METODOLOGIA CIENTÍFICA

O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS - PARTE 2

unidade 5

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O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS - PARTE 2

SUMÁRIO

5 - O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS (PARTE II) ...................................................... 03

5.1 - Objetivos do resumo ....................................................................................................................... 04

5.2 - O que é resumo ............................................................................................................................... 04

5.3 - Dicas importantes para a implementação e organização do resumo ...................................... 05

5.4 - Os tipos de resumos ....................................................................................................................... 06

5.4.1 - Resumo indicativo ou descritivo ................................................................................................ 07

5.4.2 - Resumo informativo ou analítico ............................................................................................... 07

5.4.3 - Resumo crítico (resenha) ............................................................................................................. 08

5.4.4 O resumo crítico bem elaborado cumpre os seguintes critérios: ............................................ 09

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................ 09

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 09

2 nead.fbmg.edu.br / nead.tutoria@redebatista.edu.br / 3429-7256 ou 3429-7361

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5. O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS
ACADÊMICOS - PARTE II
As pessoas realmente se tornam completamente
extraordinárias quando elas começam a pensar
que elas conseguem fazer coisas. Quando elas
acreditam em si mesmas, elas adquirem o
primeiro segredo do sucesso. Norman Peal
A aprendizagem e a construção do
conhecimento não dependem e não estão
associados ao pragmatismo imediatista e
utilitarista da sociedade contemporânea.
Aprender e produzir conhecimento
são processos que envolvem uma
intencionalidade pedagógica e educativa,
já que no centro dele deve estar ser
humano. Como todo processo educacional,
a aprendizagem e a possibilidade
de estudarmos para construirmos
conhecimento tem a ver com o ser humano, a
vida, a afetividade e o encontro com o outro.
Por isso, este processo não pode se associar
ao pragmatismo imediatista e utilitarista tão
comum em nossos dias.
À educação cabe a tarefa de media e
ensinar os discentes a aprender e construir
conhecimento. Mas, isto demanda tempo,
maturação, mudança de atitude e o
compromisso irrefutável de professores e
alunos e no ensino superior isso não pode
ser diferente. Neste sentido, a sala de aula
de um curso de graduação é um espaço e
tempo diferenciado, oportuno para quem
deseja aprender a aprender, aprender a
conhecer e a aprender a fazer com eficácia
os trabalhos acadêmico-científicos.
Para tanto, faz-se necessário que a educação
superior assuma o rigor metodológico
como meta de trabalho, e se comprometa,
conforme aponta Demo (2000), com o
desafio da pesquisa como um princípio
científico e educativo. Aprender, de fato,
tem a ver com pesquisa. Pesquisa tem a ver
com aprendizagem. Ambas são mediadas
pela educação e como tal exigem uma nova
atitude e nova postura de professores e
alunos.
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Para melhor entendimento
deste ponto, assista o vídeo:
http://www.youtube.com/
watch?v=Vra4hclt7kw.
A temática da Unidade V é uma continuidade
do tema da abordagem feita na Unidade IV -
“O universitário e os trabalhos acadêmicos”.
Na sessão de estudo anterior, a atenção ficou
voltada para duas importantes atividades e
dois relevantes procedimentos acadêmicos
no ensino superior, que são o seminário e
o fichamento. A continuidade deste tema
de estudo na Unidade V é estratégica e
intencional, pois todos os tipos de trabalho
mantém pertinência um com o outro, visam
a aprendizagem e objetivam a inserção do
aluno no universo da pesquisa, cuja meta é a
produção de conhecimento.
Vale salientar, então, que o aluno precisa
