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CURSO DE
FISIOTERAPIA NO PSF
Aluno:
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CURSO DE
FISIOTERAPIA NO PSF
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO V
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18.1 CUIDADOS COM A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
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terá grande responsabilidade e contribuirá para a diminuição dos casos e
acompanhamento dos já existentes.
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A promoção dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos envolve: a
promoção do bem-estar de adolescentes e jovens; o estímulo à educação, inclusive
como condição para a saúde sexual e reprodutiva; o envolvimento de jovens no
planejamento, na implementação e na avaliação das atividades que a eles se
destinam, com destaque para a educação, a saúde sexual e a saúde reprodutiva.
Este marco expressa o compromisso do Governo Brasileiro com a
superação das desigualdades e com a garantia dos direitos humanos de
adolescentes e jovens no país, a partir de um amplo e profícuo debate.
Baseado em tudo que foi supracitado, o fisioterapeuta, como profissional
integrante da área de saúde, deverá ter a sua parcela de contribuição,
participando ativamente da elaboração de estratégias que efetivem as diretrizes
do Ministério da Saúde.
As estratégias sugeridas são:
participar da formulação de políticas públicas no campo da saúde para
reduzir a incidência do HIV/AIDS e outras DSTs, e a vulnerabilidade da
população brasileira a esses agravos;
promover a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS;
reduzir os estigmas e os demais impactos sociais negativos do HIV/AIDS
e outras DSTs, por meio de ações pautadas pela ética, pelo respeito às
diversidades sexual, racial, étnica, social, econômica e cultural e pelo
compromisso com a promoção e atenção à saúde, em consonância com os
princípios e diretrizes do SUS, contribuindo para a resposta global à
epidemia.
19 SAÚDE DA MULHER
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Será realizada avaliação e diagnóstico fisioterapêutico na saúde da mulher:
o Diagnóstico fisioterapêutico ou fisiodiagnóstico é compreendido como a avaliação
funcional, sendo esta um processo pelo qual, por meio de metodologias e técnicas
fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios físico-funcionais
intercorrentes, na sua estrutura e no seu funcionamento, com a finalidade de
detectar e parametrar as alterações apresentadas, considerando os desvios dos
graus de normalidade para os de anormalidade. Também pode ser aceito como
déficit orgânico e/ou funcional consequente de uma afecção de base que os
recursos fisioterapêuticos podem abolir, diminuir a intensidade ou diminuir a
velocidade de progressão da deterioração e é descrito de forma generalizada,
sucinta e precisa, como resultado da síntese da avaliação fisioterapêutica.
20 ACOMPANHAMENTO À GESTANTE
20.1PRIMEIRO TRIMESTRE
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sistema locomotor.
Na ERAP para gestante, devem-se realizar todos os exercícios, respeitando
a limitação de cada uma e fazendo adaptação com exceção dos exercícios,
adaptando com o uso de bola de Bobath. O local onde serão realizadas as sessões
deve ser devidamente preparado para dar conforto e tranquilidade às gestantes, e
equipados, a fim de facilitar os exercícios de fortalecimento muscular, com materiais
como colchonetes, almofadas, rolos acolchoados, bastões ou barras, bolas suíças
de tamanhos diferentes, faixas elásticas do tipo thera band, as quais possuem
resistências diferentes, entres outros utensílios. A sessão deve ser realizada
regularmente, com um mínimo de duas vezes na semana.
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aumento de retenção hídrica (edemas) com o agravamento no 3º trimestre
da gravidez. O fisioterapeuta poderá utilizar recursos como: crioterapia em
posição de drenagem, ultrassom e cinesioterapia;
nos distúrbios circulatórios que são comuns na gravidez devido à
retenção hídrica e compressão dos gânglios linfáticos, as mulheres deverão
estar cientes que ficar em pé ou sentada por longos períodos com a perna
pendente ou joelhos cruzados é muito nocivo. A dorsiflexão e flexão plantar
frequente por pelo menos três segundos de cada vez, provocam um retorno
venoso mais eficiente. O erguimento dos pés da cama com tijolos é sugerido
com frequência. Serão feitas caminhadas dentro ou fora d’água.
