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_ _.
. CÁLCULO, DIMENSIONAMENTO E
FABRICAÇÃO DO MAGNETO
SUPERCONDUTOR TIPO
PISTA DE CORRIDA
19/1994
G Et . ~ ? < t s -s õ". 2
5a. S9c ·
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA
CENTRO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
--
--
'·
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA
CENTRO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
a Pinatti
' :
TESE DE MESTRADO
. -r
DEDICATÓRJA 1
AGRADECIMENTOS II
RESUMO III
ÍNDICE DE FIGURAS IV
ÍNDICE DE TABELAS X
ÍNDICE DE SÍMBOLOS XI
ÍNDICE DE ABREVIAÇÕES E N01\1ES DE PROGRAMAS XII
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO!:
CAPÍTULO II :
3.1) Introdução 36
3.2) Método integral de cálculo e modelamento de campo magnético 36
3.3) Campo magnético induzido por um condutor reto de corrente de
secção transversal retangular e de comprimento finito 37
3 .3 .1) Campo magnético gerado por um filamento reto de corrente de
comprimento finito perpendicular ao plano z = O .. · 38
3.3.2) Campo magnético gerado por uma lâmina plana de corrente de
comprimento finito paralela ao plano x = O 39
3.3.3) Campo magnético gerado por um condutor reto de corrente de
secção transversal retangular· e comprimento finito 40
3 .3 .4) Tratamento e remoção das singularidades de campo magnético
gerado por um bloco maciço de comprimento finito condutor 42
3 .4) Campo magnético induzido por uni arco maciço semi-cilíndrico
condutor de corrente 45
3.5) Campo magnético total gerado pelo magneto de geometria Pista
de Corrida 51
3.6) Programa de cálculo de campo da geometria tipo Pista de Corrida 55
3.6.1) Características do programa e entrada de dados 55
3.6.2) Unidades empregadas no programa Pista 57
3.6.3) Recursos do programa Pista 59
3.7) Aplicação do programa PISTA no estudo das características do
magneto Pista 61
3. 7 .1) Configuração das linhas de campo do magneto 61
3. 7 .2) Homogeneidade de campo e razão de pico de campo para o
magneto Pista 66
3.7.3) Campo máximo gerado no enrolamento 69
3.8) Cálculo e dimensionamento de magnetos Pista 82
3.9) Projeto de magnetos Pista de Corrida 88
3.10) Conclusões 92
CAPÍTULO IV :
\
4.4) Integração Numérica n-Dimensional por aplicações sucessivas 100
4.5) Formulação básica para o cálculo da auto - indutância 105
4.6) Cálculo da auto-indutância do magneto Pista 106
4. 7) Cálculo da energia magnética armazenada ou encerrada no
magneto Pista de Corrida 107
4.8) Estabilidade do método empregado 113
4.9) Conclusões 115
Capítulo V:
5. 1) Introdução 117
5.2) Critérios de escolha do magneto Pista modelo 117
5.3) Aspectos relevantes do projeto da bobina Pista de Corrida modelo 118
5. 4) Aspectos relevantes da construção e teste da bobina Pista de Corrida
modelo · 123
5.5) Resultados obtidos e conclusões 130
· APÊNDICE 1 133
APÊNDICE II 154
APÊNDICE IV 179
APÊNDICE V 187
\
A meus pais, por terem me ensinado o valor da honra,
da dignidade, da honestidade, da perseverança e do amor.
Ás minhas irmãs, pelo apoio, carinho, amizade e amor.
\
AGRADECIMENTOS
- Ao Dr. Daltro Garcia Pinatti , pela oportunidade de trabalhar sob sua orientação e
pelo apoio no projeto do magneto modelo .
- Ao M.Sc. Carlos Yujiro Shigue, pela orientação inicial , pelo constante apoio , pelas
sugestões úteis e construtivas e pela grande dedicação durante a realização do trabalho
experimental desta tese .
- Ao M. Se. Carlos A Baldan , pelo grande e eficiente apoio dado em todos os
momentos em que ocorriam problemas na bolsa concedida pelo CNPq e pelas discussões e
sugestões úteis . ·
- Aos Mestres Sérgio Schneider e Inácio Bianchi , pelas discussões úteis e pela
importante ajuda dada na parte experimental deste trabalho . . '
- À equipe do Setor de Projetos , por todos os desenhos apresentados neste trabalho,
em especial ao Jaime A Capucho , pelos desenhos da tese e principalmente do projeto do
magneto Pista de Corrida modelo . ·
- A todo o pessoal da Oficina: Renato B. Inocêncio, Carlos R. D. , Laércio Siqueira,
Valdir M. C. , José C. S. , Juramir V. Dias, Benedito F. Sene e Luis B. , por todo o trabalho
de usinagem das peças da estrutura de suporte da bobina Pista de Corrida modelo e por todo o
apoio prestado na fase de testes mecânicos do projeto .
· - Ao técnico Domingos S. Figueira , pela ajuda fundamental dada no trabalho
experimental , nas fases de enrolamento e montagem do magneto .
- Ao Dr. Antônio F. Sartori, por todo o auxílio e apoio concedidos.
- Aos Mestres Hélcio J. I. Filho e Dailton de Freitas, pelo constante apoio, incentivo e
pela grande ajuda dada para a apresentação deste trabalho .
- Ao técnico da computação Valério S. Ribeiro, pela ajuda fundamental na edição das
apresentações referentes à Qualificação de Tese e à Tese , bem como por todas as informações
referentes à Informática que me ajudaram na elaboração dos programas , na obtenção dos
resultados e na edição final desta Tese.
- Ao Mestre Fernando W. B. Talarico , por todo seu apoio e auxílio no projeto do
wiggler e no estágio que fiz no L.N.L.S ..
- Aos Mestres Antônio C. C. Migliano e Francisco Sircilli Neto , por todo o apoio na
utilização do código TRIM .
- Ao CNPq , pela bolsa de mestrado e pelo financiamento do sistema de enrolamento
de magnetos ; à FINEP , pelo financiamento de grande parte dos materiais empregados na
fabricação do magneto modelo e ao RHAE, pela bolsa referente ao estágio no L.N.L.S ..
'. - A todos os funcionários da Instituição , colegas da Pós-Graduação e amigos que
it direta ou indiretamente. contribuíram para a realização deste trabalho .
II
RESUMO
Este trabalho tem por principais objetivos o domínio não só das técnicas de cálculo
bem como da tecnologia de fabricação do magneto de geometria Pista de Corrida
supercondutor .
Para tal , desenvolve-se inicialmente o estudo da técnica de cálculo magnetostático
bidimensional desse tipo de magneto , empregando os programas TRIM e POISSON . São
analisadas todas as vantagens da aplicação de tais programas bem como a viabilidade de
aplicação de ambos no cálculo de campo da geometria-Pista. Com base no código TRIM, é
feito um . estudo de viabilidade de várias configurações de magnetos Pista empregando
materiais ferromagnéticos ( yokes e ou blindagens) ,.,talvez o seu principal e mais importante
recurso no cálculo do magneto Pista .
Em seguida , desenvolve-se um programa de cálculo de campo tridimensional baseado
no método integral pela resolução da equação de Biot-Savart , com o objetivo de determinar o
valor do campo gerado pelo magneto PC em vários pontos fundamentais de cálculo ( não só os
pontos do plano central ) , principalmente os prováveis pontos de campo máximo no
enrolamento desse magneto , o que é indispensável para garantir a viabilidade de operação do
mesmo . Desenvolve-se com esse programa um estudo das características e propriedades bem
como uma análise sistemática do dimensionamento e projeto desse tipo de magneto :
Em seguida , detalhamos a técnica desenvolvida para que se pudesse determinar
grandezas físicas relevantes associadas ao magneto Pista de Corrida , como a auto-indutância,
a energia armazenada no volume compreendido pela geometria do enrolamento e a força
eletromagnética resultante nos setores retos desse magneto . ·
Descrevemos a seguir . o trabalho experimental complementar ao cálculo teórico ,
analisando todas as peculiariedades associadas à fabricação da bobina Pista de Corrida modelo
bem como os resultados obtidos a partir do teste _desse magneto Pista em estudo.
\ III
ÍN-DICE DE FIGURAS
IV
2.23 (a) - Esquema das dimensões de um magneto Pista de Corrida com núcleo interno e
blindagem · 33
2.23 (b) - Mapeamento de iso-potencial para o caso da Figura 2.24 (a) 33
2.24 - Linhas eqüipotenciais para um magneto Pista com núcleo C e blindagem 34
2.25 - Linhas eqüipotenciais para um magneto Pista com núcleo global e blindagem 34
2.26 (a) - Comparação entre ó perfil de campo de um dipolo de rnagnetos Pista com e sem
núcleo interno na região do gap 34
2.26 (b) - Comparação entre o perfil de campo do mesmo dipolo em (a) com e sem urna
estrutura de blindagem ao longo do gap : 34
2.27 - Comparação entre os gráficos de perfil de campo entre os casos com núcleo global e
núcleo em C , sem blindagem 35
2.28 - Comparação entre os gráficos de perfil de campo entre o_s casos com núcleo global,
núcleo interno e em forma de e. associados à blindagem 35
3. 1 - Campo induzido num ponto P devido a um elemento infinitesimalde corrente 37
3.2 - Condutor reto de corrente de comprimento finito e secção transversal retangular 37
3.3 - Filamento reto de corrente de comprimento finito perpendicular ao plano z = O 38
3.4 - Lâmina plana de corrente de comprimento finito paralela ao plano x = O 39
3. 5 - Esquema do método de cálculo da indução magnética gerada pelo bloco de corrente
( ou condutor reto de· corrente ) , onde se nota uma placa genérica que o forma e simula
contribuição de campo de uma lâmina plana de corrente.quando sua espessura tende a O 41
3. 6 - Mapeamento das linhas de iso-campo do bloco ,. .» 44
3. 7 - Contribuição de campo de um arco 45
3.8 - Esquema de método aproximado empregado para o cálculo de campo de um arco
condutor de corrente 46
3.9 (a) - Arco maciço condutor de corrente de secção transversal retangular 47
3.9 (b) - Esquema de um bloco elementar do arco maciço semi-cilíndrico 47
3.1 O (a) - Esquema dos sistemas de coordenadas do setor reto referência no cálculo, dos
sistemas associados ao k-ésimo elemento constituinte do arco semi-cilíndrico e
de suas posições em função dos parâmetros de um magneto PC 49
3 .1 O (b) - Sistemas de coordenadas envolvidos no cálculo de campo de um bloco elementar
constituindo o arco semi-cilíndrico 49
3 .11 - Determinação da posição geométrica do sistema natural de coordenadas de um
elemento no arco 50
3 .12 - Parâmetros envolvidos em um setor circular. Para pequenos valores de f3 , ternos que
- ,.--.
se pode assumir AB = AB 50
3 .13 - Componentes de campo nos sistemas naturais de coordenadas rotacionado e não
rotacionado 51
3 .14 - Setores retos ( blocos) do magneto Pista, com os respectivos sistemas de coordenadas 52
3.15 - Sistemas de coordenadas do magneto Pista e dos blocos nos setores cilíndricos 53
3 .16 - Sistemas de coordenadas e parâmetros de cálculo na translação e rotação de eixos para
o sistema de referência do magneto 54
3 .17 - Parâmetros de entrada no programa PISTA 58
3.18 (a) -Gráfico do número de blocos simulando um setor semi-cilíndrico versus o campo
00~~~~ 00
3 .18 (b) - Gráfico do número de blocos simulando um setor semi-cilíndrico versus o campo
no centro do gap de um dipolo 60
3 .18 (e) - Gráfico do número de blocos simulando um setor semi-cilíndrico versus o campo
máximo no magneto 60
V
3 .18 ( d) - Gráfico do número de blocos simulando um setor semi-cilíndrico versus o campo
no ponto (0;0;2, 75) 60
3.18 (e) - Gráfico do número de blocos simulando um setor semi-cilíndrico versus o campo
ponto (0;0;4,125) 61
3 .19 - Gráfico do tempo de execução do programa PISTA versus o número de blocos
simulando um setor semi-cilíndrico , por ponto de cálculo ( curvas referentes aos
pontos de 3.18) 61
3-.20 - Configuração 2D de linhas eqüipotenciais da secção transversal do magneto Pista 62
3 .21 - Configuração de eqüipotenciais da secção transversal de um dipolo formado por
magnetos Pista de Corrida 62
3.22 (a) - Dimensões do magneto Pista de-Corrida utilizadas na análise do perfil de campo ao
longo de Ox , Oy e Oz .: 63
3.22 (b) - Perfil de campo do magneto Pista da Figura 3.23(a), ao longo de Ox 64
3.22 (c) - Perfil de campo do magneto Pista da Figura 3.23(a), ao longo de Oy 64
3.22 (d) - Perfil de campo do magneto Pista da Figura 3.23(a), ao longo de Oz 65
3.23 (a) - Perfil de campo de um dipolo de bobinas Pista da Figura 3.23(a) ao longo do eixo
Ox do canal , entre as bobinas 65
3.23 (b) - Perfil de campo do mesmo dipolo Pista da Figura 3.23(a) ao longo do eixo Oy do
canal , entre as bobinas 65
3.23 (c)- Perfil de campo do mesmo dipolo Pista da Figura 3.23(a) ao longo do eixo Oz do e
canal , situado entre as bobinas ' 66
3.24 (a)- Curva de homogeneidade de campo ao longo dó eixo Ox do magneto 67
3.24 (b) - Curva de homogeneidade de campo ao longo do eixo Oy do magneto 67
3 .24 ( e) - Curva de homogeneidade de campo ao longo do eixo Oz do magneto 68
3.24 (d) - Curva de homogeneidade de campo ao longo do eixo Ox no centro do gap do
d~o~ 68
3. 24 (e) - Curva de homogeneidade de campo ao longo do eixo Oy no centro do gap do
dipolo 68
3.24 (f) - Curva de homogeneidade de campo ao longo do eixo Oz no centro do gap do
dipolo 68
3.25 - Curva de carga do magneto Pista 69
J;26(a) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da distância d , para e = 1 O cm 71
3.26 (b) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da distância d , para e = 15 cm 71
3.26 (e) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da distância d , para e = 25 cm 71
3.26 (d) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da distância d , para e = 1 O cm e b = 4 cm 71
3 .26 (e) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da distância d , para e = 15 cm e b = 4 cm 72
3.26 (f) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da da distância d , para e = 20 cm e b = 4 cm 72
3.26 (g) - Comportamento do campo máximo no setor reto e no setor semi-cilíndrico em
função da distância d , para e = 25 cm e b = 4 cm 72
3.27 - Comportamento do campo máximo nos setores retos e semi-cilíndricos para o magneto
PC seccionado com espessura b = 4 cm , em função da espessura do seccionamento 73
3.28 (a) - Exemplo de um magneto Pista sem o recurso de seccionamento ( Vista de planta) 75
3.28 (b) - Exemplo do mesmo magneto Pista da Figura 3.29(a) com o recurso de
seccionamento ( Vista de planta) 75
VI
'·
3.29 (a) - Comparação entre o perfil de campo na direçãoOz do magneto Pista de Corrida na
Figura 3.23 com e sem seccionamento 75
3 .29 (b) - Comparação entre o perfil de campo na direção Oz do magneto Pista de Corrida
modelo analisado no Capítulo V com e sem seccionamento 75
3.29 (e) - Perfil de campo do dipolo de bobinas Pista de 3.22 com e sem seccionamento 76
3.30 (a) - Curva b1nt(cm)xB_,,<G IA) 77
3.30 (b) - Curva bext(cm)xBnuu(GIA) 77
3.31 (a) - Curvas de espessura de enrolamento interno versus o campo central no magneto e
no "gap" de um dipolo devido a uma só bobina:
b1nt(cm)xB0(G IA)
b1nt(cm)xBc(G IA) 77
3.31 (b) - Curvas de espessura de enrolamento interno versus o campo central no magneto e
no "gap" de um dipolo devido 'a uma só bobina :
bui(cm)xB0(G IA) .
