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SANTO ANDRÉ - SP
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ – SÃO PAULO

Motorista

CONCURSO PÚBLICO N.º 02/2023

CÓD: SL-068MA-23
7908433236047
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)......................................................................... 7
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras.............................................................................................. 10
3. Pontuação................................................................................................................................................................................... 10
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem. . ............................................................................................................. 12
5. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 20
6. Regência verbal e nominal.......................................................................................................................................................... 22
7. Colocação pronominal................................................................................................................................................................ 24
8. Crase........................................................................................................................................................................................... 25

Matemática
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com
números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal.......................................................................................... 35
2. Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum;.................................................................................................................... 39
3. Porcentagem................................................................................................................................................................................ 40
4. Razão e proporção; Regra de três simples ou composta............................................................................................................. 41
5. Equações do 1º ou do 2º graus; Sistema de equações do 1º grau............................................................................................... 43
6. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa..................................................... 46
7. Relação entre grandezas – tabela ou gráfico............................................................................................................................... 51
8. Tratamento da informação – média aritmética simples.............................................................................................................. 56
9. Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales..................................... 58

Noções de Informática
1. MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
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arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2016. ..........
2. MS-Word 2016: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas,
marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices, 76
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto.........................................................................................................
3. MS-Excel 2016: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas
e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e 83
numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados............................................................................
4. MS-PowerPoint 2016: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e roda-
pés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, anima- 90
ção e transição entre slides. . ......................................................................................................................................................
5. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos...................................... 95
6. Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas................................................. 97

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Conhecimentos Específicos
Motorista
7. Legislação de trânsito: Código de Trânsito Brasileiro, com suas atualizações, abrangendo os seguintes tópicos: adminis-
tração de trânsito, regras gerais para circulação e conduta de veículos, os sinais de trânsito, registro e licenciamento de
veículos, condutores de veículos, deveres e proibições, as infrações à legislação de trânsito, penalidades e recursos............ 105
8. resoluções do Conselho Nacional de Trânsito............................................................................................................................ 154
9. Mecânica de veículos: conhecimentos elementares de mecânica de automóveis, troca e rodízio de rodas; regulagem de
motor, regulagem e revisão de freios, troca de bomba d’água, troca e regulagem de tensão nas correias, troca e regulagem
da fricção, troca de óleo. Serviços corriqueiros de eletricidade: troca de fusíveis, lâmpadas, acessórios simples etc.............. 242
10. Direção defensiva........................................................................................................................................................................ 262

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LÍNGUA PORTUGUESA

A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEX-
TOS (LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS).

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do “A Constituição garante o direito à educação para todos e a
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 1988.
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado severas.
evento. (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
ou não.
Interpretação de Textos (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser in-
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os cluídos socialmente.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
é decodificar o sentido de um texto por indução. Comentário da questão:
A interpretação de textos compreende a habilidade de se Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo as
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade.
texto, seja ele escrito, oral ou visual. Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis.
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à
podendo ser diferente entre leitores. educação, além das que não apresentam essas condições.
Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de
Exemplo de compreensão e interpretação de textos toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de temporárias”.
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos
um texto misto (verbal e visual): deficientes.
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe- Resposta: Letra B.
cial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos

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Compreender um texto trata da análise e decodificação do que =Detecção de características e pormenores que identifiquem o
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- texto dentro de um estilo de época
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha Principais características do texto literário
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto. Há diferença do texto literário em relação ao texto referencial,
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- sobretudo, por sua carga estética. Esse tipo de texto exerce uma
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia linguagem ficcional, além de fazer referência à função poética da
principal. Compreender relações semânticas é uma competência linguagem.
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode- Uma constante discussão sobre a função e a estrutura do tex-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro- to literário existe, e também sobre a dificuldade de se entenderem
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal. os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. São esses
elementos que constituem o atrativo do texto literário: a escrita
Busca de sentidos diferenciada, o trabalho com a palavra, seu aspecto conotativo,
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo seus enigmas.
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto. A literatura apresenta-se como o instrumento artístico de análi-
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma se de mundo e de compreensão do homem. Cada época conceituou
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já a literatura e suas funções de acordo com a realidade, o contexto
citadas ou apresentando novos conceitos. histórico e cultural e, os anseios dos indivíduos daquele momento.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o,
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas recriando-o.
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- Aspecto subjetivo: o texto apresenta o olhar pessoal do artista,
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. suas experiências e emoções.

Importância da interpretação Ênfase na função poética da linguagem: o texto literário mani-


A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se pula a palavra, revestindo-a de caráter artístico.
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos Plurissignificação: as palavras, no texto literário, assumem vá-
específicos, aprimora a escrita. rios significados.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes Principais características do texto não literário
presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz Apresenta peculiaridades em relação a linguagem literária, en-
suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o tre elas o emprego de uma linguagem convencional e denotativa.
texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na Ela tem como função informar de maneira clara e sucinta, des-
busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos considerando aspectos estilísticos próprios da linguagem literária.
frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos Os diversos textos podem ser classificados de acordo com a
não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira linguagem utilizada. A linguagem de um texto está condicionada à
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem ne- sua funcionalidade. Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros
cessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento textuais, devemos pensar também na linguagem adequada a ser
defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos con- adotada em cada um deles. Para isso existem a linguagem literária
ceitos. e a linguagem não literária.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo
autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço Diferente do que ocorre com os textos literários, nos quais há
para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entreli- uma preocupação com o objeto linguístico e também com o estilo,
nhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que os textos não literários apresentam características bem delimitadas
você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental para que possam cumprir sua principal missão, que é, na maioria
que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecífi- das vezes, a de informar. Quando pensamos em informação, alguns
cas. Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaus- elementos devem ser elencados, como a objetividade, a transpa-
tão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. rência e o compromisso com uma linguagem não literária, afastan-
do assim possíveis equívocos na interpretação de um texto.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
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Compreender um texto trata da análise e decodificação do que Gêneros Discursivos


de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto. novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia dárias.
principal. Compreender relações semânticas é uma competência
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos. Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode- imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro- nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal. ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
apreensão do conteúdo exposto. história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
citadas ou apresentando novos conceitos. ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici- curto.
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos
como horas ou mesmo minutos.
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter- guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
específicos, aprimora a escrita. imagens.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen- vencer o leitor a concordar com ele.
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na
busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira de destaque sobre algum assunto de interesse.
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem ne-
cessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos con- za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
ceitos. crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço
para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entreli- Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
nhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental berdade para quem recebe a informação.
que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecífi-
cas. Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaus-
tão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
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– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar


SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURA- (definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar
DO DAS PALAVRAS. roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar);
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo
Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo chorar) .
da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das – Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e
palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas. apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento
(saudação).
Denotação e conotação
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das
palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das
PONTUAÇÃO.
palavras. Exemplos:
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.”
— Visão Geral
No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais
sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial
palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas
de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano. e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)
em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os
Hiperonímia e hiponímia gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, compreensão da frase.
palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos
Exemplos: tipos textuais;
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia. – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho. – Demarcar das unidades de um texto;
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
Polissemia e monossemia
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra — Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um
apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o enunciado
contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas
palavras apresentam apenas um significado. Exemplos: Vírgula
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado
ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas,
tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo
Sinonímia e antonímia tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados empregada:
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras
expressam proximidade e contrariedade. • No interior da sentença
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = 1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
veloz.
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x
atrasado. ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Homonímia e paronímia
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de
sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas REPETIÇÃO
distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças
Os arranjos estão lindos, lindos!
gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas).
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja
os exemplos: 2 – Isolar o vocativo
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo “Crianças, venham almoçar!”
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). “Quando será a prova, professora?”
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3 – Separar apostos • Antes da conjunção “e”


“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire
valores que não expressam adição, como consequência ou
diversidade, por exemplo.
4 – Isolar expressões explicativas: “Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi
responsabilizado.” 2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar
5 – Separar conjunções intercaladas alguma ideia, por exemplo:
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;
e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos
funcionários do setor.” 3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” apresentam sujeitos distintos, por exemplo:
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
“Estas alegações, não as considero legítimas.”
O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome
por conjunções) e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja
apositiva nem se apresente inversamente).
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas:
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa:
10 – Marcar a omissão de um termo: “O almoço está pronto e será servido.”
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo
“fazer”). 2 – Abrevia palavras:
– “p.” (página)
• Entre as sentenças – “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas – “Dr.” (Doutor)
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”
3 – Para separar períodos:
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e “O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos Ponto e Vírgula
ajudasse.” 1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a “Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG;
principal: nossa amiga, de praticar esportes.”
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas “Os planetas que compõem o Sistema Solar são:
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: Mercúrio;
Vênus;
Por ser sempre assim, ninguém dá Terra;
Reduzida Marte;
atenção!
Júpiter;
Porque é sempre assim, já ninguém dá Saturno;
Desenvolvida
atenção! Urano;
Netuno.”
5 – Separar as sentenças intercaladas:
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu Dois Pontos
leito, até que você se recupere por completo.” 1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas,
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem
ideias anteriores.
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.”
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela
grande ofensa.”

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2 – Para introduzirem citação direta: 2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente “— Vou partir em breve.
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se — Vá com Deus!”
transforma’.”
3 – Para iniciar fala de personagens: 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
“Ele gritava repetidamente: “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
– Sou inocente!”

Reticências 4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:


1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”
sintaticamente:
“Quem sabe um dia...” Aspas
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar arcaísmos, palavrões, e neologismos.
ainda.” “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
“A reunião será feita ‘online’.”
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o
objetivo de prolongar o raciocínio: 2 – Para indicar uma citação direta:
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar). Assis)

4 – Suprimem palavras em uma transcrição:


“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUME-
Raimundo Fagner). RAL, ARTIGO, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO
E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS
Ponto de Interrogação RELAÇÕES QUE ESTABELECEM.
1 – Para perguntas diretas:
“Quando você pode comparecer?”

2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para


destacar o enunciado: — Definição
“Não brinca, é sério?!” Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam
o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua
Ponto de Exclamação portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida
1 – Após interjeição: em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades
“Nossa Que legal!” de cada classe gramatical.

2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva — Artigo


“Infelizmente!” É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo,
podendo flexionar em número e em gênero.
3 – Após vocativo
“Ana, boa tarde!” A classificação dos artigos
Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou
4 – Para fechar de frases imperativas: para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou
“Entre já!” por ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem
flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e
Parênteses feminino).
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência
intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento
a vírgula: não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número
sempre) e gênero.
quem seria promovido.”

Travessão
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
“O rapaz perguntou ao padre:
— Amar demais é pecado?”

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Observe:

NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo
ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS
DEFINIDOS singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos
se subdividem em:
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,
é substantivo derivado (carruagem, planetário).
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),
constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).  

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— Adjetivo concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é


É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o
o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma substantivo comum professora).
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade
ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que Locução adjetiva
quer que seja nomeado. Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
Os tipos de adjetivos consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples Exemplos:
(bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um – Criaturas da noite (criaturas noturnas).
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo- – Paixão sem freio (paixão desenfreada).
limão).   – Associação de comércios (associação comercial).
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é
primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, — Verbo
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,
substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:
lamentável). Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).   verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),
“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe
O gênero dos adjetivos o exemplo do verbo “nutrir”:
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, – Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” significado).
/ “Ana é uma amiga leal.”   – Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo
travessa”. (pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse
no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
O número dos adjetivos tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
Por concordarem com o número do substantivo a que se tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, – Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
formosos. Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito
do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;
O grau dos adjetivos vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer
fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.
quanto o anterior.”  
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do — Pronome
que Luciana.” O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto
do que a equipe.”    e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
podendo ser: ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.” pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
relativos.
Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:
– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” Pronomes pessoais
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”   Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso
(pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
Pronome adjetivo (desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses (atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim, um correspondente oblíquo.
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer

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CASO RETO CASO OBLÍQUO


Eu Me, mim, comigo.
Tu Te, ti, contigo.
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Nós Nos, conosco.
Vós Vos, convosco.
Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.

Observe os exemplos:
– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.

Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.  

Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.

PESSOA DO DISCURSO PRONOME


1 pessoa – Eu
a
Meu, minha, meus, minhas
2a pessoa – Tu Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa– Seu, sua, seus, suas

Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).

Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser
usados em 3a pessoa.

PRONOME USO ABREVIAÇÕES


Você situações informais V./VV
Senhor (es) e
pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Senhora (s)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República, senadores,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.

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PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO


1 pessoa
a
Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso.
fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”

Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS


VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.

Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS


VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:

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CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa,
devagar.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE MODO Grande parte das palavras terminam em
“Andou depressa por causa da chuva”
“-mente”, como cuidadosamente, calmamente,
tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás. “Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, “Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
ADVÉRBIO DE TEMPO
nunca, cedo e tarde. “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
“Eles formam um casal tão bonito!”
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto. “Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas com o
“Decerto passaram por aqui”
sufixo “-mente” (certamente, realmente).
ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO “Claro que irei!”
Palavras como claro e positivo, podem ser
“Entendi, sim.”
advérbio, dependendo do contexto.
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, “Jamais reatarei meu namoro com ele.”
ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO nunca, jamais, entre outras, podem ser “Sequer pensou para falar.”
advérbio de negação, conforme o contexto. “Não pediu ajuda.”
Talvez, quiçá, porventura e palavras que “Quiçá seremos recebidas.”
ADVÉRBIO DE DÚVIDA expressem dúvida acrescidas do sufixo “Provavelmente sairei mais cedo.”
“-mente”, como possivelmente. “Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. direta, que indica causa)
ADVÉRBIO DE Esse advérbio pode indicar circunstâncias de “Quando posso sair?” (oração interrogativa direta,
INTERROGAÇÃO modo, tempo, lugar e causa. É usado somente que indica tempo)
em frases interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).

— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão
ao enunciado.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”

Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções
possuem subdivisões.
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Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Estabelecer relação de adição (positiva
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /
Conjunções coordenativas ou negativa). As principais conjunções
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai
aditivas coordenativas aditivas são “e”, “nem” e
chegar.”
“também”.
Estabelecer relação de oposição. As principais
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
Conjunções coordenativas conjunções coordenativas adversativas
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,
estava nervoso na prova.”
“entretanto”.
Estabelecer relação de alternância. As principais “Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar
alternativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.. de país.”
Estabelecer relação de conclusão. As principais “Não era bem remunerada, então decidi trocar de
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas conclusivas são emprego.” /
conclusivas
“portanto”, “então”, “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
Estabelecer relação de explicação. As principais “Quisemos viajar porque não conseguiríamos
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas explicativas são descansar aqui em casa.” /
explicativas
“porque”, “pois”, “porquanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


São empregadas para introduzir a oração que Que e se. Analise:
cumpre a função de sujeito, objeto direito, “É obrigatório que o senhor compareça na data
Conjunções Integrantes
objeto indireto, predicativo, complemento agendada.” e
nominal ou aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada que Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto
causais denota causa. que, que, porquanto.
Estabelecer relação de alternância. As principais
Conjunções subornativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, Conforme, segundo, como, consoante.
conformativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Introduzem uma oração subordinada em que
Conjunções subornativas é indicada uma hipótese ou uma condição Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado
condicionais necessária para que seja realizada ou não o fato que, a menos que, a não ser que.
principal.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração que expressa uma de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois
comparativas comparação. de tanto. Como, assim como, como se, bem como,
que nem.
Indicam uma oração em que se admite um Por mais que, por menos que, apesar de que,
Conjunções subornativas
fato contrário à ação principal, mas incapaz de embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem
concessivas
impedí-la. que.
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Introduzem uma oração, cujos acontecimentos


Conjunções subornativas são simultâneos, concomitantes, ou seja, À proporção que, ao passo que, à medida que, à
proporcionais ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles proporção que.
contidos na outra oração.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada indicadora
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal,
temporais de circunstância de tempo.
quando.
Introduzem uma oração na qual é indicada a Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida
Conjunções subornativas
consequência do que foi declarado na oração pelo que em outra oração). De maneira que, de
consecutivas
anterior. forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas Introduzem uma oração indicando a finalidade
A fim de que, para que.
finais da oração principal.

— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os
numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos
(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).

Os tipos de numerais
Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.  
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste,
mas os dois/ambos foram reprovados.

Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/primeira, primeiros/
primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.  
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exemplo: A carne de segunda está na promoção.  

Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. Exemplos: meio
ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos (¾), 1/12 avos.  
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de leite,
meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.   

Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.  
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número e
gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, duplos sentidos.

Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 unidades).
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.

— Preposição
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e advérbios)
exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado, as preposições não
possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependente, ou
seja, sua função gramatical (organização e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e sentido,
esteja presente, possui um valor menor.

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Classificação das preposições elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas


Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do
propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a, interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, – Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras
por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem, que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de
sob, sobre, trás. mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.
Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em – Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo – Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»
preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades
linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas Os tipos de interjeição
conforme o contexto. De acordo com as reações que expressam, as interjeições
podem ser de:
Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei
o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”
que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
valor estrutural (gramática).
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
Classificação das preposições APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não
apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto, DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme,
durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre DESEJO “Tomara!”
outras. DOR “Ai!”, “Ui!”
Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do
suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que, DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,
por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.   IMPACIÊNCIA
“Puxa!”
(FRUSTRAÇÃO)
Locuções prepositivas IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas
são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções
prepositivas.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
abaixo de de acordo junto a
acerca de debaixo de junto de Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal
estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.
acima de de modo a não obstante – Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao
a fim de dentro de para com sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar
em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a,
à frente de diante de por debaixo de 2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é
antes de embaixo de por cima de flexionado para concordar com o sujeito.
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero
a respeito de em cima de por dentro de
(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes
atrás de em frente de por detrás de da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos
através de em razão de quanto a e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas
formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal
com respeito a fora de sem embargo de concordância ocorre em gênero e pessoa

— Interjeição Casos específicos de concordância verbal


É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma situações em que o verbo no infinitivo é flexionado:
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., I – Quando houver um sujeito definido;
por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais

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III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria,
forem distintos. a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode
Observe os exemplos: ser empregada:
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.” – “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos
“Isto é para nós solicitarmos.” entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das
Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão pessoas entenderam.”
verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito
da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve
em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo,
imperativos. mas também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
Exemplos: – “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.” Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo
concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, – “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, – “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir: Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular,
nevar, amanhecer. se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» substantivo deve estar no plural:

– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas – “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o
professoras vigiando as crianças.” xadrez.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz – “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e
duas horas que estamos esperando.” xadrez.”

Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas


Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista
verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino
no singular ou no plural: singular:
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.” – “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos proibido circulação de pessoas não identificadas.”
do que ocorreria.” – “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada
de crianças acompanhadas.”
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, Concordância nominal com menos: a palavra menos
ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela
permanece na 3a pessoa do singular: advérbio ou adjetivo:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» – “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo
concorda com o termo que antecede o pronome: Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe,
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.» gênero e número com o substantivo quando exercem função de
adjetivo:
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do – “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do – “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos – “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”
ou por verbos transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”

Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo


concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”

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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.

Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
termos denominamos regência.

— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um
advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”

Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


sedento
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em

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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.

Observe as duas frases:


I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo
transitivo indireto.  

No sentido de / pela REGE


VERBO EXEMPLO
transitividade PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
Assistir ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
fundamento / verbo
NÃO “Isso não procede.”
Proceder instransitivo
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
consequência / verbo
NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
Implicar transitivo direto
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, com “Chamo Talita de Tatá.”
apelido
e sem preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”

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quem chega, chega a algum


Chegar lugar / verbo transitivo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
indireto
quem obedece a algo /
Obedecer SIM “Obedeçam às regras.”
alguém / transitivo indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito e
Informar complemento sem e “Informe o ocorrido ao gerente.”
indireto, portanto...
outro com preposição
quem vai vai a algum lugar /
Ir SIM “Vamos ao teatro.”
verbo transitivo indireto
Quem mora em algum lugar “Eles moram no interior.”
Morar SIM
(verbo transitivo indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
verbo bi transitivo (direto e
Preferir SIM “Prefira assados a frituras.”
indireto)
quem simpatiza simpatiza
Simpatizar com algo/ alguém/ verbo SIM “Simpatizei-me com todos.”
transitivo indireto

COLOCAÇÃO PRONOMINAL.

A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do pronome
antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após
o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na linguagem
falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas não
forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia da frase.

Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.

Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.


Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pacientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus intentos são para nos prejudicarem.

Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.

Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: Apres-
sei-me a convidá-los.

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Mesóclise aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno
de união representado pelo acento grave.
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no A crase pode ser a contração da preposição a com:
futuro do pretérito que iniciam a oração. – O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não
Dir-lhe-ei toda a verdade. assistiu às aulas.”
Far-me-ias um favor? – O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de “Retorne àquele mesmo local.”
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise. – O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às
Eu lhe direi toda a verdade. quais devemos o maior respeito e consideração”.
Tu me farias um favor?
Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na
Colocação do pronome átono nas locuções verbais construção sintática.
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve- Técnicas para o emprego da crase
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal. 1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe
Exemplos: semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da
Devo-lhe dizer a verdade. palavra feminina.
Devo dizer-lhe a verdade. Exemplos:
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.”
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes “Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
do auxiliar ou depois do principal. “Comprei o carro / a moto.”
Exemplos: “Irei ao evento / à festa.”
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade. 2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir,
chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da,
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não
o pronome átono ficará depois do auxiliar. deve ser empregado.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade. Exemplos:
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do “Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”
auxiliar. “Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não
do infinitivo. se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas
Exemplos: pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá.
Hei de dizer-lhe a verdade. Exemplos:
Tenho de dizer-lhe a verdade. “Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta
de estudar / Insiste em estudar.”
Observação “Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”
Devo-lhe dizer tudo. “Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você /
Estava-lhe dizendo tudo. Gosto de você / Penso em você.”
Havia-lhe dito tudo.
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que
expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada
CRASE. se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como
núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.
Exemplos:
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou
“Tudo às avessas.”
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial,
“Barcos à deriva.”
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a
(preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase:
(pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) +
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão
aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção
“moda de”, ficando somente o à explícito.
das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras
Exemplos:
femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos
“Arroz à (moda) grega.”
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“Bife à (moda) parmegiana.” 2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa- Atenção: Para responder à questão, leia a crônica
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso “Tatu”, de Carlos Drummond de Andrade.
de horas especificadas e definidas: Exemplos:
“À uma hora.” O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que
“Às cinco e quinze”. o pé do homem pisou e trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa
de outra maneira. Não que ele seja insensível aos amavios do ple-
nilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz
QUESTÕES a claridade noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições
de objetivo alimentar. Por que me caçam em noites de lua cheia,
quando saio precisamente para caçar? Como prover a minha sub-
1. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio- sistência, se de dia é aquela competição desvairada entre bichos,
teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho. como entre homens, e de noite não me dão folga?
Ele tem braços, dentes, corpo, coração, Isso aí, suponho, é matutado pelo tatu, e se não escapa do in-
muitas vezes homicida, terior das placas de sua couraça, em termos de português, é porque
foi ele quem levou o meu irmão. o tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além
de não acreditar em audiência civilizada para seus queixumes. A
É muito calmo o rio de minha terra. armadura dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele, e não
há sensibilidade para a dor ou a problemática do tatu.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios. Meu amigo andou pelas encostas do Corcovado, em noite de
Nas solidões das noites enluaradas prata lunal, e conseguiu, por artimanhas só dele sabidas, capturar
a maldição de Crispim desce vivo um tatu distraído. É, distraído. Do contrário não o pegaria. Es-
sobre as águas encrespadas. tava imóvel, estático, fruindo o banho de luz na folhagem, essa ou-
tra cor que as cores assumem debaixo da poeira argentina da Lua.
O rio de minha terra é um deus estranho. Esquecido das formigas, que lhe cumpria pesquisar e atacar, como
quem diz, diante de um motivo de prazer: “Daqui a pouco eu vou
Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole trabalhar; só um minuto mais, alegria da vida”, quedou-se à mercê
para subir as poucas rampas do seu cais. de inimigos maiores. Sem pressentir que o mais temível deles anda-
Foi conhecendo o movimento da cidade, va por perto, em horas impróprias à deambulação de um professor
a pobreza residente nas taperas marginais. universitário.
− Mas que diabo você foi fazer naqueles matos, de madru-
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio gada?
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente, − Nada. Estava sem sono, e gosto de andar a esmo, quando
carregando no seu dorso bois e gente, todos roncam.
até roçados de arroz e de feijão.
Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de
Na sua obstinada e galopante caminhada, feitio manso, mas o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir
destruiu paredes, casas, barricadas, qualquer coisa a certa distância, parecida com a forma de um bicho.
deixando no percurso mágoa e dor. Achou logo um cipó bem forte, pedindo para ser usado na caça;
e jamais tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com
Depois subiu os degraus da igreja santa perícia de muitos milhares de anos (o que a universidade esconde,
e postou-se horas sob os pés do Criador. nas profundas camadas do ser, e só permite que venha aflorar em
noite de lua cheia!).
E desceu devagarinho, até deitar-se Aproximou-se sutil, laçou de jeito o animal desprevenido. O
novamente no seu leito. coitado nem teve tempo de cravar as garras no laçador. Quando
agiu, já este, num pulo, desviara o corpo. Outra volta no laço. E ou-
Mas toda noite o seu olhar de rio tra. Era fácil para o tatu arrebentar o cipó com a força que a natu-
fica boiando sob as luzes da cidade. reza depositou em suas extremidades. Mas esse devia ser um tatu
meio parvo, e se embaraçou em movimentos frustrados. Ou o sere-
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha no narrador mentiu, sei lá. Talvez o tenha comprado numa dessas
terra. Disponível em: https://www.escritas.org) casas de suplício que há por aí, para negócio de animais. Talvez na
rua, a um vendedor de ocasião, quando tudo se vende, desde o
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas- mico à alma, se o PM não ronda perto.
sifica-se como Não importa. O caso é que meu amigo tem em sua casa um
(A) pronome. tatu que não se acomodou ao palmo de terra nos fundos da casa e
(B) preposição. tratou de abrigar longa escavação que o conduziu a uma pedreira,
(C) artigo. e lá faz greve de fome. De lá não sai, de lá ninguém o tira. A noite
(D) advérbio. perdeu para ele seu encanto luminoso. A ideia de levá-lo para o
(E) conjunção. zoológico, aventada pela mulher do caçador, não frutificou. Melhor
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reconduzi-lo a seu hábitat, mas o tatu se revela profundamente (D) personificar a complexa conjunção entre força poética e
contrário a qualquer negociação com o bicho humano, que pensa marginalidade social.
em apelar para os bombeiros a fim de demolir o metrô tão rapi- (E) promover a felicidade que pode desfrutar quem não está
damente feito, ao contrário do nosso, urbano, e salvar o infeliz. O comprometido com nada.
tatu tem razões de sobra para não confiar no homem e no luar do
Corcovado. 4. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Tecno-
Não é fábula. Eu compreendo o tatu. logia da Informação-
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. Os dias lindos. São Paulo: A independência política em 1822 não trouxe muitas novida-
Companhia das Letras, 2013) des em termos institucionais, mas consolidou um objetivo claro,
No desfecho da crônica, o cronista revela, em relação ao tatu, qual seja: estruturar e justificar uma nova nação.
um sentimento de A tarefa não era pequena e quem a assumiu foi o Instituto His-
(A) empatia. tórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que, aberto em 1838, no Rio
(B) desconfiança. de Janeiro, logo deixaria claras suas principais metas: construir uma
(C) superioridade. história que elevasse o passado e que fosse patriótica nas suas pro-
(D) soberba. posições, trabalhos e argumentos.
(E) desdém. Para referendar a coerência da filosofia que inaugurou o IHGB,
basta prestar atenção no primeiro concurso público por lá orga-
3. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área nizado. Em 1844, abriam-se as portas para os candidatos que se
Administrativa- dispusessem a discorrer sobre uma questão espinhosa: “Como se
Melancolia e criatividade deve escrever a história do Brasil”. Tratava-se de inventar uma nova
história do e para o Brasil. Foi dado, então, um pontapé inicial, e
Desde sempre o sentimento da melancolia gozou de má fundamental, para a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde,
fama. O melancólico é costumeiramente tomado como um ser de- e com grande naturalidade, de “História do Brasil”.
sanimado, depressivo, “pra baixo”, em suma: um chato que con- A singularidade da competição também ficou associada a seu
vém evitar. Mas é uma fama injusta: há grandes melancólicos que resultado e à divulgação do nome do vencedor. O primeiro lugar,
fazem grande arte com sua melancolia, e assim preenchem a vida nessa disputa histórica, foi para um estrangeiro − o conhecido na-
da gente, como uma espécie de contrabando da tristeza que a arte turalista bávaro Karl von Martius (1794-1868), cientista de ilibada
transforma em beleza. “Pra fazer um samba com beleza é preciso importância, embora novato no que dizia respeito à história em
um bocado de tristeza”, já defendeu o poeta Vinícius de Moraes, na geral e àquela do Brasil em particular − , o qual advogou a tese de
letra de um conhecido samba seu. que o país se definia por sua mistura, sem igual, de gentes e po-
Mas a melancolia não para nos sambas: ela desde sempre vos. Utilizando a metáfora de um caudaloso rio, correspondente à
anima a literatura, a música, a pintura, o cinema, as artes todas. herança portuguesa que acabaria por “limpar” e “absorver os pe-
Anima, sim: tanto anima que a gente gosta de voltar a ver um bom quenos confluentes das raças índia e etiópica”, representava o país
filme melancólico, revisitar um belo poema desesperançado, ouvir a partir da singularidade e dimensão da mestiçagem de povos por
uma vez mais um inspirado noturno para piano. Ou seja: os artis- aqui existentes.
tas melancólicos fazem de sua melancolia a matéria-prima de uma A essa altura, porém, e depois de tantos séculos de vigência
obra-prima. Sorte deles, nossa e da própria melancolia, que é as- de um sistema violento como o escravocrata, era no mínimo com-
sim resgatada do escuro do inferno para a nitidez da forma artística plicado simplesmente exaltar a harmonia. Além do mais, indígenas
bem iluminada. continuavam sendo dizimados no litoral e no interior do país.
Confira: seria possível haver uma história da arte que Martius, que em 1832 havia publicado um ensaio chamado “O
deixasse de falar das grandes obras melancólicas? Por certo se per- estado do direito entre os autóctones no Brasil”, condenando os
deria a parte melhor do nosso humanismo criativo, que sabe fazer indígenas ao desaparecimento, agora optava por definir o país por
de uma dor um objeto aberto ao nosso reconhecimento prazero- meio da redentora metáfora fluvial. Três longos rios resumiriam a
so. Charles Chaplin, ao conceber Carlitos, dotou essa figura huma- nação: um grande e caudaloso, formado pelas populações brancas;
na inesquecível da complexa composição de fracasso, melancolia, outro um pouco menor, nutrido pelos indígenas; e ainda outro,
riso, esperteza e esperança. O vagabundo sem destino, que vive a mais diminuto, alimentado pelos negros.
apanhar da vida, ganhou de seu criador o condão de emocionar o Ali estavam, pois, os três povos formadores do Brasil; todos
mundo não com feitos gloriosos, mas com a resistente poesia que o juntos, mas (também) diferentes e separados. Mistura não era (e
faz enfrentar a vida munido da força interior de um melancólico dis- nunca foi) sinônimo de igualdade. Essa era uma ótima maneira de
posto a trilhar com determinação seu caminho, ainda que no rumo “inventar” uma história não só particular (uma monarquia tropical
a um horizonte incerto. e mestiçada) como também muito otimista: a água que corria re-
(Humberto Couto Villares, a publicar) presentava o futuro desse país constituído por um grande rio cau-
daloso no qual desaguavam os demais pequenos afluentes.
No terceiro parágrafo, a personagem Carlitos é invocada para É possível dizer que começava a ganhar força então a la-
(A) dar um sentido de nobreza a todas as experiências de fra- dainha das três raças formadoras da nação, que continuaria encon-
casso humano. trando ampla ressonância no Brasil, pelo tempo afora.
(B) testemunhar a determinação de um indivíduo em alcançar
seus altos objetivos. (Adaptado de: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasilei-
(C) indicar a possibilidade da transformação sistemática da dor ro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019)
em franca alegria.
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a solução para o seu concurso!
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O verbo sublinhado no segmento Mistura não era (e nunca foi) bíblica, apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “En-
sinônimo de igualdade está flexionado nos mesmos tempo e tão quem especulará sobre o metro quadrado de teu terreno? Pois
modo que o sublinhado em: na verdade não haverá terreno algum.”
(A) a disciplina que chamaríamos, anos mais tarde, e com gran- Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da
de naturalidade degradação e da dissolução moral de um bairro prestes a ser tra-
(B) Três longos rios resumiriam a nação gado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo em meio às
(C) O primeiro lugar, nessa disputa histórica, foi para um es- abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a
trangeiro vasa fétida das marés cobrirá tua face”.
(D) A independência política em 1822 não trouxe muitas novi- A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada,
dades inofensiva e pura, era então, como Ipanema seria depois, a síntese
(E) a água que corria representava o futuro desse país mítica do hedonismo carioca, mais do que uma metáfora, uma me-
tonímia.
5. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ci- No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contami-
ências Jurídicas- Atenção: Considere o texto abaixo, do pensador nado ainda pelos plenos pecados, eram tempos idílicos e pastorais,
francês Voltaire (1694-1778), para responder à questão. a era da inocência, da bossa nova, dos anos dourados de JK, de Gar-
O preço da justiça rincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência
Vós, que trabalhais na reforma das leis, pensai, assim como e o sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os
grande jurisconsulto Beccaria, se é racional que, para ensinar os sinais que não são mais simbólicos: o emissário submarino se rom-
homens a detestar o homicídio, os magistrados sejam homicidas e pendo, as águas poluídas, as valas negras, as agressões, os assaltos,
matem um homem em grande aparato. o medo e a morte.
Vede se é necessário matá-lo quando é possível puni-lo de ou- (Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de
tra maneira, e se cabe empregar um de vossos compatriotas para Janeiro: Objetiva, 1999, p. 166/167)
massacrar habilmente outro compatriota. [...] Em qualquer circuns- Ao qualificar a linguagem de Rubem Braga em sua crônica “Ai
tância, condenai o criminoso a viver para ser útil: que ele trabalhe de ti, Copacabana”, Zuenir Ventura se vale dos termos exortação e
continuamente para seu país, porque ele prejudicou o seu país. É condenação, para reconhecer no texto do Velho Braga,
preciso reparar o prejuízo; a morte não repara nada. (A) a tonalidade grave de uma invectiva.
Talvez alguém vos diga: “O senhor Beccaria está enganado: a (B) a informalidade de um discurso emocional.
preferência que ele dá a trabalhos penosos e úteis, que durem toda (C) o coloquialismo de um lírico confessional.
a vida, baseia-se apenas na opinião de que essa longa e ignominio- (D) a retórica argumentativa dos clássicos.
sa pena é mais terrível que a morte, pois esta só é sentida por um (E) a força épica de uma celebração.
momento”.
Não se trata de discutir qual é a punição mais suave, porém 7. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área
a mais útil. O grande objetivo, como já dissemos em outra passa- Administrativa-
gem, é servir o público; e, sem dúvida, um homem votado todos os Crimes ditos “passionais”
dias de sua vida a preservar uma região da inundação por meio de
diques, ou a abrir canais que facilitem o comércio, ou a drenar pân- A história da humanidade registra poucos casos de mulhe-
tanos infestados, presta mais serviços ao Estado que um esqueleto res que mataram por se sentirem traídas ou desprezadas. Não sabe-
a pendular de uma forca numa corrente de ferro, ou desfeito em mos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo
pedaços sobre uma roda de carroça. de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente,
(VOLTAIRE. O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São não. O crime dado como passional costuma ser uma reação daque-
Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 18-20) le que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por
Voltaire acusa o sentido contraditório de um determinado po- sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas tam-
sicionamento ao referir-se a ele nestes segmentos: bém do fator econômico: o homem é, em boa parte dos casos, o
(A) massacrar habilmente um compatriota / detestar o homi- responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso, quando ele
cídio se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar.
(B) matem um homem / em grande aparato O que acontece com os homens que matam mulheres quan-
(C) Beccaria está enganado / o grande objetivo é servir o pú- do são levados a julgamento? São execrados ou perdoados? Como
blico reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que
(D) presta mais serviços ao Estado / trabalhos penosos e úteis se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapa-
(E) servir ao público / preservar uma região da inundação fúrdias, sentenças que decorrem mais em função da eloquência dos
advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados do
6. FCC - 2022 - SEDU-ES - Professor MaPB - Ensino Fundamental que das provas dos autos.
e Médio - Língua Portuguesa- Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos res-
Ai de ti, Ipanema ponsáveis acabaram sendo inocentados com o argumento de que
houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei. Os
Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso
mais famosas crônicas: “Ai de ti, Copacabana, porque eu já fiz o si- têm mais a ver com os sentimentos de vingança, ódio, rancor, frus-
nal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; tração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência, egoísmo
porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação do que com o verdadeiro sentimento de honra.

