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autora
OTÁVIA SALA
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2016
Conselho editorial solange moura; roberto paes; gladis linhares; karen bortoloti;
adriana maria christino
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2016.
isbn: 978-85-5548-170-3
Prefácio 5
2. Conceitos de Sistemas 27
4. Escolhendo a Metodologia e
Definindo o Processo 67
4.1 Escolhendo a metodologia e definindo o processo 69
4.2 Fatores que influenciam o modelo de avaliação 70
4.3 Modelos de avaliação 71
4.3.1 Múltiplas fontes 72
4.4 Princípios filosóficos do processo de avaliação 73
4.5 Principais falhas nas avaliações 75
4.5.1 Avaliações tendenciosas 77
4.5.2 A subjetividade nas avaliações 79
Bons estudos!
5
1
As Organizações e
o Ambiente que elas
Vivenciam
O ambiente organizacional está em constante mudança e aquelas organizações
que não se adaptarem, que não adequarem seus produtos ou serviços em fun-
ção das necessidades externas irão perder competitividade no mercado. Por
essa razão, a gestão do desempenho ganha força no cenário organizacional,
possibilitando que as organizações vantagem competitiva.
OBJETIVOS
Ter ciência que o ambiente externo afeta o funcionamento das organizações. Conhecer o con-
ceito e as características do orçamento elaborado por uma organização, assim como os mo-
tivos pelos quais o orçamento empresarial é considerado um instrumento de planejamento.
Visualizar as técnicas que surgiram nos últimos tempos visando aperfeiçoar a elaboração do
orçamento pelas organizações, conhecendo com mais detalhes uma delas, o orçamento base
zero. Ter contato com as orientações, atividades e abordagens administrativas desejáveis para
a devida utilização do orçamento empresarial, assim como suas vantagens e limitações. Ao final
do capítulo, aprenderá um método para implantação de um programa de orçamento.
• Analisar o ambiente em constante transformação.
• Analisar o ambiente em que as organizações convivem.
• Identificar oportunidade de novos negócios.
• Verificar um modelo da pesquisa.
• Identificar os principais objetivos da avaliação de desempenho.
8• capítulo 1
1.1 As organizações e o ambiente que elas
vivenciam
capítulo 1 •9
Para o autor (2008, p. 30) “a boa avaliação pressupõe que mesmo o melhor
desempenho pode ser melhorado e procura aumentar a probabilidade de reali-
zação de planos futuros”.
10 • capítulo 1
Não obstante, é primordial que as organizações garantam a excelência
no desempenho ao gerenciarem seus negócios. Souza et al (2005) apontam
algumas melhorias para que as organizações possam alcançar a performan-
ce esperada:
• Construção de uma cultura de alto desempenho, no qual predominem
melhores ideias.
• Maior abertura para o aprendizado, com busca permanente de soluções
ede crescimento pessoal e profissional.
• Melhoria do ambiente, apoiada em uma filosofia de sustentação do ne-
gocio que estimule a transformação de valores em ações agregadoras de valor.
• Empreendimento de esforços visando o crescimento empresarial, alicer-
çados em uma visão que propicie o crescimento organizacional sustentado.
• Investimentos para a construção de uma força humana capaz de melho-
rar a agilidade e a velocidade das mudanças nas organizações.
PERGUNTA
Dulce e Carlos são proprietários de uma indústria de parafusos, no interior de Minas Gerais,
Montes Claros, a Ferro e Forte. A indústria está no mercado há 27 anos e sempre foi líder na
região. Porém, vem perdendo espaço para as concorrentes e já não atinge mais os resultados
esperados. Os proprietários não sabem o que fazer, pois sempre mantiveram a mesma quali-
dade, os mesmos produtos, os mesmos processos e a mesma gestão de quando a indústria
liderava o mercado regional.
A que fatores você associa a perda de competitividade da Ferro e Forte?
Seria a falta de adequação às necessidades dos clientes?
Quais conselhos você daria aos proprietários?
capítulo 1 • 11
Para ficar mais clara essa necessidade de um enfoque sistêmico, quando
falamos da gestão de desempenho, vamos utilizar o processo de transformação
da administração da produção em que a organização recebe inputs (entradas),
que sofre o processo de transformação e apresenta como resultado o output
(saídas) (PRAHALAD, 2009). Todavia, o modelo sistêmico vai sinalizar as rela-
ções de dependência entre o sistema e o meio ambiente, identificando os me-
canismos de transformação dos recursos em produto final.
As entradas são os recursos oferecidos para o funcionamento do sistema,
podem ser consideradas, por exemplo, as matérias primas necessárias para a
fabricação de um produto. Conforme Chiavenato (2004, p. 418) “A entrada de
um sistema é tudo o que o sistema importa ou recebe de seu mundo exterior”.
O processo de transformação é o mecanismo de transformação dos recur-
sos em produtos, irá alterar os inputs, através de alguma forma de tecnologia,
agregando valor às entradas na geração de um novo produto ou serviço.
As saídas são os resultados atingidos, correspondem ao produto final que é
ofertado aos consumidores com um diferencial agregado.
A figura 1.1 representa o processo de transformação para a gestão
de desempenho.
ACIONISTA
INSUMOS EMPRESA
MERCADO
Acionistas são pessoas que investiram na organização e ela tem a obrigação de apre-
sentar a eles os resultados obtidos pela mesma.
12 • capítulo 1
As setas representam o processo de feedback ou retroalimentação. Elas sig-
nificam um retorno a um momento anterior para oferecer algum tipo de infor-
mação, ou seja, oferecer uma oportunidade de aprendizagem, verificando se o
resultado obtido foi positivo ou negativo.
Se o resultado for positivo, pode-se verificar o que pode ser feito para que
haja um processo de melhoria. Como podemos melhorar e/ou aumentar o nos-
so desempenho?. Caso o resultado seja negativo, deve-se verificar o que ocasio-
nou o erro, corrigi-lo para que essa situação, já vivenciada, não se repita.
É imprescindível que a organização perceba se está acertando ou errando
no contexto em que está inserida. Se forem acertos, procurar melhorar. Se fo-
rem erros, identificar o que causou esse erro, corrigir, documentar e dissemi-
nar para que todos tenham ciência do que está ocorrendo.
Para que se possa fazer uma análise da organização é preciso que saibamos
como ela se posiciona, como se relaciona com os atores do ambiente interno e
externo. Não obstante “um processo de gestão de desempenho efetivo, sob um
enfoque sistêmico, depende não só de instrumentos e estratégias, mas sobretu-
do, de uma liderança eficaz e eficiente, que constitui o elo deste alinhamento”
(SOUZA et al, 2005, p. 31).
CONEXÃO
Para saber um pouco mais sobre a importância de acompanhar os acertos e erros da organi-
zação leia o texto “LIÇÕES APRENDIDAS” disponível no www.google.com.br – PMI – Gestão
de Projetos - a importância de documentar as Lições Aprendidas.
capítulo 1 • 13
Assim, o modelo sistêmico não permite a hierarquia tradicional, segundo
Souza et al (2008, p. 37) “que desconhece as interfaces funcionais como aqueles
pontos em que o bastão é passado de um departamento para outro”, esse mo-
delo demanda da organização um sistema adaptável conforme as necessidades
do contexto que está inserida. A figura 1.2 representa essa necessidade de um
sistema adaptável.
Sistema processador 1
(Organização)
Entradas
2 10
9 4
Capital
Matéria- 9 Sistema
Recursos prima receptor
9 Saídas
Tecnologia 9 3
9
Recursos
humanos 5
Pedidos 6 Mercado
Produtos/
Concorrência7 7 Serviço
Figura 1.2 – Sistema adaptável. Fonte: Goleman (2008)
14 • capítulo 1
mercado. Ou seja, se o consumidor final adquirir o produto/serviço. Esse pro-
cesso pode ser representado pelo número 6.
Aquelas organizações que não conseguirem atender seus clientes finais, ou
seja, não conseguirem criar um diferencial competitivo, não permanecerão no
mercado, perdendo espaço para os concorrentes (representados pelo número
7). Fica evidente assim, como o mercado se torna competitivo.
Uma das estratégias é fechar uma parceria com o fornecedor para garantir
sempre o melhor insumo, no momento certo, a um preço acessível, que são
consideradas as entradas (número 2).
O número 8 é representado pelas influências ambientais gerais, entre elas o
Governo que irá determinar regulamentos e legislações para que a organização
atue.
capítulo 1 • 15
Alta
Administração
(AA)
Nível intermediário -
Gerencial ou Tático (G/T)
MULTIMÍDIA
Para saber mais sobre a importância da avaliação de desempenho assista ao vídeo disponível
no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=hdxMjc1sXKg
16 • capítulo 1
compreensão de seus objetivos, atividades a serem realizadas e o sucesso em
seu desempenho e a gestão de desempenho “é o processo de criar um ambiente
de trabalho no qual as pessoas podem realizar o melhor de suas habilidades
(BOHLANDER, SNELL, 2014, p. 298).
Portanto, é imprescindível que desempenho seja promovido através de in-
centivos e não através de medidas de punições, conforme demonstra figura 1.4.
MELHORIA
AUTO-
FORMAÇÃO
APERFEIÇOAMENTO
MOTIVAÇÃO DIÁLOGO
AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO
PROMOÇÃO
DESENVOLVIMENTO
E
DE CARREIRA
PROGRESSÃO
RETRIBUIÇÕES/ COMPROME-
INCENTIVOS TIMENTO
capítulo 1 • 17
1.7 Modelo da pesquisa
Para garantir um bom desempenho tanto profissional quanto organizacional é
importante definir alguns resultados esperados tendo como referência as estra-
tégias da organização. Todavia é importante que esses resultados esperados se-
jam explicações necessárias por meio de metas, adequados a normas e padrões
culturais e passíveis de julgamentos, em termos de adequação e eficiência.