bexi(cm)xBc(G IA) 77
3.32 (a) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto central do "gap", em função do comprimento do setor reto interno c1 78
3.32 (b) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto crítico do setor reto , em função do comprimento do setor reto interno c1 78
3.32 (e) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto crítico do setor semi-cilíndrico interno , em função do comprimento do setor
~º~ n
3.32 (d) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto crítico do setor reto , em função do comprimento do setor reto c1 78
3.32 (e) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto central do "gap", em função do comprimento do setor reto externo c2 79
3.32 (f) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto crítico do setor reto , em função do comprimento do setor reto c2 79
3.32 (g) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto critico do setor semi-cilíndrico interno , em função do comprimento do setor
reto c2 79
3.32 (h) - Comportamento do campo magnético gerado pelo magneto Pista seccionado no
ponto crítico do setor semi-cilíndrico externo , em função do comprimento do
setor reto c2 79
3.33 (a) - Comportamento do campo no ponto crítico do setor reto de um magneto PC
seccionado e espesso ( b = 4 cm ) , em função do comprimento do setor reto
externo c2 . 80
3.33 (b) - Comportamento do campo no ponto crítico do setor semi-cilíndrico de um magneto
PC seccionado e espesso ( b = 4 cm ) , em função do comprimento do setor reto
externo c2 80
3. 3 3 (e) - Comportamento do campo no ponto central ou gap de um magneto PC seccionado
e espesso ( b = 4 cm), em função do.comprimento do setor reto externo c2 80
3.34 (a)- Esquema de um magneto PC de 5 T com yoke 81
3.34 (b)- Perfil de campo em Ox para o magneto PC de 5,0 T com e sem yoke 82
3.35 - Esquema do processo de dimensionamento de um magneto Pista de Corrida 83
3.36 - Gráficos do comportamento do perfil de campo gerado por magnetos Pista, ao se
alterar as dimensões da altura de enrolamento a, ao longo dos eixos (a) Ox (b) Oy
(e) Oz do magneto e ao longo dos eixos (d) Oy e (e) Oz no canal 84
VII
'·
3.37 - Gráficos do comportamento do perfil de campo gerado por magnetos Pista, ao se
alterar as dimensões da espessura de enrolamento b 85
3.38 - Gráficos do comportamento do perfil de campo gerado por magnetos Pista, ao se
alterar as dimensões do comprimento do setor reto e no magneto 86
3.39 - Gráficos do comportamento do perfil de campo gerado por magnetos Pista, ao se
alterar as as dimensões da distância interna entre os setores retos d no magneto 87
3 .40 - Esquema do processo de projeto de um magneto Pista de Corrida 90
3. 41 - Esquema do processo de dimensionamento e. projeto de um magneto Pista com a
introdução de materiais magnéticos 91
4. l(a) - Forças induzidas no elemento de volume L'.lV dê um corpo condutor de corrente 96
4. l(b) - Força resultante no condutor reto ou bloco condutor de corrente 96
4.2 - Esquema da configuração de forças resultantes de origem eletromagnética nos setores
retos e semi-cilíndricos do magneto Pista 98
4.3 - Esquema de uma função de duas variáveis e seu domínio D correspondente 100
4.4 - Fluxograma do programa PISFOR 104
4.5 - Gráfico do comportamento da força resultante de origem eletromagnética como uma
função da altura de enrolamento a 106
4. 6 - Gráfico do comportamento da força resultante de origem eletromagnética como uma
função da espessura de enrolamento b 106
4. 7 - Gráfico do comportamento da força resultante de origem eletromagnética como uma
função do comprimento. dos setores retos c ·· 106
4.8 - Gráfico do comportamento da força resultante de origem eletromagnética como uma
função da distância'interna entre os setores retos d ' 106
4.9 - Fluxograma do programa INDUTPIS de cálculo da auto-indutância do magneto Pista 108
4.1 O - Comportamento da auto-indutância L como uma função da altura de enrolamento a 109
4.11 - Comportamento da auto-indutância L como uma função da espessura de enrolamento
b 109
4.12 - Comportamento da auto-indutância L como uma função do comprimento do setor reto
e 109
4 .13 - Comportamento da auto-indutância L como uma função da distância interna entre
os setores retos d 109
4.14 - Fluxograma do programa ENERGPIS de cálculo da energia magnética armazenada no
magneto Pista de Corrida 111
4. 15 - Comportamento da energia magnética encerrada no magneto Pista como uma função
da altura de enrolameto a 112
4 .16 - Comportamento da energia magnética encerrada no magneto Pista como uma função
função da espessura de enrolameto b 112
4 .17 - Comportamento da energia magnética encerrada no magneto Pista como uma função
da altura do comprimento do setor reto e 112
4.18 - Energia armazenada no magneto Pista versus o número de pontos na direção Ox ( Nx) 114
4. 19 - Energia armazenada no magneto Pista versus o número de pontos na direção Oy ( Ny ) 114
4.20 - Energia armazenada no magneto Pista versus o número de pontos na direção Oz ( Nz) 114
4.21 - Energia armazenada no magneto Pista versus o número de pontos nas três direções
Ox , Oy e Oz ( N ) 114
4.22 - Auto-indutância do magneto Pista de Corrida versus o número de pontos nas três
direções simultaneamente ( N) 115
5 .1 - Magneto Pista de Corrida modelo 119
5.2 (a) - Perfil de campo do magneto modelo ao longo de seu eixo Ox 120
5 .2 (b) - Perfil de campo do magneto modelo ao longo de seu eixo Oy 120
5.2 (e)- Perfil de campo do magneto modelo ao longo de seu eixo Oz 120
VIII
5.2 (d) - Perfil de campo do magneto modelo ao longo do eixo Oy no canal ( situado na
posição x = 6,29 cm emrelação ao centro da bobina) 120
5.3 - Curva de carga do magneto modelo e curva de corrente crítica do condutor empregado 121
5 .4 - Perfil de campo do magneto modelo com e sem "yoke" ao longo de seu eixo Ox :
(a) na região do canal; (b) no centro da bobina 121
5.5 - Perfil de campo do magneto modelo com e sem "yoke"ao longo de seu eixo Oy 122
5.6 - Esquema da estrutura de suporte e da bobina do pólo lateral do wiggler 125
5. 7 - Detalhe do suporte montado na flange · 126
5.8 - Detalhes da estrutura de suporte do enrolamento do magneto Pista modelo 127
5.9 (a) - Sistema enrolador de magnetos 127
· 5. 9 (b) - Sistema de polias .de pretensionamento de fios 128
5. 1 O - Magneto Pista de Corrida modelo fabricado completo , com sensores de medida de
campo , tensão e temperatura , acoplado ao flange do criostato pelos tirantes de fibra
de vidro .- 128
5.11 - Criostato NW-250 129
5.12 (a) - Multímetros e fontes de corrente KEITHLEY 129
5.12 (b)- Fonte TECTROL 129
5.13 (a) - Posicionamento do sensor Hall nas medidas experimentais 130
5. 13 - Comparação entre às curvas experimental e teórica de corrente versus campo no ponto
. ( 4,48 ; 1,0 ; 3,0) 130
1.1 - Parâmetros de cálculo de campo de um filamento reto' de corrente de comprimento
finito, perpendicular ao plano z = O 133
1.2 - Parâmetros de cálculo de campo de uma lâmina plana de corrente de comprimento
finito , perpendicular ao plano z = O 136
1.3 - Parâmetros de cálculo de campo de um bloco de corrente de comprimento finito ,
perpendicular ao plano z = O , 144
11.1 - Fluxograma da subrotina MESH . 163
II.2 - Fluxograma da subrotina FIELD . 164
III. 1 - Coordenadas lógicas de um arquivo de entrada do programa TRIM 169
IV.1 - Fluxograma do programa PISTA · 180
IV.2 - Fluxograma para a subrotina RETA 184
IV.3 - Fluxograma da subrotina CURVA 186
IX
ÍNDICE DE TABELAS
Pág.
\: X
ÍNDIC~ DE SÍMBOLOS
\ XI
ÍNDICE DE ABREVIAÇÕES E NOMES DE PROGRAMAS
\. XII
INTRODUÇÃO :
\
2
DESCRIÇÃO DO TRABALHO :
Os três primeiros capítulos têm por objetivo definir os parâmetros do magneto Pista de
Corrida e técnicas de cálculo em duas e três dimensões .
O objetivo deste estudo também inclui a análise das propriedades e das características
relacionadas ao magneto de geometria Pista de Corrida em todos os capítulos subseqüentes ,
visando a compreensão e o domínio da técnica de cálculo de parâmetros fisicos para efetivar a
tecnologia de sua fabricação .
Para atingir esses objetivos , o trabalho é esquematizado da seguinte forma :
CAPÍTULO}
(1.1)
As condições de contorno são assumidas como sendo da forma a<jJ+b ô<jJ = O , onde o
ai
segundo termo corresponde à derivada normal ; a e b são constantes que podem assumir
diferentes valores ( não ambos nulos ) em diferentes posições do contorno na geometria .
A variável dependente <1>. é assumida como sendo contínua e as quantidades À·, S são
assumidas como contínuas sobre sub-regiões de R , de modo que 'pode haver interfaces
internas nas quais À e S são descontínuas . Em tais interfaces , Â ô<jJ é assumida como
a1
contínua.
Essa equação é resolvida pelo método das diferenças finitas ( MDF ) , empregando-se
sobre-relaxação sucessiva com otimização automática do parâmetro de sobre-relaxação ,
admitindo as seguintes hipóteses básicas do MDF :
Com estas suposições e sabendo-se que qualquer região poligonal pode ser
triangularizada , pode-se discretizar a região de um problema de qualquer forma , gerando-se
uma malha em que os contornos e as interfaces permanecem inteiramente sobre as linhas da
malha [Win65].
Pode-se adotar a derivação integral ou variacional para se obter as equações de
diferenças . Adotando-se o primeiro. caso , (1.1) pode ser escrita como :
(1.2)
(1.3)
on d e J· = 1· + -1 ,k = 1· - 1
- "
e os angu 1 os e s.-ao opostos ao lad
a o 1· .
2 2
0i
0 0i+1
Figura 1.1 : Parâmetros de cálculo em um triângulo característico de malhas do :MDF
'·
6
Jj = µli (1.4)
(1.5)
- ( µVxA
Vx 1 - -) =O (1.6)
onde y=µ-1
(1.8)
\
7
1) A geometria do problema pode ser especificada por uma malha triangular variável
com até 2500 pontos .
2) No cálculo , pode-se considerar um magneto de qualquer forma geométrica ,
possuindo simetria ou não .
3) Qualquer distribuição de corrente pode ser considerada.
4) A energia armazenada em regiões de ferro e de ar pode ser calculada .
5) Problemas de valores de contorno não nulos podem ser tratados .
6) Problemas de µ , constante ou não , podem ser resolvidos .
INÍCIO
LEITURA DE Nl E N2
MESH
FIM
.: ·~
triângulos _ retângulos. ou eqüiláteros , de acordo com as especificações de entrada .
Determinados todos ·os .pontos dê contorno , o gerador de malha calcula os potenciais
associados a cada triângulo e armazena os dados em disco .
A malha gerada é tal que se tenha o menor número possível de triângulos obtusos , o
menor número possível de triângulos delados alongados e que se tenha transições suaves entre
pontos da malha , visando sempre uma regularidade que possibilite o cálculo dos potenciais
magnetostáticos nos triângulos , já que o programa não executa o cálculo se houver um ou
mais triângulos de área negativa ( sobreposição ) ou nula . Uma geração bem sucedida é aquela
em que o programa é capaz de definir todos os pontos da malha sem que haja sobreposição de
triângulos .
A especificação de tipos de triângulos para os . pontos interiores de uma região é
arbitrária , mas experiências com o TRIM mostram que para. a maioria das geometrias ,
triângulos retângulos em ar e eqüiláteros em ferro fornecem os melhores resultados [Win67] .
Usando sobre-relaxação linearizada , o parâmetro de relaxação geralmente está entre
1, 9 e 1, 96 e o número de ciclos exigidos para a convergência em uma malha de S 1 x 51 pontos
armazenados ( capacidade de memória disponível no código ) geralmente situa-se entre 200 e
800.
Como em qualquer código baseado na equação ( 1. 1) , não se procura o potencial e sim
suas derivadas , particularmente a primeira e a segunda , que correspondem às componentes de
campo magnético e seus gradientes .
A hierarquia de execução das subrotinas dadas na rotina MESH pode ser analisada no
Apêndice II .
Aentrada de dados no programa TRIM deve ser feita no formato indicado no arquivo
de dados de entrada do exemplo no Apêndice III , em que se estabelece o universo do
problema , as coordenadas das regiões envolvidas no problema , as condições de contorno , a
corrente em regiões com bobinas , o tipo de material magnético empregado e o tipo de
triângulo a. ser utilizado na malha a discretizar a geometria do problema . A cada dado de
entrada corresponde uma variável do "array" PRBCON , equivalente ao "array" CON do
código POISSON. No Apêndice III, descrevemos as variáveis do "array" PRBCON que mais
são utilizadas no projeto de magnetos .
Para entrar com as tabelas de permeabilidade magnética dos materiais utilizados como
núcleos ou blindagens e executar o TRIM para projetar magnetos envolvendo esses materiais
magnéticos , devemos executar os passos descritos no Apêndice III . Basicamente , devemos
entrar com o número de tabelas B-H , o tipo de material e os pares de valores de indução
magnética B contra a intensidade magnética H, dados respectivamente em KGauss e Oersteds.
Todas as unidades empregadas no programa TRIM são as mesmas utilizadas pelo programa
POISSON, indicadas na Tabela (1.1).
No Apêndice III , também é indicado o formato de entrada de dados das tabelas de
permeabilidade para o código TRIM . Na entrada de dados para a execução do programa
TRIM , devemos ressaltar que as condições de contorno não têm o mesmo significado que no
\
9
Podemos ter uma idéia geral da hierarquia de execução dos programas do código
POISSON , observando a Figura 1.3 .
AUTOMESH e LATTICE são os programas de geração de malha no código
POISSON e têm prioridade de execução em relação a qualquer outro programa do código . O
primeiro a ser executado obrigatoriamente é o programa AUTOMESH , que lê os dados de
entrada , inicia a geração da malha e cria um arquivo binário de saída , utilizado pelo segundo
programa do código ( LATTICE) paraque se complete a geração da malha. Em seguida,
inspeciona-se a malha gerada pelo programa TEKPLÓT ; se não houver erros na malha ' pode-
se executar o programa POISSON. Após o cálculo , pode-se executar novamente o programa
TEKPLOT para se analisar o mapeamento· das linhas equipotenciais geradas no problema .
INÍCIO
AUTOMESH
TEKPLOT
Malha e Geometria
POISSON
TEKPLOT
Malha, Campo e Geometria
FIM
\
12
CAPÍTULO II
A configuração geométrica Pista de Corrida é formada por dois setores retos maciços
de secção transversal retangular , paralelos entre si , unidos em suas extremidades por setores
circulares maciços de secção transversal retangular com ângulos de abertura de 180° . Ao
dispositivo eletromagnético cujo enrolamento possui a forma geométrica Pista de Corrida
denominamos magneto Pista de Corrida ( Figura 2.1 ) . O enrolamento deste magneto é feito
no sentido longitudinal dos. setores retos , conforme indica a Figura 2.1 (b) .
SETOR CURVO
SEMI -CILÍNDRICO
(a) (b)
. P ( XP , Y p , l p>
CORTE AA
z
A
l
L A
e.,
b
d
(2.1)
onde l indica o comprimento das espiras dos setores retos , r o raio das espiras nos setores
semi-circulares e os índices i,j denotam a posição da espira no enrolamento.
O volume de enrolamento da geometria Pista de Corrida é dado por :
14
Estas fórmulas são muito úteis quando se deseja estimar a quantidade de condutor
utilizado , visando minimizar o volume dê enrolamento , sem alterar significativamente o valor
de campo magnético central desejado no projeto , pelo critério de menor custo .
Esta geometria apresenta também consideráveis vantagens quando os magnetos são
fabricados em sistemas magnéticos sob a forma de dipolos ; em muitas aplicações , só é
possível atingir a homogeneidade e intensidade de campo desejados através deste arranjo .
Dentre essas vantagens , principalmente , podemos destacar. as de apresentar linhas
equipotenciais induzidas perpendiculares às · bobinas constituintes do dipolo e um intenso
campo magnético na região do entreferro .
Dentre as geometrias de magnetos que existem , os magnetos Sela e Pista construídos
sob a forma de dipolos ( Figura 2.5 ) são os mais adequados para gerar tal configuração de
linhas de campo ( perpendiculares à maior dimensão do magneto e à região do canal ) . A
geometria cilíndrica é muito inadequada nestes casos , em termos de geração de campo por
unidade de volume e de homogeneidade . Em muitas aplicações tecnológicas , como na
geração de energia por magnetohidrodinâmica ( MHD ) e nos magnetos Wiggler , há a
necessidade de que os canais desses sistemas sejam bem longos em relação às dimensões da
secção transversal dos magnetos , o que torna o campo magnético gerado pela geometria
Solenóide totalmente insatisfatório .
Os dipolos formados de bobinas de geometria Pista são preferidos devido ao seu maior
campo dipolar e ao seu enrolamento mais compacto , facilitando assim o processo de sua
fabricação . A desvantagem em relação ao sela é a de consumir uma quantidade maior de cabos
supercondutores em seu enrolamento , o que pode elevar assim os custos de projeto
envolvidos, porém sua técnica de fabricação é bem mais simples.
CORTE AA
I
t z
[g]~
'-y
~ .. i'
(.)
J(
A A
g z
~ [g]1
1-
d
I · b •I
·t
'
1 r, I2 !3
1
1
1
f
1
1
1
1
I b ·
~~::e~
:ct, ~
~ ~ ~"
~
1 2 g
1
1
t~
,-
1
1
'
1
1
1
2.2) Análise dos programas TRIM e POISSON no projeto de magnetos tipo Pista de
Corrida: ·
(2.3)
onde:
n, = -2µº (
{f X
2 y+ y 2){[ Xz
a
+ y2 + Zz
r}
By =-µ0( 2
2 :r x + y
X){ [x2 + yza+ z2]
2 312 }
De acordo com o gráfico da Figura 2. 7 , que representa a razão relativa Bel B entre os
(Ji ..fi. ª) .
00
' .
campos magnétrcos d os con d utores no ponto ·-·-,-,- contra o compnmento do
2 2 2
condutor finito , podemos perceber que à medida em que o comprimento a do condutor finito
tende a um número grande ( não necessariamente ao infinito), a razão tende a 1,0 ( ou o erro
relativo diminui significativamente , tendendo a zero ) . Quando seu comprimento é da ordem
das dimensões de muitos magnetos de aceleradores e de magnetos de MHD ( cerca de 100 cm
para cima ) , o campo magnético gerado pelo condutor finito de corrente se torna praticamente
igual ao do condutor infinito ( como podemos perceber pela curva da Figura 2. 7 ) que tende
assintoticamente a 1,0 à medida em que a cresce e já praticamente converge em 150 cm.