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20.3.1 Caminhada (conduta no solo)
20.3.2 Hidroterapia
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realizados os exercícios direcionados ao fortalecimento de grupos musculares
específicos, além de exercícios respiratórios e de reeducação postural. Essa
segunda etapa dura em média 35 minutos. Ao final da sessão, deve ser feito
também um relaxamento, que tem o objetivo de promover a estabilização das
frequências cardíaca e respiratória, além de relaxar as musculaturas ainda sob
tensão, durando cerca de 10 minutos.
Na piscina, assim como no solo, são também utilizados alguns materiais,
como flutuadores, caneleiras, colete lombar e colar cervical, para facilitarem os
exercícios de fortalecimento muscular, eles tornam as sessões mais prazerosas e
divertidas para a gestante. Cada sessão tem uma duração de 45 a 60 minutos, não
devendo ultrapassar uma hora, evitando-se assim a fadiga da grávida.
Os benefícios da hidroterapia são:
alívio da sintomatologia dolorosa (lombalgia);
melhora da circulação de retorno tanto linfática quanto venosa,
auxiliando na redução de edemas;
promove uma reeducação postural, já que a gestação altera a posição
do centro de gravidade da mulher;
melhora o tônus muscular;
promove um melhor relaxamento;
melhora a função intestinal;
melhora o condicionamento do aparelho cardiorrespiratório;
facilita o trabalho de parto, tornando mais efetivo e menos doloroso;
promove uma recuperação mais rápida do parto;
aumenta a autoestima da gestante, proporcionando um bem-estar físico
e emocional.
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20.4 TERCEIRO TRIMESTRE
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20.4.1 Puerpério
20.5 CLIMATÉRIO
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osteoporose – as mulheres serão avaliadas, orientadas e encaminhadas
para realização de caminhadas e/ou para outros especialistas.
Quanto à violência contra a mulher e prevenção de colo de útero, será
realizado um trabalho de captação, Educação em Saúde e apoio à Equipe das USFs.
22 SAÚDE DO IDOSO
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objetivos da fisioterapia podem ser um desafio quando voltados para as pessoas
idosas que apresentam problemas complexos, ligados aos processos do
envelhecimento, doenças crônico-degenerativas e aos fatores ambientais.
A partir da análise da mudança do perfil epidemiológico da população,
verifica-se a necessidade de uma atuação ampla da rede de atenção básica, além
do campo das doenças infecciosas, mas também nas áreas crônico-degenerativas e
traumáticas. Para tanto, é importante uma redefinição nos aspectos de espaço físico
e no perfil dos profissionais que irão atuar na equipe de saúde, no sentido de
promoção, prevenção, educação, controle social e reabilitação desta nova demanda
que se apresenta (KATO et al., 1994).
Nas últimas duas décadas, estudos estatísticos demonstram uma mudança
importante no quadro de doenças com o aumento na incidência das doenças
crônicas e degenerativas (CORRÊA, 1995). Estas mudanças no perfil
epidemiológico da população se devem, principalmente, ao aumento da expectativa
média de vida da população.
O envelhecimento da população é um dos maiores desafios das últimas
décadas. Embora a velhice não seja sinônimo de doença, com a idade aumenta o
risco de comprometimento funcional e perda de qualidade de vida. A avaliação
funcional dos idosos, com acompanhamento do profissional fisioterapeuta, torna-se
essencial para estabelecer um diagnóstico, um prognóstico e um julgamento clínico
adequados, que subsidiarão as decisões sobre os tratamentos e cuidados
necessários com o idoso (CIANCIARULLO et al., 2002).
A fisioterapia apresenta uma missão primordial, de cooperação, mediante a
nova realidade de saúde que se apresenta, através da aplicação de meios
terapêuticos físicos, na prevenção, eliminação ou melhora de estados patológicos do
homem, na promoção e na educação em saúde.