ser um leitor assíduo. A leitura e a realização
de trabalhos acadêmicos são os meios
apropriados para que o aluno amplie a sua
aprendizagem e se insira no universo da
pesquisa. Nesta direção, o aluno como um
“futuro pesquisador” tem de ser um bom
leitor, ou seja, um estudante com hábito
regular de leitura.
A partir dessas considerações, destaca-
se que o foco da Unidade V passa a ser o
Resumo. Por ser um tipo de trabalho muito
usual, o resumo, deve ter sido uma atividade
desenvolvida durante o ensino fundamental
e médio. No ensino superior, o resumo
é também um dos trabalhos acadêmico-
científicos mais solicitados pelos professores
em todas as disciplinas e área de formação.
Em contrapartida, apesar de muito
solicitado, infelizmente, a maioria dos alunos
apresenta dificuldade de fazer resumos e
de implementá-los em consonância com as
normas técnicas.
Resumo: Seja o indicativo ou
descritivo, seja o informativo
ou analítico, o resumo é a
condensação dos aspectos mais
relevantes de um texto ou uma
obra. Para Anna Rachel Machado
3
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(2002), resumo são textos
autônomos que, dentre outras
características distintivas, fazem
uma apresentação concisa dos
conteúdos de outro texto, com
uma organização que reproduz
a organização do texto original,
com o objetivo de informar o
leitor sobre esses conteúdos e
cujo enunciador é outro que não
o autor do texto original.
Tendo em vista que o resumo é uma
atividade didática bastante pedida pelos
professores de inúmeros cursos de
graduação, é muito comum presenciar um
desencontro entre o que foi pedido pelo
professor (resumo = ato de resumir um livro
ou texto) e o que foi produzido pelo aluno
(o resumido = o resultado do trabalho). O
fato é que muitos estudantes chegam à
graduação sem saber como fazer um resumo
acadêmico com o mínimo de qualidade.
Diante desse panorama e das dificuldades
que cercam a composição e a feitura deste
trabalho acadêmico, o resumo, apresenta-
se e discute-se a noção de resumo como os
aspectos técnicos necessários à produção e
realização.
Assista o vídeo: https://
www.youtube.com/
watch?v=uKNuvEuzsu0
5.1 Objetivos do resumo
Em qualquer etapa de formação acadêmica
é exigida dos alunos a tarefa de resumir
textos. Então, é fundamental colocar em
prática, cotidianamente, este procedimento,
atentando-se para os aspectos metodológicos
que o envolve, bem como para os seus
objetivos, os quais são:
 Estimular a leitura minuciosa de um livro e/
ou capítulo de um texto;
 Recuperar de forma concisa o conteúdo de
um livro e/ou de um texto lido, numa espécie
de equivalência informativa do texto original;
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 Assimilação e compreensão completa do
conteúdo de um texto lido e estudado;
 Ampliar a aprendizagem a respeito de um
tema ou conhecimento, aprofundando e con-
solidando o que foi apreendido;
 Sintetizar as ideias principais de um texto,
sem perder a fidelidade ao original;
 Inserir o estudante nas práticas acadêmi-
cas sistematizadas e de iniciação ao método
científico;
5.2 O que é resumo
Segundo Severino (2007), as atividades
didáticas e os trabalhos acadêmicos exigidos,
sobretudo, nos cursos de graduação, seguem
uma estruturação lógica e uma organização
metodológica de caráter universal. Isto
significa e aponta que as atividades didáticas
e os trabalhos acadêmicos são elementos
intrínsecos da formação científica e
profissional do estudante e são dados para
gerar aprendizagem. Sendo assim, aluno ao
ser incumbido de fazer um resumo de uma
obra ou texto, deverá seguir o plano original
do escritor e procurar desvendar, após as
leituras realizadas, o objeto, o problema e os
objetivos propostos pelo autor.
Diante do exposto, resumir é um saber-
fazer necessário ao universo do ensino,
da aprendizagem e construção do
conhecimento. O resumo é parte importante
do processo de estudo. Bernard Schneuwly
& Joaquim Dolz (1999:15) acreditam que o
resumo constitui-se num “eixo de ensino/
aprendizagem essencial para o trabalho
de análise e interpretação de textos e,
portanto, um instrumento interessante
de aprendizagem”. O resumo é, portanto,
um procedimento didático e técnico-
metodológico de autoria do próprio aluno,
isto é, uma produção escrita pessoal, com as