.. 1
I
1 I .s,
2
y 'I
a
2
•
X
1.000
0.996
ar
,o.992
a:l
0.988
0, 984 -+,,.........,,......,.,.,.M"MNTT'TTT'TTTSn-n,-rrr.....,..rn-,rTTT"TTTTTT"M"MrTl"l"I
o
(2.5)
(2.6)
A equação (2.6) nos fornece a razão entre o campo central produzido por uma espira
retangular e o campo central produzido somente por elementos ou espiras laterais muito
longas. Note que o caso infinitamente longo sempre subestima a intensidade do campo central
neste exemplo . Entretanto, conforme podemos notar na Figura 2.8, o erro se toma menor à
medida que a razão entre largura ecomprimento diminui. O erro é de 12 % a uma razão entre
largura/comprimento de 0,5 e 0,5 % a uma razão de O, 1 [Tho82] .
1-
t ..~SPIRA,
RETANGULAR
10·3~--------..._
o 0,2
___.
o,4
__,
o,e
__.
o,e
__
1,0
RAZÃO 1- [Tho82]
\
20
magnetização dos materiais usados e empregar métodos numéricos de cálculo ( uma vez que o
método integral não possibilita esta determinação ) , cálculo este que é realizado por ambos os
programas bidimensionais .
· Do exposto , concluímos que os principais parâmetros em projetos de magnetos Pista
que podem ser estimados . com o TRIM são basicamente a contribuição de campo do núcleo
ferromagnético no centro de um dipolo , o aumento de campo devido à blindagem magnética ,
a espessura necessária dessa blindagem para evitar campos espúrios exteriormente ao criostato
e o mapeamento de campo no plano central do magneto Pista com ou sem núcleos e
blindagens ferromagnéticas . Todos os principais gráficos e mapeamentos de campo dados em
nossos estudos de magnetos Pista a seguir foram levantados com o emprego do programa
TRIM.
3.00
E E 2.0
m co
~e: 8
:tie:
2.00
"'~ "'~
1. l
o a 1.0
1.00
'4b.J,OO 3,83 7.07 11 ,60 16. J'J 19, 17 23.00 26.BJ 30.67 J ... 60. JB. JJ .. 2.17 '46.~e,.OO 40.00
-i2.17 "'12, 17
-G- Programa PISTA
--7*- Programa TRIM
'JS.D 38. ):J
20.00
J"l.60 J ... 60
30.07 30.t.i7
~
ai
;?a.8J
~e 0.00
.:
C>
7J,00
i
8.
d
19.11
16.:J:J
-20:00
11.60
... 7.07
além disso , tanto blindagens como principalmente núcleos aumentam o campo na região de
trabalho , possibilitando que se empregue menos cabos ) , ou reduzir a corrente operacional do
magneto , visando um projeto criogenicamente mais seguro .
5. Servir como estrutura suporte para manter a geometria desejada. mesmo sob as
intensas forças eletromagnéticas geradas no magneto em operação , sobretudo na parte reta .
6. Desacoplar eletromagnéticamente multipolos em projetos de magnetos de transporte
de feixes e magnetos de Síncrotron ; quando as bobinas de um multipolo estão perto umas das
outras e não há um material ferromagnético ao redor de cada uma delas , o quench sofrido por
uma bobina pode afetar magnetos adjacentes e provocar um efeito em cadeia por acoplamento
eletromagnético . A introdução de um material ferromagnético ao redor das bobinas evita este
efeito. ..
7. Atuar como filtro de "ripple" das fontes dos magnetos supercondutores.
MT = 2,1936
O valor M = 2, 19 T corresponde à maior magnetização de saturação que esse material
pode apresentar . Isto significa que o ferro , ao sofrer a ação de um campo aplicado H maior
. do que 101º A / m não aumentará mais a contribuição de campo devido à magnetização e
tenderá a permitir a passagem das linhas de campo.magnético, comportando-se como se fosse
um material com permeabilidade magnética semelhante à do ar .
O cálculo da magnetização do ferro ou qualquer outro material ferromagnético em
configurações 30 é bem complicado , principalmente devido ao problema de se determinar o
valor da permeabilidade magnética µ ponto a ponto no interior dos mesmos , tornando o
cálculo da contribuição de campo desses materiais inviável analiticamente e extremamente
complexo em três dimensões . Entretanto , pode-se determinar com boa precisão a
'·
23
T
4,8
10
4,2 9
3,8
e
1
3,4
6
B µ,.
M :5,0 !S
4
2.6
3
2,2 2
1,8
A/m
1<>3 104 ,os 106 107
H
1 !S --300K
, t,-4.. 77K
•.,.o
,....
~·
-- 4,2K
10
Como estão bem distantes das bobinas , a saturação nestes núcleos é negligenciável , o
campo magnético depende linearmente da corrente , mas o fator distância implica que eles
podem contribuir apenas em torno de 1 O % para o campo. magnético' central ..
Figuras 2.15 , 2.16 e 2.17 indicam , respectivamente , a configuração das linhas equipotenciais
nos casos de um magneto com um núcleo em forma de C , de um núcleo interno à bobina e de
um núcleo envolvendo a bobina .
y (cm)
1 7
x (cm)
o 8 12 46
Figura 2.14 a) Esquema de um dipolo de magnetos Pista de 5 T , sem núcleo '-· .,._
magnético ( 1 Q )
(cm)
0.00 3.83 7.67 11.5015.3319.1723.0026.8330.6734.5038.]]42.1746.00
46.00 .,..--,---,-- ·-,-·r-,---,-T-1-r·-r,-,-r,- 46.00
30.67 30.67
~---.::i 26.SJ
2J.00 2J.00
19, 17 19. 17
15.JJ 15.JJ
11.50 11.50
7.67 7.67
J.BJ - . J.BJ
. ?~~.
Figura 2.14: b) Configuração das linhas de iso-potencial para o magneto em (a)
!~ -y<i_\ FAENQUIL
f,;
'"3 --·-············ · ········-- r.d
~n
1\\.
liGUOTEC;\y/;'/
· ~, ' ., ()
. ..,._ t: ('- ./
'·•-·,, .•.. o,;,:':\" ' '
... ·''"""'--·· f..e ------
26
y (cm)
AÇO C
461-----------------------,
1 9
11
x (cm)
o 68 1214 19 46
[cm]
0.00 3.83 7.67 11.50 1.S.33 19.17 23.00 26.83 30.67 34.50 38. 33 42.17 46.00
~00 ~.00
-.2.11 42.17
38.33 :ia. 33
34.50 34.50
30.67 30.67
26.83 26.83
23.00 23.00
19.17 19.17
15.33 15.33
11,60 11.50
7,67 7,67
y(cm)
..._~~---~~-'-~~~~~~~~~~~~~---~--xtcm)
O 8 12 46
[cm]
0.00 3.83 7.67 11.5015.3) 19.17 2J.00 2ó.8J J0.67 )4.50 J8.J3 42.17 46.00
46.00 --.-r-r--r-r-r-11 '10.00
12. 17 42. 17
'.l8.J3 - JS. JJ
, ,------- ,2----
34.60 ,~--------~--~34.,-0
/
30.b7 ]0.67
/ -··12
2ó.8J ,..:i ---- 20.ro
23.00 2J.OO
19, 17 1Q.17
16.J3 16.JJ
11,50 u.ee
7,b7 7,,ó7
3.83 J.8J
y(cm)
46t--~~~~~~~~~~~~~--,
·2 2 t--'l,.,.-~---,,.,.-""77"'~..--.
1 7
o 8 12 17 46
[ cm J .
0.00 J.03 7.07 11.50 15.JJ 19.17 23.00 2(,.8) J0.b7 34.50 38.JJ 42.17 40,00
46.00 46.00
1:1. 17 - '12. 17
----·-
38.JJ JB. JJ
34.50
------------=131.S<il
J0,b7 30.67
2(,,BJ
2).00
19_.'17
16.33
11.60 tt.50
7,67 7 .1:,7
J.83 J.0)
y(cm)
46t-~~~~~~~~~~~~~~~-
371-7.~,.,,.-7r-,,.,.--.._..~--,,.,-----.-
17
dimensões da blindagem em um projeto devem ser determinadas de modo que o material não
sofra o efeito de saturação .
. Nas Figuras 2.19 , 2.20 e 2.21 temos exemplos de blindagem projetadas para confinar
as linhas de campo de um magneto PC supercondutor . Podemos perceber nitidamente que há
o confinamento das linhas equipotenciais na região interior à blindagem e a tendência das
mesmas serem confinadas principalmente dentro do material ferromagnético , o que ocorre
devido à sua alta permeabilidade magnética . Na Figura 2.19 , podemos notar a fuga de linhas
de campo além da blindagem ( saturação ) , o que ocorreu devido a um mau dimensionamento
da mesma.
Na Figura 2.20 , essa fuga de linhas. de campo é reduzida , devido à otimização
realizada no projeto da blindagem , o que reduziu a intensidade das linhas de campo na região
exterior à mesma , embora o fator de blindagem não' se mostre ainda totalmente satisfatório . O
dimensionamento neste caso foi bem mais eficiente ; sendo o mesmo magneto em ambos os
casos , pôde-se constatar com a execução do TRIM uma menor intensidade das linhas de
campo na região exterior à blindagem , à medida em que a mesma se afastava do magneto e à
· medida em que se aumentava sua espessura . Pôde-se constatar também uma contribuição
significativa de campo no ponto central de dipolos , constituindo-se em um elemento de
reforço para se atingir o campo central desejado e reduzir o custo do projeto . .·
A Figura 2.21 indica um dimensionamento e um posicionamento da blindagem que se
mostraram eficientes para o confinamento das linhas de campo magnético , com um fator de
blindagem bem adequado .
[cm]
0.00 J.83 7.67 11,60 16,33 19.17 23.00 2b.93 J.0.67 J.4,60 38.JJ <42,17 -'lb.00
1b.00 ,----r-r--r.-r,-,--,-,-,--r~r-r- ~6.00
"42.17 42.17
JB.33 36.JJ
31.50 J-1,50
30.b7 '.30.67
2b.8J 26,03
23.00 23,00
19, 17 19. 17
16.JJ 16.JJ
1LG0 11,60
7,67 7,67
3.0'.3 J.eJ
[ cm J
e.00 J.aJ 1.t,1 11.S01s::iJ 19.112J.0026.83 30.67 J4.00 :JS.JJ 42.11 . :it,.OO
4b. 00 -,-,--r-.-i----r-r--r-r-,--·r-r-r-r---r--r--,-1-,-r--,· '1{1. 00
42.17 4?. 17
'.38. JJ JS. :n
31.50 ]"1.50
30,67
:ztl.BJ : 26.BJ
7.3.00 23,00
19.17 19.17
I t.60 11.60
.1.b7 7.b7
J.83 J.03
Figura 2.20 : Esquema do mesmo magneto PC da Figura 2.19 , mas com um projeto
otimizado mais eficiente de sua blindagem magnética
[ cm) .
0.00 J.93 7,67 11,60 16.JJ 19,17 23.00 26.8:1 30.67 34,60 JS,33 42.!7 46.00
416. 00 --r-r-,-r-1--r-1-·-r-r-i-~-r-.-.~.-,-·-,-,-r· 1116.00
412. ,, 42.17
'.38.33 38.33
34,60 3'1.60
30.67
26.BJ 26.BJ
23.00
1'9, 17 19, 17
16.JJ ,s.n
n.se 11,50
7;1;,7 7.67
'.3.83 J,63
mãl m.
::,
o J
Espessu~ de blindagem esp=10 cm
500 500
(a) (b)
y{cml
461--~~~~~~~~~~~--~~,
37 1-,,,--,.,--,~,r""'l~.,,.,.-"771
2 7 ~~-""'-"""--""'"~
1 7 ~-,,.r-,-,.r-....,.
Figura 2.23 : a) Esquema das dimensões de um magneto Pista com núcleo interno e
blindagem
[cm]
0.00 3.83 7.67 11.60 15.33 19.17 23.00 26.83 30.67 34.50 JB.33 42.17 46.00
46.00 46.00
42, 17 42.17
38.33 38. 33
J4.S0 . ·· "J.1.IA}
30.67 30.67
· 26.8]
23.00 - ,J.00
- 19. 17
15.JJ 15.JJ
11.60 11,150 l
7.67 · 7,67
3.83
.
"' - ].8]
0.00
0.00 J.83 7.67 11.60 16.33
J
19,17 23.00 26.83 30.67 34.60 38.33 42.17
0.00
46.00
[ cm ]
material a intensidade de campo é muito maior devido aç intenso confinamento das linhas de
campo em face dos altos valores de permeabilidade magnética µ .
e.ee J,8'3 -,_01 11.&e 1s,JJ ,.,.17 za.ee 2eo.8'3 Je.67 aa.se le.l'J «".17 ee.ea e.oo J,eJ' 7.o7 11.50 1e.JJ 17,11 2J.00 zc.SJ J0.01 J.4.5e Je.JJ 12.11 -e.ce
-46.00 --r,----r-,---r-.-,--,-y-r-,--r-,- <4t>.OO 40.00 <10,00
5.00
4.00
~ Campo gerado por bobinas a núcleo
--9- Campogeradosanente pelas bobinas
-*- Campo geradopelas bobinase pelo núcleo
..:.e_... Campo gerado por bobinas, núcleo e blindagem
4.00
3.00
E E
co CD.
3.00
o
,. .8
. ..,
" ~e:
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"'E
2.00 !il'
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. 8.
8. 2.00
E E
(.) 8
1.00
1.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 45.00 o 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Posição ao longo de Ox (cm) no centro do gap Posição ao longo de Ox (cm) no centro do gap
(a) (b)
3.00
4.00 -B- Núcleo Interno
~
8
~a,
ê
8.
2.00
E
Ol
8
'\'le:
.,"'
E
3.00
---
a
E
o
.8.
E
2.00 •
1.00
1.00
O 5 W B ~ ~ ~ U • ~ O 5 10 15 zo 25 so 35 '40 45
Posição ao longo de Ox (cm) no centro do gap Posição ao longo de Ox (cm) no centro do gap
Figura 2.27 : Comparação entre os gráficos de perfil de campo entre os casos com
núcleo envolvendo as bobinas e um núcleo em C , sem blindagem
Figura 2.28 : Comparação entre os gráficos de perfil de campo entre os casos com
núcleo envolvendo as bobinas , núcleo interno e em forma de C associados à blindagem
De acordo com as análises feitas neste capítulo , concluímos que os códigos de cálculo
de campo bidimensionais são muito úteis tanto para o dimensionamento da secção transversal
de enrolamentos de geometria Pista de Corrida quanto para os casos em que são introduzidos
materiais ferromagnéticos associados a esses magnetos . Mas , para que tenha total
confiabilidade nos cálculos de dimensionamento de magnetos Pista de Corrida é fundamental
que se analise a contribuição das extremidades desses magnetos , ou seja , que se leve em
consideração o efeito dos setores semi-cilíndricos . Essa análise é muito importante para uma
maior precisão bem como para que se possa analisar pontos potencialmente críticos que se
encontram nas extremidades dessa geometria , além de outros parâmetros muito importantes .
como o levantamento do perfil de campo ao longo dos eixos relevantes para a determinação de
homogeneidade , região útil , medidas de possíveis seccionamentos e outras características
fisicas associadas ao magneto Pista de Corrida supercondutor .
36
CAPÍTULO Ili
3. 1) Introdução :
_ µ 1,( d/ x(r-r')
B=-º-;r
41r e Ir -,13 (3.1)
'
37
'i
REPRESENTACIO.ESQUIMÁTICA DOS
PARÃMETIIOS NA LEI DE BIOT·SAVART.
X
• • P lx, y,1)
cada um dos filamentos que a constituem e , finalmente , calcular o campo magnético total
gerado pelo condutor reto , pela soma vetorial da contribuição de campo devido a cada uma
das lâminas de corrente que o constituem .
r
P( X' s . z)
h
I dl YE
~,-,------11------~,....-------y
' ',...... ,,,~''
<, ,/
3.3.2) Campo magnético gerado por uma lâmina plana de corrente de comprimento
finito paralela ao plano x = O :
h
,
,""
J)H-
1
I+ ~
, ,,
,
b
'I
lt
---f~AJ
Figura 3 .4 : Lâmina plana de corrente de comprimento finito paralela ao plano x = O
Considerando K a corrente superficial que passa pela lâmina , a corrente I que passa
por cada elemento é dada por :
l=Kôy (3.4)
De acordo com (3.2), (3.3) e (3.4) , o campo magnético gerado pela lâmina pode ser
dado por:
Jj = ~ ,( µ0KLl)l; d! Xi;
1.lffiL-Jc 4 7í ';..
t:.y,-.O i=I
3
~Ê= µ0K1h1bdl xf dy
41r o º r3
40
(3.5)
(3.6)
Considerando ] a densidade de corrente que passa pelo bloco , a corrente que passa
por cada placa elementar constituindo o bloco é dada por :
1 = JLhLiy (3.8)
Logo, o campo magnético total gerado por um bloco condutor de corrente pode ser
determinado matematicamente por :
· 11 11 d/ xf
B= µo lim °""'°""'!J&J1.y. ii ou
4 sr tsx ~o z: z: 1c 1 r3
'
1~
t-./,~o i=l J=I ij
(3.9)
_
B=-·
µ0 Jlaibi1,d/x~ dxdy =>
41C o o o r.3
!I
onde temos que f = (xP -x)T +(yP - y)J +(zP -z)k , (xp,)lp,zp) são as coordenadas do
ponto de observação e (x,y,z) são as coordenadas do elemento de corrente genérico
considerado na integração .