O processo de envelhecimento recebe influência de vários fatores a que o
ser humano se sujeita no decorrer de sua vida. Estas alterações variam de um
indivíduo para o outro e são influenciadas, tanto pelo estilo de vida quanto por
fatores genéticos. O envelhecimento traz, para os indivíduos, alterações
progressivas, quer nos aspectos funcionais, quer nos motores, psicológicos e
sociais. Dentre as modificações provenientes do envelhecimento destaca-se a
diminuição da capacidade funcional do indivíduo, ocasionada principalmente pelo
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desuso físico e mental. Atividades preventivas e de reabilitação no âmbito da
fisioterapia, realizadas nas unidades de saúde, são imprescindíveis para manter ou
resgatar a autonomia de idosos e poderão ter grande impacto na saúde desta
população.
A prática regular de exercícios físicos é estratégia preventiva, primária,
atrativa e eficaz para manter e melhorar o estado de saúde física e psíquica em
qualquer idade, tendo efeitos benéficos diretos e indiretos para prevenir e retardar as
perdas funcionais do envelhecimento, reduzindo o risco de enfermidades e
transtornos frequentes na terceira idade, tais como as coronariopatias, a hipertensão,
a diabetes, a osteoporose, a desnutrição, a ansiedade, a depressão e a insônia.
Em relação à recuperação da força muscular em idosos, estudos têm
demonstrado que ela pode ser conseguida mediante programas de condicionamento
físico, de força e resistência, de alta ou baixa intensidades.
Os ossos e músculos respondem bem ao estresse físico, tornando-se
maiores e mais fortes. Exercícios físicos provocam tensão física no corpo, ajudam a
estimular o crescimento ósseo, preservar a massa óssea e, consequentemente,
auxiliam na prevenção e tratamento da osteoporose.
O fisioterapeuta tem um papel importante como instrumento integralizador
no processo de promoção do envelhecimento saudável. Além de ser responsável
pela educação do paciente em corrigir sua postura, evitar quedas e excesso de
atividades físicas, que possam potencialmente resultar em fraturas ósseas
indesejáveis, também são responsáveis pela prescrição de um programa de
condicionamento físico específico para cada indivíduo.
Objetiva-se com o tratamento fisioterápico, aliado a exercícios físicos, a
melhora do equilíbrio e da marcha, o fortalecimento da musculatura proximal dos
membros inferiores, a melhora da amplitude articular, o alongamento e aumento da
flexibilidade muscular, entre outros. Idosos que se mantêm em atividade, minimizam
as chances de cair e aumentam a densidade óssea evitando fraturas, conforme
transcorrido anteriormente.
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22.1 ALTERAÇÕES DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS E ADEQUAÇÃO DO
MOBILIÁRIO VERSUS QUEDAS E FRATURAS NA TERCEIRA IDADE
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Frente a esse quadro, devem ser traçadas estratégias de prevenção para
diminuir o número de sequelas e danos subsequentes. Para que sejam eficazes, é
preciso, inicialmente, que haja uma minuciosa identificação dos fatores de risco que
aumentam a incidência desses eventos, em particular, daqueles seguidos por fraturas.
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sensibilizar o gestor para a necessidade de realização de políticas
públicas preventivas mais resolutivas;
mostrar ao gestor que tais estratégias podem não só melhorar a
qualidade de vida de nossos idosos como também diminuir gastos com
medicamentos e cirurgias, que poderiam ser evitadas.
São as seguintes:
alterações neurológicas – acidente vascular encefálico e ataque
isquêmico transitório, parkinsonismo, confusão, convulsões, insuficiência
vertebrobasilar, hipersensibilidade de seio carotídeo, distúrbios cerebelares,
neuropatia e demência;
cardiovascular – infarto do miocárdio, hipotensão ortostática e arritmia;
gastrointestinal – sangramento, diarreia e síncope de defecação;
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metabólico – hipotireoidismo, hipoglicemia, anemia, desidratação,
hiponatremia genitourinário, síncope miccional, incontinência;
musculoesquelético – artrite, miosite, deformidade espinhal, fraqueza
muscular, descondicionamento;
psicológica – depressão, ansiedade, induzido por droga;
estados patológicos atribuíveis a diuréticos – anti-hipertensivos,
cardiotônicos, hipnóticos, sedativos e psicotrópicos.
