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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

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AVM FACULDADE INTEGRADA

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A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA ADAPTAÇÃO ESCOLAR,


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PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (CRIANÇAS


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ENTRE 0 À 6 ANOS)
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Por: Adriana de Souza Lusquiños


EN
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Orientador
O

Prof. Edla Trocoli


D

Rio de Janeiro
2015
2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA ADAPTAÇÃO ESCOLAR,


PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
(CRIANÇAS ENTRE 0 À 6 ANOS)

Apresentação de monografia à AVM Faculdade


Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Educação Infantil e
Desenvolvimento
Por: Adriana de Souza Lusquiños.
3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar


força para os desafios de cada dia e de
ter colocado em minha vida pessoas
amigas e uma família muito querida.
Agradeço ao meu esposo por sempre
me incentivar a estudar. Agradeço a
minha família por me apoiar e pelas
palavras amigas. Aos meus amigos
que me ajudam tanto. As pessoas que
responderam ao questionário da minha
pesquisa e a minha querida filha
Rafaela, pelos carinhos e vários
momentos de descontração, sendo o
principal motivo de ter escolhido esse
curso e o tema da minha monografia.
4

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu marido, a


minha filha, aos meus pais, a minha
família e aos meus amigos.
5

RESUMO

O presente trabalho monográfico busca estudar sobre a importância de


uma boa adaptação escolar, principalmente na educação infantil, sendo este
um período difícil e de muitas mudanças na vida da criança, da família e do
professor. Por um longo período, a adaptação escolar não era considerada um
fator importante para a escola, sendo seu único objetivo, fazer com que a
criança parasse de chorar. Não havia o interesse de saber o motivo daquele
choro ou de outras atitudes, como a agressividade e apatia. Os responsáveis
não faziam parte do processo de adaptação, sua função era apenas levar e
buscar os filhos no horário determinado pela escola. Esta pesquisa tenta
mostrar a necessidade da participação e da interação de todos os envolvidos
nesse processo de adaptação, considerando a importância do período de
adaptação da criança pequena que frequenta a escola pela primeira vez, o
professor deverá ser o principal mediador e facilitador neste processo,
passando segurança tanto para os pais, quanto para as crianças, dando início
ao processo de ensino-aprendizagem de forma lúdica, atrativa e prazerosa.
Esse trabalho traz ainda alguns relatos de pais e professores que vivenciaram
esse processo de adaptação e acolhida, com crianças entre a faixa etária de 1
a 2 anos, em um ambiente com muito estímulo, onde as crianças puderam
vivenciar novas experiências. Pude perceber que ao final do ano, já havia um
clima de afetividade e confiança mútua entre os alunos, os professores, os pais
e os colaboradores da escola, e o principal é que todas as crianças estavam
adaptadas ao ambiente escolar, além da evolução do desenvolvimento
psicomotor.
PALAVRAS CHAVES: Adaptação escolar, acolhimento e educação
infantil.
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METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido, por meio de pesquisa bibliográfica e


pesquisa de campo.
A pesquisa bibliográfica foi realizada através de artigos acadêmicos,
trabalhos de conclusão de curso, revistas, livros e blogs, todas essas fontes
tinham base em autores importantes como: Froebel, Davini, Freire, Strenzel,
Balaban, Ortiz, Rapoport Mahoney, entre outros. Estes autores investigaram o
comportamento infantil, e relataram a importância do processo de adaptação
de uma forma mais acolhedora e também ressaltaram a importância de escola
e família trabalharem juntas para o bem da criança. Portanto, trazendo muita
reflexão para todos os envolvidos com a educação.
Já a pesquisa de campo, foi realizada através de questionários
entregues aos pais (ou responsáveis) e professores que participaram da
adaptação escolar das crianças na educação infantil, no ano de 2014,
relatando cada um a sua vivência nesse processo. Essa pesquisa foi realizada
em uma escola privada de Educação Infantil, no Bairro de Higienópolis – RJ,
tendo como objetivo investigar e comparar se o que encontramos nas
bibliográficas é realmente o que foi vivenciado recentemente por essas
pessoas, que responderam ao questionário sobre o processo de adaptação de
suas crianças. Com isso, serão analisados alguns pontos que podem facilitar
ou prejudicar a adaptação da criança e a relação de todos os envolvidos nesse
processo.
Portanto, esta pesquisa teve como objetivo relatar a importância da
participação da família, junto com os professores e a escola para facilitar o
processo de adaptação escolar da criança.
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Adaptação Escolar na Educação 10


Infantil

CAPÍTULO II - A importância da instituição e do 19


professor na adaptação
2.1. Relatos dos professores sobre o período 25
de adaptação na Escola de Educação Infantil

CAPÍTULO III – A importância da família no 28


processo de adaptação da criança
3.1. Relatos dos pais sobre o período 34
de adaptação na Escola de Educação Infantil

CONCLUSÃO 38

ÍNDICE 42

ANEXOS 43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 60

BIBLIOGRAFIA CITADA 63
8

INTRODUÇÃO

O interesse por essa temática emergiu a partir de uma experiência


pessoal, a observação e participação da adaptação escolar da minha filha, pois
foi um período difícil, com muitas dúvidas e insegurança. Com isso, surgiu a
vontade de investigar e questionar como está sendo realizado o processo de
adaptação escolar, e como pequenos atos de acolhimento podem facilitar esse
processo.
Muitos autores relatam que esse período da adaptação é um processo
difícil, tanto para a criança, quanto para os pais e também para os educados.
Os professores são os principais mediadores, pois são eles que lidam com as
angustias de ambos os lados. O primeiro dia da criança na escola costuma ser
assustador, pois para ela tudo é novo, são novas relações, novas regras e
novos limites, sendo bem diferentes daqueles do espaço doméstico que ela
está acostumada, mas com o tempo ela irá perceber que no espaço escolar
também há muitas atividades semelhantes ao do seu lar.
Hoje percebemos o quanto é fundamental se fazer uma boa
adaptação, para que haja um bom desenvolvimento da criança, tanto no seu
ingressar na escola, como também em mudanças de níveis de ensino. Para
isso é necessário respeitar o tempo e o espaço de cada criança. Uma criança
que faz uma boa adaptação escolar terá melhores condições no processo
educativo e na vida como um todo, pois será capaz de lidar melhor com o
novo.
Segundo Davini (1999), a intensidade com que cada um vai
experimentar, ou a forma como cada personalidade participante do processo e,
também, da dinâmica familiar. Um fator a ser admitido é que essa separação é
algo inevitável na vida de cada um de nós e, ainda que seja um processo
doloroso, costuma trazer crescimento para todos os envolvidos.
O objetivo deste estudo sobre o período da adaptação escolar, ocorridos
em creches e pré-escolas, é de conscientizar a importância da participação dos
9

pais neste processo, junto com os profissionais da escola e a criança, para que
a entrada de seu filho na escola seja algo positivo e mais tarde perceberão que
após a adaptação, o desenvolvimento da criança será bem acelerado, pois o
convívio com outras crianças e o simples ato de brincar, faz toda a diferença
na fala, na coordenação motora e no raciocínio.
Este estudo foi realizado com base em artigos, livros, trabalhos
acadêmicos e também através de pesquisa de campo.
A pesquisa de campo foi realizada através de questionários entregues
aos professores e pais de alunos que participaram da adaptação escolar, no
ano de 2014, em duas turmas, sendo uma de berçário e outra do maternal I. O
objetivo da pesquisa de campo foi o de investigar e comparar se o que é
encontrado nas fontes bibliográficas, tem a ver com o que realmente está
sendo vivenciado atualmente pelas pessoas que responderam ao questionário
10

CAPÍTULO I
ADAPTAÇÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Foto retirada do site: guiadobebe.uol.com.br/adaptacao-na-escola-em-diferentes-momentos/

O processo de adaptação escolar na educação infantil é um período


delicado tanto para a criança, como também para os pais e funcionários da
instituição, pois é o período que a criança tem para acomodar-se e integrar-se
com o ambiente escolar, com os profissionais e os amigos da classe. A
separação é um processo que gera sentimentos, que precisam ser entendidos,
discutidos e superados gradativamente. Portanto, pais e escola devem ser
parceiros para transmitir confiança para a criança. Infelizmente, não há uma
receita ou um manual e nem um prazo determinado para esse processo, pois
isso vai variar de criança para criança.
Para um melhor entendimento desse processo, citarei três fatos que
foram primordiais para a origem da pré-escola, tendo como base o livro da
autora Sartori (2001):
1. A criação do Jardim da infância, pelo pedagogo Friedrich Froebel;
2. A Segunda Guerra Mundial, devido à necessidade da mão de
obra da mulher, no mercado de trabalho e;
3. A homologação da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabeleceu as novas diretrizes e bases da educação brasileira.
11