Para a definição da estratégia a organização precisa levar em consideração
alguns elementos: ambiente organizacional, utilidade percebida, necessidade
interna e pressões externas. A figura 1.5 representa um modelo da pesquisa de
avaliação de desempenho através do objetivo traçado pela organização.
ambiente organizacional
utilidade percebida Planejamento Desempenho
dos organizacional
necessidade interna investimentos
pressão externa
redução de custo
aumento de mercado
produtividade
aumento das vendas
18 • capítulo 1
FOCO DAS OBJETIVOS
AVALIAÇÕES
capítulo 1 • 19
No entanto, o processo de avaliação se não for bem conduzido e se o ava-
liador não estiver preparado esse processo pode não ser efetivo. Alguns er-
ros mais comuns em processos de avaliação que ser tornam um fracasso são
(BOHLANDER, SNELL, 2014, p. 301):
• Preparação inadequada do gerente.
• Os padrões de desempenho podem não estar definidos.
• Avaliação da personalidade, em vez do desempenho.
• Relações pessoais que deturpam o julgamento.
• Falta de acompanhamento e orientação após a avaliação.
20 • capítulo 1
Esse item deve ser o reflexo dos resultados obtidos após os
resultados da avaliação de desempenho. Isso significa que a
REORIENTAR METAS, DIRETRIZES E organização deve estar sempre se preocupando em estar ade-
POLÍTICAS quada com as metas estabelecidas e a sua real capacidade de
atendê-las.
Todo processo decisório depende exclusivamente de informa-
ções. As decisões devem proporcionar aos gestores escolher
alternativas que venham a atender aos objetivos e metas
SUBSIDIAR PROCESSO DECISÓRIO estabelecidas. O processo decisório está intimamente ligado ao
realinhamento das estratégias, ajustando-se sempre que neces-
sário a uma nova realidade.
CONEXÃO
Para saber mais sobre a gestão de carreiras, leia o livro:
Administração de carreiras: uma proposta para repensar a gestão de pessoas. Autor:
DUTRA, J. S.. Editora: São Paulo: Atlas, 2010.
capítulo 1 • 21
A tabela 1.2 traz uma representação dos objetivos da avaliação de desempe-
nho para a organização, para o avaliador e para o avaliado.
Dados sobre o
Melhor desempenho da Melhor compreensão dos
desempenho
equipe requisitos de desempenho
organizacional
Melhor motivação
Melhor desempenho
organizacional
ATIVIDADES
01. Cite três as razões pelas quais as organizações devem realizar a avaliação de desempenho:
22 • capítulo 1
REFLEXÃO
As organizações precisam se adaptar as exigências do mercado para garantir sua sobrevi-
vência e competitividade.
O processo de adaptação se evidencia devido, por exemplo, as alterações ocorridas no
sentido do trabalho (hoje os profissionais estão em busca de organizações que atendam
suas expectativas), o perfil do profissional (esses estão cada vez mais qualificados e capa-
citados, há uma busca maior pela promoção do conhecimento), o papel do profissional (uma
vez que passa a ser considerado como parceiro da organização) e das relações do mercado
(MARRAS, 2010).
Portanto, para a organização garantir a sua sobrevivência ela precisa interagir, de forma
a tender as necessidades, com o ambiente interno e o ambiente externo.
E é nesse contexto que a gestão desempenho contribui para a garantia de vantagem
competitiva e sobrevivência da organização. Pense nisso!!
LEITURA
Gestão Estratégica do Desempenho
Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/gestao-estrategica-
do-desempenho/88640/
capítulo 1 • 23
que empregamos no âmbito de todas as empresas sob nossa gestão, devidamente adaptada
à sua realidade.
Ela se refere à avaliação das pessoas por meio da mensuração do desempenho indivi-
dual e/ou coletivo, em todas as perspectivas que permeiam a atuação das pessoas durante
a realização de seus trabalhos: a técnica; a atitudinal; a de resultados; e, a de complexidade
no exercício das responsabilidades de cada função, podendo, ainda, ser ajustada com fatores
de redução em uma perspectiva denominada “Convenção”.
Tudo isso é para gerar o elemento de integração entre os processos de gestão de pes-
soas e negócios, ou seja, para criar o ponto de convergência de todos os esforços e energia
que levam ao alcance da Visão de futuro das empresas: o Coeficiente de Desempenho do
Colaborador (CDC).
Visando identificar pontos fortes, oportunidades de melhoria e a promoção do desenvol-
vimento da sua força de trabalho, as empresas devem adotar a metodologia de Avaliação de
Desempenho pela Entrega de Competências, sendo um processo composto por 5 (cinco)
etapas, a saber:
Autoavaliação;
Formação dos Grupos de Avaliação;
Avaliação de Grupos;
Feedback;
Disponibilização de Relatório Final ao Avaliado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOHLANDER, G., SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo, Cengage Learning,
2014.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
DUTRA, J. S. Gestão de pessoas – modelos, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas,
2009.
GOLEMAN, D. Modernas práticas na gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
24 • capítulo 1
HIPÓLITO, J.A.M., REIS, G.G. A avaliação como instrumento de gestão. In As pessoas na
organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
LIMONGI-FRANÇA, A.C. Práticas de Recursos Humanos. Conceitos, ferramentas e procedimentos.
São Paulo: Atlas, 2009.
MARRAS, J. P. Gestão estratégica de pessoas – conceitos e tendências. São Paulo: Saraiva, 2010.
PRAHALAD, C.K. A riqueza na base da pirâmide. Porto Alegre: Bookman, 2009.
SOUZA, V.L., MATTOS, I. B., SARDINHA, R.L.L.L., ALVES, R.C.S. Gestão de desempenho. Rio de
Janeiro: FGV, 2005.
capítulo 1 • 25
26 • capítulo 1
2
Conceitos de
Sistemas
A organização é considerada um sistema aberto, pois é composta por vários de-
partamentos interligados e ela influencia o ambiente e também é influenciada
por ele. Não obstante, para que organização sobreviva às pressões do ambiente
externo, atendendo aos seus interesses, ela precisa estar em um processo con-
tínuo de adaptação. Todavia, a realização de um planejamento estratégico se
torna vital para sua sobrevivência.
OBJETIVOS
• Definir o conceito de sistema.
• Identificar o sistema aberto.
• Analisar a importância de nivelar o trabalho.
• Definir o planejamento estratégico.
• Identificar os passos para a realização de um plano de ação.
28 • capítulo 2
2.1 Conceitos de sistemas
É imprescindível que a organização verifique e garanta sempre o melhor de-
sempenho dos seus funcionários para atender as demandas do mercado.
Como assumem Souza et al (2005, p. 72) “sistemas de desempenho devem
ser delineados para o atendimento da satisfação do cliente, acarretando a ne-
cessidade da interação com os demais instrumentos gerenciais para comuni-
car necessidades de melhorias nos níveis organizacionais”.
Para Chiavenato (2004) a qualidade dos produtos e serviços ofertados pela
organização irá depender do desempenho dos funcionários. Assim, o autor su-
gere algumas práticas para que a organização possa administrar seus produtos
e serviços com excelência:
capítulo 2 • 29
As empresas fazem regularmente auditorias de desem-
SISTEMAS PARA penho, tanto de seus serviços como de seus concorren-
MONITORAR O tes, como: compra comparativa, compradores fantasmas,
DESEMPENHO DOS pesquisa de consumidores, formulários de sugestões e
FUNCIONÁRIOS reclamações.
A General Electric envia 700.000 cartões-repostas por ano para que as donas de
casa avaliem o desempenho de seu pessoal de serviços. O Citibank emprega cliente
fantasmas para testar se os seus funcionários estão prestando bons serviços.
30 • capítulo 2
Assim, um sistema pode ser equiparado a figura de uma engrenagem, com-
posta por vários elementos (recursos, pessoas, departamentos) que se intera-
gem concomitantemente com o intuito de garantir o melhor desempenho do
todo. Como assume Chiavenato (2003, p. 475) “sistema é um conjunto ou com-
binações de coisas ou partes formando um todo unitário”.
Para Souza et al (2005, p. 73) “um sistema deve refletir a dinâmica entre as
demandas do mercado e os esforços empreendidos pela organização para aten-
der às prioridades estratégicas”. Sendo que as necessidades do cliente externo
se tornam o ponto de partida para a mensuração do desempenho.
Apenas para relembrar, um sistema compreende os seguintes componen-
tes (PRAHALAD, 2009):
Entradas Saídas
capítulo 2 • 31
2.3 Sistema Aberto
A Teoria de Sistemas (TS) é uma ramificação da Teoria Geral de Sistemas (TGS)
que foi difundida a partir do estudo da Biologia, analisando a capacidade de
adaptação dos seres vivos no meio ambiente (CHIAVENATO, 2003).
Portanto, segundo Chiavenato (2003) a TGS é fundamentada em três prin-
cípios básicos:
32 • capítulo 2
A realimentação também pode ser chamada de lições aprendidas (Prahalad,
2009). Dessa forma:
• Diz respeito à jornada de melhoria contínua e aumento de desempenho.
• Implica em aprender antes de fazer, enquanto fazemos e depois de ter
feito.
• São aquelas que temos condições de relatar, após ter executado uma
atividade.
• É a constatação de algo que fugiu à normalidade. Nesse momento é preci-
so fazer uma análise do que ocorreu.
capítulo 2 • 33
assim, as pessoas se tornam fontes vitais para que essas necessidades sejam
atendidas. A forma como o trabalho será estruturado e realizado pelas pessoas
é fundamental para alcançar o desempenho organizacional e individual.
A representação abaixo evidencia a visão sistêmica de uma organização com
os componentes característicos de um sistema (entrada, processamento e saí-
da). Podemos perceber uma estrutura vertical (por funções) e uma estrutura
horizontal (por atividades).
Para que a organização possa entregar produtos/ serviços que atendam as ne-
cessidades do ambiente externo, ela precisa se preocupar com a qualidade dos
seus insumos (input). Portanto, é importante definir quais serão os parâmetros
que irão orientar as ações da organização e de seus colaboradores para que a
saída (output) satisfaça os critérios de necessidades do mercado.
É de responsabilidade da alta administração estabelecer os parâmetros
que irão nortear as ações da organização, dessa forma, a realização de um
planejamento estratégico se torna vital para garantir o desempenho desejado
pela organização.
34 • capítulo 2
2.5.1 Definição de planejamento estratégico
Estratégico
Administrativo
Operacional
CONCEITO
• Eficiente – fazer as coisas da maneira adequada, cumprindo seu dever e reduzindo os custos.
