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SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMAS DE
SINALIZAÇÃO
E ILUMINAÇÃO
SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMAS DE
SINALIZAÇÃO E
ILUMINAÇÃO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

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Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


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SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMAS DE
SINALIZAÇÃO E
ILUMINAÇÃO
© 2015. SENAI – Departamento Nacional

© 2015. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

Livro Didático alinhado ao Itinerário Nacional v.3 (2014)

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.


Sistemas de sinalização e iluminação / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília:
SENAI/DN, 2014.
110 p. il. (Série Automotiva)

ISBN 978-85-7519-863-6
1. Eletricidade automotiva 2. Sistema de sinalização e iluminação I.
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina II. Título III. Série

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Ilustrações
Figura 1 - Esquema elétrico de luz de seta e alerta................................................................................................16
Figura 2 - Esquema elétrico de luz de seta e alerta................................................................................................21
Figura 3 - Teste de tensão................................................................................................................................................23
Figura 4 - Teste de resistência........................................................................................................................................24
Figura 5 - Multímetro automotivo................................................................................................................................25
Figura 6 - Equipamento de teste de carga e descarga de bateria....................................................................26
Figura 7 - Lâmpadas de farol..........................................................................................................................................27
Figura 8 - Lâmpadas de lanternas................................................................................................................................27
Figura 9 - Interruptor do farol........................................................................................................................................28
Figura 10 - Circuito com fusível queimado...............................................................................................................29
Figura 11 - Fusível lâmina................................................................................................................................................30
Figura 12 - União de condutores..................................................................................................................................31
Figura 13 - Esquema elétrico..........................................................................................................................................31
Figura 14 - Relé....................................................................................................................................................................32
Figura 15 - Pinagem do relé............................................................................................................................................32
Figura 16 - Arquitetura do relé......................................................................................................................................33
Figura 17 - Central de fusíveis e relés..........................................................................................................................33
Figura 18 - Indicação de fusível.....................................................................................................................................34
Figura 19 - Indicação de relé..........................................................................................................................................35
Figura 20 - Circuito de luzes de direção.....................................................................................................................40
Figura 21 - Circuito de luzes de emergência............................................................................................................42
Figura 22 - Circuito de luzes de freio...........................................................................................................................44
Figura 23 - Circuito de luzes de marcha à ré.............................................................................................................46
Figura 24 - Circuito simples de buzina........................................................................................................................48
Figura 25 - Painel de instrumentos..............................................................................................................................49
Figura 26 - Painel de velocímetro.................................................................................................................................50
Figura 27 - Painel de tacômetro (conta-giros).........................................................................................................51
Figura 28 - Circuito pressão de óleo............................................................................................................................52
Figura 29 - Marcador de temperatura.........................................................................................................................53
Figura 30 - Gráfico de temperatura..............................................................................................................................54
Figura 31 - Indicador de combustível.........................................................................................................................55
Figura 32 - Sensor indicador de combustível...........................................................................................................55
Figura 33 - Teste do sensor indicador de combustível..........................................................................................56
Figura 34 - Sensor indicador do freio..........................................................................................................................57
Figura 35 - Circuito do sensor indicador da bateria...............................................................................................59
Figura 36 - Circuito do farol de neblina......................................................................................................................65
Figura 37 - Circuito de luzes de posição.....................................................................................................................68
Figura 38 - Circuito dos faróis........................................................................................................................................70
Figura 39 - Regulagem dos faróis.................................................................................................................................72
Figura 40 - Circuito de iluminação interna................................................................................................................73
Figura 41 - Tipos de alicates............................................................................................................................................80
Figura 42 - Tipos de chaves de aperto........................................................................................................................81
Figura 43 - Chaves diversas.............................................................................................................................................81
Figura 44 - Análise de resultado....................................................................................................................................82
Figura 45 - Exemplos de catálogos..............................................................................................................................86
Figura 46 - Equipamentos de proteção individual.................................................................................................98

Quadro 1 - Simbologia elétrica......................................................................................................................................18


Quadro 2 - Normas de diagramas de sinalização e iluminação.........................................................................18
Quadro 3 - Símbolos universais dos componentes elétricos automotivos...................................................20
Quadro 4 - Diagnóstico de circuito..............................................................................................................................23
Quadro 5 - Aplicação do fusível....................................................................................................................................30
Quadro 6 - Exemplo de checklist de iluminação.....................................................................................................83

Tabela 1 - Normas de sistema de sinalização e iluminação................................................................................87


Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13

2 Diagramas Elétricos........................................................................................................................................................15
2.1 Simbologia......................................................................................................................................................16
2.2 Números de terminais de conector.......................................................................................................19
2.3 Leitura de diagramas elétricos................................................................................................................20
2.3.1 Identificação de componentes.............................................................................................20
2.3.2 Funcionamento dos circuitos elétricos..............................................................................22
2.4 Diagnóstico de circuitos elétricos..........................................................................................................22
2.4.1 Falhas dos circuitos elétricos.................................................................................................23
2.4.2 Testando o circuito elétrico....................................................................................................23
2.4.3 Instrumentos de medição e equipamentos de teste....................................................25
2.5 Componentes, tipos e funcionamento.................................................................................................26
2.5.1 Lâmpadas.....................................................................................................................................26
2.5.2 Interruptores................................................................................................................................28
2.5.3 Fusível............................................................................................................................................28
2.5.4 Cabos elétricos............................................................................................................................30
2.5.5 Relés auxiliares............................................................................................................................32
2.5.6 Central de fusíveis e relés........................................................................................................33

3 Sistema de Sinalização..................................................................................................................................................39
3.1 Direção (setas)...............................................................................................................................................40
3.1.1 Funcionamento..........................................................................................................................40
3.1.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................41
3.1.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................41
3.1.4 Ajustes e testes...........................................................................................................................41
3.2 Luzes de emergência (alerta)...................................................................................................................41
3.2.1 Funcionamento..........................................................................................................................42
3.2.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................42
3.2.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................43
3.2.4 Ajustes e testes...........................................................................................................................43
3.3 Luz de freio.....................................................................................................................................................43
3.3.1 Funcionamento..........................................................................................................................43
3.3.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................44
3.3.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................45
3.3.4 Ajustes e testes...........................................................................................................................45
3.4 Luzes de marcha à ré...................................................................................................................................46
3.4.1 Funcionamento..........................................................................................................................46
3.4.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................47
3.4.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................47
3.4.4 Ajustes e testes...........................................................................................................................47
3.5 Buzina...............................................................................................................................................................47
3.5.1 Funcionamento..........................................................................................................................48
3.5.2 Diagnóstico e manutenção....................................................................................................48
3.5.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................48
3.5.4 Ajustes e testes...........................................................................................................................49
3.6 Instrumentos..................................................................................................................................................49
3.7 Velocímetro ...................................................................................................................................................49
3.7.1 Funcionamento..........................................................................................................................50
3.8 Tacômetro.......................................................................................................................................................50
3.8.1 Funcionamento..........................................................................................................................51
3.9 Indicador de pressão do óleo..................................................................................................................51
3.9.1 Funcionamento..........................................................................................................................51
3.9.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................53
3.10 Temperatura.................................................................................................................................................53
3.10.1 Funcionamento........................................................................................................................53
3.10.2 Diagnósticos e manutenção................................................................................................54
3.11 Nível de combustível................................................................................................................................54
3.11.1 Funcionamento........................................................................................................................55
3.11.2 Diagnósticos e manutenção................................................................................................56
3.12 Indicador de nível de fluído de freio e estacionamento..............................................................56
3.12.1 Funcionamento........................................................................................................................56
3.12.2 Diagnósticos e manutenção................................................................................................58
3.13 Indicador de bateria..................................................................................................................................58
3.13.1 Funcionamento........................................................................................................................58
3.13.2 Diagnósticos e manutenção................................................................................................59

4 Sistema de Iluminação..................................................................................................................................................63
4.1 Luz de neblina...............................................................................................................................................64
4.1.1 Funcionamento..........................................................................................................................64
4.1.2 Diagnóstico e manutenção....................................................................................................66
4.1.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................66
4.1.4 Reparo ajustes e testes.............................................................................................................66
4.2 Posição (lanternas).......................................................................................................................................67
4.2.1 Funcionamento..........................................................................................................................67
4.2.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................69
4.2.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................69
4.2.4 Reparo ajustes e testes.............................................................................................................69
4.3 Faróis.................................................................................................................................................................69
4.3.1 Funcionamento..........................................................................................................................69
4.3.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................71
4.3.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................71
4.3.4 Reparo ajustes e testes.............................................................................................................71
4.4 Iluminação interna.......................................................................................................................................72
4.4.1 Funcionamento..........................................................................................................................73
4.4.2 Diagnósticos e manutenção..................................................................................................74
4.4.3 Desmontagem, limpeza e inspeção....................................................................................74
4.4.4 Reparo, ajustes e testes............................................................................................................75

5 Ferramentas de Diagnóstico ......................................................................................................................................77


5.1 Interpretação de inconvenientes...........................................................................................................78
5.2 Ferramentas de diagnóstico e anomalias............................................................................................78
5.2.1 Ferramentas.................................................................................................................................79
5.3 Análise de resultados..................................................................................................................................82
5.4 Ferramentas de registro de informações.............................................................................................83
5.5 Planejamento.................................................................................................................................................84
5.6 Organização do local de trabalho .........................................................................................................85
5.7 Catálogo, manuais e normas....................................................................................................................85
5.7.1 Normas técnicas relacionadas ao sistema de sinalização e iluminação.................86
5.8 Cobertura de garantias .............................................................................................................................87
5.8.1 Tipos de Garantia.......................................................................................................................88
5.8.2 Procedimentos e Normas de Garantia...............................................................................90
5.8.3 Plano de manutenção..............................................................................................................90

6 Meio Ambiente, Saúde e Segurança no trabalho ..............................................................................................93


6.1 Legislação........................................................................................................................................................94
6.1.1 Classificação de resíduos.........................................................................................................94
6.1.2 Tipos de resíduos.......................................................................................................................95
6.2 Uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI.........................................................................96
6.2.1 Classificação do EPI...................................................................................................................97
6.3 Uso de Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC...........................................................................98

Referências......................................................................................................................................................................... 101

Minicurrículo do Autor.................................................................................................................................................. 103

Índice................................................................................................................................................................................... 105
Introdução

Seja bem-vindo(a) à unidade curricular de Sistemas de Sinalização e Iluminação. Nesta


unidade, você conhecerá os componentes e circuitos que fazem parte do sistema de sinali-
zação e de iluminação.
Todo veículo necessita de sistemas que garantam a segurança de seus passageiros e dos
usuários das rodovias. Além disso, é importante que existam sistemas que permitam o conforto
dos usuários, seja do veículo ou das vias. O conforto pode ser considerado trivial e, certamente,
não se torna item fundamental; entretanto, um condutor que dirige seu veículo com conforto
também o faz com segurança, diferente daquele que dirige com total desconforto.
O sistema de iluminação gera conforto ao possibilitar viagens seguras à noite e, essa como-
didade, fortalece a segurança dos passageiros. O mesmo ocorre com o sistema de sinalização,
que oferece grande segurança a todos ao indicar as intenções de condução.
Mas, como esses sistemas geram conforto e segurança ao mesmo tempo para os usuários
dos veículos e também aos da rodovia? Continue seus estudos e você aprenderá, detalhada-
mente, o funcionamento de cada componente desses sistemas.
Então, bons estudos!
Diagramas Elétricos

Você já ouviu falar em diagramas elétricos? Sabe para que eles servem? E o que estes diagra-
mas têm a ver com o sistema de sinalização e iluminação de um veículo?
Essas e outras perguntas serão respondidas no decorrer deste capítulo, a partir do qual
você começará a interpretar diagramas elétricos, identificar os componentes e compreender
simbologias, números de terminais de conectores, leitura de diagramas elétricos, identificação
de componentes, ferramentas, instrumentos de medição, equipamentos de teste de compo-
nentes, tipos e funcionamento.
Ao finalizar seus estudos neste capítulo, você estará apto a:
a) identificar, para fins de diagnóstico, o sistema a ser reparado;
b) selecionar ferramentas, instrumentos e equipamentos em função do diagnóstico e da
manutenção a serem realizados nos sistemas, de acordo com o manual de reparação;
c) utilizar equipamentos, ferramentas e instrumentos de diagnóstico nos sistemas, de
acordo com as recomendações do fabricante;
d) verificar as condições de conservação e calibração das ferramentas e dos equipamentos a
serem utilizados na manutenção dos sistemas.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
16

2.1 SIMBOLOGIA

Usar símbolos ou sinais gráficos para representar uma instalação elétrica ou parte dela é o que se
denomina de diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação desses diagramas é essencial para a
carreira de um profissional da área de manutenção automotiva, pois o diagrama elétrico garante uma
linguagem comum, visto que, o desenho é uma representação visual universal. Desta maneira, se você
sabe ler um diagrama elétrico no Brasil, saberá ler um diagrama elétrico na China, onde a escrita é total-
mente diferente, mas o fundamento do diagrama será o mesmo. (MATTEDE, [2015?]).
A simbologia usada em diagramas facilita a comunicação entre fabricantes e consumidores. Sem códigos
normalizados, cada fabricante teria que escrever extensos manuais para informar as características dos equi-
pamentos, projetos, desenhos, diagramas, circuitos e esquemas de seus produtos. Confira um exemplo.

Comutador de
Chave de alerta
ignição e partida F10
Fuse
F09
30 15 Fuse
30 15
Relé de seta
50 X 31 49 49
49a

49a 58b 31
+
L R

R
_ Bateria Lado esquerdo

49a

Chave de seta Lado direito


L
Paulo Cordeiro (2015)

Lâmpadas 12V/21W
Figura 1 - Esquema elétrico de luz de seta e alerta
Fonte: Volkswagen do Brasil (1997, p. 21)

Conhecer os símbolos utilizados nos circuitos e esquemas elétricos irá facilitar a leitura de um diagrama
elétrico. Por isso, veja, a seguir, os principais símbolos para memorização e consultas posteriores.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
17

Paulo Cordeiro
Alta Tensão

(2015)
Corrente contínua

Cordeiro
Corrente Alternada

(2015)
Paulo
_

Paulo Cordei-
+
Acumulador de Tensão CC

ro (2015)

+ _
Cordeiro

Acumulador de Tensão CC – Bateria


(2015)
Paulo
Paulo Cordeiro (2015)

ou Borne ou ligação de Fio


Paulo Cordei-

Ponto de Massa ( - )
ro (2015)
Paulo Cordeiro

Ponto de Terra
(2015)
Paulo Cordei-

Ponto de Derivação de Fios


ro (2015)
Cordeiro

Ponto de Cruzamento de Fios


(2015)
Paulo

Interruptor
(2015)
Paulo

deiro
Cor-
Cordeiro

Contator / Reversor
(2015)
Paulo
Paulo Cordeiro (2015)

Fusível
Cordeiro

Lâmpada
(2015)
Paulo

(2015)

Resistor
Paulo

deiro
Cor-
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
18

Paulo Cordeiro
+ _
Capacitor polarizado / Condensador

(2015)
Cordeiro
Capacitor não polarizado

(2015)
Paulo
Paulo Cordei-
Potenciômetro / Reostato

ro (2015)
Cordeiro Diodo
(2015)
Paulo

(2015)
Paulo

Diodo Zener
deiro
Cor-

E C
Paulo Cordeiro

Transistor PNP
(2015)

E C
Paulo Cordeiro

Transistor NPN
(2015)

B
Paulo Cordeiro (2015)

Relé auxiliar (inversor)

Quadro 1 - Simbologia elétrica


Fonte: adaptado de SENAI/SP (2002)

O diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela, por meio de símbolos
gráficos, definidos nas normas técnicas listadas no quadro a seguir.

NORMAS OBJETIVOS
NBR 5471 Esta norma define os termos relacionados aos condutores elétricos em geral.
NBR 5280 Esta norma estabelece os símbolos literais para elementos de circuitos.
Esta norma estabelece os símbolos gráficos referentes aos elementos de símbolos
NBR 12519
qualificativos e outros símbolos de aplicação geral.
Esta norma estabelece os símbolos gráficos a serem usados para condutores e
NBR 12520
dispositivos de conexão.
Padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas plásticas utili-
NBR 13230 zadas. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos diversos resíduos plásticos que
serão encaminhados à reciclagem.

Quadro 2 - Normas de diagramas de sinalização e iluminação


Fonte: do Autor (2015)
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
19

Você pode conhecer mais sobre os símbolos dos esquemas elétricos por meio de ma-
SAIBA nuais de serviço ou de conteúdos técnicos desenvolvidos para reparadores automoti-
MAIS vos. Alguns manuais são fornecidos somente na rede de concessionárias e outros são
produzidos e comercializados por empresas de conteúdo e apoio técnico automotivo.

2.2 NÚMEROS DE TERMINAIS DE CONECTOR

Para que você entenda os diagramas elétricos é preciso que conheça a denominação dos terminais
elétricos, dos componentes e das linhas dos principais circuitos. Com esta denominação ficará mais fácil
compreender o funcionamento dos circuitos elétricos.
Como exemplo, você pode observar, no quadro a seguir, baseado na norma alemã DIN1, que o 15 indica
a ligação ao positivo da bateria, quando a chave de ignição está na posição II. Já o número 30 mostra que
o positivo está presente, independentemente, na posição da chave de ignição.