Froebel fundou o primeiro Jardim-de-Infância no ano de 1840, chamado


de Kindergarten, destinando a crianças menores de seis anos, seu
ensinamento partia do concreto para o abstrato, do simples para o complexo,
buscando a integração da criança com a natureza e com o divino. Criando
também o primeiro curso preparatório para formação de mulheres, pois
acreditava que elas eram naturalmente dotadas de todos os pré-requisitos,
pois as mesmas deveriam ser mãe, e que para ele mãe era símbolo de afeto.
Essas profissionais eram chamadas de jardineiras, sendo suas principais
funções brincar e estimular as crianças a fazerem as coisas por si mesmas.
Segundo Sartori (2001), Froebel acreditava que os primeiros anos de
vida eram os que podiam determinar os fracassos ou sucessos dos homens no
futuro; contando com as potencialidades inatas avaliava que estas poderiam
desenvolver-se caso estivessem em condições ambientais favoráveis. Nesse
sentido, entendia que algo na educação da criança pequena excedia ao que
lhe pode ser oferecido no interior da família.
Atualmente, há diversas discussões entre os teóricos a respeito da
idade correta para a entrada da criança. Uns apoiam a entrada da criança na
escola antes dos cinco ou seis anos. Outros apoiam a permanência da criança
com a família, como responsável pela educação. Com tudo isso, cresce o
número de pesquisas que indicam um melhor desempenho escolar em
crianças que frequentaram pré-escolas, mas isso dependerá do processo
adotado em cada instituição.
Nos dias atuais, a entrada da criança na escola tem sido cada vez mais
cedo, devido a necessidade do retorno da mãe para o mercado de trabalho, ao
termino da licença maternidade, pois a maioria das mulheres participam do
sustento familiar.

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar que envolveu a maioria


das nações do mundo e seu período de duração foi entre 1939 à 1945. Com
os homens na guerra, as linhas de produção foram ocupadas por mulheres. A
mão de obra feminina teve uma participação fundamental no setor industrial e
suas funções eram específicas em cada país. Com o fim da guerra, algumas
mulheres retornaram ao seu ambiente doméstico, outras quiseram ou tiveram
12

que continuar trabalhando, pois muitas famílias perderam seus homens (pais e
esposos) nos campo de batalha e eram eles que sustentavam o lar.

Fotos retiradas do site da Veja http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/mulheres/a-mao-de-obra-feminina/

Portanto, o período durante a guerra e o pós-guerra se faz necessário o


surgimento da pré-escola, pois várias mães precisaram trabalhar devido a
escassez de mão de obra e por esse motivo foi fundametalz a criação de
espaços seguros onde as crianças pudessem ser cuidadas, sendo umas das
consequências da separação entre mãe-filho.

“Impunham-se duas tarefas igualmente importantes e


prementes: recompor a população profundamente
atingida pelos milhões de combatentes mortos e
desenvolver um programa de reabilitação para órfãos de
guerra. Para atender esses objetivos, o governo deveria
promulgar leis que por um lado favorecessem um
aumento da natalidade e por outro facilitassem o trabalho
feminino. ” (Ferreira, 1983)

“Essa polêmica é atual, na medida em que, hoje, com a


entrada da mulher no mercado de trabalho, por razões
referentes à sua realização profissional, ou aos efeitos da
política do capitalismo, são buscadas formas substitutas
dos cuidados maternos, como auxílio para a educação de
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seus filhos. Ou seja, a necessidade de uma formulação


mínima para criação de instituições, nas quais as crianças
possam ser atendidas em suas necessidades, passa a
ser premente. O caráter conflituoso da busca dessas
condições configura o cenário das instituições na
atualidade. Parece interessante notar, ainda, que essa
questão da separação e da entrada da criança em uma
vida social é um ponto que evidencia um conflito que não
se responde ou que se atende através de ações
pedagógicas, fazendo com que outros estudos tenham
sido desenvolvidos com a intenção de ampliar o
conhecimento a esse respeito, buscando avaliar como
essa separação pode ser entendida, e incluída na
experiência daqueles que se responsabilizam por escolas
hoje.” (Ferreira, 1983).

Hoje as mulheres colocam seus filhos na escola porque participam da


economia da casa, para se realizarem profissionalmente, para estudar, ou até
mesmo para fazer seus afazeres da casa. Enfim, por diversas razões.

A LEI Nº 9.394 foi homologada em 20 de dezembro de 1996, esta lei


estabeleceu as novas diretrizes e bases da educação brasileira. Abaixo, segue
pontos da lei voltados para Educação Infantil.

CÂMARA DOS DEPUTADOS


Centro de Documentação e Informação

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

TÍTULO I
DA EDUCAÇÃO
14

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se


desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,

predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e


a prática social.

TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos


princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Seção II
Da Educação Infantil

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem


como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos,
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade. (Artigo com redação dada pela Lei nº
12.796, de 4/4/2013)

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:


I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três
anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de
idade. (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as


seguintes regras comuns: (“Caput” do artigo com redação dada pela Lei nº
12.796, de 4/4/2013)
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de
4/4/2013)
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída
por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Inciso
acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
15

III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias


para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Inciso
acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar,
exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
(Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
V - expedição de documentação que permita atestar os processos
de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Inciso acrescido pela Lei nº
12.796, de 4/4/2013)

“Em 1993, foi proposto através de estudos da comissão


especial de Educação Infantil que todas as instituições
voltadas para o atendimento de crianças de zero a seis
anos de idade submetam-se ao cumprimento das normas
gerais da educação nacional e à autorização e à
avaliação de qualidade pelo poder público. Isso significa
que creches e pré-escolas privadas passam a estar
referidas nas determinações do sistema de ensino. Essa
lei foi homologada em 1996 e as escolas que já estavam
em funcionamento tiveram prazo estipulado para que os
estabelecimentos se organizassem de acordo com os
requisitos da lei.” (Sartori, 2001)

Devido a Lei Nº 9.394 de diretrizes e bases da educação nacional, foi


determinado que as pré-escolas tivessem um projeto pedagógico definido. Pois
antes, algumas instituições de pré-escola funcionavam na improvisação, não
havia um planejamento e nem uma proposta de trabalho, muitas das vezes os
profissionais não tinham nem a qualificação exigida. Por se tratar de um
serviço que era classificado como facultativo, não havia um controle ou
supervisão por parte dos órgãos competentes, situação essa que não poderia
permanecer.
Nos dias de hoje, se faz necessário a autorização do Estado para o
funcionamento de uma instituição de ensino, a mesma terá que cumprir com
todos os requisitos solicitados. Portanto, a escola, seu espaço físico e seus
profissionais passam a ser reconhecidos, deixando de ser uma “segunda casa”
16

para a criança e passa a ser uma instituição que tem um programa


pedagógico, com: planejamento, cronograma, objetivo, metodologia, etc. Os
responsáveis passam a reconhecer a escola e começam a valorizar o trabalho
que está sendo desenvolvido pelos profissionais. A avaliação terá função de
acompanhar e registrar o desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de
aprovação ou reprovação, mas sim o de ajudar o professor em administrar
melhor as atividades de acordo com a necessidade de cada aluno. Havendo a
melhora do ensino aprendizagem.
A partir desses e de outros fatos históricos, surgiu a pré-escola, e ao
logo do tempo ela foi se aprimorando, pois foram surgindo novos problemas e
com isso novas soluções tiveram que ser pensada. A adaptação escolar na
Educação Infantil é um desses processos, que está sendo pesquisado e
estudado, pois tem afetado um grande número de pessoas, envolvendo a
criança, a família e os profissionais da escola.
Tanto a escola, quanto a família são fundamentais para o
desenvolvimento da criança. Elas contribuem para a evolução das pessoas e
podem atuar de forma impulsora ou inibidora, afetando o crescimento
intelectual, físico, emocional e social. A escola se preocupa com os conteúdos
curriculares e com conhecimento, tendo uma preocupação com o processo
ensino-aprendizagem. A família se preocupa com a socialização, a proteção,
as condições básicas de sobrevivência, com o desenvolvimento no plano
social, cognitivo e afetivo.
Strenzel (2000) afirmar que: Inserção, ingresso, acolhida, não é uma
questão de adaptação no sentido de modulação, que considera a criança como
um sujeito passivo que se submete, se acomoda se enquadra a uma dada
situação. É um momento fundamental e delicado que não pode ser
considerado como simples aceitação de um ambiente desconhecido e de
separação da mãe ou de uma figura familiar, ou de fazer a criança parar de
chorar.
A acolhida deverá ser feita de forma que a criança se desenvolva
através de sua vivencia e não por imposição, ou por aceitação de um ambiente
desconhecido, que separa ela de sua família. O processo deve ser conduzido
17

