Partícula expletiva.
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Questão 12: Instituto AOCP - Ed Soc (Pref Betim)/Pref Betim/2020


Assunto: Partícula "se"

No excerto “[...] se eu chego às 15:00, eu deveria poder ver TV até às 22:30 [...]”, a partícula ‘se’ indica uma relação sintática e semântica que se classifica como

a) concessiva.
b) reflexiva.
c) condicional.
d) consecutiva.
e) aditiva.
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Questão 13: Instituto AOCP - Ana (MJSP)/MJSP/Big Data/Governança de Dados/2020


Assunto: Partícula "se"
O cinzeiro

Mário Viana

Procura-se um martelinho de ouro. Aceitam-se indicações de profissionais pacientes e com certa delicadeza para restaurar um cinzeiro que está na família há mais de
cinco décadas. Não se trata de joia de valor financeiro incalculável, mas de uma peça que teve seus momentos úteis nos tempos em que muita gente fumava. Hoje, é
apenas o símbolo de uma época.

Arredondado e de alumínio, o cinzeiro chegou lá em casa porque meu pai o ganhara de presente de seu patrão, o empresário Baby Pignatari – como ficou mais conhecido
o napolitano Francisco Matarazzo Pignatari (1917- 1977). Baby misturou na mesma medida as ousadias de industrial com as estripulias de playboy. No corpo do cinzeiro
destaca-se um “P” todo trabalhado em relevo.

Nunca soube direito se meu pai ganhou o cinzeiro das mãos de Baby ou de sua mulher, a dona Ira – era assim que a princesa e socialite italiana Ira von Furstenberg era
conhecida lá em casa. Só muitos anos depois, já adulto e jornalista formado, descobri a linha de nobreza que fazia de dona Ira um celebridade internacional.

[...]

Pois esse objeto que já passou pelas mãos de uma princesa – italiana, mas principessa, que diacho – despencou outro dia do 12º andar até o térreo. Amassou, coitado. A
tampa giratória ficou toda prejudicada E o botão de borracha que era pressionado também foi para o devido beleléu.

Mesmo assim, não acredito em perda total. Tenho fé em que um bom desamassador dê um jeito e devolva o cinzeiro, se não a seus dias de glória, pelo menos a uma
aparência menos miserável. É o símbolo de uma trajetória, afinal de contas, há que respeitar isso.

Praticamente aposentado – a maioria dos meus amigos e eu deixamos de fumar –, o cinzeiro ocupava lugar de destaque na memorabilia do meu hipotético museu
pessoal. Aquele que todos nós criamos em nosso pensamento mais secreto, com um acervo repleto de pequenos objetos desimportantes para o mundo.

Cabem nessa vitrine imaginária o primeiro livro sério que ganhamos, com a capa rasgada e meio desmontado; o chaveiro que alguém especial trouxe de um rolê
mochileiro pelos Andes; o LP com dedicatória de outro alguém ainda mais especial; uma caneca comprada na Disney; o calção usado aos 2 anos de idade... e o velho
cinzeiro carente de reparo.

Adaptado de: <https://vejasp.abril.com.br/cidades/mario-viana-ocinzeiro/>.


Acesso em: 10 set. 2020.

Referente ao excerto “Procura-se um martelinho de ouro. Aceitam-se indicações de profissionais pacientes [...]”, assinale a alternativa correta.

a) Em ambos os casos, o pronome “se” exerce a mesma função.


b) A expressão “aceitam-se” poderia ser substituída por “aceita-se” sem que isso causasse prejuízo sintático ou semântico ao período.
c) Ambas as orações estão na voz ativa.

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
d) Em “aceitam-se”, o pronome indica que o sujeito do verbo é indeterminado.
e) Em “procura-se”, “eu” é sujeito oculto do verbo, sendo a oração parafraseável por “eu procuro um martelinho de ouro”.
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Questão 14: Instituto AOCP - Aux Per ML (PC ES)/PC ES/2019


Assunto: Partícula "se"
Policiamento comunitário

A polícia pode adotar diferentes formas de policiamento. Uma delas é o policiamento comunitário, um tipo de policiamento que se expandiu durante as décadas de 1970 e
1980 quando as polícias de vários países introduziram uma série de inovações em suas estruturas e estratégias para lidar com o problema da criminalidade.

Apesar de essas experiências terem diferentes características, todas tiveram um aspecto comum: a introdução ou o fortalecimento da participação da comunidade nas
questões de segurança.

Isso significa que as pessoas de uma determinada área passaram não só a participar das discussões sobre segurança e ajudar a estabelecer prioridades e estratégias de
ação como também a compartilhar com a polícia a responsabilidade pela segurança da sua região. Essas mudanças tiveram como objetivo melhorar as respostas dadas
aos problemas de segurança pública, tornando tanto a polícia mais eficaz e reconhecida como também a população mais ativa e participativa nesse processo.

É interessante notar que a Constituição brasileira ratifica esse tipo de policiamento ao estabelecer, em seu artigo 114, que a segurança pública não é apenas dever do
Estado e direito dos cidadãos, mas responsabilidade de todos.

Essa nova forma de “fazer a segurança pública” é também resultado do processo de democratização das polícias. Em sociedades democráticas, as polícias desempenham
várias outras funções além de lidar com o crime. Exige- se que ela esteja constantemente atenta aos problemas que interferem na segurança e bem- estar das pessoas e
atenda às necessidades da população tanto de forma reativa (pronto- atendimento) como também pró-ativa (prevenção).