SÍMBOLO SIGNIFICADO SÍMBOLO SIGNIFICADO


(Para temporizadores) Saída para o inter-
S 54L Saída para Lâmpada da carreta esquerda
ruptor
K1 Saída para lâmpada piloto 1 54R Saída para Lâmpada da carreta direita
K2 Saída para lâmpada piloto 2 54g Válvula de retardo do freio
T Entrada positiva do esguicho do limpador 55 Lâmpada de neblina
I Entrada da chave temporizada do limpador 56 Positivo para faróis alto e baixo
L Entrada da chave de seta esquerda 56a Farol alto
R Entrada da chave de seta direita 56b Farol baixo
LL Saída para lâmpada esquerda 57 Lâmpada de posição lateral
RR Saída para lâmpada direita 57a Lâmpada de estacionamento
1 Bobina de ignição 57L Lâmpada de estacionamento esquerda
1a Platinado 57R Lâmpada de estacionamento direita
4 Bobina de ignição alta tensão 58 Lâmpada de posição traseira/ licença
15 +12V (+24V) após chave de ignição 58d Lâmpada de iluminação do painel (dimmer)
30 +12V (+24V) direto da bateria 58L Lâmpada de posição esquerda
30a Chave seletora série/ paralelo (12V/24V) 58R Lâmpada de posição direita
31 Terminal negativo da bateria 71a Buzina
31b Negativo via chave ou relé 72 Chave do alarme
31c Entrada negativa do esguicho 75 Acendedor de cigarros/ rádio
53e Esguicho 81 Chave seletora NF entrada (normal fechada)
53m Saída para o motor limpador 81a Chave seletora contato NF (normal fechada)
53s Retorno do motor do limpador 85 Lado negativo da bobina do relé

1 Refere-se à Deutsches Institut für Normung ou Instituto Alemão para Normatização. Este instituto regulamenta as normas de
padronização na Alemanha e é equivalente à ABNT no Brasil.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
20

54 Luz de freio 86 Lado positivo da bobina do relé


49a Saída para lâmpada do relé do pisca 87 Terminal NA (normalmente aberto) do relé
S Ligar na saída W do interruptor 87a Terminal NF (normalmente fechado) do relé
W Entrada negativa do sensor de nível d’água 87b 2º Terminal NA (normalmente aberto) do relé

Quadro 3 - Símbolos universais dos componentes elétricos automotivos


Fonte: adaptado de SENAI/SP (2002)

CASOS E RELATOS

O senhor Luiz Paulo estava trafegando com seu veículo por sua cidade, porém, não percebeu que
o farol do lado direito estava com a lâmpada queimada. Ele não se atentou ao fato porque sua
cidade é bem iluminada e não sentiu falta de iluminação nas vias por onde andava.
Depois de percorrer alguns quilômetros, chegou a um ponto da cidade onde a iluminação não era
tão boa e, em um determinado cruzamento, as luzes dos postes estavam todas apagadas.
Nesse momento, sem poder visualizar corretamente as placas de sinalização, o Sr. Luiz Paulo não
percebeu que deveria parar no cruzamento, pois não estava na preferencial. Ao seguir sem parar,
atravessou o cruzamento, correndo o risco de sofrer um acidente.
Foi então que ele percebeu que estava com algum problema em um dos farois do seu veículo. Assim
que avistou um acostamento, estacionou e foi verificar o que havia acontecido. Ao perceber que um
farol estava com a lâmpada queimada, ele acionou a assistência técnica da seguradora de seu veículo
para trocar a lâmpada imediatamente. E, assim, evitar novos riscos.

2.3 LEITURA DE DIAGRAMAS ELÉTRICOS

Nem todos os profissionais que trabalham na área automotiva sabem ler e interpretar um diagrama
elétrico. Então, isto se torna um diferencial entre a categoria de trabalho, visto que a partir da interpretação
do funcionamento dos circuitos, você poderá chegar a um diagnóstico quando for preciso. Dessa forma, a
identificação de componentes se torna fundamental, conforme ilustrado a seguir.

2.3.1 IDENTIFICAÇÃO DE COMPONENTES

No momento de realizar a leitura dos diagramas elétricos automotivos, o primeiro passo é você identifi-
car os componentes no circuito que será verificado, assim como as características de cada um deles.
Observe a figura, a seguir, como exemplo e, na sequência, você encontrará a explicação de cada componente.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
21

Comutador de
Chave de alerta
ignição e partida F10
Fuse
F09
30 15 Fuse
30 15
Relé de seta
50 X 31 49 49
49a

49a 58b 31
+
L R

R
_ Bateria Lado esquerdo

49a

Chave de seta Lado direito


L

Paulo Cordeiro (2015)


Lâmpadas 12V/21W
Figura 2 - Esquema elétrico de luz de seta e alerta
Fonte: Volkswagen do Brasil (1997, p. 27)

Comutador de ignição:
a) Linha 30 – Entrada de alimentação proveniente da bateria.
b) Linha 15 – Saída para o sistema de ignição, injeção eletrônica e outros componentes que precisam
desta alimentação para funcionar.
c) Linha 50 – Acionada através do último estágio do comutador de ignição, serve para acionar o motor
de partida.
d) Linha X – Essa alimentação é utilizada para alguns sistemas que consomem muita corrente da bateria.
Neste caso, a alimentação ocorre em um estágio e é desligada quando o motor de partida for acionado.
Fusíveis:
a) F 10 – Este fusível deriva da linha 30 para alimentação da chave de seta;
b) F 09 – Este fusível deriva da linha 15 e, portanto, estará alimentando cm 12V apenas quando o inter-
ruptor de ignição estiver na posição 2.
Rele das setas: Pino 31 – Negativo proveniente da bateria.
a) Pino 49 – Entrada + 12V (+24V) do relé de pisca;
b) Pino 49 A – Saída para a Lâmpada do relé do pisca.
Chave de alerta: Linha 30 – Entrada de alimentação proveniente da bateria.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
22

a) Linha 15 – Saída para o sistema de ignição, injeção eletrônica e outros componentes que precisam
desta alimentação para funcionar;
b) Pino 31 – Negativo proveniente da bateria;
c) Pino 49 – Entrada + 12V (+24V) do relé de pisca;
d) Pino 49 A – Saída para a Lâmpada do relé do pisca;
e) L – Entrada da chave de seta esquerda;
f) R – Entrada da chave de seta direita.
Chave de seta: Pino 49 A – Saída para a Lâmpada do relé do pisca.
a) L – Entrada da chave de seta esquerda;
b) R – Entrada da chave de seta direita.
Bateria: Fonte de alimentação do circuito das setas;
Lâmpadas à esquerda: Observe que as lâmpadas do lado esquerdo recebem alimentação de comando
através da saída L;
Lâmpadas à direita: Observe que as lâmpadas do lado direito recebem alimentação de comando
através da saída R.

2.3.2 FUNCIONAMENTO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS

Após conhecer os componentes e suas características, você poderá realizar a leitura de um circuito
imaginando seu funcionamento. Então, utilize novamente o exemplo do Esquema elétrico de luz de seta e
alerta apresentado no item “Identificação de componentes”.
Neste caso, observe que o fusível F09 deriva de uma linha 15, isto quer dizer que sua alimentação só
irá acontecer posteriormente à ignição alcançar o estágio 2. Quando a chave de seta é acionada, ela fecha
seus contatos permitindo a circulação da corrente elétrica pelo circuito acionando a luz de referência.

2.4 DIAGNÓSTICO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Para realizar um diagnóstico nos circuitos elétricos, considere tal tarefa como algo fácil de efetivar. É
necessário utilizar informações técnicas, como manuais e diagramas que irão lhe ajudar na leitura e inter-
pretação. No caso de um diagnóstico confiável e seguro, será preciso a utilização de ferramentas, equipa-
mentos e instrumentos compatíveis com o defeito apresentado.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
23

2.4.1 FALHAS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS

Quando os circuitos elétricos apresentam problemas, deve-se ficar atento a algumas possíveis causas,
como: falha causada por infiltração de água, calor excessivo, vibração, congelamento e manutenção incorreta.
No quadro a seguir, veja algumas definições que auxiliam no momento de realizar o diagnóstico.

Quando não existe uma trajetória completa de corrente elétrica, como no caso de desligamento de um interruptor
Circuito aberto
que está no circuito de uma lâmpada, ela apaga. Isto quer dizer que o fluxo da corrente elétrica foi interrompido.
É quando existe uma trajetória completa do fluxo de corrente, sem interruptores. Se você acionar um interruptor
Circuito fechado
que está no circuito de uma lâmpada e ela apagar, quer dizer que o fluxo da corrente elétrica foi interrompido.
Quando completa-se um circuito antes da corrente elétrica chegar ao destino (resistência consumidora), isto ocorre
por ter surgido um caminho com menor resistência elétrica entre os polos positivo e negativo. Por ser curto circuito,
Curto circuito
a resistência é baixa. A corrente é tão alta que pode causar superaquecimento nos condutores, desfazer o isolamen-
to e até provocar um incêndio.

Quadro 4 - Diagnóstico de circuito


Fonte: do Autor (2015)

2.4.2 TESTANDO O CIRCUITO ELÉTRICO

Para realizar o teste do circuito elétrico, você pode utilizar um multímetro na escala de tensão (V),
também conhecido como teste de alimentação, ou pelo teste de resistência (Ω) ou continuidade.

_ +
Chave

B C D
Lâmpada
Bateria
12V
Paulo Cordeiro (2015)

Figura 3 - Teste de tensão


Fonte: do Autor (2015)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
24

Para realizar os testes nos pontos “b”, “c” e “d”, sendo que “a” é o ponto massa de referência, está sendo
utilizado o voltímetro, conforme os procedimentos descritos a seguir.
1° - Conectar a ponta de prova preta ao ponto de massa de referência;
2° - Conectar a ponta de prova vermelha (+) na extremidade do circuito conforme indicado na figura
“Teste de tensão”.
Observe que durante os testes, se a chave estiver aberta, os pontos de teste “c” e “d” indicarão 0 V, em
função do circuito ter sido aberto.

_ +

Chave

A B
Lâmpada
Bateria
12V
Paulo Cordeiro (2015)

Figura 4 - Teste de resistência


Fonte: do Autor (2015)

Observe que, para o teste anterior, foi utilizado o ohmímetro na escala de resistência (Ω), aplicando
as pontas de prova no ponto “a” e “b”. Para realizar o teste de resistência e continuidade de um circuito,
lembre-se de que o circuito a ser testado deve estar desenergizado, seguindo os passos apresentados
na sequência.
1° - Conecte a ponta de prova preta em umas das extremidades do componente ou circuito a ser testado;
2° - Conecte a ponta de prova vermelha na outra extremidade do componente ou circuito a ser testado;
3° - Verifique o valor indicado, sendo para o componente ou para o circuito elétrico.
Conheça, a seguir, alguns instrumentos utilizados para medir o circuito elétrico e alguns equipamentos
de teste.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
25

2.4.3 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E EQUIPAMENTOS DE TESTE

Os instrumentos e equipamentos de medição para o sistema de sinalização e iluminação foram criados


pela necessidade de realizar medições nos sistemas automotivos sem colocar em risco o diagnóstico, e para
não danificar equipamentos e componentes. Na área automotiva, as ferramentas de diagnóstico referem-se
aos instrumentos de medição e teste como: caneta de polaridade, multímetro, osciloscópio, etc.
Para se obter um diagnóstico preciso e confiável de maneira a ser apresentado ao cliente, o profissional
da área automotiva deve estar atento a todos os detalhes de utilização dos equipamentos que auxiliam
neste processo. Vale registrar que os equipamentos e instrumentos necessitam de calibração, conforme re-
comenda a NBR ISO 6789:2009 – Ferramentas de montagem de parafusos e porcas – Torquímetros manuais –
Requisitos e métodos de ensaio para verificação da conformidade do projeto, da conformidade da qualidade
e procedimento de calibração e recalibração.
A seguir, você conhecerá os principais equipamentos e instrumentos usados na área de sistemas de
sinalização e iluminação.

MULTÍMETRO AUTOMOTIVO

O multímetro é um aparelho de medida elétrica capaz de realizar a medição elétrica de três tipos
diferentes de grandezas elétricas, que são: tensão, resistência e corrente.
Evelin Lediani Bao (2015)

Figura 5 - Multímetro automotivo


Fonte: Banco de imagens SENAI/SC – São José/Palhoça (2015)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
26

EQUIPAMENTO DE TESTE DE CARGA E DESCARGA DE BATERIA

Este equipamento é utilizado para verificar o estado geral da bateria, medindo a tensão entre os bornes
da bateria e aplicando uma intensidade de corrente elétrica, similar à corrente do momento da partida do
motor. Caso a bateria esteja com carga baixa, será necessário carregar e realizar um novo teste.

Morgana Machado (2015)

Figura 6 - Equipamento de teste de carga e descarga de bateria


Fonte: Banco de imagens SENAI/SC – São José/Palhoça (2015)

Há, ainda, outros equipamentos e instrumentos utilizados para realizar medições nesse sistema.

2.5 COMPONENTES, TIPOS E FUNCIONAMENTO

Após estudar a interpretação de diagramas elétricos, você verá os principais componentes dos circuitos
elétricos aplicados aos veículos. Além disso, você conhecerá seus tipos e funcionamento.

2.5.1 LÂMPADAS

Você já percebeu que quando uma lâmpada está acesa ela aquece? Isto porque as lâmpadas dos
veículos são do tipo incandescente, elas transformam a energia elétrica em energia térmica.
Em um veículo são utilizados vários tipos de lâmpadas que podem ser classificadas de diferentes
formas. Confira na sequência.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
27

LÂMPADAS DO FAROL

Existem vários tipos de lâmpadas, mas quando o assunto é lâmpadas de farol alto, farol baixo e farol de
neblina, pode-se citar como principais nomes as lâmpadas: R2, H1, H3, H4, H7, H8, H9, H11, H13, H27, HB3,
HB4 e PSX24W. As diferenças vão além dos nomes, pois apesar de todas terem o objetivo de iluminar, elas
possuem diferentes características de construção, da mesma forma que sua aplicação é destinada somente
aos veículos que foram construídos com suportes para aplicação de determinado tipo de lâmpadas.

Lâmpada H1 Lâmpada H3 Lâmpada H4 Lâmpada H5 Lâmpada H7

Philips (2013)
Lâmpada H8 Lâmpada H9 Lâmpada H11 Lâmpada HB3 Lâmpada HB4

Figura 7 - Lâmpadas de farol


Fonte: Philips (2013)

LÂMPADAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO

Além das lâmpadas para farol (luz alta e luz baixa) também existem as lâmpadas usadas para sinaliza-
ção, freio, ré e luz interna. Por muitos anos, usou-se, e ainda são utilizados em alguns veículos, lâmpadas
de halogênio para essas funções, mas, com a chegada de novas tecnologias, já se encontram no mercado
veículos que utilizam lâmpadas de LED para esses fins. Veja, a seguir, alguns exemplos de lâmpadas de
aplicação interna no veículo.

P21W PY21W PY21W WY21W WSW H21W W3W WYSW


Philips (2013)

W16W R5W R10W T4W CSW P21/5W P21/4W W21/SW


Figura 8 - Lâmpadas de lanternas
Fonte: Philips (2013)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
28

FIQUE Cuidado ao alterar as características originais do veículo; verifique se é permitido


ALERTA realizar as alterações no Detran da sua cidade ou estado.

2.5.2 INTERRUPTORES

Para realizar o acionamento e desacionamento de um circuito, necessita-se de um componente que


libere e interrompa a circulação da corrente elétrica, ou seja, de interruptores, como aquilo que você
visualiza na sequência.

Artfoliophoto ([20--?])

Figura 9 - Interruptor do farol


Fonte: Thinkstock (2015)

2.5.3 FUSÍVEL

O fusível, conhecido como elemento de proteção, é instalado nos circuitos dos sistemas eletroeletrôni-
cos para evitar que cabos e conectores sejam queimados por excesso de corrente elétrica, causado geral-
mente por sobrecarga ou curto circuito. Seu posicionamento no circuito serve para controlar a intensidade
de corrente elétrica especificada para aquele circuito. Caso a intensidade de corrente elétrica seja superior
ao especificado, o fusível se rompe, conforme mostra a figura a seguir.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
29

Paulo Cordeiro (2015)


+ _

Figura 10 - Circuito com fusível queimado


Fonte: do Autor (2015)

Para entender por que o fusível se rompe, é importante entender alguns conceitos. Veja na sequência.
a) Corrente nominal: é a corrente nominal máxima que o fusível suporta continuamente sem ser rompido;
b) Corrente de curto-circuito: é a corrente máxima que pode circular no circuito e que deve ser
interrompida instantaneamente, pelo rompimento do fusível;
c) Substituição: quando danificados, os fusíveis devem ser substituídos, em virtude de não existir
recondicionamento adequado do elo de fusão.

FIQUE Nunca se deve trocar um fusível por outro de capacidade superior, nem mesmo ten-
ALERTA tar recuperar um fusível que esteja queimado.

No quadro a seguir, conheça uma padronização de cor dos fusíveis, conforme a corrente que suportam.

COR
INTENSIDADE
MINIFUSÍVEL FUSÍVEL LÂMINA MAXIFUSÍVEL
3A Violeta Violeta
5A Bege Bege
7.5 A Marro Marro
10 A Vermelho Vermelho
15 A Azul Azul
20 A Amarelo Amarelo
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
30

25 A Branco Branco
30 A Verde Verde Verde
40 A Laranja Laranja
50 A Vermelho
60 A Azul
70 A Marrom
Quadro 5 - Aplicação do fusível
Fonte: do Autor (2015)

Na linha automotiva, o tipo de fusível encontrado predominantemente é o de lâmina, conforme mostra


a próxima figura.

Teófilo Manoel da Silva Junior (2015)


Figura 11 - Fusível lâmina
Fonte: do Autor (2015)

Segundo Pinto [2015?], a palavra fusível tem origem no termo latim fusus
(“fundido”). Em 1847, o físico francês Breguet recomendou a utilização de con-
dutores de diâmetro reduzido de maneira a proteger as estações de telégrafo
contra relâmpagos: ao derreterem, os fios mais finos poderiam proteger os
CURIOSIDADE aparelhos e respectivos fios dentro do edifício. Desde 1864 começou a ser usada
uma grande variedade de materiais fundíveis para fios com esta finalidade. Um
fusível foi por fim patenteado pelo inventor e empresário norte-americano
Thomas Edison, em 1890, como parte do seu sistema de distribuição de ener-
gia elétrica.

2.5.4 CABOS ELÉTRICOS

A maioria dos circuitos apresentará diversos componentes ligados entre si, e os cabos elétricos acabam,
por vezes, se cruzando. Isto pode confundir o técnico no momento de interpretar o diagrama do circuito.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
31

Em função disso, há um padrão para a ligação dos cabos elétricos. Sempre que um condutor está ligado
a outro, essa união deve ter um ponto indicando a existência de emenda ou ainda um ponto de solda.
Observe, na figura a seguir, a união entre dois condutores elétricos. Perceba que, no ponto em que ocorre
essa união, há um sinal mais forte indicando a solda ou emenda.

Paulo Cordeiro (2015)


Figura 12 - União de condutores
Fonte: do Autor (2015)

Para exemplificar o que você estudou até aqui, observe a figura a seguir e procure interpretá-la.

30
15

F4 F3

15A 15A
30 85 86 87
1,5 VM

AM
1,5 PR
Paulo Cordeiro (2015)

BR

Figura 13 - Esquema elétrico


Fonte: adaptado de SENAI/SP (2002)

No esquema elétrico apresentado, é possível identificar alguns dos itens que foram estudados, como os
pontos de emenda e solda, a indicação da espessura e cores dos condutores elétricos, além da presença de
alguns componentes como o relé, lâmpada e fusível.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
32

2.5.5 RELÉS AUXILIARES

É um eletroímã usado como dispositivo de ligação em circuito elétrico. Permite o acionamento de


lâmpadas e motores elétricos de grande potência, acionados a partir de pequenos interruptores e módulos.

Evelin Lediani Bao (2015)

Figura 14 - Relé
Fonte: do Autor (2015)

Ao acionar o interruptor de comando, a corrente elétrica flui através da bobina e gera uma linha de
força magnética. Esta aciona o contato da linha de trabalho ativando o componente que nele está ligado.