• Eficaz – fazer as coisas certas, produzir alternativas criativas e obter os resultados.
• Efetivo – apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo.
capítulo 2 • 35
Johnson, Scholes e Whittington (2011, p. 25) definem estratégia como
“orientação e o alcance de uma organização a longo prazo, que conquista vanta-
gens num ambiente inconstante por meio da configuração de recursos e com-
petências com o intuito de atender às expectativas dos stakeholders”. Para Hitt,
Ireland e Hoskisson (2011) o planejamento estratégico envolve um conjunto de
ações e decisões necessárias, em longo prazo, para que alcance vantagem com-
petitiva e retornos acima da média.
Entretanto, para que a organização consiga traçar um planejamento estra-
tégico, conquistando vantagem competitiva no mercado, é fundamental rea-
lizar um alinhamento do ambiente interno e externo. Como componentes do
ambiente interno, podemos citar:
• Conhecer a visão de futuro;
• Conhecer a missão do negócio;
• Conhecer os princípios de valores;
• Conhecer o clima e a cultura;
• Conhecer as ações desenvolvidas ou os fluxos das ações – pontos fortes
ou fracos;
• Conhecer os manuais de procedimentos.
2.5.2 Valores
36 • capítulo 2
Quando uma organização estabelece como valor a “ética nas relações”, esse valor
deve ser traduzido em um conjunto de comportamentos, que irão orientar as ações
das pessoas nas suas relações internas e externas, enquanto estiverem representan-
do a organização.
CONEXÃO
Para saber mais sobre os valores e como esses podem influenciar a motivação no trabalho,
leia o texto disponível no link abaixo:
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-sua-motivacao-no-trabalho-esta
-relacionada-com-os-seus-valores/88780/
capítulo 2 • 37
INSERÇÃO NO
GERAÇÃO VALORES DOMINANTES
MERCADO
Conservadorismo, o conformismo,
VETERANOS Anos 50 e início 60 a lealdade à organização e à seus
patrões.
MULTIMÍDIA
Para saber mais sobre a diversidade de gerações no ambiente de trabalho assista ao vídeo
disponível no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=I5k-R7sutWE
2.5.3 Visão
38 • capítulo 2
Podemos definir a visão como a imagem que a organização pretende alcançar
no futuro. Para Hitt, Ireland e Hoskisson (2011, p. 17) “a visão é um retrato do
que a empresa pretende ser e, em termos amplos, do que pretende realizar”.
Oliveira (2002, p. 88) conceitua visão como “idealização de um futuro desejado
para a empresa”.
Não obstante, para que a organização atinja esse retrato desejado no fu-
turo, a visão deve ter relacionada com as condições internas e externas da
empresa, assim é primordial a realização de um diagnóstico estratégico.
Para esse diagnóstico damos o nome de análise de SWOT, em que a análise
interna é feita através da identificação dos pontos fortes e pontos fracos e a
análise externa é feita através da identificação das oportunidades e ameaças
(OLIVEIRA, 2002, p. 89):
capítulo 2 • 39
A figura 2.3 traz uma representação do diagnóstico estratégico.
S W
Ajuda Atrapalha
(organização)
Interna
Forças Fraquezas
O T
(ambiente)
Externa
Oportunidades Ameaças
2.5.4 Estratégias
40 • capítulo 2
Para os autores a estratégia no nível dos negócios pode ser descrita em cinco
tipos: liderança em custos (escopo amplo e a vantagem competitiva é o custo),
diferenciação (escopo amplo e a vantagem competitiva é a exclusividade), lide-
rança em custos focada (escopo estreito e a vantagem é o custo), diferenciação
focalizada (escopo estreito e a vantagem competitiva é a exclusividade) e inte-
grada (escopo intermediário e vantagem também).
capítulo 2 • 41
ATIVIDADES
01. A organização é dividida em três níveis: estratégico, administrativo e operacional. Qual a
responsabilidade de cada nível?
04. Como podemos classificar a força de trabalhos? Quais são seus valores principais?
REFLEXÃO
É imprescindível que a organização verifique e garanta sempre o melhor desempenho dos
seus funcionários para atender as demandas do mercado. Não obstante, podemos consi-
derar a organização como um sistema aberto, uma vez que, é formada por diversas partes
(departamento) que interagem entre si, mantém interação com o ambiente (concorrentes,
clientes, entidades sindicais, fornecedores), influenciando e sendo influenciada por ele, com
o intuito de garantir melhores desempenhos, mantendo-se assim competitiva no mercado.
Dessa forma, realizar um planejamento estratégico se torna ação fundamental para garan-
tia de sobrevivência. Vale ressaltar que, a adequação da estratégia às mudanças do mercado
proporcionará um diferencial competitivo, que garantirá uma vantagem também competitiva.
LEITURA
Tropeçando na falsa estratégia
Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/trope-
cando-na-falsa-estrategia/87856/
Esses dias estava lendo um livro que falava sobre a questão de como as empresas têm
colocado para si altos números para alcançar, mas não traçavam planos adequados para lidar
com isso. Ou pior ainda, esqueciam de lidar com seus maiores desafios.
42 • capítulo 2
Resolvi ir mais adiante no assunto e comecei a perguntar a alguns amigos empreen-
dedores e olhar algumas declarações de startups e empresas das quais gosto do modelo
de negócio. Para minha surpresa, estavam lá, em sua maioria, as principais estratégias para
aumentar 20 ou 30% o lucro, alcançar o segundo lugar ou atingir o primeiro na escolha dos
clientes, aumentar o share em 7%… Eram várias metas audaciosas, mas cadê a estratégia?
Você pode pensar “ah Bruno, mas eles não vão sair revelando isso assim”. Bom, eu
conversei com a grande maioria desses empreendedores e, na maior parte das vezes, eles
tinham algumas ações simples, mas poucos tinham reais atitudes pautadas nos maiores
desafios e no alto impacto que as empresas poderiam causar.
E então fiquei pensando no seguinte: se você tem objetivo de aumentar a sua partici-
pação no mercado, os outros possivelmente também têm, afinal, duvido que alguém planeje
diminuir suas participações e lucro. Portanto, mesmo que o dinheiro ganho do público, seja
de pessoas ou empresas, aumente (o que tem sido meio difícil nos últimos tempos), esse
crescimento não ocorre na mesma velocidade em que crescem os objetivos ambiciosos. O
que isso quer dizer? Você precisa de uma verdadeira estratégia diferenciada e uma boa dose
de ousadia, para chegar perto do que gostaria.
Não lhe parece lógico? Pois é, só que infelizmente, na maioria as vezes, os empreende-
dores não param e pensam nesse simples raciocínio e acabam pautando seus objetivos em
pura força de vontade. E isso não é suficiente.
Motivação é importante? Óbvio. Porém, se aplicada no lugar errado, apenas potencializa o
erro. Não é só você querer crescer e botar muita vontade nisso, até porque as outras pessoas
também têm muita vontade. A diferença é você ter esse ânimo incrível naquilo que realmente
importa e fará diferença.
A conclusão disso tudo é que para empreender – e fique à vontade de pensar até em
objetivos pessoais ou carreiras liberais –, a essência sobre as empresas terem objetivos
grandes não é a estratégia, mas, sim, as metas. Eu sou um dos maiores defensores da ousa-
dia, de tentar o impossível e fazer coisas que desafiem a realidade, mas não é só você mirar
lá. Também é preciso estabelecer os principais desafios para isso e elencar as formas mais
precisas e de alto impacto para fazer acontecer. Se não, é apenas um objetivo ousado na sua
cabeça, e disso o mundo está cheio.
“Objetivos extraordinários são alcançados com a combinação de estratégias lúcidas fo-
cadas e uma ousadia louca.”
capítulo 2 • 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
HITT, M.A., IRELAND, R.D., HOSKISSON, R.E. Administração Estratégica. São Paulo: Cengage
Learning, 2011.
JOHNSON, G., SCHOLES, K., WHITTINGTON, R. Fundamentos de Estratégia. Porto Alegre:
Bookman, 2011.
OLIVEIRA, D.P.R. Planejamento Estratégico. Conceitos, metodologia e práticas. São Paulo: Atlas,
2002.
PRAHALAD, C.K. A riqueza na base da pirâmide. Porto Alegre: Bookman, 2009.
SOUZA, V.L., MATTOS, I. B., SARDINHA, R.L.L.L., ALVES, R.C.S. Gestão de desempenho. Rio de
Janeiro: FGV, 2005.
44 • capítulo 2
3
Elementos de
Entrada Associados
a Estrutura
Os elementos de entrada no sistema de gestão de desempenho devem estar
associados à estrutura organizacional. Não obstante, a estrutura organizacio-
nal irá auxiliar na identificação de indicadores de desempenho. Dessa forma,
os elementos de entrada também interferem na identificação de indicadores
de desempenho organizacional. E isso que iremos discutir nesse capítulo.
Bons estudos!
OBJETIVOS
• Analisar a definição de cargo.
• Verificar formas como a organização pode ser estruturada.
• Identificar como realizar a gestão por processos.
• Identificar o conceito de competitividade.
• Analisar os indicadores de eficiência.
• Verificar os tipos de processos.
46 • capítulo 3
3.1 Elementos de entrada associados a
estrutura
capítulo 3 • 47
Essa estrutura, normalmente é aplicada em empresas pequenas, que estão
no estágio inicial, em que as atividades são mais padronizadas e há uma maior
preocupação com a rapidez do que com a qualidade do trabalho. Essa estrutura
possui como principais características (Chiavenato, 2003, p. 187):
• Autoridade única
• Linhas formais de comunicação
• Centralização das decisões
• Aspecto piramidal
48 • capítulo 3
Você sabe dizer a diferença entre cargo e função? Cargo, conforme mencionado, é o
papel desempenhado pelo indivíduo na organização, enquanto que a função represen-
ta as atividades realizadas pelo indivíduo em um determinado cargo.
capítulo 3 • 49
Assim, difundiu os quatorzes princípios da Administração, conforme de-
monstrado na tabela 3.1.