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA

A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmo- (E) Ao detectar em nossos dias tão agitados o vírus, da pressa
ronamento dos padrões patriarcais tiveram grande repercussão nas que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também
decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. o tempo de outras ocupações, o autor mostra, seu temor, de
A sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não que, se assim continuar nossa civilização se degradará.
podem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria, submeti-
das ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, 9. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário
vinham assumindo o direito de vida e morte sobre elas. - Área Judiciária
(Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São
Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim) O meu ofício
É inteiramente regular a pontuação do seguinte período: O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo.
(A) A autora do texto reclama, com senso de justiça que não se Espero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo
considere passional um crime movido pelo rancor, e pelo ódio. que posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extra-
(B) Como reage, a sociedade, quando se vê diante desses cri- ordinariamente à vontade e me movo num elemento que tenho
mes em que, a paixão alegada, vale como uma atenuante. a impressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instru-
(C) Tratadas há muito, como cidadãs de segunda classe, as mu- mentos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes
lheres, aos poucos, têm garantido seus direitos fundamentais. em minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma lín-
(D) Não é a paixão, mas sim, os motivos mais torpes, que es- gua estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar
tão na raiz mesma, dos crimes hediondos apresentados como uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros
passionais. conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e
(E) Há advogados cuja retórica, encenada em tom emocional, surda como uma náusea dentro de mim.
acaba por convencer o júri, inocentando assim um frio crimi-
noso. Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo
mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me im-
8. FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ciên- porta nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escre-
cias Jurídicas Considere o texto abaixo para responder à questão. ver histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo
sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo
[Viver a pressa] nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen-
sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo
Há uma continuidade entre a lógica intensamente competitiva ou furtadas aqui e ali.
e calculista do mundo do trabalho e aquilo que somos e fazemos
nas horas em que estamos fora dele. Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu
O vírus da pressa alastra-se em nossos dias de uma forma tão país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os
epidêmica como a peste em outros tempos: a frequência do acesso muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre
a um website despenca caso ele seja mais lento que um site rival. os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que
Mais de um quinto dos usuários da internet desistem de um vídeo podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova
caso ele demore mais que cinco segundos para carregar. máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto,
Excitação efêmera, sinal de tédio à espreita. Estará longe o dia um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi-
em que toda essa pressa deixe de ser uma obsessão? Será que a lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta,
adaptação triunfante aos novos tempos da velocidade máxima aca- atônita, estupefata.
bará por esvaziar até mesmo a consciência dessa nossa degradação (Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí-
descontrolada? cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)
(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: As normas de concordância verbal encontram-se plenamente
Companhia das Letras, 2016, p. 88) observadas em:
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período: (A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam
(A) Ao detectar, em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa, por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.
que contamina não apenas o tempo do trabalho, mas também (B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca
o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor de falta a espontaneidade dos bons escritos.
que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. (C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa-
(B) Ao detectar em nossos dias, tão agitados o vírus da pressa, cilidade que encontra ela em escrever seus textos.
que contamina não apenas o tempo do trabalho mas, também, (D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor, de tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
que, se assim continuar, nossa civilização se degradará. (E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
(C) Ao detectar, em nossos dias tão agitados o vírus da pressa, tora, do que os que a levaram a imaginar histórias.
que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas também
o tempo de outras ocupações, o autor mostra seu temor de
que, se assim continuar nossa civilização, se degradará.
(D) Ao detectar em nossos dias tão agitados, o vírus da pressa
que contamina, não apenas o tempo do trabalho mas, também
o tempo, de outras ocupações, o autor mostra seu temor de
que, se assim continuar nossa civilização se degradará.
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a solução para o seu concurso!
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10. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica,
Nutrição Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um
acento grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece
corretamente substituído em: os acidentes de trânsito.
(A) inerentes à determinado momento Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do
(B) inerentes à regras de convivência texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes
(C) inerentes à regulamentos anteriores centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam
(D) inerentes à evidência de incorreções sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro
passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria
11. Assinale a frase com desvio de regência verbal. vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-
(A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas. rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não
(B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecno- tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no
logia. padrão esperado.
(C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico. O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e
(D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber. nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-
(E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-
cientista. vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-
táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é
12. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN - Professor de simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria
Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)- armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de aciden- ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo.
tes E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-
Luciano Melo do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.
O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu Essas interpretações podem provocar outras tragédias além
carro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará de acidentes de carro.
e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr.
via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou- 2019. (texto adaptado)
tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a
veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de ocorrência do acento grave é justificada
dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave (A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-
colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo. bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um
nome.
Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi- (B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se- nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria verbo.
a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre (C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome,
isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.
somem ou aparecem em uma cena. (D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à nome.
nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi-
ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa- 13. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital
mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir nº 006
à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos A importância dos debates
da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem
notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham
mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-
entre uma olhada e outra. resse específico dos eleitores
No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite
uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado
atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi- em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de-
derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das
o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas. vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela
Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de Constituição de 1988, é justamente a de propiciar um maior de-
termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais
por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não votados na primeira etapa.
é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao
são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá-
nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in- dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões
trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA

principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen- meia hora a pobre mulher ficou em pé, no meio da passagem. Faço
der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise uma ideia das cambalhotas que não virou o filho. Eis o que importa
das finanças públicas. destacar: – ela viajou e desceu, e não teve a caridade de ninguém.
Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir (Nelson Rodrigues, Jovens imbecilizados pelos velhos. O óbvio ululante:
no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos primeiras confissões. Adaptado)
candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro- (*)latagões: homens jovens, robustos e de grande estatura.
paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação A passagem do texto em que todas as palavras estão emprega-
de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar- das em sentido próprio é:
gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar (A) Ninguém se mexeu e, repito, ninguém piou.
os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As (B) E, quando ia pagar a passagem, dizia o luso condutor por
respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im- trás dos bigodões…
prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por (C) O ônibus estava vibrante, rumoroso de jovens estudantes.
parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade. (D) Se uma delas tomava o bonde, três, quatro ou cinco jovens
O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público se arremessavam.
que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra- (E) E foi aí que percebi subitamente tudo.
ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go-
verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre- 15. Quadrix - 2023 - Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás - GO -
dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho Cargos de Nível Fundamental- O vocábulo “probo”, na sentença “Ele
venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo sempre se orgulhou de ser um sujeito probo”, é antônimo de
de interesse específico dos eleitores. (A) desonesto.
Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus- (B) leal.
sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa- (C) intolerante.
ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e (D) negligente.
menos passionalismo. (E) justo.
(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-
ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto 16. Quadrix - 2023 - Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás - GO -
de 2022) Cargos de Nível Fundamental- O termo “efêmeros”, na sentença “É
No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente uma pena que momentos como esse sejam efêmeros”, é sinônimo
a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu- de
nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos (A) desvalorizados.
eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há (B) tênues.
ocorrência da crase. (C) banais.
Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a (D) insignificantes.
alternativa em que há o emprego da crase indevidamente: (E) fugazes.
(A) cara a cara; às ocultas; à procura.
(B) face a face; às pressas; à deriva. 17. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil
(C) à frente; à direita; às vezes. - VUNESP - 2020)
(D) à tarde; à sombra de; a exceção de.
Escola inclusiva
14. Leia o texto, para responder à questão. É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros
concordam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos
Ainda alcancei a geração que cedia o lugar às senhoras grávi- com deficiência.
das. Se uma delas tomava o bonde, três, quatro ou cinco jovens se Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre
arremessavam. E a boa e ofegante senhora tinha seu canto, tinha os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma
seu espaço. E, quando ia pagar a passagem, dizia o luso condutor educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal
por trás dos bigodões: “Já está paga, já está paga!”. perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou
E assim, num simples gesto, temos o perfil, o retrato, a alma lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
do antigo jovem. Hoje, não. Outro dia, fui testemunha auditiva e A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualifi-
ocular de um episódio patético. Vinha eu, em pé, num ônibus api- cados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer
nhado. Passageiros amassados uns contra os outros. Essa promis- então de alunos com gama tão variada de dificuldades.
cuidade abjeta desumanizava todo mundo. O sujeito perdia a noção Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o en-
da própria identidade e tinha uma sensação de bicho engradado. frentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por
Pois bem. E, de repente, o ônibus para, e entra, exatamente, uma limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais.
senhora grávida. Oitavo ou nono mês. Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para
O ônibus estava vibrante, rumoroso de jovens estudantes. minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, dis-
Imaginei que esses latagões(*) iam dar uns dez lugares à mater corda de que crianças com deficiência devam aprender só na com-
recém-chegada. Pois bem. Ninguém se mexeu e, repito, ninguém panhia de colegas na mesma condição.
piou. E foi aí que percebi subitamente tudo. Ali estava uma nova Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar
geração, sem nenhuma semelhança com as anteriores. Durante com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com
necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2
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milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defende-
número de professores com alguma formação em educação espe- rem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se re-
cial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. produzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar
Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo.
aula. Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma es- se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras
trutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios
menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.
e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S.
período regular nas técnicas pedagógicas. Paulo. Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019.
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compe- Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo,
te ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabele- possuem três posições: próclise (antes do verbo), mesóclise (no
cimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar meio do verbo) e ênclise (depois do verbo).
em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se con- Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos
funde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo. nos trechos a seguir.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado) I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E
Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus pró-
pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses, prios dejetos.”
a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo:
colocação dos pronomes. “Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores,
(A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com sofás e até carcaças de automóveis.”
deficiência. (incluem-se) III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal:
(B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito “Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se
mais que 100 mil deles no país. (se contam) tornar as salamandras de Čapek.”
(C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser hu-
sala de aula. (concebe-se) mano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e pro-
(D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de duzir um ‘Dom Quixote’”.
receber o aluno... (encarrega-se) Está correto apenas o que se afirma em
(E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente (A) I e II.
já vamos aprendendo. (confunde-se) (B) I e III.
(C) II e IV.
18. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Agente Comunitário de Saú- (D) III e IV.
de - FCM - 2019)

Dieta salvadora
A ciência descobre um micróbio adepto de um GABARITO
alimento abundante: o lixo plástico no mar.

O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o 1 D


câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um des-
tino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os 2 A
mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também 3 D
com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças
de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, 4 E
subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente 5 A
para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da
6 A
Guanabara ao Pacífico.
De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, 7 E
China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um 8 A
micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico
jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado 9 B
pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o 10 D
das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios,
de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os 11 B
cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que 12 D
eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
13 D
Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco
Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na 14 E
costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher 15 A
pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as
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16 E ______________________________________________________

17 D ______________________________________________________
18 A ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES
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MATEMÁTICA

Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-


RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, ENVOLVENDO: vos e não nulos, ou seja, sem o zero.
ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTEN- Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
CIAÇÃO OU RADICIAÇÃO COM NÚMEROS RACIONAIS, NAS tivos e não nulos.
SUAS REPRESENTAÇÕES FRACIONÁRIA OU DECIMAL
Conjunto dos Números Racionais (Q)
Números racionais são aqueles que podem ser representados
— Conjuntos Numéricos em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
O grupo de termos ou elementos que possuem características sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare- O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os
cidos ou com as mesmas características são números, então dize- números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
mos que esses grupos são conjuntos numéricos1. nais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica- representados por uma fração. Além destes, números decimais e
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope- dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio-
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre- nais.
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências com 4 elementos:
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}. Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são
os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti- Também temos subconjuntos dos números racionais:
ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais. Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado
pelos números racionais sem o zero.
Conjunto dos Números Naturais (N) Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma-
O conjunto dos números naturais é representado pela letra N. do pelos números racionais positivos.
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado
é infinito. Exemplo: pelos números racionais positivos e não nulos.
N = {0, 1, 2, 3, 4…} Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma-
do pelos números racionais negativos e o zero.
Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado
em subconjuntos: pelos números racionais negativos e não nulos.
N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
rais não nulos, ou sem o zero. Conjunto dos Números Irracionais (I)
Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu- O conceito de números irracionais é dependente da definição
rais pares. de números racionais. Assim, pertencem ao conjunto dos números
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racio-
ímpares. nais.
P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos. Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional.
Não há possibilidade de pertencer aos dois conjuntos ao mesmo
Conjunto dos Números Inteiros (Z) tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complemen-
O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús- tar ao conjunto dos números racionais dentro do universo dos nú-
cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o meros reais.
zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…} Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos
O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub- números irreais é saber que os números irracionais não podem ser
conjuntos: escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com deci-
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não nega- mais infinitos e raízes não exatas.
tivos. Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas de-
Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po- cimais e que não são dízimas periódicas. Como exemplo, temos
sitivos. 0,12345678910111213, π, √3 etc.

1 https://matematicario.com.br/
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Conjunto dos Números Reais (R) (CEFET – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Em


O conjunto dos números reais é representado pelo R e é forma- três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua ca-
do pela junção do conjunto dos números racionais com o conjunto derneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00
dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do
é a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que en- que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês?
tre dois números reais existem infinitos números. (A) R$ 498,00
Entre os conjuntos números reais, temos: (B) R$ 450,00
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos. (C) R$ 402,00
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos. (D) R$ 334,00
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos. (E) R$ 324,00
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos. Resolução:
Primeiro mês = x
PROBLEMAS COM AS QUATRO OPERAÇÕES Segundo mês = x + 126
Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e sub- Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78
trações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro- Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176
blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos, 3.x = 1176 – 204
isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos x = 972 / 3
(letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com x = R$ 324,00 (1º mês)
utilização da álgebra. * No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00
É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar: Resposta: B

(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE


DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos
testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o
número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era
2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra-
ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven-
didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
Exemplos: (C) 2 / 5.
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – (D) 1 / 2.
CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros (E) 2 / 3.
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa-
be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e Resolução:
que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura: mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
(A) 1,52 metros. B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )
(B) 1,58 metros.
(C) 1,54 metros.
(D) 1,56 metros. , ou seja, 7.Q = 2.B ( II )

Resolução: Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:


Escrevendo em forma de equações, temos: 7.Q = 2. (360 – Q)
C = M + 0,05 ( I ) 7.Q = 720 – 2.Q
C = A – 0,10 ( II ) 7.Q + 2.Q = 720
A = D + 0,03 ( III ) 9.Q = 720
D não é mais baixa que C Q = 720 / 9
Se D = 1,70 , então: Q = 80 (queimadas)
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73 Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63 Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B

Resposta: B

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MATEMÁTICA

Potenciação 2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base.


Multiplicação de fatores iguais Conserva-se a base e subtraem os expoentes.

2³=2.2.2=8 Exemplos:
Casos 96 : 92 = 96-2 = 94
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se


2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número. os expoentes.

Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56

3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em


um número positivo.

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um


expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente.
(4.3)²=4².3²

4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta 5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos
em um número negativo. elevar separados.

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal Radiciação


para positivo e inverter o número que está na base. Radiciação é a operação inversa a potenciação

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
expoente, o resultado será igual a zero. Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais
fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos.
Veja:

64 2
Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma 32 2
base, repete-se a base e soma os expoentes. 16 2
8 2
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27 4 2
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27 2 2
1
64=2.2.2.2.2.2=26

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MATEMÁTICA

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um Operações


e multiplica.

Multiplicação

Exemplo
Observe:
1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
Divisão
De modo geral, se

a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , Exemplo

Então:
Adição e subtração
n
a.b = a . b
n n

Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.


O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é
igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi- 8 2 20 2
cando. 4 2 10 2
Raiz quadrada de frações ordinárias 2 2 5 5
1 1
1 1
2 2 2 2 2
2
Observe: =  = 1 =
3 3 3
32 Caso tenha:
a an
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: =n
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado Racionalização de Denominadores
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do Normalmente não se apresentam números irracionais com
radicando. radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador.
Raiz quadrada números decimais 1º Caso: Denominador composto por uma só parcela

Operações

2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de


quadrados no denominador:

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MATEMÁTICA

Exemplo
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM; MÁXIMO DIVISOR COMUM; O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros, de
forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos
Máximo Divisor Comum serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão possível.
O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir (A) mais de 30 cm.
as etapas: (B) menos de 15 cm.
• Decompor o número em fatores primos (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
• Multiplicar os fatores entre si. (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
Resposta: A.
Exemplo:
352 2 416 2
15 3 24 2 176 2 208 2
5 5 12 2 88 2 104 2
1 6 2 44 2 52 2
3 3 22 2 26 2
1 11 11 13 13
1 1
15 = 3.5 24 = 23.3
Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. E são os fatores que temos iguais:25=32
m.d.c
(15,24) = 3 Exemplo
Mínimo Múltiplo Comum (MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aeroporto
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias aéreas.
o menor número, diferente de zero. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da companhia
B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 minutos. Em um do-
Para calcular devemos seguir as etapas: mingo, às 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
• Decompor os números em fatores primos tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às:
• Multiplicar os fatores entre si (A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
Exemplo: (C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
15,24 2 (E) 18 horas.
15,12 2
Resposta: E.
15,6 2
15,3 3 20,30,44 2
5,1 5 10,15,22 2
1 5,15,11 3
5,5,11 5
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão 1,1,11 11
com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí- 1,1,1
veis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
aparecendo.
1h---60minutos
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120 x-----660
x=660/60=11

Então será depois de 11horas que se encontrarão


7+11=18h
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MATEMÁTICA

Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para


PORCENTAGEM aprender essa técnica.
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que
representa 1%.
A porcentagem representa uma razão cujo denominador é 100,
ou seja, .

O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que


significa dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada 2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela
de razão centesimal ou percentual2. porcentagem que se quer descobrir.
Saber calcular porcentagem é importante para resolver
problemas matemáticos, principalmente na matemática financeira 2 x 20 = 40
para calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante.
Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
— Calculando Porcentagem de um Valor
Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações
centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total. equivalentes
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a As frações equivalentes representam a mesma porção do todo
seguinte operação: e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador
da fração pelo mesmo número natural.
Veja como encontrar a fração equivalente de .

Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de


porcentagem: Se a fração equivalente de é , então para calcular
20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como fazer:

Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da


seguinte forma:
1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.
20 x 200 = 4.000 — Calcular porcentagem de aumentos e descontos
Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados
2º passo: dividir o resultado anterior por 100. utilizando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo.

Calculando Porcentagem de Forma Rápida Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço
Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes.
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a
fazer porcentagem de maneira mais rápida. Fator multiplicativo para aumento em um valor
Quando um produto recebe um aumento, o fator de
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1% multiplicação é dado por uma soma.
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente Fator de multiplicação = 1 + i.
utilizando o correspondente a 1% do valor.
Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria
que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado
da seguinte forma:

1º passo: encontrar a taxa de variação.

2 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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MATEMÁTICA

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo. Proporção


Fator de multiplicação = 1 + 0,25.
Fator de multiplicação = 1,25.

3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.


100 x 1,25 = 125 reais. onde todos os coeficientes são ≠ 0.

Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria Exemplo: Qual a razão entre 40 e 20?
seja R$ 125.

Fator multiplicativo para desconto em um valor


Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator
multiplicativo envolve uma subtração. Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e
Fator de multiplicação = 1 - 0,25. o denominador, o de baixo.

Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria


que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria?
1º passo: encontrar a taxa de variação.

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo


porcentagem, também chamada de razão centesimal.

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.


Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Fator de multiplicação = 0,75.

3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo. Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado
100 x 0,75 = 75 reais. de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).

RAZÃO E PROPORÇÃO; REGRA DE TRÊS SIMPLES OU COM-


POSTA
Qual o valor de x na proporção abaixo?
A razão estabelece uma comparação entre duas grandezas,
sendo o coeficiente entre dois números3.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões,
ou ainda, quando duas razões possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. x = 12 . 3
Vale lembrar que duas grandezas são proporcionais quando formam x = 36
uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos
cotidianamente os conceitos de razão e proporção. Para preparar descobrir o quarto, também chamado de “quarta proporcional”.
uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais Na proporção, os elementos são denominados de termos. A
entre os ingredientes. primeira fração é formada pelos primeiros termos (A/B), enquanto
Para encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de a segunda são os segundos termos (C/D).
medida terão de ser as mesmas. Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três,
A partir das grandezas A e B temos: utilizamos o cálculo da proporção para encontrar o valor procurado.

Razão — Propriedades da Proporção


1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:

ou A : B, onde b ≠ 0.

Logo: A · D = B · C.

3 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/ Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.


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MATEMÁTICA

2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por Exemplo: Se 7 pedreiros constroem uma casa grande em 80
exemplo: dias, apenas 5 deles construirão a mesma casa em quanto tempo?

é equivalente

Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois


a relação é inversamente proporcional. Isso acontece porque
a diminuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de
Logo, D. A = C . B. construção.

— Regra de três simples e composta


A regra de três é a proporção entre duas ou mais grandezas, que
podem ser velocidades, tempos, áreas, distâncias, cumprimentos,
entre outros4.
É o método para determinar o valor de uma incógnita quando
são apresentados duas ou mais razões, sejam elas diretamente ou 5x = 80 . 7
inversamente proporcionais. 5x = 560
x = 560/5
As Grandezas x = 112
Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas
diretamente e inversamente proporcionais. Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o pedreiros.
acréscimo ou decréscimo de uma equivale ao mesmo processo na
outra. Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também Regra de Três Simples
será triplicada, e assim sucessivamente. A regra de três simples funciona na relação de apenas
duas grandezas, que podem ser diretamente ou inversamente
Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempresa proporcionais.
com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel diariamente. Quantas
folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de Exemplo 1: Para fazer um bolo de limão utiliza-se 250 ml do
colaboradores aumentar para 50? suco da fruta. Porém, foi feito uma encomenda de 6 bolos. Quantos
limões serão necessários?

Ao analisarmos o caso percebemos que o aumento de Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já
colaboradores provocará também um aumento no gasto de papel. que o aumento no pedido de bolos pede uma maior quantidade
Logo, essa é uma razão do tipo direta, que deve ser resolvida através de limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela
da multiplicação cruzada: multiplicação cruzada:
35x = 50 . 10 x = 250 . 6
35x = 500 x = 1500 ml de suco
x = 500/35
x = 14,3 Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um
trajeto em 2 horas. Se a velocidade for reduzida para 70 km/h, em
Portanto, serão necessários 14,3 papéis para suprir as quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?
demandas da microempresa com 50 funcionários.

Por outro lado, as grandezas inversas ocorrem quando o


aumento ou diminuição de uma resultam em grandezas opostas.
Ou seja, se uma é quadruplicada, a outra é reduzida pela metade,
e assim por diante.
4 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-tres-sim-
ples-e-composta
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MATEMÁTICA

Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três


simples inversa, uma vez que ao diminuirmos a velocidade do carro EQUAÇÕES DO 1º OU DO 2º GRAUS; SISTEMA DE EQUA-
o tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das ÇÕES DO 1º GRAU
razões deverá ser invertida e transformada em direta.

— Equação do 1° Grau
Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma
ou mais incógnitas5. Quem determina o “grau” dessa equação é
o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a
equação do 1º grau. Se o expoente for 2, a equação será do 2º grau;
70x = 120 . 2 se o expoente for 3, a equação será de 3º grau. Exemplos:
70x = 240 4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)
x = 240/70 x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)
x = 3,4 h x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)

Regra de Três Composta A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:


A regra de três composta é a razão e proporção entre três ou
mais grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, ou
seja, as relações que aparecem em mais de duas colunas.
É importante dizer que a e b representam qualquer número real
Exemplo: Uma loja demora 4 dias para produzir 160 peças e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x pode ser representada por
de roupas com 8 costureiras. Caso 6 funcionárias estiverem qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor
trabalhando, quantos dias levará para a produção de 300 peças? a ser encontrado para o resultado da equação. O primeiro membro
da equação são os números do lado esquerdo da igualdade, e o
segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade.

Como resolver uma equação do primeiro grau


Para resolvermos uma equação do primeiro grau, devemos
achar o valor da incógnita (que vamos chamar de x) e, para que isso
seja possível, é só isolar o valor do x na igualdade, ou seja, o x deve
Inicialmente, deve-se analisar cada grandeza em relação ao ficar sozinho em um dos membros da equação.
valor desconhecido, isto é: O próximo passo é analisar qual operação está sendo feita no
- Relacionando os dias de produção com a quantidade de peças, mesmo membro em que se encontra x e “jogar” para o outro lado
percebe-se que essas grandezas são diretamente proporcionais, da igualdade fazendo a operação oposta e isolando x.
pois aumentando o número de peças cresce a necessidade de mais 1° exemplo:
dias de trabalho.
- Relacionando a demanda de costureiras com os dias de
produção, observa-se que aumentando a quantidade de peças
o quadro de funcionárias também deveria aumentar. Ou seja, as Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e
grandezas são inversamente proporcionais. ele está somando. Para isolar a incógnita, ele vai para o outro lado
da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):
Após análises, organiza-se as informações em novas colunas:

2° exemplo:

4/x = 160/300 . 6/8


4/x = 960/2400
960x = 2400 . 4
960x = 9600
x = 9600/960
x = 10 dias

5 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.htm#:~:-
text=Na%20Matem%C3%A1tica%2C%20a%20equa%C3%A7%C3%A3o%20
%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20de%203%C2%BA%20
grau.
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MATEMÁTICA

O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele
subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro lado da igualdade está somando, vamos subtrair o número 12 nos dois membros da
com a operação inversa, que é a soma: equação:

3° exemplo: Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita


será dividido por 3 nos dois membros da equação:

Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da


incógnita, o 4 e o 2. O número 2 está somando e vai para o outro
lado da igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando,
passa para o outro lado dividindo. EQUAÇÃO DO 2° GRAU

Toda equação que puder ser escrita na forma ax2 + bx + c = 0


será chamada equação do segundo grau6. O único detalhe é que
a, b e c devem ser números reais, e a não pode ser igual a zero em
hipótese alguma.
Uma equação é uma expressão que relaciona números
conhecidos (chamados coeficientes) a números desconhecidos
(chamados incógnitas), por meio de uma igualdade. Resolver uma
equação é usar as propriedades dessa igualdade para descobrir
o valor numérico desses números desconhecidos. Como eles
são representados pela letra x, podemos dizer que resolver uma
4° exemplo: equação é encontrar os valores que x pode assumir, fazendo com
Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar que a igualdade seja verdadeira.
o número para o outro lado, devemos sempre deixar o lado da
incógnita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1. — Como resolver equações do 2º grau?
Conhecemos como soluções ou raízes da equação ax² + bx + c =
0 os valores de x que fazem com que essa equação seja verdadeira7.
Uma equação do 2º grau pode ter no máximo dois números reais
que sejam raízes dela. Para resolver equações do 2º grau completas,
existem dois métodos mais comuns:
Passando o número 3, que está multiplicando x, para o outro - Fórmula de Bhaskara;
lado, teremos: - Soma e produto.