85

87 30
Paulo Cordeiro (2015)

86

Figura 15 - Pinagem do relé


Fonte: do Autor (2015)

a) Corrente de comando
85 (+) positivo
86 (-) negativo
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
33

b) Corrente de trabalho
30 (+) positivo direto
87 alimentação para o consumidor

86 (-) 30 (+)
Corrente de comando

Corrente de trabalho
Bobina de comando

Paulo Cordeiro (2015)


85 (+) 87
Figura 16 - Arquitetura do relé
Fonte: SENAI/PE (2010)

Os relés podem ter contatos NA (normalmente aberto), NF (normalmente fechado) ou ambos.


c) Contatos NA: os relés de contato NA são conhecidos por terem contato momentâneo, ou seja, estão
abertos enquanto a bobina não está energizada e fecham quando a bobina recebe corrente;
d) Contatos NF: os relés de contato NF se abrem quando a bobina é energizada, o contato se abre e a
corrente é interrompida.

2.5.6 CENTRAL DE FUSÍVEIS E RELÉS

É na central elétrica que ficam dispostos os componentes como: relés e fusíveis. Esses componentes
servem de interconexão entre os diversos chicotes elétricos do veículo. Nos veículos mais modernos,
essas centrais também incorporam módulos eletrônicos responsáveis pelo acionamento de diversos
componentes de segurança, conveniência e conforto.
Teófilo Manoel da Silva Junior (2015)

Figura 17 - Central de fusíveis e relés


Fonte: do Autor (2015)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
34

Para funcionar adequadamente e com segurança, os circuitos precisam de algumas interfaces dentre os
comandos convencionais e as cargas, e entre os comandos eletrônicos e as cargas. Os circuitos, também,
necessitam de dispositivos de proteção. São os relés que fazem essas interfaces, assim como os fusíveis
que são seus elementos de proteção. Conheça, a seguir, o posicionamento dos relés e fusíveis.

F34 F48 F49 F35 F13


7,5

10

10
20
30

F46 F33 F37 F42 F12


20

7,5
10

10
15
Fus. reposição

Fiat Automóveis (1997), Paulo Cordeiro (2015)

F45 F47 F32 F50 F51


15

7,5

7,5
15

15
20
10

F52 F41 F43 F40 F44


7,5
15

20
30

30
10

F36 F39 F38 F53 F31


7,5

7,5
10

10
15

20

Figura 18 - Indicação de fusível


Fonte: Fiat Automóveis (1997)

a) Posição dos fusíveis


F 12 - farol baixo - direito
F 13 - farol baixo - esquerdo
F 31 - interruptor de marcha à ré e eletroventilador interno ao habitáculo
F 32 - alimentação (+ 15 ignição) luz placa
F 33 - n.c
F 34 - n.c
F 35 - livre
F 36 - livre
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
35

F 37 - luz de freio e terceira luz de freio


F 38 - trava porta
F 39 - serviço + 30 (memória automática do rádio, sensor volumétrico, presa de diagnóstico)
F 40 - desembaçador traseiro
F 41 - n.c
F 42 - central ABS
F 43 - limpador de para-brisa (dianteiro e traseiro) - eletrobomba para lavar vidros
F 44 - acendedor de cigarros
F 45 - n.c
F 46 - n.c
F 47 - elevador do vidro dianteiro esquerdo
F 48 - elevador do vidro dianteiro direito
F 49 - + 15 serviço (autorrádio, quadro de comandos)
F 50 - airbag
F 51 - luz interna e luz de placa
F 52 - limpador do vidro traseiro
F 53 - luz de direção / emergência

b) Posição dos relés


Teófilo Manoel da Silva Junior (2015)

Figura 19 - Indicação de relé


Fonte: do Autor (2015)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
36

R 01 - farol baixo;
R 11 - desembaçador do vidro traseiro;
R 12 – limpador do para-brisa, eletrobomba bidirecional e acendedor de cigarros;
R 13 - elevar e abaixar os vidros.

RECAPITULANDO

Nesse capitulo, você estudou assuntos relacionados à interpretação de diagramas elétricos, viu como
identificar os componentes e realizar a leitura através da simbologia, a qual facilita a comunicação entre
fabricantes e reparadores.
Para que você possa compreender os diagramas elétricos, é preciso que você conheça a denominação
dos terminais elétricos. Você estudou, também, sobre a utilização dos instrumentos e equipamentos do
sistema de sinalização e iluminação e como é realizado o processo de manutenção e execução das instala-
ções elétricas.
Você verificou que existem vários tipos de lâmpadas, de acordo com sua aplicação. Além das
lâmpadas de farol alto, farol baixo e farol de neblina, existem aquelas usadas para sinalização, freio, ré
e luz interna. Você conheceu, ainda, o fusível, conhecido como elemento de proteção, que fica junto à
central elétrica e os demais componentes elétricos, como os relés.
2 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
37

Anotações:
Sistema de Sinalização

Você sabe o que é o sistema de sinalização? Conhece seus componentes? Esse sistema se
mistura ao de iluminação, pois, em geral, compartilham os mesmos componentes. Na prática, o
sistema de sinalização tem por objetivo indicar aos usuários da via a intenção do condutor. Ele
é regulamentado pelo CONTRAN (2007), que exige que nenhum veículo transite

“Nas vias terrestres abertas à circulação pública sem que ofereça as condi-
ções mínimas de segurança, considerando que a normalização dos sistemas
de iluminação e sinalização é de vital importância na manutenção da segu-
rança do Trânsito.”

Ao finalizar seus estudos neste capítulo, você estará apto a:


a) identificar, para fins de diagnóstico, o sistema a ser reparado;
b) selecionar ferramentas, instrumentos e equipamentos em função do diagnóstico e da
manutenção a serem realizados nos sistemas, de acordo com o manual de reparação;
c) escolher e aplicar, nos sistemas, as normas e os métodos de diagnóstico, conforme manual
de reparação;
d) utilizar equipamentos, ferramentas e instrumentos de diagnóstico nos sistemas, de acordo
com as recomendações do fabricante;
e) analisar se os resultados obtidos durante os testes de diagnóstico nos sistemas estão de
acordo com os parâmetros estabelecidos pelo fabricante.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
40

3.1 DIREÇÃO (SETAS)

O sistema de sinalização é composto por diversos componentes aplicados em todos os veículos auto-
motores, dentre eles as luzes de direção e emergência, que têm a finalidade de indicar a posição em que o
veículo se encontra ou a posição que vai tomar. Essas luzes estão localizadas na dianteira e na traseira do
veículo e, em alguns modelos, podem estar junto aos para-lamas e aos retrovisores externos.
É função das luzes de direção informar aos pedestres e a outros veículos que trafegam nas vias, a intenção
do condutor do veículo de realizar uma conversão à direita ou à esquerda.
Ao acionar a alavanca próxima ao volante, o circuito inicia seu funcionamento com um relé temporizador
deixando parte do sistema acionado e outra parte não. Assim, um sinal com frequência pré-determinada
permite que a luz fique piscando para indicar a direção a ser tomada pelo veículo.

3.1.1 FUNCIONAMENTO

O funcionamento do indicador de direção acontece porque o interruptor de indicação recebe, por meio
do interruptor de ignição, alimentação do fusível F10 de 10A. Analisando o circuito apresentado a seguir,
você poderá notar que o interruptor envia energia para o terminal 49 do relé de pisca.
Alimentando com tensão de bateria o terminal 49 e 31, o relé permanece em stand-by2, porque não há
nenhuma lâmpada conectada a esta posição. Quando a alavanca de direção é movimentada para cima
ou para baixo, um conjunto de lâmpadas é conectado ao terminal 49A do relé, acionando as lâmpadas de
forma intermitente.

Luz de Luz de
Comutador de ignição direção direção F10/10A
ESQ esquerda direita DIR

30 Bateria
F04/15A
LUZ POS INT INT/A 50 15/54 _
4 3 2 1 3 2 1 +
PB AA
2.5A

Massa

Massa
15 +
30 +
49
Esq.
49A
Dir. 31
0.75NZ

0.75NZ

Paulo Cordeiro (2015)

2 3 3 4

Massa Massa

Lanterna traseira esquerda Lanterna traseira direita

Figura 20 - Circuito de luzes de direção


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

2 É o termo usado para designar o consumo de energia elétrica em modo de espera.


3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
41

3.1.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

O diagnóstico do sistema de alimentação deve ser realizado utilizando um multímetro, observando se o


sistema apresenta avaria. Caso o relé não apresente sinal de funcionamento, deve-se iniciar o diagnóstico
verificando a condição de funcionamento do fusível F10 de 10A, porque é por ele que passa tensão para
alimentar o relé. Se o fusível estiver funcionando, verifique os cabos condutores, aterramento e lâmpadas.
Se necessário realizar a manutenção, além do multímetro será indispensável a chave Philips, chave de
fenda e chave soquetes para remoção de lanternas e faróis.

Tome sempre cuidado ao manusear cabos energizados positivamente! Como a


FIQUE lataria do veículo possui ligação com o negativo da bateria, ao encostar um cabo
energizado na carroceria do veículo, haverá um curto circuito, o que pode danificar
ALERTA diversos componentes dos sistemas eletroeletrônicos, além de possibilitar acidentes
de trabalho.

3.1.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Se necessário a remoção de faróis e lanternas, faça a limpeza das lentes para eliminar a poeira acumulada.
Inspecione o chicote elétrico quanto à oxidação nos terminais e possível mau contato.

3.1.4 AJUSTES E TESTES

Em seguida à montagem dos componentes verificados, faça o teste acionando o sistema de setas. Se
possível, ande com o veículo em estrada de piso irregular para descartar possível mau contato. Deixe o
sistema de sinalização acionado por algum tempo, porque o relé quando aquece pode colar seu contato
e gerar nova anomalia.

3.2 LUZES DE EMERGÊNCIA (ALERTA)

São também luzes de indicação. Essas mesmas luzes indicam o sinal de emergência ou alerta, em que
todas as luzes de direção do veículo são acionadas com intervalos determinados de tempo, acendendo e
apagando, em uma frequência fixa e exata.
Geralmente, é utilizada para indicar alerta aos veículos que vem atrás, quando o trânsito para brus-
camente. Ela é também utilizada quando o veículo para em acostamentos junto às vias, ou para indicar
emergência em acidentes entre veículos.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
42

3.2.1 FUNCIONAMENTO

O funcionamento do indicador de emergência acontece independentemente do acionamento do


interruptor de ignição, uma vez que o interruptor de emergência recebe energia direto da bateria pelo
fusível F04 de 15A. Neste momento, a energia alimenta o relé por meio do pino 49, enquanto os contatos
conjugados interligam as lâmpadas do indicador direcional esquerdo e direito através do terminal 49A,
acionando, então, as lâmpadas de forma intermitente.

Luz de Luz de
Comutador de ignição direção direção F10/10A
ESQ esquerda direita DIR

30 Bateria
F04/15A
LUZ POS INT INT/A 50 15/54 _
4 3 2 1 3 2 1 +
PB AA
2.5A

Massa

Massa
15 +
30 +
49
Esq.
49A
Dir. 31

Emergência
0.75NZ

0.75NZ

Paulo Cordeiro (2015)


2 3 3 4

Massa Massa

Lanterna traseira esquerda Lanterna traseira direita

Figura 21 - Circuito de luzes de emergência


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

3.2.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Quando for realizar o diagnóstico e manutenção do sistema de emergência, será necessário a utilização
de um multímetro, observando se o sistema apresenta avaria. Caso o relé não apresente sinal de funcio-
namento, deve-se iniciar pela condição de funcionamento do fusível F04 de 15A, porque é por esse fusível
que passa a tensão para alimentar o relé. Se o fusível estiver funcionando, verifique os cabos condutores,
aterramento e lâmpadas.
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
43

Se necessário realizar a manutenção, além do multímetro, você precisará de chave Philips, chave de
fenda e chave soquetes para remoção de lanternas e faróis.

3.2.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

No caso de retirar os faróis e as lanternas, faça a limpeza das lentes para eliminar poeiras e, na sequência,
verifique o chicote elétrico quanto à oxidação nos terminais e possível mau contato.

3.2.4 AJUSTES E TESTES

Após a montagem dos componentes verificados, faça o teste de funcionamento do sistema de emer-
gência, se possível, faça o teste de rodagem com o veículo em estrada de piso irregular para descartar
possível mau contato. Deixe o sistema de sinalização (alerta) acionado por algum tempo, pois o relé
quando aquece, cola o seu contato. Assim como se faz com as luzes de direção.

3.3 LUZ DE FREIO

As luzes de freio são instaladas na extremidade traseira do veículo para evitar colisões. Sua função é
indicar para o motorista que está trafegando atrás, que o veículo está sendo freado.
O circuito possui um interruptor ligado ao pedal de freio que aciona as lâmpadas da parte traseira do
veículo, sendo que cada lâmpada tem potência de 21W. Integrado ao sistema de luz de freio está a terceira
luz, conhecida como brake light.

3.3.1 FUNCIONAMENTO

O funcionamento das luzes de freio ocorre por meio do acionamento do pedal do freio, sendo que em
seu interior tem uma mola para fazer o acionamento do circuito para a circulação da corrente elétrica, até
as lâmpadas da lanterna traseira.
M103
44

Sistema de controle do motor

AA
Sinal do pedal do freio - 44 0.5EP 0.5EP 1
U010
3ª luz de freio - 31 0.5EB U032 Fusível 108 10A INT do comutador 1.0GV 3
0.5EB 4

e soquetes.
0.5AV 2

D006
Comando de luz
de acionamento do
pedal do freio

C010
Caixa porta-fusível
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO

F110 10A
U039
27 0.75BT

26 Comutador de ignição 15/54

3.3.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO


WOO3
Central ABS

Interruptor do sinal da 0.5EB


luz de freio - 30

U035

Figura 22 - Circuito de luzes de freio


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)
1 2 3 4 5 I011 5 4 3 2 1
Terceira luz de freio

RM
RM

DIR
DIR

POS
POS

STOP
STOP

+ -
2 1
I007 I008
Lanterna traseira esquerda Lanterna traseira direita
0.5P
0.5CB
LA

G041
Massa
Paulo Cordeiro (2015)

Quando for necessário realizar o diagnóstico e manutenção do sistema de luzes de freio, será essencial a
utilização de um multímetro e de algumas ferramentas de uso comum como chave de fenda, chave Philips
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
45

3.3.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Inicie com a remoção do interruptor de acionamento das luzes de freio, faça uma limpeza em sua haste
de acionamento para eliminar possíveis danos por emperramento e mau contato por sujeiras. Remova a
lanterna traseira, remova o circuito das lâmpadas e realize a limpeza do contato elétrico.

3.3.4 AJUSTES E TESTES

Para realizar o teste do interruptor de acionamento das luzes do freio, utilize um multímetro para verificar
seu contato de acionamento, na sequência, você deverá instalá-lo em seu chicote elétrico, depois deste
procedimento, ligue a ignição na posição 2 e aperte sua haste para realizar o contato. Ao finalizar este
processo, as luzes de indicação do freio acionado deverão acender. Caso o resultado seja positivo, instale-o
em seu suporte e acione o pedal de freio para um possível ajuste de seu acionamento.

CASOS E RELATOS

Lâmpada queimada
Jaqueline utiliza seu veículo diariamente para trabalhar. Ela sai de casa todos os dias muito cedo e
volta tarde. Sendo assim, não tem muito tempo para cuidar das revisões de seu carro. Ela tem saído
cada vez mais cedo para evitar o tráfego intenso no caminho de seu trabalho.
Certo dia se atrasou e ficou em um longo congestionamento. Como a fila parou repentinamente,
Jaqueline teve que frear bruscamente, mas o veículo que estava atrás do seu não percebeu que ela
freou e bateu na traseira do seu veículo.
Jaqueline, então, ficou muito chateada porque teve que acionar o seguro para consertar o veículo
e receber outro reserva, pois não poderia ficar sem um meio de locomoção, devido aos seus com-
promissos. Além disso, o condutor do veículo que provocou o acidente não quis pagar as custas do
conserto, visto que, afirmava, não ter visto que ela freou em função da luz de freio não ter acendido.
Depois de uma verificação minuciosa da oficina foi detectado que, de fato, a luz de freio do veículo
de Jaqueline estava com anomalias, ora acendia, ora não, o que contribuiu para a colisão. Após esse
diagnóstico, o veículo foi consertado e Jaqueline se responsabilizou por todo o prejuízo. Com isso,
ela aprendeu que deve fazer as revisões preventivas orientadas pelo fabricante para garantir sua
segurança e a dos demais usuários das vias.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
46

3.4 LUZES DE MARCHA À RÉ

As luzes de marcha à ré, além de sinalizar para outro veículo a ação de uma manobra, também são
importantes para o condutor do veículo realizar manobras em ambientes escuros, considerando que sua
iluminação irá ajudar a ver se tem obstáculos pelo caminho.
O circuito de iluminação de marcha à ré é composto por um interruptor e uma ou duas lâmpadas na
traseira do veículo que funcionam somente quando a ignição está ligada. O interruptor está localizado em
pontos estratégicos conforme o tipo e modelo de transmissão. Se o veículo possuir transmissão mecânica, o
interruptor estará localizado na própria transmissão, caso tenha transmissão automática, seu acionamento
é realizado pela própria alavanca de acionamento do câmbio.

3.4.1 FUNCIONAMENTO

Para o acionamento da marcha à ré, a ignição tem que estar acionada e, no momento em que a marcha
for solicitada pelo condutor, o interruptor permite a passagem de corrente elétrica até as lâmpadas.

C010
Caixa porta-fusível

F87 10A

6 1 +

2 -
3 Comutador de ignição

D005
Comando luz de ré

1 2 3 4 5 5 4 3 2 1
Paulo Cordeiro (2015)
RM

DIR

POS

RM

DIR

POS
STOP

STOP

Lanterna traseira esquerda Lanterna traseira direita

Figura 23 - Circuito de luzes de marcha à ré


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
47

3.4.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

No momento de realizar o diagnóstico e a manutenção das luzes de marcha à ré, serão necessários além
do multímetro, chaves de uso comum como chaves combinadas para remoção do interruptor de marcha
à ré, chaves de fenda, chave Philips para remoção das lanternas da ré.

3.4.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Quando for inspecionar o sistema de luzes de marcha à ré, no caso de remoção do interruptor de acio-
namento das luzes da ré, deve-se realizar a limpeza externa de possível acúmulo de sujeira que possa
entrar para dentro da transmissão, efetue esta inspeção para eliminar possíveis problemas de contatos
elétricos. No caso de desmontagem das lanternas é importante realizar a limpeza, devido ao acúmulo de
poeira. Em seguida, faça uma inspeção quanto a sua fixação e, nos contatos elétricos, quanto à oxidação.