SUBORDINAÇÃO
DO INTERESSE Os interesses dos empregados não devem ter precedência
INDIVIDUAL AO sobre os interesses da organização.
BEM COMUM
50 • capítulo 3
Os materiais e as pessoas devem estar no lugar certo e na
ORDEM hora certa.
capítulo 3 • 51
Já como desvantagens desse tipo de estruturação, para o autor, são:
• Diluição e conseqüente perda de autoridade de comando
• Subordinação múltipla, uma vez que algumas funções se sobrepõem e
um subordinado pode reportar a mais de um especialista
• Tendência à concorrência entre os especialistas
• Tendência à tensão e conflitos dentro da organização
52 • capítulo 3
A figura 3.1 traz uma representação de uma estrutura por processo.
mercado
produtos
e serviços
Rummler e Branchi
Função A Função B Função C
capítulo 3 • 53
A figura 3.2 representa o monitoramento do fluxo das atividades em uma
gestão por processos:
Cliente
Figura 3.10 – Monitoramento das atividades. Fonte: Conteúdo online Estácio.
Produto final
Processo-meio Processo-fim
Processo gerenciais
PERGUNTA
Janice e seu sócio Jurandir são empreendedores e detectaram que na cidade em que moram
há a carência de uma confecção de roupas especializada para pessoas acima do peso. A
própria Janice que desenha os modelos e os confecciona, a princípio era apenas sob enco-
54 • capítulo 3
menda. Como o negócio começou a crescer, eles viram a necessidade de abrir uma confec-
ção com um espaço físico para venda a varejo e atacado. Eles pretendem começar com uma
confecção pequena, apenas com 3 costureiras e a própria Janice continuará no desenho dos
modelos. Jurandir ficará encarregado da administração do negócio. No entanto, estão com
dúvida em relação a qual estrutura organizacional adotar.
Qual sugestão você daria e eles? Por que?
Como agir caso o negócio cresça rapidamente?
3.5 As competências
Como já mencionamos, a estrutura organizacional é dividida por departamen-
tos e cada departamento possui um conjunto de cargos. Para cada cargo há um
conjunto de atividades e responsabilidades que denominamos de função. De-
pendendo da função exercida em cada cargo, há a necessidade de um conjunto
de competências essenciais para a execução dessas atividades.
Portanto podemos definir competência como o conjunto de conhecimento,
habilidade e atitudes que justificam a alta performance do indivíduo. Sendo
que o conhecimento é gerado através da troca do saber das pessoas envolvidas,
inclui formação e informação. A habilidade é o saber fazer, a aplicação prática e
experiência adquirida e necessária. E a atitude compreende o comportamento,
moral e ética no fazer.
Embora o foco da análise seja o indivíduo, a maioria dos autores america-
nos aponta a importância de alinhar as competências às necessidades estabele-
cidas pelos cargos ou posições existentes nas organizações, seguindo os princí-
pios do taylorismo-fordismo, onde a qualificação era definida pelos requisitos
associados à posição ou ao cargo (FISCHER, 2002).
Marras (2010), assume que as competências podem ser descritas de três
formas: as essenciais, que são as competências da organização, que irão dife-
renciar a empresa diante dos concorrentes; as funcionais, que são as compe-
tências específicas de uma área, por exemplo, marketing; e as competências in-
dividuais, presentes nos indivíduos, por exemplo, as competências gerenciais.
Portanto, a definição da estrutura organizacional além de auxiliar no desen-
volvimento das competências, auxilia na visualização das diversas possibilida-
des de carreira e na definição de planos de sucessão.
capítulo 3 • 55
Segundo Paschoal (2001), existem três formas de progressão de carreira: a
progressão vertical: mudança para uma posição de nível mais alto na hierar-
quia da empresa, que implica em maior responsabilidade e maior remunera-
ção; a progressão horizontal: o indivíduo permanece na mesmo posição, mas
por mérito, ou seja, pelo de desempenho profissional diferenciado na posição
ocupada, recebe um aumento de salário. Para não haver desavenças entre os
colegas, nem colocar a empresa sob o risco de um passivo trabalhista, os crité-
rios de progressão horizontal devem ser definidos claramente e serem efetiva-
mente capazes de diferenciar o desempenho entre os colaboradores de forma
objetiva. Além disso, é fundamental que os mesmos sejam formalizados em
uma manual de avaliação de desempenho, amplamente divulgado e, principal-
mente, legitimado pelos colaboradores; e a transferência de cargo ou carreira
zigue-zague: ocorre quando um colaborador é convidado a integrar outra po-
sição, normalmente fora da área organizacional em que vem atuando, para o
qual deveres, responsabilidades, status e remuneração são aproximadamente
iguais aos da posição anterior.
56 • capítulo 3
A construção do mapa sucessório ocorre através das seguintes etapas:
• Identificação dos possíveis candidatos
• Identificação daqueles quem pode assumir posições críticas
• Qual o tempo em que as pessoas estarão prontas: curto prazo, médio pra-
zo ou longo prazo
• Discussão com o conselho
• Caso não tenha sucessor, levantar o risco de perder a pessoa chave: alto
risco, baixo risco.
• Realizar a busca no mercado
• Periodicidade: anual
MULTIMÍDIA
Para saber mais sobre o processo sucessório, assista ao video disponível no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=yqOXNI86o0k
capítulo 3 • 57
Dessa forma, podemos assumir que o desempenho organizacional está di-
retamente associado a sua competitividade, pois caso a organização apresente
um desempenho superior a de seus concorrentes, consequentemente, irá agre-
gar mais vantagem competitiva no mercado. Como assumem Hitt, Ireland e
Hoskisson (2011, p.4) “uma empresa tem vantagem competitiva quando imple-
menta uma estratégia que os concorrentes não conseguem copiar ou acham
custosa demais para imitar”.
Portanto, a competitividade permite que a organização alcance um melhor
posicionamento estratégico, uma vez que resulta na criação de um valor único,
intransferível e intangível. Podemos assumir então que a competitividade é a
capacidade que as organizações têm em alcançar os seus objetivos com melho-
res resultados que as organizações concorrentes.
Para tanto, para garantir um desempenho superior a organização precisa
estar atenta a sua eficiência, eficácia, a qualidade do produto / serviço ofere-
cido. Ou seja, a alguns conceitos básicos da gestão da qualidade, entre eles: a
qualidade baseada no produto, a qualidade baseada no usuário, a qualidade
baseada na produção e a qualidade baseada no valor.
58 • capítulo 3
DESEMPENHO Características operacionais básicas do produto
capítulo 3 • 59
Para sobreviver e ter sucesso, as organizações precisam adotar ações que
despertem um interesse maior dos seus clientes. Essas ações podem ser descri-
tas nas metas associadas às rotinas e metas associadas às inovações.
60 • capítulo 3
Não obstante, podemos classificar os indicadores em dois tipos: os objeti-
vos e os subjetivos. O objetivo é autoexplicativo, ou seja, a sua identificação não
gera nenhum tipo de dúvidas do que está sendo medido.
Por exemplo, número de produtos produzidos, números de peças vendidas
e quantidade de cursos realizados. Já o subjetivo é aquele que precisa ser de-
monstrado e interpretado para que não haja dúvidas na hora da sua medição,
por exemplo, o índice de satisfação de cliente.
Os indicadores de eficiência estão associados ao método do trabalho, ou
seja, como o trabalho será executado. Dessa forma, irá determinar quais são
os recursos necessários para a realização de cada atividade e a maneira como
esses recursos devem ser empregados (procedimentos). Os indicadores de efi-
ciência também podem ser classificados como indicadores de produtividade.
Esses indicadores irão mensurar a relação insumo – produto, determinando
quanto que se gasta de insumo para realizar um determinado produto.
Assim, a produtividade pode ser afetada de duas formas:
• Pelo método empregado (tecnologia de transformação de insumos em
produtos).
• Pelo profissional responsável pela execução da atividade (domínio das
competências necessárias para a execução das atividades).
A figura 3.3 a seguir trás alguns questionamentos que irão auxiliar na men-
suração do índice de produtividade
Para atingir nossa visão, que Para atingir nossa visão, como
habilidades precisaremos para Clientes devemos ser percebidos pelos
mudar e melhorar? nossos clientes?
capítulo 3 • 61
3.9 Onde podemos perceber a gestão de
desempenho?
ATIVIDADES
01. Quais as principais características da estrutura linear?
62 • capítulo 3
REFLEXÃO
A forma como a organização se estrutura irá impactar diretamente no seu desempenho, por
exemplo, se for uma estrutura muito tradicional, hierárquica, centralizadora, certamente não
terá muita flexibilidade para se adequar as demandas do mercado. Dessa forma, correrá o
risco de ter uma queda no seu desempenho, por não atender as demandas do mercado, e,
consequentemente perderá competitividade.
Todavia, a estrutura da organização é definida pela cultura que na maior parte das vezes
segue o perfil do fundador da organização. Assim, se a organização busca competitividade,
ela precisa ficar atenta a forma como irá organizar suas atividades, ou seja, se estruturar.
Pense nisso!!!
LEITURA
Como Melhorar O Desempenho Da Sua Empresa
Disponível em: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Como-Melhorar-O-De-
sempenho-Da-Sua-Empresa&idc_cad=rnnhwvjw3
capítulo 3 • 63
Ajuste das táticas operacionais
Estratégias são imprescindíveis. Mas a implementação dos planos para atingir os objeti-
vos estratégicos tem recebido pouca atenção. É na implementação dos planos de ação que
serão exigidas, no mais alto grau, as competências de cooperação, solução de problemas, ha-
bilidade de decidir e disposição para correr riscos. A definição do papel de cada profissional
é uma decisão que não pode ser deixada de lado. Esse é um ponto crítico que normalmente
não é discutido. Não se trata de redefinir o cargo ou a função de cada profissional, mas defi-
nir o papel que cada funcionário deverá desempenhar, em função de suas habilidades espe-
ciais. O papel está ligado ao estilo e postura do profissional, e não à sua descrição de cargo.