42
(3.12)
x,=x
Y1 =y
{ (3.14)
z1 =z
(3.15)
(3.16)
(3.17)
uw
termo , argumento das funções arco tangente , podem tender ao infinito , o
v.Ju +v2 +w2
2
que traz dificuldades para se implementar tais expressões computacionalmente .
Estas. singularidades , entretanto , podem ser eliminadás analiticamente através de
tratamentos matemáticos adequados a cada caso , que passamos a analisar .
Para se eliminar "as singularidades das funções dadas por g= v.arctan/(u,v,w) ,
r. .. -
devemos recordar que a função arco tangente varia de - 1r a · 1r , quando o argumento f
· 2 - 2 ·
varia de -<fJ a co;
Portanto, as funções arco tangente dadas em (3.13) podem ser enquadradas em dois
. casos bem determinados :
l) V::: Ü
uw
v=O~g=v.arctan-, ,=====0 (3.18)
vvu2 +v2 +w2
2) v:;t:O
Neste caso , temos que g assume um valor numérico finito - que não implica em
problemas computacionais - dado por :
uw
g = v.arctan .J
v u 2 +v2 +w2 (3.19)
l)u$'.;0 e v=w=O
2) W $'.; Ü e 11 = V =Ü
Podemos eliminar estas singularidades , de acordo com as propriedades :
I) s(o,o,o) = o (3.22)
II) S(u,o,o) = ulnlul (3.23)
III) S(O,O,w) = wlnlwl (3.24)
tem)
L&01M U4 4.26 U3 7,00 1.31 •• 7& 11.1.l 12.60 1.ul 16.2& lt..A 11.°Lo
7,13 7,13
6.7& 6.7&
4.31 ,ue
.J.00 MO
1,83 tM
0,26 0,26
-1.13 -1.13
-2.IO -UO
~ -3.111
-6.26 --6.25
-e.u - ....e.a
-~.oo ua 4.26 ·u, 1.00 11..11 t.r& 1\.1.J 1:uo 1J.11 is.a .16.N 1e.oo-a.oo
(cm)
Para o cálculo do campo magnético 'total gerado por um magneto de geometria Pista ,
torna-se necessário determinar qual a contribuição de campo dos setores semi-cilíndricos que o
constituem ( Figura 3. 7 ) . ':
O método integral para o cálculo das componentes de campo magnético devido a essa
geometria não possibilita que se obtenham soluções analíticas ( como no caso do bloco
condutor de corrente ) e , sim , expressões com somente uma integral unidimensional , que
pode ser resolvida utilizando-se métodos numéricos apropriados , .como trapézios , quadratura
de Gauss ou _Simpson. Entretanto, uma solução alternativa prática e bem adequada para esta
geometria consiste em se considerar o arco· semi-cilíndrico condutor de corrente como sendo
constituído de condutores retos de corrente de secção transversal.retangular e de comprimento
finito , porém muito pequeno , de tal forma que , no limite , quando seus comprimentos
tendem a zero , os infinitos blocos formem o arco . Computacionalmente , torna-se impossível
aproximar um arco por infinitos condutores retos e isso nem é aconselhável porque existe um
número ótimo de condutores retos para simular o campo magnético de um arco condutor de
corrente . Acima deste limite otimizado , não se tem consideráveis alterações nos valores de
campo magnético . Essa característica também ocorre em métodos numéricos avançados ,
como o método dos elementos finitos , aplicados a determinadas geometrias , em que os
valores obtidos de campo convergem para um resultado fisicamente aceitável até um
determinado número de elementos na malha gerada para discretizar a geometria do problema ,
mas não converge se a malha é refinada com um número excessivo de elementos . Para
calcular o campo do arco , devemos. utilizar o método semi-analítico de simular o arco semi- " -- -
cilíndrico com um número n de condutores retos suficientemente grande, para atender às
exigências de precisão do cálculo realizado ( Figura 3.8 ).
li
3 4
P= .!!.._ (3.26)
N
P"=kP-:::::>
_ krc
/3i> N (3.27)
1-b (a)
(b )
Figura 3.9 :a) Arco maciço condutor de corrente de secção transversal retangular
b) Esquema de um bloco elementar do arco maciço semi-cilíndrico
48
Ye = ( ~ + b) COS O (3.28)
z, =( ~ + b) sen O+ li (3.29)
l
Pt = -R => l = R. Pt
. (3.30) .
(3.31)
(3.32)
(3.33)
49
z
d + b)co,. e
o ~ ........----.-.,
., R
----.---
(L + b) 11n9+h X
y
2
z
b+ M
ZA .--------+--------FA--- ., . . .---
h
2
•
z z
R coa e
z z
X : X
Assim , o campo magnético total gerado pelo arco maciço semi-cilíndrico é dado por:
(3.34)
onde:
n
B=LB,
i=I
(3.35)
(3.36)
1s1 = B= ~B~ +s; +B;
3.5) Campo magnético total gerado pelo magneto de geometria Pista de Corrida:
Uma vez conhecidas as componentes de campo magnético geradas pelo condutor reto
de corrente e pelo arco semi-cilíndrico condutor de corrente , podemos calcular as
componentes de campo .geradas pelo magneto Pista de Corrida . Para isso , devemos conhecer
as expressões de campo do bloco e do arco no sistema de coordenadas do magneto .
Consideremos os. dois blocos paralelos entre si da Figura 3 .14 , onde estão
representados os sistemas de coordenadas do magneto e dos blocos · condutores de corrente .
De. acordo çom a Figura ;3.14 • as relações de transformação de coordenadas dos sistemas
naturais dos'blocos para o sistema do magneto são dadas por:
52
d (3.37)
YA = y+ Yc = y+h+-
2
(3.3~)
. P( x,y,z)
ªa
Figura 3 .14 : Setores retos ( blocos ) do magneto Pista , com os respectivos sistemas
de coordenadas
Com as equações (3.37) e (3.38), pode-se obter o campo magnético total devido aos
dois setores retos de magneto Pista de Corrida , bastando substituí-las em (3 .14) e (3 .15) e
somar as componentes geradas devido a cada setor reto . Matematicamente , temos :
(3.39)
2 2 .. 2 .. ·
onde S, e S2 são descritos por (3.13), com os argumentos x, y e z dados por (3.37) para S1 e
(3.38) para S, .
ll
M~ y
Figura 3.15 Sistema de coordenadas do magneto Pista e dos blocos nos setores
cilíndricos
Yc = ysen fJ+zcosfJ
{ zc = ycose- z sen () (3.40)
z P(Xp,Yp,Zp)
.k
M
ZA
·'
(3.42)
Assim , o campo magnético total gerado p.o.f um .magneto de geometria tipo Pista de
Corrida será dado por : . · ··.. · · ·· --
(3.43)
-~ . . .
Como podemos notar , a expressão dada em (3.43) não é conveniente para cálculos
manuais , porém é extremamente adequada para ser implementada computacionalmente , visto .
· que contém somente termos analíticos , escritos sob a forma de somatórios .
Um programa computacional de cálculo de campo magnético do magneto Pista de
Corrida foi elaborado e denominado programa PISTA . O programa PISTA é totalmente
baseado no método semi - analítico de cálculo de campo magnético. descrito neste capítulo e
expresso matematicamente por (3.43).
Os dados de entrada requeridos pelo programa correspondem aos parâmetros
mostrados na Figura 3 .17 e são basicamente as dimensões do magneto , as coordenadas dos
pontos de cálculo , o número de blocos de cada setor semi-cilíndrico , bem como as dimensões
..
56
NXXYY AXAYNXNY
,•
· NNN
XX( 1) YY(l) ZZ(l)
XX(2) YY(2) ZZ(2)
------ ------·-··· .
58
P(Xp,Yp,Zp)
·+·
t· z
·t
A
L
X
A
o
L:~~
!--r
DIST ~ CORTE AA
CONDUTOR:
(RETANGULAR) . _j_
. W OET. F
34.57
18.1044
~)t'. )t ~1! )1( lE )( .IE l4E )t( *_li( 34::+c ;+'. )( 'Jt'.'1'. * l<
)« . ·;
34.56
18.1042 · ·
<
o
m
Mapeamenlo de campo em blção do numero
~ e
f
18.1038
~
c'.l
34.54
t3
34.53 rTTTTTTT'TrmTTm]'TITTrTTrfllrn r1'f'IT';TirrTTITfmTITTT'l 18.1034 --l-1~1-11~1-1~11-1 TI'1~1-11~1-1 ~.. -1 ~11~1-11~1-1 ~.. -1TI'1~1-1 ~11-1
-11~1-11~1-1
~11-1 ~11~11
0.00 . 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00 o:oo 200.00 40000 600.00 800.00 1000.00
Número de blocos simulando o setor serni-eiündrtco Número de blocos simulando o setor seml-clltndríco
(a) (b)
35.81
.95
35.82
QO
'.!e, 35.80
~
m as ID
8 . ,,8
"'e
-e Mapeamentode CM1po em tt.içêo do m:.mero
de blocosno seta seml-dllnm!cono ponto: ~ 35.78 -
35.72 TTTTTrrrr1nrrn·rrryniTnn11nrnnr11rrrrrrrrrrrrrrrrnr1
0.00 20.00 40.00 80.00 80.00 100.00 120.00
o 20 40 80 80 100 120 140 Número de blocos simulando o setor semi-cilindrico
Número de blocos simulando o setor serni-cillndrico
(e) (d)
41.40
eoo.oo
.,
<
Tempo de processameri:o versus o numero
de blocos( menor ou lg..ial a 1000) que
41.:ZO eimulam o Hlor seml·clHnâioo. p,ra todol
--c .
os porioa e11k:ulac*>t
600.00 -
o ~
m 41.oo.
~
~
-e
t8.
Mapeamento de campo em lmção do número
de blocos no setor sem~clllndrico no ponto
(0;0;4.125). .
1
Q.
400.00 -
40.80
-8
.
E
o
40.60
t
1- 200.00
0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00 0.00 200,00 400.00 600.00 800.00 1000.00
Número de blocos simulando o setor semi-cillndrico Número de blocos no setor sem .. cilindrico
_, .--------- -
\
1
1 ~/
'-----------------------------~
0.00 3,83 7.67 11.60 15.JJ 19.17 ?J.00 26,BJ 30,67 J'\,60 39.JJ "12.17 ..b.00
'16.00 r-r-t r-r-r~r-r,--r-r-r---r--r-- 46.00
42, 17 -4'2. 17
38. JJ JS. JJ
31.60 - 34.60
30.67 30.67
26,83 26.8:3
2'3.00 za.ee
19.17 19, 17
,s.:n 15.33
11.50 , , .se
7,67 7,67
J.UJ J,BJ
bobinas Sela; .por ser a única forma de se obter a homogeneidade de campo exigida na região
do canal e de se obter a intensidade de campo magnético desejada no centro do canal em
ambos os casos , sem aumentar significativamente os custos . É necessário , portanto , calcular
o campo magnético gerado por esta geometria e analisar , quanto à intensidade , à
homogeneidade e outros parâmetros de projeto , a viabilidade de se utilizar ou não magnetos
Pista de Corrida em certas aplicações tecnológicas .
CORTE AA
z
A
L
•
A
o
E
o
.... ~L~J
1cm 1. 1 cm • ,
unitários , com exceção dos setores retos , que apresentam um comprimento dez vezes maior.
Assim , pode-se ter a compreensão não só do comportamento geral do perfil de campo ao
longo de Ox , Oy e Oz para um magneto Pista de Corrida , mas também uma noção
quantitativa de campo para o caso que mais ocorre na prática : magnetos Pista com grande
comprimento de setor reto . ·
Podemos perceber '< que o campo gerado pelo magneto Pista apresenta o
comportamento de uma gaussiana ao longo da direção Ox , sendo mais intenso no centro do
magneto e tendendo a zero à medida em que se mapeiam pontos mais distantes do mesmo. No
caso do mapeamento nas direções Oy · e Oz , pode-se notar que há um comportamento
semelhante : o perfil de campo apresenta uma certa homogeneidade ao ·redor do ponto central
do magneto , cresce lentamente nos pontos próximos desse centro e aumenta muito
acentuadamente à medida em que se aproxima do magneto , até atingir o seu valor máximo rio
início do enrolamento . Em seguida , o campo decresce linearmente , anula-se no interior do
enrolamento , muda de sentido até atingir a camada mais externa do enrolamento , a partir da
qual tende novamente a crescer , tendendo assintoticamente para zero , à medida em que se
mapeia pontos exteriores mais distantes do magneto .
~
: 1
1
6.0 · 6.0
~ 1
1
1
1
6.0 1
1
~ 4.0
~
!2. !2.
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e 4.0 e
"'E "'E O.O -
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8.
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D.
E
o
E
2.0
-4.0
. TrnTlTTTJTTTTrrITrp·nTTºTTTrfTTTTTITrrrrrrrnTTl')
-10.0 -5.0 o.o 5.0 10.0 O.O 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0
Distancia ao longo do eixo Ox do magneto (cm) Distancia ao longo do eixo Oy do magneto (cm)
(b) (e)
20.0
! 10.0 ·
CD
,,..
~e " . ... ·• ·•· ...
g,
E
8.
á
,5_0 -
No caso de uma configuração geométrica dipolar formada por magnetos tipo Pista de
Corrida é importante que se tenha uma compreensão do perfil de campo ao longo dos eixos do
"gap" ou do canal da aplicação em questão , principalmente para se poder analisar a
homogeneidade de campo nesta região . Estes comportamentos de campo ao longo dos três
eixos do canal encontram-se nas Figuras 3.23(a) a (c) . Ao longo de Oy, o campo comporta-se
como uma gaussiana e ao longo de Ox e Oz , ele apresenta dois pontos de máximo ( que
correspondem a pontos logo abaixo dos setores semi cilíndricos ao longo de Oz e os centros
das bobinas ao longo de Ox ) e uma certa homogeneidade entre os setores retos e os setores
semi-cilíndricos , decaindo à medida em que se mapeia pontos mais afastados do enrolamento .
Estas Figuras foram obtidas com base em um dipolo formado por bobinas Pista cujas
dimensões são dadas novamente pela Figura 3.22(a) e cujo entreferro vale g = 1 cm.
8.0 8.0
6.0
I 6.0
:? ?
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CD
~
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8 8
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E
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2.0 2.0
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o.o
-4.0
-r,-r-rrrrTI
·2.0
1 1 t Ili
o.o
1-rrr·rrrrmi-,-rrm-rr--ri
2.0
Distância ao longo do eixo Ox no gap (cm)
(a)
4.0
o.o - rnrrrrnrrrnTT,·11TnrrnTrrrnTnTTTI,,Trrrrrrr1
0.00 1.00 2.00 3.00
(b)
4.00
Distância ao longo de Oy no gap (cm)
-----
5.00
12.0
8.0
?
Q.
aJ
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+'
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OI
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B
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(3 .45)
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1.00 2.00 ·
0.80 1.50 -
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1.00 ·
'ii"'
.
-o
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O>
o 0.50 -
E
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I
0.00
-10.00 -5.00 0.00 5.00 10.00 0.00 1.00. 2.00 3.00 4.00 5.00
Distancia ao longo de Ox ( cm ) Distanéia ao longo de Oy ( cm )
(a) (b)
2.00 0.80
1.00 0.60 ·
,,., ."'
1.
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O.DO· .. --~itl ~ 0.40 ..
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n1=
-1.00 0.20
0.00
·2.00 - 1T1TTTTTT"fTTTTTT'ITrfTTTTõT,rTTrTTr1Tn·11 anrnrnF' 'Tf'ncnrn1
O.DO 4.00 8 . 00 12.00 16.00 -4.00 ·2.00 0.00 2.00 4.00
Distancia ao longo de Oz ( cm ) Distância ao longo de Óx no gap ( cm )
(e) (d)
1.00 1.00
0.80
0.50
.
,,
C)
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.,
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C)
O> O>
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E E
o 0.40 o
:e :e
O.DO
0.20
Convém destacar neste processo que para magnetos de alto campo tem-se que
estabelecer uma margem de segurança da corrente crítica , para garantir maior estabilidade
criogênica no projeto do magneto. Geralmente, adota-se como corrente operacional 75 % da
máxima corrente que o condutor suporta .
I (A)
e
CURVA DE CORRENTE CRÍTICA
CURVAS DE CARGA
B(T)
i
71
18.00
-c
~ 14.00 · e, H.00
Q.
w w
8 .8
"'"'e:
C)
12.00 · ~ 12.00
C)
~ cu
E
8. 8. ro.oo
E 10.00 E
8 a
8.00
6.00 -
0.00 5.00
~~
10.00
----~
íTTTTTTTTT1TTTTTrrrrrrn·rrn-.-l'rTnrn,TTTTrrrrrr1
15.00 .20.00 25.00
8.00
6.00 "7·
0.00
-r- 1 -r'-t+r-t-rr- r-r- r--,--rr1r·r1-rrr·rT
5.00 10.00 15.00
I T 1 1 1 11-r,
Distância interna entre os setores retos (cm) Distância interna entre os setores retos ( cm )
(a) (b)
18.00 · 120.00 ••
· -* · ·
-e-
Campo no ponto critico do setor seml-cillndrico
-*-
~-
(O:O:O)
\~
16.00 Campo no ponto crttlco do setor reto
100.00 .. (O:O:(c+dV2)
··B-- (0:d/2:0)
a) 80.00
~. .,
[
12.00
-,: "-
80.00 ·
8. -~ <, "", ~'
'~ -". B..., ~-............