O primeiro método é bastante mecânico, o que faz com


que muitos o prefiram. Já para utilizar o segundo, é necessário o
conhecimento de múltiplos e divisores. Além disso, quando as
soluções da equação são números quebrados, soma e produto não
é uma alternativa boa.
— Propriedade Fundamental das Equações
A propriedade fundamental das equações é também chamada — Fórmula de Bhaskara
de regra da balança. Não é muito utilizada no Brasil, mas tem
a vantagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for 1) Determinar os coeficientes da equação
feito no primeiro membro da equação deve também ser feito no Os coeficientes de uma equação são todos os números que não
segundo membro com o objetivo de isolar a incógnita para se obter são a incógnita dessa equação, sejam eles conhecidos ou não. Para
o resultado. Veja a demonstração nesse exemplo: isso, é mais fácil comparar a equação dada com a forma geral das
equações do segundo grau, que é: ax2 + bx + c = 0. Observe que
o coeficiente “a” multiplica x2, o coeficiente “b” multiplica x, e o
coeficiente “c” é constante.

6 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacoes-segundo-grau.htm#:~:-
text=Toda%20equa%C3%A7%C3%A3o%20que%20puder%20ser,a%20zero%20
em%20hip%C3%B3tese%20alguma.
7 https://www.preparaenem.com/matematica/equacao-do-2-grau.htm
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MATEMÁTICA

Por exemplo, na seguinte equação: Observe a presença de um sinal ± na fórmula de Bhaskara.


x² + 3x + 9 = 0 Esse sinal indica que deveremos fazer um cálculo para √Δ positivo
e outro para √Δ negativo. Ainda no exemplo 4x2 – 4x – 24 = 0,
O coeficiente a = 1, o coeficiente b = 3 e o coeficiente c = 9. substituiremos seus coeficientes e seu discriminante na fórmula de
Bhaskara:
Na equação:
– x² + x = 0

O coeficiente a = – 1, o coeficiente b = 1 e o coeficiente c = 0.


2) Encontrar o discriminante
O discriminante de uma equação do segundo grau é
representado pela letra grega Δ e pode ser encontrado pela seguinte
fórmula:
Δ = b² – 4·a·c

Nessa fórmula, a, b e c são os coeficientes da equação do


segundo grau. Na equação: 4x² – 4x – 24 = 0, por exemplo, os
coeficientes são: a = 4, b = – 4 e c = – 24. Substituindo esses números
na fórmula do discriminante, teremos:
Δ = b² – 4 · a · c Então, as soluções dessa equação são 3 e – 2, e seu conjunto de
Δ= (– 4)² – 4 · 4 · (– 24) solução é: S = {3, – 2}.
Δ = 16 – 16 · (– 24)
Δ = 16 + 384 — Soma e Produto
Δ = 400 Nesse método é importante conhecer os divisores de um
número. Ele se torna interessante quando as raízes da equação são
— Quantidade de soluções de uma equação números inteiros, porém, quando são um número decimal, esse
As equações do segundo grau podem ter até duas soluções método fica bastante complicado.
reais8. Por meio do discriminante, é possível descobrir quantas A soma e o produto é uma relação entre as raízes x1 e x2 da
soluções a equação terá. Muitas vezes, o exercício solicita isso em equação do segundo grau, logo devemos buscar quais são os
vez de perguntar quais as soluções de uma equação. Então, nesse possíveis valores para as raízes que satisfazem a seguinte relação:
caso, não é necessário resolvê-la, mas apenas fazer o seguinte:
Se Δ < 0, a equação não possui soluções reais.
Se Δ = 0, a equação possui apenas uma solução real.
Se Δ > 0, a equação possui duas soluções reais.

Isso acontece porque, na fórmula de Bhaskara, calcularemos a


raiz de Δ. Se o discriminante é negativo, é impossível calcular essas
raízes. Exemplo: Encontre as soluções para a equação x² – 5x + 6 = 0.
1º passo: encontrar a, b e c.
3) Encontrar as soluções da equação a=1
Para encontrar as soluções de uma equação do segundo b = -5
grau usando fórmula de Bhaskara, basta substituir coeficientes e c=6
discriminante na seguinte expressão:
2º passo: substituir os valores de a, b e c na fórmula.

8 https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/discriminante-uma-equa-
cao-segundo-grau.htm
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3º passo: encontrar o valor de x1 e x2 analisando a equação. 3º passo: encontrar as soluções.


Nesse caso, estamos procurando dois números cujo produto Já encontramos a primeira solução, x = 0, agora falta encontrar
seja igual a 6 e a soma seja igual a 5. o valor de x que faz com que 2x + 5 seja igual a zero, então, temos
Os números cuja multiplicação é igual a 6 são: que:
I. 6 x 1 = 6 2x + 5 = 0
II. 3 x 2 =6 2x = -5
III. (-6) x (-1) = 6 x = -5/2
IV. (-3) x (-2) = 6
Então encontramos as duas soluções da equação, x = 0 ou x =
Dos possíveis resultados, vamos buscar aquele em que a soma -5/2.
seja igual a 5. Note que somente a II possui soma igual a 5, logo as
raízes da equação são x1 = 3 e x2 = 2. Quando b = 0
Quando b = 0, encontramos uma equação incompleta do tipo
— Equação do 2º Grau Incompleta ax² + c = 0. Nesse caso, vamos isolar a variável x até encontrar as
Equação do 2º grau é incompleta quando ela possui b e/ou c possíveis soluções da equação. Vejamos um exemplo:
iguais a zero4. Existem três tipos dessas equações, cada um com um Exemplo: Encontre as soluções da equação 3x² – 12 = 0.
método mais adequado para sua resolução. Para encontrar as soluções, vamos isolar a variável.
Uma equação do 2º grau é conhecida como incompleta quando 3x² – 12 = 0
um dos seus coeficientes, b ou c, é igual a zero. Existem três casos 3x² = 12
possíveis de equações incompletas, que são: x² = 12 : 3
- Equações que possuem b = 0, ou seja, ax² + c = 0; x² = 4
- Equações que possuem c = 0, ou seja, ax² + bx = 0;
- Equações em que b = 0 e c = 0, então a equação será ax² = 0. Ao extrair a raiz no segundo membro, é importante lembrar que
existem sempre dois números e que, ao elevarmos ao quadrado,
Em cada caso, é possível utilizar métodos diferentes para encontramos como solução o número 4 e, por isso, colocamos o
encontrar o conjunto de soluções da equação. Por mais que seja símbolo de ±.
possível resolvê-la utilizando a fórmula de Bhaskara, os métodos x = ±√4
específicos de cada equação incompleta acabam sendo menos x = ±2
trabalhosos. A diferença entre a equação completa e a equação Então as soluções possíveis são x = 2 e x = -2.
incompleta é que naquela todos os coeficientes são diferentes de 0,
já nesta pelo menos um dos seus coeficientes é zero. Quando b = 0 e c = 0
Quando tanto o coeficiente b quanto o coeficiente c são iguais
Como Resolver Equações do 2º Grau Incompletas a zero, a equação será do tipo ax² = 0 e terá sempre como única
Para encontrar as soluções de uma equação do 2º grau, é solução x = 0. Vejamos um exemplo a seguir.
bastante comum a utilização da fórmula de Bhaskara, porém Exemplo:
existem métodos específicos para cada um dos casos de equações 3x² = 0
incompletas, a seguir veremos cada um deles. x² = 0 : 3
x² = 0
Quando c = 0 x = ±√0
Quando o c = 0, a equação do 2º grau é incompleta e é uma x = ±0
equação do tipo ax² + bx = 0. Para encontrar seu conjunto de x=0
soluções, colocamos a variável x em evidência, reescrevendo essa
equação como uma equação produto. Vejamos um exemplo a
seguir. GRANDEZAS E MEDIDAS – QUANTIDADE, TEMPO, COM-
Exemplo: Encontre as soluções da equação 2x² + 5x = 0. PRIMENTO, SUPERFÍCIE, CAPACIDADE E MASSA
1º passo: colocar x em evidência.
Reescrevendo a equação colocando x em evidência, temos que:
2x² + 5x = 0 As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir
x · (2x + 5) = 0 diferentes grandezas, tais como comprimento, capacidade, massa,
tempo e volume9.
2º passo: separar a equação produto em dois casos. O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade
Para que a multiplicação entre dois números seja igual a zero, padrão de cada grandeza. Baseado no sistema métrico decimal, o SI
um deles tem que ser igual a zero, no caso, temos que: surgiu da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas
x · (2x + 5) = 0 na maior parte dos países.
x = 0 ou 2x + 5 = 0
— Medidas de Comprimento
Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a
jarda, a polegada e o pé.

9 https://www.todamateria.com.br/unidades-de-medida/
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No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o comprimento da distância percorrida pela
luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de um segundo.
Assim, são múltiplos do metro: quilômetro (km), hectômetro (hm) e decâmetro (dam)10.
Enquanto são submúltiplos do metro: decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).
Os múltiplos do metro são as grandes distâncias. Eles são chamados de múltiplos porque resultam de uma multiplicação que tem
como referência o metro.
Os submúltiplos, ao contrário, como pequenas distâncias, resultam de uma divisão que tem igualmente como referência o metro. Eles
aparecem do lado direito na tabela acima, cujo centro é a nossa medida base - o metro.

— Medidas de Capacidade
As medidas de capacidade representam as unidades usadas para definir o volume no interior de um recipiente11. A principal unidade
de medida da capacidade é o litro (L).
O litro representa a capacidade de um cubo de aresta igual a 1 dm. Como o volume de um cubo é igual a medida da aresta elevada ao
cubo, temos então a seguinte relação:

1 L = 1 dm³

Mudança de Unidades
O litro é a unidade fundamental de capacidade. Entretanto, também é usado o quilolitro(kL), hectolitro(hL) e decalitro que são seus
múltiplos e o decilitro, centilitro e o mililitro que são os submúltiplos.
Como o sistema padrão de capacidade é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-se ou
dividindo-se por 10.
Para transformar de uma unidade de capacidade para outra, podemos utilizar a tabela abaixo:

Exemplo: fazendo as seguintes transformações:


a) 30 mL em L
Observando a tabela acima, identificamos que para transformar de ml para L devemos dividir o número três vezes por 10, que é o
mesmo que dividir por 1000. Assim, temos:
30 : 1000 = 0,03 L

Note que dividir por 1000 é o mesmo que “andar” com a vírgula três casa diminuindo o número.

b) 5 daL em dL
Seguindo o mesmo raciocínio anterior, identificamos que para converter de decalitro para decilitro devemos multiplicar duas vezes
por 10, ou seja, multiplicar por 100.
5 . 100 = 500 dL

c) 400 cL em L
Para passar de centilitro para litro, vamos dividir o número duas vezes por 10, isto é, dividir por 100:
400 : 100 = 4 L

10 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-comprimento/
11 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-capacidade/
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Medida de Volume
As medidas de volume representam o espaço ocupado por um corpo. Desta forma, podemos muitas vezes conhecer a capacidade de
um determinado corpo conhecendo seu volume.
A unidade de medida padrão de volume é o metro cúbico (m³), sendo ainda utilizados seus múltiplos (km³, hm³ e dam³) e submúltiplos
(dm³, cm³ e mm³).
Em algumas situações é necessário transformar a unidade de medida de volume para uma unidade de medida de capacidade ou vice-
versa. Nestes casos, podemos utilizar as seguintes relações:
1 m³ = 1 000 L
1 dm³ = 1 L
1 cm³ = 1 mL

Exemplo: Um tanque tem a forma de um paralelepípedo retângulo com as seguintes dimensões: 1,80 m de comprimento, 0,90 m de
largura e 0,50 m de altura. A capacidade desse tanque, em litros, é:
A) 0,81
B) 810
C) 3,2
D) 3200

Para começar, vamos calcular o volume do tanque, e para isso, devemos multiplicar suas dimensões:
V = 1,80 . 0,90 . 0,50 = 0,81 m³

Para transformar o valor encontrado em litros, podemos fazer a seguinte regra de três:

Assim, x = 0,81 . 1000 = 810 L.


Portanto, a resposta correta é a alternativa b.

Medidas de Massa
No Sistema Internacional de unidades a medida de massa é o quilograma (kg)12. Um cilindro de platina e irídio é usado como o padrão
universal do quilograma.
As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg), centigrama (cg) e miligrama (mg).
São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada equivalente a 1000 kg.

• Unidades de medida de massa


As unidades do sistema métrico decimal de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg),
centigrama (cg), miligrama (mg).

Utilizando o grama como base, os múltiplos e submúltiplos das unidades de massa estão na tabela a seguir.

Além das unidades apresentadas existem outras como a tonelada, que é um múltiplo do grama, sendo que 1 tonelada equivale a 1
000 000 g ou 1 000 kg. Essa unidade é muito usada para indicar grandes massas.
A arroba é uma unidade de medida usada no Brasil, para determinar a massa dos rebanhos bovinos, suínos e de outros produtos. Uma
arroba equivale a 15 kg.
O quilate é uma unidade de massa, quando se refere a pedras preciosas. Neste caso 1 quilate vale 0,2 g.
12 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
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MATEMÁTICA

— Conversão de unidades
Como o sistema padrão de medida de massa é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-
se ou dividindo-se por 1013.
Para transformar as unidades de massa, podemos utilizar a tabela abaixo:

Exemplos:
a) Quantas gramas tem 1 kg?
Para converter quilograma em grama basta consultar o quadro acima. Observe que é necessário multiplicar por 10 três vezes.
1 kg → g
1 kg x 10 x 10 x 10 = 1 x 1000 = 1.000 g

b) Quantos quilogramas tem em 3.000 g?


Para transformar grama em quilograma, vemos na tabela que devemos dividir o valor dado por 1.000. Isto é o mesmo que dividir por
10, depois novamente por 10 e mais uma vez por 10.
3.000 g → kg
3.000 g : 10 : 10 : 10 = 3.000 : 1.000 = 3 kg

c) Transformando 350 g em mg.


Para transformar de grama para miligrama devemos multiplicar o valor dado por 1.000 (10 x 10 x 10).
350 g → mg
350 x 10 x 10 x 10 = 350 x 1000 = 350.000 mg

— Medidas de Tempo
Existem diversas unidades de medida de tempo, por exemplo a hora, o dia, o mês, o ano, o século. No sistema internacional de
medidas a unidades de tempo é o segundo (s)14.

Horas, Minutos e Segundos


Muitas vezes necessitamos transformar uma informação que está, por exemplo, em minuto para segundos, ou em segundos para
hora.
Para tal, devemos sempre lembrar que 1 hora tem 60 minutos e que 1 minuto equivale a 60 segundos. Desta forma, 1 hora corresponde
a 3.600 segundos.
Assim, para mudar de hora para minuto devemos multiplicar por 60. Por exemplo, 3 horas equivalem a 180 minutos (3 . 60 = 180).

O diagrama abaixo apresenta a operação que devemos fazer para passar de uma unidade para outra.

Em algumas áreas é necessário usar medidas com precisão maior que o segundo. Neste caso, usamos seus submúltiplos.
Assim, podemos indicar o tempo decorrido de um evento em décimos, centésimos ou milésimos de segundos.
Por exemplo, nas competições de natação o tempo de um atleta é medido com precisão de centésimos de segundo.

13 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
14 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-tempo/
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Instrumentos de Medidas
Para medir o tempo utilizamos relógios que são dispositivos que medem eventos que acontecem em intervalos regulares.
Os primeiros instrumentos usados para a medida do tempo foram os relógios de Sol, que utilizavam a sombra projetada de um objeto
para indicar as horas.
Foram ainda utilizados relógios que empregavam escoamento de líquidos, areia, queima de fluidos e dispositivos mecânicos como os
pêndulos para indicar intervalos de tempo.

Outras Unidades de Medidas de Tempo


O intervalo de tempo de uma rotação completa da terra equivale a 24h, que representa 1 dia.
O mês é o intervalo de tempo correspondente a determinado número de dias. Os meses de abril, junho, setembro, novembro têm 30 dias.
Já os meses de janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro possuem 31 dias. O mês de fevereiro normalmente têm 28
dias. Contudo, de 4 em 4 anos ele têm 29 dias.
O ano é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do Sol. Normalmente, 1 ano corresponde a 365 dias, no
entanto, de 4 em 4 anos o ano têm 366 dias (ano bissexto).
Na tabela abaixo relacionamos algumas dessas unidades:

Tabela de Conversão de Medidas


O mesmo método pode ser utilizado para calcular várias grandezas.
Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro as unidades de medidas bases das grandezas que queremos converter, por exemplo:
Capacidade: litro (l)
Comprimento: metro (m)
Massa: grama (g)
Volume: metro cúbico (m3)

Tudo o que estiver do lado direito da medida base são chamados submúltiplos. Os prefixos deci, centi e mili correspondem
respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade fundamental.
Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem respectivamente a dez, cem e mil vezes a unidade fundamental.

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MATEMÁTICA

Exemplos:
a) Quantos mililitros correspondem 35 litros?
Para fazer a transformação pedida, vamos escrever o número na tabela das medidas de capacidade. Lembrando que a medida pode
ser escrita como 35,0 litros. A virgula e o algarismo que está antes dela devem ficar na casa da unidade de medida dada, que neste caso
é o litro.

Depois completamos as demais caixas com zeros até chegar na unidade pedida. A vírgula ficará sempre atrás dos algarismos que
estiver na caixa da unidade pedida, que neste caso é o ml.

Assim 35 litros correspondem a 35000 ml.

b) Transformando 700 gramas em quilogramas.


Lembrando que podemos escrever 700,0 g. Colocamos a vírgula e o 0 antes dela na unidade dada, neste caso g e os demais algarismos
nas casas anteriores.

Depois completamos com zeros até chegar na casa da unidade pedida, que neste caso é o quilograma. A vírgula passa então para atrás
do algarismo que está na casa do quilograma.

Então 700 g corresponde a 0,7 kg.

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS – TABELA OU GRÁFICO

— Gráficos
Os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, os quais costumam ser dispostos em tabelas quando se realiza
pesquisas estatísticas15. Eles trazem muito mais praticidade, principalmente quando os dados não são discretos, ou seja, quando são
números consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos também apresentam de maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.

Elementos do Gráfico
Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em consideração alguns elementos que são essenciais para sua melhor
compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à necessidade de passar uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, em
um gráfico estatístico, não deve haver muitas informações, devemos colocar nele somente o necessário.
As informações em um gráfico devem estar dispostas de maneira clara e verídica para que os resultados sejam dados de modo coeso
com a finalidade da pesquisa.”

Tipos de Gráficos
Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar dados, diagramas são gráficos construídos em duas
dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-los. A seguir, listamos alguns.

15 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm
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• Gráfico de Pontos
Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma tabela de distribuição de frequência, sendo ela absoluta
ou relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar os dados das tabelas de forma resumida e que possibilite a análise das
distribuições desses dados.

Exemplo: Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil, na qual foram coletadas as idades das crianças. Nessa
coleta foi organizado o seguinte rol:

Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}

Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.

Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada idade e o somatório de todos os pontos fornece-nos a
quantidade total de dados coletados.

• Gráfico de linha
É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo do tempo, esse tipo de gráfico é muito presente em análises
financeiras. O eixo das abscissas (eixo x) representa o tempo, que pode ser dado em anos, meses, dias, horas etc., enquanto o eixo das
ordenadas (eixo y) representa o outro dado em questão.
Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de realizar a análise de mais de uma tabela, por exemplo.

Exemplo: Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os dados foram dispostos em uma tabela.

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Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito do crescimento ou do decrescimento dos rendimentos da
empresa.

• Gráfico de Barras
Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando retângulos de mesma largura e altura. Altura essa que deve
ser proporcional ao dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do dado, maior deve ser a altura do retângulo.

Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo analisar o percentual de determinada população que acesse ou tenha:
internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou tablet. Os resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como
este:

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• Gráfico de Colunas
Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a mesma finalidade. O gráfico de colunas então é usado quando
as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco no gráfico de barra.

Exemplo: Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando determinada grandeza ao longo de alguns anos.

• Gráfico de Setor
É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em setores, as áreas dos setores são proporcionais às
frequências dos dados, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor circular.

Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências diversas para determinada
grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação em candidatos em uma eleição.

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• Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais)16.
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as barras.

• Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem com um texto informativo. As imagens podem conter alguns tipos de gráficos.

16 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/
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Média Ponderada
— Tabelas A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adi-
As tabelas são usadas para organizar algumas informações ção e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chama-
ou dados. Da mesma forma que os gráficos, elas facilitam o da média aritmética ponderada.
entendimento, por meio de linhas e colunas que separam os dados.

Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn

Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme-


ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de
termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn)
em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é,
a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ-
ência (xn) em rol.

Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
Sendo assim, são usadas para melhor visualização de {12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
informações em diversas áreas do conhecimento. Também são
muito frequentes em concursos e vestibulares. Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10,
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO – MÉDIA ARITMÉTICA Resposta: Md=12.
SIMPLES Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se
obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos Solução:
do conjunto. Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
Representemos a média aritmética por . (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética
A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na entre os dois termos centrais do rol.
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti-
ca para variáveis quantitativas. Logo:
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen-
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe- Resposta: Md=15
lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos Moda (Mo)
jogadores é: Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda
aquele valor que ocorre com maior frequência.
1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07
+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0 Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte-
remos a média aritmética das alturas: Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
isto é, Mo=8.

Exemplo 2:
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

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Medidas de dispersão b) A variância é:


Duas distribuições de frequência com medidas de tendência
central semelhantes podem apresentar características diversas.
Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o
grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de
qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.

Variância Desvio médio


Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um Definição
conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se-
chamado de variância. Esse índice é assim definido: quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua elemento da amostra e seu valor médio.
média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se
por , o número:

Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua mé-
Isto é: dia aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indica-se
por , o número:

E para amostra
Isto é:

Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se-
guinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Exemplo:
JOGO NÚMERO DE PONTOS As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são:
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
1 22 a) A estatura média desses jogadores.
2 18 b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
3 13 Solução:
4 24
Sendo a estatura média, temos:
5 26
6 20
7 19
8 18

a) Qual a média de pontos por jogo? Sendo o desvio padrão, tem-se:


b) Qual a variância do conjunto de pontos?

Solução:
a) A média de pontos por jogo é:

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Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.


NOÇÕES DE GEOMETRIA – FORMA, ÂNGULOS, ÁREA, PERÍ- Para qualquer triângulo ABC inscrito em uma circunferência de
METRO, VOLUME, TEOREMAS DE PITÁGORAS OU DE TALES centro O e raio R, temos que:

A geometria é uma área da matemática que estuda as formas


geométricas desde comprimento, área e volume17. O vocábulo ge-
ometria corresponde a união dos termos “geo” (terra) e “metron”
(medir), ou seja, a “medida de terra”.
A Geometria é dividida em três categorias:
- Geometria Analítica;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;

Assim, a geometria analítica, também chamada de geometria


cartesiana, une conceitos de álgebra e geometria através dos
sistemas de coordenadas. Os conceitos mais utilizados são o ponto
e a reta.
Enquanto a geometria plana ou euclidiana reúne os estudos
sobre as figuras planas, ou seja, as que não apresentam volume,
a geometria espacial estuda as figuras geométricas que possuem
volume e mais de uma dimensão. — Lei dos Cossenos
A lei dos cossenos pode ser utilizada para qualquer tipo de triângulo,
— Geometria Plana mesmo que ele não tenha um ângulo de 90º. Basta conhecer o cosseno
É a área da matemática que estuda as formas que não possuem de um dos ângulos e o valor de dois lados (arestas) do triângulo.
volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos, circunferências são Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.
alguns exemplos de figuras de geometria plana (polígonos)18. Para qualquer triângulo ABC, temos que:
Para geometria plana, é importante saber calcular a área, o
perímetro e o(s) lado(s) de uma figura a partir das relações entre os
ângulos e as outras medidas da forma geométrica.
Algumas fórmulas de geometria plana:

— Teorema de Pitágoras
Uma das fórmulas mais importantes para esta frente
matemática é o Teorema de Pitágoras.
Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma
dos quadrados dos catetos (os “lados” que formam o ângulo reto) é
igual ao quadrado da hipotenusa (a aresta maior da figura).
Teorema de Pitágoras: a² + b² = c²

— Lei dos Senos


Lembre-se que o Teorema de Pitágoras é válido apenas para
triângulos retângulos. A lei dos senos e lei dos cossenos existe para
facilitar os cálculos para todos os tipos de triângulos. — Relações Métricas do Triângulo Retângulo
As relações trigonométricas no triângulo retângulo são fórmulas
simplificadas. Elas podem facilitar a resolução das questões em que
o Teorema de Pitágoras é aplicável.

Para um triângulo retângulo, sua altura relativa à hipotenusa e


as projeções ortogonais dos catetos, temos o seguinte:
- Onde a é hipotenusa;
- b e c são catetos;
- m e n são projeções ortogonais;
- h é altura.

17 https://www.todamateria.com.br/matematica/geometria/#:~:text=A%20
geometria%20%C3%A9%20uma%20%C3%A1rea,Geometria%20Anal%C3%AD-
tica
18 https://bityli.com/BMvcWO
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— Teorema de Tales
O Teorema de Tales é uma propriedade para retas paralelas.

Se as retas CC’, BB’ e AA’ são paralelas, então:

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— Fórmulas Básicas de Geometria Plana

Polígonos
O perímetro é a soma de todos os lados da figura, ou seja, o comprimento do polígono.
Onde A é a área da figura, veja as principais fórmulas:

Fórmulas da Circunferência

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Conversão para radiano, comprimento e área do círculo:


Conversão de unidades: π rad corresponde a 180°.
Comprimento de uma circunferência: C = 2 · π · R.
Área de uma circunferência: A = π · R²

— Geometria Espacial
É a frente matemática que estuda a geometria no espaço. Ou seja, é o estudo das formas que possuem três dimensões: comprimento,
largura e altura.
Apenas as figuras de geometria espacial têm volume.
Uma das primeiras figuras geométricas que você estuda em geometria espacial é o prisma. Ele é uma figura formada por retângulos,
e duas bases. Outros exemplos de figuras de geometria espacial são cubos, paralelepípedos, pirâmides, cones, cilindros e esferas. Veja a
aula de Geometria espacial sobre prisma e esfera.

— Fórmulas de Geometria Espacial


Fórmula do Poliedro: Relação de Euler
Para saber a quantidade de vértices e arestas de uma figura espacial, utilize a Relação de Euler:
Onde V é o número de vértices, F é a quantidade de faces e A é a quantidade de arestas, temos:
V+F=A+2

Fórmulas da Esfera

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Fórmulas do Cone
Onde r é o raio da base, g é a geratriz e H é a altura.
Área lateral do cone: Š = π · R . g
Área da base do cone: A = π · R²
Área da superfície total do cone: S = Š + A
Volume do cone: V = 1/3 . A . H

Fórmulas do cilindro

Área da base de um cilindro: Ab = π · r².


Área da superfície lateral de um cilindro: Al = 2 · π · r · h.
Volume de um cilindro: V = Ab · h = π · r² · h.
Secção meridiana: corte feito na “vertical”; a área desse corte será 2r · h.

Fórmulas do Prisma
O prisma é um sólido formado por laterais retangulares e duas bases. Na imagem a seguir, o prisma tem base retangular, sendo um
paralelepípedo. O cubo é um paralelepípedo e um prisma.

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Fórmulas do Tetraedro Regular


Diagonal de um paralelepípedo: . Para o tetraedro regular de aresta medindo a, temos:
Área total de um paralelepípedo:
.
Volume de um paralelepípedo: .
Prismas retos são sólidos cujas faces laterais são formadas por
retângulos.
Volume de um prisma:

Fórmulas da Pirâmide Regular

Altura da face =

Altura do tetraedro =

Área da face: AF =

Área total: AT =

Volume do tetraedro:

Para uma pirâmide regular reta, temos: — Geometria Analítica


Área da Base (AB): área do polígono que serve de base para a A geometria analítica utiliza coordenadas e funções do plano
pirâmide. cartesiano para solucionar perguntas matemáticas. É a área da
Área Lateral (AL): soma das áreas das faces laterais, todas matemática que relaciona a álgebra com a geometria. A álgebra
triangulares. utiliza variáveis para representar os números e u utiliza fórmulas
Área Total (AT): soma das áreas de todas as faces: AT = AB + AL. matemáticas.
Conhecer essa frente da matemática também é importante
Volume (V): V = . AB . h. para resolver questões de Física. Por exemplo, o cálculo da área em
um plano cartesiano pode informar o deslocamento (ΔS) se o eixo x
E sendo a (apótema da base), h (altura), g (apótema da e o eixo y informarem a velocidade e o tempo.
pirâmide), r (raio da base), b (aresta da base) e t (aresta lateral), O primeiro passo para estudar essa matéria é aprender o
temos pela aplicação de Pitágoras nos triângulos retângulos. conceito de ponto e reta.
h² + r² = t² - Um ponto determina uma posição no espaço.
- Uma reta é um conjunto de pontos.
h² + a² = g² - Um plano é um conjunto infinito com duas dimensões.

Entender a relação entre ponto, reta e plano é importante


para resolver questões com coordenadas no plano cartesiano, mas
também para responder perguntas sobre a definição de ponto, reta
e plano, e a posição relativa entre retas, reta e plano e planos.
Para representar um ponto (A, por exemplo) em um plano
cartesiano, primeiro você deve indicar a posição no eixo x (horizontal)
e depois no eixo y (vertical). Assim, segue as coordenadas seguem
o modelo A (xa,ya).

— Equação Fundamental da Reta


A equação fundamental da reta que passa pelo ponto P (x0, y0)
e tem coeficiente angular m é:
y – y0 = m . (x – x0)

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Equação Reduzida e Equação Geral da Reta 3. PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA/SP - PEB II - AVANÇA
• Equação reduzida: y = mx + q e m = tgα. SP/2022
• Equação geral: ax + by + c = 0. Raquel deseja comprar 15 litros de uma bebida vendida na
seguinte embalagem:

— Distância entre Dois Pontos


O ponto médio M do segmento de extremos A(xA, yA) e B(xB, yB) Quantas embalagens iguais a essa, no mínimo, devem ser
é dado por: adquiridas?
(A) 15 embalagens.
(B) 30 embalagens.
(C) 34 embalagens.
(D) 45 embalagens.
(E) 53 embalagens.

4. CRF/GO - ADVOGADO - QUADRIX/2022


A distância d entre os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) é dada por: Considerando uma esfera com 36 π metros cúbicos de volume,
julgue o item.
O raio dessa esfera é igual a 3 metros.
( ) CERTO
( ) ERRADO

5. PREFEITURA DE VACARIA/RS - PROFESSOR DE ENSINO


QUESTÕES FUNDAMENTAL - FUNDATEC/2021
O ponto A (-1,7) pertence à reta de equação reduzida:
(A) y = 2x + 7.
1. PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - ESCRITURÁRIO - VUNESP/2022 (B) y = 2x + 9.
Um mestre de obras precisa de um pedaço de madeira cortada (C) y = -2x + 7.
em formato de triângulo retângulo, com o maior lado medindo 37 (D) y = -x + 7.
cm, e o menor lado medindo 12 cm. O perímetro desse pedaço de (E) y = x + 7.
madeira triangular deve ser de:
(A) 81 cm. 6. PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/SP - DENTISTA - VUNESP/2021
(B) 82 cm. O gráfico representa a distribuição da quantidade de pessoas que
(C) 83 cm. responderam “sim” a quatro perguntas apresentadas em uma pesquisa.
(D) 84 cm.
(E) 85 cm.

2. CÂMARA DE IPIRANGA DO NORTE/MT - ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO - OBJETIVA/2022
Um terreno retangular com comprimento de 16m e largura de
12m será dividido ao meio por uma de suas diagonais. Supondo-
se que será utilizado uma cerca para fazer essa divisão, ao todo,
quantos metros de cerca serão necessários?
(A) 18m
(B) 20m
(C) 22m
(D) 24m

Sabendo que o ângulo central do setor que representa a


pergunta 4 mede 135º, é correto afirmar que o número de pessoas
que respondeu a essa pergunta foi:
(A) 70.
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(B) 75.
(C) 80.
(D) 85.
(E) 90.

7. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020


Uma faculdade realizará a Semana da Educação. Veja no gráfico as inscrições que foram realizadas para cada modalidade oferecida
na Semana da Educação.