da forma mais natural possível, onde o principal objetivo seja a adaptação da


criança e não o sessar do choro.
Para Davini (1999), a adaptação é todo um grande período, que abrange
desde as entrevistas e visitas preliminares dos pais as escolas, bem como os
primeiros dias, e o primeiro ano de escolarização da criança.
Portanto a adaptação deve ser levada muito a sério pelos responsáveis,
que devem estar seguros que chegou a hora de seu filho entrar na escola, e
devem seguir as recomendações da mesma, para que a criança passe por
esse período sem traumas. A adaptação não significa ficar na escola sem
chorar, mas sim, ver a criança se socializar e acolher os professores, amigos
de turma e os profissionais da escola que ajudam no processo. Essa relação é
construída, necessariamente com a mediação do professor.
Os pais devem demostrar entusiasmo ao falar da escola para o filho,
falar sobre o espaço que é todo preparado para criança, sobre os profissionais
e tudo o que será ensinado. Para isso, é bom que os pais conheçam muito
bem a escola e seus profissionais, pois caso tenham dúvidas saberão a que
profissional recorrer e conhecendo bem o espaço, não irão frustrar a criança
inventando coisas que a escola não possui.
Os responsáveis deverão dosar bem as perguntas que farão a criança,
elas deverão ser feitas de forma natural, através de brincadeiras e historinhas.
Questionar demais pode despertar dúvidas na criança, em um momento em
que ela está muito vulnerável. Neste período de adaptação é fundamental que
o responsável esteja preparado para qualquer uma das reações da criança, ao
entrar na escola que pode ser: chorar ou de dar tchau. Nesse período, o
responsável não deve chegar atrasado, se possível chegar com certa
antecedência, pois quando a criança percebe que seus amigos estão saindo
da escola e ela não, a mesma acaba se sentindo abandonada. Esse simples
fato pode retroceder o processo de adaptação da criança.
É fundamental que os pais permitam que seus filhos cresçam através de
suas novas vivências, suas próprias experiências e descobertas, os tornando
mais independentes. A separação entre pais e filho parece ser um fato ruim,
18

mas na verdade proporciona o desenvolvimento emocional e o


amadurecimento de ambos.
A escola e seus profissionais devem acolher a criança e devem oferecer
um ambiente seguro e estimulante, onde se pratique atitudes coerentes e
convincentes e que atinjam mais as emoções e o caráter, do que apenas o
intelecto. Com isso, ajudando a construir um indivíduo racional e equilibrado
emocionalmente, capaz de gerenciar suas ações e que consegue se adaptar.
A entrada da criança na escola representa um grande passo em direção
à independência. Estudos atuais recomendam a pré-escola desde muito cedo.
Algumas escolas permitem que a adaptação seja feita junto aos pais,
sendo que os pais ficam em uma área reservada, caso a criança precise de
amparo ela vai ao encontro do responsável, existem também outras escolas
que não fazem a adaptação com os pais. Mesmo que a escola permita a
presença dos pais nos primeiros dias em sala de aula, é importante enfatizar
que o responsável está ali apenas para transmitir confiança e ajudar na
adaptação da criança, pois quem deve conduzir as atividades é o professor.
O professor deverá acolher, ter paciência, ter perseverança, dar carinho
e conhecer bem cada criança, pois caso haja um retrocesso ou uma recaída a
professora saberá chamar a atenção da criança, tirando assim o foco do
afastamento temporário entre ela e os pais. Já a direção deve estar atenta
para perceber as necessidades de cada família, deve conhecer as crianças
para agir de modo preventivo e deve também dar suporte ao professor.
Portanto, o processo de adaptação é uma dinâmica de ensino,
aprendizagem e socialização que envolve crianças, pais e educadores. Sendo
muito importante que cada um dos envolvidos saiba exatamente qual é a sua
função neste processo.
19

CAPÍTULO II
A IMPORTÂNCIA DA INSTITUIÇÃO E DO PROFESSOR
NA ADAPTAÇÃO

Foto retirada do site:gestaoescolar.abril.com.br

O sistema escolar é um ambiente novo para a criança, onde ela terá


contato com várias pessoas desconhecidas e de características bem
diferenciadas, além disso, terá uma nova rotina. Todas essas mudanças
causam sentimentos como o medo e insegurança. A escola tem uma tarefa
muito difícil, que é a de preparar tanto os alunos, como os pais e os
professores para lidarem com essas diferenças, principalmente agora com um
mundo de mudanças rápidas, cheio de informações e com muitos conflitos. Se
esse processo for feito com muito carinho e atenção, haverá novos
relacionamentos, interação e amadurecimento.
Mahoney (2002), A escola constitui um contexto diversificado de
desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne diversidade de
conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos,
problemas e diferenças.
Sendo importantíssimo que o período de adaptação da criança na
instituição seja com muita descontração, movimentação e contentamento, para
suprir a separação vivenciada pela criança. O professor junto com a equipe da
20

escola deverá proporcionar um ambiente acolhedor e agradável, com


atividades lúdicas, interessantes e prazerosas. Alguns exemplos de atividades
que costumam agradar todas as crianças são: jogos de montar, vídeos, cantos,
histórias, danças, quebra-cabeça, jogo da memória, jogos de encaixe,
brincadeiras ao ar livres, jogos com bola, brincadeiras de roda, etc. Essas
atividades estimulam a individualidade e a socialização com os novos amigos e
um melhor aprendizado. Com isso, o professor conseguirá com mais facilidade
ganhar a confiança e conduzir melhor esse processo de adaptação.
O professor é o principal mediador desse processo, mas ele também
passa por essa angustia do novo, pois a cada ano ele tem novas crianças e
novos pais. Portanto, novas experiências. Caso a adaptação demore a
acontecer, ele se sente cobrado e observado, tanto pela direção da escola
como também pelos pais. Nos dias em que os pais participam da adaptação
dentro de sala de aula ou no interior da escola, é um período que gera um
grande desconforto para o professor, pois os pais estão inseguros e
desconfiados e com isso qualquer atitude, pode ser mal interpretada e
ocasionar a saída da criança da escola. Nem o professor e muito menos a
direção da escola, gostariam de perder um aluno. Por esse motivo, é
importante que a coordenação esteja atenta e dê o devido suporte e auxilio ao
professor e aos responsáveis.
O educador deve lidar com a criança sempre com muito carinho e
atenção, em hipótese alguma poderá mudar seu comportamento após a saída
dos pais do ambiente escolar. O professor não deve em nenhum momento, ter
atitudes grosseiras, não deve gritar e nem ignorar a criança, pois isso não seria
ético, não ajudaria a cativar a criança e ele não estaria fazendo um bom
trabalho. O educador deve se atualizar e ampliar seu conhecimento, ser
organizado com seus conteúdos e metodologias de ensino e estar disposto a
fazer mudanças em seu planejamento para atender as necessidades das
crianças, respeitando e considerando sua evolução.
Freire (1997) escreveu que o professor autoritário, que se recusa a
escutar os alunos, se fecha a esta aventura criadora. Nega a si mesmo a
21

participação neste momento de boniteza singular: o da afirmação do educando


como sujeito de conhecimento.
Existem escolas, tanto públicas quanto privadas, que costumam priorizar
o número de vagas e não a qualidade do ensino, muitas vezes há o excesso
de crianças nas turmas, desrespeitando a proporção criança por adulto.
Tornando o trabalho do professor muito difícil, pois neste período a criança
exige muita atenção, e caso a criança não tenha sido atendida no momento
certo, isso poderá causar problemas futuros.
A Lei Nº 9.394 de diretrizes e bases da educação nacional, foi
fundamental para regulamentar as instituições que trabalham com a pré-
escola, pois antes não era obrigatório ter um planejamento e com isso muitas
escolas acabavam trabalhando com improviso. A partir desta lei, as instituições
tiveram que ser organizar e se planejar, pois só poriam funcionar quem
conseguisse a autorização do Estado. Portanto precisando cumprir com o que
a Lei determina como por exemplo: ter um projeto pedagógico, profissionais
qualificados e um espaço físico adequado para a sua clientela.
Seria fundamental que o Estado oferecesse um maior número de
escolas de educação infantil, para que os pais colocassem seus filhos não só
pela necessidade, porque precisam trabalhar e não tem com quem deixar a
criança, mas para que a criança se desenvolva através de atividades lúdicas e
planejadas de acordo com sua faixa etária, sendo também muito importante
conviver com outras crianças, frequentar novos ambientes e de se relacionar
com outros adultos. Isso diminuiria também os casos de crianças que ficam
trancadas em casa sozinha ou que ficam nas ruas, enquanto os pais estão
trabalhando. Sabemos que a Educação Infantil é um serviço caro, pois
depende da construção de várias escolas pequenas, o número de criança
devem ser poucas por professor, os ambientes devem ter móveis, brinquedos
e equipamentos adequados e os profissionais devem ser bem preparados para
a função.
Portanto, o ambiente escolar deve oferecer um espaço lúdico e
prazeroso com atividades ligadas aos domínios motor, afetivo e cognitivo, que
propicie as crianças pensamentos, expressões e sentimentos de acordo com a
22

sua vivência. E cabe ao professor atender as expectativas dos pais, ganhar a


confiança da criança e conduzir o processo de adaptação. Além disso,
trabalhar seus próprios sentimentos. A instituição deverá passar veracidade e
confiabilidade aos pais e aos alunos. O acolhimento não deve ser apenas na
primeira semana e sim em todos os momentos necessários, na entrada da
escola, após um longo momento de afastamento, seja por motivo de doença,
férias, etc. Todo ser humano gosta de ser bem recebido e acolhido.