~
<. -~-...... --~ ...... o
8.00
40.00 •
""-~
"*-., ----- - - -0
--- .. -o
(e) (d}
\=~-
120.00 - -*-· (O;O:O)
-)!E-
-G-
!0.0.0J
10.0.lc•dlf2)
-- G···· (O:O:(c+d)/2)
-EJ··· 10.on .OJ
8- (O:d/2;0)
100.00
100.00 ro ~.,.,,
-
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o
-
-c
e, 80.00
-.
CD
CD
..,""8e l1 60.00
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8.
~ ... >-. . .,. . . . ___ __---:------ ~
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·-----=----S-----s--
~~=--~---·- - ---B
.
40.00 ·
-~--.
<, .. a_
-
20.00 _.: ,·TTTrrr1-r1-r·rrTTrrn-1Trr·r·rrr-rr·r:rrrrr~ 0.00 ·- ·1n1TflTIT'TfflTITlfTITI rnlTfllTrtTílTJTITTTnrrpTTlTITT'l
0.00 5.00 10 00 15.00 20.00 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00
Distância interna entre os setores retos ( cm ) Di~tància interna _entre os setores reios (cm)
(e) (f)
120.00 ·
100.00 •
-·*- (O;O;O)
···-<2>-· (O;O;(c+d)/2)
··O·· (O;d/2;0)
20.00 ·
0.00 - TTTTTrTTrnTTTITITfTTTrrTTT11TITITT1TTf""TTT<TTTTl
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00
Distância interna entre os setores retos (cm)
/
-c 72.00
<,
'-'
/
00 .
o
u
~~
e 64.00
""oE .
o
o.
E
o
u
~
P.(ooc,+d,)
e ' ' 2 (3.46)
(3.47)
P.
R
(o d,2 '2e,)
' (3.48)
CD
.e m
CORTE AA
CORTE BB
Figura 3.28 : b) Exemplo do'rnesmo magneto Pista da Figura 3.28(a) com o recurso de
seccionamento ( Vista de planta )
20.0 300.0
Magneto sem seccionamento
~ Perfil de campo do magneto sem seccionamento ao longo de Oz
Magneto seccionado com R=3/7
Magneto seccionado com R= 1/4
-8- Perfil de campo do magneto com seccionamento ao longo de Oz
15.0
200.0
R..Razão entre espessuras
~
Q. ~
ai 10.0 - ai
.S 8
li 5.0
""~
l
8.
100.0
E
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Figura 3.29: e) Perfil de campo da bobina Pista de 3.22 com e sem seccionamento
-
10.0G 10.00
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8
3.00 - 3.00
(a) (b)
3.16 -
6.70
Comportamento do campo magnêtico
gerado no ponto central (1 :O;O)
Comportamento do campo gerado
6.60 no ponta erllico:(O;d'2;o'2)
3.15
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8.10
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4.oo 5.00 e.oo 1.00 aoo 9.oo 10.00 11.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00 11.00
Comprimento do setor reto (cm) Comprimento do setor reto (cm)
(a) (b)
8.80
comportamento do campo magnéUco 11.44 Compatamento
do campoma~tico gerado
gerado no ponto critico: (O;O;(c+d)/2) no ponto altico (O:O:(C+D)/2)
8.40
11.40
-
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7.60 8.
~ 11.32
7.20 TFTTTTTT1TfTTTITTTITjTITITnTilnn1TTTTJTTITITTITfn1TmT'l
4.00 5.00 6.00 '1.00 8.00 9.00 10.00 11.00
Comprimento do setor reto (cm)
11.28 - rrrrrmirrrmrlTTfTITITTílT'J" TmTI11jTTTTíl1TTfnlTITTff[l1'11TITrll
4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00 11.00
Comprimento do setor reto ( cm )
(e) (d)
3.12 6.40
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12.00 14 00 16.00 18 00 20.00 22.00 12.00 14.00 18.00 16 00 20.00 22 00
Comprimento do setor reto ( cm ) Comprimento do setor reto ( cm )
(e) (()
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120.00 140.00 160.00 180.00 200.00 220.00
Comprimento do setor reto (cm)
120.00 140.00 160.00 180.00 200.00 220.00
Comprimento do setor reto (cm)
(a) (b)
Figura 3.33 : Comportamento do campo no ponto crítico : (a) do setor reto e (b) do
setor semi-cilíndrico de um magneto PC seccionado e espesso ( b = 4 cm ) , em função do
comprimento do setor reto externo c2
10.94
10.92
Comportamento do campo magnéUco
gerado no ponto central: (9;0;0)
<t"
i:2. 10.90
Ili
i 10.66
l
! 10.66
22,92
20.BJ 20 .• 83
is. 7S ~· 18. 76
1f.'I. 67 - 16.67
14.68 14.58
12.60
, 10.4:?. 10.42
8. 33
6.-:26 o.25
•1. 17
- 2.0A
5.00 -
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1.00
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0.00 --- -r·r-r,·- r-1-,-,--,---,,-1·-,-,-,---r.--1-r-..--r-r·1
0.00 4.00 6.00 12.00 18.00
Posição ao longo de Oy ( cm )
Figura 3 .34 : b) Perfil de campo em Ox para o magneto PC de 5,0 T com e sem "yoke"
( Mapeamento do programa de cálculo magnetostático TRIM )
5 cm , as dimensões do comprimento do· setor reto do caso limite irreal de 1 cm até dimensões
muito maiores que as de sua secção transversal como 25 cm e 50 cm , e as dimensões das
distâncias entre os setores retos de 1 cm a 1 O cm . Para cada uma destas configurações de
magnetos Pista de Corrida , foram obtidos todos os gráficos que descrevem o comportamento
do perfil de campo ao longo dos eixos do "gap" do dipolo correspondente.
ENTRADADOS PARÂMETROS:
A, B, C,DIST
NB=l
FIXAR B, C, DIST
VARIAR O VALOR DE A
V A, VERIFICAR SEB1 = Bc
s
N
FIXAR A, C, DIST
VARIARB
V B, VERIFICAR SE Bi = Bc
s FIM
®
FIXAR A, B, DIST
VARIARC
s
V C, VERIFICAR SE Bi = Bc FIM
FIXARA,B, C
VARIARDIST
V DIST, VERIFICAR SE Bj = Bc
s FIM
®
ARMAZENARAS m CONFIGURAÇÕES POSSÍYEIS
120.00 - 150.00
-,'1(-- 1 = 2 cm
-e-- • = 3 cm ----*- a=2cm
100.00
--a- 1= Sem --e-- a=3cm
-+ • = 8 cm 100.00
--a- a=5cm
~ 1= to cm ~ ---A- a=8an
Q. 80.00
~
m m ---s>-- a= 10 cm
8
je 80.00 "'.,e
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50.00
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l 40.00
tl
0.00 ..
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20.00
O.DO 2.00 4.00 8.00 8.00 0.00 1.00 2.00 ' 3.00 4.00 5.00
Distância ao longo de Ox ( cm) Distância ao longo de Oy (cm)
(a) (b)
160.00
-·*- a= 2em
-*- a=2cm
--0- a=3cm 40.00
-4- a=3cm
-B-
--<7-
a =5cm
--e--- a=5cm
i
• =8cm < -8- a=8cm
~ --8-- a11: 1.0cm ª-m 30.00 -
--à-- a= 10 cm
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~ 20.00
i 60.00
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coo 1.00 2.00 3.oo •.oo 6.oo s.oo 1.00 a.oo 9.oo 10.00 O.DO 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00
Distancia ao longo de Oz (cm) Distância ao longo de Oy ( cm)
(e) (d)
-lk- é= 2an
40.00
--8-- B = 3an
-!!:~~~ ..
-o- o= 5an
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o.oo 1.00 2.00 3.oo 4.oo s.oo e.oo 1.00 e.ee e.oo 10.00
Olsblncia aa·langa de Oz (cm)
(e)
. . -
85
150.00
300.00 --*- b•2cm
-e- b= a cm
~ b•2cm -A-- b • 4cm
--e-- b=3cm --8- b • 5cm
100.00
-A- b=4cm
<(
< -B- b=5cm
o
200.00 o
'; CD
CD
8 .8 50.00
~CD ~e,
"'E ~
8. 100.00 - ~
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8 tl 0.00
-A-- b•4cm b ez em
--*-
300.00
--B- b=San
60.00
--e-- b=3cm
-A- b • 4cm
<(
< --8- b= 5cm
o C)
IIl 200.00 40.00
a:,
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·100.00 nl"-rrn-rr-r 1 1 1 1 , 1 1 1 1 1 1
0.00 4.00 8.00 12.00 16.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
Distância ao longo de Oz ( cm ) Distância ao longo de Oy no canàl (cm)
150.00
-*""-
·-e-
b •2cm
b •jcm
-8- b::4cm
-e~ b=Scm
100.00
<(
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! 0.00
-50.00 .: ·m·n1TTTfITrTTTTrTT1TTTTrrrrrinrr1TrrrnTrn1T11TTTTTTTT'1
0.00 2.00 4 00 6.00 8.00 10.00 12.00
Disltlncia ao longo de Oz no canal ( cm)
~ c=2cm 60.00
50.00
-e- c=3cm --*- e= 2cm
e= 10 cm 40.00
-8- c:;:;5011
a:,
ai --EH- c=50cm
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10.00 -20.00
0.00 lm,HT'lnmm_,,-,-rnnrnp m r-r-r-r i 1 -40.00 ·-· Tí!Trr·r1·1·1·, -t-r 11,·Tr·,·r 1-rrrnTrTT''TTrrrrrrTlTTrrr 1 T·,-1
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00
Distância ao longo de Ox ( cm ) · Distância ao longo de Oy ( cm)
~ c=2cm
-e- c=3cm
30.00
120.00 -----B- c=5cm
--*"" c=2cm
-é,-
~-
e=
c=20cm
10 cm
-e-- e =3cm
-----1!,- c=25 cm
--B- e =5 cm
--A-- 10 cm
-
e=
80.00 -ffi- c=50cm 20.00 -
-
<( <( --'E7- e= 20 cm
C) C) --tt-- e= 25 cm
ai ai -f:H-. e• 50 cm
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-e- c=3cm -----&- e= 10cm
20.00 20.00
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0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00
Distância ao longo de Oz no canal ( cm) Distância ao longo de Oz no canal ( cm)
25.00
40.00 -
--*- d=2cm
-e- d=3cm
-H- d=4cm
20.00
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Pode-se perceber qúe o aumento da altura de enrolamento provoca como conseqüência
um aumento da homogeneidade de campo na região central do magneto e do "gap" do dipolo
correspondente a esses magnetos . Além disso , pode também contribuir para um acréscimo
relevante do campo magnético gerado na região útil , embora não seja o fator principal para tal ·
efeito. ,
Com os gráficos das Figuras 3.36 a 3.39 , podemos projetar um magneto Pista de
Corrida apenas optando por um dos casos apresentados nesta faixa de variação das dimensões
ou então escolher as medidas mais próximas por interpolação dos valores obtidos .
A Figura 3 .40 indica a sistemática de procedimentos de cálculo que deve ser seguida no
projeto de um magneto Pista de Corrida supercondutor , levando-se em consideração todas as·
restrições inerentes ao projeto· desse tipo de geometria .
campo central não tenha a intensidade desejada , procede-se novamente com a· execução do
passo· inicial , até que se atinja tal objetivo· . Após a obtenção das configurações possíveis ,
deve-se seguir os passos do esquema da Figura 3 .40 , tentando obter a configuração que
atenda às condições tisicas necessárias e ou desejadas para o projeto .
III
CONFIOURAÇÃO POSSÍVEL EM I
l>ESEJADA HOM
VERIFICAR SE
lJ < D .
max cr it,
SECCIONAR O ENROLAMENTO
NB = NB + l
VERIFICAR SE
, D,.
D
a
< HOM
o
VERIFICAR SE
V enr = V rru. rr
0
e FIM )
0
1
!
ENTRAR COM AS DIMENSÕES X ,,
i
DOS MATERIAIS MAONÉ'l'ICOS
NO SISTEMA
CALCULAR ' B
m
e
'
VERIFICAR
B,
l
= ' B
m
e
SE
@
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VARIAR X
i
l
VERIFICAR
m
SE
@ -
D, = D
l e
CALCULAR D
'®
M
= D
m
e
- B
e
ESTIMAR B
ma.x
l
VERIFICAR SE
D < D
rn o x crit.
~@
( FIM )
3. 1 O) Conclusões :
P,
e
(o O C;+d;)
' ' 2
ou
}' (o
R '
d; C;)
2 '2
1 O. Para atingir campos de 5 T , os magnetos de pequeno e médio porte não devem ter
uma espessura de enrolamento superior a 4 cm ( para evitar o problema do campo máximo no
enrolamento ) e uma altura de enrolamento muito grande ( acima de 12 cm ) , pois ela
contribui basicamente para a homogeneidade de campo e também para o aumento do campo
máximo , não sendo responsável por aumentos significativos do campo na região central de um
dipolo. ·
A partir dos dados obtidos nestes Capítulos ; podemos também analisar aspectos
quanto às forças eletromagnéticas geradas no enrolamento de um magneto PC em operação e
estimar tanto o valor da auto-indutância quanto. da energia armazenada no volume
compreendido pelo enrolamento de um rriagneto Pista . Para tal , como não se tem disponível
um código bidimensional de cálculo de forças como o FORCE , o programa existente em
versões mais recentes do pacote POISSON para tal objetivo , elaborou-se , também nestes
casos , programas específicos para determinar tais grandezas fisicas .
CAPÍTULO IV
As expressões matemáticas da Força de Lorentz que atua sobre uma carga q e sobre
uma densidade de cargas p ( ou densidade de corrente J } num elemento de volume ô V , que
se movimentam com uma velocidade v , são dadas por :
F=qÊ+qvxB (4.1)
- F
f =~=
ôV n E- +n v x B- = r»
r» t-'e
n E. :. +JxB
- . '-
(4.2)
onde: J =p/v
J = J xÊ (4.3)
( b)
Esta equação pode ser usada para encontrar a força líquida sobre um corpo condutor
de corrente , bastando somente executar a integração sobre o volume do corpo considerado· .
A densidade de corrente nos magnetos que consideraremos são uniformemente distribuídas ;
deste modo , portanto , concluímos que para se resolver a integral tripla (4.5) necessitamos
basicamente da expressão analítica do campo magnético gerado no interior do enrolamento do
magneto considerado . Esse cálculo corresponde a uma estimativa aproximada que não leva
em consideração a natureza dos condutores de corrente e admite uma relativa rigidez nos
setores retos do magneto .
97
(4.6)
i
'"T
J k
]xÊ= o o J = J(- B). + BXJ)
n, B). o
(4.8)_
(4.9)
(4.10)
Para obter essa estimativa de cálculo , podemos aplicar as expressões de campo gerado
pelos setores retos do magneto Pista à expressão (4.5) , negligenciando a contribuição de
campo dos setores semi-cilíndricos , com base na hipótese de que o campo magnético dos
setores semi-cilíndricosnão contribui significativamente para o campo gerado na região central
do magneto PC , nos casos de magnetos com grande comprimento de setor reto ; assim , as
99
forças geradas nos setores retos seriam devido , principalmente , à contribuição de campo
magnético dos próprios setores retos ( Figura 4.2 ) . Como os casos de maior interesse prático
são justamente aqueles em que os magnetos Pista têm um grande comprimento de setor reto ,
como em projetos de magnetos de aceleradores e magnetos do MHD , os resultados obtidos
desta aproximação tornam-se bem significativos .
Com este procedimento de cálculo , podemos ter uma boa estimativa das dimensões da
estrutura de suporte necessária para pré-tensionar o enrolamento do magneto Pista . A partir
da formulação geral obtida no tópico anterior , vamos determinar a resultante sobre os setores
retos ou blocos do magneto Pista . Neste caso , a densidade de corrente é dada por :
1=±.Jk (4.11)
onde os sinais indicam que o bloco à esquerda tem o mesmo módulo e direção de densidade de
corrente , porém tem sentido oposto ao do segundo bloco .
No caso da determinação das forças no magneto Pista , nós devemos calcular a
contribuição dos dois blocos , considerando o sistema de coordenadas do magneto , indicado
na Figura 4.2 . Assim, a força resultante induzida sobreum dos blocos pode ser separada em
duas contribuições : a sua própria e a do outro bloco condutor .
As expressões da força induzida em um bloco , portanto , se tornam :
(4.13)
onde:
a d e
X1 =-- Y1 =- z, =--
2 2 2
a
X2 =- y2 =b+-d2 Z2 =-
e
2 2
(4.14)
X3 = X1 y3 = -yl 2.3 -- ..." 1
X4 =Xz Y4 = -Y2 Z4 =z2
triplas podem ser avaliadas numericamente , por meio de um método que consiste basicamente
em se aplicar às três dimensões simultaneamente o método de Simpson 1/3 . Assim ,
simplificam-se razoavelmente os cálculos envolvidos e obtém-se valores com uma precisão
muito grande , desde que todas as singularidades do integrando sejam levantadas . Este
método denomina-se Integração Numérica n-Dimensional por Aplicações Sucessivas , que
passamos a analisar .