próprias palavras, fruto da compreensão do
texto lido.
O resumo é definido pelas Normas
Brasileiras (NBR 6028/2003 e 2011), como
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uma “apresentação concisa dos pontos
relevantes de um texto”, ou seja, é um
texto em que se dá destaque às principais
ideias do autor da obra, seus objetivos e
conclusões. Para Lakatos e Marconi (2003:68;
2007:72): “o resumo é a apresentação
concisa e frequentemente seletiva do texto,
destacando-se os elementos de maior
interesse e importância, isto é, as principais
ideias do autor da obra”. Em outras palavras,
pode-se afirmar que um resumo é, de fato,
a construção/elaboração/escrita um novo
texto. É isto que aponta Maria de Lourdes
Meirelles Matencio (2002: 115): “A ação de
resumir um texto, além de impliar leitura,
envolve também a elaboração de um novo
texto...”.
O resumo pode ser visto e pensado também
como uma síntese das ideias principais do
tema do texto. Mas, isto precisa ficar claro.
Um resumo ou uma síntese não pode ser
confundido com uma “miniaturização” ou
“diminuição” do tamanho de um texto,
principalmente quando se faz isto com
cópias das partes do texto. Nesta perspectiva
Severino (2007:106) define o resumo como
uma “Síntese das ideias e não das palavras do
texto”. Não se trata de uma ‘miniaturização’
do texto. Resumindo o texto com as próprias
palavras, o estudante mantém-se fiel às
ideias do autor sintetizado. O resumo deve
ser livre de todo comentário pessoal e não
deve formular críticas ou julgamento de
valor, pois é mero trabalho de síntese.
Desta feita, o resumo é uma produção
sucinta de um texto feito pelo discente, após
a execução das etapas de leitura do texto,
e que se coloca em relevo, com as próprias
palavras, os elementos de maior importância
contidos na obra. Para Prodanov e Freitas
(2013: 146), “Devemos redigir com bom
estilo e, de preferência, com as próprias
palavras. No caso de transcrição literal
(cópia), usamos aspas para fazer a devida
referência, segundo as normas de citações
textuais da ABNT”.
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5.3 Dicas importantes para a
implementação e organização do resumo
Resumir é um procedimento e uma das
práticas linguísticas muito frequentes
na vida cotidiana. Nas sociedades
contemporâneas, principalmente naquelas
mais desenvolvidas e que valorizam a
cultura letrada, resumir é considerada e vista
como uma habilidade e uma capacidade
necessária para o desempenho de várias
funções e atividades profissionais. Portanto,
o estudante do ensino superior, de qualquer
área de formação, que desejar crescer e
desempenhar com qualidade suas funções
e atividades acadêmicas e profissionais,
precisa aprender a resumir, utilizando
sempre os referenciais metodológicos.
Em se tratando de resumo, é preciso
enfatizar a importância da leitura atenciosa
e cuidadosa do texto ou livro a ser resumido.
Para alcançar os objetivos essenciais do
resumo, como uma atividade didática,
metodológica e científica, somente uma única
leitura do texto é insuficiente. Portanto, ao
aluno da graduação é aconselhável uma
primeira, uma segunda e uma terceira
leitura do texto, pois é impossível fazer
um bom resumo sem estas três etapas de
leitura. Devido às etapas de leitura Matencio
(2002: 114) afirma: “A ação de resumir está
envolvida na atividade de leitura”.
Sobre as fases de leitura, que é também
processo de estudo, Lakatos e Marconi
(2003; 2007) esclarecem:
1 - Na primeira leitura a meta é captar o plano
geral da obra e como foi desenvolvida.
2 - Na segunda, a partir de algumas
perguntas, tais como, o texto trata de que?
O que o autor queria demonstrar? busca-
5
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se identificar a ideia central do texto e o
propósito que norteou o autor.
3 - Na terceira leitura que se realiza, a alvo
é descobrir as partes principais e mais
importantes do texto. A melhor receita
ou fórmula para fazer um resumo é seguir
o critério do desenvolvimento de um texto:
início, meio e fim.
A última leitura do texto, isto é, a terceira,
deve ser feita com as seguintes finalidades:
“Compreensão do sentido de cada parte
importante; anotação das palavras-chave e
verificação do tipo de relação entre as partes
(consequência, oposição, complementação,
etc)”. (LAKATOS & MARCONI, 2007:74).