Incentivos
Em algumas situações, pode ser produtivo introduzir ou melhorar o sistema de incentivos
ou de remuneração. Esse é um passo que precisa estar extremamente afinado com os obje-
tivos estabelecidos. O potencial de ganhos aqui é enorme. Mas há também a possibilidade
de ocorrer aumento nos custos com a folha de pagamento, sem a contra-partida do retorno
em resultados. O assunto merece muita reflexão.
Perfil da empresa
Há alguns traços interessantes do perfil e cultura da empresa que são determinantes
para o desenho de um plano destinado a melhorar o desempenho econômico-financeiro da
organização, no que depender da competência de seus profissionais.
64 • capítulo 3
Idade da empresa
A idade cronológica da empresa é um indicador importante para se entender como e por
que ela funciona do jeito que funciona, bem como a influência da sua cultura no desempenho
dos seus profissionais. Mas o indicador crítico é a idade "psicológica" ou "maturidade" da em-
presa, se assim podemos dizer. A empresa pode ser jovem em idade cronológica, mas estar
passando por um processo de "envelhecimento precoce". A empresa pode ser antiga, mas
estar com o "pique total" em termos de capacidade de adaptação e resposta aos desafios
do mercado.
Esses são apenas alguns dos tópicos que normalmente não são considerados no pro-
cesso de elaboração dos planos táticos de ação e dos sistemas de acompanhamento e
avaliação de desempenho. No entanto, são questões fundamentais para a definição dos pla-
nos de ação, formação das equipes, divisão de papéis e responsabilidades, treinamento e
desenvolvimento e outras atividades de apoio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
DUTRA, J.S., VELOSO, E.F.R. Desafios da gestão de carreiras. São Paulo: Atlas, 2013.
FISCHER, A. L. As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002.
FREEMAN, R.E.; STONER, J.A. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
HITT, M.A., IRELAND, R.D., HOSKISSON, R.E. Administração Estratégica. São Paulo: Cengage
Learning, 2011.
capítulo 3 • 65
LIMONGI-FRANÇA, A.C. Práticas de Recursos Humanos. Conceitos, ferramentas e procedimentos.
São Paulo: Atlas, 2009.
MARRAS, J. P. Gestão estratégica de pessoas – conceitos e tendências. São Paulo: Saraiva, 2010.
PASCHOAL, L. Administração de cargos e salários. Rio de Janeiro: Qualymark, 2001.
SORDI, J. O. Gestão por Processos. Uma abordagem da moderna administração. São Paulo: Saraiva,
2015.
66 • capítulo 3
4
Escolhendo
a Metodologia
e Definindo
o Processo
Avaliar a eficiência da gestão de desempenho é primordial para que a organiza-
ção prossiga conseguindo melhores resultados. De nada adiantar mensurar o
desempenho, mas não avaliar o quão eficiente foi o resultado daquele desem-
penho. Portanto, definir como será realizada a avaliação de desempenho torna-
se essencial para a garantia de bons resultados à organização.
OBJETIVOS
• Identificar os fatores que influenciam o modelo de avaliação.
• Definir as principais vantagens dos modelos de avaliação.
• Analisar a Matriz de Johari.
• Investigar o cuidado com a subjetividade nas avaliações.
68 • capítulo 4
4.1 Escolhendo a metodologia e definindo o
processo
Você estudaria de forma diferente para uma prova em que houvesse apenas aprova-
ção ou reprovação, ao invés se precisasse tirar nota 8,5?
A definição do método de avaliação a ser adotado pode ser feito através das
seguintes situações:
• Do porte da organização, ou seja, o número de cargos existentes
na organização.
• Pela complexidade operacional, a partir do número de variáveis a serem
analisadas. Entretanto, quanto maior o número de variáveis a serem processa-
das, mais complexa se torna o processo de avaliação.
• Pela velocidade de processamento das informações necessária para o pro-
cesso de tomada de decisão. Portanto, é importante pensar se o sistema será
informatizado ou manual.
capítulo 4 • 69
A periodicidade da avaliação irá variar conforme as necessidades da organi-
zação. Assim, empresas que sofrem transformações rápidas, mais dinâmicas,
que fomentam a criatividade e a inovação, devem adotar ciclos de avaliação em
prazos menores, por exemplo, mensal, bimestral ou trimestral. Já empresas
que sofrem menos transformações, as mais tradicionais, estáveis, podem ado-
tar um ciclo semestral ou anual.
70 • capítulo 4
CULTURA AUTOCRÁTICA CULTURA LIBERAL CULTURA DEMOCRÁTICA
As avaliações podem ser in- As avaliações podem ser As considerações feitas nas de-
fluenciadas pelas caracterís-distorcidas, conforme o nível mais culturas são válidas para esta
ticas pessoais do gestor, quede autocrítica do profissional. cultura, uma vez que se trata de
pode ser muito rigoroso ou Pessoas com baixa autoestima questões inerentes ao ser humano.
benevolente com sua equipe, podem ser mais críticas consigo Contudo, as distorções tendem a
ou ser influênciado por suas mesmas, enquanto pessoas com ser compensadas / diluídas devido
preferências pessoais. autoestima elevada tenderão a ao maior número de envolvidos.
ser benevolentes.
as informações resultantes As informações podem ser As informações tendem a ser mais
podem não representar a distorcidas pela autopercepção confiáveis e consistentes, afetando
realidade, prejudicando a e, consequentemente, podem de forma positiva as ações decor-
assertividade das ações afetar o diagnóstico e as ações rentes e o clima organizacional.
decorrentes da credibilidade decorrentes sem, refletir no
da ferramenta de avaliação e clima organizacional.
clima organizacional.
capítulo 4 • 71
A avaliação é feita pelos próprios funcionários (autoavaliação). Parte do
princípio de que as pessoas possuem uma autocrítica apurada, sendo
capazes de perceber seus pontos fortes e fracos e determinar os aspectos
ESTILO LIBERAL que devem ser desenvolvidos e/ou reforçados. O chefe só se manifesta se
consultado pelo subordinado e atua mais como um “mentor”, auxiliando na
escolha dos caminhos de desenvolvimento das competências de excelência
da função.
Pessoas que podem contribuir para avaliar a performance do funcionário e
ESTILO DEMOCRÁTICO da própria organização são convocadas a participar do processo e manifes-
tar suas percepções.
MULTIMÍDIA
Para saber mais sobre os diferentes estilos de liderança veja o vídeo disponível no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=Ds5HD74uzlQ
72 • capítulo 4
No modelo 360º a organização precisa ter a cultura da avaliação bastante madura,
tanto para líderes, quanto para liderados. Ou seja, que fique bem claro que o processo
de avaliação é feito para desenvolvimento das pessoas - na melhoria das compe-
tências técnicas, organizacionais e pessoais - e também na relação entre chefes e
subordinados, cargos pares, fornecedores, clientes etc.
capítulo 4 • 73
CONTEÚDO DO FEEDBACK MOTIVAÇÃO
AMOR DESAMOR
VERDADE VERDADE/ AMOR VERDADE/DESAMOR
MENTIRA MENTIRA/AMOR MENTIRA/DESAMOR
+
Conhecido
Cego Aberto
Os Outros
Desconhecido
Desconhecido Oculto
Desconhecido Conhecido
– +
Eu
74 • capítulo 4
A matriz de Johari também pode ser utilizada como um exercício estratégi-
co para auxiliar na busca por vantagem competitiva e melhores desempenho,
uma vez que permite refletir sobre as oportunidades da organização e sua po-
sição em relação aos concorrentes. A figura 4.1 representa a matriz de Johari.
A janela “EU ABERTO” representa a área onde tanto a você quanto seus con-
correntes têm o mesmo conhecimento. Portanto representa uma área onde se
tem completa e igual noção da competição que está em curso.
A janela “EU CEGO” representa a área que os concorrentes estão enxergan-
do as dificuldades e oportunidades e você não vê nada. Você é limitado pelo seu
desconhecimento e esta área exige sua atenção.
A janela “EU OCULTO” é aquela onde as dificuldades e as oportunidades es-
tão claras, mas só você e sua empresa estão enxergando isso. Representa então
uma oportunidade para a sua empresa.
A janela “EU DESCONHECIDO” representa a área onde ninguém vê nada,
nem sua organização, nem seus concorrentes. Aqui estão os mapas do su-
cesso para serem explorados e descobertos. Dessa forma, torna-se a área
mais promissora.
capítulo 4 • 75
Podemos considerar como falhas em um processo de avaliação
de desempenho:
76 • capítulo 4
• O gerente não é honesto/sincero durante a avaliação.
• O funcionário não recebe feedback contínuo do desempenho.
• Os recursos fornecidos são insuficientes para recompensar o desempenho.
• O gerente usa linguagem obscura/ambígua no processo de avaliação.
CONEXÃO
Para refletir um pouco sobre a avaliação de desempenho, leia o artigo disponível no link abaixo:
http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Reflexoes-sobre-a-Avaliacao-Individual-
de-Desempenho&idc_cad=fdkbo5ihg
capítulo 4 • 77
que realmente deveria ser. A organização vai acreditar que aquele profissional possui
um desempenho superior, por causa da avaliação mal realizada, e na verdade aquele
profissional nunca vai entregar aquele resultado esperado, resultando em baixa pro-
dutividade para a organização.
3020
2520 Média = 0.026
2020
1520
1020
520
19 LIC = 0.000
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
Número de amostra
78 • capítulo 4
4.5.2 A subjetividade nas avaliações
capítulo 4 • 79
4. Líderes são aprendizes perpétuos: o aprendizado constante é a fonte de
energia que mantém a liderança acesa, que faz surgir o entendimento, novas
idéias e desafios. Sem contar que o líder estimula também seus seguidores.
ATIVIDADES
01. Como definir qual método de avaliação será adotado?
REFLEXÃO
A escolha do método a ser adotado pela organização é um processo delicado e de extrema
importância. Vale ressaltar que, o modelo de avaliação a ser adotado está diretamente rela-
cionado ao ambiente interno: cultura, clima, visão, missão, objetivos e ao ambiente externo,
consumidores, concorrentes, stakeholders.
Não obstante, muito gestores falham no momento do feedback aos avaliados. O fee-
dback que irá orientar se o profissional está realizando as atividades de forma adequada,
atendendo o desempenho esperado ou se o profissional não está realizando as atividades
adequadamente, não apresentando o desempenho esperado. Nesse caso, a organização
deve trabalhar para desenvolver nesse profissional as competências necessárias para que
ele entregue o que foi solicitado.