3.4.4 AJUSTES E TESTES

Para fazer a instalação correta do interruptor, deve ser utilizado vedante na rosca para que não haja
vazamento de óleo da transmissão. Após tê-lo montado, faça o teste de seu funcionamento. Com um
multímetro na escala de resistência, encoste as pontas de prova nos terminais do interruptor e peça para
que alguém realize o movimento de engate por meio da alavanca. Neste momento, o multímetro deverá
apresentar uma resistência próximo de zero ohms (curto circuito).
Depois de verificar o funcionamento do interruptor, realize o teste de acionamento das lâmpadas. Com
a ignição ligada, engate a marcha à ré e verifique se está chegando tensão nos circuitos das lâmpadas,
caso esteja, verifique se há mau contato por oxidação nos terminais de ligação, encaixe das lâmpadas ou
lâmpadas queimadas.

3.5 BUZINA

A buzina, obviamente, não é um componente que trabalha com aspectos luminosos, e por este motivo
é comum muitas pessoas não reconhecerem que este é um componente do sistema de sinalização.
A buzina tem como função emitir um sinal sonoro para alertar pedestres ou outros motoristas da pre-
sença do veículo. A buzina é acionada pelo motorista, por intermédio de um botão localizado no volante
ou na alavanca de seta. Este sistema é composto por um interruptor, relé e buzina.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
48

3.5.1 FUNCIONAMENTO

As buzinas são importantes itens de segurança e devem ser utilizadas para chamar a atenção rapida-
mente de outros veículos e pedestres a fim de evitar acidentes.
A buzina é comandada por meio do acionamento da alimentação positiva diretamente da bateria
(linha 30), por meio do fusível F10 de 15A ou via chave de ignição (linha 15). A alimentação negativa vem do
botão da buzina que, ao ser acionado, possibilita a circulação de corrente, que por sua vez alimenta a
buzina por meio do fusível.

Conjunto de alavanca
de comando

C6 B7
Bateria
_
AA

+
Massa anterior
Caixa porta fusível

F10 15A
9

Buzina
Paulo Cordeiro (2015)
2-
+1

Figura 24 - Circuito simples de buzina


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

3.5.2 DIAGNÓSTICO E MANUTENÇÃO

No momento de realizar o diagnóstico e a manutenção da buzina, deve-se ter em mãos multímetro,


chaves de uso comum, chaves combinadas, de fenda, chave Philips e chave Torx do tipo canivete para
remoção de acabamentos, molduras e acessórios.

3.5.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Quando inspecionar o sistema de buzina, no momento de sua desmontagem, realize a limpeza, devido
ao acúmulo de poeira e outros tipos de sujeiras que se amontoam ao transitar em estradas de chão. Em
seguida, faça uma inspeção quanto a sua fixação e, nos contatos elétricos, quanto à oxidação.
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
49

3.5.4 AJUSTES E TESTES

Fique atento no momento em que for fixar a buzina, faça-o posicionando a boca do caracol para baixo,
assim evitará a entrada de água ou outro tipo de sujeira que possa impedir seu funcionamento.

3.6 INSTRUMENTOS

O painel de instrumentos possui a característica de alojar em sua estrutura vários dispositivos que
fornecem ao condutor informações, as quais auxiliam na condução do veículo. Estas informações podem ser
visualizadas por meio de luzes piloto, relógios digitais ou analógicos. Associada a estas informações pode-se
mencionar a pressão de óleo, nível de combustível no tanque, velocidade do veículo e temperatura do motor,
luz da bateria e indicação do nível de fluido de freio e freio de estacionamento.

Maksim Toome ([20--?])

Figura 25 - Painel de instrumentos


Fonte: Thinkstock (2015)

SAIBA Lâmpadas espiãs, ou de indicação, estão localizadas no painel do veículo. Consulte o


MAIS manual para saber a função de cada uma delas.

3.7 VELOCÍMETRO

O velocímetro é um componente do painel de instrumentos responsável por informar a velocidade


do veículo, o odômetro indica a distância percorrida. E ainda há o odômetro parcial, que pode ser zerado
quando for necessário.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
50

O velocímetro é um instrumento que indica a velocidade instantânea do veículo. Nos veículos popu-
lares, e nos mais antigos, ele é acionado por meio de um cabo mecânico ligado à caixa de marchas. Nos
veículos lançados mais recentemente, os velocímetros recebem o sinal da central de controle, que, por sua
vez, coleta esta informação dos sensores existentes nas rodas dos veículos ou do sensor de velocidade na
caixa de marchas.

Richard Semik ([20--?])


Figura 26 - Painel de velocímetro
Fonte: Thinkstock (2015)

3.7.1 FUNCIONAMENTO

Seu funcionamento acontece por meio de um conjunto de engrenagens que se combinam entre si,
acionados por um cabo ligado ao sistema de transmissão. A maioria dos veículos possui velocímetro de-
nominado eletrônico e não possuem cabo para transmitir o movimento da caixa de transmissão para o
painel. Os veículos equipados com velocímetro eletrônico possuem, no lugar do cabo do velocímetro, um
sensor de velocidade que envia um sinal elétrico para o painel.

3.8 TACÔMETRO

O tacômetro é também conhecido por conta-giros. Nele, a rotação por minutos (RPM) é mostrada no
painel de instrumentos por meio da multiplicação por 100x ou até por 1.000x.
O tacômetro é um instrumento do painel que tem a função de indicar o giro de rotação do motor.
Geralmente, a medida é realizada em rotações por minuto (RPM). A informação da velocidade de rotação
do motor é extraída por meio de um sensor de rotações que envia um sinal em formato de ondas qua-
dradas à central de controle instalada no próprio motor. A central, então, processa essas informações e as
transmite ao tacômetro.
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
51

Maksim Toome ([20--?])


Figura 27 - Painel de tacômetro (conta-giros)
Fonte: Thinkstock (2015)

3.8.1 FUNCIONAMENTO

O tacômetro funciona como um medidor de voltagem, o que significa que ele conta as pulsações da
voltagem no sistema de ignição. A voltagem de saída é proporcional à velocidade do eixo, então, a medida
da voltagem é convertida para um valor preciso em RPMs.

3.9 INDICADOR DE PRESSÃO DO ÓLEO

Ao ligar a ignição, o painel de instrumentos receberá alimentação por meio da linha 15 que envia
energia para todos os instrumentos do painel, inclusive para o indicador da pressão de óleo.
Sua função é permitir o monitoramento da pressão de óleo lubrificante durante o funcionamento do motor.

3.9.1 FUNCIONAMENTO

O indicador de pressão do óleo começa a funcionar no momento em que a ignição é acionada até ao
estágio 2. Nesse momento, a luz indicadora de pressão do óleo deverá acender. Quando o motor entrar em
funcionamento, a luz deverá apagar indicando que o sistema de pressão do óleo lubrificante está funcio-
nando. O circuito é constituído por uma lâmpada no painel e um interruptor que fica instalado na linha de
pressão do óleo lubrificante do motor. Quando a pressão de óleo for inferior a 0,7 bar, uma mola calibrada,
que fica dentro do interruptor de pressão do óleo, fecha o contato acendendo a luz no painel.
52

0,357V
0,357V
0,5DG

1,0VA
Painel
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO

G380
A B C D Vão motor
G56 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0,5DG

10A
Caixa de bornes F17
de derivação C10
Quadro de
instrumentos
0,5DG

2,5IP
Circuito eletrônico
Vão motor
G383 Injeção
0,5DG

Figura 28 - Circuito pressão de óleo


B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 12

Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)


Comutador
0,5DG

de ignição

A1

10,0V
Bateria

INT

+30
+50
POS
INT/A

15/54
PABX
+ _ L8
Sensor do indicador
de pressão do óleo

Paulo Cordeiro (2015)


3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
53

3.9.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Em caso de avaria no sistema indicador de pressão de óleo, remova o terminal do interruptor e ligue-o
ao negativo. Depois de realizar este procedimento, ligue a ignição na posição 2 e verifique se a luz indica-
dora de pressão do óleo acendeu, se o resultado for positivo, substitua o interruptor.

3.10 TEMPERATURA

O aumento da temperatura está relacionado à falta de água no motor, falta de arrefecimento ou até
mesmo a falta de circulação desta água. São problemas que utilizam o painel de instrumento para indicar
a temperatura de trabalho.

Livijus Raubickas ([20--?])

Figura 29 - Marcador de temperatura


Fonte: Thinkstock (2015)

O indicador de temperatura está presente no painel e tem por função indicar ao condutor a tempera-
tura de trabalho do motor. Para garantir a vida útil do motor do veículo, sua temperatura de trabalho deve
ser monitorada. O valor dessa temperatura é determinado pelo fabricante, variando de acordo com os
modelos de veículos.

3.10.1 FUNCIONAMENTO

É um termistor3 do tipo semicondutor, ou seja, sua resistência varia de acordo com a temperatura a qual
ele é exposto. Ele funciona ao contrário dos resistores comuns, ou seja, conforme a temperatura aumenta,
sua resistência diminui, e conforme sua temperatura cai, sua resistência aumenta.

3 Resistor cuja resistência diminui com a elevação da temperatura, e que é geralmente constituído por um semicondutor.
Fonte: Michaelis (2015).
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
54

C010
Caixa porta fusível
F24 7,5A
9 107

Indicador de
temperatura
S 014
Sensor de
temperatura
da água do
motor 2 1
EA
0.5BP
0.5LB
2.5MB

Paulo Cordeiro (2015)


EA

Figura 30 - Gráfico de temperatura


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

3.10.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Para identificar avaria no sensor indicador de temperatura, desconecte o terminal do sensor, encoste-o
em um ponto de massa no motor e ligue a ignição na posição 2. O indicador deverá se movimentar até a
posição máxima indicando superaquecimento. Caso o teste seja positivo, substitua o sensor.

3.11 NÍVEL DE COMBUSTÍVEL

Nos veículos mais antigos ou até mesmo em modelos considerados populares, a indicação de nível de
combustível é feita por meio de um relógio indicador acionado por um cabo que fica interligado em um
elemento flutuante no interior do tanque. Vale ressaltar que o avanço tecnológico trouxe para os automó-
veis indicadores elétricos que ficam dispostos no conjunto de instrumentos de painel do veículo.
Por meio do indicador de nível instalado dentro do tanque de combustível, o condutor consegue acom-
panhar a quantidade de combustível disponível para sua utilização.
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
55

smarques774 ([20--?])
Figura 31 - Indicador de combustível
Fonte: Thinkstock (2015)

3.11.1 FUNCIONAMENTO

Quando a chave de ignição é acionada até a posição 2, a corrente circula alimentando o indicador
de combustível. Esta corrente varia conforme o valor de resistência determinado pela posição da boia.
Portanto, alterando a quantidade de combustível no tanque, a boia muda de posição e, consequente-
mente, o valor da resistência é alterado. Quando o tanque está cheio, o valor da resistência é baixo, com
isso a corrente é alta, fazendo com que haja maior movimentação do indicador. Conforme abaixa o nível
de combustível, o valor da resistência se torna maior e a corrente se torna menor provocando, assim, uma
movimentação menor do indicador. Se o nível de combustível abaixar muito, ocorrerá o acendimento da
luz da reserva, indicando que o combustível está próximo de acabar.

C010
Caixa porta fusível
F25 7,5A
9 107

Indicador de
combustível

1 2
Paulo Cordeiro (2015)

Sensor do
indicador
de nível

Figura 32 - Sensor indicador de combustível


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
56

3.11.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Ao se deparar com a reclamação de marcação irregular de combustível, você deverá realizar o seguinte
procedimento:
a) medir a resistência do sensor por meio dos terminais internos 2 e 3 do flange do conjunto eletrobomba
de combustível, simulando tanque cheio/tanque vazio (conforme figuras a seguir);
b) se os valores estiverem corretos, quer dizer que o sensor está funcionando normalmente;
c) se os valores não estiverem corretos, efetuar a substituição do sensor. (SENAI/SP, 2007).

Conector Bosch Conector TI MARWAL

2 4
3
4 + Bomba

3 + Sensor de nível
2 Massa sensor de nível Paulo Cordeiro (2015)

1 Massa bomba

Figura 33 - Teste do sensor indicador de combustível


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

3.12 INDICADOR DE NÍVEL DE FLUÍDO DE FREIO E ESTACIONAMENTO

O indicador de nível de freio e estacionamento é uma luz de advertência que sinaliza o acionador do
freio de estacionamento e que o nível do fluído de freio está baixo. É constituída de uma lâmpada e dois
interruptores, sendo que um interruptor fica localizado na tampa do reservatório de fluido de freio, e no
momento em que o nível do fluido baixa, este interruptor fecha contato acedendo a luz indicadora no
painel, e o outro interruptor informa ao condutor se a alavanca de acionamento do freio está acionada.

3.12.1 FUNCIONAMENTO

Ao acionar a alavanca do freio de estacionamento, o circuito elétrico irá fechar por meio dos contatos
do interruptor permitindo a circulação da corrente através da lâmpada indicadora no painel. Ao liberar a
alavanca de estacionamento, o interruptor será empurrado para baixo abrindo o contato interrompendo
o fluxo da corrente elétrica. Este procedimento acontece também com o indicador do nível do fluido de
freio, que funciona por meio de uma boia presa ao eixo do interruptor. Se o nível do fluido dentro do reser-
vatório baixar, irá fechar os contatos do interruptor permitindo a passagem da corrente elétrica, causando
o acendimento da luz indicadora no painel, conforme mostra a figura a seguir.
050

Sinal insu ciência de


nível de óleo dos freios

0,58V
H1
040
Interruptor do
0,5P freio de mão

4,0P
056

Massa

0,5DG
026

044
155

4,0P
062

Massa

0,5CE

0,35EP
0,357V
0,36BV
0,36BV

1,5CE
1,0AA

0,35EP
A B C D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
F7 F8 10A 15A 10A 10A
F9 F12 F5 F17

4,0V
2,5V
2,5IP

Figura 34 - Sensor indicador do freio


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)
Circuito eletrônico
Iluminação
externa

4,0V
G56
Caixa de bornes
de derivação
C10
Quadro de
instrumentos

2,5IP
1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 12
A B
A1

10,0V
Bateria

INT

+30
+50
POS
INT/A

15/54
PABX
B1
_
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO

+ Comutador
de ignição
57

Paulo Cordeiro (2015)


SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
58

3.12.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Em caso de avaria no indicador de nível do fluido do freio, remova os terminais do interruptor localizados
no reservatório do fluido e ligue os terminais um ao outro. Em seguida, ligue a ignição na posição 2 e verifique
se a luz indicadora no painel acendeu. Caso o teste seja positivo, verifique com um multímetro, através dos
terminais do interruptor indicador de nível de fluido, o contato movendo a boia para cima e para baixo. Se o
teste for positivo, remova o terminal do interruptor de acionamento da alavanca de freio fechando seu contato
ao massa. Na possibilidade do teste ser positivo, substitua o interruptor.

3.13 INDICADOR DE BATERIA

As lâmpadas de indicação do painel são instaladas para atender à necessidade dos fabricantes quanto à
inclusão de acessórios no veículo, ou para mostrar a operação de algum componente em particular. Assim
como a bateria é um componente importante no veículo, é importante saber, por meio da luz indicadora,
seu perfeito funcionamento. (WESTGATE, 2004).
Sua função é indicar o monitoramento do sistema de carga da bateria, quando o veículo estiver
em funcionamento.

3.13.1 FUNCIONAMENTO

Ao ligar a ignição no estágio 2, a lâmpada indicadora deverá acender. Após seu funcionamento por
alguns segundos, a lâmpada deverá apagar, indicando o perfeito funcionamento do sistema de carga. A
lâmpada indicadora da bateria é constituída por uma lâmpada e um resistor conectado ao alternador do
veículo. Quando a ignição é acionada para a posição 2, uma corrente sai da bateria entrando no alternado,
saindo pelo regulador de tensão em direção ao painel de instrumentos por meio da linha D+. Posterior-
mente ao motor entrar em funcionamento, inicia-se o processo de recarga da bateria, interrompendo o
fluxo de corrente para a lâmpada indicadora, fazendo com que ela se apague. Em paralelo à lâmpada
indicadora existe um resistor que garante o funcionamento do sistema de carga, caso a lâmpada queime.
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
59

EA BC
19

AA
F3
1,5M

15 21
Indicador de bateria
Caixa porta fusível

_ +

15CP
Alternador

Paulo Cordeiro (2015)


REC

Figura 35 - Circuito do sensor indicador da bateria


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

As lâmpadas alógenas têm perdido espaço no mercado, sendo substituídas


CURIOSIDADES pelas lâmpadas de LED, que além de durarem mais, possuem diversas cores
e consumo muito baixo.

3.13.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Em caso de avaria no indicador de carga da bateria, desconecte o terminal D+ ligado no alternador e


ligue o terminal ao massa. Acione o interruptor da ignição para a posição 2, e a lâmpada deverá acender.
Caso o resultado seja positivo, remova o alternador para manutenção. Se der negativo, verifique o circuito
da lâmpada indicadora no painel.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
60

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você conheceu a Resolução Nº 227 a qual estabelece que nenhum veículo poderá
transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública sem que ofereça as condições mínimas de
segurança. Além disso, você aprendeu que as luzes de direção, luzes de indicação e emergência luzes
de freio, luzes de marcha à ré e buzina servem para informar aos pedestres e a outros veículos sobre
sua presença e intenções de manobra.
Você estudou, também, que o painel de instrumentos possui a característica de alojar em sua
estrutura vários instrumentos como: velocímetro, odômetro, indicador da pressão de óleo, tempera-
tura, nível de combustível, freio e indicador de monitoramento do sistema de carga da bateria.
Você aprendeu, ainda, sobre cada um dos componentes do sistema de sinalização e suas caracterís-
ticas, a fim de ter condições de realizar o diagnóstico e realizar a reparação de cada um deles.
A seguir, você estudará o sistema de iluminação que complementa o de sinalização, ambos
dispositivos fundamentais ao veículo.
3 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
61

Anotações:
Sistema de Iluminação

O sistema de iluminação é importantíssimo para que o condutor do veículo possa trafegar


à noite. Neste sentido, os componentes de iluminação não devem passar despercebidos pelo
reparador, nem ao menos pelo proprietário ou usuário do veículo. A legislação pertinente ao
sistema de iluminação tem como objetivo garantir que um possível mau uso desses sistemas
não venha a expor o veículo ou os que estiverem a sua volta a uma condição insegura, provo-
cando acidentes.
Ao finalizar seus estudos neste capítulo, você estará apto a:
a) identificar, para fins de diagnóstico, o sistema a ser reparado;
b) selecionar ferramentas, instrumentos e equipamentos em função do diagnóstico e da
manutenção a serem realizados nos sistemas, de acordo com o manual de reparação;
c) escolher e aplicar, nos sistemas, as normas e os métodos de diagnóstico conforme manual
de reparação;
d) utilizar equipamentos, ferramentas e instrumentos de diagnóstico nos sistemas, de acordo
com as recomendações do fabricante;
e) analisar se os resultados obtidos durante os testes de diagnóstico nos sistemas estão de
acordo com os parâmetros estabelecidos pelo fabricante.
Bons estudos!
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
64

4.1 LUZ DE NEBLINA

O sistema de iluminação é composto de vários componentes, dentre eles a luz de neblina.