Os cidadãos, por sua vez, têm o direito e a responsabilidade de participar no modo como esse policiamento é realizado.

SÃO PAULO. Manual de Policiamento Comunitário: Polícia e Comunidade na Construção da Segurança [recurso eletrônico] / Núcleo de Estudos da Violência da
Universidade de São Paulo (NEV/USP). – Dados eletrônicos. - 2009.

Disponível em https://jundiai.sp.gov.br/administracao-e-gestao-de-pessoas/ wp-content/uploads/sites/16/2016/02/Manual-Policiamento-Comunitario- SENASP-MJ.pdf > Acesso em 12 fev. 2019.

Em “Exige-se que [...]”, é correto afirmar que o “se” é

a) partícula apassivadora.
b) índice de indeterminação do sujeito.
c) partícula expletiva.
d) indicador de sujeito acusativo.
e) partícula reflexiva.
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Questão 15: Instituto AOCP - Inv (PC ES)/PC ES/2019


Assunto: Partícula "se"
Dicas de Segurança: Em casa

• Em sua residência, ao atender um chamado, certifique-se de quem se trata, antes mesmo de atendê-lo. Em caso de suspeita, chame a Polícia.

• À noite, ao chegar em casa, observe se há pessoas suspeitas próximas à residência. Caso haja suspeita, não estacione; ligue para a polícia e aguarde a sua chegada.

• Não mantenha muito dinheiro em casa e nem armas e joias de muito valor.

• Quando for tirar cópias de suas chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua casa. Dê preferência a profissionais estabelecidos e que tenham seus telefones
no catálogo telefônico.

• Evite deixar seus filhos em casa de colegas e amigos sem a presença de um adulto responsável.

• Cuidado com pessoas estranhas que podem usar crianças e empregadas para obter informações sobre sua rotina diária.

• Cheque sempre as referências de empregados domésticos (saiba o endereço de sua residência).

• Utilize trancas e fechaduras de qualidade para evitar acesso inoportuno. O uso de fechaduras auxiliares dificulta o trabalho dos ladrões.

• Não deixe luzes acesas durante o dia. Isso significa que não há ninguém em casa.

• Quando possível, deixe alguma pessoa de sua confiança vigiando sua casa. Utilize, se necessário, seu vizinho, solicitando-lhe que recolha suas correspondências e
receba seus jornais quando inevitável.

• Ao viajar, suspenda a entrega de jornais e revistas.

• Não coloque cadeados do lado de fora do portão. Isso costuma ser um sinal de que o morador está viajando.

• Cheque a identidade de entregadores, técnicos de telefone ou de aparelhos elétricos.

• Insista com seus filhos: eles devem informar sempre onde estarão, se vão se atrasar ou se forem para a casa de algum amigo. É muito importante dispor de todos os
telefones onde é possível localizá-los.

• Verifique se as portas e janelas estão devidamente trancadas e jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.

Adaptado de https:<//sesp.es.gov.br/em-casa>. Acesso em: 30/jan./2019.

No trecho “Seus filhos devem informar sempre [...] se vão se atrasar [...]”, os termos em destaque classificam-se, respectivamente, como

a) conjunção subordinativa causal – partícula de realce.

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
b) pronome apassivador – conjunção subordinativa condicional.
c) conjunção subordinativa conformativa – pronome apassivador.
d) pronome reflexivo – conjunção integrante.
e) conjunção integrante – pronome reflexivo.
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Questão 16: Instituto AOCP - Farm Bioq (UFRB)/UFRB/2019


Assunto: Partícula "se"
TEXTO 3

Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/440297301040114870/?lp=true>. Acesso em: 04 jul. 2019.

Em Língua Portuguesa, a palavra SE pode assumir funções morfológicas distintas, a depender do contexto em que é empregada. Pode funcionar, por exemplo, como
substantivo, conjunção, pronome, entre outros. Considerando essa informação, assinale a alternativa que apresenta a função correta da palavra SE nesse anúncio.

a) Pronome reflexivo.
b) Pronome apassivador.
c) Conjunção subordinativa integrante.
d) Índice de indeterminação do sujeito.
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Questão 17: Instituto AOCP - AOM (EMPREL)/EMPREL/2019


Assunto: Partícula "se"
Dados de 92 milhões de brasileiros podem estar à venda na internet

Arquivo contém 16 GB de informações pessoais que incluem nomes, datas de nascimento e números de CPF

Por Rodrigo Loureiro


9 out. 2019

São Paulo – Um banco de dados que teria informações de mais de 92 milhões de brasileiros está sendo leiloado na internet. De acordo com a empresa de segurança
digital Eset, que está analisando o caso, o conjunto de dados pessoais inclui nomes dos usuários e de seus familiares, datas de nascimento e CPFs. O lance inicial é de 15
mil dólares.

Realizado em diversos fóruns clandestinos e de acesso restrito, o leilão, que só recebe lances a partir de 1.000 dólares, só pode ser acessado por membros dessas
plataformas. O arquivo de 16 GB de tamanho e em formato SQL está sendo leiloado por um hacker sob o codinome X4Crow.