80 • capítulo 4
LEITURA
Gestão de desempenho
Alinhar o desempenho com a estratégia da empresa é um grande desafio para os administra-
dores até a implantação de um processo de avaliação é possível após atingir este alinhamento
Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/gestao-de-de-
sempenho/87700/
Introdução
Gestão de desempenho serve para alinhar as competências requeridas em consonância
com a estratégia adotada, desta forma, cria-se uma linguagem comum em relação ao que se
é esperado do colaborador.
A ferramenta de apoio que se tem na gestão de desempenho é a avaliação de desem-
penho, portanto, implantar uma avaliação de desempenho não é tarefa tão fácil como parece,
requer uma série de cuidados que precisam ser levados em consideração para não haver um
ambiente fragilizado na organização.
A avaliação de desempenho só é justa quando há respostas para as seguintes interroga-
ções: O colaborador sabe o que se espera dele? O colaborador conhece o seu trabalho? O
colaborador pode fazer o trabalho dele? O trabalhador quer fazer o trabalho dele?
Uma vez respondido as interrogações, deve-se inserir estes aspectos no sistema de
avaliação a ser adotado e implementado.
Em relação a primeira questão: “O colaborador sabe o que se espera dele” cabe ao gestor
explicitar claramente as necessidades da organização atribuindo a responsabilidade ao cola-
borador para executar este trabalho. É importante o colaborador conhecer todo o processo
para que o mesmo tenha consciência da importância do seu trabalho no contexto amplo que
é a organização.
Já em relação a segunda questão, “o trabalhador conhece o seu trabalho”, relaciona-se a
importância do treinamento, do desenvolvimento de habilidades técnicas e psicológicas que
serão necessárias no desempenho profissional.
A terceira questão “o colaborador pode fazer o trabalho dele” está relacionada aos recur-
sos disponíveis para que o trabalhador possa executar seu trabalho. Trata-se de equipamen-
tos, ambiente, disponibilidade de tempo, material, enfim, atender as necessidades que serão
necessárias para atender o profissional.
Por último, “O trabalhador quer fazer o trabalho dele”, está relacionado a questão motiva-
cional, ou seja, a empresa permite um ambiente que propicie um trabalho realizador, numa em-
presa ética? Será que a empresa fere alguma norma ou princípio básico de relacionamento?
capítulo 4 • 81
Definindo todas as questões acima, a empresa pode começar a pensar em implantar um
processo de avaliação de desempenho e inclusive implantar uma gestão de desempenho
que não envolve somente avaliação, mas também, treinamentos, promoções, transferências
e também admissões e demissões.
Gestão de desempenho é um conceito mais amplo que o de avaliação de desempenho,
apresenta-se atualmente como o modelo mais completo para o acompanhamento do desem-
penho dos colaboradores, por abranger o planejamento, acompanhamento e avaliação do
desempenho, com o intuito de melhorar o trabalho, objetivando estimular o alcance de metas
organizacionais e a promoção do desenvolvimento dos recursos humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOHLANDER, G.; SNELL, S.; SHERMAN, A. Administração de recursos humanos. São Paulo:
Thomson, 2005.
COHEN, A. R.; FINK, S. L. Comportamento Organizacional – conceitos e estudos de casos. Rio de
Janeiro: Campus, 2003.
LIMONGI-FRANÇA, A.C. Práticas de Recursos Humanos. Conceitos, ferramentas e procedimentos.
São Paulo: Atlas, 2009.
MUSSAK, E. Gestão humanista de pessoas – o fator humano como diferencial competitivo. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2005.
SOUZA, V.L., MATTOS, I. B., SARDINHA, R.L.L.L., ALVES, R.C.S. Gestão de desempenho. Rio de
Janeiro: FGV, 2005.
82 • capítulo 4
5
Instrumentos
Tradicionais de
Avaliação de
Desempenho
Mensurar o desempenho do profissional não é uma tarefa tão simples assim.
Quando o desempenho envolve aspectos quantitativos a mensuração é mais
fácil. Porém, a dificuldade é quando envolve aspectos qualitativos, como por
exemplo, mensurar satisfação, mensurar capacidade gerencial. Na literatura
há alguns instrumentos de avaliação, entretanto, a organização precisa saber
qual instrumento melhor atende as suas necessidades.
OBJETIVOS
• Analisar o método da escala gráfica e suas características.
• Analisar o método da escolha forçada e suas características.
• Analisar o método de pesquisa de campo e suas características.
• Analisar o método do incidente crítico e suas características.
• Verificar quais são os elementos de saída.
• Investigar a ação corretiva PDCA.
84 • capítulo 5
5.1 Instrumentos tradicionais de avaliação de
desempenho
capítulo 5 • 85
• Capacidade de liderança – aglutinador, se fazer respeitar;
• Capacidade de análise crítica e de síntese – análise de forma simples
e transparente;
• Capacidade de aprendizagem contínua – estar disposto a participar do
processo de aprendizagem.
MULTIMÍDIA
Para saber mais sobre os métodos de avaliação, assista ao vídeo disponível no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=q2sn6kbv0io
86 • capítulo 5
É importante que seja feita uma descrição objetiva e simples de cada fator,
reduzindo assim a subjetividade no momento de indicar o grau que o avaliado
possui daquele fator (BOHLANDER, SNELL, 2014).
As vantagens do método da escala gráfica são:
• Fácil entendimento;
• Aplicação simples;
• Permite uma visão integrada dos fatores de avaliação (o que a empresa
considera importante);
• Pouco trabalho do avaliador no registro de avaliação.
capítulo 5 • 87
Fatores de
Ótimo Bom Regular Fraco
avaliação
Habilidades
Capacidade de Grande capaci- Executa as ativida- Apresenta pe- Apresenta falhas
emplementar os dade de inovar e des comperfeição quenas falhas na na execução de
conhecimentos aprimorar as suas execução de suas suas atividades
em atividades atividades atividades
práticas
Atitudes
Comportamentos Comportamen- Comportamen- Pequenas falhas Falhas graves de
comapativeis e to acima do to dentro do de comportamento comportamento
desejados para o esperado esperado
cargo/função
88 • capítulo 5
A figura 5.2 representa um modelo desse método.
Nome do avaliado:
Cargo:
Área: Setor:
Nome do avaliador:
Toma decisões de rotina quando todas as informações necessárias disponíveis, tendo julga-
do uma gama de opções normais.
Matém relacionamentos de trabalho eficientes nos primeiros contatos. Participa efetivamen-
te nas conversações informais e na interação com estas pessoas.
Demonstra tranquilidade para alcançar os padrões estabelecidos pelo superior.
Demonstra conhecimento sobre o que precisa ser comunicado, mostrando esforço para
efetuar uma boa comunicação, tendo eficiência.
Analisa e prioriza decisões sem demora, tendo julgado uma série de opiniões diferentes.
Inicia o desenvolvimento de relações: Estabelece relacionamentos transparentes, formais e
informais além de iniciar contatos.
Demonstra disposição e humor para alcançar os padrões. Trabalha com afinco para alcançar
os objetivos que são um significativo avanço.
Repassa os assuntos de forma rápida com clareza e objetividade, porem sem a preocupação
de criar motivação e comprometimento.
Demonstra um sentimento de urgência ao tomar decisões, meso quando as consequências
da decisão envolvem algum risco para si ou para a equipe. Faz um balanço dos ganhos
potenciais contra os riscos e toma a decisçao sem hesitar.
Estabelece relaciomentos interfuncionais: Inicia e constrói relacionamentos eficientes com
indivíduos chave em outras funções do negócio. Incentiva e desenvolve eficiente trabalho
interfuncional, administrando situações de conflito.
Resiste a frustrações, reagindo com bom humor às dificuldades inesperadas demonstrando
engajamento.
Cativa a atenção dos demais, posicionando como de suma importância o que esta sendo
comunicado. Personaliza a comunicação em mensagens verbais ou escritas.
Toma decisões em situações complexas, ambíguas e de alto risco sem qualquer hesitação,
onde as consequências da decisão têm grandes implicações para o sucesso do negócio.
Figura 5.15 – Método da Escolha Forçada. Fonte: Conteúdo online Estácio.
capítulo 5 • 89
Esse método consiste em quatro etapas:
90 • capítulo 5
As vantagens desse método são:
• Aprofundamento do conhecimento do conteúdo do
cargo, assim como as competências requeridas por parte
dos gestores;
• Avaliação com maior profundidade, imparcial e objetiva
de cada funcionário, identificando causas de comporta-
ACOMPANHAMENTO mento e as fontes de problemas;
POSTERIOR DOS • Planejamento consistente para remover obstáculos e
RESULTADOS melhorar o desempenho; maior entrosamento com outros
processos de RH (treinamento, carreira, etc.);
PERGUNTA
A empresa de contabilidade “Razão Social”, situada em São Paulo, capital, possui uma car-
teira de clientes de alto rendimento. São clientes muito importantes que se tornaram fiéis à
“Razão Social” pela qualidade do serviço prestado, e principalmente, por tratarem todos os
processos confidenciais.
João é o faxineiro da Razão Social e trabalha lá há 13 anos. Ao final de um dia de
expediente, João observou que um arquivo com documentos importantes fora esquecido
capítulo 5 • 91
destrancado. Imediatamente entrou em contato com a segurança para tomar as providên-
cias necessárias.
Essa atitude do João pode ser considerada como um incidente crítico positivo ou inci-
dente crítico negativo? Por que?
Avaliação do desempenho
Nome: ________________________ Cargo: ___________________ Departamento: _______________
Aspectos excepcionalmente positivos Aspectos excepcionalmente negativos
Sabe lidar com pessoas Apresenta muitos erros
Facilidade em trabalhar em equipe Falta visão ampla do assunto
Apresenta ideias inovadoras Demora em tomar decisões
Tem características de liderança Espírito conservador e limitado
Facilidade de argumentação Dificuldade em lidar com números
Espírito altament empreendedor Comunicação deficiente
92 • capítulo 5
• A pontuação potencial será obtida pela multiplicação da nota máxima
(10), por exemplo, pelo peso atribuído ao fator (exemplo: 1, 2 ou 3), que pode
variar de cargo para cargo em função da importância relativa do mesmo para
o desempenho do cargo. Partindo do princípio de que a pontuação potencial
representa 100% dos pontos possíveis de cada cargo, colocamos todos eles na
mesma base (percentual) e temos a condição necessária para fazer análise com-
parativa de cargos distintos.