Conforme o disposto na resolução 680/87 do CONTRAN, poderão ser instalados faróis de neblina ou faróis de
longo alcance, ou ainda ambos, desde que sejam seguidos os seguintes critérios legais:
a) o farol de neblina deverá funcionar independentemente das luzes alta e baixa;
b) o farol de longo alcance só poderá entrar em funcionamento juntamente com a luz alta;
c) o farol de neblina poderá emitir luz branca ou amarela seletiva;
d) o farol de longo alcance só poderá emitir luz banca.
O farol de neblina tem como função iluminar a via em um curto trajeto, o mais próximo possível do chão,
para aumentar a visibilidade do condutor na ocorrência de muita neblina, fumaça, etc. Já o farol de milha,
cujas características são parecidas às do farol alto, deve iluminar a maior parte da via na frente do veículo.

4.1.1 FUNCIONAMENTO

Para acionar o farol de neblina é necessário que as luzes de posição estejam acionadas e o interruptor
de ignição esteja na posição 2. Se estas condições forem positivas, o interruptor e o relé estarão sendo ali-
mentados pelo fusível. Em seguida ao acionamento do interruptor do farol de neblina, o relé será alimen-
tado pela corrente elétrica que circulará pelo fusível e as lâmpadas irão acender.
Farol de neblina Farol de neblina
esquerdo direito

+ _ + _
1 2 1 2

D002

1.0P
1.0P
Comutador de ignição

1.0EP
1.0EP
30

AA
AA
G010 G003 LUZ POS INT INT/A 50 15/54
Massa Massa 4 3 2 1 3 2 1
PB AA
U040

xxx
xxx
xxx
xxx
xxx
xxx

1.5BV
E003
Quadro de instrumentos

Painel - Y003PA
Vão motor - X003AA
Predisposição saída farol
8

0.75PV 0.75PV 0.75PV


1.5BV 1.5BV de neblina
0.75BE
9

Entrada farol de neblina


U029
U027

0.75PT

G022
Massa

Figura 36 - Circuito do farol de neblina


xxx
xxx
xxx
xxx
xxx
xxx
xxx
xxx
xxx
0.5CM
0.75PT

0.75BE

Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)


Bateria PA
13 8384 81 82 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
A1
35.0V com ar
107
N.C.
N.C.
N.C.
N.C.

16.0V sem ar

F30 15A
T02

C010
Massa

Mode -

Caixa porta fusível


Farol neblina
Iluminação painel

Iluminação neblina
Farol neblina traseiro
Mode / Mode +
Caf. UP / Caf. DW

D015
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

Painel de comando
lado motorista
Paulo Cordeiro (2015)
65
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
66

4.1.2 DIAGNÓSTICO E MANUTENÇÃO

Quando realizar o diagnóstico e manutenção do sistema de luzes de neblina, a utilização de um multí-


metro e algumas ferramentas de uso comum como, chave de fenda, Philips e soquetes tornam-se impres-
cindíveis. Além disso, você deverá ter em mãos chaves combinadas para remoção dos faróis.

4.1.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Na inspeção do sistema de farol de neblina, quando do momento de sua desmontagem, é importante


realizar a limpeza devido ao acúmulo de poeira e outros tipos de sujeiras. Em seguida, faça uma inspeção
quanto à fixação das lâmpadas, conectores e contatos elétricos no que tange à oxidação.

4.1.4 REPARO AJUSTES E TESTES

Depois da montagem dos componentes verificados, faça o teste acionando o sistema de luzes de neblina,
se possível ande com o veículo em estrada de piso irregular para descartar possível mau contato. Deixe o
sistema de sinalização acionado por algum tempo, porque o relé, quando aquece, cola o seu contato.
Em caso de avaria no sistema de luzes de neblina, remova o respectivo relé e efetue a ligação entre
os terminais 30 e 87 com o auxílio de um cabo jumper. Se os faróis acenderem, verifique os fusíveis de
proteção e interruptor de acionamento dos faróis. Caso não acendam, verifique o filamento das lâmpadas.

CASOS E RELATOS

Alexsandro viaja muito com seu veículo e costuma pegar trechos de muitas serras e morros.
Frequentemente, Alexsandro passa por situações difíceis nesses trechos, tendo que enfrentar partes
com névoa (neblina) e/ou nevoeiro (cerrações).
Certo dia, ele resolveu instalar faróis auxiliares. Na oficina, em conversa com o técnico, Alexsandro
recebeu a orientação de que seria interessante ele instalar os faróis de neblina em seu veículo, pois
estes atenderiam melhor suas necessidades. Então assim o fez, autorizou que o técnico instalasse o
kit de faróis de neblina. Desde a instalação dos novos faróis, Alexsandro notou uma grande diferença
no sistema de iluminação ao passar pelos mesmos trechos, o que é claro, facilitou o seu percurso.
Alexsandro está bastante satisfeito com os faróis e recomenda sempre utilizar os faróis de neblina
ao passar por trechos com névoa e/ou nevoeiro.
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
67

4.2 POSIÇÃO (LANTERNAS)

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB, 2014) denomina como obrigatório o uso das luzes de posição, as
quais são definidas como: “luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura do veículo”.
A função da luz de posição é melhorar a percepção do veículo na via. Ela ilumina pouco e, por isso, não
é suficiente para garantir a visibilidade da via, mas quando acionada, ela permite que os demais usuários
vejam o veículo com mais facilidade.
O acionamento da luz de posição é exigido à noite, quando o veículo está parado para realizar o
embarque ou desembarque de passageiros, ou ainda para a carga e descarga de objetos. Nos casos de dias
chuvosos, com neblina ou cerração durante o dia, a luz de posição é indicada para garantir a segurança de
todos na via, visto que uma iluminação mínima é recomendável nesses casos, ao invés de ligar os faróis. A
luz de posição é instalada geralmente nas extremidades do farol, para dar uma ideia mais próxima possível
da largura do veículo. Em alguns casos, elas são instaladas na mesma lanterna dos piscas. Nos veículos
atuais, alguns modelos utilizam lâmpadas de LED para a iluminação da luz de posição, enquanto os
veículos mais populares utilizam lâmpadas incandescentes com baixa potência. Esse circuito é protegido
contra curto-circuito por meio de um fusível dimensionado, conforme o sistema de cada fabricante.

4.2.1 FUNCIONAMENTO

Após o acionamento do interruptor da luz de posição, a corrente elétrica percorrerá o circuito através
da posição B1. Em seguida, esta corrente elétrica passará pelo fusível F15 de 5A, que será levada até ao
farol dianteiro do lado esquerdo e lanterna traseira do lado direito. E, através do fusível F13 5A, a corrente
elétrica chegará até ao farol dianteiro do lado direito, lanterna traseira e luz de placa. Sendo que o inter-
ruptor de acionamento das luzes de posição recebe alimentação através do interruptor de ignição através
da linha 15, B2.
68

I001 I002 C010


Farol dianteiro esq. Farol dianteiro dir. Caixa porta fusível

0.75CM 48

DIR
DIR

POS
POS
F115 5A

Alta
Alta
1.5GR 45

Massa
Massa
F113 5A

Baixa
Baixa
0.75GP 46
Int.
comutador 26
F109 15A
BE1.5 31

AB AB
G003

1.0P
1.0P
Massa

0.75ZV
0.75GP
AA
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO

D003
U023 U024

1.0P
Conjunto de alavancas de comando
luz + emergência

AB
Alta (B5)

0.75ZV
0.75GP
1.5BV
1.5GR
G010 Baixa (B4)
Massa 15 7 3 38 Vão motor - X003AA Posição (B1)
1.5BV
15 7 3 38 Painel - Y003PA

PB
E003

LUZ
1.5BV

1.5BV
1.5GR
Quadro de instrumentos 1.5GR

0.75ZV
0.75GP
INT

4 3 2 1
U028 U030 U029

POS INT/A

12
Ingresso luz de posição 0.75GP
15+ (B2)
BE1.5

AA
GUIERA
15+ (B3)

50

0.75AP
0.75ZV
0.75GP
3 2 1
6 7 16 Painel - X007PA 15/54
30

6 7 16 Posterior - U007LA

Figura 37 - Circuito de luzes de posição


D002

Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)


Comutador de ignição G029 LUZ
Massa

0.75AP
0.75ZV
0.75GP
31- (B7)
2.5P
AA
15+ (C5)
G041 G041 G042 30+ (C4)
Massa Massa Massa
LA LA LA DIR ESQ (C3)
DIR ESQ (C2)

1.0P

1.0PT
0.75PT
0.75ZV

0.75AP

0.75GP
LA LA
1 2 3 4 5 1 2 5 4 3 2 1

RM
RM

DIR
DIR

POS
POS

STOP
STOP

Buzina (C6)

I007 I010 I008


Lanterna traseira esq. Luz de placa Lanterna traseira dir.
Paulo Cordeiro (2015)
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
69

4.2.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Para realizar o diagnóstico e manutenção do sistema de luzes de posição, será necessário a utilização
de um multímetro e algumas ferramentas de uso comum como, chave de fenda, chave Philips e soquetes
e chaves combinadas. Além disso, você deverá ter em mãos chave tipo Torx para remoção de molduras.

4.2.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Quanto ao sistema de luzes de posição, no momento de sua desmontagem para inspeção é importante
realizar a limpeza devido ao acúmulo de poeira e outros tipos de sujeiras. Também é necessário fazer uma
inspeção para verificar a fixação das lâmpadas, conectores e nos contatos elétricos, quanto a oxidação.

4.2.4 REPARO AJUSTES E TESTES

Durante a inspeção, se for encontrado algum tipo de problema de contato elétrico, efetue a reparação
e substituição do componente danificado, porque inconvenientes como entrada de água nas lanternas,
geralmente, são causados por trincas ou descolamento das lentes.
Ao término da montagem dos componentes verificados, faça o teste de funcionamento do sistema de
luzes de posição. Se possível, ande com o veículo em estrada de piso irregular para descartar provável mau
contato. Deixe o sistema de luzes de posição acionado por algum tempo. Em caso de avaria no sistema de
luzes de posição, remova os fusíveis de proteção dessas luzes, faça o teste de continuidade e a limpeza de
seu contato.

4.3 FARÓIS

Os sistemas de iluminação devem garantir a segurança do condutor, dos passageiros e dos usuários da
via, permitindo que o condutor consiga visualizar todo e qualquer obstáculo na pista.
Os faróis são itens de segurança constituídos de dois globos ópticos, sendo que cada globo pode conter
uma ou duas lâmpadas, que são denominadas farol alto e farol baixo. O sistema de faróis foi projetado para
iluminar a pista à frente do veículo com a utilização de faróis altos e baixos, cujo funcionamento é executado
por um interruptor. O funcionamento desse interruptor depende do sinal proveniente das lanternas, já
que, se elas não estiverem ligadas, não há o acionamento dos faróis.

4.3.1 FUNCIONAMENTO

O acionamento dos faróis é feito pelo mesmo interruptor que aciona as lanternas, só que em um terceiro
estágio. Nesse estágio, é possível somente selecionar o acionamento dos faróis, este sinal é enviado para o
comutador dos faróis que possibilita a seleção do farol alto ou baixo. Essa alavanca possui ainda uma função
de lampejador que permite ao motorista acender o farol alto por alguns instantes.
O circuito de alimentação do farol é executado por meio da circulação da corrente elétrica proveniente
do fusível F09 de 30A. Para alimentar o relé dos faróis T35, a corrente elétrica que sai do pino 87 do relé
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
70

irá alimentar o conjunto de alavanca de comando dos faróis pela entrada B3. Depois do acionamento do
conjunto de alavancas para o segundo estágio (baixo), a corrente elétrica circulará pelo fusível de proteção
F112 de 10A (farol dianteiro direito) e F114 de 10A (farol dianteiro esquerdo) e, consecutivamente, até
a lâmpada. Quando o terceiro estágio do conjunto de alavancas for acionado (alto), a corrente elétrica
seguira até o fusível F111 de 15A e consecutivamente até a lâmpada.

16.0V sem ar
35.0V com ar
107
Caixa porta fusível

Relé do farol alto

T35

T35
F.09 30A A1

e baixo

85

86
103 F.112 10A
58 F.111 15A
C010

105 F.114 10A

87
30
104
57
15

50
52

51
49
1.0Z
0.5E

0.5E

6.0B
0.5P
2.5CV

2.5RB

2.5CP
1.0ZG

1.5C
Massa
1 2

G003

DIR
Farol dianteiro dir.

AA
1 2

POS
I002

0.5P
MASSA
1.0P
1 2 3

1.0Z

AB
BAIXA 1.0E Massa
G010
ALTA
AA

U015

LUZ
Conjunto de alavancas de comando

2.5CP
15+ (B3)
GUIERA
D003

15+ (B2)

Posição (B1)
2.5RB
Baixa (B4)
2.5CV
Alta (B5)
xx

Vão motor - X003AA


30

Painel - Y003PA
15/54

xxx
Comutador de ignição

xxx
xxx
50

AA
D002

POS INT/A

2.5GV 2.5GV
35
35
1 2 3 4
INT

xxx
xxx
Vão motor - X003AA
LUZ

xxx
PB

Painel - Y003PA
U019

0.75MP 0.75MP
5
5

0.75MP
AA

ALTA 1.0E
3 2 1

1.0Z
Quadro de instrumentos

BAIXA
Farol dianteiro esq.

Luz sinal farol alto 11

1.0P
Paulo Cordeiro (2015)

MASSA
AB
Massa
G010
I001

2 1

POS
E003
2 1

DIR

Figura 38 - Circuito dos faróis


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
71

4.3.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Na realização do diagnóstico e manutenção do sistema de faróis, como habitualmente, deve-se utilizar


um multímetro e algumas ferramentas de uso comum. Entre elas, deve-se salientar chave de fenda, chave
Philips e soquetes e chaves combinadas bem como chaves tipo Torx para remoção de molduras.

4.3.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Nos procedimentos de inspeção do sistema de faróis, os quais incluem a sua desmontagem, é importante
realizar a limpeza no momento da desmontagem, em função do acúmulo de poeira e outros tipos de su-
jeiras. Adiciona-se a este momento, a necessidade de inspeção quanto à fixação das lâmpadas, conectores
bem como contatos elétricos, no que se refere à oxidação.

FIQUE Em alguns estados brasileiros não é permitido fazer a troca das lâmpadas halógenas
por lâmpadas de xênon. Verifique a legislação sempre antes de fazer qualquer modi-
ALERTA ficação em seu veículo.

4.3.4 REPARO AJUSTES E TESTES

Ao término da montagem dos componentes verificados, faça o teste acionando o sistema de luzes do
farol. Se possível, ande com o veículo em estrada de piso irregular para descartar possível mau contato.
Deixe o sistema do farol acionado por algum tempo, pois o relé, quando aquece, cola o seu contato.
Em caso de avaria no sistema de luzes do farol, remova o respectivo relé e efetue a ligação entre os
terminais 30 e 87 com o auxílio de um cabo jumper (do inglês, ligação em ponte). Se os faróis acenderem,
verifique os fusíveis de proteção e o interruptor de acionamento dos faróis. Caso não acendam, verifique
o filamento das lâmpadas.
Depois de verificar todo sistema de farol, será preciso realizar alguns procedimentos para ajustá-lo, con-
forme orienta a NBR 14040-5. Se não tiver o regloscópio4 (alinhador de farol), siga os passos na sequência:
a) estacione o veículo em uma superfície plana, com a frente paralela a um painel, a uma distância mí-
nima de 5 metros;
b) verifique se os pneus estão calibrados corretamente;
c) observe se o porta malas não está com carga excessiva que poderá interferir na sua altura e, conse-
quentemente, interferir na regulagem dos faróis;
d) trace uma linha horizontal no painel, que fique na mesma altura do centro do farol ao solo;

4 Equipamento que permite verificar a existência e definição do limite claro-escuro; e a regulagem da inclinação vertical, além do
alinhamento e a medição da intensidade do feixe luminoso dos faróis.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
72

e) meça a distância entre o centro dos faróis e marque no painel. Em seguida, trace duas linhas inclina-
das de 15 graus, em relação a linha horizontal a partir do centro óptico de cada farol;
f) rebaixe o conjunto de linha em 1 cm para cada 1 metro de distância entre o carro e o painel, para
encontrar a referência de regulagem;
g) regule um facho de cada vez (o outro deve permanecer encoberto). Com um farol baixo ligado, gira-
-se o parafuso de ajuste até que o facho coincida com a referência traçada no painel.

Parede
Distância
V1 entre os V2
encontros
dos faróis
H1
H2
15º
15º
25cm

Paulo Cordeiro (2015)


A

Solo
25 cm
Figura 39 - Regulagem dos faróis
Fonte: SENAI Departamento Nacional (2012, p. 130)

Alguns veículos possuem um acionamento automático dos faróis. Isto


CURIOSIDADES acontece por meio de um componente conhecido como LDR (Light Depen-
dent Resistor) que significa Resistor Dependente de Luz.

4.4 ILUMINAÇÃO INTERNA

A iluminação interna, também chamada de luz de cortesia, conforme o nome sugere tem a função de
iluminar o interior do compartimento de passageiros do veículo, de modo que a projeção da iluminação
não ofusque o condutor durante a noite. Para isso, sua potência e capacidade de luminosidade são proje-
tadas de maneira indireta.
Geralmente, a lâmpada da luz de cortesia fica localizada no centro do habitáculo do veículo. Em
alguns modelos, há dois conjuntos de iluminação interna, individualizando a iluminação frontal e traseira
do habitáculo.
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
73

4.4.1 FUNCIONAMENTO

Em sistemas de iluminação convencional, tradicionalmente, utiliza-se lâmpadas incandescentes para


iluminar a parte interna. No entanto, com o avanço da tecnologia de fabricação, a aplicação de LEDs nesse
tipo de circuito tem aumentado a cada dia.
O interruptor da luz de cortesia possui, geralmente, três estágios, sendo “ligado”, “desligado” e “ligado
por meio da porta”. Assim, sempre que a porta do veículo for aberta, a iluminação interna acende. Alguns
modelos ainda acendem luzes nas portas quando estas são abertas, junto das luzes internas, para dar mais
conforto, na entrada e saída de passageiros do veículo.