As modalidades que tiveram menos e mais inscrições, respectivamente, foram


(A) Sarau e Palestra.
(B) Sarau e Apresentações de trabalho.
(C) Oficinas e Palestra.
(D) Oficinas e Minicursos.
(E) Minicursos e Apresentações de trabalho.

8. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020


No município de Linda Flor há cinco escolas de Ensino Fundamental. Veja na tabela a seguir a quantidade de alunos matriculados em
cada etapa do Ensino Fundamental nessas escolas.

De acordo com a tabela, a escola de Ensino Fundamental do município de Linda Flor que possui a maior quantidade de alunos
matriculados é:
(A) Carlos Silva.
(B) Dulce da Costa.
(C) Mário Gomes.
(D) Nilce Modesto.
(E) Osvaldo Bastos.

9. PREFEITURA DE VICTOR GRAEFF/RS - PROFESSOR - OBJETIVA/2021


Sabendo-se que a razão entre a altura de certa árvore e a projeção de sua sombra é igual a 3/4 e que a sua sombra mede 1,6m, ao
todo, qual a altura dessa árvore?
(A) 1m
(B) 1,1m
(C) 1,2m
(D) 1,3m
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10. PREFEITURA DE JARDINÓPOLIS/SC - FISCAL DE VIGILÂNCIA 15. COMUR DE NOVO HAMBURGO/RS - AGENTE DE
SANITÁRIA - GS ASSESSORIA E CONCURSOS/2021 ATENDIMENTO E VENDAS - FUNDATEC/2021 Qual o resultado da
Na construção de um muro 8 pedreiros levaram 12 dias para equação de primeiro grau 2x - 7 = 28 - 5x?
conclui-lo. Se a disponibilidade para fazer esse muro fosse de 6 (A) 3.
homens em quanto tempo estaria concluído? (B) 5.
(A) 16 (C) 7.
(B) 14 (D) -4,6.
(C) 20 (E) Não é possível resolver essa equação.
(D) 21
(E) 18 16. PREFEITURA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR -
ARQUITETO - INSTITUTO UNIFIL/2021
11. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - Considerando a equação do segundo grau {2x2 – 9x + 7 = 0},
VUNESP/2020 assinale a alternativa que representa o resultado do produto das
Uma escola tem aulas nos períodos matutino e vespertino. raízes desta equação.
Nessa escola, estudam 400 alunos, sendo o número de alunos do (A) 5,0
período vespertino igual a 2/3 do número de alunos do período (B) 4,6
matutino. A razão entre o número de alunos do período vespertino (C) 4,4
e o número total de alunos dessa escola é: (D) 3,5
(A) 1/4
(B) 1/3
(C) 2/5 GABARITO
(D) 3/5
(E) 2/3
1 D
12. UEPA - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - FADESP/2020
Doze funcionários de um escritório de contabilidade trabalham 2 B
8 horas por dia, durante 25 dias, para atender a um certo número de 3 C
clientes. Se dois funcionários adoecem e precisam ser afastados por
tempo indeterminado, o total de dias que os funcionários restantes 4 CERTO
levarão para atender ao mesmo número de pessoas, trabalhando 2 5 B
horas a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será de:
6 E
(A) 23 dias.
(B) 24 dias. 7 C
(C) 25 dias. 8 B
(D) 26 dias.
9 C
13. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - 10 A
VUNESP/2020
Seu José cria 36 galinhas em seu sítio. Se todas as galinhas 11 C
botarem 1 ovo por dia, em uma semana, o total de ovos que as 12 B
galinhas terão botado é:
13 C
(A) 15 dúzias.
(B) 18 dúzias. 14 D
(C) 21 dúzias. 15 B
(D) 24 dúzias.
(E) 30 dúzias. 16 D

14. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE AD-


MINISTRATIVO - IBADE/2020
Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava
R$ 400,00. Após negociação o vendedor aplicou um desconto de R$
25,00. O valor percentual de desconto foi de:
(A) 5,57%
(B) 8,75%
(C) 12,15%
(D) 6,25%
(E) 6,05%

Editora
66
66
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS-WINDOWS 10: CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊN-
CIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E APLICATIVOS, INTERAÇÃO COM O CONJUN-
TO DE APLICATIVOS MS-OFFICE 2016.

Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma única
plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console Xbox One e
produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de realidade aumentada HoloLens1.

Versões do Windows 10
– Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e notebook),
tablets e os dispositivos “2 em 1”.
– Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz
algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home, os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em pequenas
empresas, apresentando recursos para segurança digital, suporte remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem.
– Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os
alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente em tecnologias
desenvolvidas no campo da segurança digital e produtividade.
– Windows 10 Education: Construída a partir do Windows 10 Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as necessidades
do meio escolar.
– Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como
smartphones e tablets
– Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para smartphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise tem como
objetivo entregar a melhor experiência para os consumidores que usam esses dispositivos para trabalho.
– Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento para o
varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise.
– Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja Mi-
crosoft.
– Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o Windows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para uso profis-
sional mais avançado em máquinas poderosas com vários processadores e grande quantidade de RAM.

Área de Trabalho (pacote aero)


Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no Windows a partir da versão 7.

Área de Trabalho do Windows 10.2


1 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/SlideDemo-4147.pdf
2 https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-a-area-de-trabalho-do-windows-10/1/
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aero Glass (Efeito Vidro)


Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes, parecendo um vidro.

Efeito Aero Glass.3

Aero Flip (Alt+Tab)


Permite a alternância das janelas na área de trabalho, organizando-as de acordo com a preferência de uso.

Efeito Aero Flip.

3 https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-glass-lancado-mod-windows-10.htm
Editora
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68
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aero Shake (Win+Home)


Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela
ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta sacudir
novamente e todas as janelas serão restauradas.

Efeito Aero Shake (Win+Home)

Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado)


Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das janelas abertas.
Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida de
modo a ocupar metade do monitor.

Efeito Aero Snap.


Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar Tudo)


O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil quando
você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue ver o que
precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área de trabalho (parte
inferior direita do Desktop). Ao posicionar o mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto transparente. Ao clicar sobre
ele, as janelas serão minimizadas.

Efeito Aero Peek.

Menu Iniciar
Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar.
O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na direita,
temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP, Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita temos uma
versão compacta da Modern UI, lembrando muito os azulejos do Windows Phone 8.

Menu Iniciar no Windows 10.4


4 https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-dicas-usar-melhor-menu-iniciar
Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nova Central de Ações


A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões an-
teriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN.

Central de ações do Windows 10.5

Paint 3D
O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas antigas
de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar o programa
mais versátil.
Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas.

Paint 3D.

5 Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/windows-how-to-open-action-center
Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cortana
Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10.
Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o caso
do Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades nativas. O
assistente pessoal inteligente que entende quem você é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar quando for solicita-
do, por meio de informações-chave, sugestões e até mesmo executá-las para você com as devidas permissões.

Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o
tema que deseja.

Cortana no Windows 10.6

Microsot Edge
O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional da Mi-
crosoft. O programa tem como características a leveza, a rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção de suporte a
tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Helper Objects.
Dos destaques, podemos mencionar a integração com serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o serviço de armaze-
namento na nuvem OneDrive, além do suporte a ferramentas de anotação e modo de leitura.
O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web.
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para visu-
alizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo.
O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações.
Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge ou clique no ícone na barra de tarefas.

Microsoft Edge no Windows 10.


6 https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-novo-visual-windows-10-rumor.htm
Editora
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72
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Windows Hello
O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura do
que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth do
celular e senha com imagem.

Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecione Configurações > Contas > Opções de entrada. Ou procure por
Hello ou Configurações de entrada na barra de pesquisa.

Windows Hello.

Bibliotecas
As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local. Você pode
pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unidades
ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos
Offline).

Tela Bibliotecas no Windows 10.7


7 https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-remover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

One Drive
O OneDrive é serviço um de armazenamento e compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft OneDrive você pode
acessar seus arquivos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.
O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que está
disponível para todos os dispositivos que você usar.

OneDivre.8

Manipulação de Arquivos
É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo está
disponível para um ou mais programas de computador, sendo essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão
recebida no ato de sua criação ou alteração.
Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras
(DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns são
arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e
apresentações (monografia.pptx).

Pasta
As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar
tudo o que está dentro das unidades.
O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos de
arquivos existentes.
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos.

Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Colar)


Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas.
1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados na imagem acima – Explorador de arquivos).
2. Botão direito do mouse.
3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção com a letra da unidade e origem e destino).

8 Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-pasta-do-onedrive-no-windows-10
Editora
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74
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Central de Segurança do Windows Defender


A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área de proteção contra vírus e ameaças.
Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, clique no botão , selecione Configurações > Atualização e seguran-
ça > Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de pesquisa.

Windows Defender.9

Lixeira
A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas excluídos das unidades internas do computador (c:\).
Para enviar arquivo para a lixeira:
- Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL.
- Arrasta-lo para a lixeira.
- Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir.
- Seleciona-lo e pressionar CTRL+D.

Arquivos apagados permanentemente:


- Arquivos de unidades de rede.
- Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...).
- Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o tamanho do
HD (disco rígido) do computador).
- Deletar pressionando a tecla SHIFT.
- Desabilitar a lixeira (Propriedades).
Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente na área de trabalho do Windows 10.

Outros Acessórios do Windows 10


Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir são os mais populares:
– Alarmes e relógio.
– Assistência Rápida.
– Bloco de Notas.
– Calculadora.
– Calendário.
– Clima.
– E-mail.
– Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes físicos).
– Ferramenta de Captura.
– Gravador de passos.
– Internet Explorer.
– Mapas.
– Mapa de Caracteres.
– Paint.
– Windows Explorer.
– WordPad.
– Xbox.
Principais teclas de atalho
CTRL + F4: fechar o documento ativo.
9 Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de7c-4ee7-b90f-
-4bf76ad529b1
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CTRL + R ou F5: atualizar a janela. – Trabalhando em grupo, em tempo real: permite que vários
CTRL + Y: refazer. usuários trabalhem no mesmo documento de forma simultânea.
CTRL + ESC: abrir o menu iniciar.
CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas.
WIN + A: central de ações.
WIN + C: cortana.
WIN + E: explorador de arquivos.
WIN + H: compartilhar.
WIN + I: configurações.
WIN + L: bloquear/trocar conta.
WIN + M: minimizar as janelas.
WIN + R: executar.
WIN + S: pesquisar.
WIN + “,”: aero peek.
WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas.
WIN + TAB: task view (visão de tarefas).
WIN + HOME: aero shake.
Ao armazenar um documento on-line no OneDrive ou no Sha-
ALT + TAB: alternar entre janelas.
WIN + X: menu de acesso rápido. rePoint e compartilhá-lo com colegas que usam o Word 2016 ou
F1: ajuda. Word On-line, vocês podem ver as alterações uns dos outros no
documento durante a edição. Após salvar o documento on-line, cli-
que em Compartilhar para gerar um link ou enviar um convite por
MS-WORD 2016: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, e-mail. Quando seus colegas abrem o documento e concordam em
EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS, CABEÇALHOS, PARÁ- compartilhar automaticamente as alterações, você vê o trabalho
GRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS em tempo real.
E NUMÉRICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUE-
BRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES,
INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAI-
XAS DE TEXTO.

Essa versão de edição de textos vem com novas ferramentas e


novos recursos para que o usuário crie, edite e compartilhe docu-
mentos de maneira fácil e prática10.
O Word 2016 está com um visual moderno, mas ao mesmo
tempo simples e prático, possui muitas melhorias, modelos de do-
cumentos e estilos de formatações predefinidos para agilizar e dar
um toque de requinte aos trabalhos desenvolvidos. Trouxe pou-
quíssimas novidades, seguiu as tendências atuais da computação,
permitindo o compartilhamento de documentos e possuindo inte-
gração direta com vários outros serviços da web, como Facebook,
Flickr, Youtube, Onedrive, Twitter, entre outros.

Novidades no Word 2016


– Diga-me o que você deseja fazer: facilita a localização e a re- – Pesquisa inteligente: integra o Bing, serviço de buscas da
alização das tarefas de forma intuitiva, essa nova versão possui a Microsoft, ao Word 2016. Ao clicar com o botão do mouse sobre
caixa Diga-me o que deseja fazer, onde é possível digitar um termo qualquer palavra do texto e no menu exibido, clique sobre a função
ou palavra correspondente a ferramenta ou configurações que pro- Pesquisa Inteligente, um painel é exibido ao lado esquerdo da tela
curar. do programa e lista todas as entradas na internet relacionadas com
a palavra digitada.
– Equações à tinta: se utilizar um dispositivo com tela sensível
ao toque é possível desenhar equações matemáticas, utilizando o
dedo ou uma caneta de toque, e o programa será capaz de reconhe-
cer e incluir a fórmula ou equação ao documento.

10 http://www.popescolas.com.br/eb/info/word.pdf
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76
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Histórico de versões melhorado: vá até Arquivo > Histórico para conferir uma lista completa de alterações feitas a um documento e
para acessar versões anteriores.
– Compartilhamento mais simples: clique em Compartilhar para compartilhar seu documento com outras pessoas no SharePoint, no
OneDrive ou no OneDrive for Business ou para enviar um PDF ou uma cópia como um anexo de e-mail diretamente do Word.

– Formatação de formas mais rápida: quando você insere formas da Galeria de Formas, é possível escolher entre uma coleção de
preenchimentos predefinidos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual desejado.
– Guia Layout: o nome da Guia Layout da Página na versão 2010/2013 do Microsoft Word mudou para apenas Layout11.

Interface Gráfica

Guia de Início Rápido.12

11 CARVALHO, D. e COSTA, Renato. Livro Eletrônico.


12 https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/5297/Guia_de_Inicio_Rapido___Word_2016_14952206861576.pdf
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ao clicar em Documento em branco surgirá a tela principal do Word 201613.

Área de trabalho do Word 2016.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Permite adicionar atalhos, de funções comumente utilizadas no trabalho com documentos que podem ser personalizados de acordo
com a necessidade do usuário.

Faixa de Opções
Faixa de Opções é o local onde estão os principais comandos do Word, todas organizadas em grupos e distribuídas por meio de guias,
que permitem fácil localização e acesso. As faixas de Opções são separadas por nove guias: Arquivos; Página Inicial, Inserir, Design, Layout,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir.

– Arquivos: possui diversas funcionalidades, dentre algumas:


– Novo: abrir um Novo documento ou um modelo (.dotx) pré-formatado.
– Abrir: opções para abrir documentos já salvos tanto no computador como no sistema de armazenamento em nuvem da Microsoft,
One Drive. Além de exibir um histórico dos últimos arquivos abertos.

13 Melo, F. INFORMÁTICA. MS-Word 2016.


Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Salvar/Salvar como: a primeira vez que irá salvar o documento as duas opções levam ao mesmo lugar. Apenas a partir da segunda
vez em diante que o Salvar apenas atualiza o documento e o Salvar como exibe a janela abaixo. Contém os locais onde serão armazenados
os arquivos. Opções locais como na nuvem (OneDrive).

– Imprimir: opções de impressão do documento em edição. Desde a opção da impressora até as páginas desejadas. O usuário tanto
pode imprimir páginas sequenciais como páginas alternadas.

– Página Inicial: possui ferramentas básicas para formatação de texto, como tamanho e cor da fonte, estilos de marcador, alinhamento
de texto, entre outras.

Grupo Área de Transferência


Para acessá-la basta clicar no pequeno ícone de uma setinha para baixo no canto inferior direito, logo à frente de Área de Transferên-
cia.
Colar (CTRL + V): cola um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) copiado ou recortado.
Recortar (CTRL + X): recorta um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) armazenando-o temporariamente na Área de Transferên-
cia para em seguida ser colado no local desejado.
Copiar (CTRL+C): copia o item selecionado (cria uma cópia na Área de Transferência).
Pincel de Formatação (CTRL+SHIFT+C / CTRL+SHIFT+V): esse recurso (principalmente o ícone) cai em vários concursos. Ele permite
copiar a formatação de um item e aplicar em outro.

Grupo Fonte

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fonte: permite que selecionar uma fonte, ou seja, um tipo de letra a ser exibido em seu texto. Em cada texto
pode haver mais de um tipo de fontes diferentes.

Tamanho da fonte: é o tamanho da letra do texto. Permite escolher entre diferentes tamanhos de fonte na lista
ou que digite um tamanho manualmente.

Negrito: aplica o formato negrito (escuro) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela fica-
rá toda em negrito. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.

Itálico: aplica o formato itálico (deitado) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará
toda em itálico. Se a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.

Sublinhado: sublinha, ou seja, insere ou remove uma linha embaixo do texto selecionado. Se o cursor não está
em uma palavra, o novo texto inserido será sublinhado.

Tachado: risca uma linha, uma palavra ou apenas uma letra no texto selecionado ou, se o cursor somente esti-
ver sobre uma palavra, esta palavra ficará riscada.

Subscrito: coloca a palavra abaixo das demais.

Sobrescrito: coloca a palavra acima das demais.

Cor do realce do texto: aplica um destaque colorido sobre a palavra, assim como uma caneta marca texto.

Cor da fonte: permite alterar a cor da fonte (letra).

Grupo Parágrafo

Marcadores: permite criar uma lista com diferentes marcadores.

Numeração: permite criar uma lista numerada.

Lista de vários itens: permite criar uma lista numerada em níveis.

Diminuir Recuo: diminui o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Aumentar Recuo: aumenta o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Classificar: organiza a seleção atual em ordem alfabética ou numérica.

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mostrar tudo: mostra marcas de parágrafos e outros símbolos de formatação ocultos.

Alinhar a esquerda: alinha o conteúdo com a margem esquerda.

Centralizar: centraliza seu conteúdo na página.

Alinhar à direita: alinha o conteúdo à margem direita.

Justificar: distribui o texto uniformemente entre as margens esquerda e direita.

Espaçamento de linha e parágrafo: escolhe o espaçamento entre as linhas do texto ou entre parágrafos.

Sombreamento: aplica uma cor de fundo no parágrafo onde o cursor está posicionado.

Bordas: permite aplicar ou retirar bordas no trecho selecionado.

Grupo Estilo
Possui vários estilos pré-definidos que permite salvar configurações relativas ao tamanho e cor da fonte, espaçamento entre linhas
do parágrafo.

Grupo Edição

CTRL+L: ao clicar nesse ícone é aberta a janela lateral, denominada navegação, onde é possível localizar
um uma palavra ou trecho dentro do texto.

CTRL+U: pesquisa no documento a palavra ou parte do texto que você quer mudar e o substitui por
outro de seu desejo.

Seleciona o texto ou objetos no documento.

Inserir: a guia inserir permite a inclusão de elementos ao texto, como: imagens, gráficos, formas, configurações de quebra de página,
equações, entre outras.

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adiciona uma folha inicial em seu documento, parecido como uma capa.

Adiciona uma página em branco em qualquer lugar de seu documento.

Uma seção divide um documento em partes determinadas pelo usuário para que sejam aplicados
diferentes estilos de formatação na mesma ou facilitar a numeração das páginas dentro dela.

Permite inserir uma tabela, uma planilha do Excel, desenhar uma tabela, tabelas rápidas ou converter o texto em
tabela e vice-versa.

Design: esta guia agrupa todos os estilos e formatações disponíveis para aplicar ao layout do documento.

Layout: a guia layout define configurações características ao formato da página, como tamanho, orientação, recuo, entre outras.

Referências: é utilizada para configurações de itens como sumário, notas de rodapé, legendas entre outros itens relacionados a iden-
tificação de conteúdo.

Correspondências: possui configuração para edição de cartas, mala direta, envelopes e etiquetas.

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Revisão: agrupa ferramentas úteis para realização de revisão de conteúdo do texto, como ortografia e gramática, dicionário de sinô-
nimos, entre outras.

Exibir: altera as configurações de exibição do documento.

Formatos de arquivos
Veja abaixo alguns formatos de arquivos suportados pelo Word 2016:
.docx: formato xml.
.doc: formato da versão 2003 e anteriores.
.docm: formato que contém macro (vba).
.dot: formato de modelo (carta, currículo...) de documento da versão 2003 e anteriores.
.dotx: formato de modelo (carta, currículo...) com o padrão xml.
.odt: formato de arquivo do Libre Office Writer.
.rtf: formato de arquivos do WordPad.
.xml: formato de arquivos para Web.
.html: formato de arquivos para Web.
.pdf: arquivos portáteis.

MS-EXCEL 2016: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS,
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS,
CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSI-
FICAÇÃO DE DADOS.

O Microsoft Excel 2016 é um software para criação e manutenção de Planilhas Eletrônicas.


A grande mudança de interface do aplicativo ocorreu a partir do Excel 2007 (e de todos os aplicativos do Office 2007 em relação as
versões anteriores). A interface do Excel, a partir da versão 2007, é muito diferente em relação as versões anteriores (até o Excel 2003). O
Excel 2016 introduziu novas mudanças, para corrigir problemas e inconsistências relatadas pelos usuários do Excel 2010 e 2013.
Na versão 2016, temos uma maior quantidade de linhas e colunas, sendo um total de 1.048.576 linhas por 16.384 colunas.
O Excel 2016 manteve as funcionalidades e recursos que já estamos acostumados, além de implementar alguns novos, como14:
- 6 tipos novos de gráficos: Cascata, Gráfico Estatístico, Histograma, Pareto e Caixa e Caixa Estreita.
- Pesquise, encontra e reúna os dados necessários em um único local utilizando “Obter e Transformar Dados” (nas versões anteriores
era Power Query disponível como suplemento.
- Utilize Mapas 3D (em versões anteriores com Power Map disponível como suplemento) para mostrar histórias junto com seus dados.

14 https://ninjadoexcel.com.br/microsoft-excel-2016/
Editora
83
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Especificamente sobre o Excel 2016, seu diferencial é a criação e edição de planilhas a partir de dispositivos móveis de forma mais fácil
e intuitivo, vendo que atualmente, os usuários ainda não utilizam de forma intensa o Excel em dispositivos móveis.

Tela Inicial do Excel 2016.

Ao abrir uma planilha em branco ou uma planilha, é exibida a área de trabalho do Excel 2016 com todas as ferramentas necessárias
para criar e editar planilhas15.

15 https://juliobattisti.com.br/downloads/livros/excel_2016_basint_degusta.pdf
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84
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

As cinco principais funções do Excel são16:


– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você pode
personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.
Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.

Guia de Planilhas.
16 http://www.prolinfo.com.br
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As colunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem no total de 16.384 colunas em cada planilha.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são representadas em números, formam um total
de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical esquerda da planilha.

Linhas e colunas.

Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome logo acima da
planilha.

Células.

Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao
MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.

MS-POWERPOINT 2016: ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES, ANOTAÇÕES, RÉGUA, GUIAS,
CABEÇALHOS E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO
DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES.

O aplicativo Power Point 2016 é um programa para apresentações eletrônicas de slides. Nele encontramos os mais diversos tipos de
formatações e configurações que podemos aplicar aos slides ou apresentação de vários deles. Através desse aplicativo, podemos ainda,
desenvolver slides para serem exibidos na web, imprimir em transparência para projeção e melhor: desenvolver apresentações para pa-
lestras, cursos, apresentações de projetos e produtos, utilizando recursos de áudio e vídeo.
O MS PowerPoint é um aplicativo de apresentação de slides, porém ele não apenas isso, mas também realiza as seguintes tarefas17:
– Edita imagens de forma bem simples;
– Insere e edita áudios mp3, mp4, midi, wav e wma no próprio slide;
– Insere vídeos on-line ou do próprio computador;
– Trabalha com gráficos do MS Excel;
– Grava Macros.

Tela inicial do PowerPoint 2016.

– Ideal para apresentar uma ideia, proposta, empresa, produto ou processo, com design profissional e slides de grande impacto;
17 FRANCESCHINI, M. Ms PowerPoint 2016 – Apresentação de Slides.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Os seus temas personalizados, estilos e opções de formatação dão ao utilizador uma grande variedade de combinações de cor, tipos
de letra e feitos;
– Permite enfatizar as marcas (bullet points), com imagens, formas e textos com estilos especiais;
– Inclui gráficos e tabelas com estilos semelhantes ao dos restantes programas do Microsoft Office (Word e Excel), tornando a apre-
sentação de informação numérica apelativa para o público.
– Com a funcionalidade SmartArt é possível criar diagramas sofisticados, ideais para representar projetos, hierarquias e esquemas
personalizados.
– Permite a criação de temas personalizados, ideal para utilizadores ou empresas que pretendam ter o seu próprio layout.
– Pode ser utilizado como ferramenta colaborativa, onde os vários intervenientes (editores da apresentação) podem trocar informa-
ções entre si através do documento, através de comentários.

Novos Recursos do MS PowerPoint


Na nova versão do PowerPoint, alguns recursos foram adicionados. Vejamos quais são eles.
• Diga-me: serve para encontrar instantaneamente os recursos do aplicativo.
• Gravação de Tela: novo recurso do MS PowerPoint, encontrado na guia Inserir. A Gravação de Tela grava um vídeo com áudio das
ações do usuário no computador, podendo acessar todas as janelas do micro e registrando os movimentos do mouse.

• Compartilhar: permite compartilhar as apresentações com outros usuários on-line para edição simultânea por meio do OneDrive.
• Anotações à Tinta: o usuário pode fazer traços de caneta à mão livre e marca-texto no documento. Esse recurso é acessado por meio
da guia Revisão.

• Ideias de Design: essa nova funcionalidade da guia Design abre um painel lateral que oferece sugestões de remodelagem do slide
atual instantaneamente.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Guia Arquivo Botões de Comando da Janela


Ao clicar na guia Arquivo, serão exibidos comandos básicos:
Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar, Publicar
e Fechar18.

Acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e res-


taurar a janela do programa PowerPoint.

Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os co-
mandos necessários para executar uma tarefa. Os comandos são
organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está
relacionada a um tipo de atividade como gravação ou disposição
de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são
exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferra-
mentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for
selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimi-
na grande parte da navegação por menus e busca aumentar a pro-
dutividade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa
localizada abaixo da barra de títulos20.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido19


Localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do
Microsoft Office (local padrão), é personalizável e contém um con-
junto de comandos independentes da guia exibida no momento.
É possível adicionar botões que representam comandos à barra e
mover a barra de um dos dois locais possíveis.

Painel de Anotações
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em
um slide.

Barra de Status
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre
elas: o número de slides; tema e idioma.

Barra de Título
Exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também
exibe o nome do documento ativo. Nível de Zoom
Clicar para ajustar o nível de zoom.

18 popescolas.com.br/eb/info/power_point.pdf 20 LÊNIN, A; JUNIOR, M. Microsoft Office 2010. Livro


19 http://www.professorcarlosmuniz.com.br Eletrônico.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Modos de Exibição do PowerPoint Layout


O menu das versões anteriores, conhecido como menu Exibir, O layout é o formato que o slide terá na apresentação como
agora é a guia Exibição no Microsoft PowerPoint 2010. O Power- títulos, imagens, tabelas, entre outros. Nesse caso, você pode esco-
Point 2010 disponibiliza aos usuários os seguintes modos de exi- lher entre os vários tipos de layout.
bição: Para escolher qual layout você prefere, faça o seguinte proce-
– Normal, dimento:
– Classificação de Slides, 1. Clique em Página Inicial;
– Anotações, 2. Após clique em Layout;
– Modo de exibição de leitura, 3. Em seguida, escolha a opção.
– Slide Mestre,
– Folheto Mestre,
– Anotações Mestras.

Então basta começar a digitar.

O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde Formatar texto


você escreve e projeta a sua apresentação. Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para
selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
Criar apresentações sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2013 englo- pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o bo-
ba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; tão esquerdo.
escolher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando Para formatar nossa caixa de texto temos os grupos da guia
o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura Página Inicial. O primeiro grupo é a Fonte, podemos através deste
e criar efeitos, como transições de slides animados. grupo aplicar um tipo de letra, um tamanho, efeitos, cor, etc.
Ao iniciarmos o aplicativo Power Point 2016, automaticamente Fonte: altera o tipo de fonte.
é exibida uma apresentação em branco, na qual você pode começar Tamanho da fonte: altera o tamanho da fonte.
a montar a apresentação. Repare que essa apresentação é montada Negrito: aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser
sem slides adicionais ou formatações, contendo apenas uma caixa acionado através do comando Ctrl+N.
de texto com título e subtítulo, sem plano de fundo ou efeito de Itálico: aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser
preenchimento. Para dar continuidade ao seu trabalho e criar uma acionado através do comando Ctrl+I.
outra apresentação em outro slide, basta clicar em Página Inicial e Sublinhado: sublinha o texto selecionado. Também pode ser
em seguida Novo Slide. acionado através do comando Ctrl+S.
Tachado: desenha uma linha no meio do texto selecionado.
Sombra de Texto: adiciona uma sombra atrás do texto selecio-
nado para destacá-lo no slide.
Espaçamento entre Caracteres: ajusta o espaçamento entre
caracteres.
Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado para
MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/
minúsculas.
Cor da Fonte: altera a cor da fonte.
Alinhar Texto à Esquerda: alinha o texto à esquerda. Também
pode ser acionado através do comando Ctrl+Q.
Centralizar: centraliza o texto. Também pode ser acionado atra-
vés do comando Ctrl+E.
Alinhar Texto à Direita: alinha o texto à direita. Também pode
ser acionado através do comando Ctrl+G.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Justificar: alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, promoven-
do uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
Colunas: divide o texto em duas ou mais colunas.

Excluir slide
Selecione o slide com um clique e tecle Delete no teclado.

Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar a guia Arquivo e sem sequência, salvar como ou pela tecla de atalho Ctrl + B.

Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2016 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.

Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.

CORREIO ELETRÔNICO: USO DE CORREIO ELETRÔNICO, PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS.

E-mail
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem mensagem atualmente21. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode man-
dar uma mensagem para outra pessoa que também tenha e-mail, não importando a distância ou a localização.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estrutura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido do
usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso. O resultado é algo como:

maria@apostilassolucao.com.br

Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook.
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjunto de
regras para o uso desses serviços.

Correio Eletrônico
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de correio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um
protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio e recebimento de mensagens22. Estas mensagens são armazenadas no
que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos e
extração de cópias das mensagens.

Funcionamento básico de correio eletrônico


Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois programas funcionando em uma máquina servidora:
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de transferência de correio simples, responsável pelo envio de mensagens.
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de correio
internet), ambos protocolos para recebimento de mensagens.

Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber e-mails
conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever sua mensagem
de forma textual no editor oferecido pelo cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui o formato “nome@
dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comunicando-se com o pro-
grama SMTP, entregando a mensagem a ser enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do destinatário (nome antes do @)
e o domínio, i.e., a máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS,
obtendo o endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o
nome do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena
a mensagem na caixa de e-mail do destinatário.

21 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
22 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-webmail-e-mozilla-thunderbird/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ações no correio eletrônico


Independente da tecnologia e recursos empregados no correio eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
– Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
– Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de Lixeira.
Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as mensagens de-
finitivamente (este é um processo de segurança para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por engano). Para apagar
definitivamente um e-mail é necessário entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails existentes.
– Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
– Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails de
destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais da
mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
– CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários
principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Assunto: título da mensagem.
– Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao
usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele
será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em
geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Al-
guns antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail,
permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem que,
automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e pa-
dronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@
blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail
com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.

23

Respondendo uma mensagem


Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.

Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um ser-
vidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.

23 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).

Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.

Exemplos de servidores de webmail do mercado são:


– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.

24

Diferença entre webmail e correio eletrônico


O webmail (Yahoo ou Gmail) você acessa através de seu navegador (Firefox ou Google Chrome) e só pode ler conectado na internet.
Já o correio eletrônico (Thunderbird ou Outlook) você acessa com uma conexão de internet e pode baixar seus e-mails, mas depois pode
ler na hora que quiser sem precisar estar conectado na internet.

INTERNET: NAVEGAÇÃO NA INTERNET, CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA E IMPRESSÃO DE PÁGINAS.

Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos
submarinos, canais de satélite, etc25. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se cha-
mava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de
adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições
possuíam internet.