Segundo Ortiz(2011), os princípios para planejar uma boa acolhida são:

a) com o grupo de Professores e auxiliares de salas

1. Manter a rotina que a criança pequena tem em casa, no caso de


menores de 3 anos, quanto aos cuidados específicos. Manter os rituais para
dormir, comer ou usar o banheiro.
2. Para as maiores de 3, explicar como será o seu dia a dia e colocar a
rotina visualmente num quadro, para que a criança aprenda a controlar os
diferentes momentos.
3. Objetos Transicionais ou objetos de apego – Algumas crianças usam
objetos tais como paninhos, chupetas, brinquedos e ficam apegadas a elas.
Estas coisas têm um significado especial para elas, pois criam a ilusão de que
a mãe ou a pessoa na qual investem afeto estão próximas, lhes proporciona
maior conforto emocional e segurança.
4. Valorizar a identidade da criança, e escolher junto com ela seu
escaninho, seu cabideiro, colocando seu nome e garantindo que aquele lugar
ficará disponível para ela todos os dias para que possam guardar suas coisas.
5. Não ficar ansiosa para que a criança ajuste sua rotina a do grupo muito
rapidamente. Deixar que a criança mantenha seu jeito de ser, seus rituais e
sua rotina individualizada, para aos poucos se ajustar ao grupo, proporciona
suavidade ao processo sem rupturas bruscas e maior controle do adulto sobre
o processo.
23

6. Conversar a criança sobre seus sentimentos, sobre a rotina, contar o


que vai acontecer com ela, ajudar a criança a expressar seus sentimentos e
valorizá-la enquanto pessoa e promover sua autoconfiança para lidar com esta
situação.
7. A inserção das crianças deve ser feita progressivamente, duas crianças
por subgrupo, por semana, sendo que cada criança inicia em um período do
dia (manhã/tarde), o que dá às educadoras maior disponibilidade no
atendimento a cada criança e seu acompanhante.
8. Normalmente uma semana é o necessário para que algum familiar
permaneça junto à criança na creche, sendo seu tempo de permanência,
gradualmente reduzido, à medida que aumenta o tempo de permanência da
criança na escola, até este ficar mais tranquilamente período integral, se for o
caso.
9. A professora deve procurar manter uma rotina estável sem muitas
variações para que a criança vá dominando cada vez a rotina. As crianças
aprendem a se localizar no tempo, no espaço e com as atividades quando a
rotina é mantida, além de construir vínculos e se organizar para a
aprendizagem.
10. Organizar cantos de atividades diversificadas com aquelas que ele sabe
que dão mais ibope para aquela faixa etária específica, auxilia o professor a
despertar o interesse da criança pela brincadeira e a se interessar pela escola.
Vale também saber quais as brincadeiras e brinquedos preferidos da criança
para introduzi-los neste momento. Os cantos de atividades podem também
favorecer que as outras crianças fiquem mais livres e brincando entre si,
enquanto o professor pode dispensar uma atenção especial para a criança
nova.
11. Considerar o parque como um espaço de atividade e planejar também
intervenções também para este momento. No verão brincadeiras na areia e na
água, bolhas de sabão, lavar roupas de bonecas, lavar o quintal, regar plantas,
e fazer estas coisas com todo o grupo vão mostrando para as crianças que o
ambiente doméstico e o escolar possuem diferenças e semelhanças. No
24

inverno os jogos motores, as cirandas, os circuitos e obstáculos, garantem que


a criança possa brincar fora e estar aquecida.
12. Propor atividades culinárias simples: fazer gelatina, pipoca, suco,
docinho de leite em pó, salada de frutas para o lanche ou sobremesa, favorece
que a criança perceba a continuidade temporal.
13. Propor leitura de histórias como metáforas dos momentos que a criança
vive. Pode-se conversar sobre as histórias falando dos medos básicos de
todas as crianças assim é possível que a criança também se exponha e
consiga lidar melhor com seus sentimentos.

b) Com o grupo de cozinheiras e faxineiras.

1. Valorizar o trabalho da equipe de apoio;


2. Informar às famílias quem são estas profissionais e seu papel na
instituição;
3. Formar a equipe de apoio da mesma forma que os educadores quanto
ao entendimento, importância e estruturação no período de adaptação e de
acolhimento;
4. Envolver a equipe de apoio na reestruturação de sua rotina de trabalho
durante o período de adaptação;
5. Informar a equipe de apoio sobre o atendimento às crianças com dietas
específicas;
6. Auxiliar a equipe de apoio a planejar um cardápio especial de
adaptação.

A pesquisa de campo foi realizada através de questionários entregues


aos professores que participaram da adaptação escolar das crianças na
educação infantil, no ano de 2014, em uma escola privada de educação
infantil, no bairro de Higienópolis – RJ, todos relataram sua vivência nesse
processo. O objetivo principal foi o de investigar e comparar se o que
encontramos nas fontes bibliográficas é realmente o que está sendo
vivenciado pelas pessoas que responderam ao questionário sobre o processo
25

de adaptação de suas crianças, com isso podemos observar alguns pontos


que podem facilitar ou prejudicar a adaptação da criança e a relação de todos
os envolvidos nesse processo.

RELATOS DOS PROFESSORES SOBRE O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO NA


ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

De acordo com Balaban (1988), O início da vida escolar pode ser uma
ocasião excitante ou também uma ocasião agradável. Junto com aqueles que
realmente estão encantados por estarem iniciando sua vida escolar, existem
frequentemente outras crianças chorando ou pais tensos e nervosos.
Abaixo, seguem alguns relatos que considerei mais relevantes, escritos
pelos professores que responderam aos questionários (anexo 1), referentes ao
processo de adaptação das crianças, no ano de 2014, em uma escola de
educação infantil no bairro de Higienópolis, no estado do Rio de Janeiro.

Seguem as respostas das professoras referentes às perguntas


realizadas no questionário.

Como foi o processo de adaptação das crianças?

Professora que trabalha com o maternal I (Faixa etária das crianças entre
2 e 3 anos) respondeu: “Tranquilo, pois cada criança teve seu tempo com o
responsável e aos poucos pegaram confiança com a professora e os
funcionários.”

Professora que trabalha com o berçário (Faixa etária das crianças entre 1
à 2 anos) respondeu: “Tranquila, cada criança adaptou-se com o seu tempo.”

Quais são os pontos que dificultam o processo da adaptação?


26

Professora do maternal I respondeu: “Quando o responsável não confia no


profissional.”

Professora do berçário respondeu: “Quando o responsável não tem tempo


para acompanhar a adaptação. A criança demora mais tempo para se adaptar,
pois ainda não se acostumou com os profissionais da escola.”

Quais são as atitudes dos responsáveis que prejudicam o processo de


adaptação?

Professora do maternal I respondeu: “Quando o responsável não permite a


aproximação com a criança: dar o lanche, levar ao banheiro, sentar ao lado...”

Como os responsáveis podem ajudar na adaptação escolar?

Professora do maternal I respondeu: “No início estar ao lado, mas dias


depois começar a observar, ausentar-se um pouco do espaço, a criança
precisa interagir com o grupo.”

Professora do berçário respondeu: “Ter tempo disponível para ficar com o


filho na adaptação, até o momento onde sente seguro para deixa-lo e o filho
ficar sem chorar.”