Posterior - Y007LA
Painel - Y007PA
E003
U043 U044 Quadro de instrumentos

E135 PA
Central WCD 0.5VP 17 17 0.5VP 0.5VP 9 +30 SBWT 1A
LB xxx 18 18 0.5VG 10 +30 SBWT 1A
Status porta dianteira 24 0.35BT
Status porta traseira 7 0.35PT
Luz de teto dianteira 9 0.5CA
I024
Luz porta objeto

PA
0.5CA
0.5VP
0.5P

0.5VG 1+
0.5P
0.5P 2-
LA LA
3 2 1
+ -

Paulo Cordeiro (2015)


G031 PA
Massa posterior 0.5P
lado esquerdo

G021
Massa
I025 Painel lado esquerdo
Iluminação interna central

Figura 40 - Circuito de iluminação interna


Fonte: adaptado de Fiat Automóveis (1997)

Se você deseja conhecer algumas informações interessantes sobre os LEDs, leia a ma-
SAIBA téria publicada em maio de 2004, na revista Quatro Rodas. Confira-a no site:
MAIS <http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/novastecnologias/conteudo_140736.
shtml>.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
74

4.4.2 DIAGNÓSTICOS E MANUTENÇÃO

Quanto aos procedimentos de diagnóstico e manutenção do sistema de luzes de posição, faz-se neces-
sário o uso de algumas ferramentas de uso comum, tais como, chave de fenda, chave Philips, soquetes e
chaves combinadas. Adiciona-se a chave tipo Torx para remoção de molduras bem como a utilização de
um multímetro para os procedimentos.

FIQUE Fique sempre muito atento aos conectores negativos. Qualquer folga poderá causar
mau contato e fará com que o componente não funcione corretamente. Verifique-os
ALERTA sempre antes de iniciar uma reparação.

4.4.3 DESMONTAGEM, LIMPEZA E INSPEÇÃO

Quando for inspecionar o sistema de luzes interna, lembre-se de que o veículo não possui somente luz
de teto e porta-luvas. O porta-malas também faz parte da iluminação interna do veículo e, no momento
da desmontagem, é importante realizar a limpeza de todas as luminárias devido ao acúmulo de poeira
no interior delas. Em seguida, faça uma inspeção quanto à fixação das lâmpadas e conectores. Verifique,
também, se existe oxidação nos contatos elétricos.
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
75

4.4.4 REPARO, AJUSTES E TESTES

Durante a inspeção, se for encontrado algum tipo de problema de contato elétrico, efetue a reparação
e substituição do componente danificado.
Em seguida à montagem dos componentes verificados, faça o teste acionando o sistema de iluminação
interna. Deixe o sistema de iluminação funcionando por algum tempo para descartar um funcionamento
irregular após aquecimento do sistema.
Em caso de avaria no sistema de iluminação interna, verifique um possível mau contato nos conectores
elétricos e pontos de massa dos interruptores.

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você estudou o sistema de iluminação e viu sua importância para o condutor
do veículo, principalmente quando este trafega à noite. Você aprendeu, também, que o farol de
neblina tem como função iluminar a via em um curto trajeto, a luz de posição serve para melhorar a
percepção do veículo na via e os faróis são itens de segurança constituídos de dois globos ópticos.
Você conheceu, ainda, o sistema de iluminação interna do veículo, luz de cortesia, e os procedi-
mentos relacionados à diagnose e manutenção do sistema elétrico de iluminação.
A seguir, você estudará mais detalhadamente as ferramentas de diagnóstico de anomalias nos
sistemas de sinalização e iluminação dos veículos.
Siga em frente!
Ferramentas de Diagnóstico

5
Você sabe o que são ferramentas de diagnóstico e para que elas servem? Pense um pouco:
imagine que o seu veículo, ou da sua família, apresentou um problema e ele foi levado para
uma oficina mecânica, onde um reparador automotivo, ouve o relato sobre o problema apre-
sentado e, prontamente, fornece o diagnóstico, o orçamento e a data de entrega, sem fazer
qualquer teste ou verificação com algum equipamento ou ferramenta. Você confiaria nesse
diagnóstico? Deixaria seu veículo ali para ser reparado?
As ferramentas de diagnóstico servem para auxiliar o profissional reparador em toda e qual-
quer situação que possa ocorrer em uma oficina, como para diagnosticar o problema do seu
veículo, por exemplo. Por isso, é importante destacar que elas servem de apoio no processo.
A principal função dessas ferramentas é identificar e levantar informações a respeito de um
determinado inconveniente. Uma ferramenta prática de coleta de informações pode ser utili-
zada por diversos setores de uma empresa, principalmente, no ramo de reparação automotiva.
Devido, ainda, a sua importância, ferramentas de diagnóstico estão envolvidas em interpre-
tação de inconvenientes, anomalias e análise de resultados; servem de base para a atualização
das ferramentas de registro de informações e para planejamentos; interferem, também, na
organização do local de trabalho. Para usá-las é importante estar atento aos catálogos e
manuais e à cobertura de garantias.
Ao final dos estudos deste capítulo, você terá subsídios para:
a) identificar, no planejamento, de acordo com a ordem de serviço, o tipo de manutenção a
ser realizada nos sistemas;
b) definir, no planejamento, as etapas da manutenção a ser executada nos sistemas;
c) selecionar ferramentas, instrumentos e equipamentos em função do diagnóstico e da
manutenção a serem realizados nos sistemas, de acordo com o manual de reparação;
d) escolher e aplicar, nos sistemas, as normas e os métodos de diagnóstico conforme o
manual de reparação;
e) analisar se os resultados obtidos durante os testes de diagnóstico nos sistemas estão de
acordo com os parâmetros estabelecidos pelo fabricante;
f) registrar as informações do diagnóstico em formulários específicos, observando as normas
técnicas pertinentes, considerando a causa do problema, a relação de peças e os serviços
a serem executados nos sistemas;
g) interpretar procedimentos e normas técnicas, ambientais, de saúde e de segurança.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
78

5.1 INTERPRETAÇÃO DE INCONVENIENTES

A interpretação de inconvenientes deve ser levada muito a sério por parte dos profissionais da área
de reparação automotiva, principalmente, os que trabalham com eletricidade, pelo fato de que, os
equipamentos elétricos nem sempre demonstram falhas antes de apresentarem um problema. Mas,
de nada adianta interpretar inconvenientes se o técnico não se utilizar de argumentos que possam
comprovar sua competência no setor automotivo, seja mostrando ao cliente como utilizar o veículo com
mais segurança, destacando a importância da manutenção preventiva descrita no manual do fabricante e,
ou, orientando-o sobre luzes de indicação presentes no painel do veículo.
Segundo Guimarães (2007, p. 227), “podemos classificar as falhas em duas categorias, sendo as
possíveis de serem identificadas pelo motorista e as identificadas somente com o auxílio de ferramentas
especiais”. Na identificação de inconvenientes, esta metodologia funciona da mesma forma, desde a
entrada do cliente na oficina, a forma como ele é abordado para identificar determinadas falhas que
acontecem com o veículo e até mesmo oferecer produtos de qualidade. Essas atitudes somadas ao
processo de manutenção, revisão e outros serviços agregados, geram maior qualidade ao resultado final
do serviço prestado.

Mesmo com tecnologias avançadas empregadas nos sistemas embarcados, e até


mesmo nos equipamentos de diagnósticos, alguns instrumentos e equipamentos
CURIOSIDADES de funcionamento simples ainda se fazem úteis, como o multímetro e as pontas
de provas.

5.2 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO E ANOMALIAS

O diagnóstico de anomalia é fundamental, por isso, é importante que você entenda bem o que é
anomalia: ela está associada à falhas e defeitos em algum componente do sistema, que prejudicam seu
funcionamento. Segundo Maran (2013), a falha está relacionada ao aspecto externo do componente, e o
defeito, está relacionado ao aspecto interno. Geralmente, a falha pode ser intermitente5, ou seja, ora vem,
ora vai. Pode, também, se comportar de forma aleatória ou seguir um padrão, como só ocorrer quando o
carro esquenta ou esfria.
O defeito pode ser a queima de algum componente que possa imobilizar ou comprometer o funciona-
mento do veículo até a troca do componente; portanto, é fundamental para o técnico saber se a anomalia
é uma falha intermitente ou um defeito.

5 Não contínuo. Que para por intervalos. Diz-se do pulso cujas pulsações deixam entre si intervalos desiguais.
Fonte: adaptado de Michaelis (2015).
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
79

CASOS E RELATOS

Sérgio é proprietário de uma oficina mecânica e trabalha há muitos anos no ramo de reparação
automotiva.
Certo dia, um cliente chegou à oficina relatando que seu veículo estava com uma anomalia
intermitente: às vezes, a lâmpada do teto acendia e em outras vezes, não. Então, Sérgio começou
a realizar alguns testes com o multímetro: verificou se o defeito estava nos interruptores de porta,
checou o botão de acionamento da lâmpada, mas não encontrava nada de irregular nos testes.
Até que, em dado momento, percebeu que a anomalia voltou; então, Sérgio repetiu os testes e
identificou que a anomalia estava nos condutores elétricos.
Para realizar a reparação, Sérgio removeu os condutores e percebeu que um deles estava
danificado e sem isolamento, causando um curto com a carroceria do veículo. Ele isolou o con-
dutor e o passou por lugares onde não iria mais sofrer atrito com a carroceria, conseguindo assim
solucionar a anomalia.
Graças aos seus conhecimentos técnicos, Sérgio cativou o cliente que, além de ter-se tornado fiel,
passou a recomendar a oficina para seus amigos.

5.2.1 FERRAMENTAS

Durante os processos de manutenção, instalação, montagem, desmontagem e execução das instalações


elétricas, o ferramental empregado é de extrema importância para que o reparador possa ser assertivo em
sua função.
Instrumentos e ferramentas adequadas ao serviço que será realizado facilitam o trabalho, fornecendo
as devidas condições técnicas e de segurança ao profissional.

TIPOS DE FERRAMENTAS

Para realizar a desmontagem, reparação e montagem dos componentes no automóvel, são necessários
muitos tipos de ferramentas. Com ferramentas adequadas ao serviço, ganha-se tempo, executa-se a tarefa
dentro do melhor padrão e despende-se menos energia. A utilização e aplicação da ferramenta correta é
regulamentada pela norma ABNT NBR ISO 6787:2015, que “especifica as dimensões da chave ajustável e
a folga admissível da mandíbula ajustável. Ela também especifica as condições de ensaio para verificar a
adequação do desempenho da ferramenta.”
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
80

Na sequência você conhecerá as principais ferramentas empregadas em trabalhos de eletricidade, seu


uso correto e em quais componentes são mais empregadas.
a) Alicates: servem para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar determinadas peças nas
montagens. Os principais tipos de alicates são o Universal, de Compressão, de Bico, Manual e o
Desencapador de Fios.
Conheça-os em detalhes a seguir.

Alicate universal Alicate de compressão Alicate de bico

• Serve para efetuar • Trabalha por pressão e dá • Utilizado para abrir ou


operações um aperto firme às peças. fechar travas de rolamentos e
como segurar, cortar e • Sua pressão é regulada por eixos.
dobrar. intermédio de um parafuso
existente na extremidade.

iStock ([20--?]), Evelin Lediani Bao (2015), Paulo Cordeiro (2015)


Alicate manual Desencapador de os

• Serve para instalar terminais • Pode ser bastante simples


e emendas não isolados. como o do tipo que se
• Possui matriz fixa para assemelha a um alicate.
compressão, cortadora e • Regula-se a abertura das
desencapadora de fios e lâminas de acordo com o
cabos. diâmetro do condutor a ser
desencapado.

Figura 41 - Tipos de alicates


Fonte: do Autor (2015)

b) Chaves de Aperto: caracterizam-se por seus tipos e formas, apresentando-se em tamanhos diversos
e tendo o cabo (ou braço) proporcional à boca. Classificam-se em Chave de Boca Fixa Simples, Chave
Combinada (de boca e de estrias) e Chave de Boca Fixa de Encaixe. Consulte o quadro abaixo.
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
81

Chave de boca xa Chave de estrela xa


Chave combinada
simples de encaixe

iStock ([20--?]), Paulo Cordeiro (2015)


• Conhecida também como • Neste modelo combina-se • É encontrada em vários
chave de encaixe. os dois tipos básicos tipos e estilos.
• Utiliza o princípio da existentes: de boca e de • Se ajusta ao redor da porca
alavanca para apertar ou estrias. ou parafuso, dando maior
desapertar parafusos e • A de estrias é mais usada firmeza, proporcionando um
porcas. para “quebrar” o aperto e a aperto mais regular, maior
de boca para extrair por segurança ao operador;
completo a porca ou geralmente utilizada em
parafuso. locais de difícil acesso.

Figura 42 - Tipos de chaves de aperto


Fonte: do Autor (2015)

c) Chaves diversas: existem outros tipos de chaves como Allen, de Parafuso de Fenda e Phillips,
conforme a seguir.

Chave de parafuso
Chave Allen Chave Phillips
de fenda

• Conhecida também como • É uma ferramenta de aperto • Usada para apertar ou


Chave para Encaixe Hexagonal constituída de uma haste desapertar parafusos de fenda
• É utilizada em parafusos cilíndrica de aço carbono, com cruzada, pois tem cunha em
cujas cabeças têm um uma de suas extremidades forma de cruz, chamada Chave
sextavado interno. forjada em forma de cunha e a Phillips.
iStock ([20--?]), Paulo Cordeiro (2015)

• É encontrada em jogos de outra em forma de espiga


seis ou sete chaves. prismática ou cilíndrica
estriada, onde acopla-se um
cabo de madeira ou plástico.
• É empregada para apertar e
desapertar parafusos cujas
cabeças tenham fendas ou
ranhuras que permitam a
entrada da cunha.

Figura 43 - Chaves diversas


Fonte: do Autor (2015)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
82

LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

Depois de utilizar as ferramentas, faça uma limpeza, pelo menos mensal, para remover a oleosidade e
umidade que podem comprometer suas durabilidades. Além disso, faça uma lubrificação nas articulações
das ferramentas para garantir seu perfeito funcionamento.

5.3 ANÁLISE DE RESULTADOS

Posteriormente à análise dos resultados do diagnóstico, do serviço de mão de obra, das substituições e
reposições de peças, deve-se, por meio documental, repassar para o cliente a condição de funcionamento
do veículo e de um orçamento, visto que o cliente espera obter preço justo e serviço satisfatório.
A qualidade do serviço e das peças descritas no orçamento influenciam, significativamente, no resultado
final do serviço, interferindo na durabilidade da peça substituída e na segurança do cliente que confiou o
serviço àquele profissional.
Os resultados dos testes realizados com instrumentos de medição devem ser preservados para verificação
e comparação dos números, mostrando ao cliente a razão pela qual seu veículo apresentou tal problema.

tyler olson ([20--?])

Figura 44 - Análise de resultado


Fonte: Thinkstock (2015)

Os testes realizados devem mostrar qual componente do sistema de sinalização e iluminação apresentou
problema, sendo substituído apenas o componente danificado. É importante identificar para o cliente que só
haverá substituição da peça defeituosa.
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
83

5.4 FERRAMENTAS DE REGISTRO DE INFORMAÇÕES

As ferramentas de registro de informações são aquelas que, de alguma maneira, deixam registrado na
empresa as informações do cliente, do veículo, do estado geral desse veículo, dos problemas apresentados,
dos testes realizados para sanar esses problemas, as peças que tiveram que ser substituídas, a quantidade de
peças e o valor das mesmas e da mão de obra realizada no serviço.
Para realizar esse registro pode ser utilizado um computador com um programa específico, no qual
todos os itens citados são armazenados, criando um banco de informações e dados, chamado de histórico
do cliente.
O registro de informações inicia com a entrada do cliente na concessionária e ou oficina, quando seu
cadastro deve ser efetuado, e, na sequência, cadastrados os dados do veículo. A elaboração e execução de
orçamentos que necessitam registrar as peças e serviços pode ser realizada em planilha de gerenciamento
via softwares, em formato de checklist, tabela ou gráfico.
O ideal é que essa verificação, geralmente, chamada de checklist, seja registrada em um documento,
contendo o nome do cliente, endereço, telefone, o modelo do carro, a placa e todas as informações
pertinentes ao veículo e ao serviço. Conforme o exemplo a seguir.

Inspeção do veículo: Data:___/___/______


Empresa:
Proprietário:
Veículo: Placa: Km:
SITUAÇÃO
ITENS INSPECIONADOS: OBSERVAÇÃO:
BOM RUIM
Indicador de bateria
Indicador de pressão do óleo
Indicador de temperatura
Indicador nível de combustível
Velocímetro
Indicador de nível de fluído de freio e estacionamento
Cabos elétricos
Fusíveis
Interruptores
Relés auxiliares
Central de fusíveis e relés
Luzes de direção
Luz de freio
Luzes de marcha à ré
Luzes de emergência
Buzina
Luz de neblina
Luzes de Posição
Lâmpadas dos faróis
Iluminação interna
Quadro 6 - Exemplo de checklist de iluminação
Fonte: do Autor (2015)
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
84

Conheça, a seguir, o planejamento, fundamental para o bom andamento do diagnóstico.

5.5 PLANEJAMENTO

Você sabe por que se faz um planejamento da gestão dos serviços de manutenção? Como toda
máquina em trabalho sofre um desgaste, seja ele por ação do tempo ou trabalho excessivo, estará propício
à quebra. No entanto, antes que ocorra a quebra é necessário realizar uma manutenção e, havendo um
planejamento para esta manutenção, geralmente, se evita o problema de quebra inesperada. Todos os
componentes de uma máquina, como os automóveis, têm uma previsão de troca ou de uma revisão no
decorrer de sua vida útil, com a execução das etapas descritas, a seguir, pode-se diminuir gastos e fazer as
manutenções de forma preventiva, diminuindo a probabilidade de que seja corretiva.
O planejamento tem como principal função prever os momentos corretos das manutenções, para que
estas sejam feitas de acordo com um cronograma previsto pelo fabricante de cada automóvel, conforme
classificação, peso e potência do veículo em questão. Estes serviços de manutenção são previstos em
função de quilometragem e tempo, uma vez que estas manutenções são executadas em períodos corre-
tos, a vida útil dos componentes será conforme o prescrito pelo fabricante. Mas, não só o prolongamento
da vida útil, também focando nas manutenções preventivas para que os veículos não parem somente em
manutenções corretivas, e pensando sempre na preservação ambiental, visto que um automóvel revisado
emite menos poluentes na atmosfera.
A meta da gestão de manutenção é planejar o momento da manutenção para que ela seja preventiva e
não corretiva, faz com que o veículo vá para o centro de reparos em períodos planejados, para otimizar o
tempo parado e visando a segurança e confiabilidade a quem está guiando o veículo.
A estratégia de implementação do planejamento deve ser estabelecida utilizando os manuais de
instruções dos veículos com todos os planos de manutenção dos componentes e fluidos contidos no
veículo, onde o proprietário e técnico tenham acesso para uma correta manutenção e não surja dúvidas na
hora de elaborar um cronograma para executar a manutenção.
Os cronogramas de atividades vêm descritos nos manuais dos veículos com os planos de manutenção,
estas manutenções são previstas conforme os fabricantes dos componentes e lubrificantes. Para cada tipo
de veículo haverá um cronograma diferente, dependendo do tipo de combustível e utilização do veículo,
como sendo um utilitário ou um veículo de passeio.