De acordo com o portal Bleeping Computer, que obteve uma amostra dos dados, as informações coletadas são verdadeiras e batem com registros da Receita Federal.

Como o vazamento afeta também pessoas jurídicas, já que informações do CNPJ de empresas também foram coletadas, é provável que nem todos os dados sejam
únicos. Ou seja, uma mesma pessoa pode estar listada mais de uma vez no arquivo.

Para piorar, o invasor ainda afirma que pode obter números de telefone, endereços físicos, e-mails, placas de carros, histórico profissional e
educacional e até mesmo o nome de vizinhos da vítima. Esses dados adicionais, contudo, estão sendo vendidos separadamente. Custam cerca de 150 dólares por
pesquisa.

Seus dados estão seguros?

Infelizmente, não é possível saber quem foi vítima deste novo ataque digital. Contudo usuários mais preocupados com a segurança de suas informações pessoais
disponibilizadas na internet podem verificar se já foram vítimas de outros vazamentos de dados no ambiente virtual.
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Para fazer isso, é preciso acessar o site Have I Been Pwned. A página informa se o endereço de e-mail do internauta já foi listado em algum caso de vazamento de
informações.

Em todos os casos, vale sempre a dica de manter suas senhas seguras, evitar usar a mesma combinação para todos os serviços e ativar um sistema de autenticação em
dois fatores em plataformas que oferecem o recurso.

Adaptado de: <https://exame.abril.com.br/tecnologia/dados-de-92-milhoes-


de-brasileiros-podem-estar-a-venda-na-internet/>. Acesso em: 10 out. 2019.

Em “A página informa se o endereço de e-mail do internauta já foi listado em algum caso de vazamento de informações”, o “se” exerce função de

a) conjunção integrante, pois estabelece uma relação entre “informa” e a oração que completa o sentido desse verbo.
b) pronome integrante do verbo “informar-se”.
c) pronome apassivador, pois o sujeito “página” sofre a ação de informar.
d) conjunção condicional, por indicar a condição para que as informações sejam encontradas na página.
e) pronome reflexivo, pois “a página” fornece e recebe informações.
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Questão 18: Instituto AOCP - Vest (FCN)/FCN/2019


Assunto: Partícula "se"
Assinale a alternativa que classifica corretamente a função do ‘se’ no excerto “[…] ele se preparava para uma noite de solidão feliz [...]”.

a) Pronome apassivador.
b) Pronome reflexivo.
c) Índice de indeterminação do sujeito.
d) Conjunção condicional.
e) Conjunção integrante.
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Questão 19: Instituto AOCP - ASG (Pref Umuarama)/Pref Umuarama/2019


Assunto: Partícula "se"
SERÁ??!!

Clara Braga

Era uma vez um músico/compositor que, como muitos outros (provavelmente todos), sonhava em ter seu trabalho reconhecido e poder viver da sua própria música.

Trabalhou duro e um belo dia, nos encontros que a música lhe proporcionava, conheceu uma pessoa e se apaixonou perdidamente. Ficou ainda mais inspirado, compôs
várias músicas dedicadas ao seu novo amor e teve ainda mais motivação para acreditar que seu trabalho ganharia o reconhecimento merecido.

Dito e feito, o tal músico ficou mais famoso do que ele mesmo imaginava ser possível, suas músicas estavam na boca do povo, embalando novos casais, tocando na
entrada da noiva e sendo até tema de novela. Não tinha um que não desse um suspiro com suas músicas apaixonadas.

Porém, um belo dia, o tal músico notou que as coisas já não eram mais como antes, que seu relacionamento trazia mais tristezas do que alegrias e que continuar era um
erro. O casal decidiu se separar, e a decepção foi tão grande que cantar as músicas que fez para aquela pessoa que já não estava mais ao seu lado lhe causava muita
dor!

E agora, o que fazer? Mesmo que suas músicas lhe tragam dor e angústia, um mar de gente espera ansiosa e emocionada para ouvir aquelas músicas que, para eles,
marcam os momentos mais felizes e importantes de suas vidas.

Essa história é fictícia, mas me peguei pensando esses dias, será que existem muitos músicos nessa situação? Artistas que a cada apresentação precisam lidar com suas
próprias dores para levar alegria a outras pessoas? Acho que nunca mais vou assistir a um show da mesma forma!

Disponível em: http://www.cronicadodia.com.br/2019/10/sera-clara-braga.


html. Acesso em: 25 out. 2019.

Em relação ao termo destacado em “O casal decidiu se separar”, assinale a alternativa correta.

a) O pronome destacado indica que apenas o músico tomou a decisão de se separar.


b) É um pronome que indica uma ação conjunta, ou seja, o músico e sua parceira decidiram juntos pela separação.
c) O pronome “se” mostra que o casal teve dúvida se deveria ou não se separar.
d) “Se” é um advérbio, pois une duas frases.
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Questão 20: Instituto AOCP - TILBS (Cariacica)/Pref Cariacica/2019


Assunto: Partícula "se"
O cortador de piada

Por Paulo Pestana

Contar piada é uma arte. Há o contador minucioso, que entra em detalhes, sai do trilho e, quando menos se espera, volta para o arremate, normalmente rindo mais do
que quem ouve a história pela primeira vez; há o conciso, que usa poucas frases e normalmente é cortante, frequentemente maldoso; o histriônico, que muda a voz, se
levanta, interpreta e exagera, o pornográfico, que acha palavrão engraçado, o verborrágico, que emenda uma piada na outra, entre muitos outros.