Entende-se que somente após a realização da
terceira leitura é que se tem a compreensão
adequada do texto, que é possível selecionar
as palavras-chave e ter o entendimento da
relação entre as partes essenciais daquilo
que foi lido. Depois das três etapas de
leitura e deste processo de apreensão
mais aprofundado, é que se pode passar à
elaboração do resumo.
Finalmente, valem a definição e as
orientações dadas por José Luiz Fiorin e
Francisco Platão (1995), que indicam que
resumir um texto significa condensá-lo a sua
estrutura essencial sem perder de vista três
elementos, que são:
 as partes essenciais do texto;
 a progressão em que elas aparecem no texto;
 a correlação entre cada uma das partes.
Outras dicas relevantes para se fazer um
bom resumo são:
a) Ao redigir o texto do resumo, use frase curtas
e breves, diretas e objetivas; um resumo não
é apenas um apanhado de frases soltas;
b) Construa os parágrafos do resumo com ape-
nas uma ideia principal;
c) Elabore o texto do resumo utilizando-se a lin-
guagem impessoal do discurso, isto é, colo-
cando o verbo ou as expressões verbais na
terceira pessoa do singular;
d) É um texto pessoal: um resumo deve ser
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sempre feito com suas próprias palavras.
Ele é o resultado da sua leitura de um
texto.
e) Ao resumir, deixe de lado os detalhes e aqui-
lo é secundário, como os exemplos dados
pelo autor do livro. Não se menciona elemen-
tos estranhos ao texto resumido.
f) Todo resumo deve vir sempre acompanha-
dos da referência da publicação. Esta refe-
rência, por sua vez, vem logo na parte supe-
rior do texto, precedendo o resumo.
g) Ao iniciar o resumo, vá direto ao assunto.
Não faça uma introdução, pois resumo não
tem introdução.
5.4 Os tipos de resumos
Como sinalizado, ler atenciosamente o texto
por três vezes e sublinhar as palavras e ou
conceitos importantes do texto são técnicas
indispensáveis para se elaborar resumos.
Em se tratando desta importante técnica
e de sua frequência no trabalho escolar,
o resumo não é uma tarefa simples. Ela
demanda uma leitura o cumprimento das
três fases de leitura e assimilação das
ideias principais do texto, para depois
produzir o resumo, mantendo a essência
das ideias do autor.
Dessa forma, tem sido comum e consensual1
entre os pesquisadores e estudiosos do
campo metodológico a proposição de três
tipos de resumos. Segundo Lakatos e Marconi
(2007:74), o tipo de resumo depende da
natureza do trabalho científico que o aluno
vai executar e possui a seguinte classificação:
resumo indicativo ou descritivo, resumo
informativo ou analítico e resumo crítico,
conhecido como resenha. Objetivando uma
melhor compreensão e orientação prática
para o estudante, a seguir apresenta-se cada
um dos tipos de resumo.
1
Há um consenso entre os estudiosos quanto aos tipos de
resumo. Alguns, porém, podem usar outras nomenclaturas
ou mudar a ordem delas, como por exemplo, resumo
indicativo e descritivo para resumo descritivo e indicativo.
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Assista o vídeo: https://
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5.4.1 Resumo indicativo ou descritivo
Neste tipo de resumo descrevem-se os
principais tópicos do texto original, e indicam-
se sucintamente seus conteúdos. Lakatos e
Marconi (2003:69; 2007:74) enfatizam que o
resumo é realizado efetivamente “Quando
faz referência às partes mais importantes,
componentes do texto. (...) Não é simples
enumeração do sumário ou índice do
trabalho”.
Pode-se enfatizar, então, que no resumo
indicativo ou descritivo, encontramos apenas
referências às partes principais do texto,
pois este procedimento “É a explicitação dos
principais tópicos do texto ou do trabalho
e a indicação sucinta de seus conteúdos”
(PRODANOV & FREITAS, 2013, p. 147). Na
perspectiva assinalada, o resumo indicativo
ou descritivo é aquele que somente indica os
pontos principais do livro ou do documento,
sem discorrer ou prolongar sobre esses
pontos.
Este tipo de resumo, mesmo quanto realizado
adequadamente, por ser uma elaboração
sucinta dos conteúdos, não dispensa a
leitura completa do texto original de quem
deseja a compreensão mais aprofundada do
assunto. O resumo indicativo ou descrito, na
compreensão de Lakatos e Marconi (2007:74),