24 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email
25 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada Domínio


vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar
participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilida- um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en-
de de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de
outras pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente. você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP
– 74.125.234.180.
Conectando-se à Internet É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos-
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma sível associar um endereço de um site a um número IP na rede.
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como
acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computa- http://www.empresa.com.br, em que:
dor à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio www: (World Wide Web): convenção que indica que o endere-
de um conjunto como modem, roteadores e redes de acesso (linha ço pertence à web.
telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.). empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser-
viço.
World Wide Web com: indica que é comercial.
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu br: indica que o endereço é no Brasil.
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin-
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e URL
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
forma simples e fácil de acessar. zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli- ou uma rede corporativa, uma intranet.
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
e agradável. minho/recurso.

Protocolo de comunicação HTTP


Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto- É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi- Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de- Hipertexto
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti- São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
computador de origem.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das Navegadores
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na Um navegador de internet é um programa que mostra informa-
Internet. ções da internet na tela do computador do usuário.
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive Além de também serem conhecidos como browser ou web
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi-
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec-
externo. tados à internet.
Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site
TCP / IP e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro- internauta.
tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor.
nas literaturas como sendo: Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer
- O protocolo principal da Internet; página ou site na rede.
- O protocolo padrão da Internet; Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro-
ao funcionamento da Internet e seus serviços. tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que
transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave-
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: gador e os servidores.
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon-
sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans- Funcionalidades de um Navegador de Internet
porte dos pacotes). A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o
usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de
códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada Internet Explorer


através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo
do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como
site na internet. segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de
O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram
linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter- atualizadas no Edge.
pretado pelos navegadores.
Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF, Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per-
imagens e outros tipos de dados. deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada
página.

Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:


– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza-
do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar
a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer
página na web. Principais recursos do Internet Explorer:
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos – Transformar a página num aplicativo na área de trabalho,
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente
usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en- através de ícones.
– Gerenciador de downloads integrado.
dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite
– Mais estabilidade e segurança.
de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais
– Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma
recorrentes da sua rotina diária de tarefas.
navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque-
implementados nos sites mais modernos.
le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para
– Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega-
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura
dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache
possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
para mostrar as atualizações. oferecem funcionalidades adicionais.
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do usu- – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
ário usando determinado navegador. É muito útil para recuperar Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser apa- Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala-
gado, caso o usuário queira. vra-chave digitando-a na barra de endereços.
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo-
ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar Microsoft Edge
por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer26.
navegador de internet. O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades. Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con-
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura.
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre
outros.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do
navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis-
tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas
no navegador.

Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são


alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co-
nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na- Outras características do Edge são:
vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo – Experiência de navegação com alto desempenho.
virtual da Internet. – Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual-
quer lugar conectado à internet.
– Funciona com a assistente de navegação Cortana.
– Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
– Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos.
26 https://bit.ly/2WITu4N
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Firefox Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar.


Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualida-
conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média. de da experiência do usuário.

Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuita-


mente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja,
mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema ins-
talado no PC, ele poderá ser instalado.

Outros pontos de destaques do Opera são:


– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de ener-
gia.
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a
velocidade de conexões de baixo desempenho.
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis
(3G ou 4G).
Algumas características de destaque do Firefox são: – Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. páginas bancárias e de vendas on-line.
– Não exige um hardware poderoso para rodar. – Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos recur- funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
sos. – Disponível em desktop e mobile.
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário.
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e pri- Safari
vacidade. O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela
– Disponível em desktop e mobile. sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele
é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e
Google Chorme confiáveis para usar.
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac.
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo.
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante
convidativo à navegação simplificada.

O Safari também se destaca em:


– Sincronização de dados e informações em qualquer disposi-
tivo Apple (iOS).
– Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o direcio-
Principais recursos do Google Chrome: namento de anúncios com base no comportamento do usuário.
– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recur- – Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas
sos RAM suficientes. visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de cam-
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas pos de informação.
funcionalidades. – Compatível também com sistemas operacionais que não seja
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conte- da Apple (Windows e Linux).
údos otimizados. – Disponível em desktops e mobile.
– Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HT-
TPS). Intranet
– Disponível em desktop e mobile. A intranet é uma rede de computadores privada que assenta
sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
Opera um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa,
Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evo- que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
luindo como um dos melhores navegadores de internet. internos27.
27 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-
-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par-
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à Estão CORRETOS:


intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para (A) Somente os itens I, II e III.
tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação (B) Somente os itens I, III e IV.
situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255. (C) Somente os itens II, III e IV
Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem (D) Todos os itens.
alguma informação que pode ser trocada com os demais setores,
podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as 3. (PREFEITURA DE PORTO XAVIER/RS - TÉCNICO EM ENFERMA-
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area GEM - FUNDATEC/2018) A tecla de atalho Ctrl+A, no sistema opera-
cional Microsoft Windows 10, possui a função de:
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso.
(A) Selecionar tudo.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em cor-
(B) Imprimir.
porações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos, (C) Renomear uma pasta.
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo (D) Finalizar o programa.
reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição (E) Colocar em negrito.
de informações.
Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, 4. (PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - AUDITOR PLENO - INSTITUTO
a intranet permite que computadores localizados numa filial, se co- EXCELÊNCIA/2019) Utilizando o Microsoft Word 2016 para formatar
nectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que este- o texto em um documento como colunas. Qual das alternativas con-
jam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre tém o caminho certo para realizar essa ação?
a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho (A) Selecione o texto - Guia Inserir - Opção Colunas.
significativo em termos de segurança. (B) Selecionar o texto - Guia Layout - Opção Colunas.
(C) Selecione o texto - Guia Página Inicial - Opção Colunas.
(D) Nenhuma das alternativas.
QUESTÕES
5. (PREFEITURA DE TIBAGI/PR - AGENTE DE DEFESA CIVIL - FA-
FIPA/2019) O Microsoft Word Pt-Br versão 2016 possui guias que
1. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO facilitam e organizam a utilização do Software. Por padrão, as guias
AMBIENTAL - COTEC/2020) Sobre organização e gerenciamento de que vêm disponíveis no programa são exatamente essas apresenta-
informações, arquivos, pastas e programas, analise as seguintes das abaixo, com exceção da:
afirmações e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. (A) Exibir.
( ) - Arquivos ocultos são arquivos que normalmente são re- (B) Layout.
lacionados ao sistema. Eles ficam ocultos, pois alterações podem (C) Design.
danificar o Sistema Operacional. (D) Corrigir.
( ) - Existem vários tipos de arquivos, como arquivos de textos,
arquivos de som, imagem, planilhas, sendo que o arquivo .rtf só é 6. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP - MÉDICO - INSTITUTO EX-
aberto com o WordPad. CELÊNCIA/2018) Tendo por base o programa Microsoft Excel na sua
( ) - Nas versões Vista, 7, 8 e 10 do Windows, é possível usar configuração padrão e versão mais recente, responda: Qual opera-
criptografia para proteger todos os arquivos que estejam armazena- dor aritmético é utilizado quando for preciso inserir uma potencia-
dos na unidade em que o Windows esteja instalado. ção?
( ) - O Windows Explorer é um gerenciador de informações, (A) !
arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da (B) $
Microsoft. (C) *
( ) - São bibliotecas padrão do Windows: Programas, Documen- (D) @
tos, Imagens, Músicas, Vídeos. (E) ^

A sequência CORRETA das afirmações é: 7. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2019) O PowerPoint permite, ao


(A) F, V, V, F, F. preparar uma apresentação, inserir efeitos de transições entre os
(B) V, F, V, V, F. slides. Analise os passos para adicionar a transição de slides.
(C) V, F, F, V, V. ( ) Selecionar Opções de Efeito para escolher a direção e a na-
(D) F, V, F, F, V. tureza da transição
(E) V, V, F, V, F. ( ) Selecionar a guia Transições e escolher uma transição; sele-
cionar uma transição para ver uma visualização.
2. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - ASSISTENTE SOCIAL - OBJETI- ( ) Escolher o slide no qual se deseja adicionar uma transição.
VA/2019) Em relação ao sistema operacional Windows 10, analisar ( ) Selecionar a Visualização para ver como a transição é exi-
os itens abaixo: bida.
I. Possibilita o gerenciamento do tempo de tela.
II. Disponibiliza somente uma atualização de segurança por A sequência está correta em
ano. (A) 3, 2, 1, 4.
III. Possibilita a conexão de contas da Microsoft entre usuários. (B) 1, 2, 3 ,4.
IV. Possui recursos de segurança integrados, incluindo firewall (C) 3, 4, 1, 2.
e proteção de internet para ajudar a proteger contra vírus, malware (D) 1, 4, 2, 3.
e ransomware.
te-2/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

8. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - COTEC/2020) Em observação aos conceitos e componentes
de e-mail, faça a relação da denominação de item, presente na 1.ª coluna, com a sua definição, na 2.ª coluna.
Item
1- Spam
2- IMAP
3- Cabeçalho
4- Gmail

Definição
( ) Protocolo de gerenciamento de correio eletrônico.
( ) Um serviço gratuito de webmail.
( ) Mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa para múltiplas pessoas.
( ) Uma das duas seções principais das mensagens de e-mail.

A alternativa CORRETA para a correspondência entre colunas é:


(A) 1, 2, 3, 4.
(B) 3, 1, 2, 4.
(C) 2, 1, 4, 3.
(D) 2, 4, 1, 3.
(E) 1, 3, 4, 2.

9. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web (WWW)
são frequentemente usados como sinônimos na linguagem corrente, e não são porque
(A) a internet é uma coleção de documentos interligados (páginas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de acesso
a um computador.
(B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a conexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço especial de
acesso ao Google.
(C) a internet é uma rede mundial de computadores especial, enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que funcionam
dentro da internet.
(D) a internet possibilita uma comunicação entre vários computadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico.
(E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquanto a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso especial
ao Google.

10. (CRN - 3ª REGIÃO (SP E MS) - OPERADOR DE CALL CENTER - IADES/2019) A navegação na internet e intranet ocorre de diversas
formas, e uma delas é por meio de navegadores. Quanto às funções dos navegadores, assinale a alternativa correta.
(A) Na internet, a navegação privada ou anônima do navegador Firefox se assemelha funcionalmente à do Chrome.
(B) O acesso à internet com a rede off-line é uma das vantagens do navegador Firefox.
(C) A função Atualizar recupera as informações perdidas quando uma página é fechada incorretamente.
(D) A navegação privada do navegador Chrome só funciona na intranet.
(E) Os cookies, em regra, não são salvos pelos navegadores quando estão em uma rede da internet.

11. (PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - AUDITOR PLENO - INSTITUTO EXCELÊNCIA/2019) Utilizando o Microsoft Word 2016 para formatar
o texto em um documento como colunas. Qual das alternativas contém o caminho certo para realizar essa ação?
(A) Selecione o texto - Guia Inserir - Opção Colunas.
(B) Selecionar o texto - Guia Layout - Opção Colunas.
(C) Selecione o texto - Guia Página Inicial - Opção Colunas.
(D) Nenhuma das alternativas.

12. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2019) O PowerPoint permite, ao preparar uma apresentação, inserir efeitos de transições entre os slides.
Analise os passos para adicionar a transição de slides.
( ) Selecionar Opções de Efeito para escolher a direção e a natureza da transição
( ) Selecionar a guia Transições e escolher uma transição; selecionar uma transição para ver uma visualização.
( ) Escolher o slide no qual se deseja adicionar uma transição.
( ) Selecionar a Visualização para ver como a transição é exibida.

A sequência está correta em


(A) 3, 2, 1, 4.
(B) 1, 2, 3 ,4.
(C) 3, 4, 1, 2.
(D) 1, 4, 2, 3.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

13. (PREFEITURA DE VILA VELHA/ES - PSICÓLOGO - IBADE/2020) O programa utilizado para criação/edição e exibição de slides é:
(A) Excel.
(B) Word.
(C) Photoshop.
(D) Power Point.
(E) Media Player.

14. (CÂMARA DE MONTES CLAROS/MG - AGENTE DO LEGISLATIVO - COTEC/2020) Dado o recorte de tabela a seguir, as fórmulas
necessárias para se obter a quantidade de alunos aprovados, conforme exposto na célula B16 e a média de notas da Prova 1, disposta na
célula B13, estão na alternativa:

(A) B16=CONT.APROVADO (F2:F11) e B13=MÉDIA (B2:B11).


(B) B16=SOMA (APROVADO) e B13=MÉDIA (B2:B11).
(C) B16=CONT.APROVADO (F2:F11) e B13=MED (B13).
(D) B16=CONT.SE (F2:F11;”APROVADO”) e B13=MÉDIA (B2:B11).
(E) B16=SOMA (F2:F11) –(F4+F5+F6+F7) e B13=MED(B13).

15. (TJ/RN - TÉCNICO DE SUPORTE SÊNIOR - COMPERVE/2020) Um técnico de suporte recebeu uma planilha elaborada no Microsoft
Excel, com os quantitativos de equipamentos em 3 setores diferentes e o valor unitário em reais de cada equipamento, conforme imagem
abaixo.

Para que uma célula mostre o valor em reais do somatório dos valores de todos os equipamentos do departamento de informática,
seria necessário utilizar a fórmula:

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103
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Alternativas ______________________________________________________
(A) =SOMA(B3:B8 + C3:C8)
(B) =SOMA(B3:B8 * C3:C8) ______________________________________________________
(C) =SOMA(B3:B8 * D3:D8)
(D) =SOMA(B3:B8 + D3:D8) ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 B
______________________________________________________
2 B
______________________________________________________
3 A
4 B ______________________________________________________
5 D ______________________________________________________
6 E
______________________________________________________
7 A
8 D ______________________________________________________

9 C ______________________________________________________
10 A ______________________________________________________
11 B
______________________________________________________
12 A
13 D ______________________________________________________
14 D ______________________________________________________
15 B
______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES
______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
_____________________________________________________ ______________________________________________________
_____________________________________________________ ______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
Motorista

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as ave-


LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO: CÓDIGO DE TRÂNSITO BRA- nidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas
SILEIRO, COM SUAS ATUALIZAÇÕES, ABRANGENDO OS e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou
SEGUINTES TÓPICOS: ADMINISTRAÇÃO DE TRÂNSITO, entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as pecu-
REGRAS GERAIS PARA CIRCULAÇÃO E CONDUTA DE VEÍ- liaridades locais e as circunstâncias especiais.
CULOS, OS SINAIS DE TRÂNSITO, REGISTRO E LICENCIA- Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são conside-
MENTO DE VEÍCULOS, CONDUTORES DE VEÍCULOS, DE- radas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as
VERES E PROIBIÇÕES, AS INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
DE TRÂNSITO, PENALIDADES E RECURSOS unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de es-
tabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei
nº 13.146, de 2015) (Vigência)
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qual-
quer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veí-
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. culos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamen-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso te mencionadas.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efei-
tos deste Código são os constantes do Anexo I.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres
do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Có- SEÇÃO I
digo. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de ór-
para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de gãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
carga ou descarga. Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro
e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Na- e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem
cional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viá-
competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse rio, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de re-
direito. cursos e aplicação de penalidades.
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Na- Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trân-
cional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas com- sito:
petências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambien-
programas, projetos e serviços que garantam o exercício do di- tal e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
reito do trânsito seguro. II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização
§ 4º (VETADO) de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execu-
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sis- ção das atividades de trânsito;
tema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de in-
defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio- formações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de
-ambiente. facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SEÇÃO II X - (VETADO)
DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA DO SISTEMA NACIO- XI - (VETADO)
NAL DE TRÂNSITO XII - (VETADO)
XIII - (VETADO)
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguin- XIV - (VETADO)
tes órgãos e entidades: XV - (VETADO)
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordena- XVI - (VETADO)
dor do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; XVII - (VETADO)
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conse- XVIII - (VETADO)
lho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos nor- XIX - (VETADO)
mativos, consultivos e coordenadores; XX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, (Vigência)
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; XXI - (VETADO)
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, XXII - saúde; (Redação dada pela Medida Provisória nº
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 1.153, de 2022)
V - a Polícia Rodoviária Federal; XXIII - justiça; (Redação dada pela Medida Provisória nº
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e 1.153, de 2022)
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - XXIV - relações exteriores; (Redação dada pela Medida Pro-
JARI. visória nº 1.153, de 2022)
Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessio- XXV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de
nária de porto organizado poderá celebrar convênios com os ór- 2020) (Vigência)
gãos previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municípios XXVI - indústria e comércio; (Redação dada pela Medida
e Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de Provisória nº 1.153, de 2022)
facilitar a autuação por descumprimento da legislação de trânsi- XXVII - agropecuária; (Redação dada pela Medida Provisó-
to. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) ria nº 1.153, de 2022)
§ 1o O convênio valerá para toda a área física do porto or- XXVIII - transportes terrestres; (Incluído pela Medida Pro-
ganizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas visória nº 1.153, de 2022)
estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de XXIX - segurança pública; e (Incluído pela Medida Provisória
pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de nº 1.153, de 2022)
trânsito internas. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) XXX - mobilidade urbana. (Incluído pela Medida Provisória
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) nº 1.153, de 2022)
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) § 1º (VETADO)
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios orga- § 2º (VETADO)
nizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de trânsito § 3º (VETADO)
e executivos rodoviários, estabelecendo os limites circunscricio- § 3º-A O CONTRAN será presidido pelo Ministro de Estado
nais de suas atuações. ao qual estiver subordinado o órgão máximo executivo de trânsi-
Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou to da União. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.153, de 2022)
órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima do § 4º Os Ministros de Estado poderão se fazer representar
Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o CON- por servidores de nível hierárquico igual ou superior ao Cargo
TRAN e subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da Comissionado Executivo - CCE, nível 17, ou, por oficial general,
União. na hipótese de se tratar de militar. (Redação dada pela Medida
Art.10. O CONTRAN, com sede no Distrito Federal, é com- Provisória nº 1.153, de 2022)
posto pelos Ministros de Estado responsáveis pelas seguintes § 5º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de
áreas de competência: (Redação dada pela Medida Provisória trânsito da União atuar como Secretário-Executivo do Contran.
nº 1.153, de 2022) (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
I - (VETADO) § 6º O quórum de votação e de aprovação no Contran é
II - (VETADO) o de maioria absoluta. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de
II-A - (Revogado pela Medida Provisória nº 1.153, de 2022) 2020) (Vigência)
III - ciência, tecnologia e inovações; (Redação dada pela Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de reuniões
Medida Provisória nº 1.153, de 2022) do Contran, sem direito a voto, representantes de órgãos e enti-
IV - educação; (Redação dada pela Medida Provisória nº dades setoriais responsáveis ou impactados pelas propostas ou
1.153, de 2022) matérias em exame.(Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
V - defesa; (Redação dada pela Medida Provisória nº 1.153, (Vigência)
de 2022) Art. 11. (VETADO)
VI - meio ambiente; (Redação dada pela Medida Provisória Art. 12. Compete ao CONTRAN:
nº 1.153, de 2022) I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste
VII - (revogado);(Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito;
(Vigência) II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito,
VIII - (VETADO) objetivando a integração de suas atividades;
IX - (VETADO) III - (VETADO)
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV - criar Câmaras Temáticas; tencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de especialistas


V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o representantes dos diversos segmentos da sociedade relacio-
funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; nados com o trânsito, todos indicados segundo regimento es-
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; pecífico definido pelo CONTRAN e designados pelo ministro ou
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
contidas neste Código e nas resoluções complementares; § 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para o en- anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem aten-
quadramento das condutas expressamente referidas neste Códi- der aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
go, para a fiscalização e a aplicação das medidas administrativas § 3º A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida
e das penalidades por infrações e para a arrecadação das multas por representantes do órgão máximo executivo de trânsito da
aplicadas e o repasse dos valores arrecadados; União ou dos Ministérios representados no Contran, conforme
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, rela- definido no ato de criação de cada Câmara Temática.
tivas à aplicação da legislação de trânsito; § 4º (VETADO)
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, ha- I - (VETADO)
bilitação, expedição de documentos de condutores, e registro e II - (VETADO)
licenciamento de veículos; III - (VETADO)
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de si- IV - (VETADO)
nalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito; Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CE-
XII - (revogado); TRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRAN-
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre con- DIFE:
flitos de competência ou circunscrição, ou, quando necessário, I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân-
unificar as decisões administrativas; e sito, no âmbito das respectivas atribuições;
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de II - elaborar normas no âmbito das respectivas competên-
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal. cias;
XV - normatizar o processo de formação do candidato à ob- III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação
tenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo seu e dos procedimentos normativos de trânsito;
conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações, exa- IV - estimular e orientar a execução de campanhas educati-
mes, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, de vas de trânsito;
2016) (Vigência) V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
§ 1º As propostas de normas regulamentares de que trata a) das JARI;
o inciso I do caput deste artigo serão submetidas a prévia con- b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos
sulta pública, por meio da rede mundial de computadores, pelo de inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão
período mínimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da matéria física, mental ou psicológica;
pelo Contran. VI - indicar um representante para compor a comissão exa-
§ 2º As contribuições recebidas na consulta pública de que minadora de candidatos portadores de deficiência física à habi-
trata o § 1º deste artigo ficarão à disposição do público pelo litação para conduzir veículos automotores;
prazo de 2 (dois) anos, contado da data de encerramento da VII - (VETADO)
consulta pública. VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administra-
§ 3º Em caso de urgência e de relevante interesse público, ção, educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo
o Presidente do CONTRAN poderá editar deliberação, ad refe- de trânsito, formação de condutores, registro e licenciamento
rendum do Plenário, para fins do disposto no inciso I do caput. de veículos, articulando os órgãos do Sistema no Estado, repor-
(Redação dada pela Medida Provisória nº 1.153, de 2022) tando-se ao CONTRAN;
§ 4º A deliberação de que trata o § 3º: (Redação dada pela IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
Medida Provisória nº 1.153, de 2022) trânsito no âmbito dos Municípios; e
I - na hipótese de não ser aprovada pelo Plenário do CON- X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exigên-
TRAN no prazo de cento e vinte dias, perderá sua eficácia, com cias definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
manutenção dos efeitos dela decorrentes; e (Incluído pela Me- XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese
dida Provisória nº 1.153, de 2022) de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para exami-
II - não está sujeita ao disposto nos § 1º e § 2º. (Incluído nar os candidatos à habilitação para conduzir veículos automo-
pela Medida Provisória nº 1.153, de 2022) tores. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
§ 5º Norma do Contran poderá dispor sobre o uso de sina- Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados
lização horizontal ou vertical que utilize técnicas de estímulos pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
comportamentais para a redução de acidentes de trânsito.” (NR) Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Fede-
ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como obje- ral, respectivamente, e deverão ter reconhecida experiência em
tivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre matéria de trânsito.
assuntos específicos para decisões daquele colegiado. § 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são no-
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas represen- meados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
tantes de órgãos e entidades executivos da União, dos Estados, respectivamente.
ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual número, per-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações


ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito. sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CONTRANDI- do trânsito;
FE é de dois anos, admitida a recondução. XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à segu-
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trân- rança e à educação de trânsito;
sito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Recur- XIII - coordenar a administração do registro das infrações de
sos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo jul- trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no prontu-
gamento dos recursos interpostos contra penalidades por eles ário do infrator, da arrecadação de multas e do repasse de que
impostas. trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado 2016) (Vigência)
o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e finan- XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional
ceiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem. de Trânsito informações sobre registros de veículos e de con-
Art. 17. Compete às JARI: dutores, mantendo o fluxo permanente de informações com os
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; demais órgãos do Sistema;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
e executivos rodoviários informações complementares relativas Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as diretri-
aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação re- zes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de programas
corrida; de educação de trânsito nos estabelecimentos de ensino;
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsi- XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
to e executivos rodoviários informações sobre problemas obser- educação de trânsito;
vados nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
sistematicamente. trânsito;
Art. 18. (VETADO) XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e entida-
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da des do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à aprovação do
União: CONTRAN, a complementação ou alteração da sinalização e dos
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a exe- dispositivos e equipamentos de trânsito;
cução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, no XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manu-
âmbito de suas atribuições; ais e normas de projetos de implementação da sinalização, dos
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo CON-
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da TRAN;
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trân- XX – expedir a permissão internacional para conduzir veícu-
sito; lo e o certificado de passagem nas alfândegas mediante delega-
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de ção aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal ou
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o a entidade habilitada para esse fim pelo poder público federal;
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
executando o controle de ações para a preservação do ordena- XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais
mento e da segurança do trânsito; e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a repre-
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbi- sentação do Brasil em congressos ou reuniões internacionais;
dade contra a fé pública, o patrimônio, ou a administração públi- XXII - propor acordos de cooperação com organismos inter-
ca ou privada, referentes à segurança do trânsito; nacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes à
V - supervisionar a implantação de projetos e programas segurança e educação de trânsito;
relacionados com a engenharia, educação, administração, poli- XXIII - elaborar projetos e programas de formação, treina-
ciamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à uniformi- mento e especialização do pessoal encarregado da execução das
dade de procedimento; atividades de engenharia, educação, policiamento ostensivo,
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e ha- fiscalização, operação e administração de trânsito, propondo
bilitação de condutores de veículos, a expedição de documentos medidas que estimulem a pesquisa científica e o ensino técni-
de condutores, de registro e licenciamento de veículos; co-profissional de interesse do trânsito, e promovendo a sua
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional realização;
de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito inte-
Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e restadual e internacional;
do Distrito Federal; XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as nor-
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de mas e requisitos de segurança veicular para fabricação e monta-
Habilitação - RENACH; gem de veículos, consoante sua destinação;
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Au- XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do códi-
tomotores - RENAVAM; go marca-modelo dos veículos para efeito de registro, emplaca-
X - organizar a estatística geral de trânsito no território na- mento e licenciamento;
cional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais ór- XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do CON-
gãos e promover sua divulgação; TRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema
Nacional de Trânsito;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Na-
submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão cional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de
coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; multas impostas na área de sua competência, com vistas à unifi-
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e fi- cação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das trans-
nanceiro ao CONTRAN. ferências de veículos e de prontuários de condutores de uma
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações para outra unidade da Federação;
de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi- XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produ-
gência) zidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo
XXXI - organizar, manter e atualizar o Registro Nacional Po- com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solici-
sitivo de Condutores (RNPC). tado, às ações específicas dos órgãos ambientais.
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodo-
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de im- viários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
probidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a pios, no âmbito de sua circunscrição:
administração pública, o órgão executivo de trânsito da União, I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân-
mediante aprovação do CONTRAN, assumirá diretamente ou por sito, no âmbito de suas atribuições;
delegação, a execução total ou parcial das atividades do órgão II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
executivo de trânsito estadual que tenha motivado a investiga- veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvi-
ção, até que as irregularidades sejam sanadas. mento da circulação e da segurança de ciclistas;
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu funcio- dispositivos e os equipamentos de controle viário;
namento. IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executi- trânsito e suas causas;
vos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamen-
Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os dados to ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o policia-
estatísticos para os fins previstos no inciso X. mento ostensivo de trânsito;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi- VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as pe-
gência) nalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e medi-
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das das administrativas cabíveis, notificando os infratores e arreca-
rodovias e estradas federais: dando as multas que aplicar;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân- VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
sito, no âmbito de suas atribuições; veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimen-
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando opera- sionadas ou perigosas;
ções relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas ad-
preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da ministrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso,
União e o de terceiros; dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arreca-
III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalida- dar as multas que aplicar;
des de advertência por escrito e multa e as medidas administra- IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
tivas cabíveis, com a notificação dos infratores e a arrecadação aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previs-
das multas aplicadas e dos valores provenientes de estadia e re- tas;
moção de veículos, objetos e animais e de escolta de veículos de X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
cargas superdimensionadas ou perigosas; e do Programa Nacional de Trânsito;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito XI - promover e participar de projetos e programas de edu-
e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas; cação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar me- pelo CONTRAN;
didas de segurança relativas aos serviços de remoção de veícu- XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
los, escolta e transporte de carga indivisível; quando prevista de forma específica para a infração cometida, e
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, po- comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executi-
dendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emer- vo de trânsito da União.” (NR)
genciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais relativas XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído pro-
ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de constru- duzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acor-
ções e instalações não autorizadas; do com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre aci- específicas dos órgãos ambientais locais, quando solicitado;
dentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medi- XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização espe-
das operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão ro- cial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem
doviário federal; observados para a circulação desses veículos.
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segu- XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
rança e Educação de Trânsito; quando prevista de forma específica para a infração cometida, e
IX - promover e participar de projetos e programas de edu- comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executi-
cação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas vo de trânsito da União.
pelo CONTRAN; Parágrafo único. (VETADO)
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de XVII - criar, implantar e manter escolas públicas de trân-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua cir- sito, destinadas à educação de crianças, adolescentes, jovens e
cunscrição: adultos, por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação,
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân- sinalização e comportamento no trânsito. (Redação dada pela
sito, no âmbito das respectivas atribuições; Lei nº 14.440, de 2022)
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de Parágrafo único. As competências descritas no inciso II do
aperfeiçoamento, de reciclagem e de suspensão de condutores caput deste artigo relativas ao processo de suspensão de condu-
e expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Di- tores serão exercidas quando:
rigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do I - o condutor atingir o limite de pontos estabelecido no in-
órgão máximo executivo de trânsito da União; ciso I do art. 261 deste Código;
III - vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicu- II - a infração previr a penalidade de suspensão do direito de
lar, registrar, emplacar e licenciar veículos, com a expedição dos dirigir de forma específica e a autuação tiver sido efetuada pelo
Certificados de Registro de Veículo e de Licenciamento Anual, próprio órgão executivo estadual de trânsito.” (NR)
mediante delegação do órgão máximo executivo de trânsito da Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Dis-
União; trito Federal:
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as I - (VETADO)
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; II - (VETADO)
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executi-
Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII do vos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente
art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito; com os demais agentes credenciados;
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Có- IV - (VETADO)
digo, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII do V - (VETADO)
art. 24, notificando os infratores e arrecadando as multas que VI - (VETADO)
aplicar; VII - (VETADO)
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de Parágrafo único. (VETADO)
veículos e objetos; Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trân-
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a sito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: (Redação
suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
Carteira Nacional de Habilitação; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân-
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre aci- sito, no âmbito de suas atribuições;
dentes de trânsito e suas causas; II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de ativi- veículos, de pedestres e de animais e promover o desenvolvi-
dades previstas na legislação de trânsito, na forma estabelecida mento, temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e
em norma do CONTRAN; das áreas de proteção de ciclistas;
XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
e do Programa Nacional de Trânsito; dispositivos e os equipamentos de controle viário;
XII - promover e participar de projetos e programas de edu- IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
cação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes esta- acidentes de trânsito e suas causas;
belecidas pelo CONTRAN; V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia os-
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema tensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de trânsito;
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres,
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das edificações de uso público e edificações privadas de uso cole-
transferências de veículos e de prontuários de condutores de tivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as
uma para outra unidade da Federação; penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trân- de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código,
sito e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais no exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando
dos veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins os infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo
de imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso co-
multas nas áreas de suas competências; letivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produ- estacionamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
zidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo (Vigência)
com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solici- VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e mul-
tado, às ações específicas dos órgãos ambientais locais; ta, por infrações de circulação, estacionamento e parada pre-
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional vistas neste Código, notificando os infratores e arrecadando as
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN. multas que aplicar;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas ad- § 2º Para exercer as competências estabelecidas neste ar-
ministrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, tigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de
dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arreca- Trânsito, por meio de órgão ou entidade executivos de trânsi-
dar as multas que aplicar; to ou diretamente por meio da prefeitura municipal, conforme
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, previsto no art. 333 deste Código.” (NR)
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previs- Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema Nacio-
tas; nal de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as ativi-
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento dades previstas neste Código, com vistas à maior eficiência e à
rotativo pago nas vias; segurança para os usuários da via.
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito pode-
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimen- rão prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e moni-
sionadas ou perigosas; toramento das atividades relativas ao trânsito durante prazo a
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar me- ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento dos custos
didas de segurança relativas aos serviços de remoção de veícu- apropriados.
los, escolta e transporte de carga indivisível; Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da Câmara dos
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Deputados e do Senado Federal, a que se referem o inciso IV do
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constitui-
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à ção Federal , respectivamente, mediante convênio com o órgão
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via, poderão
transferências de veículos e de prontuários dos condutores de lavrar auto de infração de trânsito e remetê-lo ao órgão com-
uma para outra unidade da Federação; petente, nos casos em que a infração cometida nas adjacências
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Congresso Nacional ou nos locais sob sua responsabilidade
do Programa Nacional de Trânsito; comprometer objetivamente os serviços ou colocar em risco a
XV - promover e participar de projetos e programas de edu- incolumidade das pessoas ou o patrimônio das respectivas Casas
cação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes esta- Legislativas.
belecidas pelo CONTRAN; Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de trânsito,
XVI - planejar e implantar medidas para redução da circu- os agentes mencionados no caput deste artigo deverão receber
lação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de treinamento específico para o exercício das atividades, confor-
diminuir a emissão global de poluentes; me regulamentação do Contran
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos
de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, CAPÍTULO III
autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decor- DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
rentes de infrações; (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de pro- Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
pulsão humana e de tração animal; I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obs-
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional táculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN; ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produ- II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, ati-
zidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo rando, depositando ou abandonando na via objetos ou substân-
com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações espe- cias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
cíficas de órgão ambiental local, quando solicitado; Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização espe- públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas con-
cial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem dições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório,
observados para a circulação desses veículos. bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente
XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, para chegar ao local de destino.
quando prevista de forma específica para a infração cometida, e Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de
comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executi- seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis
vo de trânsito da União; à segurança do trânsito.
XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsi- Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à
to, destinadas à educação de crianças, adolescentes, jovens e circulação obedecerá às seguintes normas:
adultos, por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se
sinalização e comportamento no trânsito. (Redação dada pela as exceções devidamente sinalizadas;
Lei nº 14.440, de 2022) II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral
§ 1º As competências relativas a órgão ou entidade munici- e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação
pal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entida- ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade
de executivos de trânsito. e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições
climáticas;
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem,
se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de pas-
sagem:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa exten-
aquele que estiver circulando por ela; são suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;
ela; XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acio-
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas nando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de
de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao gesto convencional de braço;
deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quan- b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa,
do não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança;
destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsi-
maior velocidade; to de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos
dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; veículos que ultrapassou;
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão prefe-
passagem, respeitadas as demais normas de circulação; rência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salva- circulação.
mento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
as ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre gência)
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de ur- § 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e
gência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de
pública, observadas as seguintes disposições: faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda como
a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sono- pela da direita.
ro e iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta esta-
proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar belecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de
livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos me-
via e parando, se necessário; nores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela in-
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a columidade dos pedestres.
luz intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atra- § 3º Compete ao Contran regulamentar os dispositivos de
vessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local; alarme sonoro e iluminação intermitente previstos no inciso VII
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilumina- do caput deste artigo.
ção intermitente somente poderá ocorrer por ocasião da efetiva § 4º Em situações especiais, ato da autoridade máxima fe-
prestação de serviço de urgência; (Redação dada pela Lei nº deral de segurança pública poderá dispor sobre a aplicação das
14.440, de 2022) exceções tratadas no inciso VII do caput deste artigo aos veícu-
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá los oficiais descaracterizados.” (NR)
se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue
segurança, obedecidas as demais normas deste Código; tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:
e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se
aplicadas somente quando os veículos estiverem identificados para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se na-
intermitente; quela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada so- Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila,
mente quando os veículos estiverem identificados por dispositi- deverão manter distância suficiente entre si para permitir que
vos regulamentares de iluminação intermitente; veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pú- segurança.
blica, quando em atendimento na via, gozam de livre parada Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar
e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuan-
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma do embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a
estabelecida pelo CONTRAN; velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá com vistas à segurança dos pedestres.
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias
as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em cur-
o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de vas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de ní-
entrar à esquerda; vel, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassa- quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem.
gem, certificar-se de que: Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma não poderá efetuar ultrapassagem.
manobra para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja in-
dicado o propósito de ultrapassar um terceiro;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra de- VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá ace-
verá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os de- sa a luz de placa;
mais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade. quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou de-
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um sembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito § 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros,
de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz quando circularem em faixas ou pistas a eles destinadas, e as
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto conven- motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de
cional de braço. farol de luz baixa durante o dia e à noite.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a § 2º Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem
transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à diurna deverão manter acesos os faróis nas rodovias de pista
esquerda e retornos. simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo durante
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente o dia.” (NR)
de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veícu- Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzi-
los e pedestres que por ela estejam transitando. na, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar aci-
esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais dentes;
apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir
aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com se- a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
gurança. Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra veículo, salvo por razões de segurança.
via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá obser-
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo var constantemente as condições físicas da via, do veículo e da
possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito,
menor espaço possível; obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máxi- para a via, além de:
mo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em
houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois sen- circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade
tidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um anormalmente reduzida;
só sentido. II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de dire- deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem
ção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclis- inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja
tas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista perigo iminente;
da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e
passagem. a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o
feita nos locais para isto determinados, quer por meio de sinali- condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, tran-
zação, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em sitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu
outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veícu-
observadas as características da via, do veículo, das condições los que tenham o direito de preferência.
meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas. Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à direita diante
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes de sinal vermelho do semáforo onde houver sinalização indicati-
determinações: va que permita essa conversão, observados os arts. 44, 45 e 70
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio deste Código
da utilização da luz baixa: Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe
a) à noite; seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interse-
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou ção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veícu-
cerração; lo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, do trânsito transversal.
exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização tempo-
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por rária de um veículo no leito viário, em situação de emergência,
curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros moto- deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertência,
ristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapas- na forma estabelecida pelo CONTRAN.
sar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de ris- Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
co à segurança para os veículos que circulam no sentido contrário; deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou
IV - (revogado); desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou per-
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situa- turbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
ções: Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regu-
a) em imobilizações ou situações de emergência; lamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; e é considerada estacionamento.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direi-
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido ta da pista de rolamento, preferencialmente no centro da fai-
do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia xa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não
da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sina- houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida
lizadas. a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, das vias urbanas.
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão es- Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais
tar situados fora da pista de rolamento. faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa
rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada adjacente à da direita.
(meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circu-
determine outra condição. lação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia,
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do con- ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utiliza-
dutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste Códi- ção destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sen-
go ou naqueles regulamentados por sinalização específica. tido de circulação regulamentado para a via, com preferência
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a sobre os veículos automotores.
porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição
se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido
outros usuários da via. contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocor- o trecho com ciclofaixa.
rer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor. Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas ad- pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será per-
jacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de se- mitida a circulação de bicicletas nos passeios.
gurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua uti-
circunscrição sobre a via. lização, classificam-se em:
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios cons- I - vias urbanas:
tituídos por unidades autônomas, a sinalização de regulamenta- a) via de trânsito rápido;
ção da via será implantada e mantida às expensas do condomí- b) via arterial;
nio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com c) via coletora;
circunscrição sobre a via. d) via local;
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela II - vias rurais:
direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamen- a) rodovias;
to, sempre que não houver faixa especial a eles destinada, de- b) estradas.
vendo seus condutores obedecer, no que couber, às normas de Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será in-
circulação previstas neste Código e às que vierem a ser fixadas dicada por meio de sinalização, obedecidas suas características
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. técnicas e as condições de trânsito.
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a veloci-
nas vias quando conduzidos por um guia, observado o seguinte: dade máxima será de:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser I - nas vias urbanas:
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns dos a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito; b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
II - os animais que circularem pela pista de rolamento deve- c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
rão ser mantidos junto ao bordo da pista. d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclo- II - nas vias rurais:
motores só poderão circular nas vias: a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos 13.281, de 2016) (Vigência)
protetores; 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
II - segurando o guidom com as duas mãos; camionetas, caminhonetes e motocicletas; (Redação dada
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especi- pela Lei nº 14.440, de 2022)
ficações do CONTRAN. 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclo- veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
motores só poderão ser transportados: 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - utilizando capacete de segurança; (Vigência)
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº
suplementar atrás do condutor; 13.281, de 2016) (Vigência)
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especi- 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para auto-
ficações do CONTRAN. móveis, camionetas, caminhonetes e motocicletas; (Redação
Art. 56. (VETADO) dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
Art. 56-A. (VETADO). 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
veículos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora). § 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) (Vigência)
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com cir- § 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
cunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinali- (Vigência)
zação, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabeleci- § 6o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
das no parágrafo anterior. (Vigência)
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à meta- § 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
de da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições (Vigência)
operacionais de trânsito e da via. § 8o (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
Art. 63. (VETADO) Art 67-B. VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigên-
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que cia)
não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centí- Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais
metros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de transporte
em dispositivo de retenção adequado para cada idade, peso e al- rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário
tura, salvo exceções relacionadas a tipos específicos de veículos de cargas. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
regulamentadas pelo Contran. § 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso excepcional dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de trans-
de dispositivos de retenção no banco dianteiro do veículo e as porte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o do
especificações técnicas dos dispositivos de retenção a que se re- tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas
fere o caput deste artigo.” (NR) e meia contínuas no exercício da condução. (Incluído pela Lei nº
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para con- 13.103, de 2015) (Vigência)
dutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo § 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
em situações regulamentadas pelo CONTRAN. a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de
Art. 66. (VETADO) passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive de direção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser reali- § 2o Em situações excepcionais de inobservância justifica-
zadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com da do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de
circunscrição sobre a via e dependerão de: direção poderá ser elevado pelo período necessário para que o
I - autorização expressa da respectiva confederação despor- condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça
tiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais comprometimento da segurança rodoviária. (Incluído pela Lei nº
à via; 13.103, de 2015) (Vigência)
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor § 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vin-
de terceiros; te e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e
operacionais em que o órgão ou entidade permissionária incor- coincidir com os intervalos mencionados no § 1o, observadas
rerá. no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato § 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução
de seguro. apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao
volante, em curso entre a origem e o destino. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO III-A nº 13.103, de 2015) (Vigência)
(INCLUÍDO LEI Nº 12.619, DE 2012) (VIGÊNCIA) § 5o Entende-se como início de viagem a partida do veículo
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFIS- na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como
SIONAIS sua continuação as partidas nos dias subsequentes até o desti-
no. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas § 6o O condutor somente iniciará uma viagem após o cum-
profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vi- primento integral do intervalo de descanso previsto no § 3o des-
gência) te artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; (Incluí- § 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passa-
do pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) geiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de ter-
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei nº minais de carga, operador de transporte multimodal de cargas
13.103, de 2015) (Vigência) ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu servi-
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) ço, ainda que subcontratado, que conduza veículo referido no
(Vigência) caput sem a observância do disposto no § 6o. (Incluído pela Lei
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) nº 13.103, de 2015) (Vigência)
(Vigência) § 8º Constitui situação excepcional de inobservância justifi-
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) cada do tempo de direção e de descanso pelos motoristas pro-
(Vigência) fissionais condutores de veículos ou composições de transporte
rodoviário de cargas, independentemente de registros ou de
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

anotações, a indisponibilidade de pontos de parada e de des- veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais
canso reconhecidos pelo órgão competente na rota programada proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança
para a viagem ou o exaurimento das vagas de estacionamento ficar comprometida.
neles disponíveis. (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022) § 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quan-
§ 9º O órgão competente da União ou, conforme o caso, a do não for possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na
autoridade do ente da Federação com circunscrição sobre a via pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos,
publicará e revisará, periodicamente, relação dos espaços des- pelos bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao deslo-
tinados a pontos de parada e de descanso disponibilizados aos camento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e
motoristas profissionais condutores de veículos ou composições nas situações em que a segurança ficar comprometida.
de transporte rodoviário de cargas, especialmente entre os pre- § 4º (VETADO)
vistos no art. 10 da Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015, in- § 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte
dicando o número de vagas de estacionamento disponíveis em a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à cir-
cada localidade. (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022) culação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar
Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vi- o acostamento.
gência) § 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por contro- para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a
lar e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circu-
vistas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei nº 13.103, de lação de pedestres.
2015) (Vigência) Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará
§ 1o A não observância dos períodos de descanso estabele- precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a
cidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às penalida- visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando
des daí decorrentes, previstas neste Código. (Incluído pela Lei nº sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que es-
13.103, de 2015) (Vigência) tas existirem numa distância de até cinquenta metros dele, ob-
§ 1º-A. Não estará sujeito às penalidades previstas neste servadas as seguintes disposições:
Código o motorista profissional condutor de veículos ou com- I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via
posições de transporte rodoviário de cargas que não observar deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
os períodos de direção e de descanso quando ocorrer a situação II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres
excepcional descrita no § 8º do art. 67-C deste Código. (Inclu- ou delimitada por marcas sobre a pista:
ído pela Lei nº 14.440, de 2022) a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações
§ 2o O tempo de direção será controlado mediante regis- das luzes;
trador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o se-
meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de máforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos;
trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no veícu- III - nas interseções e em suas proximidades, onde não exis-
lo, conforme norma do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de tam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na
2015) (Vigência) continuação da calçada, observadas as seguintes normas:
§ 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá fun- a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de
cionar de forma independente de qualquer interferência do que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei nº b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres
13.103, de 2015) (Vigência) não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar so-
§ 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informações bre ela sem necessidade.
contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via so-
velocidade e de tempo são de responsabilidade do condutor. bre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de pas-
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) sagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde de-
verão ser respeitadas as disposições deste Código.
CAPÍTULO IV Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização se-
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTO- mafórica de controle de passagem será dada preferência aos pe-
RIZADOS destres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso
de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres
das vias rurais para circulação, podendo a autoridade compe- em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinali-
tente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, zação.
desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipa-
ra-se ao pedestre em direitos e deveres.
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
quando não for possível a utilização destes, a circulação de pe-
destres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os

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CAPÍTULO V II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trân-


DO CIDADÃO sito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento
de professores e multiplicadores;
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de so- III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para le-
licitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional vantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipa- IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trân-
mentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, sito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsi-
legislação e outros assuntos pertinentes a este Código. to, com vistas à integração universidades-sociedade na área de
Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema trânsito.
Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao
responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a pos- Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, estabele-
sibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando cer campanha nacional esclarecendo condutas a serem seguidas
a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante nos primeiros socorros em caso de acidente de trânsito.
quando tal evento ocorrerá. Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente
Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclare- por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo intensi-
cer quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao ficadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76.
Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicita- Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades com-
ções. ponentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos ins-
tituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de mensagens
CAPÍTULO VI educativas de trânsito em todo o território nacional, em caráter
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO suplementar às campanhas previstas nos arts. 75 e 77. (Incluído
pela Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e cons- Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou
titui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional promoção, nos meios de comunicação social, de produto oriun-
de Trânsito. do da indústria automobilística ou afim, incluirá, obrigatoria-
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional mente, mensagem educativa de trânsito a ser conjuntamente
em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional veiculada. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
de Trânsito. § 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão produtos oriundos da indústria automobilística ou afins: (Incluí-
promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante do pela Lei nº 12.006, de 2009).
convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espé-
moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN. cie, incluídos os de passageiros e os de carga; (Incluído pela Lei
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e nº 12.006, de 2009).
os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos
ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema veículos mencionados no inciso I. (Incluído pela Lei nº 12.006,
Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às de 2009).
férias escolares, feriados prolongados e à Semana Nacional de § 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se à propagan-
Trânsito. da de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito do produto, em qualquer das seguintes modalidades: (Incluído
deverão promover outras campanhas no âmbito de sua circuns- pela Lei nº 12.006, de 2009).
crição e de acordo com as peculiaridades locais. I – rádio; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter II – televisão; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e III – jornal; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi- IV – revista; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
-las gratuitamente, com a freqüência recomendada pelos órgãos V – outdoor. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
competentes do Sistema Nacional de Trânsito. § 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao fabri-
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré- cante o montador, o encarroçador, o importador e o revendedor
-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de plane- autorizado dos veículos e demais produtos discriminados no §
jamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Esta- Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em ou-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas tdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da respec-
de atuação. tiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B esten-
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o de-se à propaganda de qualquer tipo de produto e anunciante,
Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do inclusive àquela de caráter institucional ou eleitoral. (Incluído
CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasilei- pela Lei nº 12.006, de 2009).
ras, diretamente ou mediante convênio, promoverá: Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) espe-
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo cificará o conteúdo e o padrão de apresentação das mensagens,
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de bem como os procedimentos envolvidos na respectiva veicula-
trânsito;

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ção, em conformidade com as diretrizes fixadas para as campa- Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
nhas educativas de trânsito a que se refere o art. 75. (Incluído luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que pos-
pela Lei nº 12.006, de 2009). sam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo comprometer a segurança do trânsito.
com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e
punível com as seguintes sanções: (Incluído pela Lei nº 12.006, respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publi-
de 2009). cidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem
I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei nº 12.006, de com a mensagem da sinalização.
2009). Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia aprovação
de qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
(sessenta) dias; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete re- sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de
ais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobra- qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização
da do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. (Redação viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) colocado.
§ 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativa- Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
mente, conforme dispuser o regulamento. (Incluído pela Lei nº trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres
12.006, de 2009). deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, qual- leito da via.
quer infração acarretará a imediata suspensão da veiculação da Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas,
peça publicitária até que sejam cumpridas as exigências fixadas estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas
nos arts. 77-A a 77-D. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). entradas e saídas devidamente identificadas, na forma regula-
Art. 77-F. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de mentada pelo CONTRAN.
2022) (Vigência) Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Despor- que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser sinali-
to, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do zadas com as respectivas placas indicativas de destinação e com
CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas destina- placas informando os dados sobre a infração por estacionamen-
dos à prevenção de acidentes. to indevido. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio I - verticais;
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos II - horizontais;
Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº III - dispositivos de sinalização auxiliar;
6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados mensal- IV - luminosos;
mente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para V - sonoros;
aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo. VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito po- Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue
derão firmar convênio com os órgãos de educação da União, após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamen-
cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo. te sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as
condições adequadas de segurança na circulação.
CAPÍTULO VII Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deve-
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO rá ser afixada sinalização específica e adequada.
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circu-
via, sinalização prevista neste Código e em legislação comple- lação e outros sinais;
mentar, destinada a condutores e pedestres, vedada a utilização II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
de qualquer outra. III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trân-
§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que sito.
a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Có-
em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme digo por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente
normas e especificações do CONTRAN. ou incorreta.
§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição so-
e por período prefixado, a utilização de sinalização não prevista bre a via é responsável pela implantação da sinalização, respon-
neste Código. dendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas § 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por refere à interpretação, colocação e uso da sinalização.
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de
estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprietário.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
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CAPÍTULO VIII d) de tração animal;


DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALI- e) reboque ou semi-reboque;
ZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO II - quanto à espécie:
a) de passageiros:
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos 1 - bicicleta;
a serem adotados em todo o território nacional quando da im- 2 - ciclomotor;
plementação das soluções adotadas pela Engenharia de Tráfego, 3 - motoneta;
assim como padrões a serem praticados por todos os órgãos e 4 - motocicleta;
entidades do Sistema Nacional de Trânsito. 5 - triciclo;
Art. 92. (VETADO) 6 - quadriciclo;
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transfor- 7 - automóvel;
mar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem 8 - microônibus;
prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre 9 - ônibus;
a via e sem que do projeto conste área para estacionamento e 10 - bonde;
indicação das vias de acesso adequadas. 11 - reboque ou semi-reboque;
Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança 12 - charrete;
de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso b) de carga:
não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente sina- 1 - motoneta;
lizado. 2 - motocicleta;
Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações 3 - triciclo;
transversais e de sonorizadores como redutores de velocidade, 4 - quadriciclo;
salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade com- 5 - caminhonete;
petente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN. 6 - caminhão;
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou 7 - reboque ou semi-reboque;
interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colo- 8 - carroça;
car em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia 9 - carro-de-mão;
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. c) misto:
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução 1 - camioneta;
ou manutenção da obra ou do evento. 2 - utilitário;
§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito 3 - outros;
com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por inter- d) de competição;
médio dos meios de comunicação social, com quarenta e oito e) de tração:
horas de antecedência, de qualquer interdição da via, indican- 1 - caminhão-trator;
do-se os caminhos alternativos a serem utilizados. 2 - trator de rodas;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será pu- 3 - trator de esteiras;
nido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco 4 - trator misto;
centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e dez f) especial;
centavos), independentemente das cominações cíveis e penais g) de coleção;
cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até a regulariza- III - quanto à categoria:
ção da situação, a partir do prazo final concedido pela autorida- a) oficial;
de de trânsito, levando-se em consideração a dimensão da obra b) de representação diplomática, de repartições consulares
ou do evento e o prejuízo causado ao trânsito. (Redação pela Lei de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao
nº 13.281, de 2016) (Vigência) Governo brasileiro;
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de c) particular;
qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a auto- d) de aluguel;
ridade de trânsito aplicará multa diária na base de cinqüenta por e) de aprendizagem.
cento do dia de vencimento ou remuneração devida enquanto Art. 97. As características dos veículos, suas especificações
permanecer a irregularidade. básicas, configuração e condições essenciais para registro, licen-
ciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em
CAPÍTULO IX função de suas aplicações.
DOS VEÍCULOS Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem
prévia autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar
SEÇÃO I que sejam feitas no veículo modificações de suas características
DISPOSIÇÕES GERAIS de fábrica.
Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados
Art. 96. Os veículos classificam-se em: que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a aten-
I - quanto à tração: der aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes
a) automotor; e ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo
b) elétrico;
c) de propulsão humana;
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CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações e ao § 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os


proprietário do veículo a responsabilidade pelo cumprimento encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de segu-
das exigências. rança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas condi-
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veí- ções estabelecidas pelo CONTRAN.
culo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos § 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a
pelo CONTRAN. periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os mon-
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de tadores e os encarroçadores comprovem o atendimento aos re-
pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma es- quisitos de segurança veicular, devendo, para isso, manter dis-
tabelecida pelo CONTRAN. poníveis a qualquer tempo os resultados dos testes e ensaios
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso dos sistemas e componentes abrangidos pela legislação de se-
bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à su- gurança veicular.
perfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma es- Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de
tabelecida pelo CONTRAN. segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruí-
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesa- do avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma
gem de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de
na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e
ou entidade de metrologia legal. ruído.
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos pode- § 1º (VETADO)
rá transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, § 2º (VETADO)
ou com peso bruto total combinado com peso por eixo, superior § 3º (VETADO)
ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima § 4º (VETADO)
de tração da unidade tratora. § 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros po- veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão
derão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei nº de gases poluentes e ruído.
13.281, de 2016) (Vigência) § 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, du-
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos rante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os veícu-
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) los novos classificados na categoria particular, com capacidade
(Vigência) para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham suas carac-
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte terísticas originais de fábrica e não se envolvam em acidente de
de passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento trânsito com danos de média ou grande monta. (Incluído pela
na configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
2016) (Vigência) § 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata
Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas carac-
no transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso terísticas originais de fábrica e não se envolvam em acidente de
e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, trânsito com danos de média ou grande monta. (Incluído pela
pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização es- Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
pecial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem ou Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
por período, atendidas as medidas de segurança consideradas outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
necessárias, conforme regulamentação do Contran I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica
§ 1º (VETADO). do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transpor-
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabi- te de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em
lidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de pé;
veículos causar à via ou a terceiros. II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões po- de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de
derá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e
via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. inalterável de velocidade e tempo;
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente equi- III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos auto-
pado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da motores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
carga sobre a via. IV - (VETADO)
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases
e a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo CON-
acordo com a sua natureza. TRAN.
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna
SEÇÃO II dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do
DA SEGURANÇA DOS VEÍCULOS lado esquerdo.
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag fron-
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando aten- tal para o condutor e o passageiro do banco dianteiro. (Incluído
didos os requisitos e condições de segurança estabelecidos nes- pela Lei nº 11.910, de 2009)
te Código e em normas do CONTRAN. VIII - luzes de rodagem diurna.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obri- II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos
gatórios dos veículos e determinará suas especificações técni- veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos retro-
cas. visores em ambos os lados.
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, pai-
acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e me- néis decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança
didas administrativas previstas neste Código. do veículo, na forma de regulamentação do CONTRAN. (Incluído
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os en- pela Lei nº 9.602, de 1998)
carroçadores de veículos e os revendedores devem comerciali- Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter
zar os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos
neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN. condutores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.
do disposto neste artigo. Art. 112. (Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999)
§ 5o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encarroçado-
artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos de ras e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil
automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados, importa- e criminalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e
dos, montados ou encarroçados, a partir do 1o (primeiro) ano ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos
após a definição pelo Contran das especificações técnicas perti- e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua
nentes e do respectivo cronograma de implantação e a partir do fabricação.
5o (quinto) ano, após esta definição, para os demais automóveis
zero quilômetro de modelos ou projetos já existentes e veículos SEÇÃO III
deles derivados. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009) DA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
§ 6o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação. (Inclu- Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por
ído pela Lei nº 11.910, de 2009) caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipa- § 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador,
mento de segurança especificado pelo fabricante, será exigido, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas caracte-
para licenciamento e registro, certificado de segurança expedi- rísticas, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado.
do por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de § 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de
metrologia legal, conforme norma elaborada pelo CONTRAN. prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e somen-
Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem de veículo, te serão processadas por estabelecimento por ela credenciado,
não será exigido qualquer outro documento ou autorização para mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida
o registro ou o licenciamento.” (NR) a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação.
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da
individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça,
das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e modificações da identificação de seu veículo.
aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio
pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estru-
exploração dessa atividade. tura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos pelo
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a auto- CONTRAN.
ridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título § 1º Os caracteres das placas serão individualizados para
precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo
misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabe- vedado seu reaproveitamento.
lecidas neste Código e pelo CONTRAN. § 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá Nacional serão usadas somente pelos veículos de representação
exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade públi- pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos
ca responsável deverá implantar o serviço regular de transporte Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do
coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação per- Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos
tinente e com os dispositivos deste Código. (Incluído pela Lei nº Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União e do Procura-
9.602, de 1998) dor-Geral da República.
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao § 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
as normas estabelecidas pelo CONTRAN. Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembléias Legis-
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas ca- lativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Tribunais
racterísticas para competição ou finalidade análoga só poderá Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe do Minis-
circular nas vias públicas com licença especial da autoridade de tério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças Armadas
trânsito, em itinerário e horário fixados. terão placas especiais, de acordo com os modelos estabelecidos
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: pelo CONTRAN.
I - (VETADO)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4o Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a ar- CAPÍTULO X


rastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
de construção ou de pavimentação são sujeitos ao registro na
repartição competente, se transitarem em via pública, dispensa- Art. 118. A circulação de veículo no território nacional, in-
dos o licenciamento e o emplacamento. (Redação dada pela Lei dependentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil e
nº 13.154, de 2015) (Vide) os países com os quais exista acordo ou tratado internacional,
§ 4o-A. Os tratores e demais aparelhos automotores des- reger-se-á pelas disposições deste Código, pelas convenções e
tinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a execu- acordos internacionais ratificados.
tar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar em via Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de controle
pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em cadastro de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a entrada e
específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- saída temporária ou definitiva de veículos.
to, acessível aos componentes do Sistema Nacional de Trânsito. § 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair
(Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) (Vide) do território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito,
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às in-
uso bélico. frações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que
§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares, inde-
placa dianteira. pendentemente da fase do processo administrativo ou judicial
§ 7o Excepcionalmente, mediante autorização específica e envolvendo a questão. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida co- (Vigência)
municação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos uti- § 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o
lizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente forem
que exerçam competência ou atribuição criminal poderão tem- flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território
porariamente ter placas especiais, de forma a impedir a identi- nacional serão retidos até a regularização da situação. (Incluído
ficação de seus usuários específicos, na forma de regulamento a pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência)
ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça
- CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e CAPÍTULO XI
pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN. (Incluído pela DO REGISTRO DE VEÍCULOS
Lei nº 12.694, de 2012)
§ 8o Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, rebo-
(jericos), para efeito do registro de que trata o § 4o-A, ficam que ou semi-reboque, deve ser registrado perante o órgão exe-
dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído pela Lei cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município
nº 13.154, de 2015) de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a iden- § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Dis-
tificação do veículo ao qual estão atreladas são dispensadas da trito Federal somente registrarão veículos oficiais de proprieda-
utilização do lacre previsto no caput, na forma a ser regulamen- de da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito
tada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên- Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com
cia) indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla ou
§ 10. O Contran estabelecerá os meios técnicos, de uso logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será re-
obrigatório, para garantir a identificação dos veículos que tran- gistrado, excetuando-se os veículos de representação e os pre-
sitarem por rodovias e vias urbanas com cobrança de uso pelo vistos no art. 116.
sistema de livre passagem. (Incluído pela Lei nº 14.157, de 2021) § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados bélico.
e do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados, Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
somente quando estritamente usados em serviço reservado de Registro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou digital, à escolha
caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os do proprietário, de acordo com os modelos e com as especifica-
critérios e limites estabelecidos pela legislação que regulamenta ções estabelecidos pelo Contran, com as características e as con-
o uso de veículo oficial. dições de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.” (NR)
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de
de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a ins- Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do
crição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes documentos:
bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou
(CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com sua documento equivalente expedido por autoridade competente;
classificação. II - documento fornecido pelo Ministério das Relações Ex-
teriores, quando se tratar de veículo importado por membro
de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira,
de representações de organismos internacionais e de seus inte-
grantes.
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado
de Registro de Veículo quando:
I - for transferida a propriedade;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou resi- II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado
dência; por pessoa física;
III - for alterada qualquer característica do veículo; III - pelo importador, no caso de veículo importado por pes-
IV - houver mudança de categoria. soa jurídica.
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM
o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável
da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão logo
trinta dias, sendo que nos demais casos as providências deverão seja o veículo registrado.
ser imediatas. Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou destina-
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no do à desmontagem, deverá requerer a baixa do registro, no pra-
mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço zo e forma estabelecidos pelo Contran, vedada a remontagem
num prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento para do veículo sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro
alterar o Certificado de Licenciamento Anual. anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.977, de 2014) (Vigência)
§ 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao § 1º. A obrigação de que trata este artigo é da companhia
órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao RENA- seguradora ou do adquirente do veículo destinado à desmonta-
VAM. gem, quando estes sucederem ao proprietário. (Incluído pela
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro Lei nº 14.440, de 2022)
de Veículo serão exigidos os seguintes documentos: § 2º A existência de débitos fiscais ou de multas de trânsito e
I - Certificado de Registro de Veículo anterior; ambientais vinculadas ao veículo não impede a baixa do registro.
II - Certificado de Licenciamento Anual; (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
III - comprovante de transferência de propriedade, quando Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só efe-
for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo CON- tuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro do
TRAN; RENAVAM.
IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de po- Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser
luentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de ca- esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
racterísticas do veículo; Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Registro de
V - comprovante de procedência e justificativa da proprie- Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de trânsi-
dade dos componentes e agregados adaptados ou montados no to e ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente da
veículo, quando houver alteração das características originais de responsabilidade pelas infrações cometidas. (Vide ADIN 2998)
fábrica; Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de pro-
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no pulsão humana e dos veículos de tração animal obedecerão à
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de repar- regulamentação estabelecida em legislação municipal do domi-
tições consulares de carreira, de representações de organismos cílio ou residência de seus proprietários. (Redação dada pela Lei
internacionais e de seus integrantes; nº 13.154, de 2015)
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedi- Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos au-
da no Município do registro anterior, que poderá ser substituída tomotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola
por informação do RENAVAM; ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem ônus, pelo
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tribu- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diretamen-
tos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo, inde- te ou mediante convênio. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
pendentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas; Art. 129-B. O registro de contratos de garantias de alie-
(Vide ADIN 2998) nação fiduciária em operações financeiras, consórcio, arrenda-
IX - (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998) mento mercantil, reserva de domínio ou penhor será realizado
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no nos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e
art. 98, quando houver alteração nas características originais do do Distrito Federal, em observância ao disposto no § 1º do art.
veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído; 1.361 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , e
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de na Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção
poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regulamenta- de Dados Pessoais)
ções do CONTRAN e do CONAMA.
Parágrafo único. Os veículos cuja transferência de proprie- CAPÍTULO XII
dade seja resultado de apreensão ou de confisco por decisão DO LICENCIAMENTO
judicial, leilão de veículo recolhido em depósito ou de doação a
órgãos ou entidades da administração pública são dispensados Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, rebo-
do cumprimento do disposto no inciso VIII do caput deste artigo, que ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser licencia-
e os débitos existentes devem ser cobrados do proprietário ante- do anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou
rior. (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022) do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os § 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso
agregados e as características originais do veículo deverão ser bélico.
prestadas ao RENAVAM: § 2º No caso de transferência de residência ou domicílio, é
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização, válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
no caso de veículo nacional;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedi- Art. 134-A. O Contran especificará as bicicletas motorizadas
do ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de Registro de e equiparados não sujeitos ao registro, ao licenciamento e ao
Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário, emplacamento para circulação nas vias.
de acordo com o modelo e com as especificações estabelecidos Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
pelo Contran. individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou em-
§ 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente pregados em qualquer serviço remunerado, para registro, licen-
ao registro. ciamento e respectivo emplacamento de característica comer-
§ 2º O veículo somente será considerado licenciado estando cial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder público
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de concedente.
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, independentemen- CAPÍTULO XIII
te da responsabilidade pelas infrações cometidas. (Vide ADIN DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES
2998)
§ 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução
sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de controle coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com au-
de emissões de gases poluentes e de ruído, conforme disposto torização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito
no art. 104. dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:
§ 4º As informações referentes às campanhas de chama- I - registro como veículo de passageiros;
mento de consumidores para substituição ou reparo de veículos II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
realizadas a partir de 1º de outubro de 2019 e não atendidas no obrigatórios e de segurança;
prazo de 1 (um) ano, contado da data de sua comunicação, de- III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quaren-
verão constar do Certificado de Licenciamento Anual. (Redação ta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das
dada pela Lei nº 14.229, de 2021) partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR,
§ 5º Após a inclusão das informações de que trata o § 4º em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada
deste artigo no Certificado de Licenciamento Anual, o veículo so- na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas;
mente será licenciado mediante comprovação do atendimento IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de ve-
às campanhas de chamamento de consumidores para substitui- locidade e tempo;
ção ou reparo de veículos.” (NR) V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas
§ 6º O Contran regulamentará a inserção dos dados no Cer- extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz ver-
tificado de Licenciamento Anual referentes às campanhas de melha dispostas na extremidade superior da parte traseira;
chamamento de consumidores para substituição ou reparo de VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
veículos realizadas antes da data prevista no § 4º deste artigo. VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabe-
(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) lecidos pelo CONTRAN.
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licencia- Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
mento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível,
trajeto entre a fábrica e o Município de destino. com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veí- de escolares em número superior à capacidade estabelecida
culos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou entre- pelo fabricante.
posto alfandegário e o Município de destino. (Renumerado do Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de
parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
§ 2o (Revogado pela Lei nº 13.154, de 2015) I - ter idade superior a vinte e um anos;
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licencia- II - ser habilitado na categoria D;
mento Anual. III - (VETADO)
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no mo- IV - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos
mento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema 12 (doze) últimos meses;
informatizado para verificar se o veículo está licenciado. (Incluí- V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da re-
do pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência) gulamentação do CONTRAN.
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, expira- Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a competên-
do o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste Código sem que cia municipal de aplicar as exigências previstas em seus regula-
o novo proprietário tenha tomado as providências necessárias mentos, para o transporte de escolares.
à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de
Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar ao órgão exe- CAPÍTULO XIII-A
cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no prazo de DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
60 (sessenta) dias, cópia autenticada do comprovante de trans- (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.009, DE 2009)
ferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob
pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penali- Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao
dades impostas e suas reincidências até a data da comunicação. transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – somente
Parágrafo único. O comprovante de transferência de pro- poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou
priedade de que trata o caput deste artigo poderá ser substitu- entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
ído por documento eletrônico com assinatura eletrônica válida, exigindo-se, para tanto: (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
na forma regulamentada pelo Contran.” (NR)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I – registro como veículo da categoria de aluguel; (Incluído III - Categoria C - condutor de veículo abrangido pela cate-
pela Lei nº 12.009, de 2009) goria B e de veículo motorizado utilizado em transporte de carga
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado cujo peso bruto total exceda a 3.500 kg (três mil e quinhentos
no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do quilogramas); (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamenta- IV - Categoria D - condutor de veículo abrangido pelas
ção do Conselho Nacional de Trânsito – Contran; (Incluído pela categorias B e C e de veículo motorizado utilizado no transporte
Lei nº 12.009, de 2009) de passageiros cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares, excluído
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, o do motorista; (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
nos termos de regulamentação do Contran; (Incluído pela Lei nº V - Categoria E - condutor de combinação de veículos
12.009, de 2009) em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou
IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
obrigatórios e de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.009, de articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso
2009) bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. (Reda-
§ 1o A instalação ou incorporação de dispositivos para trans- ção dada pela Lei nº 12.452, de 2011)
porte de cargas deve estar de acordo com a regulamentação do § 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
Contran. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) estar habilitado no mínimo há 1 (um) ano na categoria B e não
§ 2o É proibido o transporte de combustíveis, produtos in- ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12
flamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo § 2o São os condutores da categoria B autorizados a con-
água mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos termos duzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos
de regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 12.009, de termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000
2009) kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a competên- lugares, excluído o do motorista. (Incluído pela Lei nº 12.452,
cia municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas em de 2011)
seus regulamentos para as atividades de moto-frete no âmbito § 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da combi-
de suas circunscrições. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) nação de veículos com mais de uma unidade tracionada, inde-
pendentemente da capacidade de tração ou do peso bruto total.
CAPÍTULO XIV (Renumerado pela Lei nº 12.452, de 2011)
DA HABILITAÇÃO § 4º Respeitada a capacidade máxima de tração da unida-
de tratora, os condutores das categorias B, C e D podem conduzir
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e combinação de veículos cuja unidade tratora se enquadre na res-
elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser rea- pectiva categoria de habilitação e cuja unidade acoplada, rebo-
lizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do que, semirreboque, trailer ou articulada tenha menos de 6.000
Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou na kg (seis mil quilogramas) de peso bruto total, e cuja lotação não
sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o condutor exceda a 8 (oito) lugares. (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
preencher os seguintes requisitos: Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator mis-
I - ser penalmente imputável; to ou o equipamento automotor destinado à movimentação de
II - saber ler e escrever; cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via
Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E.
serão cadastradas no RENACH. Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos auto-
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à motores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão ser
aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e conduzidos em via pública também por condutor habilitado na
à autorização para conduzir ciclomotores serão regulamentados categoria B. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
pelo CONTRAN. Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para con-
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão hu- duzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escola-
mana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios. res, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá
§ 2º (VETADO) preencher os seguintes requisitos:
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro I - ser maior de vinte e um anos;
país está subordinado às condições estabelecidas em conven- II - estar habilitado:
ções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN. a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na cate-
de A a E, obedecida a seguinte gradação: goria D; e
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender
três rodas, com ou sem carro lateral; habilitar-se na categoria E;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abran- III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos
gido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três últimos 12 (doze) meses;
mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de trei-
lugares, excluído o do motorista; namento de prática veicular em situação de risco, nos termos da
normatização do CONTRAN.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. A participação em curso especializado pre- § 7º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Es-
visto no inciso IV independe da observância do disposto no inci- tados e do Distrito Federal, com a colaboração dos conselhos
so III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) profissionais de medicina e psicologia, deverão fiscalizar as en-
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) tidades e os profissionais responsáveis pelos exames de aptidão
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir am- física e mental e pela avaliação psicológica no mínimo 1 (uma)
bulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento especia- vez por ano.” (NR)
lizado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 (cinco) anos, Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é assegu-
nos termos da normatização do Contran. (Incluído pela Lei nº rada acessibilidade de comunicação, mediante emprego de tec-
12.998, de 2014) nologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do
Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o condu- processo de habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
tor deverá realizar exames complementares exigidos para habi- (Vigência)
litação na categoria pretendida. § 1o O material didático audiovisual utilizado em aulas teó-
Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se a ricas dos cursos que precedem os exames previstos no art. 147
exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na ordem desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com le-
descrita a seguir, e os exames de aptidão física e mental e a ava- genda oculta associada à tradução simultânea em Libras. (Inclu-
liação psicológica deverão ser realizados por médicos e psicó- ído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
logos peritos examinadores, respectivamente, com titulação de § 2o É assegurado também ao candidato com deficiência
especialista em medicina do tráfego e em psicologia do trânsito, auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de intér-
conferida pelo respectivo conselho profissional, conforme regu- prete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas e teó-
lamentação do Contran:“ (Parte promulgada pelo Congresso ricas. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Nacional) Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção vei-
I - de aptidão física e mental; cular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou privadas
II - (VETADO) credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos Estados e do
III - escrito, sobre legislação de trânsito; Distrito Federal, de acordo com as normas estabelecidas pelo
IV - de noções de primeiros socorros, conforme regulamen- CONTRAN.
tação do CONTRAN; § 1º A formação de condutores deverá incluir, obrigatoria-
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo mente, curso de direção defensiva e de conceitos básicos de
da categoria para a qual estiver habilitando-se. proteção ao meio ambiente relacionados com o trânsito.
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos respec- § 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
tivos examinadores serão registrados no RENACH. (Renumerado Dirigir, com validade de um ano.
do parágrafo único, pela Lei nº 9.602, de 1998) § 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao
§ 2º O exame de aptidão física e mental, a ser realizado no condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha
local de residência ou domicílio do examinado, será preliminar e cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou
renovável com a seguinte periodicidade: seja reincidente em infração média.
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior § 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
a 50 (cinquenta) anos; tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o proces-
ou superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos; so de habilitação.
III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou § 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá dis-
superior a 70 (setenta) anos. pensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o cartão
§ 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psicológica de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo Departamento
preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o con- de Aeronáutica Civil, respectivamente, da prestação do exame
dutor que exerce atividade remunerada ao veículo, incluindo-se de aptidão física e mental. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
esta avaliação para os demais candidatos apenas no exame refe- Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão
rente à primeira habilitação. (Redação dada pela Lei nº 10.350, comprovar resultado negativo em exame toxicológico para a ob-
de 2001) tenção e a renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física ou mental, § 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o con-
ou de progressividade de doença que possa diminuir a capacida- sumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, com-
de para conduzir o veículo, os prazos previstos nos incisos I, II e prometam a capacidade de direção e deverá ter janela de de-
III do § 2º deste artigo poderão ser diminuídos por proposta do tecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas do
perito examinador. Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao veí- § 2º Além da realização do exame previsto no caput deste
culo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de artigo, os condutores das categorias C, D e E com idade inferior
Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de a 70 (setenta) anos serão submetidos a novo exame a cada pe-
Trânsito – Contran. (Incluído pela Lei nº 10.350, de 2001) ríodo de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da obtenção ou
§ 6º Os exames de aptidão física e mental e a avaliação renovação da Carteira Nacional de Habilitação, independente-
psicológica deverão ser analisados objetivamente pelos exami- mente da validade dos demais exames de que trata o inciso I do
nados, limitados aos aspectos técnicos dos procedimentos rea- caput do art. 147 deste Código.
lizados, conforme regulamentação do Contran, e subsidiarão a § 3º (Revogado).
fiscalização prevista no § 7º deste artigo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4º É garantido o direito de contraprova e de recurso admi- ria em que se habilitou a conduzir, acompanhado de cópia das
nistrativo, sem efeito suspensivo, no caso de resultado positivo atas dos exames prestados. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
para os exames de que trata este artigo, nos termos das normas de 2016) (Vigência)
do Contran. § 4º (VETADO)
§ 5º O resultado positivo no exame previsto no § 2º deste Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário a
artigo acarretará a suspensão do direito de dirigir pelo período identificação de seus instrutores e examinadores, que serão pas-
de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão síveis de punição conforme regulamentação a ser estabelecida
à inclusão, no Renach, de resultado negativo em novo exame, e pelo CONTRAN.
vedada a aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias. Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores e
§ 6o O resultado do exame somente será divulgado para o examinadores serão de advertência, suspensão e cancelamento
interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao da autorização para o exercício da atividade, conforme a falta
disposto neste artigo ou no § 6o do art. 168 da Consolidação cometida.
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores
de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) serão identificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros
(Vigência) de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a
§ 7º O exame será realizado, em regime de livre concorrên- inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
cia, pelos laboratórios credenciados pelo órgão máximo execu- Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para
tivo de trânsito da União, nos termos das normas do Contran, aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá
vedado aos entes públicos: (Redação dada pela Lei nº 14.440, ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa bran-
de 2022) ca removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição
I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº 13.103, AUTO-ESCOLA na cor preta.
de 2015) (Vigência) Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e
II - limitar o número de empresas ou o número de locais em elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão exe-
que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº 13.103, cutivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, pertencen-
de 2015) (Vigência) te ou não à entidade credenciada.
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluído Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) para aprendizagem, de acordo com a regulamentação do CON-
Art. 149. (VETADO) TRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, mental, de
Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo anterior, primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. (Incluído pela
o condutor que não tenha curso de direção defensiva e primei- Lei nº 9.602, de 1998)
ros socorros deverá a eles ser submetido, conforme normatiza- Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento
ção do CONTRAN. para prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores contra- destinadas à formação de condutores e às exigências necessá-
tados para operar a sua frota de veículos é obrigada a fornecer rias para o exercício das atividades de instrutor e examinador.
curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros confor- Art. 157. (VETADO)
me normatização do CONTRAN. Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se: (Vide Lei nº
Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre le- 12.217, de 2010) Vigência
gislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só pode- I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão
rá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da divulga- executivo de trânsito;
ção do resultado. II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
comissão integrada por 3 (três) membros designados pelo diri- aprendizagem poderá conduzir apenas mais um acompanhante.
gente do órgão executivo local de trânsito. (Redação dada pela (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.217, de 2010).
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 2o (Revogado pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigên-
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos cia).
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou superior Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
à pretendida pelo candidato. meio físico e digital, de acordo com as especificações do Con-
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e bom- tran, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código,
beiros dos órgãos de segurança pública da União, dos Estados e conterá fotografia, identificação e número de inscrição no Ca-
do Distrito Federal que possuírem curso de formação de condu- dastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e
tor ministrado em suas corporações serão dispensados, para a equivalerá a documento de identidade em todo o território na-
concessão do documento de habilitação, dos exames aos quais cional. (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
se houverem submetido com aprovação naquele curso, desde § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
que neles sejam observadas as normas estabelecidas pelo Con- Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à di-
tran. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) reção do veículo.
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado § 1º-A O porte do documento de habilitação será dispensa-
na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com do quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso
ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade administrati- ao sistema informatizado para verificar se o condutor está ha-
va onde prestar serviço, do qual constarão o número do registro bilitado. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
de identificação, naturalidade, nome, filiação, idade e catego- § 2º (VETADO)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilita- II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para
ção será regulamentada pelo CONTRAN. Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou
§ 4º (VETADO) com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei nº
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para 13.281, de 2016) (Vigência)
Dirigir somente terão validade para a condução de veículo quan- Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
do apresentada em original. 2016) (Vigência)
§ 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação ex- Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº
pedida e a da autoridade expedidora serão registradas no RE- 13.281, de 2016) (Vigência)
NACH. Medida administrativa - recolhimento do documento de ha-
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro no bilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor
RENACH, agregando-se neste todas as informações. habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de Ha- III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
bilitação ou a emissão de uma nova via somente será realizada Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzin-
após quitação de débitos constantes do prontuário do condutor. do: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 9º (VETADO) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está 2016) (Vigência)
condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei nº
mental. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 11. (Revogado). Medida administrativa - retenção do veículo até a apresen-
§ 12. Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos tação de condutor habilitado; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
Estados e do Distrito Federal enviarão por meio eletrônico, com de 2016) (Vigência)
30 (trinta) dias de antecedência, aviso de vencimento da vali- IV - (VETADO)
dade da Carteira Nacional de Habilitação a todos os condutores V - com Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de
cadastrados no Renach com endereço na respectiva unidade da 30 (trinta) dias: (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
Federação.” (NR) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 14.440,
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito deve- de 2022)
rá ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 14.440,
de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN, inde- de 2022)
pendentemente do reconhecimento da prescrição, em face da Medida administrativa - retenção do veículo até a apre-
pena concretizada na sentença. sentação de condutor habilitado; (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido 14.440, de 2022)
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho au-
da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla xiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo
defesa ao condutor. impostas por ocasião da concessão ou da renovação da licença
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva para conduzir:
estadual de trânsito poderá apreender o documento de habili- Infração - gravíssima;
tação do condutor até a sua aprovação nos exames realizados. Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até o sa-
CAPÍTULO XV neamento da irregularidade ou apresentação de condutor habi-
DAS INFRAÇÕES litado.
VII - sem possuir os cursos especializados ou específicos
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de obrigatórios: (Incluído dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
qualquer preceito deste Código ou da legislação complementar, Infração - gravíssima; (Incluído dada pela Lei nº 14.440,
e o infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administra- de 2022)
tivas indicadas em cada artigo deste Capítulo e às punições pre- Penalidade - multa; (Incluído dada pela Lei nº 14.440,
vistas no Capítulo XIX deste Código de 2022)
Parágrafo único. (Revogado).” (NR) Medida administrativa - retenção do veículo até a apresen-
Art. 162. Dirigir veículo: tação de condutor habilitado. (Incluído dad
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condi-
para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor: (Redação ções previstas no artigo anterior:
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
2016) (Vigência) Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº artigo anterior.
13.281, de 2016) (Vigência) Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresen- incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a
tação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de conduzi-lo na via:
2016) (Vigência) Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem
art. 162. observância das normas de segurança especiais estabelecidas
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer neste Código:
outra substância psicoativa que determine dependência: (Reda- Infração - gravíssima;
ção dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de Medida administrativa - retenção do veículo até que a irre-
2008) gularidade seja sanada.
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispen-
dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, sáveis à segurança:
de 2012) Infração - leve;
Medida administrativa - recolhimento do documento de ha- Penalidade - multa.
bilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atra-
do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do vessando a via pública, ou os demais veículos:
Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, Infração - gravíssima;
de 2012) Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me- do documento de habilitação.
ses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clí- ou veículos, água ou detritos:
nico, perícia ou outro procedimento que permita certificar in- Infração - média;
fluência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma es- Penalidade - multa.
tabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
(Vigência) substâncias:
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração - média;
(Vigência) Penalidade - multa.
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de di- Art. 173. Disputar corrida: (Redação dada pela Lei nº 12.971,
rigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) de 2014) (Vigência)
(Vigência) Infração - gravíssima;
Medida administrativa - recolhimento do documento de ha- Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de di-
bilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do rigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº 12.971,
art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) de 2014) (Vigência)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Medida administrativa - recolhimento do documento de ha-
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me- bilitação e remoção do veículo.
ses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
“Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habili- caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses
tação nas categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vi-
previsto no § 2º do art. 148-A deste Código, após 30 (trinta) dias gência)
do vencimento do prazo estabelecido: Art. 174. Promover, na via, competição, eventos organiza-
Infração - gravíssima; dos, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo,
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de ou deles participar, como condutor, sem permissão da autorida-
dirigir por 3 (três) meses, condicionado o levantamento da sus- de de trânsito com circunscrição sobre a via: (Redação dada pela
pensão à inclusão no Renach de resultado negativo em novo Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
exame. Infração - gravíssima;
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de di-
que exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a rigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº 12.971,
realização de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do de 2014) (Vigência)
art. 148-A deste Código por ocasião da renovação do documento Medida administrativa - recolhimento do documento de ha-
de habilitação nas categorias C, D ou E. bilitação e remoção do veículo.
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa § 1o As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos
que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não condutores participantes. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
estiver em condições de dirigi-lo com segurança: (Vigência)
Infração - gravíssima; § 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso
Penalidade - multa. de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração ante-
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de rior. Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
segurança, conforme previsto no art. 65: Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir
Infração - grave; manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou
Penalidade - multa; frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus: (Reda-
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação ção dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
do cinto pelo infrator. Infração - gravíssima;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de di- II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta cen-
rigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº 12.971, tímetros a um metro:
de 2014) (Vigência) Infração - leve;
Medida administrativa - recolhimento do documento de ha- Penalidade - multa;
bilitação e remoção do veículo. Medida administrativa - remoção do veículo;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um me-
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses tro:
da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vi- Infração - grave;
gência) Penalidade - multa;
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com ví- Medida administrativa - remoção do veículo;
tima: IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Có-
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fa- digo:
zê-lo; Infração - média;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de Penalidade - multa;
evitar perigo para o trânsito no local; Medida administrativa - remoção do veículo;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das
polícia e da perícia; vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, Infração - gravíssima;
quando determinadas por policial ou agente da autoridade de Penalidade - multa;
trânsito; Medida administrativa - remoção do veículo;
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água
necessárias à confecção do boletim de ocorrência: ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde
Infração - gravíssima; que devidamente identificados, conforme especificação do
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de CONTRAN:
dirigir; Infração - média;
Medida administrativa - recolhimento do documento de ha- Penalidade - multa;
bilitação. Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus Infração - leve;
agentes: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa. VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem ví- ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou
tima, de adotar providências para remover o veículo do local, sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, mar-
quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a cas de canalização, gramados ou jardim público:
fluidez do trânsito: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada desti-
via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua re- nada à entrada ou saída de veículos:
moção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado: Infração - média;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rá- Penalidade - multa;
pido: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave; X - impedindo a movimentação de outro veículo:
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
II - nas demais vias: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - leve; XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de com- Penalidade - multa;
bustível: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média; XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circula-
Penalidade - multa; ção de veículos e pedestres:
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração - grave;
Art. 181. Estacionar o veículo: Penalidade - multa;
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do ali- Medida administrativa - remoção do veículo;
nhamento da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de Penalidade - multa;


ponto de embarque ou desembarque de passageiros de trans- III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um me-
porte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no interva- tro:
lo compreendido entre dez metros antes e depois do marco do Infração - média;
ponto: Penalidade - multa;
Infração - média; IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Có-
Penalidade - multa; digo:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - leve;
XIV - nos viadutos, pontes e túneis: Penalidade - multa;
Infração - grave; V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das
Penalidade - multa; vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamen-
Medida administrativa - remoção do veículo; to:
XV - na contramão de direção: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de rola-
e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso mento e marcas de canalização:
bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas: Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circula-
Medida administrativa - remoção do veículo; ção de veículos e pedestres:
XVII - em desacordo com as condições regulamentadas es- Infração - média;
pecificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Regula- Penalidade - multa;
mentado): VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Infração - média;
(Vigência) Penalidade - multa;
Penalidade - multa; IX - na contramão de direção:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela Penalidade - multa;
sinalização (placa - Proibido Estacionar): X - em local e horário proibidos especificamente pela sinali-
Infração - média; zação (placa - Proibido Parar):
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa.
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proi- XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
bidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar): Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa.” (NR)
Penalidade - multa; Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mu-
Medida administrativa - remoção do veículo. dança de sinal luminoso:
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou ido- Infração - média;
sos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído pela Penalidade - multa.
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 184. Transitar com o veículo:
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de cir-
(Vigência) culação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto para
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita:
(Vigência) Infração - leve;
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela Penalidade - multa;
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trân- circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
sito aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do Infração - grave;
veículo. Penalidade - multa.
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com
calço de segurança na via. circulação destinada aos veículos de transporte público coletivo
Art. 182. Parar o veículo: de passageiros, salvo casos de força maior e com autorização
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do ali- do poder público competente: (Incluído pela Lei nº 13.154, de
nhamento da via transversal: 2015)
Infração - média; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa; Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído pela Lei
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta cen- nº 13.154, de 2015)
tímetros a um metro: Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela
Infração - leve; Lei nº 13.154, de 2015)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
de conservá-lo: passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos,
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamenta- canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamen-
ção, exceto em situações de emergência; tos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa (três vezes).
Penalidade - multa. Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância ne-
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em: cessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultra- segurança:
passar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, respeitada Infração - grave;
a preferência do veículo que transitar em sentido contrário: Penalidade - multa.
Infração - grave; Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade
Penalidade - multa; competente de trânsito ou de seus agentes:
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único Infração - grave;
de circulação: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante
Penalidade - multa. gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o
regulamentação estabelecida pela autoridade competente: veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação:
I - para todos os tipos de veículos: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa; Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo
II - (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998) para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da res-
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo pectiva mão de direção, quando for manobrar para um desses
ou perturbando o trânsito: lados:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando so-
de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, licitado:
de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando Infração - média;
em serviço de urgência e devidamente identificados por dispo- Penalidade - multa.
sitivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação intermi- Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da
tente: (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022) frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai
Infração - gravíssima; entrar à esquerda:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando Penalidade - multa.
este com prioridade de passagem devidamente identificada por Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte co-
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação in- letivo ou de escolares, parado para embarque ou desembarque
termitente: (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022) de passageiros, salvo quando houver refúgio de segurança para
Infração - grave; o pedestre:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando Penalidade - multa.
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e
outro ao realizar operação de ultrapassagem: cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração - gravíssima; Infração - média;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de Penalidade - multa.
dirigir. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no I - pelo acostamento;
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me- II - em interseções e passagens de nível;
ses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
(Vigência) 2014) (Vigência)
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº
frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao 12.971, de 2014) (Vigência)
bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
condições climáticas do local da circulação e do veículo: I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
Infração - grave; II - nas faixas de pedestre;
Penalidade - multa. III - nas pontes, viadutos ou túneis;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, can-
celas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre cir-
culação;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua do documento de habilitação.
amarela: Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer ou-
2014) (Vigência) tro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº Infração - grave;
12.971, de 2014) (Vigência) Penalidade - multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Parágrafo único. (VETADO).” (NR)
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me- Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha
ses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) férrea:
(Vigência) Infração - gravíssima;
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direi- Penalidade - multa.
ta, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
esquerda, onde não houver local apropriado para operação de marcha for interceptada:
retorno: I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas,
Infração - grave; desfiles e outros:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre Penalidade - multa.
cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com auto- II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações
rização da autoridade de trânsito ou de seus agentes: militares e outros:
Infração - leve; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 206. Executar operação de retorno: Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre
I - em locais proibidos pela sinalização; e a veículo não motorizado:
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis; I - que se encontre na faixa a ele destinada;
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardina- II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra
mento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, refúgios e sinal verde para o veículo;
faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados; III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e ges-
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da tantes:
via transversal; Infração - gravíssima;
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda Penalidade - multa.
que em locais permitidos: IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
Infração - gravíssima; sinalização a ele destinada;
Penalidade - multa. V - que esteja atravessando a via transversal para onde se
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à es- dirige o veículo:
querda em locais proibidos pela sinalização: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de I - em interseção não sinalizada:
parada obrigatória, exceto onde houver sinalização que permita a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória;
a livre conversão à direita prevista no art. 44-A deste Código b) a veículo que vier da direita;
Infração - gravíssima; II - nas interseções com sinalização de regulamentação de
Penalidade - multa. Dê a Preferência:
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou Infração - grave;
sem sinalização ou dispositivos auxiliares, ou deixar de adentrar Penalidade - multa.
as áreas destinadas à pesagem de veículos: (Redação dada pela Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequa-
Lei nº 14.157, de 2021) damente posicionado para ingresso na via e sem as precauções
Infração - grave; com a segurança de pedestres e de outros veículos:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 209-A. Evadir-se da cobrança pelo uso de rodovias e Penalidade - multa.
vias urbanas para não efetuar o seu pagamento, ou deixar de Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem
efetuá-lo na forma estabelecida: (Incluído pela Lei nº 14.157, dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos:
de 2021) Infração - média;
Infração – grave; Penalidade - multa.
Penalidade – multa. Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permi-
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial: tida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil,
Infração - gravíssima; em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
direito de dirigir; I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20%
(vinte por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de zação e apreensão das placas irregulares.
2006) Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de ter-
20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento): (Redação ceiros, placas de identificação não autorizadas pela regulamen-
dada pela Lei nº 11.334, de 2006) tação.
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de aten-
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de dimento de emergência, o sistema de iluminação intermitente
2006) dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
50% (cinquenta por cento): (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006) (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
Infração - gravíssima; Infração - média;
Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de Penalidade - multa.
dirigir.” (NR) Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor:
metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retar- Infração - grave;
dando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de Penalidade - multa;
tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
faixa da direita: zação.
Infração - média; Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
Penalidade - multa. providas de iluminação pública:
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma Infração - leve;
compatível com a segurança do trânsito: Penalidade - multa.
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, corte- Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
jos, préstitos e desfiles: demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes exter-
Infração - gravíssima; nas ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar
Penalidade - multa; visível o local, quando:
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou per-
agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou manecer no acostamento;
gestos; II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retira-
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acos- da imediatamente:
tamento; Infração - grave;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não sina- Penalidade - multa.
lizada; Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; sido utilizado para sinalização temporária da via:
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; Infração - média;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência Penalidade - multa.
de obras ou trabalhadores na pista; Art. 227. Usar buzina:
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; I - em situação que não a de simples toque breve como ad-
IX - quando houver má visibilidade; vertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, defei- II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
tuoso ou avariado; III - entre as vinte e duas e as seis horas;
XI - à aproximação de animais na pista; IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
XII - em declive; V - em desacordo com os padrões e frequências estabeleci-
Infração - grave; das pelo CONTRAN:
Penalidade - multa; Infração - leve;
XIII - ao ultrapassar ciclista: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume
Penalidade - multa; ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de Infração - grave;
embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa Penalidade - multa;
movimentação de pedestres: Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
Infração - gravíssima; zação.
Penalidade - multa. Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em de- ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego público,
sacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
CONTRAN: Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 230. Conduzir o veículo:
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134
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qual- XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art.
quer outro elemento de identificação do veículo violado ou fal- 67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao
sificado; volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de ve-
II - transportando passageiros em compartimento de carga, ículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: (Reda-
salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade ção dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN; Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
III - com dispositivo anti-radar; 2015) (Vigência)
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; 2015) (Vigência)
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem con- Medida administrativa - retenção do veículo para cumpri-
dições de legibilidade e visibilidade: mento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada pela Lei
Infração - gravíssima; nº 13.103, de 2015) (Vigência)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vi-
Medida administrativa - remoção do veículo; gência)
VII - com a cor ou característica alterada; § 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicu- (doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade
lar, quando obrigatória; disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído pela Lei nº
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficien- 13.103, de 2015) (Vigência)
te ou inoperante; § 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o esta- do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito, ju-
belecido pelo CONTRAN; dicial ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº 13.103,
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão de 2015) (Vigência)
defeituoso, deficiente ou inoperante; Art. 231. Transitar com o veículo:
XII - com equipamento ou acessório proibido; I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de si- II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
nalização alterados; a) carga que esteja transportando;
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
aparelho; Infração - gravíssima;
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de cará- Penalidade - multa;
ter publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses zação;
previstas neste Código; III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis supe-
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por pelícu- riores aos fixados pelo CONTRAN;
las refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos li-
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas mites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem auto-
pela legislação; rização:
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a Infração - grave;
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança Penalidade - multa;
e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: zação;
Infração - grave; V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
Penalidade - multa; quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida
Medida administrativa - retenção do veículo para regulari- pelo CONTRAN:
zação; Infração - média;
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas
na forma estabelecida no art. 136: ou fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de tabela:
2019) (Vigência) a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais
Penalidade – multa (cinco vezes); (Redação dada pela Lei nº e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
13.855, de 2019) (Vigência) 2016) (Vigência)
Medida administrativa – remoção do veículo; (Incluído pela b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogra-
Lei nº 13.855, de 2019) (Vigência) mas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos); (Reda-
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscri- ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ções previstas neste Código; c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação dada
ou com lâmpadas queimadas: pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração - média; d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$
Penalidade - multa. 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); (Redação
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
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e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogra- Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes ex-
mas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centa- ternas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Infração - grave;
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 Penalidade - multa;
(cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela Lei Medida administrativa - retenção do veículo para transbor-
nº 13.281, de 2016) (Vigência) do.
Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda,
da carga excedente; salvo em casos de emergência:
VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela Infração - média;
autoridade competente para transitar com dimensões exceden- Penalidade - multa.
tes, ou quando a mesma estiver vencida: Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as es-
Infração - grave; pecificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias à
Penalidade - multa e apreensão do veículo; sua identificação, quando exigidas pela legislação:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
VII - com lotação excedente; Penalidade - multa;
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força zação.
maior ou com permissão da autoridade competente: Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação,
2019) (Vigência) de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por
Penalidade – multa; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de lei, para averiguação de sua autenticidade:
2019) (Vigência) Infração - gravíssima;
Medida administrativa – remoção do veículo; (Redação Penalidade - multa e apreensão do veículo;
dada pela Lei nº 13.855, de 2019) (Vigência) Medida administrativa - remoção do veículo.
IX - desligado ou desengrenado, em declive: Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para re-
Infração - média; gularização, sem permissão da autoridade competente ou de
Penalidade - multa; seus agentes:
Medida administrativa - retenção do veículo; Infração - gravíssima;
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação en- Medida administrativa - remoção do veículo.
tre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do re-
a ser regulamentada pelo CONTRAN; gistro de veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo Penalidade - multa;
de carga excedente. Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Re-
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos gistro e do Certificado de Licenciamento Anual.
incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veícu-
excedendo à capacidade máxima de tração, não computado o lo ou de habilitação do condutor:
percentual tolerado na forma do disposto na legislação, somen- Infração - leve;
te poderá continuar viagem após descarregar o que exceder, Penalidade - multa.
segundo critérios estabelecidos na referida legislação comple- Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de re-
mentar. gistro, licenciamento ou habilitação:
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte Infração - gravíssima;
obrigatório referidos neste Código: Penalidade - multa.
Infração - leve; Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao
Penalidade - multa; órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresen- total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e docu-
tação do documento. mentos:
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo Infração - grave;
de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as Penalidade - multa;
hipóteses previstas no art. 123: Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos do-
Infração - média; cumentos.
Penalidade - multa; Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
Medida administrativa - remoção do veículo.” (NR) I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo
Art. 233-A. (VETADO). com as normas e as especificações aprovadas pelo Contran;
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e II - transportando passageiro sem o capacete de segurança,
de identificação do veículo: na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento su-
Infração - gravíssima; plementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em
Medida administrativa - remoção do veículo. uma roda;
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IV - (revogado); Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circu-