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uma filtração do espectro verde-azulado.
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Demência Nos indivíduos idosos com demência aguda ou
crônica, a frequência de quedas aumenta devido à falta de
percepção de perigos ambientais das próprias capacidades do
indivíduo.
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uma queda.
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quadril e queda.
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causa de equipamento inapropriadamente planejado, ou de
técnicas ruins de transferência, quando o paciente está se
sentando ou levantando. A queda sobre a cadeira que é difícil
de ver, tropeçar nos pés das cadeiras ou em suportes para os
pés de cadeiras de rodas e cair sobre as grades da cadeira de
rodas travadas ao levantar são outras causas de quedas.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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FIGURA 15 - ESCADAS SEM CORRIMÃO
Há corrimão só de um lado.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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TABELA 5 - CONSEQUÊNCIAS MAIS COMUNS
EM IDOSOS QUE SOFRERAM QUEDAS
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É quando a pessoa idosa precisa ficar imobilizada,
devido a uma queda, resultando em uma fratura. O repouso
Síndrome do beneficia a região lesada, mas seu prolongamento prejudica o
imobilismo resto do organismo. As complicações afetam sistemas como o
cardiorrespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinal,
urinário, muscular, esquelético e neurológico. Sendo que estas
complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores
pré-existentes de cada paciente.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
A sala ideal contém tapete antiderrapante, apoio, sem obstáculos na frente, sem mesa de centro,
altura do sofá adequada.
FONTE: Disponível em : <http://envelhecerevida.blogspot.com.br/p/dicas-importantes.html> . Acesso
em: 26 de Maio 2014.
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As recomendações são as seguintes:
não deixar objetos no chão que possibilitem tropeçar, gavetas abertas e
móveis no meio do caminho;
cuidar com a exposição e comprimento de fios do telefone;
adequar a iluminação ambiental;
deixar fios elétricos presos (TV, lâmpadas), não expostos sobre locais de
tráfego de pessoas;
deixar sempre uma luz acesa à noite.
usar barras de apoio no banheiro;
usar tapetes fixos no box do banheiro;
usar, se possível, sabonete líquido.
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FIGURA 19 - ALTURA DO VASO SANITÁRIO
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FONTE: Disponível em : <http://envelhecerevida.blogspot.com.br/p/dicas-importantes.html> . Acesso
em: 26 de Maio 2014.
O quarto ideal contém apoios, sem tapetes escorregadios, altura adequada da cama e Iluminação.
FONTE: Disponível em : <http://envelhecerevida.blogspot.com.br/p/dicas-importantes.html> . Acesso
em: 26 de Maio 2014.
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FONTE: FONTE: Disponível em : <
http://pitagoras.unicamp.br/~teleduc/cursos/diretorio/tmp/2549/portfolio/item/32/abergo-26.pdf> .
Acesso em: 26 de Maio 2014.
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que se refletem sobre a organização e o provimento de ações de saúde para esse
segmento da população, na rede de serviços de saúde.
Nessa perspectiva, o estabelecimento da relação causal ou do nexo entre
um determinado evento de saúde – dano ou doença individual ou coletivo, potencial
ou instalado, e uma dada condição de trabalho constitui na condição básica para a
implementação das ações de Saúde do Trabalhador nos serviços de saúde.
De modo esquemático, esse processo pode ser iniciado pela identificação e
controle dos fatores de risco para a saúde, presentes nos ambientes e condições de
trabalho e/ou a partir do diagnóstico, tratamento e prevenção dos danos, lesões ou
doenças provocados pelo trabalho, no indivíduo e no coletivo de trabalhadores.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os objetivos da saúde no
trabalho incluem em seu amplo espectro:
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FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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favorece a conscientização corporal;
diminui a tensão muscular desnecessária;
diminui o esforço na execução das tarefas diárias;
melhora a condição do estado de saúde geral e psicológico;
favorece mudança na rotina;
mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;
melhora a capacidade de concentração no trabalho;
favorece o contato pessoal;
promove a integração social;
favorece o relacionamento;
melhoria da qualidade de vida.