de fato, exige a leitura do texto completo,
“pois apenas descreve sua natureza, forma
e propósito”. Ao fazer este tipo de resumo,
o aluno deverá construir e elaborar frases
curtas, e estas precisam corresponder a cada
elemento fundamental do texto.
5.4.2 Resumo informativo ou analítico
O resumo informativo ou analítico é o
mais solicitado nos cursos de graduação
e, portanto, é mais amplo do que resumo
indicativo ou descritivo. A finalidade deste
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resumo é informar ao leitor as finalidades,
metodologia, resultados e conclusões do
texto ou documento, de tal forma que
possa, inclusive, dispensar a consulta ao
original. Ainda sobre a finalidade deste tipo
de resumo Lakatos e Marconi (2003; 2007:),
acrescentam que o mesmo deve apresentar:
 “os objetivos e o assunto (a menos que se en-
contre explicitado no título)”;
 “os métodos e as técnicas (descritas de forma
concisa, exceto quando um dos objetivos do
trabalho é a apresentação de nova técnica)”;
 “os resultados e as conclusões”.
Como seu próprio nome indica e a natureza
científica que possui, este tipo de resumo
informa suficientemente o leitor, para que
este decida sobre conveniência ou de ler o
texto inteiro. Portanto, o resumo informativo
ou descritivo enriquece a vida acadêmica,
contribui para o avanço da aprendizagem do
aluno e serve para amplia a vivência científica
do estudante. Assim sendo, a técnica de
resumir é informativa ou descritiva, “quando
contém todas as informações principais
apresentadas no texto e permite dispensar a
leitura desse último” (LAKATOS & MARCONI,
2007, p. 74) para conhecimento do assunto.
O resumo informativo ou analítico é uma
síntese concisa das ideias do texto lido,
destacando-se os elementos de maior
interesse e importância, isto é, as principais
ideias do autor da obra. Assim, como é
orientado por Maria Margarida de Andrade
(2003) e Prodanov e Freitas (2013), este tipo
de resumo exige uma redução do texto a 1/3
ou 1/4 do original, abolindo também gráficos,
citações e exemplos. Contudo, é necessário
manter-se fiel às ideias principais do texto.
Neste sentido, “As opiniões e os pontos
de vista do autor devem ser respeitados,
sem acréscimo de qualquer comentário
ou julgamento pessoal de quem elabora o
resumo” (PRODANOV & FREITAS, 2013, p.
147).
Ao elaborar o resumo, a ordem das ideias e a
sequência dos fatos devem ser fiéis ao texto
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e não devem ser modificadas. “As opiniões
e os pontos de vista do autor devem ser
respeitados, sem acréscimo de qualquer
comentário ou julgamento pessoal de quem
elabora o resumo” (Op. Cit., p. 147). Desta
maneira, esse tipo de resumo, por ser uma
apresentação do texto, não deve conter
comentários pessoais de quem fez o resumo
e quando citar partes do texto do autor,
colocar entre aspas. Sobre isto, esclarece
Lakatos e Marconi (2007:47): “Utilizam-se,
de preferência, as próprias palavras de
quem fez o resumo; quando cita as do autor,
apresenta-as entre aspas”.
5.4.3 Resumo crítico (resenha)
O terceiro procedimento relativo ao ato e
processo de resumir é denominado resumo
crítico2 e também chamado resenha3.
Resumo crítico é uma resenha. Resenha
é um resumo crítico. O resumo crítico, de
uma certa forma, é um resumo informático
ou analítico, acrescido de um julgamento
ou avaliação sobre o texto base ou original.
É por causa desta especificidade, isto é, a
crítica, que este tipo de resumo é pensado e
definido também como resenha.
Resumo crítico: É um processo
de leitura, análise, sistematização,
em poucas linhas, do que é
essencial e mais importante no
texto, e um posicionamento
crítico em relação ao que foi lido.
É uma espécie de diálogo crítico
com o autor da obra, que é escrito
de forma resumida e que na parte
final apresenta uma crítica à obra.
2
Há o resumo crítico e também a resenha técnico-científi-
ca. Esta será apresenta e abordada à frente, em outra uni-
dade de estudo. Sendo assim, é importante que o estudan-
te, desde já, atente-se para o significado e as diferenças de
cada um deles para não misturar e nem confundir um com
o outro. Resumo crítico ou resenha é diferente da resenha
técnico-científica.
3
Tendo em vista a existência da resenha técnico-científica,
tem sido mais comum na graduação utilizar-se a denomi-