Toda boa roda de botequim tem que ter algum contador de anedota de repertório amplo, memória prodigiosa e paciência. Ainda mais se de vez em quando aparecer na
conversa um outro personagem, o cortador de piada. Sim; um conta, o outro corta, normalmente se introduzindo na história alheia, estragando o final.

Toda boa piada tem seu clímax no final. Não é como um conto, uma narrativa, um cordel ou até mesmo um ‘causo’, quando a graça, muitas vezes, está no

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
desenvolvimento da ação. O fecho da piada tem que ser surpreendente, definitivo, deve conter toda graça em poucas palavras que muitas vezes torcem a lógica exposta
anteriormente.

O cortador de piada é também conhecido como o chato. Por mais velho que seja o chiste, é preciso respeitar o contador, ainda que não seja dos mais cativantes, que não
tenha o brilho e a graça de um Chico Anísio. O cortador muitas vezes interrompe a narrativa sem a menor cerimônia, com aquela inocência insuportável dos enjoados — o
chato de verdade nunca é proposital; é um traço de caráter inato, o que só piora a situação.

Mas há situações piores, quando o chato se transforma no ladrão de piada. Também querendo dominar o ambiente, o ladino se apodera da história alheia e conta o final,
deixando o dono da anedota com a boca aberta e sem ter o que dizer. Foi o que aconteceu, não faz muito tempo, num famoso boteco da W2 Sul — ou melhor, famoso
para nós, frequentadores, já que não sai nas colunas de jornal.

A noite ainda era juvenil, mas aquela turma dava impressão de estar por ali desde o café da manhã, tamanha a animação. Cascos vazios de cerveja já tinham enchido um
engradado e já eram colocados com a boca para baixo, entre os outros. Um dos rapazes começou a contar uma piada comprida e que era constantemente interrompida
por comentários diversos por outro sujeito.

Havia interessados na narrativa, até porque é uma piada sobre advogados, e os causídicos são fregueses habituais do estabelecimento. O chato não sossegava, queria ser
o centro das atenções e diante de tantos ‘psius’ pedindo silêncio, disparou:

— Que tatu? Não vi nenhum tatu por aqui!

E se contorcia como o Orlando Furioso, da ópera de Vivaldi. Ele havia contado o fim da piada numa cena que só pode ser explicada pelo alto nível etílico daquela mesa,
quando o tempo fechou como uma final com Grenal. Até hoje tem gente querendo saber como a piada chegaria ao tatu, mas tem medo de perguntar.

Adaptado de: http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/mais-


leitor/2019/12/06/noticia-mais-leitor,162065/cronica-o-cortador-de-piada.shtml. Acesso em: 10 dez. 2019.

Em “Ainda mais se de vez em quando aparecer na conversa um outro personagem, o cortador de piada.”, o termo destacado é

a) um pronome pessoal do caso oblíquo, usado para representar uma pessoa do discurso, no caso, o cortador de piadas.
b) uma conjunção condicional, já que introduz uma nova condição ao texto, nesse caso, o surgimento do cortador de piadas.
c) um pronome reflexivo, pois a ação do cortador de piada reflete na ação daquele que estava contando a anedota.
d) uma conjunção integrante, visto que, sem ela, não é possível unir as orações.
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Questão 21: Instituto AOCP - Ag (ITEP RN)/ITEP RN/Necrópsia/2018


Assunto: Partícula "se"
Cuidar de idoso não é só cumprir tarefa, é preciso dar carinho e escuta

Cláudia Colluci

A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil
pessoas, contra 5,5 por 100 mil entre a população em geral. Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco. Abandono da família,
maior grau de dependência e depressão são alguns dos fatores de risco.

Em se tratando de idosos, há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas para esse fim. Ano passado, uma em cada três pessoas
mortas por atropelamento em São Paulo tinha 60 anos ou mais. Pessoas mais velhas perdem reflexos e parte da visão (especialmente a lateral) e da audição por conta da
idade.

Levando em conta que o perfil da população brasileira mudará drasticamente nos próximos anos e que, a partir de 2030, o país terá mais idosos do que crianças, já
passou da hora de governos e sociedade em geral encararem com seriedade os cuidados com os nossos velhos, que hoje somam 29,4 milhões (14,3% da população).

Com a mudança do perfil das famílias (poucos filhos, que trabalham fora e que moram longe dos seus velhos), faltam cuidadores em casa. Também são poucos os que
conseguem bancar cuidadores profissionais ou casas de repouso de qualidade. As famílias que têm idosos acamados enfrentam desafios ainda maiores quando não
encontram suporte e orientação nos sistemas de saúde.

Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-passo. Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro,
a pressão arterial disparou (ele já teve dois infartos e carrega quatro stents no coração), depois um dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco de infecção) e, por
último, o braço imobilizado começou a inchar muito (perigo de trombose venosa). Diante da recusa dele em ir ao pronto atendimento, da demora de retorno do médico
que o assistiu na cirurgia e sem um serviço de retaguarda do plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo foi desesperadora. Mas essas situações também
trazem lições. A principal é a de que o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a
comida. Cuidado envolve, sobretudo, carinho e escuta. É demonstrar que você está junto, que ele não está sozinho em suas dores.

Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. Aos oito, já ordenhava vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da
professora que ganhou o primeiro. Com o cultivo da terra, formou uma família, educou duas filhas. Lidar com a terra continua sendo a sua terapia diária. É onde encontra
forças para enfrentar o luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É onde descobre caminhos para as limitações que a idade vai impondo ("não consigo
mais cuidar da horta, então vou plantar mandioca").

Ouvir do médico que só estará liberado para suas atividades normais em três meses foi um baque para o meu velho. Ficou amuado, triste. Em um primeiro momento, dei
bronca ("pai, a cirurgia foi um sucesso, custa ter um pouco mais de paciência?"). Depois, ao me colocar no lugar desse octogenário hiperativo, que até dois meses atrás
estava trepado em um abacateiro, podando-o, mudei o meu discurso ("vai ser um saco mesmo, pai, mas vamos encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com
o aval do médico").

Sim, envelhecer é um desafio sob vários pontos de vista. Mas pode ficar ainda pior quando os nossos velhos não contam com uma rede de proteção, seja do Estado, da
comunidade ou da própria família.

Os números de suicídio estão aí para ilustrar muito bem esse cenário de abandono, de solidão. Uma das propostas do Ministério da Saúde para prevenir essas mortes é a
ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A presença desses serviços está associada à diminuição de 14% do risco de suicídio. Essa medida é prioritária,
mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não é o bastante.

Mais do que diagnosticar e tratar a depressão, apontada como um dos mais importantes fatores desencadeadores do suicídio, é preciso que políticas públicas e
profissionais de saúde ajudem os idosos a prevenir/diminuir dependências para que tenham condições de sair de casa com segurança, sem o risco de morrerem
atropelados ou de cair nas calçadas intransitáveis, que ações sociais os auxiliem a ter uma vida de mais interação na comunidade. E, principalmente, que as famílias
prestem mais atenção aos seus velhos. Eles merecem chegar com mais dignidade ao final da vida.

Adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2017/09/1921719-cuidar-de-


idoso-nao-e-so-cumprir-tarefa-e-preciso-dar-carinho-e-escuta.shtml26/09/2017>. Acesso em: 6 dez. 2017.

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Assinale a alternativa em que o se destacado introduz uma noção de condição.

a) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos [...]”.
b) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas para esse fim [...]”.
c) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-passo [...]”.
d) “[...] o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida [...]”.
e) “Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não é o bastante.”.
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Questão 22: AOCP - Cad (PM TO)/PM TO/2018


Assunto: Partícula "se"
LIVRO II
1 . Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graças ao ensino — por isso requer experiência e tempo;
enquanto a virtude moral é adquirida em resultado do hábito, donde ter-se formado o seu nome por uma pequena modificação da palavra (hábito). Por tudo isso,
evidencia-se também que nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza; com efeito, nada do que existe naturalmente pode formar um hábito contrário à sua
natureza. Por exemplo, à pedra, que por natureza se move para baixo, não se pode imprimir o hábito de ir para cima, ainda que tentemos adestrá-la jogando-a dez mil
vezes no ar; nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo, nem qualquer coisa que por natureza se comporte de certa maneira a comportar-se de outra.
Não é, pois, por natureza, nem contrariando a natureza que as virtudes se geram em nós. Diga-se, antes, que somos adaptados por natureza a recebê-las e nos
tornamos perfeitos pelo hábito. Por outro lado, de todas as coisas que nos vêm por natureza, primeiro adquirimos a potência e mais tarde exteriorizamos os atos. Isso é
evidente no caso dos sentidos, pois não foi por ver ou ouvir frequentemente que adquirimos a visão e a audição, mas, pelo contrário, nós as possuíamos antes de usá-las,
e não entramos na posse delas pelo uso. Com as virtudes dá-se exatamente o oposto: adquirimo-las pelo exercício, como também sucede com as artes. Com efeito, as
coisas que temos de aprender antes de poder fazê-las, aprendemo-las fazendo (...); por exemplo, os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira
tangendo esse instrumento. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, e assim com a temperança, a bravura, etc.
Isto é confirmado pelo que acontece nos Estados: os legisladores tornam bons os cidadãos por meio de hábitos que lhes incutem. Esse é o propósito de todo legislador,
e quem não logra tal desiderato falha no desempenho da sua missão. Nisso, precisamente, reside a diferença entre as boas e as más constituições. Ainda mais: é das
mesmas causas e pelos mesmos meios que se gera e se destrói toda virtude, assim como toda arte: de tocar a lira surgem os bons e os maus músicos. Isso também vale
para os arquitetos e todos os demais; construindo bem, tornam-se bons arquitetos; construindo mal, maus. Se não fosse assim não haveria necessidade de mestres, e
todos os homens teriam nascido bons ou maus em seu ofício.
Isso, pois, é o que também ocorre com as virtudes: pelos atos que praticamos em nossas relações com os homens nos tornamos justos ou injustos; pelo que fazemos
em presença do perigo e pelo hábito do medo ou da ousadia, nos tornamos valentes ou covardes. O mesmo se pode dizer dos apetites e da emoção da ira: uns se
tornam temperantes e calmos, outros intemperantes e irascíveis, portando-se de um modo ou de outro em igualdade de circunstâncias. Numa palavra: as diferenças de
caráter nascem de atividades semelhantes. É preciso, pois, atentar para a qualidade dos atos que praticamos, porquanto da sua diferença se pode aquilatar a diferença
de caracteres. E não é coisa de somenos que desde a nossa juventude nos habituemos desta ou daquela maneira. Tem, pelo contrário, imensa importância, ou melhor:
tudo depende disso.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco: tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross (Os pensadores). 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p.29-30.
Considerando as diferentes funções que o vocábulo “se” pode exercer em um texto, assinale a alternativa em que esteja INCORRETA a classificação apresentada para os
termos destacados.