• A pontuação efetiva, de forma semelhante, será obtida pela multiplicação
da nota, atribuída pelo avaliador ao avaliado (variando de 1 a 10) pelo peso atri-
buído ao fator (exemplo: 1,2 ou 3).
GRAU
FATORES DE PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO % DE
CARGO PESO DADO PELO
AVALIAÇÃO POTENCIAL EFETIVA EXCELÊNCIA
AVALIADOR
Analista Pontualidade 1 10 8 8 80
Rapidez na
solução de 2 20 7 14 70
problemas
Redução de
3 30 6 18 60
custos
Total 60=100% 40 66,67
Figura 5.17 – Modelo de como mensurar o potencial. Fonte: Elaborado pela autora
capítulo 5 • 93
Acionistas
Insumos
EMPRESA
Mercado
94 • capítulo 5
reconhecimento, valorização, transferência, oportunidades de treinamento e
desenvolvimento. Porém, caso o funcionário, apresente apenas resultados de
desempenho insatisfatório a organização pode optar pelo desligamento. Assim,
a gestão de desempenho auxilia os demais processos da gestão de pessoas.
Apenas para relembrar, os processos da gestão de pessoas são descritos nas
seguintes ações, conforme figura 5.6:
Monitorar Agregar
Manter Aplicar
Gestão de Pessoas
Desenvolver Recompensar
capítulo 5 • 95
São os processos utilizados para incentivar as
PROCESSOS DE pessoas e satisfazer suas necessidades individuais
RECOMPENSAR mais elevadas. São as funções responsáveis pelas
PESSOAS recompensas e pela remuneração de funcionários.
5.4 Feedback
No capítulo anterior falamos um pouco da importância do feedback, porém
cabe aqui ressaltar alguns aspectos importantes. É importante deixar claro que
o gestor não precisa esperar pelo processo de avaliação de desempenho para
dar um feedback à sua equipe. Assim, quando um subordinado apresentar um
resultado acima do esperado, o gestor deve prontamente realizar o reconheci-
mento, de preferência em público, por exemplo, em uma reunião.
Da mesma forma quando um subordinado apresentar um desempenho
abaixo do esperado, o gestor deve alertá-lo para que corrija sua ação ou ati-
tude. Sendo assim, alguns ações são importantes na condução do feedback
(BOHLANDER, SNELL, 2014):
96 • capítulo 5
• O relatório da avaliação deve ser de conhecimento antecipado de ambos;
• As reuniões devem ser programadas com antecedência, para dar tempo
ao preparo de argumentações;
• Iniciar o contato com um cumprimento, seguindo-se a apresentação do
objetivo do encontro;
• Deve-se falar diretamente com a pessoa avaliada, chamando-a pelo nome,
mantendo contato visual e usando tom de voz calmo, porém audível;
• Descrever o desempenho observado em vez de avaliá-lo;
• Referir-se ao desempenho como um evento e não como uma característi-
ca da pessoa;
• Começar pelos aspectos positivos, ressaltando eventos significativos e
empregando o elogio de forma seletiva para não vulgarizar;
• Apresentar os aspectos negativos e comentar as diferenças entre o que era
esperado e o que foi alcançado. Quanto mais objetivo for o parâmetro de avalia-
ção, menor será o questionamento do avaliado;
• Pedir a concordância com cada item da avaliação. No caso de discordân-
cia, ouvir as argumentações e contra-argumentar (diálogo). Se persistir, regis-
trar a discordância e seguir para o item seguinte;
• Construir com o avaliado um Plano de Desenvolvimento Individual (po-
dendo se valer da consultoria interna dos profissionais de RH) que vise desen-
volver novas competências para o exercício de funções de maior conteúdo na
estrutura de cargos da empresa e/ou reforçar as competências necessárias para
o melhor desempenho no mesmo cargo;
• Estabelecer os parâmetros (novos ou não) para o próximo ciclo
de avaliação.
A organização precisa definir qual será a periodicidade da avaliação do de-
sempenho. Conforme já mencionamos, a organização está inserida em um
contexto organizacional muito dinâmico e complexo. A velocidade com que
as mudanças ocorrem está cada vez mais crescente, exigindo da organização
processos de adaptação também constante. Dessa forma, as características da
organização, de seus produtos/ serviços que vão definir a periodicidade das
avaliações.
Não obstante, podemos citar alguns fatores do ambiente externo que resul-
tam em mudanças:
• Tecnologia
• Fusões
• Aquisições
capítulo 5 • 97
• Concorrência
• Novos produtos/ novos mercados
• Competição global
• Escassez de habilidades/ competências
• Excesso de oferta
• Pressões de custos
Dessa forma, toda atividade deveria seguir esse ciclo para garantir melhores
resultados.
Vale ressaltar que a gestão do desempenho não engloba apenas avaliar o
desempenho dos profissionais, mas também das áreas, departamento, seto-
res, ou seja, o desempenho da organização. Dessa forma, as organizações de-
vem avaliar:
• A cultura e o clima;
• O papel de cada área no contexto organizacional;
• A produtividade dos processos administradores pelas áreas;
• A qualidade dos produtos/ serviços ofertados;
• O desempenho dos indivíduos.
98 • capítulo 5
A figura 5.7 representa todos os elementos que estão envolvidos no contexto
organizacional e devem ser analisados e verificados para garantir à organização
vantagem competitiva.
Concorrentes
• Muitos
• Focados
• Rápidos/ágeis
• trabalho em equipe
• trabalhador
• com chencimento
• estruturas achatadas
Mão-de-obra
Figura 5.20 – Forças que convergem para o cliente. Fonte: Conteúdo online Estácio.
ATIVIDADES
01. Quais os benefícios da avaliação de desempenho para os avaliadores?
05. Quais fatores externos que irão influenciar na periodicidade da avaliação de desempenho?
capítulo 5 • 99
REFLEXÃO
Já mencionamos que não há um melhor método de avaliação a ser seguido pela organiza-
ção. Cada organização tem suas características, estratégias e objetivos. Assim, é importante
que a escolha do método seja um que atenda as características da organização. Segundo
Bohlander e Snell (2014, p. 324) “uma forma de identificar se o sistema de avaliação de uma
organização é efetivo consiste em fazer uma auditoria anual ou, pelo menos, periódica desse
processo". Nesse sentido algumas questões podem ser refletidas:
• O sistema de gestão de desempenho reflete a missão e os valores da organização?
• O sistema de gestão de desempenho tem total comprometimento e participação da
alta administração?
• A tecnologia adotada pela organização é adequada aos objetivos do sistema de geren-
ciamento de desempenho?
• O processo de avaliação de desempenho faz distinção entre as dimensões de compor-
tamento observáveis e a freqüência desses comportamentos?
LEITURA
Mesmo o óbvio precisa ser dito
Segundo Drucker (2000), sessenta por cento de todos os problemas administrativos
resultam de ineficácia na comunicação. De fato, no dia a dia das organizações coisas tão
óbvias não são feitas e, muitas vezes, conflitos entre gestores e subordinados ocorrem por
tarefas não realizadas devido à falta de comunicação eficaz. Certamente, mesmo o óbvio,
precisa ser dito
Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.
administradores.com.br/artigos/cotidiano/mesmo-o-obvio-precisa-ser-dito/89103/&g-
ws_rd=cr&ei=6Rm5VcLlFYb7gwSQ74QQ
Comumente anúncios de vagas de empregos têm exigido dos candidatos quase “su-
perpoderes” para atenderem as qualificações desejadas pelos gestores no cenário atual.
Descrições dos mais variados tipos requerem de seus candidatos habilidades como: foco
em resultados, comprometimento, prático, eficiência, proatividade etc. (Fonte: Classificados
Folha de São Paulo, 2014).
Por outro lado, os colaboradores de hoje não querem ter um “chefe”, mas sim um líder que
os ajudem a transformar e aperfeiçoar suas competências dentro desses “superpoderes”.
100 • capítulo 5
Ago que me incomoda é ver como os gestores estão fadados à cegueira gerencial e
comprometem os resultados da organização com um estilo de liderança obsoleto. Coisas
óbvias e simples não são feitas ou mantidas, como:
• Apresentação institucional (história; missão, visão e valores; setores e suas responsabi-
lidades) para colaboradores recém-contratados.
• Programa de desenvolvimento organizacional: treinamento ou reciclagem de técnicas e
procedimentos, desenvolvimento de equipes, aprendizagem contínua etc.
• Não há uma pesquisa de clima e/ou um programa de transformação eficaz.
Enfim, não há uma cultura bem estruturada e disseminada para construir valores que
realmente sejam agentes de mudança etc. “Taiichi Ohono, ex-vice-diretor executivo da Toyota
diz que algo está errado se os trabalhadores não olharem ao redor todos os dias e não desco-
brirem coisas tediosas ou inadequadas a serem descartadas e, assim, não reformularem o pro-
cedimento. Até mesmo o manual do mês passado já está obsoleto.” (KRAMES, 2000, p. 92)
Em muitos casos, vejo gestores e supervisores em “stand-by” cobrando o resultado “A”
de seus colaboradores enquanto eles executam e entregam o resultado “B” de forma não
deliberada, ou seja, o gestor espera o óbvio, mas não o repassa.
Sobre quem está certo ou errado não é o foco deste artigo, mas como especialista em
Administração Estratégica, eu repassaria (mesmo que seja óbvio) o que esperaria de resul-
tado dos meus colaboradores.
1/2
vazio
1/2
cheio
Certamente, você já viu a imagem acima. O copo está meio cheio ou está meio vazio? O
que é óbvio nesta imagem para você? Fazendo uma analogia, suponhamos que este copo
represente uma tarefa complexa, neste caso, o que fazer? Completar o copo ou esvaziá-lo
por completo?
capítulo 5 • 101
As pessoas podem ter pontos de vista distintos se não entenderem o contexto em que
elas estão alocadas. Então, o bom gestor deve se atentar em mediar as diferenças tornando
-as em um entendimento comum e não “esperando” que elas façam o óbvio.