Colaborador feliz resulta em crescimento da empresa.
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Relaxamento realizada após o expediente, com objetivo de oxigenar as estruturas
musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido
lático e prevenindo as possíveis instalações de lesões.
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Art. 2º - Os casos omissos serão deliberados pelo plenário do CREFITO-2.
Art. 3° - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 09 de Julho de 2007.
Denise Flávio de Carvalho Botelho Lima
Diretora Secretária
Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza
Presidente
CREFITO 2
23.2 ERGONOMIA
Deriva dos termos ergon (que significa trabalho) e nomos (que significa
normas, leis naturais). Pode-se entender como a ciência da configuração do
trabalho ao homem. O início da história da Ergonomia remonta à criação das
primeiras ferramentas, quando o homem pré-histórico provavelmente escolheu
uma ferramenta que melhor se adaptasse à forma e movimentos de sua mão.
Várias são as definições da Ergonomia. Alguns autores a classificam
como ciência, outros como tecnologia. Alguns destacam os aspectos
sistemáticos e comunicacionais, enquanto outros focalizam a questão da
adaptação da máquina ao homem.
De acordo com a Ergonomics Research Society (1949):
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Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relacionados ao
homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e
dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto,
segurança e eficiência.
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Nos setores de trabalho a EP deverá ter características diferentes daquela
feita junto à comunidade.
Os objetivos e benefícios para o empregado e para as empresas serão
semelhantes aos da Ginástica Laboral (vide Ginástica Laboral).
É importante que o fisioterapeuta tenha sensibilidade para detectar quais
serão as reais necessidades dos usuários, sem se contrapor às regras do setor de
trabalho.
24 SAÚDE DA COMUNIDADE
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complexas, englobando diferentes saberes, sejam estes oriundos de outras
categorias de profissionais de Saúde ou ainda de outros setores e, principalmente, o
saber popular.
Dessa forma, a inclusão de outros profissionais de Saúde, como o
fisioterapeuta, nas equipes do PSF é fundamental para ratificar a integralidade e
equidade do SUS. O fisioterapeuta não pode estar apenas no centro especializado,
distante da comunidade. Ele tem que estar também próximo, para que a população
tenha mais facilidade de acesso, com menores deslocamentos e menores gastos
com transporte.
As ações do fisioterapeuta na atenção primária não devem ser restritas às
Unidades de Saúde da Família, mas abranger todo o “território”, como as escolas,
indústrias, associações de moradores, creches, ou seja, toda comunidade.
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FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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Atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução
das Políticas de Saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros.
A criação dos Conselhos de Saúde é estabelecida por lei municipal, estadual
ou federal, com base na Lei nº 8.142/90.
Na criação e reformulação dos Conselhos de Saúde, o Poder Executivo,
respeitando os princípios da democracia, deverá acolher as demandas da
população, consubstanciadas nas conferências de saúde.
A participação da sociedade organizada, garantida na legislação, torna o
Conselho de Saúde uma instância privilegiada na proposição, discussão,
acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da
Política de Saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros. A
legislação estabelece, ainda, a composição paritária de usuários, em relação ao
conjunto dos demais segmentos representados. O Conselho de Saúde será
composto por representantes de usuários, de trabalhadores de saúde, do governo e
de prestadores de serviços de saúde, sendo o seu presidente eleito entre os
membros do Conselho, em Reunião Plenária.
I - O número de conselheiros será indicado pelos Plenários dos Conselhos
de Saúde e das Conferências de Saúde, devendo ser definido em Lei.