SAIBA Se você quiser saber mais sobre planejamento acesse o site: <http://www.sebrae.com.
MAIS br/sites/PortalSebrae/tipoconteudo/planejamento?codTema=3>.

Outro exemplo de planejamento é o plano de manutenção programada, que você conhecerá mais
adiante neste capítulo.
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
85

5.6 ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO

A organização do local de trabalho começa nos primeiros momentos do dia, antes de abrir a oficina, que
é quando os funcionários devem verificar se ela está limpa e organizada, para evitar que esse serviço seja
feito quando o cliente estiver entrando na oficina. Este processo deve ser realizado para facilitar a evolução
do trabalho durante a execução do serviço.
Depois de a oficina estar limpa, organizada e bem sinalizada, os funcionários devem organizar os
carrinhos de ferramentas, a serem usados nos serviços. Devem estar equipados com todas as ferramentas
de uso comum, como chaves de fenda, chaves Philips, chaves torques, chaves de boca, chaves combinadas,
martelos, marretas, cabos de força, chave Allen, dos mais variados tipos e tamanhos.
Os elevadores devem estar organizados de maneira a facilitar o serviço na oficina, prezando a agilidade
na hora de colocar e retirar um veículo do mesmo, e é claro, eles devem ter a capacidade para atender os
veículos que serão trabalhados. Por fim, vale ressaltar que, antes de iniciar as atividades e os funcionários
estarem com seu ambiente de trabalho limpo e organizado, o responsável pela linha de produção e
qualidade do trabalho deve distribuir os serviços indicando o box e a atividade que cada profissional realizará.

5.7 CATÁLOGO, MANUAIS E NORMAS

A interpretação de normas técnicas é de grande importância em qualquer tipo de oficina mecânica,


visando padronizar a qualidade do serviço de mão de obra realizado por profissionais da reparação
automotiva. Essas normas foram criadas para auxiliar e resolver problemas na reparação de veículos
automotores de uso rodoviário ou não.
Houve a necessidade de criarem um órgão para regulamentar e padronizar a mão de obra e serviços
no Brasil. Criaram, então, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em 1940, responsável por
distribuir padrões de serviços de qualidade para todos os setores da indústria, visando a otimização do
trabalho e da mão de obra, servindo como referência para todos os ramos da economia.

SAIBA Acesse o site da ABNT (http://www.abnt.org.br/) e descubra a abrangência dessa


MAIS entidade tão presente na manutenção automotiva e também em outras áreas.

A finalidade de um catálogo é justamente orientar o usuário e o cliente na compra do produto, nos


mecanismos de solicitação dos serviços necessários, iniciando desta forma um processo de demanda. Em
cada descrição de serviço, podem-se definir os papéis, direitos, deveres e comportamentos esperados para
a etapa de execução.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
86

koo_mikko ([20--?])
Figura 45 - Exemplos de catálogos
Fonte: Thinkstock (2015)

Trabalhar em uma oficina mecânica não é diferente de trabalhar em outras áreas que trabalham
diretamente com diversos tipos de catálogos. Na área automotiva você encontrará catálogos e manuais
relacionados a iluminação, freios, entre outros. Os profissionais necessitam do auxílio de um catálogo
para fazer o pedido de peças ou componentes, por exemplo, uma vez que cada peça possui um código e
é referenciada ao ano e modelo do veículo. Os catálogos, manuais e normas foram criados com o intuito
de facilitar e padronizar comercialmente peças e serviços, auxiliando qualquer pedido e esclarecendo
informações a profissionais e leigos no assunto.
As informações contidas nos catálogos e manuais não se restringem apenas a peças, mas também
a ferramentas e equipamentos. Além do catálogo, o manual também deve ser utilizado pelo técnico e
proprietário do veículo, pois os auxilia a identificar problemas no veículo, a partir das indicações no painel.
Para compreender as informações técnicas contidas nessas literaturas é preciso estudar a simbologia da
reparação automotiva, utilizada para compor a literatura técnica.

5.7.1 NORMAS TÉCNICAS RELACIONADAS AO SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) usando da competência que lhe confere o inciso I do
art. 12 da Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e
conforme o Decreto nº 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional
de Trânsito, considera que a normalização dos sistemas de iluminação e sinalização é de vital importância
na manutenção da segurança do trânsito nacional.
Segundo o Art.1º da Resolução 227 do CONTRAN, os automóveis, camionetas, utilitários, caminho-
netes, caminhões, caminhão trator, ônibus, micro-ônibus, reboques e semirreboques novos saídos de
fábrica, nacionais e importados a partir de 01 de janeiro de 2009, deverão estar equipados com sistema
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
87

de iluminação veicular, de acordo com as exigências estabelecidas por esta Resolução e seus Anexos.
(Resolução nº 227, de 09 de fevereiro de 2007).
Confira no quadro a seguir as principais normas técnicas relacionadas ao sistema de sinalização e iluminação.

NORMAS OBJETIVOS
NBR14482 03/00 Veículo rodoviário do ciclo Otto - Substituição de bateria de partida.
NBR 6071 TB11-VIIIA 07/80 Veículo rodoviário automotores - Sistema elétrico eletrônico, iluminação e alternador.
NBR 6073 TB11-VIIIC 07/80 Veículo rodoviário automotores - Sistema elétrico eletrônico, iluminação Regulador tensão elétrico.
NBR 6077 TB11-VIIIG 09/80 Veículo rodoviário automotores - Sistema elétrico eletrônico, iluminação motor de partida.
NBR 6078 TB11-VIIIH 10/80 Veículo rodoviário automotores - Sistema elétrico eletrônico, iluminação e Bateria.
NBR 6883 PB780 10/81 Veículos automotores - Geometria do engrenamento de motores de partida.
NBR IEC 60809:1997 Lâmpadas de filamento para veículos automotivos - Requisitos dimensionais, elétricos e luminosos.

Tabela 1 - Normas de sistema de sinalização e iluminação


Fonte: do Autor (2015)

Você sabe quantas normas técnicas aparecem ao buscar a palavra “automotiva”


CURIOSIDADES no catálogo da ABNT? Faça o teste e descubra!.
Acesse: <http://www.abntcatalogo.com.br/>.

No próximo item você conhecerá a cobertura de garantias dos veículos.

5.8 COBERTURA DE GARANTIAS

Ao adquirir um veículo, o novo proprietário recebe, junto com o veículo, um manual, denominado
“Manual de Garantia”, que é parte integrante do kit de bordo do veículo. Esse manual contém os dados de
identificação do veículo, e deveria conter também os dados do proprietário. Ele também contém esclare-
cimentos sobre a garantia e uso do produto, revisões, manutenções programadas, local para registros de
manutenções realizadas e outras informações pertinentes ao produto adquirido.
Para realizar a cobertura de garantia dos veículos, as montadoras os comercializam em condições normais
de uso e funcionamento, oferecem garantia contra falhas de materiais, defeitos de fabricação, de montagem
de peças e (ou) de pintura. O prazo de garantia varia de acordo com o modelo, sendo definido no manual de
garantia do veículo, e é contado a partir da data de emissão da nota fiscal de venda do veículo ao primeiro
proprietário, sendo os primeiros 90 (noventa) dias referentes à garantia legal prevista no Código de Defesa do
Consumidor e o período remanescente referente à garantia contratual. Para o proprietário fazer uso dessas
garantias, deverá obrigatoriamente efetuar todas as revisões e manutenções programadas na concessionária
autorizada pela montadora do veículo.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
88

FIQUE Guarde as notas fiscais dos componentes trocados. Em caso de defeito, tendo a nota
fiscal comprovando a compra e a data em que ela ocorreu, será mais fácil conseguir
ALERTA trocar o componente danificado.

O assunto “garantia” é muito delicado, principalmente, quando se fala na aquisição de um veículo,


ou quando é necessário refazer um serviço já executado. Pode ocorrer de um veículo que sofreu uma
manutenção e ainda está em tempo de garantia apresentar algum inconveniente. É nesse momento
que o técnico tem que saber como lidar com a situação e resolver o problema de uma forma rápida e
com excelência. Para isso, é preciso ter conhecimento das normas de garantia, saber quando e onde
se aplicam e como agir para que veículo do cliente fique menos tempo possível na concessionária ou
oficina. Uma forma de manter a garantia do veículo é realizando o Recall, que é a forma pela qual um
fornecedor vem a público informar que seu produto ou serviço apresenta riscos aos consumidores,
quando isso se fizer necessário.
De acordo com a Lei no. 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor – CDC), o fornecedor não pode
colocar no mercado de consumo, produto ou serviço que apresente alto grau de risco à saúde ou
segurança das pessoas. Caso o fornecedor venha a ter conhecimento da existência de defeito após a
inserção desses produtos ou serviços no mercado, é sua obrigação comunicar o fato imediatamente às
autoridades e aos consumidores.
O fornecedor deve garantir que a expectativa do consumidor em relação à adequação e, principalmente,
à segurança dos produtos ou serviços seja efetivamente correspondida. A regra, portanto, é de que os
produtos ou serviços colocados no mercado de consumo não podem acarretar riscos à saúde e segurança
dos consumidores, exceto aqueles considerados normais e previsíveis em razão da sua natureza e uso
(objetos cortantes, combustível, medicamentos, etc.).

5.8.1 TIPOS DE GARANTIA

Segundo o Artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90), todo o serviço executado ou
peça vendida possui uma cobertura de garantia; sendo que, os termos de garantia devem ser explicados ao
cliente posteriormente ao término da manutenção do veículo. Por isso, sempre que houver um pedido de
garantia é preciso analisar o pedido, para saber se a reclamação se enquadra, ou se trata de uso inadequado
do veículo por parte do cliente.
Existem dois tipos de garantia, a dos serviços executados e dos componentes colocados no veículo,
ambas previstas em lei: a legal e a contratual.
Os artigos 26 e 27 do código de defesa do consumidor, dispõe o seguinte:
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
89

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou
do término da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor
de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmiti-
da de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.”
(BRASIL, 1990).
O artigo 18 do mesmo código define o prazo de até 30 (trinta) dias para que o fornecedor, no caso a
oficina mecânica, solucione o problema. Se não consiguir sanar o problema dentro do prazo, o cliente
poderá escolher uma das alternativas: obter crédito no valor do serviço ou bem adquirido, trocar por outro
serviço ou bem, ou receber o dinheiro pago de volta.

GARANTIA CONTRATUAL

A garantia contratual completa a garantia legal e é dada pelo próprio fornecedor. Chama-se termo de
garantia, conforme o Artigo 50 do Código de Defesa do Consumidor, e deve explicar o que está garantido,
qual o prazo e lugar que deve ser exigido. Deve, também, ser acompanhado de um manual de instruções
ilustrado, em língua portuguesa, e de fácil entendimento.
Habitualmente, os fabricantes oferecem garantia quanto a eventuais problemas de fabricação dos
veículos, ao passo em que as empresas de reparação automotiva asseguram ao cliente a realização do
serviço, de acordo com os procedimentos técnicos adequados para cada situação. A responsabilidade pe-
las condições de uso adequadas do produto é do consumidor, eximindo as empresas de reparação e os
fabricantes de prestar atendimento em garantia.
Os softwares de controle utilizados para estabelecer comunicação entre as concessionárias reparadoras
e as fábricas de peças de reposição facilitam a comunicação, dando maior agilidade aos atendimentos de
casos em garantia.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
90

5.8.2 PROCEDIMENTOS E NORMAS DE GARANTIA

Existem procedimentos e normas que orientam o preenchimento do manual de garantia que acom-
panha o veículo, a realização de serviços em garantia pela rede de concessionárias, abrangendo atendi-
mento, execução dos serviços, transmissão das informações e ressarcimento. Assim como, determinam os
procedimentos para o correto envio das peças trocadas em garantia, bem como os documentos exigidos.
É missão das empresas fornecedoras de produtos e serviços promover a educação, a conscientização, a
defesa dos direitos do consumidor e a ética nas relações de consumo, com total independência, conforme
a Constituição Federal de 1988 e o Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990).

TEMPÁRIO

Em concessionárias e oficinas, em escala mundial, é comum o uso de uma tabela que lista cada um dos
tempos de reparo (TPMO), as peças causadoras, os inconvenientes associados (anomalias) e os códigos de
posição, quando necessário, de cada modelo. Essa tabela é chamada de Tempário.
O Tempário é utilizado para identificação dos inconvenientes diagnosticados em garantia (código local)
e para o reembolso em garantia das operações de mão de obra. (FIAT AUTOMÓVEIS, 2015).

5.8.3 PLANO DE MANUTENÇÃO

O plano de manutenção programada contempla todas as revisões e verificações preventivas do veículo


e constitui fator indispensável para continuidade e validade da garantia do mesmo.
Esse plano contempla a revisão inicial de mecânica, elétrica ou eletrônica, conforme critérios estabele-
cidos no manual de uso e manutenção do veículo, sobre a qual vale destacar:
a) por questões de comodidade a montadora estabelece uma tolerância quanto a realização da revisão
de 1.000 km para mais ou para menos, sem que esse limite seja ultrapassado;
b) realização obrigatória e nos prazos previstos para conservação da garantia contratual do veículo;
c) mão de obra gratuita para o cliente, desde que realizada no intervalo previsto;
5 FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO
91

d) todos os gastos e despesas com materiais e peças são de responsabilidade do proprietário;


e) caso seja diagnosticado algum inconveniente no momento da revisão, deve-se determinar a
responsabilidade da reparação conforme normas de garantia. As reparações, quando a cargo do
cliente, deverão ser autorizadas pelo mesmo antes de sua execução. (FIAT AUTOMÓVEIS, 2015).
Com o plano efetivo de manutenção preventiva do veículo o condutor do veículo estará garantido de
que seu veículo está adequadamente reparado, lubrificado, ajustado e mantido de forma a evitar desgaste
anormal, e a detectar defeitos antes que estes possam resultar em acidentes.

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você estudou assuntos importantes que o ajudarão na gestão e organização de
uma empresa de reparação automotiva, como ferramentas de diagnóstico que poderão auxiliar o
profissional reparador em toda e qualquer situação que possa ocorrer na oficina. A interpretação
de inconvenientes é algo que deve ser levado muito à sério por parte dos profissionais da área de
reparação automotiva.
Você leu também que as ferramentas de registro de informações são essenciais, pois deixam
arquivados na empresa as informações do cliente e do veículo, o que, posteriormente, auxiliará a
conhecer o histórico do cliente, assim como no momento da solicitação de garantias. Você apren-
deu, ainda, que o planejamento é importante para evitar a ocorrência de eventuais contratempos,
assim, como faz parte dele a organização do local de trabalho, que deve ocorrer nos primeiros
momentos do dia.
Esse capítulo também tratou sobre a utilização de catálogos, manuais e normas que visam orientar
o usuário que irá utilizar o serviço, assim como os profissionais da área automotiva, sobre padrões
a serem adotados durante reparações e procedimentos de modo geral. No próximo capítulo,
você estudará como o trabalho nas oficinas mecânicas ou concessionárias pode influenciar e ser
afetado pelo meio ambiente e pela saúde e segurança do e no trabalho.
Meio Ambiente, Saúde e
Segurança no trabalho

Oficinas mecânicas, assim como outras empresas, geram alguns poluentes, como você deve
imaginar. Você sabe o que é feito com eles? Que destino tem, por exemplo, o óleo do motor
do seu veículo quando você faz a troca? Este é um dos temas de estudo deste capítulo, no qual
você estudará sobre meio ambiente, saúde e segurança no trabalho.
Um ambiente de trabalho deve oferecer aos trabalhadores um espaço que lhes garanta segu-
rança e equipamentos adequados, para a realização de suas tarefas, como EPIs (Equipamento de
Proteção Individual), EPCs (Equipamento de Proteção Coletiva) e PPRA (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais).
Ao finalizar seus estudos neste capítulo, você estará apto a:
a) descartar, em conformidade com as normas ambientais vigentes, os resíduos gerados pela
montagem, desmontagem, limpeza, reparação, instalação, substituição e teste de compo-
nentes e acessórios dos sistemas, considerando as esferas municipal, estadual e federal;
b) selecionar os EPIs em função da manutenção a ser realizada nos sistemas;
c) escolher os produtos recomendados para a limpeza dos sistemas, considerando as orien-
tações preconizadas nos procedimentos e nas normas técnicas
d) interpretar procedimentos e normas ambientais, de saúde e de segurança.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
94

6.1 LEGISLAÇÃO

As leis que regem a destinação de resíduos no meio ambiente no Brasil estão entre as mais completas
e avançadas. Até meados da década de 1990, a legislação cuidava separadamente dos bens ambientais de
forma não relacionada.

No que diz respeito à criação de leis ambientais na história brasileira, afora os registros
coloniais, a literatura toma como marco o período Vargas, quando se instituiu no Brasil,
em 1934, o Código de Florestas, o Código de Águas e o Código de Minas, todos com
objetivos prioritários de administrar o acesso e uso dos recursos naturais, tendo em
vista os processos de urbanização e industrialização da sociedade brasileira. (SILVA;
LIMA, 2013, p. 339 apud CUNHA; COELHO, 2008; MONOSOWSKI, 1989).

A regulamentação da educação ambiental se efetivou com a instituição da Política Nacional do Meio


Ambiente, prevista na Lei n° 6.938 de 31/08/81. Em particular o Artigo 2°, inciso X, destaca a necessidade de
promover a “Educação Ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objeti-
vando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.” (GADOTTI, 2001, p. 188). Portanto,
é fundamental que também as oficinas estejam engajadas na preservação e defesa do meio ambiente,
dando o adequado destino aos resíduos que produzem.
Conheça, a seguir, como se classificam os resíduos sólidos.