X D (xi,yi)
Figura 4.3 : Esquema de uma função de duas variáveis e seu domínio D correspondente
ffv.t(x,y)dxdy
(4.15)
asxsb
{c e y s d (4.16)
101
I= J: dx r J(x,y')dy (4.17)
(4.18)
Para resolver a integral simples (4.18), pode-se utilizar qualquer uma das fórmulas de
integração da Análise Numérica ; entretanto , optamos pelo método de Simpson por ter se
mostrado muito preciso nos cálculos-testes ( Tabela 1 do Apêndice V) .
Aplicando a ( 4 .19) a primeira regra de Simpson ou r_egra do 1/3 , obtemos :
(4.19)
b+a · ·
onde h = -- e n corresponde ao número de pontos .
11
Lembremos que :
(4.21)
Jf
I = fvJ(x,y,z)dxdydz
(4.23)
onde o domínio D na integração corresponde a um paralelepípedo delimitado por :
a$x$b
D: c-s y zd
{
e s.e e f
102
I r
= J: dx dyJ: J(x,y,z'>:fz (4.25)
(4.26)
(4.27)
(4.28)
b-a
onde h = -- e n corresponde ao número de pontos.
11
Lembrando que :
N(x;) r
= G(x;,y,z}Jy (i = O, 1,2, ... ,n)
(4.29)
(4.30)
Com base nos valores de força nos setores retos obtidos a partir do programa PISFOR
, podemos determinar a tensão que é induzida em uma estrutura colocada adjacentemente aos
setores retos , de forma a ancorar as intensas forças eletromagnéticas que surgem no
enrolamento quando da energização do magneto Pista de Corrida . Supondo A a área desta
secção , a tensão de origem eletromagnética que é exercida sobre a estrutura de suporte dos
setores retos do magneto Pista é dada por :
(5 = !PI (4.31)
• A
Assim , um boa estrutura de suporte das tensões induzidas no enrolamento dos setores
retos do magneto Pista terá que não só pré-tensionar o enrolamento como também satisfazer à
condição a. < ae , onde ae corresponde à máxima tensão admissível do material de que é
constituído a estrutura de suporte .
(.INÍCIO)
\
ENTRADA·
A, D,
DOS
C,
PARÂMETROS
DIST, DENS,
DE
NX,
CÁLCULO
NY, NZ
: I
CÁLCULO DOS EXTRE.MOS DE INTEGRAÇÃO :
IMPRESSÃO DO RESULTADO:
A, B, C, DIST, FORCRES
( FIM )
5.00 - 1.00
0.80
/?
i
'" 4.00
~ /
B o.so .:
aoo ,// ~
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0.40 _
2.00 //
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O· 00 ·· 11111111111 rrrn1rrprn1r11 rirrrr 1111111nm1rr111nrmr111m111r1rrnr111~nmm 11111111,rr p1111rn11 000 111 m rrt I' ! ! 1111111 fl r I nn J [' 111r11111 r rr r I rtt ! 111111 r 11 rrn' n 1111 [1 u nnn 111ni-n111
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 O.O 2.5 5O 7.5 10.0 12.5 15.0 17 5 20.0 22.5
Comprimento do setor reto (cm) Distância dos setores retos (cm}
(4.32)
d<I>
e=-N-
dt (4.33)
_d<I> _ N d<I> dl :
'd/ - ill . d( . (4.34)
d<l>'"
L=N-·
d]
<I>
·L=-
I (4.36)
(4.37)
com os extremos de integração para a determinação do fluxo encerrado sendo dados por :
e
z, = --
2 (4.38)
(4.39)
.
E=- 1 i- -
B·HdV
(4.40)
2 V
108
( INÍCIO)
--E-·N_T_R_A_?_A
A, __B, D_O_S
C, __ DIST,
P_A_R_Á_M.....,..E_T_R_O_S_D
DENS, NX,__E_C_Á_L_C_U_L_O
NY, NZ __ /
IMPRESSÃO DO RESULTADO:
A, e, e, DIST, INDUT
( FIM )
0.014 0.04 -
0.012 ·
0.010 ·
t
111 .0.006
t
111
~ "!1
! 0.006 i
j j
0.004 -
0.002 -
o.o 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 o.o 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5
Altura do enrolamento (cm) Espessura do enrolamento (e~)
0.06 0.010
0.05 // o.ooe -
~-~
t
5: 0.04
.s 0.006
ii (
-~
1
0.03
i
<{ 0.02
0.004
0.002 -::
0.01·
O.OCO -. mnrml11rm1npnnmrpmmTTJnn1nn11mnnrpmrnTT'JmmTTT'JlnmmJ
0.00 4mlJ11111/1111lllTIJ111Tlll11J11111TTTT]ímmrfJ111111111Jlll11ITTTTJTTITTmli1Jjlmrinl 111111JJl11jlill111J1ilil1'1illl[!1 111,nmrymrrmprmllT1]
'o 10 20 30 40 50 60 10 ao so 100 110 120 130 o.o 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5
Comprimento do enrolamento (cm) Distancia entre os setores retos (cm)
(4.41)
onde:
.d e
Y1 =-h-2 z =--
1, 2
. d .e
Y2 =b+- Zz:=-
2 2
Podemos notar que a energia armazenada no magneto Pista sempre cresce à medida em
que crescem os valores das dimensões a , b e e , como era de se esperar . Em particular , o erro
que se comete no cálculo da energia armazenada E sem levar em consideração os setores semi-
cilíndricos não é significativo , mesmo para pequenos aumentos da dimensão e . Podemos
comprovar isso observando a Figura 4.18 ; 'para grandes valores de e , a energia E vale em
torno de 0,002 J / A2 a 0,008 J / A2 , ao passo que a energia armazenada no volume dos
setores semi-cilíndricos foi estimada como sendo em torno de 0,00031 J I A2 , ou seja , pelo
menos uma ordem de grandeza menor . Isso significa que a aproximação de cálculo baseada
em calcular a energia armazenada no volume compreendido pelos setores retos do magneto
Pista de Corrida e associá-la à energia magnética armazenada no magneto Pista é perfeitamente
válida e os erros envolvidos em tal aproximação não são tão relevantes na estimativa dessa
grandeza física para magnetos Pista com longos comprimentos de setor reto .
l ll
(INÍCIO)
\
-----r-------
A, D, C, DIST, DENS, NX, NY, NZ
IMPRESSÃO DO RESULTADO:
A, e, C, DIST, ENERARM
( FIM )
0.08
0.012
0.010
/
0.06
N N
::!; ::!;
:::?. 0.008
..,"' :::?.
~
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0.04 --
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0.000 TITmllljTITIT11Tiprmrnrrmnmprmrn11mrmrrrmnmirmmnrnTTTTITJmmmrnTTTTITJ
O 1 i 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Altura de enrolamento (cm) Espessura de enrolamento (cm)
0.008
0.006
N'
~
:::?.
..,"'
11!
Q)
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w
0.002
0.000 -mrmmmmmr1rTTTTITTTJ'=prmrnrrm1m111rm1T"'J"TTTTTT1]1rrmn111mrmrrmrmTTJ
o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Comprimento de setor reto (cm)
Os gráficos das Figuras 4 .18 a 4. 21 nos indicam os resultados de, tal estudo para o caso
mais crítico : o do cálculo da energia magnética ( devido ao maior volume , o número de
pontos em uma integração 30 é muito grande; o que acarreta em uma maior dificuldade nos
cálculos: erros envolvidos maiores e maior tempo de processamento ) . Na Figura 4.18 ,
obteve-se o valor de E para variações do número · de pontos em Ox ( NX ) ; na Figura 4. 19 ,
obteve-se o valor de E para variações do número de pontos em ( NY ) ; na Figura 4.20 ,
variou-se o número de pontos em Oz ( NZ ) e na Figura, 4.21 variou-se todos esses
parâmetros ( NX , NY e NZ ) simultaneamente , por uma mesrria quantidade . Podemos notar
que em qualquer um dos casos, a partir de NX = 12, os valores são praticamente constantes
e os erros envolvidos muito pequenos , assegurando uma boa estabilidade e uma precisão
relativamente boa .
5.00
0.5646 ______ 4," ,··,,,.,_.)"···--·-'!< ······Y ··-·····---·'f--·-·--··-···.;f
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UI
1
1
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e
UI 0.54
6.40
o
nTTTJT"l11TTTJ'nnm11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
5 W fü ~ 25 ~ ~
Número de intervalos de integração em oz (
40
Nz)
6
0.52 -~~T
0.00
i
5.00
I i I
10.00
i i I
15.00
Número de intervalos de integração N
i i i i 1 1 1 1
20.00
4.4E-3 -
.e-e--
4.0E-3
I
E
.....1
IV
·13
e 3.6E-3
<Ili
:í
"O
e
6
:í
<(
3.2E-3
2.SE-3 ---.-.~~~~TTTífrrniTTTífílTÍ1"1'TTTITl'fTIT1.
O 5 W IB ~ ~ ~ ,~ ~ ~ ~
Número de intervalos de integração N
4.9) Conclusões:
Com isso , dever-se-á confirmar cada um dos valores .obtidos e ou refiná-los para
estimativas de cálculo importantes destas grandezas , como nos casos do magneto do motor
síncrono linear . ·
Nos casos de projetos que envolvam núcleo ferromagnético , como no magneto do
MHD e no magneto Wiggler , o mais indicado e eficiente é obter estes valores por meio dos
códigos computacionais como o TRIM , que indicam estes valores nos arquivos de saída , após
sua execução . Entretanto , mesmo assim , pode-se obter uma estimativa significativa destes
valores nestes projetos com os programas de calculo elaborados e descritos neste Capítulo .
Uma vez tendo analisado os parâmetros teóricos básicos associados a magnetos Pista
de Corrida , devemos iniciar a fase de projeto e fabricação de uma bobina simples de geometria
PC para que se domine a sua tecnologia de fabricação nesta Instituição bem como para que se
verifique cada técnica de cálculo empregada no projeto e dimensionamento desse tipo de
magneto. · <
Este trabalho experimental foi realizado para aperfeiçoar o estudo científico e
tecnológico deste tipo de magneto e é analisado ~o último Capítulo deste trabalho .
117
CAPÍTULO V
S. 1) Introdução :
O magneto Pista de Corrida escolhido como modelo para a verificação das formulações
teóricas adotadas baseou-se em um projeto do magneto Wiggler Francês de 5,0 Testas do
Laboratoire pour l'Utilisation de la Radiation Électromagnétique ( LURE ) . Dos cinco dipolos que
constituem esse Wiggler , foi escolhido apenas um seccionamento de uma das bobinas Pista que
constituem o dipolo lateral externo para efeito de teste ( Figura S .1 ) .
Os motivos que levaram à escolha deste magneto são de ordem estritamente institucional,
principalmente por :
C mml
o o
CD
CD
C\I. C\I
SECCIONAMENTO INTERNO
( MAGNETO MODELO)
DIPOLO LATERAL
DO WIGGLER
80.00 80.00 -
-
60.00
<( <(
40.00
o e
aJ aJ
.B .B
!CI 40.00
!CI
~ ~
.
~
o
20.00
.
~
o
0.00 -·
0.00· .,,., .... ,..1 ,··, ,.,.,-, , . ..,.TT'T'I'' r ... , 1 I' 11 1 1 1 ·40.00 · ·1 · 1 1 1 ·1 1 1 , r ·r 1 1 1 1 , , 1 1 1· 1 1 , t 1 , r r 1 1· 1
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
Distência ao longo do eixo Ox do magneto ( cm ) Distância ao longo do eixo Ov do magneto ( cm)
(a) (b)
12.00
-
80.00
<(
e
)1()1;)1()1()0(~
-o-
<(
aJ aJ
.!l .6
!CI 40.00
!CI
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~ 0.00
o
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-..)!E
000
)1( 1( li'. ~( )1( )K
** li<
(e) (d)
LINHAS DE CARGA :
2000.00
--*-- Bcent : Magneto modelo com núcleo
--O-___ Bcent: Magneto modelo sem núcleo
1600.00 --
--FJ- Bcent : Dipolo magnético
Figura 5.3 Curva de carga do magneto modelo e curva de corrente crítica do condutor
empregado
3.00 8.00
1- 1-
al al 4.00 -
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'!!cn 1.00
-<U
e:
CI)
ê "'E 2.00 .,
8.
~ E
~ 8
0.00
~~ 0.00
-1.00 --~-~~--r-r-~-~----,
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00
·2.00 ----------~-----~-~-1
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 1 25.00
Distancia ao longo do eixo Ox do canal ( cm) Distância ao longo do eixo Ox do magneto ( cm )
(a) (b)
Figura 5.4: Perfil de campo do pólo lateral com e sem "yoke", ao longo de seu eixo Ox:
(a) na região do canal ;
(b) no centro de uma bobina
122
8.00 -
-0··- Pertl de campo do magieto
~·
I -----*- Per11 de campo do m~111eto com rúcleo
6.00 -
-
1-
eo
..,""8e 4.00 --
l?
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E
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2.00
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0-00 ,,_ ---,-.-'-···, · - , .. - -··r-· · ,.-- -·r·· ·-·T' ·· "" T-- -·· ,!!':~
0.00 5.00 1000. . 15.Ôó' 20.00 25.00
Distância ao longo do eixo Oy do magneto ( cm )
Figura 5.5 : Perfil de campo do pólo lateral com e sem "yoke", ao longo de seu eixo Oy
Com base na observação das linhas de carga da Figura 5.3 , concluímos que esse magneto
realmente não foi projetado para gerar alto campo , tendo em vista a alta margem de segurança da
corrente operacional do projeto . Também com base nesta Figura ; concluímos das linhas de carga
do magneto modelo com e sem núcleo ferromagnético que esse último contribui para o ponto
central com cerca de 0,3 T para a corrente operacional de 250 A .
123
Na fabricação do magneto Pista modelo foi definido que se executaria apenas seu
seccionamento interno , com o intuito de facilitar o processo de enrolamento da bobina - uma vez
que esta se constitui na primeira execução de fabricação de um magneto tipo Pista na Instituição
até a fase de operação - devido à quantidade de fio disponível e também devido ao fato de que
ambos . os objetivos citados na introdução poderiam ser atingidos satisfatoriamente com este
magneto Pista modelo , independentemente do fato de haver ou não seccionamento . Desta forma,
a espessura de enrolamento neste caso diminui à metade e o campo central produzido pelo
enrolamento também é reduzido, conforme os dados da Tabela 5.2 . O magneto foi conceituado
para ser fabricado sem qualquer tipo de impregnação , seja com cera de abelha , seja com resina
epóxi , a fim de facilitar o processo de fabricação e principalmente porque era fundamental no
estudo científico do magneto Pista de Corrida analisar o comportamento desta geometria sem o
efeito da impregnação , para que se pudesse estudar sua estabilidade e a viabilidade de tal situação
física . Além disso , caso fosse necessário , poder-se-ia desenrolá-lo posteriormente , a fim de que
se executasse sua fabricação englobando nesta fase dois seccionamentos e impregnação com resina
epóxi . Como já vimos , não calculamos o efeito da tensão devido. à contração térmica e devido à
pré-tensão de enrolamento , mas apenas as forças eletromagnéticas , o que nos· permite avaliar o
valor da pré-tensão de ancoragem mecânica que visa contrabalancear essas cargas . Entretanto ,
no projeto , verificamos que a contração térmica. não era relevante e determinamos a pré-tensão de
enrolamento experimentalmente : aplicamos ao fio uma carga em tomo de 75 N, ou seja, uma
tensão de enrolamento de aproximadamente 7 5 Ml'a , que se mostrou efetiva para permitir um
enrolamento bem compacto do magneto modelo , principalmente em seu ponto mais crítico , que
corresponde aos setores retos da bobina . Com essa tensão de enrolamento , foi possível operar o
=
magneto a altos valores de corrente ( 1 200 A ) .
124
Entretanto , sabemos que a correntes muito mais intensas certamente não poderemos
operar o magneto com estabilidade devido à inevitável movimentação de espiras nos setores retos
do magneto . Somente futuros testes permitir-nos-ão verificar até que ponto um magneto com
uma alta pré-tensão de enrolamento pode operar com estabilidade garantida e a partir de que
corrente é necessária a impregnação do enrolamento .
As medidas experimentais básicas deste teste do magneto Pista modelo abrangeram o valor
do campo próximo à região central do magneto e a medida de sua auto-indutância . Além disso ,
fez-se a leitura da variação da resistência do sensor de temperatura Kyowa em três posições e dos
sinais dos transdutores ligados em ponte no calço lateral . Entretanto , não foi possível com a
geometria empregada obter-se uma leitura dos valores das tensões mecânicas que ocorrem nos
setores retos do magneto devido .à falta de- sensibilidade dos extensômetros componentes dos
transdutores , mesmo ligados em ponte no calço lateral . · ·
Para medir o campo próximo ao centro do magneto , optou-se pelo ponto de coordenadas
x = 4,48 ; y = 1,0 e z = 3,0 , por ser a posição·mais adequada de posicionamento dos sensores
Hall, ou seja, sobre a chapa superior do magneto . Um outro sensor Hall foi colocado no interior
do material ferromagnético , mas durante o enrolamento ele foi danificado e não foi possível obter
uma leitura de campo a partir do mesmo , nem substituí-lo em virtude de sua posição .