No ano de 2014, apenas duas professoras fizeram adaptações das


crianças nesta escola. Mesmo com pouco material, podemos observar que
tudo o que foi relatado e vivenciado por elas é bem comum, sendo citados
também nas fontes bibliográficas, como por exemplo: A importância da
adaptação junto aos responsáveis, o respeito ao tempo de cada criança para
se adaptar, citam situações onde os pais prejudicam o processo, quando não
permitem a aproximação do professor com a criança e quando os pais não
podem participar da adaptação.
27

O que pode ser percebido neste processo de adaptação escolar é que


na medida em que aumenta a confiança dos pais na escola, a ansiedade dos
mesmos tende a diminui e com isso a cobrança em cima do professor também
tende a diminuir, facilitando o seu trabalho.
28

CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE
ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA

Foto retirada do blog:escolatialilia.blogspot.com.br

A família costuma ser o primeiro ambiente de socialização do indivíduo.


Ela é quem transmite afeto, costumes, valores e crenças. Além de
desempenhar um papel fundamental que é o de proteger e de formar o
indivíduo. Por esse motivo, que é tão importante a participação da família no
processo de adaptação escolar da criança, porque para ela tudo que é novo
assusta, causando medo e insegurança.
Cada criança reage de um jeito, umas têm uma adaptação mais rápida
outras mais demoradas, o importante é que esse tempo seja respeitado, pois
essa separação, dela com os pais, é uma etapa muito dolorosa, ficando a
mesma desprovida do convívio familiar que estava habituada. As crianças de 1
a 2 anos, são mais inseguras, por não terem uma clara compreensão da
separação, por esse motivo, a adaptação costuma ser mais demorada. Já as
crianças entre 3 e 6 anos, por terem uma melhor compreensão do que está
acontecendo, acabam tendo uma adaptação mais fácil.
29

A escola sendo um espaço estranho para a criança pode provocar


vários sentimentos como: medo, tristeza, angústia, ansiedade e insegurança,
mesmo a criança ficando apenas por algumas horas neste ambiente. As
crianças podem manifestar esses sentimentos através do choro, agressividade
e apatia. Por esse motivo, se faz necessário a participação dos pais neste
processo, encorajando e reforçando a sua autoestima, para que a criança
adquira confiança no professor gradativamente. Sendo muito importante que
os pais tenham paciência, perseverança e demostrem segurança nos
profissionais que estão cuidando do seu filho, e que não tirem a criança da
escola porque a criança continua chorando ou porque não gostou a primeira
vista da professora, pois com essas atitudes prolongará ainda mais o processo
de adaptação, outro aspecto importante é respeitar os horários combinados,
tanto da entrada e principalmente da saída da escola. Infelizmente, há muitos
casos de esquecimento de crianças na escola, este fato poderá causar um
trauma irreparável na vida da mesma.

Não se pode afirmar que, entrar na escola sem chorar significa que a
criança está adaptada. Podemos evidenciar que é comum encontrar criança
que não estão chorando, mas também estão alheias as atividades com o
grupo, que seriam os colegas da turma e a professora.

Foto retirada do site: vilamulher.com.br

BALABAN (1988) orienta que: antes do início das aulas, sejam


organizadas reuniões coletivas e individuais com os pais, para a escola expor
aos mesmos a sua proposta pedagógica, os seus objetivos, explicando-lhes
30

como se dá esse processo de adaptação, enfatizando que esse momento


merece uma atenção especial.
A participação dos pais nas reuniões convocadas pela escola possibilita
o esclarecimento de dúvidas, além de poder proporcionar uma relação de
confiança, afetividade e amizade entre escola e família.

Os pais devem conversar com a criança sobre a escola, relatar com


entusiasmos as atividades que são realizadas neste local, como: conhecer
novos amigos, ouvir histórias, brincar, entre outras coisas. Mas nunca deve
mentir, falar coisas que não tem na escola e muito menos abusar de seu poder
como: gritar ou obrigar a criança a fazer as atividades proposta pelo professor
à força, essas atitudes não ajudaram o processo. Por esse motivo, é
importante que os pais estejam certos que chegou a hora da criança entrar na
escola, pois esse período requer paciência, muita conversa, cumplicidade,
acolhimento e carinho. Porque o desenrolar das etapas tem que ser com
naturalidade e sempre respeitando o tempo e o espaço de cada criança.

Atualmente, o ingressar das crianças na escola está acontecendo cada


dia mais cedo, devido à necessidade da economia familiar, pois as mães
precisam voltar ao mercado de trabalho, após o término da licença
maternidade. Isso acaba tornando a adaptação de bebês um processo ainda
mais complexo, não pelo bebê, mas sim pelas mães que ainda não estão
preparadas para esse afastamento e se sentem culpadas por abandona-lo. Em
alguns casos, os pais preferem deixar a criança com as avós, com algum
parente ou com babás.
Segundo Rapoport (2005) esses cuidados podem se dar em creches e
pré-escolas; em creches familiares ou lares vicinais; por um parente ou na
casa da criança, dispensados por uma babá/empregada. Em qualquer desses
casos, a criança passa por um processo de adaptação até que seja vivenciada
a nova situação de forma que revele menor sofrimento pelo afastamento
materno.
Em se tratando de bebês, muitas vezes esse processo é mais difícil para
a mãe do que para o bebê, pois como a principal manifestação do bebê é
através do choro, isso causa angústia, insegurança e instabilidade e são
31

sentimentos que não podem ser passados para a criança. Por isso é
fundamental que os pais controlem esses sentimentos para facilitar o
acolhimento deste bebê.
Existem casos de mães que se sentem culpadas por deixarem seus
filhos com pessoas estranhas, havendo um apego exagerado à criança, tendo
sentimentos que variam entre insegurança, medo, culpa e ciúme da
educadora.
Um fator interessante é que crianças que têm irmãos, os pais costumam
passar por esse processo com mais tranquilidade, e também demostram mais
segurança, facilitando o trabalho do professor.
Infelizmente, ainda há pais que não podem ou não querem participar do
processo de adaptação da criança. Causando assim, muito sofrimento,
insegurança e desamparo para a mesma, além de tornar o processo muito
mais demorado e doloroso para todos.
Os pais quando estão procurando a escola ideal para o seu filho, nem
sempre, percebe a importância que esta decisão tem, eles só se darão conta,
quando estiverem no meio do processo, devido as grandes dificuldades que
marcam esse momento.
Para os profissionais da escola a adaptação depende principalmente da
relação entre a mãe e criança, sendo essa relação que determinará como será
esse processo. Para algumas mães é difícil ver o filho crescer e inserir novas
pessoas no seu convívio.

Foto retirada do site: psicopedagogiaemcuritiba.com.br


32

Segundo Sartori (2001), podem ser observadas as seguintes variáveis


na relação mãe-criança:

a. a mãe deseja que a criança se adapte à escola, e a criança se


adapta;
Quando a mãe deseja que a criança vá para a escola, o processo
mostra-se fluir, a criança passa aceitar a presença da professora, do ambiente,
buscando reconhecer esse espaço, solicitando menos a presença da mãe,
sente vontade de retornar no dia seguinte e, em poucas semanas, despede-se
dela e coloca-se com interesse no interior do grupo.

b. a mãe não deseja a entrada para a escola e a criança não se


adapta;
É quando a mãe não deseja essa separação (no nível inconsciente) a
criança manifesta bastante resistência em se afastar da mãe, solicita a sua
presença durante todo o tempo em que ali permanece, sendo que tal reação
provoca na mãe um desconforto, no qual pode ser observado que a ela “algo”
nessa situação também não está fluindo. Esse tipo de embaraço costuma se
prolongar indicando que, com o passar dos dias, nada de novo pode ser
introduzido, podendo levar, até mesmo, à retirada da criança da escola.

c. a mãe não deseja que a criança vá para a escola, e a criança


se adapta;
Quando a criança adapta-se à escola, faz questão de envolver-se com a
professora e com os outros colegas, despede-se da mãe com facilidade e isso
traz para mãe um grande incômodo em ver-se separado do filho. Volta para
casa e lá sente-se só, sente falta do filho e deseja tê-lo de volta. Nesse caso,
ela costuma trazer dificuldades para a permanência dele na escola, não o
levando para a escola, por motivos inconsistentes ou vacilando no momento de
despedir-se, enfim, provoca situações nas quais uma interrupção desse
processo pode ser alcançado.
33

d. a mãe deseja a entrada para a escola e a criança não se


adapta.
Quando a mãe deseja e a criança reluta em aceitar essa separação por
ela introduzida, apresentando comportamentos que provoquem na mãe uma
dúvida com relação à sua decisão. Nesses momentos, é possível observar que
a mãe não experimenta um desconforto tal como o descrito na segunda
condição, mas sim procura encorajar o filho, colabora com a professora em
incentiva-lo para com os outros, tranquilizando-o a respeito de seu amor para
com ele, assim como de que retornará para busca-lo. Essa postura favorece
que a criança assegure-se com relação a sua permanência na escola, bem
como de poder compreender que isso não significa que está perdendo o amor
da mãe.
A maioria das mães vivencia um conflito interno, pois seu consciente
deseja muito que seu filho se adapte à escola sem sofrimento, mas no nível
inconsciente a um grande desejo que isso não aconteça e que a criança sinta
sua falta.
A família só se dá conta da complexidade desse momento, quando a
criança vai para a escola é nessa hora que a mãe desconhece tudo o que se
dá no seu inconsciente e tem a tendência de se culpar por estar querendo a
presença de seu filho e começar a encontrar defeitos na escola e em seus
profissionais para ter motivos de tirar a criança da escola.
A pesquisa de campo que foi realizada através de questionários
entregues aos pais (Anexo 2) que participaram da adaptação escolar das
crianças na educação infantil, no ano de 2014, esses documentos relatam
exatamente a situações vivenciadas nesse processo e mencionadas
anteriormente. Pesquisa essa realizada em uma escola privada de Educação
Infantil, no Bairro de Higienópolis – RJ, tendo como objetivo investigar e
comparar se o que encontramos nas bibliografias é realmente o que foi
presenciado por essas pessoas que responderam ao questionário. Serão
analisados alguns pontos que podem facilitar ou prejudicar a adaptação da
criança e a relação de todos os envolvidos nesse processo.
34