a) “[...] nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo […]” – pronome reflexivo.
b) “Por tudo isso, evidencia-se também que nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza [...]” – partícula apassivadora.
c) “[...] à pedra que por natureza se move para baixo não se pode imprimir o hábito de ir para cima [...]” – pronome reflexivo.
d) “Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graças ao ensino [...]” – índice de indeterminação do
sujeito.
e) “Não é, pois, por natureza, nem contrariando a natureza que as virtudes se geram em nós.” – partícula apassivadora.
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Questão 23: AOCP - Ass Adm (SEAP PA)/SEAP PA/2018


Assunto: Partícula "se"
Texto - O egoísmo por detrás do eu lírico

Natália Cola de Paula

É sabido que a arte da escrita tem a virtude de criar, eternizar, denunciar e embelezar a vida. Ademais, é clichê dizer o quanto ela transmite conhecimento, histórias,
momentos e sentimentos, fazendo-nos viajar sem sair do aconchego de nossas casas. Enfim, a escrita tem todas essas funções e características, mas é sob outro prisma
que será abordada neste artigo. “A priori”, vamos analisar a escrita como instrumento de comunicação, com a existência de dois polos: o do emissor da mensagem, que é
o escritor, e o do receptor, nosso caro leitor. Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor, aquele que a recebe, interpreta e extrai dela o que
lhe aprouver. Porém, pouco se menciona a respeito dos reflexos que essa mensagem exerce sobre o autor, sobre o próprio escritor. É olhando através desse prisma que
analisaremos a escrita.

Primeiramente, o poeta ou o escritor tem seu lado altruísta, quer sim ser lido, deseja alcançar um elevado número de leitores, sonha que seu texto inspire e mude a vida
de alguém, ou apenas que lhe abra um leve sorriso e aquiete o coração. Mas o que poucos sabem é que o poeta é também egoísta, ele escreve, em primeiro lugar, para
si, para sanar suas necessidades. Como assim? Quais necessidades são essas? Muito simples, necessidade de expressar-se, de desabafo, de descargo emocional, de fuga
do mundo externo, de abrigo na arte. Antes de mais nada, os autores são seres humanos, não estão isentos dos problemas cotidianos, das dores, das tristezas e nem do
amor. Logo, eles buscam na escrita alento, ou usam-na como crítica social, denunciadora do que veem e sentem. De todo modo, os autores, como seres humanos, pais,
filhos, alunos, cidadãos, apaixonados e profissionais que são, precisam da escrita mais, talvez, do que ela precisa deles para existir. É esse o ponto essencial de tal artigo,
fazê-los compreender que a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele simplesmente não vive, pois não se expressa.

(...)

Há uma bela reflexão feita por Clarisse Lispector que exprime exatamente o caráter egoístico, mas nem por isso desnobrecedor, do eu lírico dos autores. “Eu escrevo
como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida” (Clarisse Lispector - Um sopro de vida). Certamente, os autores escrevem para
salvarem-se de si mesmos e das pressões do mundo, escrevem para se entenderem; organizam pensamentos, opiniões, críticas e amores que estão lhe atormentando o
juízo, cuja transposição para o papel parece ser seu álibi. Dessa forma, o autor é tão dependente da escrita quanto ela desse. O eu lírico do poeta, por exemplo, necessita
da poesia para sobreviver, não apenas a faz por hobby ou prazer, a faz porque ela o mantém vivo, e sem ela, o poeta, nada mais é do que um mero mortal sem
identidade. Fazendo uma analogia, a poesia está para o poeta como a lágrima está para aquele que sofre. Ambas têm o poder de afagar o coração, propiciar aquela
sensação de alívio e descarregar um peso que cansava a alma. O choro não é sinônimo de tristeza, mas sim de liberdade, assim como a poesia, que liberta o poeta de
suas próprias amarras, trazendo-o à luz de fora da caverna. Portanto, a poesia é para o poeta e o texto é para o escritor, pura liberdade, pura identidade, pura vida
transposta em palavras.

Fonte: adaptado de <http://obviousmag.org/realidades_sonhos/


2017/o-egoismo-por-detras-do-eu-lirico.html>. Acesso em: 10
jan. 2018.