As Figuras 5.6 e 5.7 nos mostram o esquema do suporte do pólo lateral do Wiggler
projetado . O espesso calço lateral serve para resistir às forças na direção Oy existentes quando da
operação do magneto . Como as forças; na direção Ox são bem inferiores que as da direção Oy , o
reforço mecânico nesta direção é feito somente com uma chapa superior não muito espessa . No
caso do magneto modelo fabricado , a corrente operacional e o campo induzido não são muito
intensos, de modo que nesse caso as cargas induzidas
' .
. também não o são ( F;.= 135kN ) .
O conjunto formado pelas bobinas e pela estrutura de reforço do enrolamento pesa cerca
de 1000 N ; tendo-se por base este valor , concluiu-se que eram necessários três tirantes de fibra
de vidro acoplando a estrutura ou suporte do magneto à flange e suspender o magneto Pista com
segurança . Os três tirantes que suspendem o suporte do magneto modelo são constituídos de uma
fibra de vidro resinada com epóxi TRE 214, que resiste a cargas em torno de 3800 N a 20ºC ,
com o diâmetro de 20 mm .
O suporte do magneto modelo foi projetado de tal forma que se pudesse executar sua
energização no interior do menor criostato existente na Instituição ( com capacidade para tal
operação ) , o criostato NW-250 ( Figura 5.11 ) . Todo o dimensionamento da estrutura do
magneto foi feito em função das medidas desse criostato , em virtude do fato que todos os
criostatos consumiam hélio demais , sendo o NW-250 o que menor taxa de evaporação
apresentava.
Para o magneto modelo , conforme podemos notar na Tabela 5.3 , obtemos um campo
magnético no centro do entreferro de 0,683 T para a corrente operacional de 250 A .
o 125
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Figura 5.1 O : Magneto Pista de Corrida modelo fabricado completo , com sensores de
medida de campo , tensão e temperatura , acoplado ao flange do criostato pelos tirantes de fibra
de vidro
129
·[
~•• lio l
~ • •• 1
}} - i•.
Sensor Hall
8000 -
-*- Dados experimentais
·2000 - 111TTr,-r-1-r,~Trrp·-r-r,,-r,,-rr·1
O 40 80 120 160 200
Corrente elétrica 1 ( A )
'
Como podemos perceber , os erros cometidos entre os dados experimentais e os dados
teóricos são muito pequenos para a auto-indutância ( aproximadamente 2,3 % ) e para o campo
magnético medido no ponto considerado a baixa corrente e a alta corrente . A auto-indutância foi
medida experimentalmente por meio de um multímetro com capacidade de medida de indutância
da marca WAVETEK DM27XT . .
Na curva de carregamento , · podemos notar que os maiores erros ocorrem quando
atingimos correntes intensas ( cerca de 80 A até 130 A ); a curva experimental de carregamento
demonstra um efeito que provavelmente traduz o efeito de movimentação interna do enrolamento
devido ao aumento das tensões mecânicas induzidas, o que não é previsto no cálculo teórico . Tal
efeito também já ocorreu nos magnetos solenóides fabricados e testados na Instituição . Apesar
desse efeito , entretanto , nenhum dos pontos apresenta erros superiores a 1 O % , sendo o erro
geral em torno de 4,0 % . A partir de aproximadamente 150 A, entretanto, podemos notar que já
começa a ocorrer ó efeito de acomodação e os erros tendem a diminuir significativamente . Os
resultados obtidos demonstram-se satisfatórios para efeito de dimensionamento e cálculo de
bobinas Pista de Corrida .
Pode-se constatar também que não houve linearidade na curva de carregamento no ponto
considerado devido à presença do elemento ferromagnético introduzido , comportamento físico
que foi reproduzido a contento tanto a nível teórico quanto a nível experimental .
Associando o cálculo de campo devido à introdução de elementos magnéticos em 2 D com
o cálculo da contribuição de campo dos elementos de corrente em qualquer ponto no espaço 3D ,
pode-se dimensionar magnetos Pista de Corrida com precisão , restando somente calcular com
precisão a contribuição dos elementos ferromagnéticos nas extremidades . Essa limitação até
agora pode ser contornada com uma estimativa aproximada do campo gerado pelos elementos
magnéticos nessa região utilizando os programas descritos e posterior checagem experimental de
sua influência .
Para que se tenha um conhecimento realmente preciso desta influência , entretanto , é
necessário utilizar programas de cálculo por MDF 30 ou MEF 3D , o que não dispomos na
Instituição .
Para tal análise , há duas possibilidades : executar os cálculos utilizando o código TRIM
tridimensional ( que poderá ser disponível à Instituição , por intermédio do KEK ) ou utilizando o
código FLUX-3D , disponível na USP . Contudo , aprender a utilizá-los e reprojetar com eles os
magnetos de interesse da Instituição apresenta proporções que implicam em um novo trabalho ,
cuja finalidade seria o de comprovar os resultados já obtidos, por uma questão de segurança e
confiabilidade de projeto . Tal projeto fica como proposta para trabalhos futuros nesta área .
132
Assim , para projetos de magnetos de geometria Pista de Corrida de médio porte pode-se
ter uma confiabilidade nos cálculos teóricos empregados ; entretanto , para projetos de magnetos
Pista de grande porte e ou alto campo toma-se necessário obter-se um programa de cálculo
tridimensional de campo magnético devido a elementos ferromagnéticos para que se possa estimar
com confiabilidade o campo máximo no enrolamento com a introdução desses materiais e garantir
que o magneto mantenha em operação as características supercondutoras . Complementar-se-ia,
assim , com precisão , a última fase no processo de dimensionamento e projeto de bobinas Pista de
Corrida.
APÊNDICE I
Da geometria da Figura 1 , concluímos que rP é dado pela soma vetorial dos vetores
fE e r , ou seja :
134
i J k.
dTxr = o o dz
Xp -X yp-y Zp ::-- Z
(3)
(4)
[ ~ JJ2( 1 + tan2 t)
135
A J
=> I = J BAtdtsect => I = -
2
B ·
A
cos tdt => I = - sen t
2
B
2
z ·.
Mas , Z = B tan t , logo tan t = - , assim :
B
zi :J zi + JJ2
l + tan2 t = sec ' t => sec ' = 1 +-2 => sec t = ----
B JJ
. B z B2
=> cos t = ,;;-;- => sen t = 1 + 2 . 2
"\/ z' + Bz Z + JJ
sen t
2
= l+
z 2
=> sen t = :J
z ·
2
Z +B
2
z: +1}2
=;>]=~ z
B2 .Jz2 +82 (5)
A =y-yp
Z = z- Zp .., -. -
dZ=dz
Bz = (xP -x)z +(yr -y)2
obtemos:
,
/J = µ01 y - )' p Z - Zp
(6)
A=x,,-x
Z = z-zl'
dZ=dz
82 = (x,. -x)2 +(y,, - y)2
(7)
1.2) Campo magnético de uma lâmina plana de corrente de comprimento finito paralela
ao plano y = O : · ·
, h
,,,
,"
z , ,,
/ " , ""
"
-H-A y
d/= dzii
Logo:
i j li
dl xr= o o dz
Xp-X yp-y ,zP-z
Além disso , a corrente que passa pelo elemento indicado na figura 2 é dada por :
Assim , o campo magnético gerado por um de seus elementos constituintes será dado
por:
(8)
· Mas , o campo magnético gerado pela lâmina será dado pela soma vetorial das
contribuições de campo de todos os n elementos que a constituem , quando esse número de
elementos tende ao infinito .
Matematicamente :
138
B=-º
_ µ . ·Ln
hm
l" KL1!Y [-(yP - y)i +(x1, -x)]]dz
31 ,
4 1f n--+<» i=I O [( Xp-X .)2 + ( yp-y )2(
+ Zp-Z
)2 ]/2
(9)
.
4
1f O O [( Xp-X
, 3/
)2 + ( yp-y )2 + ( Zp-Z )2 ]12 .
(10)
(11)
1) Cálculo de B, :
l= rr -(y p - y )dydz .
o o [(xP -x)2 +(yP -y)2 +(zP -zY]Yi
.-dz ·
i J( x,
h
l - ..
2- O )2 + YP2 +(Zp :-Z )2
-X
Chamando:
12 = Joí'' sectdt
=:> 12 =ln(sect+tant)j:
z-z, (z-zp)2
tau t = --1 => sec' t = 1 + =>
A A2
A2 +(z-zpY
sect=--~--
A
(13)
I3 = ln z.. -z
· P JÂ 2 +(z-zp)2· J''
. [ A A
o
Assim:
(14)
(15)
2) Cálculo de BY :
I
= lhlb (xP -x)dydz
. 31
o o [(
Xp -x )2 + ( YP - y )2 + ( Zp - z )2 ]·.,2
- rb (xp -x)dy
li - J,
)2 + ( yp-y )2 + ( z,,-z )2 ]iz
31
o [( x,,-x
_ rb(Xp-x)Asec2tdt -( _ )íbÂSectdt
J10 => /1 Xp X )1 2
/1 -
[Ai +Ai tau' ,y2
31 -
o A sec t
2
/1 =a(x1,-x)-2
A
1 r
O
costdt-=:>1,-
(xP -x)
A
2
sent
b
o
A Az (y-y )2
=> cos t = . => sen 2 t = l- . · 2
=> sen 2 t = P
~A2 +(y-yp)i A2 +(y-yp) Ai +(y-yp)z
I = Xp -X y-yp
1 Az ~Ai +(y- yp)z º
(16)
l
2
= r0
(xp -x)(b- yp)dz .
[(xP -x)2 +(zP -z)2]~(xP -x)2 +(b-yP)2 +(zP -z)2
X= Xp -x b- yl' =y
A2 =(xi' -x)2 +(y,, -b)2
Sendo , / 2 se torna :
z - Zp = A tan t
dz = A sec2 tdt
142
l = fh XYdt = fh XY costdt
2 Jo sen2 t Jo X2 cos' t + A2 sen ' t
X 2 cost+A 2 -----
r
cost
I = fh XY costdt ·. =X XY costdt
X2 +(Y sen 1)2
2
Jo X2 seu' t + X2 cos' t f Y2 sen ' t O
h
1 Y sen t
/2 = X-arctan---,
X X O
z-z . (z-zp)2
tau t = __ P => sec2 t = 1 +
A . A 2 =>
sec t =
JA 2 +(z-zp)2
=> cos t =·--.=,====
A
A 4vA2 +(z-zp)2
A2
sen2t=l-cos2t=>sen2t=l~ · 2
A2 +(z-zp)
(17)
143
A =y-yr
Z = z-Zp
Sendo , /3 torna-se :
d~=dz
B2 = (xr -x)2 +(yr - y )2
I _
3
-
r [x
0
2
XYA sec2 tdt .
+A2 tan2 t]~A2 +A2 tan2 t
=>
J3 = . Jrh 1
XY cos tdt J
2 => 3
seu t Ih
= arctan-,----
y.
O X2 +(Ysent) X O
-y z
arctan P P
B, =
µ K. [ arctan
4ºn
_
(Yr
.
-b)(z,. -1,) ·.
.·
(x,. -x)~(x,. -x)2 +(y,. -b)2 +(z,. -/,)2
-arctan----.============
(y,. -b)z,.
(x,. -x)~(x,. -x)2 +(y,. -b)2 +(z,. -/,)2
l
µ 0K
+--
4"
-l arctan
yp(Zp
.. ,:··i;
temos que:
Considere a placa genérica de espessura Llx"; formando o bloco . Quando sua espessura
tende a zero , a placa se transforma em uma lâmina de corrente e , portanto , podemos calcular
o campo magnético total gerado pelo bloco por meio da soma vetorial das contribuições de
campo das infinitas lâminas de corrente que constituem o bloco . A corrente que passa em uma
placa ou elemento infinitesimalde secção transversal dS é dada por :
Logo , o campo total gerado pelo bloco pode ser escrito matematicamente por :
Bx = ~
µOJ fh f b fª
Jo Jo Jo ·[( )2 · (
(y p - y )dfdydz
)2 (
Xp -X + YP - y + Zp -z.
)2 r (21)
yp(Zp -1,) y Z }
- arctan + arctan P P · dx
(xP -x)~(xp -x)2 + y; +(zP -1,)2 (xP -x)~(xp -x)2 + y'; + z;
(23)
· ·
I = Jarcta
{
~
YZ
.
X x2+y2
r (24)
com: A2 = Y2 + Z2
Integrando por partes , vem :
YZ
u = arctan. ·• =>
x)x2·+Y2 .
Logo:
.
2X 2 +A . XYZ 2]
· yz ~x2+°A2 [
I = Xarctan ~. . +J 4 . 2 2dX ·
X x2+A2 X +A X 2 +Y Z
2
(2x 2 + A2 )xdX
I - Yzf-------===
1- x4+A2x2+y2z2.Jx2+A2
XdX = tdt
212 -A2
=> 11 = YZ f t 4 -A 2 2
t +Y Z
2 2 dt
Raízes do denominador em 11 :
2 y2 + z2 + y2 - z2 z y2 t +Y
t = 2 =>t = . => =-
a(t-Y)(t2 -Z2) + At+Y)(t2 -Z2 )+ r(t-Z)(t2 -Y2) + °'t+z)(,2 -Y2) = 2,2 -A2
2Z
1 1 1 1
2t2 -A2
----------+--+-----
_. 2Y· 2Y 2Z 2Z
t4-A2t2 +Y2Z2 t+Y t-Y t+Z t-Z
I -YZ ·{ --· dt
1 --+- J 1 J --dt } +YZ { -- 1 J --+-
dt 1 J --dt }
1 - 2Y t+Y 2Y t-Y 2Z t-Z 2Z t+Z
1 1 1 . 1 }
11 =YZ { --ln(t+Y)+-ln(t-Y)+-ln(t+Z)--ln(t-Z)
2Y 2Y 2Z 2Z
1 t- Y 1 .t - Z }·
I1 = YZ { -ln--+-111--
. 2Y t+Y 2Z t+Z
1 t-Y 1 t-Z
1 =-Zl11--+-Yl11--
1 2 t+Y 2 t+Z
148
1 t+Y 1 t+Z
11 =--Zln----Yln--
2 t-Y 2 t-Z
1 <(t+Y)2 1 (t+z)2 .
/1 = --Zln --Yln 2 =>
2 t -Y
2 2
2 t -Z 2
Assim:
"
= _µoJ{(x
B
y 4
1f
p
-x)arctan
1 (zP -h)(yP -b)
2. 2
(xP -x) (xP -x) +(yP - b) +(zP - z)
2
o
"
•
+(xP -x)arctan YpZp . . +
(xP -x)~(xP -x)2 + y; +z; 0
149
a
. . yp(Zp -h).
- ( Xp -x ) arctan · . · +
(xP -x)~(x;,. -x)2 +(yP - b)2 + z!. o
(
- Xp
(h-~~
-a ) arctan---;=========
(xP -a)~(xP -a)2 +(yP -b)2 +z;
'·
150
Logo , esvrevendo esta expressão em uma forma bem mais compacta , em termos de
somatórios :
(25)
com:
-,
151
µºJ rb rh íª . (y p - Y )dxdydz
n, = - 4 7f Jo Jo Jo [(
Xp-X
. )2 (
+ yp-y
)2 + ( Zp-Z )2 ]Yz
. .
B
. µ0J
= - --l<
Íb{ arctan
. . (z.p -h)(xp -a)dxdydz
.-
x 4n ° . (yP-y)~(xP-a)2+{yP-y)2+(zP-z)2.
· ·. .(xP ~a)zpdxdydz
-arctan . +
(yP - y )~(x,. -a)2 -t{.yP:- y) 2 +z;
.•
X Z dxdjdz
+arctan ·P P +
. (yp -y)~x,; +{yp - y)2 +z;
· . . . Xp(Zp -_h)dxdydz } .; -. -
-arctan · dy
(yp - y)~Xi, +(yp - y)2 +(Zp -h)2
f
1 = arctan[
y
..J XZ
y2+A2
1,y
f
com A2 = X2 +Z2
Esta integral é análoga a (23) , a menos das constantes na integração , o que nos
permite concluir que o resultado das integrações em (25) nos fornecem resultados análogos a
(24). Dessa forma, podemos escrever a expressão para componente B, como sendo:
(26)
com:
'·
152
d/ =dzii
=> d/ x r = [-(yp - y )T +(xP -x)J]dz
d1i = .I: dt ,: r .
. 47í r3
\
153
I .
.. (xP -x)(zP - z) ·
J a
.. ···-·-·---··-·---· -
154
APÊNDICE li
1 ) PROGRAMA POISSON :
1) AUTOMESH : . ·
1. · O título do problema .
1. Identificação do título :
3. 1. Linhas retas :
X'=X-X0
{ Y'=Y-Y0 (l)
(2)
onde ( X , Y ) é o centro e R' é o raio do círculo . Os dois pontos de conexão dados na entrada
PO devem satisfazer esta equação com um erro relativo de 10-3 .
2.X.Y = R1 (3)
XI e X2, somente se a distância entre eles é maior que a metade do incremento DX, ou seja,
se IX2 - X1j > DX I 2 .
Os tipos de malha disponíveis no AUTOMESH e suas variáveis correspondentes , que
devem ser fornecidas na primeira entrada REG ; correspondem à malha uniforme , à malha
dobrada e à malha variável .