II - Mantendo ainda o que propôs a Resolução nº 33/92 do CNS e
consoante as recomendações da 10ª e da 11ª Conferências Nacionais de
Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da seguinte forma:
a) 50% de entidades de usuários;
b) 25% de entidades dos trabalhadores de saúde;
c) 25% de representação de governo, de prestadores de serviços privados
conveniados, ou sem fins lucrativos.
III - A representação de órgãos ou entidades terá como critério a
representatividade, a abrangência e a complementaridade do conjunto de
forças sociais, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De acordo
com as especificidades locais, aplicando o princípio da paridade, poderão
ser contempladas, dentre outras, as seguintes representações:
a) de associações de portadores de patologias;
b) de associações de portadores de deficiências;
c) de entidades indígenas;
d) de movimentos sociais e populares organizados;
e) movimentos organizados de mulheres, em saúde;
f) de entidades de aposentados e pensionistas;
g) de entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais,
confederações e federações de trabalhadores urbanos e rurais;
h) de entidades de defesa do consumidor;
i) de organizações de moradores.
j) de entidades ambientalistas;
k) de organizações religiosas
l) de trabalhadores da área de saúde: associações, sindicatos, federações,
confederações e conselhos de classe;
m) da comunidade científica;
n) de entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais campo de
estágio, de pesquisa e desenvolvimento;
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o) entidades patronais;
p) de entidades dos prestadores de serviço de saúde;
q) de Governo.
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O atendimento domiciliar deve ser estruturado considerando alguns fatores
como as condições sociais e econômicas, equipamentos necessários, identificação
do cuidador do paciente em casa e o envolvimento no programa. O considerável
efeito psicológico que as visitas do fisioterapeuta surtem na vida e no cotidiano dos
pacientes com doenças, uma vez que, além da reabilitação física, estes pacientes
desenvolvem a sensação de segurança e confiança. O Programa de Saúde da
Família (PSF) e o homecare põem em evidência o atendimento em domicílio por
parte de equipes de saúde. O Ministério da Saúde (MS) assume, desde a
Constituição de 1988, o compromisso de reestruturar o modelo de atenção no Brasil,
partindo de um referencial de saúde com direitos de cidadania, pressupondo a
organização de serviços cada vez mais resolutivos, integrais e humanizados. As
políticas municipais têm se organizado a partir do Programa de Saúde da Família
(PSF), proposta que se insere no nível da atenção básica e que persegue o objetivo
final de promover a qualidade de vida e bem-estar individual e coletivo, por meio de
ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde.
O atendimento domiciliar é imprescindível ao trabalho de atenção primária
do profissional fisioterapeuta, pois é quando nos deparamos com a realidade das
pessoas, verificando suas atividades de vida diária, suas limitações e a partir daí
proceder aos encaminhamentos e orientações pertinentes a cada caso.
As visitas domiciliares devem ter uma abordagem familiar, não centrada no
indivíduo acometido por alguma doença, mas compartilhar a responsabilidade da
intervenção com todos os membros, buscando soluções mais eficientes e próximas
da realidade da família.
Dessa forma, a Saúde Pública é uma alternativa viável para o trabalho do
fisioterapeuta, pois o fisioterapeuta é capaz de atuar desde a atenção básica até a
reabilitação propriamente dita, participando efetivamente na transformação social
que se faz necessária na saúde.
FIGURA 27 - ELETROESTIMULAÇÃO
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FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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O fisioterapeuta terá uma grande importância juntamente com a Equipe de
Saúde na reinserção às AVDs e à sociedade dos usuários acamados, restritos ao lar
ou afastados do trabalho devido a acidente de trabalho.
O social interfere de maneira direta na saúde e o fisioterapeuta deverá estar
atento a esses detalhes. Tentando diagnosticar os problemas, usando uma visão
mais ampla e menos linear, sobre todos os aspectos.
O olho clínico dará lugar ao olhar social, e as técnicas fisioterapêuticas
darão lugar às estratégias solidárias.
Mais que um profissional da Saúde, um profissional do povo.
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FONTE: Arquivo pessoal do autor.
FIM DO MÓDULO V
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