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Na frase “É esse o ponto essencial de tal artigo, fazê-los compreender que a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele simplesmente não vive, pois não se
expressa.”, os termos destacados são, respectivamente:

a) pronome relativo e conjunção coordenativa.


b) conjunção integrante e índice de indeterminação do sujeito.
c) substantivo e partícula de realce.
d) pronome indefinido e conjunção condicional.
e) conjunção integrante e pronome reflexivo.
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Questão 24: AOCP - Tec Enf (SEAP PA)/SEAP PA/2018


Assunto: Partícula "se"
Nossa liberdade está sendo deturpada
Bianca Pinheiro

A contemporaneidade é reconhecida pelas múltiplas liberdades que oferece. Desde os anos 1960, temos reivindicado de maneira veemente o direito de expressar
livremente nossas identidades e a nossa sexualidade. A pílula foi inventada, e a liberdade sexual feminina vem sendo incrementada desde então, com um incrível avanço
de diversas vertentes do feminismo; as hierarquias são questionadas, culminando naquilo que chamamos de crise de representação; a homossexualidade foi retirada do
rol das doenças psiquiátricas; novos modelos familiares surgiram e foram legitimados; entre outros fatores. Esse cenário certamente nos oferece múltiplas possibilidades e
caminhos. Podemos escolher o que desejamos entre uma gama de opções. No entanto, há sinais de que toda essa nossa liberdade vem sendo deturpada.

O sociólogo francês Alain Ehrenberg reconheceu muito precisamente que a sociedade contemporânea, por trás da fachada de emancipação, autonomia e soberania do
indivíduo, na verdade, substitui antigos imperativos por outros, mais difíceis de serem identificados por conta de sua natureza sutil. Assim, se em épocas passadas
devíamos resguardar nossa intimidade e valorizar nossa vida interior e ter uma postura mais contemplativa e reflexiva diante do mundo, hoje, senão nos expomos,
praticamente não existimos; se gostamos de estar sozinhos, somos recriminados; se passamos um feriado inteiro dentro de casa, somos considerados “estranhos”; se
estamos tristes e se interagimos pouco, somos doentes.

A liberdade de ser continua limitada pelo que a sociedade requer de nós. Se não correspondemos às expectativas do mundo, uma gama de diagnósticos e remédios
psiquiátricos nos é oferecida. Assim, em vez de lutarmos para afirmar nossa identidade e nossas vontades, simplesmente nos submetemos ao status quo, ainda que isso
signifique a autoanulação e o fingimento. Como não podemos estar tristes, a gente se contenta em aparentar ser feliz. Como não podemos estar sozinhos, estamos
sempre atualizando nossas contas do Instagram com fotos nas quais aparecemos rodeados de gente, apesar de nos sentirmos extremamente sós. Como não podemos
estar calados, sustentamos conversas que só fazem sentido em um contexto de abominação do silêncio.

Que liberdade é essa que classifica como doentes quem não está de acordo com a norma de ser feliz e popular? Que liberdade é essa que nos oferece verdadeiros
cardápios de parceiros em potencial, mas só proporciona desencontros, porque devemos ser desapegados? (...) Que liberdade é essa que nos oprime e nos esmaga para
que possamos, finalmente, dizer “somos livres”, “somos felizes”, “somos incríveis”?

Joel Birman, renomado psicanalista brasileiro, diz que vivemos em uma era em que a alteridade tende ao desaparecimento, o que gera um cenário onde os indivíduos
agem como meros predadores uns dos outros, utilizando uns aos outros como meios para alcançar o gozo e a estetização de si. Eu prefiro não ter essa liberdade de usar
o outro para meu próprio prazer. Eu prefiro não ter essa liberdade que me faz temer dizer “eu gosto de você”, porque o que se espera é que só gostemos de nós mesmos
e sejamos objetos com fins precisos, e não seres humanos dotados de emoção. Eu prefiro não ter essa liberdade que me impede de ficar triste, de chorar, de enfrentar o
luto, de me revelar. Eu prefiro não ter essa liberdade que poda a humanidade existente em mim, excluindo a falta de sentido, o desespero e a maravilha de ser alguém
imperfeito.

Fonte: adaptado de <http://obviousmag.org/sangria_desatada/2017/nossa-liberdade-esta-sendo-deturpada.html>. Acesso em: 10 jan.2018.

Em relação aos usos e às funções que o elemento “se” pode desempenhar, assinale a alternativa correta referente ao excerto “se gostamos de estar sozinhos, somos
recriminados; se passamos um feriado inteiro dentro de casa, somos considerados “estranhos”; se estamos tristes e se interagimos pouco, somos doentes.”.

a) Conjunção subordinativa integrante.


b) Partícula de realce.
c) Conjunção subordinativa causal.
d) Partícula apassivadora.
e) Pronome pessoal reflexivo.
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Questão 25: Instituto AOCP - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2018


Assunto: Partícula "se"
Por que essa pressa?

Walcyr Carrasco

Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o voo é chamado,
sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque, mas poucos conseguem chegar
na frente. Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por que a pressa?

Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo. Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai
desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem
quer entrar empurra mais!

Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo
em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:

– Deixa eu pegar só uma saladinha!

Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os
garfos. […] Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a
clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? […]

Elevador, então, nem se fala. Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses.
Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem
passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!

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29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do
bem viver.

Adaptado de: <http://www.itatiaia.com.br/blog/jose-lino-souza-barros/por-que-essa-


pressa-texto-de-walcyr-carrasco>. Acesso em: 24 fev. 2018.