Esse tipo de malha é utilizada para geometrias simples que não excedem o número
máximo de pontos da malha definido pelo programa'. O- número total' de pontos da malha é
dado por: ·
É utilizada quando se deseja uma malha fina próximo à origem , sendo suficiente uma
malha mais grosseira em pontos mais distantes . Neste caso , o usuário 'também deve entrar
com DX , mas também com um combinação de XREG 1 , XREG2 , YREG 1 e YREG2 , desde
que XREG2 > XREG 1 e YREG2 > YREG 1 .
O comprimento dos triângulos neste tipo de· malha é aproximadamente dobrado em
XREG 1 e novamente em XREG2 . Da mesma forma , a altura dos triângulos da malha é apro-
ximadamente dobrada acima de YREG 1 e novamente acima de YREG2 .
. XREG 1- XMIN
Comprimento = ------
KREG -1 (6)
. XREG2-XREGI
Comprimento=-------
KREG2- KREG 1 (7)
\
157
. XMAX - XREG 2
Comprimento = -------
KMAX .,..KREG2 (8)
2)LATTICE
opções. É importante notar que há um número de elementos no array CON que devem ser
mudados no LATTICE para que tenham algum efeito sobre o problema.
Um usuário pode já neste momento optar por mudar os valores automáticos de
qualquer dos elementos CON listados . Mesmo que estas mudanças não tenham nenhum efeito
no LATTICE , as mudanças serão transmitidas ao relatório de impressão O e são disponíveis
para os outros programas quando necessário .
A forma de se alterar os valores padrões ou automáticos das variáveis CON é a
indicada no Exemplo 1 da execução do POISSON . O símbolo * deve ser digitado antes dos
primeiros números dos elementos para os quais os valores .subseqüentes serão entrados .
Espaços ou vírgulas são os delimitadores entre todos os valores de entrada e os elementos
asteriscos . Quando vários elementos em uma linha estão para serem mudados , somente o
elemento inicial necessita ser indicado por um "*" . ,
O símbolos designa o término das mudanças no array CON. Uma que o vetor CON
tem 125 elementos , se um "s" - que indica a não alteração dos parâmetros seguintes ao
modificado anteriormente - não for teclado , o programa não executará e solicitará mais
entrada de dados , até que o "sltseja dado.
3)TEKPLOT
TEKPLOT é um programa interativo que fornece uma saída gráfica dos dados gerados
pela maioria dos programas do código POISSON . O programa plota :
A entrada para. o programa TEKPLOT é feita usando uma rotina de entrada de dados
com formato livre .
Se os valores automáticos do TEKPLOT são suficientes para seus propósitos , eles não
necessitam ser alterados . Para tal, basta digitar s indicando que os valores automáticos devem
ser mantidos e que se quer proceder com a execução . Contudo , para mudar o valor de uma
variável , todos os valores precedentes de vem ser entrados , separados por espaços . Um s
deve então ser digitado .
O programa TEKPLOT somente plotará regiões fechadas . Para assegurar uma região
fechada , o primeiro e o último ponto devem ser os mesmos . Se a região não é plotada , deve-
se checar no arquivo de entrada para o programa AUTOMESH qual o provável.erro .
4)POISSON
o
s
-1
Caso haja alterações a· serem feitas 'em variáveis CON , basta entrar com os dados da
mesma forma que no Exemplo 1 :
Ex.: 1)
POISSON
?TTY
o
*6 O *46 6
-1
\
160
l)MATER
2) STACK
3)FXGAM
onde:
*18 -2 *6 O ... s
3 0.8 s
5 1.0 0.004
1. CON(6) = MODE = O
2. CON(l8) = NPERM =-2: Indica empacotamento j-21 = 2 e ou que será entrado um
valor fixo de y .
161
Na segunda linha , especifica-se em que regiões com código de material 3 será usada a
tabela de permeabilidade interna com um fator de empacotamento de 0.8 . Na terceira linha,
deve-se especificar que regiões com código de material 5 usarão o valor y fixado igual a 0,004
para suas funções de permeabilidade .
O programa POISSON permite que até três diferentes tabelas de permeabilidade sejam
lidas , para uso com diferentes regiões de ferro . Para utilizar estas opções , devemos ter o
seguinte procedimento :
1) MATER
2) STACK
3)MTYPE
onde:
O programa POISSON gera dois tipos de arquivos de saída: TAPE35, com números
de relação maiores que zero, e o arquivo de resultados do problema ( OUTPOI). '
162
2) A : Vetor potencial .
Os valores de AFIT mostram a precisão da curva que teoricamente deveria ser igual a
zero.
II ) PROGRAMA TRIM
l)MESH:
INÍCIO
INPT
HSTAR
SETTLE
OENOR
....
AIRIRN
,.
FIM
2)FIELD:
,•
e INÍCIO)
--- .. ·.
FIELD 1
---·
4
RDUMP
ENEROY 1 1
~ 1 TABLES
2
1 1
~ ....
H
1
"
..____
VE·CPOT
3
PERM " 1
BOUND
5 5
1
1
§_ 3
AKIS LAORAN EDIT AIRSOL
1 1
. ·•·;
'
... ~ 1
2
~ 5
NTPO
NEWMESH
.,.,.
.
FIM )
Figura 2 : Fluxograma da subrotina FIELD
que , no primeiro exemplo , nenhum ponto no ferro é utilizado para a solução e , no segundo
exemplo , os valores de r são estabelecidos como constantes . ·
5. Subrotina VECPOT : Esta é a principal subrotina iterativa do código , responsável
pelo cálculo de GTU(l) , GTL(l) , CPR(l) , CPU(l) e CPL(l) , para todas as soluções . A
varredura do cálculo de relaxação é executada e os resíduos preliminares e os novos valores de
PHI são calculados . Os valores de AMIN , AMAX , DAMAX , LENGTH e a soma dos
quadrados dos resíduos são também considerados . Esta subrotina chama a subrotina PERM .
6. Subrotina PERM : Esta subrotina determina os valores de B , GAMMA e
DGAMMA/DB-SQUARE:0, dado o nome do material e o valor de B2•
7. Subrotina BOUND: Esta subrotina permite ao usuário tomar os potenciais vetoriais
ou os valores em gauss de uma solução anterior-ao redor de um contorno específico ( como o
gap de um magneto ) e entrar com estes potenciais no programa . Assim , obtém-se soluções
mais detalhadas em áreas específicas de cálculo . Os vetores PHI são usados para armazenar
todas as informações lidas . '
8. Subrotina ENERGY : Esta rotina calcula a energia estocada tanto em regiões de ar
como em ferro . Os valores para r e B2 calculados em TABLES são por ela utilizados para se
obter a energia .
9. Subrotina LAGRAN : Esta subrotina , que foi modificada pelo Laboratório
Rutherford, usa a interpolação Lagrangeana para encontrar os valores de B em uma grade
retangular uniforme. O tamanho da grade em cada direção e o passo das colunas para a
impressão são especificados por M , N e JUMP .
A impressão dos dados de saída do programa é feita sob a forma de uma tabela com a
seguinte seqüência : X , Y , XYMOD , VECPOT , BX , BY , BMOD , onde X e Y
correspondem a coordenadas verticais do ponto no qual o campo . é calculado , VECPOT é o
potencial vetorial calculado nas coordenadas X , Y dadas , BX e BY são as componentes
horizontal e vertical do campo e :
XYMOD = .J X2 + Y2 (9)
A= (LMIN, KMIN)
B = (LMIN, KMAX ).
C=(LMAX ,KMAX).
D=(L~_,KMIN)
166
APÊNDICE III
2.25E+4 11.3 e
1. Linha 1 :
2. Linha 2:
3. Linhas 3 a 5 :
Lista os valores de ( B, y), Bem Gauss. O "e" designa a última entrada desta tabela.
4. Linha 6:
5. Linha 7:
1 1
MAGNETO PISTA/NUCLEO (lQ).
3 . ·.,.,..•.
·•
.........
1. 1.
1
4
o.o.
1 1
1 47
4747
471
1. 1.
3
6
O. O.
22 l
2220
1 20
1 26
28 26
28 l
1. l.0716
l
4
-592200. o.
10 8
10 12
18 12
18 8
4747
O programa REG , com esses dados , gera o arquivo de dados formatado necessário
para a execução do TRIM LENTPUT. TXT ( Exemplo 2 ) .
168
1 1
MAGNETO PISTA DE CORRIDA
1 1 o. o.
1 1 .00000 .00000
1 47 .00000 46.00000
47 47 46.00000 46. 00000 ·
47 1 46.00000 .. 00000
2 1 -454 .. o. ·2 .
21 21 20.00000 20.00000
21 27 20.00000 26.00000
22 27 21.00000 26.00000
22 21 2i.OOOOO 20.00000
3 1 452. o.
4
26 21 25.00000 20.00000
26 27 25.00000 26.00000
27 27 26.00000 26.00000
27 21 26.00000 20.00000
3 NO. B-H TABLES
2 38 1. MAT =, 8-H PTS, PACFAC
.030 . 430 .070 .860 .100 1. 204 .120 1. 376
.190 1. 720 . 310 2.151 :500 2.581 .850 3. 011
1.400 3. 440 2.300 3.956 3.235 4.300 4.240 4. 730
5.520 5 .16 O 7. 550 6.021 9.330 6.881 10.000 7 .311
10.700 7. 7 41 11. 300 8 .171 11. 700 8.600 13.500 10.321
14. 000 12.041 14. 500 13.762 14. 800 15.481 15.100 17.201
15.400 21.502 15.800 25.802 16.100 34.403 16.400 43.003
16.500 51.604 17 .200 68.806 17. 500 86.006 17 .800 103.207
18.200 120.409 18.400 137.610 18.500 161. 692 18.900 175.453
18.900 197 .815 121.400100000.000
3 27 1. MAT =, 8-H PTS, PACFAC
.000 .000 .200 .600 .300 1. 000 . 600 1.500
.900 2.000 1.400 2.500 2.000 3.000 3.600 4.000
5.000 5.000 6.200 6.000 7.200 7.000 8.200 8.000
9.200 9.000 9.800 10.000 12.000 15.000 13.300 20.000
14.900 30.000 15.700 40.000 16.300 50.000 16.700 60.000
17.000 70.000 17.400 80.000 17.700 90.000 17.800 100.000
19.400 200.000 20.600 300.000 121.400100000.000
4 32 1. MAT =, 8-H PTS, PACFAC
.000 .000 .200 .400 .400 . 600 1. 000 1. 000
2.600 1.500 uoo 2.000 6.200 2.500 7.300 3. 000
9.000 4.000 10.200 5.000 11.000 6.000 11. 700 7 .000
12.200 8.000 13.000 10.000 14. 400 15.000 15.000 20.000
15.900 30.000 16. 400 40.000 16.700 50.000 17 .000 60.000
17.500 80.000 17.900 100.000 19.300 200.000 20.200 300.000
21. 000 400.000 21.400 500.000 21.600 600.000 21.900 700.000
22.000 800.000 22.300 1000.000 23.400 2000.000 121.400100000.000
47 47 1
. 169
(1,47) (47,47)
.-
..
(1,26)
(28,26)
(1,20) (22,20)
(10,12) (18,12)
~
(10,8) (18,8)
Para entrar com as tabelas de permeabilidade magnética dos materiais utilizados como
yokes ou blindagens e executar o TRIM para projetar magnetos envolvendo esses materiais
magnéticos , devemos proceder da seguinte forma :
1) O primeiro parâmetro a ser entrado é o número de tabelas B-H que será usado para
o problema . O número máximo que pode ser usado é 1 O . ·
2) O segundo parâmetro nos indica o tipo de material especificado na região
discretizada e o ·número de pontos na Tabela B-H . Então , o fator de empacotainento ou
P ACFAC é dado para cada tipo de material .
3) O terceiro e os subseqüentes parâmetros contêm os valores de Bem KGauss e Hem
Oersteds. O último par de B e H tem que ser muito grande, isto é, 121,4 KG e 100,000 Oe.
A Tabela B-H deve ser especificada de forma que:
2
Yn+I = r;
1 H
onde r=-=-
µ B
4) Os procedimentos (2) e (3) devem ser repetidos para a 2ª e as subseqüentes Tabelas
B-H.
A seguir , nas Tabelas I e II , são descritas as variáveis mais importantes do array CON
do POISSON com relação ao projeto de magnetos .
+ CON(3)
CUN(2) NREG
LMf-"X
1.
Nenhum
o
+ CON(9) CONV ., 1. o
CUNC10) FIXGAM ' .004
CUN(18) Ntjt:.RM - o
+ CUN(21) NBS(H:i' o
+
i
CUN(22) Nl:3SLO 1
+ CUN(23) ·NBSRT o
+ CUN ( 24). NBSLI- o
+ CUN(32) IPRINT o
CON<40> KBZERO 1
CON ( 41> LBZERO 1
CON(42) ~<M IN 1
CONC43) KlOP KMAX
CON(44) LMIN 1
CUN(45) LTOP 1
CONC46) ITYPE 2
CON(54) XMIN O.O
CONC55) XMAX O.O
CUN(56) YMIN O.O
CUN<57) YMAX O.O
$ CUN(~9) fJ 1 3.141592
172
UBS.:
[ TABELA ( I I >
Nome Designação
Nome Oesignac;:ão
,.
I lYPE:: Um código especificahdo a simetria do problema
Para a simetria cartesiana
ITYPE ·- 1 : Sem simetria
ITYPE = 2 Simetria de plano médio
ITYPE = 4 : Simetria de·quadrupolo
ITYPE = 6 Sim~tria de magneto H
ITYPE = 7 : Simetria de sextupolo
ITYPE = 9 Simetria de octopolo
Para lfYPE ~ 1 , as linhas de campo magnético
são perpendiculares ao eiwo x
Para simetria cilíndrica
11.YPE = 1 : Sem simetria
ITYPE = 2 : Simetria de plano médio
Problemas vetoriais Linhas de campo sao
perpendiculares ao eixo r
Problemas escalares : Linhas de potencial
V sao perpendiculares ao eixo r
ITYPE=3 : Simetria de plano médio em um problema
escalar, apenas ser é urna linha com V constante
XMIN Os limites horizontal e vertical da regiio na
XMAX qual campos e gradientes sao calculados
YMIN e escritos no arquivo OUTPUI para regi5es sem
YM(-)X ferro somente As coordenadas são calculadas ,
iniciando por XMIN, YMIN e sendo incrementadas
de DX e UY até XMAX e YMAX
O valor de TI, dado pela precisio da máquina
SPOSG A corrente total positiva < SPOSG ) , total
SNEGG negativa ( SNEGG) e total ( STOl"G ) na gerac;:âo
STUTG da malha
SPUS(-) A corrente positiva total ( SPUSA ) negativa
:•
SNEG<-) total < SNEGA ) e total ( Sl"UTA ) na soluc;:ão do
STUlf-) problema
,,:
o
; ~----------------· ....
(.)L BIBUOl ElÀ
176
Nome Designação
. ~.·
·,
·"'
'·
177
VALOR AUTUMÂTICU
PRBCON ( 1)
( 2)
( 3)
( 4) O.O
( 5) O.O
( 6) O.O
( l) O.O
( lJ ) ·O.O
( 9) 1.6
( 10) 1.94
( 11) 1. o
( 12) 0.0312~
( 13) 1. o
( 1~) 1. 01:..-6 ..
( 16) 20 --
(1"/) 10000
(18) 2.54
e 1cn 1. o
(2ê) 1. O
(23) o -~ te•
(24) 0.005
(2~) 25
(26) 1. o
(2"/) 1. o
(28) 1.0E-5
( 2<1) 1.0E-:i
(30) 1. o
( :Ji) O.O
(32)
(38)
~-º
O.O
( 3L~) O.O
( :J~) O.O
(36) O.O
. ·······-·····-··--········--····-
179
APÊNDICE IV
DO PRIMEIRO BLOCO
HAX = HX : HA Y = HY
CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO DE
HBX = HX : HBY = HY
180
HZ = HCZ
.(
M = M + 1
FIM
HX = O
I = l
J = 1
LOGARÍTMICOS EJ., EZ EM HX
FATOR OEOM~TRICO FX = O
. '
182
DENS
FX
"" = "" - 41t
6
183
G)
"'-----=------.-!CÁLCULO DE FY POR <4. 23)
DENS
HY = HY - FY
47t
184
N
l<=l<+l.
J=J+l
I = I + l.
FIM
PJ =- 3,141592:65 36
CÁLCULO DE BETA
M = l
HX = O : HY = O
@
M = M + l
186
L = 1
HX = O : HY = O
® L = L + 1
FIM
APÊNDICE V
I TABELA 1 1
Função Qx,y) Intervalo Cálculo Cálculo exato
numérico
/1 =4xy * [O, 1] 1,.0 1,0 ·
f2 = 6x2y * ro
l '
"I] 1,0 1,0
/3 = sen(x)y ** [0,1] 0,500067 0,5
/4 = log(x)y * [1,2] 0,5793894 0,579441541
f, = arctan(x)y * [O, 1] 0,21944219 0,219521228
/6 = sen(x).cos(y) * [0,1t] 2,05.10·11 0,00
y·2x * [O, 1] 0,3606738 0,36067376
!1=--
2
J; _ 4x * [O, l] 0,2310486 0,2575295
8 -
9y
I TABELA 2 1
Função flx.y) Intervalo Cálculo numérico Cálculo exato
/1 =8xyz [0,1], [0,1], [0,1] 1,0 1,0
/2 = 12x2yz [0,1], [0,1], [0,1] 1,0 1,0
/3 = sen(x)yz
[O,;] ,[0,1], [0,1]
0,250034 0,25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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