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Como fazer o controle do custo

hora/máquina na construção
civil?
Elaborar uma planilha de orçamento de obra não é tarefa fácil. É
preciso planejamento, pesquisa, atualizar o histórico dos gastos e
contar com um bom software para armazenar todas essas
informações.

Neste post, preparamos 4 dicas importantes para ajudar você a


realizar o cálculo do custo hora/máquina dos equipamentos
utilizados na construção civil. Afinal de contas, em tempos de
crise e inflação, a saúde financeira se torna um item primordial.
Pensar em possibilidades de economia pode trazer benefícios a
médio/ longo prazos e evitar gastos desnecessários, além de
facilitar a tomada de decisões.

Você também se pergunta como fazer o controle do custo


hora/máquina na construção civil? Saiba como com o nosso
artigo do dia!

Custo de aquisição
Equipamentos de obra são muito caros e geram uma despesa
muito grande com depreciação e manutenção. Muitas vezes, se
comparados o valor de aquisição e locação, o construtor pode
imaginar que compensa adquirir determinadas máquinas. Mas
para isso, é preciso analisar qual é a real necessidade dela.

Além disso, a construtora deve dispor de uma boa infraestrutura


para armazená-la e um número razoável de obras, para que valha
a pena a aquisição do equipamento. É importante colocar tudo na
ponta do lápis (ou utilizar um software de planejamento de obra)
e analisar os prós e os contras da aquisição de equipamentos.
Mesmo se você for locar, tudo deve constar na sua planilha de
gastos.

Vida útil
Vida útil é o tempo estimado e informado pelo fabricante que um
equipamento funciona de forma eficiente e produtiva. Ela varia
com a máquina, as condições de trabalho e a qualidade das
manutenções.

Essas informações podem ser adaptadas de acordo com a carga


de trabalho. Ou seja, o aparelho pode durar menos que o previsto
caso trabalhe em turno dobrado.

Uma escavadeira, por exemplo, que trabalha cerca de duas mil


horas por ano e dura cerca de 5 anos, pode trabalhar por 10 mil
horas de forma eficiente e produtiva. A fórmula para esse cálculo
é a seguinte: VU = n x a

Sendo que:

VU = vida útil;
n = vida útil em anos;
a = horas de utilização por ano.

No caso da escavadeira: VU = 5 x 2.000 = 10.000 horas de trabalho

Manutenção

A vida útil de uma máquina depende de muitos fatores, entre eles


a manutenção. Além de todo o cuidado que se faz necessário no
manuseio dos equipamentos, o treinamento de profissionais, ler
o manual, a limpeza, o uso da energia e o próprio local onde eles
ficam alocados fazem toda a diferença.

Uma das principais maneiras de aumentar a durabilidade das


máquinas é fazer um cálculo anual. Assim, fica mais fácil estimar
o custo com a manutenção e o custo do aparelho.

Sabemos que, por ser um processo bem detalhado, este item


passa despercebido no cálculo do custo/ hora das máquinas. Mas
atenção: saiba que, não tendo esse controle, o seu relatório ficará
incompleto e poderá custar caro!

Valor residual
Com o tempo e o uso, os equipamentos de obra depreciam, mas
não perdem totalmente o valor. Mesmo depois de terem sido
utilizados por toda a vida útil, os equipamentos mantêm um valor
de revenda, principalmente se recebem as manutenções devidas.

Esse valor residual, segundo estimativas, é de cerca de 10% a 20%


do valor de aquisição. Então, se uma escavadeira custou R$ 200
mil, seu valor residual, ao final de sua vida útil, pode ser de R$ 20
mil a R$ 40 mil.

Diferente dos carros, que a desvalorização depende do ano de


fabricação e da quilometragem, no caso das máquinas o que
conta são as horas de uso. Quando há indícios de que o
equipamento não tem mais condições de operar, por ter sido
submetido a condições muito agressivas de trabalho, o valor de
revenda pode ser considerado nulo.

Depreciação
A depreciação nada mais é do que a perda de valor da máquina,
que pode ocorrer por desgaste físico, devido às ações da natureza,
pelo próprio uso ou por se tornar obsoleta. Também é importante
considerar a desvalorização econômica, por conta das inovações
tecnológicas.

Para saber quanto o equipamento desvaloriza por hora de uso, é


preciso fazer o cálculo de depreciação, bastante utilizado pelas
locadoras de máquinas. São três os métodos de fazer esse cálculo,
mas o mais comum é o método linear.

A depreciação calculada pelo método linear é o custo da


aquisição da máquina, deduzido de seu valor residual e dividido
pelo número de horas de sua vida útil. Ou seja: DH = VA – VR/ VU.
Sendo que:

DH = depreciação por hora;


VA = valor de aquisição;
VR = valor residual;
VU = vida útil.

Pontos a serem considerados

É importante considerar que os seguintes pontos contribuem


para a depreciação de uma máquina:

Quanto maior o investimento, maior o valor da depreciação;


Quanto maior o uso, também maior a depreciação, já que sua
vida útil será menor;
Quanto maior a tecnologia empregada, maior a depreciação,
devido a novas tecnologias que surgem e levam à troca
precoce;
Teoricamente, quanto maior os cuidados e o investimento
em conservação e reparos, menor será a depreciação.
Entretanto, é importante considerar um valor fixo de
desvalorização, independente da conservação, por ser difícil
o seu controle.

Tecnologia a seu favor


A elaboração do cálculo custo hora/ máquina na construção civil
fica mais prático se você tiver um software que auxilie na
integração entre todas as áreas da empresa. Sua equipe de
gestores e gerentes poderá atualizar, em tempo real, todas as
informações e tomar decisões imediatas.

Dessa forma, é possível realizar o planejamento completo,


realizar de forma eficaz uma planilha de gastos e monitorar os
resultados. Portanto, não espere que a situação das suas finanças
se complique! A gestão de custos é uma medida simples, cujos
benefícios são enormes para o sucesso do trabalho e para a saúde
financeira da empresa.

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