nação resumo crítico do que resenha propriamente dita. A
resenha, por ser técnico-científica, é mais ampla do que o
resumo crítico.
8 nead.fbmg.edu.br / nead.tutoria@redebatista.edu.br / 3429-7256 ou 3429-7361
Sendo assim, todo resumo crítico
pode ser chamado também de
resenha.
Há neste tipo de resumo uma particularidade
importantíssima que é a crítica. Devido a este
aspecto particular, esta técnica de resumir
é designada de resumo crítico ou resenha,
pois “... além de apresentar uma versão
sintetizada do texto, permite julgamentos de
valor e opiniões de quem o elabora. Como
nos tipos anteriores, não devemos fazer
citações do original”. (PRODANOV & FREITAS,
2013, p. 148).
No resumo crítico, como o próprio nome
designa, a parte mais importante é a
avaliação crítica, que é, na verdade, uma
apreciação, uma avaliação, um julgamento
da obra ou texto. Lakatos e Marconi (2003:70;
2007:74), declaram que a crítica acontece
“quando se formula um julgamento sobre
o trabalho. É a crítica da forma, no que se
refere aos aspectos metodológicos; do
conteúdo; do desenvolvimento da lógica da
demonstração; da técnica de apresentação
das ideias principais”.
Nesta avaliação crítica, pode-se destacar
a coerência interna, a originalidade,
a contribuição científica quanto ao
conhecimento, a clareza na exposição,
nos argumentos e os estilos de linguagem
utilizados. É preciso ficar claro, que a
avaliação crítica aparece na parte final do
resumo e não se trata de declarações do
tipo “gostei” ou “não gostei”, o texto está
confuso, etc. Por causa disso, o resumo
crítico é um dos trabalhos acadêmicos
que mais exige maturidade intelectual
do aluno. A maturidade é requerida do
estudante, porque este tipo de resumo,
segundo Prodanov e Freitas (2013), além de
apresentar uma versão sintetizada do texto
em foi lido, permite ainda julgamentos de
valor e opiniões de quem o elabora.
Fazer um resumo crítico é o mesmo que
fazer, por escrito, uma síntese da obra ou
capítulo dela. Trata-se de um texto sucinto
e claro, porém, minuciosa, elaborado
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pelo leitor e apreciador da obra. Severino
(2007:107) afirma: o resumo é “crítico quando
se manifesta sobre o valor e o alcance
do texto analisado”. Nessa perspectiva, o
resumo crítico torna-se imprescindível para
o desenvolvimento da mentalidade científica
do estudante de ensino superior.
5.4.4 O resumo crítico bem elaborado
cumpre os seguintes critérios:
 Dispensa a leitura do original para a com-
preensão do texto;
 Emprega linguagem clara e objetiva;
 Não conter citações do texto resumido, do
original. No resumo crítico não pode haver
citações;
 Dirige as críticas às ideias e posições do au-
tor, nunca à sua pessoa ou às condições pes-
soais;
 É condensado e ainda apresenta uma crí-
tica (avaliação) do texto;
Assista o vídeo: https://www.
youtube.com/watch?v=rg-P_
x79gIk
GLOSSÁRIO
Pragmatismo imediatista: o termo
pragmatismo no sentido comum, popular,
quer dizer prático. Pode ser visto também
como uma “doutrina filosófica” que adota
como critério da verdade aquilo que é
de utilidade prática, e identificando-se o
verdadeiro como útil. O termo “pragmatismo”
atrelado a adjetivo “imediatista” denota um
tipo de comportamento ou uma filosofia de
vida em que os resultados práticos, isto é, os
resultados apressados e rápidos devem ser
alcançados. É um tipo de conduta triunfante
em que impera o “salve-se quem puder”, “do
vale tudo” em qualquer campo de atuação,
justificado pela busca imediata e apressada
dos resultados. É um comportamento diante
da vida, do mundo, do trabalho e das pessoas
em que se busca somente os resultados,
sem se importar com os melhores meios,
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com valores e pessoas.
REFERÊNCIAS
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conceito de resumos. In: DIONISIO, Ângela
Paiva et al. (Org.) Gêneros textuais e ensino.
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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina
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Científico: procedimentos básicos,
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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia
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9