Assinale a alternativa em que o “se” esteja sendo utilizado como pronome reflexivo.

a) “Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório.”


b) Ando pensando se as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.
c) “Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador [...]”.
d) “Para embarcar no aeroporto, nem se diga!”.
e) “Os mais educadinhos foram se servindo em fila.”
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Questão 26: AOCP - Biom (SESMA)/Pref Belém (PA)/2018


Assunto: Partícula "se"
KLEE, KANDINSKI, MAGRITTE

Michel Foucault

Dois princípios reinaram, eu creio, sobre a pintura ocidental, do século quinze até o século vinte. O primeiro afirma a separação entre representação plástica (que implica
a semelhança) e referência linguística (que a exclui). Faz-se ver pela semelhança, fala-se através da diferença. De modo que os dois sistemas não podem se cruzar ou
fundir. É preciso que haja, de um modo ou de outro, subordinação: ou o texto é regrado pela imagem (como nesses quadros em que são representados um livro, uma
inscrição, uma letra, o nome de um personagem), ou a imagem é regrada pelo texto (como nos livros em que o desenho vem completar, como se ele seguisse apenas um
caminho mais curto, o que as palavras estão encarregadas de representar). É verdade, só muito raramente essa subordinação permanece estável: pois acontece ao texto
de o livro ser apenas um comentário da imagem, e o percurso sucessivo, pelas palavras, de suas formas simultâneas; e acontece ao quadro ser dominado por um texto,
do qual ele efetua, plasticamente, todas as significações. Mas pouco importa o sentido da subordinação ou a maneira pela qual ela se prolonga, multiplica e inverte: o
essencial é que o signo verbal e a representação visual não são jamais dados de uma vez só. Sempre uma ordem os hierarquiza, indo da forma ao discurso ou do
discurso à forma. É esse princípio cuja soberania foi abolida por Klee, ao colocar em destaque, num espaço incerto, reversível, flutuante (ao mesmo tempo tela e folha,
toalha e volume, quadriculado do caderno e cadastro da terra, história e mapa), a justaposição das figuras e a sintaxe dos signos. Barcos, casas, gente, são ao mesmo
tempo formas reconhecíveis e elementos de escrita. Estão postos, avançam por caminhos ou canais que são também linhas para serem lidas. As árvores
das florestas desfilam sobre pautas musicais. E o olhar encontra, como se estivessem perdidas em meio às coisas, palavras que lhe indicam o
caminho a seguir, que lhe dão nome à paisagem que está sendo percorrida. E no ponto de junção dessas figuras e desses signos, a flecha que
retorna tão frequentemente (a flecha, signo que traz consigo uma semelhança de origem, como se fosse uma onomatopeia gráfica, e figura que
formula uma ordem), a flecha indica em que direção o barco está se deslocando, mostra que se trata de um sol se pondo, prescreve a direção
que o olhar deve seguir, ou antes a linha segundo a qual é preciso deslocar imaginariamente a figura aqui colocada de um modo provisório e um
pouco arbitrário. Não se trata absolutamente aí de um desses caligramas que jogam com o rodízio da subordinação do signo à forma (nuvem das letras e das palavras
tomando a figura daquilo de que falam), depois da forma ao signo (figura se anatomizando em elementos alfabéticos): não se trata também dessas colagens ou
reproduções que captam a forma recortada das letras em fragmentos de objetos; mas do cruzamento num mesmo tecido do sistema da representação por semelhança e
da referência pelos signos. O que supõe que eles se encontrem num espaço
completamente diverso do do quadro.

O segundo princípio que durante muito tempo regeu a pintura coloca a equivalência entre o fato da semelhança e a afirmação de um laço representativo. Basta que uma
figura pareça com uma coisa (ou com qualquer outra figura), para que se insira no jogo da pintura um enunciado
evidente, banal, mil vezes repetido e entretanto quase sempre silencioso (ele é como um murmúrio infinito, obsidiante, que envolve o silêncio das figuras, o investe, se
apodera dele, obriga-o a sair de si próprio, e torna a despejá-lo finalmente no domínio das coisas que se pode nomear): “O que vocês estão vendo, é isto”. Pouco
importa, ainda aqui, o sentido em que está colocada a relação de representação, se a pintura é remetida ao visível que a envolve ou se ela cria, sozinha, um invisível que
se lhe assemelha. [...]

Adaptado de: FOUCAULT. M. Klee, Kandinski, Magritte.In: FOUCAULT. M. Isto não é um cachimbo. T radução de Jorge Coli. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988. Disponível em: https://ayrtonbe -
calle.files.wordpress.com/2015/07/foucault-m-isto-nc3a3o-c3a- 9-um-cachimbo.pdf.

Qual alternativa expressa corretamente a função do pronome “se”, presente em “Faz-se ver pela semelhança, fala-se através da diferença.”?

a) Símbolo de indeterminação do sujeito.


b) Objeto direto.
c) Parte integrante dos verbos.
d) Pronome apassivador.
e) Objeto indireto.
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https://www.tecconcursos.com.br/caderno/Q2b3ak/imprimir 15/16
29/03/2023, 09:58 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Gabarito
1) C 2) A 3) B 4) E 5) B 6) Errado 7) E
8) D 9) A 10) D 11) D 12) C 13) A 14) A
15) E 16) D 17) A 18) B 19) B 20) B 21) B
22) D 23) E 24) C 25) E 26) A

https://www.tecconcursos.com.br/caderno/Q2b3ak/imprimir 16/16

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