A mensagem que quero passar é que você não fique esperando que as pessoas adivi-
nhem aquilo que você gostaria que elas fizessem, em vez disso, diga o que você espera de
cada uma delas. Proatividade, pode ser entendida como antecipar e resolver os problemas
frente as situações impostas pelo ambiente. Entretanto, muitos gestores de perfil centrali-
zador agem com objeção a tais iniciativas quando vindas de seus subordinados e, às vezes,
agem com punição. “Mas, puxa. Era tão óbvio ‘tomar’ aquela decisão para não interromper a
reunião do chefe e fui punido por ele.”
Tais comportamentos podem frear ou diminuir a liberdade de iniciativas dos colaborado-
res dentro da organização.
O grande pai da Administração Moderna, Drucker (2000), diz que os colaboradores pre-
cisam tomar decisões de impacto significativo semelhantes às tomadas pela alta administra-
ção. Ele ainda ressalta que qualquer instituição precisa ser organizada de maneira a atrair
talentos e capacidades – a estimular seus membros a tomarem iniciativas. Mas, de fato, os
gestores tem trabalhado essa questão de forma assertiva?
Certa vez, ao comprar cerca de três produtos em um supermercado, fiquei por bons mi-
nutos na fila do caixa e, por falta de sorte minha e de planejamento da gestão do supermerca-
do, acabaram-se todas as moedas do caixa que eu estava, ou seja, não haveria possibilidade
alguma de troco naquele momento. Nesses tipos de filas você ouve muita coisa que deveria
descartar rapidamente, como pessoas culpando a funcionária do caixa, por exemplo. Para
este caso, há inúmeras variáveis que poderíamos elencar a respeito de quem é a “culpa”, mas
não é o foco deste artigo.
Situações corriqueiras como estas me fazem refletir questões como “o que é óbvio” e “o
que as organizações podem esperar de seus colaboradores e vice-versa”.
Particularmente, acho uma tremenda ignorância por parte de alguém que ocupe um car-
go gerencial dar a um subordinado um feedback negativo sobre “questões óbvias”, ou seja,
sobre tudo aquilo que se esperava dele e não foi dito, mas foi cobrado.
Segundo Drucker (2000), sessenta por cento de todos os problemas administrativos
resultam de ineficácia na comunicação. Portanto, invista na comunicação empresarial, pois
o óbvio precisa ser dito e não se esqueça de que isto significa trafegar em uma via de
mão dupla.
102 • capítulo 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOHLANDER, G., SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo, Cengage Learning,
2014.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
DECENZO, D.A.; ROBBINS, S. P. Administração de Recursos Humanos. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2001.
SOUZA, V.L., MATTOS, I. B., SARDINHA, R.L.L.L., ALVES, R.C.S. Gestão de desempenho. Rio de
Janeiro: FGV, 2005.
GABARITO
Capítulo 1
01.
• Rever o desempenho passado do profissional
• Planejar seu trabalho e função futuros
• Estabelecer e acertar metas individuais específicas para o futuro
• Identificar as necessidades de desenvolvimento e organizar atividade de reciclagem
• Fornecer coaching imediato
• Obter respostas
• Reforçar ou ampliar a relação de subordinação
• Atuar como incentivador da delegação de tarefas
• Enfocar o desenvolvimento profissional de mais longo prazo
• Fortalecer ou aumentar a motivação
02.
O modelo sistêmico vai sinalizar as relações de dependência entre o sistema e o meio
ambiente, identificando os mecanismos de transformação dos recursos em produto final.
As entradas são os recursos oferecidos para o funcionamento do sistema, podem ser
consideradas, por exemplo, as matérias primas necessárias para a fabricação de um produto.
O processo de transformação é o mecanismo de transformação dos recursos em produtos,
irá alterar os inputs, através de alguma forma de tecnologia, agregando valor às entradas na
geração de um novo produto ou serviço. As saídas são os resultados atingidos, correspon-
dem ao produto final que é ofertado aos consumidores com um diferencial agregado.
capítulo 5 • 103
03.
- melhoria,
- formação,
- diálogo,
- comprometimento,
- motivação,
- desenvolvimento,
- promoção.
04.
•Alinhamento entre objetivos individuais e estratégicos;
•Melhoria da comunicação entre chefe e subordinado;
•Clareza de expectativas e critérios de avaliação;
•Subsídios para salários, movimentações de carreira e seleção;
•Reforço de competências estratégicas para a empresa;
•Identificação das necessidades de treinamento e desenvolvimento;
•Melhoria de processos de trabalho.
05.
Através da Produção, através das pessoas, pela administração por objetivos e por medi-
ções subjetivas
Capítulo 2
01.
O nível estratégico é responsável por definir padrões que irão orientar as ações da orga-
nização. O nível administrativo é responsável pela integração interna da organização, dessa
forma, envolve o departamento financeiro e de recursos humanos. E o nível operacional é
composto por departamentos que irão realizar as operações da organização, por exemplo,
departamento de vendas, compras, produção.
02.
A análise interna é feita através da identificação dos pontos fortes e pontos fracos.
104 • capítulo 5
03.
A análise externa é feita através da identificação das oportunidades e ameaças.
04.
05.
WHAT - O que será feito?
WHY - Por que será feito? Quais são os resultados esperados
WHERE - Onde? Local que será implantado
WHEN - Quando? Definição do prazo inicial e final
WHO - Por quem? Quem serão os responsáveis
HOW - Como? Quais serão a etapas
HOW MUCH – Quanto vai custar?
Capítulo 3
01.
•Autoridade única
•Linhas formais de comunicação
•Centralização das decisões
•Aspecto piramidal
02.
Cargo é o papel desempenhado pelo indivíduo na organização, enquanto que a função
representa as atividades realizadas pelo indivíduo em um determinado cargo.
capítulo 5 • 105
03.
- autoridade dividida,
- linhas diretas de comunicação,
- descentralização das decisões,
- ênfase na especialização.
04.
A competitividade pode ser verificada através:
•Desempenho: características operacionais básicas do produto
•Confiabilidade: reflete funcionamento do produto
•Conformidade: reflete se o produto está de acordo com o padrão estabelecido
•Durabilidade: reflete a vida útil do produto
•Atendimento: rapidez, agilidade, cortesia
•Estética: reflete o julgamento pessoal
•Qualidade percebida: Opinião subjetiva
05.
Os indicadores são os índices adotados por cada organização para auxiliar na mensura-
ção dos processos, como por exemplo, mensurar desempenho, mensurar retorno financeiro
e mensurar eficácia de modelos.
Capítulo 4
01.
•Do porte da organização.
•Pela complexidade operacional.
•Pela velocidade de processamento das informações.
02.
• Sensação de verdadeira segurança, em termos de carreira a curto, médio e longo prazo.
• Resposta afetiva, no sentido de que quem trabalha faz parte de um grupo e necessita
sentir-se adequadamente posicionado.
• Sentido de importância da própria atividade em relação à empresa.
106 • capítulo 5
03.
a cultura organizacional; o estilo e forma de atuação dos líderes, gerentes e supervisores;
a adequação das pessoas às funções e atividades; o grau de motivação para com a empresa
e o trabalho; ausência de conhecimentos habilidades e atitudes requeridas pelas funções e
posições de trabalho.
04.
• Maior credibilidade,
• Motivação
• Melhora o clima organizacional
• Melhora a produtividade
05.
1.Desenvolver uma imagem mental de um estado futuro possível e desejável
da organização,
2.Saber comunicar,
3.Criar confiança por meio do posicionamento,
4.Aprendizado contínuo.
Capítulo 5
01.
• Auxiliar o avaliador a conhecer o desempenho dos avaliados;
• Criar um padrão de avaliação por toda a organização;
• Proporcionar ações de “lições aprendidas” aos avaliados sobre o seu desempenho.
• Identificar formas para ações corretivas, de manutenção e de melhoria (aumento
de desempenho);
• Identificar as necessidades de realinhamento de objetivos e de estraté-
gias organizacionais;
• Identificar a necessidade de readequação dos avaliados ao seu cargo e à organização.
02.
• Capacidade de desenvolver as suas atividades;
• Capacidade de desenvolver ideias, ser criativo e desenvolver novas formas de realizar
as suas atividades;
capítulo 5 • 107
• Capacidade de agir proativamente – ter iniciativa;
• Capacidade de relacionamento com os demais colegas de trabalho;
• Capacidade de ter preocupação e cuidado com os resultados – atenção com as ações;
• Capacidade e disposição de organizar as atividades desenvolvidas e os materiais utili-
zados – organização;
• Capacidade de estar sempre frequente em dias de trabalho e à disposição – assiduidade;
• Capacidade de dialogar com a chefia imediata e demais colegas – respeito com o
superior e seus pares;
• Capacidade de reagir de forma adequada em determinadas situações – equilíbrio
nas decisões;
• Capacidade de liderança – aglutinador, se fazer respeitar;
• Capacidade de análise crítica e de síntese – análise de forma simples e transparente;
• Capacidade de aprendizagem contínua – estar disposto a participar do processo
de aprendizagem.
03.
•Fácil entendimento;
•Aplicação simples;
•Permite uma visão integrada dos fatores de avaliação (o que a empresa conside-
ra importante);
•Pouco trabalho do avaliador no registro de avaliação.
04.
• Não se preocupa com aspectos normais do desempenho.
• Peca por fixar-se em poucos aspectos do desempenho. Daí, sua tendenciosidade
e parcialidade.
05.
• Tecnologia
• Fusões
• Aquisições
• Concorrência
• Novos produtos/ novos mercados
• Competição global
• Escassez de habilidades/ competências
• Excesso de oferta
• Pressões de custos
108 • capítulo 5
ANOTAÇÕES
capítulo 5 • 109
ANOTAÇÕES
110 • capítulo 5
ANOTAÇÕES
capítulo 5 • 111
ANOTAÇÕES
112 • capítulo 5