RELATO DOS PAIS SOBRE O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO NA ESCOLA DE


EDUCAÇÃO INFANTIL

Abaixo, seguem alguns relatos relevantes, respondidos pelos responsáveis


que fizeram a adaptação da criança na escola.

Você achou que era a hora de coloca-lo(a) na escola, ou teve outros


motivos?

Resposta do responsável nº1 (Grau de parentesco: Mãe – Idade da


criança: 1 ano): “Precisava trabalhar.”

Resposta do responsável nº2 (Grau de parentesco: Mãe – Idade da


criança: 2 ano): “Ela já vinha de uma outra escolinha, achei essa mais
adequada para a iniciação do aprendizado.”

Resposta do responsável nº3 (Grau de parentesco: Mãe – Idade da


criança: 2 ano): “Achei que ele precisava ter relacionamento com outras
crianças.”

Como foi o processo de adaptação da criança?

Resposta do responsável nº1: “Tranquilo a escola foi acolhendo ele, o tempo


de adaptação foi o dele, não houve imposição. ”

Resposta do responsável nº2: “No início tive que ficar com ela por 2
semanas, depois fluiu bem. ”

Resposta do responsável nº3: “Na primeira semana foi bem tranquilo, mas
na semana seguinte foi mais complicado com resistência. Demorou
aproximadamente 1 mês. ”
35

Resposta do responsável nº4: “Bem difícil, porque é muito agarrada comigo.


Deixava ela chorando, mas depois ela ficava bem. ”

Pontos positivos no processo de adaptação de sua criança:

Resposta do responsável nº1: “Ficamos o tempo que foi necessário para ele
se sentir seguro e ficar o dia todo, foram 2 meses. ”

Resposta do responsável nº2: “Interação, ambiente alegre e professora


atenciosa”

Resposta do responsável nº3: “Comunicação com outras crianças e


interação com os colegas e professoras. ”

Resposta do responsável nº4: “Paciência e confiança”

Resposta do responsável nº5: “Aprendizado e desenvolvimento. ”

Resposta do responsável nº6: “Ele no primeiro dia já queria ficar o dia inteiro,
chorou na hora de ir embora”

Que atitude tomou para facilitar esse processo?

Resposta do responsável nº1: “Fiquei disponível o tempo que a escola


precisou, sou autônoma é claro que isso facilitou a disponibilidade. ”

Resposta do responsável nº2: “Participei dessas 2 semanas e proporcionar


segurança, sem que a mesma percebesse que a estava deixando. ”
36

Resposta do responsável nº3: “Tentei não me preocupar tanto com a


resistência e choros dele, para que ele começasse a sentir segurança na
professora. ”

Resposta do responsável nº4: “Fui muito paciente e tentei não ser mole
demais”

Teria sugestões para melhorar o processo de adaptação das crianças na


faixa etária entre 0 à 6 anos?

Resposta do responsável nº1: “As escolas e as mães tem que dar o tempo
que a criança precisa. E tem que haver persistência e continuidade nesse
processo. ”

Resposta do responsável nº2: “Atividades lúdicas e cantigas de rodas”

O Número de pais que participaram do processo de adaptação do filho


foram 16 (dezesseis), mas apenas 6 (seis) responsáveis responderam o
questionário. Mesmo com pouco material, pode ser observado que tudo o que
foi relatado e vivenciado por eles é bem comum, pois são encontrados esses
relatados em fontes bibliográficas.
Com base nos relatos, os motivos para colocar a criança na escola
foram: a necessidade da mãe ter que trabalhar, iniciação do aprendizado e o
relacionamento com outras crianças.
Os diferentes tipos de adaptação: uns são mais tranquilos, outros mais
demorados e aqueles que no primeiro dia parece que tudo será tranquilo e
acaba sendo muito demorado e difícil.
Itens importantes desse processo: o aprendizado, o desenvolvimento, o
tempo necessário para a criança se adaptar, a interação entre os colegas e
professora, ambiente alegre, atividades lúdicas e professora atenciosa e
paciente.
37

A importância da participação dos pais: ser paciente, dá o tempo


necessário para a criança se adaptar, passar segurança e confiança e não
recuar devido aos choros da criança.
Portanto, cabem principalmente as instituições de ensino orientar melhor
esses responsáveis, para que a adaptação seja feita da melhor maneira
possível, se a criança se sentir segura nesse primeiro momento de separação
entre ela e a família, isso irá ajuda-la para a vida inteira e não terá tanto medo
do que é novo.
Em anexo, seguem dois textos que podem ser trabalhados pela escola
na primeira reunião de pais, antes de começar o processo de adaptação das
crianças, pois o Texto 1, explica bem como é o processo de adaptação e relata
os sentimentos que podem despertar tanto no adulto como na criança. Já o
texto 2, destaca a importância do brincar, de como a criança pode aprender
brincando. Se as atividades com brincadeiras forem bem planejadas e bem
trabalhadas o profissional da educação conseguirá melhorar o emocional da
criança e a sua coordenação motora e que os pais não se preocupem com
avaliações e nem com conteúdos, pois neste período o importante é ensinar e
aprender através do lúdico.
38

CONCLUSÃO

O presente trabalho teve a intenção de citar pontos importantes sobre a


adaptação na educação infantil, que é um processo que costuma causar
estresse tanto para os pais, como para as crianças e também para os
educadores.
A família tem uma importante função de transmitir afeto, costumes,
valores e crenças para a criança. Além de desempenhar um papel fundamental
que é o de proteger e de formar o indivíduo. Por esse motivo, os pais devem
estar seguros, quando tomam a decisão de colocar seu filho na escola, pois
interromper esse processo só irá piorar a situação, podendo causar danos e
prejudicar ainda mais a adaptação da criança. O período de adaptação tem
uma data para começar, mas não há uma data certa para terminar, pois cada
criança vai determinar o seu tempo e o seu espaço. Quanto mais nova for a
criança o processo costuma ser mais demorado, por ela ainda não ter a
compreensão da separação. Portanto, caberá aos responsáveis respeitarem
esse tempo com paciência, perseverança e acolhimento, sendo de estrema
importância demonstrar segurança nos profissionais que cuidam do seu filho.
Os pais devem participar do processo estudantil da criança, indo as reuniões
de classe, lendo a agenda da criança e cumprindo com os horários
estabelecido pela escola, aproveitar esses momentos para tirar dúvidas e para
saber como anda o processo de ensino-aprendizado do seu filho.
A escola tem uma tarefa muito difícil, que é a de preparar tanto os
alunos, como os pais e os professores para lidarem com o processo da
adaptação, pois se trata de um lugar novo para a criança, com pessoas
desconhecidas e uma nova rotina. Todas essas mudanças causam
sentimentos como o medo e insegurança. Se esse processo for feito com
muito carinho e atenção, haverá novos relacionamentos, interação e
amadurecimento. As escolas devem priorizar a qualidade do ensino, através de
um planejamento de acordo com a sua clientela, o espaço deve ser adequado
39