6.1.1 CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS

Os resíduos sólidos são classificados de várias maneiras. As mais comuns são quanto aos riscos potenciais
de contaminação do meio ambiente e quanto à natureza ou origem. De acordo com a NBR6 10.004 (ABNT,
2004, p. 3 a 5) os resíduos sólidos podem ser classificados em:
a) Resíduos classe I – Perigosos: são resíduos que apresentam risco a saúde pública, provocando ou
acentuando, de forma significativa um aumento de mortalidade ou incidência de doenças, e/ou riscos
ao meio ambiente, quando o resíduo é manuseado ou destinado de forma inadequada.
b) Resíduos classe II – Não inertes: estes resíduos podem ter propriedades tais como: combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade em água. São aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe l – Perigosos ou de resíduos Classe III – Inertes. Ex. sucatas metálicas, plásticos diversos,
papel, entulhos.
c) Resíduos classe III – Inertes: quaisquer resíduos que quando amostrados de forma representativa
(NBR 10007) e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou desionizada, à
temperatura ambiente, conforme teste de solubilização (NBR 10006), não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetu-
ando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

6 Norma Brasileira.
6 MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
95

6.1.2 TIPOS DE RESÍDUOS

Os resíduos são classificados também quanto à sua natureza ou origem. Segundo este critério, os
diferentes tipos de lixo podem ser agrupados em cinco classes: lixo doméstico ou residencial, comercial,
público, fontes especiais e domiciliar especial. Conheça os que têm impacto direto na área automotiva:
a) lixo comercial: os resíduos originados por estabelecimentos comerciais, cujas características depen-
dem da atividade desenvolvida. Junto com o doméstico, na limpeza urbana, constitui o lixo domiciliar,
que, junto com o lixo público, representam a maior parcela dos resíduos sólidos produzidos nas cidades.
b) pilhas e baterias: fazem parte do tipo domiciliar especial. As pilhas e baterias têm como
princípio básico converter energia química em energia elétrica utilizando um metal como base.
Apresentando-se sob várias formas (cilíndricas, retangulares e botões), podem conter um ou mais
dos seguintes metais: chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li),
zinco (Zn), manganês (Mn) e seus compostos. As substâncias das pilhas que contêm esses metais
possuem características de corrosividade, reatividade e toxicidade e são classificadas como
“Resíduos Perigosos – Classe I”.
c) lixo industrial: são resíduos muito variados gerados pelas indústrias, que apresentam características
diversificadas dependendo do tipo de produto manufaturado. Devem, portanto, ser estudados caso
a caso. Para classifica-los adota-se, também, a NBR 10004.
d) lixo doméstico ou residencial: são resíduos gerados pelas pessoas nas atividades domiciliares diárias
em casas, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais. (Universo Ambiental, [2015?])

CASOS E RELATOS

Consciência gera lucro


Senhor Carlito, proprietário de uma pequena oficina, não realizava a separação de materiais nem
realizava coleta de resíduos produzidos na empresa. Tudo que era produzido ele colocava junto
com o lixo comum.
Certo dia, foi participar de um treinamento sobre sustentabilidade, e lá escutou o testemunho
de Fábio, proprietário de outra oficina, que relatou que sua empresa não era ecologicamente
correta, pois tudo que se produzia era descartado em um único lugar a espera que algum catador
que realizasse a coleta. Mas, que depois de participar de um treinamento como aquele em que
estavam, Fábio começou a separar o lixo produzido da forma correta e, também contou que ao
realizar a coleta seletiva, começou a ganhar dinheiro com o descarte de material. A partir desse
depoimento, durante o treinamento, que Carlito mudou seu pensamento, e viu que ele também
tinha a obrigação de se preocupar com o meio ambiente.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
96

No dia seguinte, quando chegou em sua oficina, chamou todos os funcionários explicou o que
aprendeu e orientou-os a demarcarem um lugar onde o lixo seria deixado, dentro da oficina.
Carlito, também, distribuiu latões com o nome do material que seria depositado, pela oficina,
sendo ferro, plástico, papel, entre outros. Ao término do primeiro mês de coleta, Carlito, viu que
poderia fazer dinheiro com o material recolhido, e utilizá-lo para a confraternização da equipe de
trabalho. Foi assim que Carlito resolveu o problema do lixo da oficina, não só exigindo a coleta,
mas incentivando os funcionários a fazer a separação adequadamente.

Além de proteger o meio ambiente, o trabalhador deve se preocupar com sua própria proteção e saúde.
Por isso, deve usar os EPIs sempre que estiver em serviço. Conheça mais sobre esse assunto a seguir.

O vidro, para se decompor na natureza, leva milhares de anos. Mas, ele pode
ser 100% reaproveitado, ou reciclado indefinidamente. Por cada tonelada de
vidro reciclado, poupa-se em média, mais de uma tonelada de recursos (603
Kg de areia, 196 Kg de carbonato de sódio, 196 Kg de calcário e 68 Kg de fel-
CURIOSIDADES dspato). Além disso, por cada tonelada de vidro novo produzido, são gerados
12,6 Kg de poluição atmosférica, pelo que, o vidro reciclado reduz em 15 a
20% essa poluição. Portanto, não descarte lâmpadas e outros materiais de
vidro, recicle-os! Fonte: Merlone (2012).

6.2 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

É importante que o profissional saiba que os EPIs devem ser utilizados na prevenção de danos ocasio-
nados por acidentes decorrentes das atividades no trabalho.
Para fins de regulamentação, a NR7 06 – Equipamento de proteção individual (EPI) estabelece e
define os tipos de EPIs a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as
condições de trabalho o exigir, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os
artigos 166 e 167 da CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas.
Segundo a NR 06 [1978?], EPI “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. Pode ser de
fabricação nacional ou importado, desde que tenha a indicação do Certificado de Aprovação - CA.
Toda empresa tem a obrigatoriedade de entregar ao seu funcionário, os EPIs em perfeito estado de
conservação e funcionamento, dentro das seguintes circunstâncias:

7 Norma Regulamentadora.
6 MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
97

a) quando não for possível eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos de proteção coletiva;
b) quando for necessário complementar a proteção coletiva;
c) em caso de trabalhos eventuais, emergência ou de exposição de curto período.
O uso do EPI é recomendado pela NR – 4 do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho), que tem como objetivo principal promover a saúde e proteger a integridade
do trabalhador.
De nada adianta ter em mãos a norma que recomenda o uso dos do EPIs e não saber fazer a escolha
correta para cada situação. A escolha do equipamento de proteção individual deve ser realizada por uma
pessoa especialista e conhecedora, não só de segurança, mas também do local onde vai ser realizado o
trabalho. Por isso esta pessoa deve ter conhecimentos e habilidades como:
a) conhecer o tipo de risco;
b) identificar a parte do corpo atingida;
c) conferir a características e qualidades técnicas do EPIs;
d) saber se possui Certificado de Aprovação (CA) do MTE;
e) ver o grau de proteção.
O empregado tem a obrigação de usar o EPI e respeitar algumas normas em relação a utilização do
equipamento de proteção individual, como:
a) utilizar apenas para a atividade a que se destina;
b) ser responsável pelo seu armazenamento e conservação;
c) informar ao empregador qualquer alteração que comprove sua inutilização;
d) cumprir as determinações do empregador na utilização do uso adequado.

Os cuidados durante a reparação devem ter o objetivo de garantir a integridade dos


FIQUE componentes, sem que sejam danificados ou tenham sua vida útil reduzida. Todavia,
ALERTA é mais importante ainda garantir a segurança dos trabalhadores, do profissional que
executa o serviço e dos que estão ao seu redor. Por isso, utilize sempre EPIs.

6.2.1 CLASSIFICAÇÃO DO EPI

Veja, a seguir, como se classifica um EPI, bem como, seleciona alguns tipos de equipamentos que pos-
sam ser utilizados no ambiente de trabalho para oferecer proteção ao trabalhador.
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO
98

Para cabeça Para as vias aéreas Para as mãos

• Cabeça: capacete com aba • Respirador, purificador de ar • Para proteger as mãos


frontal e viseira, que protegem descartável com filtro ou recomenda-se o uso de luvas.
a face da projeção de máscara, para proteção das Algumas dicas:
partículas ou queimaduras. vias respiratórias em lugares • inspecione-as antes do uso;
• Face: escudo, viseira e que apresentam luva descartável não deve ser
óculos. contaminação por via aérea. reutilizada;
• Olhos: óculos de segurança • luvas não descartáveis
de lente transparente ou devem ser lavadas e
escura, para proteger de guardadas longe produtos
impactos ou partículas químicos;
volantes. • deve-se lavar as mãos

iStock ([20--?]), Evelin Lediani Bao (2015), Paulo Cordeiro (2015)


sempre que retirar as luvas;
Para os pés Para os ouvidos • as luvas devem ser
removidas sempre antes de
deixar o local de trabalho.

• Sapatos, botas (estilo botina • Para proteger os ouvidos de


de couro ou de borracha) e excesso de ruídos, o indicado é
perneiras, entre outros, a utilização de protetores
servem como calçados de auditivos do tipo concha ou
proteção contra torção, plug.
impactos e escoriações.

Figura 46 - Equipamentos de proteção individual


Fonte: do Autor (2015)

6.3 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

O equipamento de proteção coletiva é toda medida ou dispositivo, como sinal, imagem, som, instru-
mentos ou equipamentos destinados a proteger a integridade física de uma ou mais pessoas, tanto em um
ambiente de trabalho como em qualquer outro lugar de uso coletivo.
6 MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
99

Uma vez que a oficina se adeque aos EPCs, são fornecidos ao colaborador instruções de uso correto e
consciente sendo, então, responsabilidade desse colaborador seu uso e a preservação desses equipamentos.
Alguns exemplos de EPCs são cones e cordões de isolamento, placas informativas sobre EPIs, torneira lava-
olhos e extintores de incêndio.

SAIBA Se você quiser saber mais sobre EPIs e EPCs e Legislação de modo geral, acesse o site
do Ministério do Trabalho e Emprego: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
MAIS -regulamentadoras-1.htm>.

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você estudou assuntos pertinentes à criação de leis ambientais na história brasileira
e a importância da prevenção de acidentes decorrentes das atividades no trabalho. Você leu sobre
os equipamentos de proteção coletiva, os quais são definidos como toda medida ou dispositivo
destinado a proteção de uma ou mais pessoas. Você aprendeu, ainda, que é fundamental que o
profissional saiba que os EPIs devem ser utilizados sempre que uma tarefa oferecer risco a sua
integridade física.
Além disso, você estudou a classificação dos resíduos sólidos. Desta maneira, você está apto a
identificar os riscos envolvidos com sua atividade laboral, descartar corretamente resíduos e a
selecionar os equipamentos de proteção individual de forma a realizar procedimentos de inspe-
ção, diagnóstico e manutenção nos sistemas automotivos de sinalização e iluminação.
REFERÊNCIAS
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Acesso em: 10 jun. 2015.
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Iluminação. Rio de Janeiro: 1998. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 10 jun. 2015.
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ajustável. Rio de Janeiro: 2015. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 11 jun. 2015.
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CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN. Resolução Nº 227, de 09 de fevereiro de 2007.
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______ . Resolução Nº 680, de 13 de maio de 1987. Estabelece requisitos referentes aos sistemas de
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VOLKSWAGEN DO BRASIL. Polo Classic: sistema elétrico. São Bernardo do Campo: Volkswagen, 1997.
WESTGATE, D. A eletricidade no automóvel: como funciona, como localizar, como consertar. São Paulo
(SP): Hemus, c2004.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
TEÓFILO MANOEL DA SILVA JÚNIOR
Teófilo Manoel da Silva Júnior é tecnólogo em Gestão Ambiental e especialista em Gestão e Edu-
cação Ambiental, pela Universidade Leonardo da Vince. É especialista automotivo no SENAI SC,
Unidade de Palhoça, e tem desenvolvido atividades de docência e coordenação do Curso Técnico
em Manutenção Automotiva, além de atuar em Serviços Técnicos e Tecnológicos. É consultor para
elaboração de livros didáticos para pessoas com deficiência e avaliador líder na Olimpíada do
Conhecimento, etapa Nacional e Estadual.
ÍNDICE

A
Ajustes, 9, 10, 11, 41, 43, 45, 47, 49, 66, 69, 71, 72, 75, 105
Ambiente, 11, 85, 93, 94, 96, 97, 98, 102, 105
Análise, 6, 11, 77, 82, 105
Anomalia, 41, 78, 105

B
Bateria, 5, 10, 19, 21, 22, 26, 40, 42, 48, 49, 58, 59, 105
Buzina, 5, 10, 47, 48, 49, 105

C
Cabos, 9, 28, 30, 31, 41, 42, 50, 54, 66, 71, 80, 85, 105
Carga, 5, 26, 58, 59, 67, 71, 105
Catálogo, 11, 85, 86, 102, 105
Central, 5, 9, 33, 35, 50, 105
Circuito, 5, 6, 9, 20, 22, 23, 24, 28, 29, 30, 32, 40, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 51, 52, 56, 59, 65, 67, 68,
69, 70, 73, 105
Combustível, 5, 10, 49, 54, 55, 56, 84, 88, 105
Conector, 9, 19, 105

D
Descarga, 5, 26, 67, 105
Desmontagem, 9, 10, 11, 41, 43, 45, 47, 48, 66, 69, 71, 74, 79, 93, 105
Diagnóstico, 6, 9, 10, 11, 15, 20, 22, 23, 25, 35, 39, 41, 42, 44, 47, 48, 63, 66, 69, 71, 74, 77, 78, 82,
84, 105
Diagramas, 6, 9, 15, 16, 18, 19, 20, 22, 26, 30, 101, 105

E
Emergência, 5, 9, 35, 40, 41, 42, 43, 97, 105
EPC, 11, 98, 105
EPI, 11, 96, 97, 102, 105
Estacionamento, 10, 49, 56, 105

F
Falhas, 9, 22, 23, 78, 87, 105
Faróis, 5, 10, 41, 43, 64, 66, 67, 69, 70, 71, 72, 102, 105
Ferramentas, 11, 15, 22, 25, 39, 44, 63, 66, 69, 71, 74, 77, 78, 79, 80, 82, 83, 85, 86, 101, 105
Fluído, 10, 56, 106
Freio, 5, 9, 10, 27, 35, 43, 44, 45, 49, 56, 57, 58, 106
Funcionamento, 9, 10, 13, 15, 19, 20, 22, 26, 40, 41, 42, 43, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 53, 55, 56, 58, 64,
67, 69, 73, 75, 78, 82, 87, 96, 106
Fusíveis, 5, 9, 21, 29, 33, 34, 66, 69, 71, 106
Fusível, 5, 6, 9, 21, 22, 28, 29, 30, 31, 34, 40, 41, 42, 48, 64, 67, 69, 70, 102, 106

G
Garantias, 11, 77, 87, 88, 89, 90, 91, 101, 106

I
Iluminação, 5, 6, 10, 11, 13, 15, 18, 25, 27, 39, 46, 63, 64, 67, 69, 72, 73, 74, 75, 82, 83, 87, 101, 102, 106
Inconvenientes, 11, 69, 77, 78, 88, 90, 91, 106
Inspeção, 9, 10, 11, 41, 43, 45, 47, 48, 66, 69, 71, 74, 75, 101, 106
Instrumentos, 5, 9, 10, 15, 22, 24, 25, 26, 39, 49, 50, 51, 53, 54, 58, 63, 77, 79, 82, 98, 106
Interna, 5, 10, 27, 35, 72, 73, 74, 75, 101, 106
Interruptores, 9, 28, 32, 56, 75, 106

L
Lâmpadas, 5, 9, 21, 22, 26, 27, 31, 32, 40, 41, 42, 43, 45, 46, 47, 51, 56, 58, 59, 64, 66, 67, 69, 70, 71,
72, 73, 74, 102, 106
Lanternas, 5, 10, 27, 41, 43, 45, 47, 67, 69, 106
Limpeza, 9, 10, 11, 41, 43, 45, 47, 48, 66, 69, 71, 74, 82, 93, 95, 106

M
Manuais, 11, 16, 22, 25, 77, 84, 85, 86, 106
Manutenção, 9, 10, 11, 15, 16, 23, 39, 41, 42, 43, 44, 47, 48, 53, 54, 56, 58, 59, 63, 66, 69, 71, 74, 77,
78, 79, 84, 86, 88, 90, 91, 93, 103, 106
Meio, 11, 18, 40, 42, 43, 47, 48, 49, 50, 51, 54, 56, 58, 67, 69, 73, 82, 93, 94, 96, 102, 106
Multímetro, 5, 23, 25, 41, 42, 43, 44, 45, 47, 48, 58, 66, 69, 71, 74, 106

N
Neblina, 5, 10, 27, 64, 65, 66, 67, 106
Nível, 10, 49, 54, 55, 56, 58, 106
Normas, 6, 11, 18, 19, 39, 63, 77, 79, 85, 86, 87, 88, 90, 91, 93, 97, 101, 102, 106

O
Óleo, 5, 10, 47, 49, 51, 52, 53, 93, 106
Organização, 11, 77, 85, 106
P
Planejamento, 11, 77, 84, 102, 107
Posição, 5, 10, 19, 21, 34, 35, 40, 45, 53, 54, 55, 58, 59, 64, 67, 68, 69, 74, 90, 107
Pressão, 5, 10, 49, 51, 52, 53, 107

R
Ré, 5, 9, 22, 27, 34, 36, 46, 47, 107
Relés, 5, 9, 21, 22, 31, 32, 33, 34, 35, 40, 41, 42, 43, 47, 64, 66, 69, 71, 107
Resíduos, 11, 93, 94, 95, 101, 102, 107

S
Simbologia, 6, 9, 16, 18, 86, 107
Sinalização, 6, 9, 11, 13, 15, 18, 25, 27, 39, 40, 41, 43, 47, 66, 82, 86, 87, 101, 102, 107

T
Tacômetro, 5, 10, 50, 51, 107
Técnicas, 11, 18, 22, 77, 79, 85, 86, 87, 93, 97, 101, 107, 109
Temperatura, 5, 10, 49, 53, 54, 94, 107
Terminais, 9, 15, 19, 41, 43, 47, 56, 58, 66, 71, 107
Testando, 9, 23, 107

V
Velocímetro, 5, 10, 49, 50, 107
SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo

Waldemir Amaro
Gerente

Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo


Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Mauricio Cappra Pauletti


Diretor Técnico

Cleberson Silva
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Teófilo Manoel da Silva Junior


Elaboração

Allesse Carvalho Rodrigues


Revisão Técnica

Karine Marie Arasaki


Coordenação do Projeto

Magrit Dorotea Döding


Design Educacional

Denise de Mesquita Corrêa


Revisão Ortográfica e Gramatical

Evelin Lediani Bao


Teófilo Manoel da Silva Junior
Fotografias

Paulo Cordeiro
Ilustrações e Tratamento de Imagens
Thinkstock
Freeimages
Banco de imagens

Edison Bonifácio
Edilson de Oliveira Caldas
Agenor Gomes de Almeida Filho
Comitê Técnico de Avaliação

Marina Berretta Mori Ubaldini


Diagramação

Tatiana Daou Sigalin


Revisão e fechamento de arquivo

Denise de Mesquita Corrêa


Normalização

Taciana dos Santos Rocha Zacchi


CRB – 14.1230
Ficha Catalográfica

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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