para o desenvolvimento da criança e o número de vagas deve respeitar a


proporção criança por adulto, para facilitar o trabalho do professor que dará
mais atenção aos seus alunos, diminuindo o nível de estresse. Portanto, o
ambiente escolar deve oferecer um espaço lúdico e prazeroso com atividades
que ajudem no desenvolvimento, sendo fundamental passar veracidade e
confiabilidade para todos os envolvidos neste processo.
O professor junto com a equipe da escola deverá proporcionar um
ambiente acolhedor e agradável, com atividades descontraídas e com muita
movimentação. Essas atividades irão estimular a individualidade e a
socialização com os novos amigos, melhorar o aprendizado e ainda irá suprir a
separação vivenciada pela criança. Com isso, o professor ganhará a confiança
das crianças e conduzirá o processo de adaptação com mais facilidade.
O professor é o principal mediador desse processo, sendo também o
mais cobrado e observado, de um lado pela direção da escola e do outro lado
pelos responsáveis. Todo ano ele passa pela mesma aflição de pensar como
serão as novas crianças e os novos pais. O fundamental é que ele seja
carinhoso e atencioso com as crianças, mas só isso não basta, ele deve
atualizar seu conhecimento, além de ser organizado com seus conteúdos e
metodologias de ensino e estar disposto a fazer mudanças para atender as
necessidades das crianças. Portanto, o educador tem a função de conduzir
todo o processo de adaptação, ganhar a confiança da criança e de seus
responsáveis e ainda tem que lidar com seus próprios sentimentos.
Seria fundamental que o Estado oferecesse mais escolas de educação
infantil de qualidade, com espaço, móveis, brinquedos e objetos adequados
para o desenvolvimento das crianças e profissionais preparados para a função.
Com isso, diminuiriam os casos de crianças que ficam trancadas em casa
sozinha, enquanto seus pais trabalham.
A pesquisa de campo realizada através de questionários respondidos
pelos pais de aluno e pelos professores, em uma escola de educação infantil,
da rede privada no bairro de Higienópolis – RJ, buscou investigar o processo
de adaptação das crianças no ano de 2014 (as crianças tinham entre 1 a 2
40

anos de idade) para analisar alguns pontos que podem facilitar ou prejudicar a
adaptação da criança e a relação de todos os envolvidos nesse processo.
Pude acompanhar algumas etapas deste processo de adaptação e
observei que nesta escola, não foi realizada uma reunião com todos os pais
antes de começar o processo, mas a diretora recebia os pais, que faziam a
visita e que muitas vezes levavam seu filho e quando não levavam a diretora
fazia o convite. Ela foi muito atenciosa e segura nas informações referente ao
processo de acolhimento e tirava as duvidas que os responsáveis tinham sobre
o período de adaptação. Um fato que achei muito importante e que quando os
pais estavam inseguros, se era a hora da criança entrar na escola, ela tinha a
paciência de explicar todo o processo e depois pedia para que os pais
pensassem e se tivessem certeza, voltassem para fazer a matrícula. Quando a
matricula é feita a escola solicita alguns documentos e informações como:
certidão, foto, tipo sanguíneo e o preenchimento de um questionário, chamado
de Anamnese, que serve para conhecer e entender melhor a criança através
do seu histórico, com isso a escola pode desenvolver um melhor trabalho.
Os questionários, referente a pesquisa de campo, foram respondidos
por poucas pessoas, apenas 2 professores e 6 responsáveis. Mesmo com
pouco material, podemos observar que tudo o que foi relatado e vivenciado por
eles é bem comum, e podemos encontrar estes fatos em muitas fontes
bibliográficas.
Com os relatos, podemos perceber que para as professoras esse tempo
de adaptação é importantíssimo, sendo fundamental o apoio que os pais dão
ao seu filho, mas os pais também devem dar espaço para a interação entre
professor, aluno e amigos de classe, porque só assim haverá o processo de
adaptação.
Já os pais, relatam a paciência que tem que ter neste processo, pois
para uns a adaptação foi mais rápida e para outros foi mais demorada. E o
quanto é necessário passar segurança e confiança na hora do choro e de
resistências da criança.
Portanto, se as instituições de ensino souberem orientar melhor os
responsáveis e preparar seus profissionais, o processo de adaptação será
41

mais rápido e menos doloroso para a criança. Se a criança se sentir segura


nesse primeiro momento de separação entre ela e a família, ela se sentirá
mais confiante para enfrentar tudo que é novo e que possa lhe causar medo.
Enfrentar o novo é sempre uma condição estressante, tanto para a
criança, como para todos os adultos envolvidos, portanto o acolhimento não
deve ser apenas nas primeiras semanas e sim em todos os momentos
necessários.
42

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I
Adaptação Escolar na Educação Infantil 10

CAPÍTULO II
A importância da instituição e do professor na adaptação 19
2.1.- Relatos dos professores sobre o período de 25
adaptação na Escola de Educação Infantil

CAPÍTULO III – A importância da família no processo 28


de adaptação da criança
3.1.- Relatos dos pais sobre o período de adaptação 34
na Escola de Educação Infantil

CONCLUSÃO 38
ÍNDICE 42
ANEXOS 43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 60
BIBLIOGRAFIA CITADA 63
43

ANEXOS
Índice de anexos

Anexo 1 >> Questionários respondidos pelos profissionais da escola, que


participaram do processo de adaptação;

Anexo 2 >> Questionários respondidos pelos pais de alunos, que participaram


do processo de adaptação;

Anexo 3 >> Texto nº1 – pode ser utilizado pela direção da escola na reunião
de pais, antes do inicio das aulas para ajudar no processo de adaptação;

Anexo 4 >> Texto nº2 – pode ser utilizado pela direção da escola na reunião
de pais, antes do inicio das aulas para ajudar no processo de adaptação;
44

ANEXO 1
QUESTIONÁRIOS RESPONDIDO PELOS PROFISSIONAIS QUE FIZERAM A
ADAPTAÇÃO DAS CRIANÇAS
PROFESSOR N°1
45

PROFESSOR N°2
46

ANEXO 2
QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS
RESPONSÁVEIS QUE FIZERAM A ADAPTAÇÃO DAS
CRIANÇAS

RESPONSÁVEL N°1
47

RESPONSÁVEL N°2
48

RESPONSÁVEL N°3
49

RESPONSÁVEL N°4
50

RESPONSÁVEL N°5
51

RESPONSÁVEL N°6
52

ANEXO 3

TEXTO 1
Este texto pode ser utilizado na primeira reunião com os responsáveis, pela
direção da escola. Esse texto foi fornecido pela professora Edla Trocole, na
disciplina Ação educativa na Educação infantil e pode ser encontrado no site
da escola Faz de Conta. Sendo seu autor Lorenzo Aldé, jornalista do Portal da
Educação.

Fonte Disponível em <http://escolafazdeconta.com.br/artigos-escola-faz-de-


conta/o-processo-de-adaptacao-atraves-do-olhar-de-um-pai> Acesso em:
28/01/15

GULIVER

Abre-se a porta e, em frente aos meus olhos, não aparece nada além de
paredes, janelas, prateleiras com brinquedos, desenhos de crianças num
mural. Que alívio! É a primeira semana de aula, acho que os alunos não
vieram. Vamos embora para casa.

Mas Helena já soltou a minha mão e entrou na sala. É só então que olho para
baixo, procurando-a, e vejo que há várias outras crianças explorando
timidamente, aqui e ali, os mil atrativos de sua nova vida. Duas mesinhas que
batem em minha canela, rodeadas de cadeirinhas do mesmo tamanho, são os
únicos móveis da espaçosa sala. Sinto-me um Guliver, cercado de menininhos
e menininhas, nada à vontade naquele ambiente em miniatura. O que será que
eles vão fazer aqui?

Deve haver alguma coisa errada, é o que pressinto mas não quero admitir, em
minha racionalidade educativamente correta. Como é que pode, criancinhas
53

que recém aprenderam a andar e ainda estão experimentando as primeiras


descobertas da fala, estarem dentro de uma sala de aula, prestes a serem
iniciadas na vida acadêmica? Minha filha acabou de fazer 2 anos, não pode
estar pronta!

“A serenidade paterna é fundamental… ”

É a semana de adaptação, dizem. Precisamos, pais ou mães ou avós, estar


aqui por perto, a postos para eventuais crises de insegurança de nossos
pequenos rebentos. Mas ela já entrou há cinco minutos, e daqui onde estou, a
cerca de 50 cm da janela, ainda não ouvi nenhum choro. Acho que está se
entendendo bem com os coleguinhas. Na verdade, é mesmo uma graça saber
que ela está compartilhando experiências e aprendizados com outras crianças
da sua idade, seus primeiros amigos fora do círculo familiar… Ai, meu Deus, é
ela! Está gritando “Papai” a plenos pulmões. Os outros pais se entreolham
angustiados. Eu não posso me mexer: fui instruído a esperar a professora
aparecer. Abre-se a porta e eu me transformo novamente em gigante, ao
colher minha pobre menina do chão e acolhê-la em meus braços. Soluça
profundamente. Eu sabia que isto não ia dar certo.

Aqui estou eu, sentado no chão, com ela grudada no meu colo, enquanto tento
sem muita convicção incentivá-la em sua socialização: “Vai lá, filhinha, papai
vai ficar bem aqui. Olha lá seus novos amigos, vai brincar de massinha com a
Luana, vai”. Rapidamente já sei o nome de todos os 8 coleguinhas. Eles
também já se habituaram à minha presença. Há três dias que eu tenho que
entrar com a Helena e ficar pelo menos meia hora com eles, até que a
professora leva todos para uma atividade externa, e ela finalmente consegue
se separar de mim, correndo feliz para o pátio.

Ao chegar, no primeiro dia, apresentei Helena à primeira educadora de sua


vida: “Diz bom dia para a tia Dulce!”. “Dulce”, corrigiu-me a professora. Tia não.
Aos 29 anos, sinto-me um senhor que não acompanhou a evolução da
54

sociedade e da educação. Para mim isto é uma creche. Não adianta dizer
“escolinha”, porque isto não ameniza em nada a situação: escola é escola, tem
professor, quadro-negro, chamada, prova, dever de casa, obrigações,
pressões. Não, ainda não é uma escola. Chamem-me de antiquado, mas
minha filha está em uma creche.

Passa três horas sem mim, durante as quais meus ouvidos captam como um
sensor eletrônico até um zumbido de Aedes aegypti, e a cada choro de criança
levanto-me da cadeira. Não porque ache que é ela, pois desde a maternidade
seu timbre é inconfundível para mim, mas pela clara premonição de que serei
o próximo. As conversas entre os pais “em adaptação” são amenas, mas
nunca se completam, interrompidas pelos choros e por olhares de angústia
mal-disfarçada. “Como posso sujeitar meu filhinho a isto? Como pode ser bom
um lugar onde os pais fazem plantão para socorrer o desespero de seus
filhos?”,

Este é o tipo de pensamento que vai pela cabeça de todos. Sorte teve minha
mulher, professora, que não pôde faltar ao trabalho e livrou-se deste teste para
os nervos. Acho que seus alunos já não choram ao ir para a escola, ou pelo
menos disfarçam.

Quando já estava pensando nos benefícios da educação caseira, alternativa,


talvez em Alto Paraíso, eis que Helena reaparece, cansada, suja de areia e de
tinta, feliz. Dá um beijo na professora Dulce e volta cantando no carrinho. O
que terá acontecido lá dentro?

“Ela está indo muito bem… ”

Quanto menos ela precisa de minha presença, mais a curiosidade toma conta
de mim. Ela então está gostando da creche? Já acorda pedindo para ir
correndo para lá, e todo dia pergunta onde estão o Felipe, o Marcelo, o
Bernardo, a Isabela, a Marina. “Estão em casa, com o papai e a mamãe deles”,
55

digo, e completo em pensamento: “… que é onde todas as crianças deveriam


ficar”.

Os pais me olham com uma ponta de inveja, ao ver que ainda estou
acompanhando Helena, dentro da sala, na primeira meia hora de aula. Ops, eu
disse “aula”? Bem, por que não? Ela tem uma professora e colegas, ela produz
e aprende, ela canta, pinta, brinca, lê livros e ouve histórias. E seus desenhos
já estão no mural (mas eu os colocaria um pouco mais ao centro, afinal são os
mais bonitos. Mas é melhor não interferir na adaptação). Na verdade, eu é que
deveria invejá-los, pois seus filhos já estão independentes o suficiente para
entrar sozinhos em suas turmas.

Na saída, ávidos por informações, cercam as professoras. As notícias são


simples e diretas: “Ele está indo muito bem, você pode ficar tranqüila”. E lá se
vão meus companheiros de adaptação, cheios de pontos de interrogação
flutuando sobre as cabeças.

Guliver vai sentir saudade dos seus diminutos amigos, que já correm para
abraçá-lo quando chega e vivem mostrando suas artes para ele. Hoje Dulce
me disse que eu já poderia ir para casa, afinal moro perto e, se Helena
precisasse, me chamariam. “Como é?”, assustei-me, para logo me recuperar:
“Ah, sim, claro. Mas é que eu não moro tão perto assim. Quem sabe
amanhã… ”.

Pelo visto a adaptação está chegando ao fim. Os choros estão menos


frequentes, e já nos disseram que este espaço é das crianças, não é lugar
para pais. E o pior é que é verdade. Além das cadeirinhas serem muito
desconfortáveis para um adulto, nossa presença aqui não tem mesmo
nenhuma utilidade. Neste ambiente elas construirão suas primeiras relações
sociais, aprenderão que são pessoas autônomas, que podem criar,
experimentar, fazer escolhas e assumir as consequências de suas iniciativas.
Serão incentivadas por novas referências, novas regras comuns a todos,
56

convivendo com pessoas, espaços, objetos e informações que não


conheceriam em casa.

Sim, 2 anos já é uma idade mais do que adequada para o início da Educação
formal. É justamente o momento em que a criança está segura em sua casa e
com seus pais, em que ela passa a dominar as ações e relações “em seu
território”, em que o mundo faz toda a lógica e ela parece poder manipulá-lo
como bem entende. Está na hora de ver que a vida é um pouquinho mais
complicada, e muito mais fascinante, do que ela pensa. A creche… não, a
escola, ou melhor, a Educação Infantil aparece para desestabilizar a vida de
uma pessoa que está no auge de suas potencialidades de aprendizado, e para
quem o espaço familiar já está ficando limitador. Os Gulivers são elas, que
crescem numa casa (ou, pior, num apartamento) que já não lhes oferece tudo
o que precisam para crescer mais e mais.

Minha filha está indo à escola. E eu estou orgulhoso disto, assim como me
dizem os olhos de todos os outros pais. O triste é termos que ir embora daqui.
Justo agora que estávamos tão adaptados!
57

ANEXO 4

TEXTO 2
Este texto relata a importância do brincar, pode ser utilizado para mostrar aos
responsáveis, o quanto que a criança aprende quando está brincando. Esse
texto foi fornecido pela professora Edla Trocole, na disciplina Ação educativa
na Educação infantil, e pode ser encontrado no site Espaço Educar. Sendo sua
autora Anita Wadley

Fonte Disponível em <http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br/2012/06/


criancas-brincando-texto-belissimo-de.html?utmsource=feedburner&utm_
medium=email&utm_campaign=Feed:+EspaoEducar+%28Espa%C3%A7o+Ed
ucar%29 > Acesso em: 28/01/15

Crianças brincando...

Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos,


Por favor, não diga que estou apenas brincando.
Porque enquanto brinco estou aprendendo
Sobre equilíbrio e formas.

Quando estou me fantasiando,


Arrumando a mesa e cuidando das bonecas,
Por favor, não fique com a idéia que estou apenas brincando.
Porque enquanto brinco estou aprendendo.
Eu posso ser mãe ou pai algum dia.

Quando estou pintado até os cotovelos,


Ou de pé diante do cavalete ou modelando argila,
Por favor, não me deixe ouvir você dizer: ele está apenas brincando.
58

Porque enquanto brinco estou aprendendo.


Estou me expressando e criando.
Eu posso ser um artista ou um inventor algum dia.

Quando você me vê sentado numa cadeira


Lendo para uma platéia imaginária,
Por favor, não ria e pense que eu estou apenas brincando
Porque enquanto brinco estou aprendendo.
Eu posso ser um professor algum dia.

Quando você me vê procurando insetos nos arbustos,


Ou enchendo meus bolsos com todas as coisas que encontro,
Não jogue fora como se eu estivesse apenas brincando
Porque enquanto brinco estou aprendendo.
Eu posso ser um cientista algum dia

Quando estou entretido com um quebra-cabeça,


Ou com algum brinquedo na minha escola,
Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras
Porque enquanto brinco estou aprendendo
Estou aprendendo a me concentrar e resolver problemas.
Eu posso estar numa empresa algum dia.

Quando você me vê cozinhando ou experimentando alimentos,


Por favor, não pense que porque me divirto, é apenas uma brincadeira.
Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber diferenças.
Eu posso ser um “chef” algum dia.

Quando você me vê aprendendo a pular, saltar,


Correr e movimentar meu corpo,
Por favor, não diga que estou apenas brincando
Eu estou aprendendo como meu corpo funciona.
59

Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.

Quando você me pergunta o que eu fiz na escola hoje,


E eu digo, eu brinquei,
Por favor, não me entenda mal.
Porque enquanto eu brinco estou aprendendo.
Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou me preparando para amanha.
Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.
60

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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<http://www.vilamulher.com.br/ familia/filhos/adaptacao-escolar-20721.html>
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Disponível em <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/mulheres/a-
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6 - SARTORI, C.H.G. Entrada da criança na escola e período de adaptação.


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