V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade lação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via
ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar da terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente:
própria segurança: Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
Medida administrativa - retenção do veículo até regulariza- Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa físi-
ção e recolhimento do documento de habilitação; ca ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autorida-
VI - rebocando outro veículo; de com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo even- emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, pro-
tualmente para indicação de manobras; mover a desobstrução.
VIII – transportando carga incompatível com suas especifi- Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamen-
cações ou em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A to, em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e
desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) os de tração animal, sempre que não houver acostamento ou
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em faixa a eles destinados:
desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as nor- Infração - média;
mas que regem a atividade profissional dos mototaxistas: (Inclu- Penalidade - multa.
ído pela Lei nº 12.009, de 2009) Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de
Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) passageiros carga excedente em desacordo com o estabelecido
Penalidade – multa; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) no art. 109:
Medida administrativa – apreensão do veículo para regulari- Infração - grave;
zação. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)[ Penalidade - multa;
X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira Medida administrativa - retenção para o transbordo.
ou óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de po-
desacordo com a regulamentação do Contran; sição, quando o veículo estiver parado, para fins de embarque
XI - transportando passageiro com o capacete de segurança ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de merca-
utilizado na forma prevista no inciso X do caput deste artigo: dorias:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo até regulariza- Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
ção; I - deixar de manter acesa a luz baixa:
XII – (VETADO). b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de pas-
além de: sageiros em circulação em faixas ou pistas a eles destinadas;
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento espe- d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomo-
cial a ele destinado; tores;
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo e) de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos
onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; perímetros urbanos, no caso de veículos desprovidos de luzes
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, de rodagem diurna;
condições de cuidar de sua própria segurança. II - (revogado);
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
parágrafo anterior: Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. IV - deixar o veículo de transporte público coletivo de pas-
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo sageiros ou de escolares de manter a porta fechada: (Incluído
não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem se- pela Lei nº 14.440, de 2022)
mi-reboques especialmente projetados para esse fim e devida- Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
mente homologados pelo órgão competente. (Incluído pela Lei Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
nº 10.517, de 2002) Medida administrativa - retenção do veículo até a regulari-
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, mate- zação. (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
riais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
de trânsito com circunscrição sobre a via: I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
Infração - grave; emergência;
Penalidade - multa; II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do ma- situações:
terial. a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a ou-
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa in- tro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
cidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. b) em imobilizações ou situação de emergência, como ad-
vertência, utilizando pisca-alerta;

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c) quando a sinalização de regulamentação da via determi- IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de pertur-
nar o uso do pisca-alerta: bar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte,
Infração - média; desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida li-
Penalidade - multa. cença da autoridade competente;
Art. 252. Dirigir o veículo: V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea
I - com o braço do lado de fora; ou subterrânea;
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquer- VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
da ou entre os braços e pernas; Infração - leve;
III - com incapacidade física ou mental temporária que com- Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor
prometa a segurança do trânsito; da infração de natureza leve.
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que com- VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
prometa a utilização dos pedais; § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
acionar equipamentos e acessórios do veículo; Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja per-
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a apare- mitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo
lhagem sonora ou de telefone celular; com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movi- Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante re-
mento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) cibo para o pagamento da multa.
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) CAPÍTULO XVI
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracteri- DAS PENALIDADES
zar-se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar
segurando ou manuseando telefone celular. (Incluído pela Lei nº Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competên-
13.281, de 2016) (Vigência) cias estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição,
Art. 253. Bloquear a via com veículo: deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penali-
Infração - gravíssima; dades:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; I - advertência por escrito;
Medida administrativa - remoção do veículo. II - multa;
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, III - suspensão do direito de dirigir;
interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem au- IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
torização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) VI - cassação da Permissão para Dirigir;
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de § 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
Lei nº 13.281, de 2016) § 2º (VETADO)
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos § 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos
organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo licencia-
nº 13.281, de 2016) mento do veículo e habilitação do condutor.
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao
no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, sal-
2016) vo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impos-
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou ju- tos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados
rídicas que incorram na infração, devendo a autoridade com neste Código.
circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se possível, § 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão im-
as condições de normalidade para a circulação na via. (Incluído postas concomitantemente as penalidades de que trata este Có-
pela Lei nº 13.281, de 2016) digo toda vez que houver responsabilidade solidária em infração
Art. 254. É proibido ao pedestre: dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
para cruzá-las onde for permitido; § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou tú- infração referente à prévia regularização e preenchimento das
neis, salvo onde exista permissão; formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas característi-
quando houver sinalização para esse fim; cas, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de
seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições
que deva observar.
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§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multipli-
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. cador ou índice adicional específico é o previsto neste Código.
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao § 3º (VETADO)
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso § 4º (VETADO)
bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da Art. 259. A cada infração cometida são computados os se-
carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for guintes números de pontos:
inferior àquele aferido. I - gravíssima - sete pontos;
§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa II - grave - cinco pontos;
ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quan- III - média - quatro pontos;
do a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar IV - leve - três pontos.
o peso bruto total. § 1º (VETADO)
§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente § 2º (VETADO)
responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto to- § 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vi-
tal, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for gência)
superior ao limite legal. § 4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação pe-
§ 7º Quando não for imediata a identificação do infrator, o las infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no §
principal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 3º do art. 257 deste Código, exceto aquelas:
30 (trinta) dias, contado da notificação da autuação, para apre- I - praticadas por passageiros usuários do serviço de trans-
sentá-lo, na forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido o porte rodoviário de passageiros em viagens de longa distância
prazo, se não o fizer, será considerado responsável pela infração transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas
o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário do ve- regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas
ículo. em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não ha- qualquer modalidade, excluídas as situações regulamentadas
vendo identificação do infrator e sendo o veículo de proprieda- pelo Contran conforme disposto no art. 65 deste Código;
de de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e
do veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor é o da nos arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo
multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas da aplicação das penalidades e medidas administrativas cabí-
no período de doze meses. veis;
§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do III - puníveis de forma específica com suspensão do direito
disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259. de dirigir.” (NR)
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão
trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja
indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do cadas- ocorrido a infração, de acordo com a competência estabelecida
tro do veículo no Renavam. (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) neste Código.
(Vigência) § 1º As multas decorrentes de infração cometida em unida-
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam: (Inclu- de da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão
ído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo CON-
I - quando houver transferência de propriedade do veículo; TRAN.
(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) § 2º As multas decorrentes de infração cometida em uni-
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do dade da Federação diversa daquela do licenciamento do veícu-
veículo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) lo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável
III - a partir da indicação de outro principal condutor. (Inclu- pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação.
ído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) § 3º (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de § 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado
acordo com sua gravidade, em quatro categorias: no exterior, em trânsito no território nacional, a multa respec-
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no tiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o
valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta princípio de reciprocidade.
e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir
(Vigência) será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor 13.281, de 2016) (Vigência)
de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centa- I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259
vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) deste Código, o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses,
III - infração de natureza média, punida com multa no valor a seguinte contagem de pontos:
de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); (Reda- a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infra-
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) ções gravíssimas na pontuação;
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssi-
R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). (Redação ma na pontuação;
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) gravíssima na pontuação;
(Vigência)
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II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código, de multa, e ambos serão de competência do órgão ou entida-
cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de de responsável pela aplicação da multa, na forma definida pelo
suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de Contran.
2016) (Vigência) § 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vi- (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
gência) § 12. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022)
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspen- (Vigência)
são do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada § 13. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022)
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) (Vigência)
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ano e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:
8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir
de 2016) (Vigência) qualquer veículo;
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) me- II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
ses, exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164,
infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) 165, 173, 174 e 175;
meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito,
inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) observado o disposto no art. 160.
(Vigência) IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022)
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência)
(Vigência) § 1º Constatada, em processo administrativo, a irregulari-
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Car- dade na expedição do documento de habilitação, a autoridade
teira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular imedia- expedidora promoverá o seu cancelamento.
tamente após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem. § 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacio-
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de nal de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação,
dirigir elimina a quantidade de pontos computados, prevista no submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na
inciso I do caput ou no § 5º deste artigo, para fins de contagem forma estabelecida pelo CONTRAN.
subsequente. § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022)
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vi- (Vigência)
gência) Art. 264. (VETADO)
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir
ao veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir de e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por
que trata o caput deste artigo será imposta quando o infrator decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente,
atingir o limite de pontos previsto na alínea c do inciso I do caput em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo di-
deste artigo, independentemente da natureza das infrações co- reito de defesa.
metidas, facultado a ele participar de curso preventivo de reci- Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente,
clagem sempre que, no período de 12 (doze) meses, atingir 30 duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente,
(trinta) pontos, conforme regulamentação do Contran. as respectivas penalidades.
§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, o Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de advertência
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido atribu- por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser
ídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº punida com multa, caso o infrator não tenha cometido nenhuma
13.154, de 2015) outra infração nos últimos 12 (doze) meses.
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não § 1º (Revogado).
poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses. (Reda- § 2º (Revogado).” (NR)
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem,
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de na forma estabelecida pelo CONTRAN:
serviço público tem o direito de ser informada dos pontos atri- I - (revogado);
buídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem seu II - quando suspenso do direito de dirigir;
quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao volante, III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja
na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, contribuído, independentemente de processo judicial;
de 2015) IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está
condutor que, notificado da penalidade de que trata este artigo, colocando em risco a segurança do trânsito;
dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº VI - (revogado).
13.281, de 2016) (Vigência) Parágrafo único. Além do curso de reciclagem previsto no
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que caput deste artigo, o infrator será submetido à avaliação psi-
se refere o inciso II do caput deste artigo deverá ser instaura- cológica nos casos dos incisos III, IV e V do caput deste artigo.’
do concomitantemente ao processo de aplicação da penalidade (NR)” (Parte promulgada pelo Congresso Nacional)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional Positivo de Con- § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não
dutores (RNPC), administrado pelo órgão máximo executivo de elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações es-
trânsito da União, com a finalidade de cadastrar os condutores tabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar a
que não cometeram infração de trânsito sujeita à pontuação estas.
prevista no art. 259 deste Código, nos últimos 12 (doze) meses, § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
conforme regulamentação do Contran. Habilitação e a Permissão para Dirigir.
§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente. § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
§ 2º A abertura de cadastro requer autorização prévia e disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
expressa do potencial cadastrado. § 5º No caso de documentos em meio digital, as medidas
§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informa- administrativas previstas nos incisos III, IV, V e VI do caput deste
ção no RNPC independe de autorização e de comunicação ao artigo serão realizadas por meio de registro no Renach ou Rena-
cadastrado. vam, conforme o caso, na forma estabelecida pelo Contran.” (NR)
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á: Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
I - por solicitação do cadastrado; neste Código.
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por in- § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
fração; infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a si-
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso; tuação.
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastra- § 2º Quando não for possível sanar a falha no local da in-
do estiver cassada ou com validade vencida há mais de 30 (trin- fração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança
ta) dias; para circulação, deverá ser liberado e entregue a condutor regu-
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa larmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de
de liberdade. Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalan-
§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, do-se ao condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias,
nos termos da regulamentação do Contran. para regularizar a situação, e será considerado notificado para
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios essa finalidade na mesma ocasião.
poderão utilizar o RNPC para conceder benefícios fiscais ou tari- § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido
fários aos condutores cadastrados, na forma da legislação espe- ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas ad-
cífica de cada ente da Federação ministrativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade
devidamente regularizado.
CAPÍTULO XVII § 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste
caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera de 2016) (Vigência)
das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua § 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administra- quando se tratar de veículo de transporte coletivo transportan-
tivas: do passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou
I - retenção do veículo; perecível, desde que ofereça condições de segurança para circu-
II - remoção do veículo; lação em via pública.
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; § 2o, será feito registro de restrição administrativa no Renavam
V - recolhimento do Certificado de Registro; por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; Distrito Federal, que será retirada após comprovada a regulari-
VII - (VETADO) zação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
VIII - transbordo do excesso de carga; § 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas no §
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perí- 2o resultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplican-
cia de substância entorpecente ou que determine dependência do-se, nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei nº
física ou psíquica; 13.160, de 2015)
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste
vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade compe-
aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos tente, com circunscrição sobre a via.
devidos. § 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de le- prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e
gislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. estada, além de outros encargos previstos na legislação especí-
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) fica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas § 2o A liberação do veículo removido é condicionada ao re-
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de paro de qualquer componente ou equipamento obrigatório que
trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção não esteja em perfeito estado de funcionamento. (Incluído pela
à vida e à incolumidade física da pessoa. Lei nº 13.160, de 2015)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que § 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o res-
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio de
pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma transpor- taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
tada, mediante autorização, assinalando prazo para reapresen- § 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do reco-
tação. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) lhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, que o
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por retenção em depósito, é da responsabilidade do ente público a
particular contratado por licitação pública, sendo o proprietário devolução das quantias pagas por força deste artigo, segundo
do veículo o responsável pelo pagamento dos custos desses ser- os mesmos critérios da devolução de multas indevidas. (Incluído
viços. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilita-
ato de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à ção e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além
sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme regula- dos casos previstos neste Código, quando houver suspeita de
mentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) sua inautenticidade ou adulteração.
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á
no momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando:
no prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º, por re- II - se, alienado o veículo, não for transferida sua proprieda-
messa postal ou por outro meio tecnológico hábil que assegure de no prazo de trinta dias.
a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento
feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste
§ 7o A notificação devolvida por desatualização do endere- Código, quando:
ço do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
será considerada recebida para todos os efeitos (Incluído pela II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
Lei nº 13.160, de 2015) III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não
§ 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação puder ser sanada no local.
será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é con-
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade dição para que o veículo possa prosseguir viagem e será efe-
for sanada no local da infração. tuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da
§ 9º-A. Quando não for possível sanar a irregularidade no multa aplicável.
local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de se- Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao
gurança para circulação, será liberado e entregue a condutor disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sen-
regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado do liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de
de Licenciamento Anual, contra a apresentação de recibo, e pra- remoção e estada.
zo razoável, não superior a 15 (quinze) dias, será assinalado ao Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de san-
condutor para regularizar a situação, o qual será considerado gue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades
notificado para essa finalidade na mesma ocasião. (Incluído pela previstas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Lei nº 14.229, de 2021) Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de to-
§ 9º-B. O disposto no § 9º-A deste artigo não se aplica às in- lerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
frações previstas no inciso V do caput do art. 230 e no inciso VIII de medição, observada a legislação metrológica. (Redação dada
do caput do art. 231 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.229, pela Lei nº 12.760, de 2012)
de 2021) Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
§ 9º-C. Não efetuada a regularização no prazo referido no § acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
9º-A deste artigo, será feito registro de restrição administrativa poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
no Renavam por órgão ou entidade executivos de trânsito dos procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
Estados ou do Distrito Federal, o qual será retirado após com- disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool
provada a regularização. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) ou outra substância psicoativa que determine dependência. (Re-
§ 9º-D. O descumprimento da obrigação estabelecida no § dação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
9º-A deste artigo resultará em recolhimento do veículo ao depó- § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
sito, aplicando-se, nesse caso, o disposto neste artigo. (Incluído § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser ca-
pela Lei nº 14.229, de 2021) racterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da ca-
correspondente ao período integral, contado em dias, em que pacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas
efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao em direito admitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administra-
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados tivas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que
por particulares poderão ser pagos pelo proprietário diretamen- se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previs-
te ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) tos no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não sub- III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua
metendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua
fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no art. 209, identificação;
além da obrigação de retornar ao ponto de evasão para fim de IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
pesagem obrigatória. V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação po- agente autuador ou equipamento que comprovar a infração;
licial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as estabe- esta como notificação do cometimento da infração.
lecidas no art. 210. § 1º (VETADO)
Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a práti- § 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da
ca do crime de receptação, descaminho, contrabando, previstos autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho
nos arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de de- eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou
zembro de 1940 (Código Penal), condenado por um desses cri- qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente
mes em decisão judicial transitada em julgado, terá cassado seu regulamentado pelo CONTRAN.
documento de habilitação ou será proibido de obter a habilita- § 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agen-
ção para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5 (cinco) anos. te de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de
(Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019) infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos
§ 1º O condutor condenado poderá requerer sua reabili- constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no
tação, submetendo-se a todos os exames necessários à habili- artigo seguinte.
tação, na forma deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.804, de § 4º O agente da autoridade de trânsito competente para
2019) lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário
§ 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade
crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em qual- de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua compe-
quer fase da investigação ou da ação penal, se houver neces- tência.
sidade para a garantia da ordem pública, como medida caute-
lar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda SEÇÃO II
mediante representação da autoridade policial, decretar, em DO JULGAMENTO DAS AUTUAÇÕES E PENALIDADES
decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação
para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência
(Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019) estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veí- a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabí-
culo equipado com registrador instantâneo de velocidade e tem- vel.
po, somente o perito oficial encarregado do levantamento peri- § 1º O auto de infração será arquivado e seu registro jul-
cial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro. gado insubsistente: (Renumerado do parágrafo único pela Lei
Art. 279-A. O veículo em estado de abandono ou acidentado nº 14.304, de 2022) (Vigência)
poderá ser removido para o depósito fixado pelo órgão ou enti- I - se considerado inconsistente ou irregular;
dade competente do Sistema Nacional de Trânsito independen- II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida
temente da existência de infração à legislação de trânsito, nos a notificação da autuação. (Redação dada pela Lei nº 9.602,
termos da regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº de 1998)
14.440, de 2022) § 2º O prazo para expedição da notificação da autuação
§ 1º A remoção do veículo acidentado será realizada quando referente às penalidades de suspensão do direito de dirigir e de
não houver responsável pelo bem no local do acidente. (Incluí- cassação do documento de habilitação será contado a partir da
do pela Lei nº 14.440, de 2022) data da instauração do processo destinado à aplicação dessas
§ 2º Aplicam-se à remoção de veículo em estado de aban- penalidades. (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vi-
dono ou acidentado as disposições constantes do art. 328, sem gência)
prejuízo das demais disposições deste Código. (Incluído pela Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto de infra-
Lei nº 14.440, de 2022) ção, quando valer como notificação de autuação, deverá constar
o prazo para apresentação de defesa prévia, que não será infe-
CAPÍTULO XVIII rior a 30 (trinta) dias, contado da data de expedição da notifi-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO cação
Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja
SEÇÃO I apresentada no prazo estabelecido, será aplicada a penalidade
DA AUTUAÇÃO e expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator,
por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico há-
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trân- bil que assegure a ciência da imposição da penalidade. (Redação
sito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: dada pela Lei nº 14.229, de 2021)
I - tipificação da infração; § 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço
II - local, data e hora do cometimento da infração; do proprietário do veículo ou por recusa em recebê-la será con-
siderada válida para todos os efeitos. (Redação dada pela Lei nº
14.229, de 2021)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de re- Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até
partições consulares de carreira e de representações de orga- a data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por
nismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao cento do seu valor.
Ministério das Relações Exteriores para as providências cabíveis § 1º Caso o infrator declare pelo sistema de notificação ele-
e cobrança dos valores, no caso de multa. trônica de que trata o art. 282-A deste Código a opção por não
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condu- apresentar defesa prévia nem recurso, reconhecendo o cometi-
tor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a notifi- mento da infração, o pagamento da multa poderá ser efetuado
cação será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável por 60% (sessenta por cento) do seu valor, em qualquer fase do
pelo seu pagamento. processo, até o vencimento do prazo de pagamento da multa.
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do pra- (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
zo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, § 2º O recolhimento do valor da multa não implica renún-
que não será inferior a trinta dias contados da data da notifica- cia ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a
ção da penalidade. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído pela
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu valor. § 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser apli-
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) cada qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento e
§ 6º O prazo para expedição das notificações das penalida- transferência, enquanto não for encerrada a instância adminis-
des previstas no art. 256 deste Código é de 180 (cento e oitenta) trativa de julgamento de infrações e penalidades. (Incluído pela
dias ou, se houver interposição de defesa prévia, de 360 (trezen- Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
tos e sessenta) dias, contado: (Redação dada pela Lei nº 14.229, § 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de
de 2021) infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento será
I - no caso das penalidades previstas nos incisos I e II do acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial do
caput do art. 256 deste Código, da data do cometimento da in- Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos
fração; (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) federais acumulada mensalmente, calculados a partir do mês
II - no caso das demais penalidades previstas no art. 256 subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do paga-
deste Código, da conclusão do processo administrativo da pena- mento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o
lidade que lhe der causa. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) pagamento estiver sendo efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281,
§ 6º-A. Para fins de aplicação do inciso I do § 6º deste arti- de 2016) (Vigência)
go, no caso das autuações que não sejam em flagrante, o prazo § 5º O sistema de notificação eletrônica de que trata o art.
será contado da data do conhecimento da infração pelo órgão 282-A deste Código deve disponibilizar, na mesma plataforma,
de trânsito responsável pela aplicação da penalidade, na forma campo destinado à apresentação de defesa prévia e de recurso,
definida pelo Contran.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) quando o infrator não reconhecer o cometimento da infração,
§ 7º O descumprimento dos prazos previstos no § 6º deste na forma regulamentada pelo Contran. (Redação dada pela Lei
artigo implicará a decadência do direito de aplicar a respectiva nº 14.440, de 2022)
penalidade. (Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021) Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto pe-
§ 8º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) rante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo-á à
(Vigência) JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
Art. 282-A. O órgão ou entidade do Sistema Nacional de § 1º O recurso não terá efeito suspensivo.
Trânsito responsável pela autuação notificará o proprietário do § 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o re-
veículo ou o condutor autuado por meio eletrônico, mediante curso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subseqüentes
sistema de notificação eletrônica definido pelo Contran. (Re- à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o
dação dada pela Lei nº 14.440, de 2022) fato no despacho de encaminhamento.
§ 1º O proprietário e o condutor autuado deverão manter § 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for jul-
seu cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Esta- gado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que
do ou do Distrito Federal. impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente,
§ 2º Na hipótese de notificação prevista no caput deste arti- poderá conceder-lhe efeito suspensivo. (Vide Lei nº 14.229, de
go, o proprietário ou o condutor autuado será considerado noti- 2021) (Vigência)
ficado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema § 4º Na apresentação de defesa ou recurso, em qualquer
eletrônico e do envio da respectiva mensagem. fase do processo, para efeitos de admissibilidade, não serão exi-
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado digitalmen- gidos documentos ou cópia de documentos emitidos pelo órgão
te, atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, vali- responsável pela autuação.” (NR)
dade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves § 5º O recurso intempestivo será arquivado. (Incluído pela
Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de Lei nº 14.229, de 2021)
2016) (Vigência) § 6º (Vide Lei nº 14.229, de 2021) (Vigência)
§ 4º A coordenação do sistema de que trata o caput deste Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser
artigo é de responsabilidade do órgão máximo executivo de trân- interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.
sito da União. (Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022) § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o
§ 5º (Vide Lei nº 14.440, de 2022) (Vigência) estabelecido no parágrafo único do art. 284.
Art. 283. (VETADO)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal cul-
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á devol- posa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de
vida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice legal setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do
de correção dos débitos fiscais. parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser apre- psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº
sentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou 11.705, de 2008)
domicílio do infrator. II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou com-
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o re- petição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia
curso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autori-
penalidade acompanhado das cópias dos prontuários necessá- dade competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
rios ao julgamento. III - transitando em velocidade superior à máxima permitida
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Inclu-
na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da ído pela Lei nº 11.705, de 2008)
publicação ou da notificação da decisão. § 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não provimen- ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração
to, pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento, penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
pela autoridade que impôs a penalidade. § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vi-
§ 2º (Revogado pela Lei nº 12.249, de 2010) (Vide ADIN gência)
2998) § 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será apre- no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
ciado no prazo de trinta dias: (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agen-
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade te e às circunstâncias e consequências do crime. (Incluído pela
da União, por colegiado especial integrado pelo Coordenador- Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
-Geral da Jari, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão
por mais um Presidente de Junta; ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta
a) (revogada); isolada ou cumulativamente com outras penalidades. (Redação
b) (revogada); dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entida- Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se
de de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automo-
CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. tor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
Parágrafo único. No caso do inciso I do caput deste artigo, § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu
quando houver apenas uma Jari, o recurso será julgado por seus será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e
membros.” (NR) oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Art. 290. Implicam encerramento da instância administra- § 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
tiva de julgamento de infrações e penalidades: (Redação dada a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação pe-
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289; nal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação pe-
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído nal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, po-
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) derá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração do Ministério Público ou ainda mediante representação da au-
e requerimento de encerramento do processo na fase em que se toridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da
encontra, sem apresentação de defesa ou recurso. (Incluído pela permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) proibição de sua obtenção.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades apli- Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou
cadas nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH. a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Mi-
nistério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito
CAPÍTULO XIX suspensivo.
DOS CRIMES DE TRÂNSITO Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre
SEÇÃO I comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de
DISPOSIÇÕES GERAIS Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o
indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos au- Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime pre-
tomotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais visto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão
do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela
de setembro de 1995, no que couber. Lei nº 11.705, de 2008)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pa- V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
gamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus § 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º § 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência
do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que deter-
resultante do crime. mine dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vi-
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do gência)
prejuízo demonstrado no processo. Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proi-
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a bição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para
52 do Código Penal. dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa repara- (Vigência)
tória será descontado. Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veí-
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penali- culo automotor:
dades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
a infração: proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com veículo automotor.
grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; § 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302. (Renume-
adulteradas; rado do parágrafo único pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habi- § 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a
litação; cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste arti-
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de go, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora
categoria diferente da do veículo; alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados es- psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar
peciais com o transporte de passageiros ou de carga; lesão corporal de natureza grave ou gravíssima. (Incluído pela
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do aci-
o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade dente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
prescritos nas especificações do fabricante; fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemen- da autoridade pública:
te destinada a pedestres. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº fato não constituir elemento de crime mais grave.
14.304, de 2022) (Vigência) Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o
Art. 299. (VETADO) condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por
Art. 300. (VETADO) terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes com ferimentos leves.
de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do aci-
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral so- dente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa
corro àquela. ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
SEÇÃO II Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psi-
DOS CRIMES EM ESPÉCIE comotora alterada em razão da influência de álcool ou de ou-
tra substância psicoativa que determine dependência: (Redação
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
automotor: Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspen-
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou são ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir dirigir veículo automotor.
veículo automotor. § 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita- por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
ção; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Con-
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído tran, alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) 12.760, de 2012)
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem § 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obti-
risco pessoal, à vítima do acidente; (Incluído pela Lei nº 12.971, da mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico,
de 2014) (Vigência) perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver con- direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação
duzindo veículo de transporte de passageiros. (Incluído pela Lei dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
nº 12.971, de 2014) (Vigência)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distin- Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente auto-
tos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracte- mobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimen-
rização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei to policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o
nº 12.971, de 2014) (Vigência) estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado agente policial, o perito, ou juiz:
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
- INMETRO - para se determinar o previsto no caput. (Incluído Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda
pela Lei nº 13.840, de 2019) que não iniciados, quando da inovação, o procedimento prepa-
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a ratório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor impos- Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312
ta com fundamento neste Código: deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos,
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proi- esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a enti-
bição. dades públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluído pela
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializa-
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via das no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído pela Lei nº
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou 13.281, de 2016) (Vigência)
ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e poli-
gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: traumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
(Redação dada pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência) III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº
e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habili- 13.281, de 2016) (Vigência)
tação para dirigir veículo automotor. (Redação dada pela Lei nº IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento
12.971, de 2014) (Vigência) e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído pela
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de pro- do art. 303 deste Código não se aplica o disposto no inciso I do
duzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) caput do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste 1940 (Código Penal) .
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
§ 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar mor- CAPÍTULO XX
te, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de
liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem preju- Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos
ízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publicação
12.971, de 2014) (Vigência) deste Código.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassa- dias a partir da publicação deste Código para expedir as resolu-
do o direito de dirigir, gerando perigo de dano: ções necessárias à sua melhor execução, bem como revisar to-
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. das as resoluções anteriores à sua publicação, dando prioridade
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo àquelas que visam a diminuir o número de acidentes e a assegu-
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou rar a proteção de pedestres.
com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até
estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja a data de publicação deste Código, continuam em vigor naquilo
em condições de conduzi-lo com segurança: em que não conflitem com ele.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, median-
Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) te proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e qua-
(Vigência) renta dias contado da publicação, estabelecer o currículo com
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segu- conteúdo programático relativo à segurança e à educação de
rança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de em- trânsito, a fim de atender o disposto neste Código.
barque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do pa-
ou onde haja grande movimentação ou concentração de pesso- rágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos e
as, gerando perigo de dano: quarenta dias contados da publicação desta Lei.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão pra-
zo de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de
escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do art. 136
e art. 154, respectivamente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 318. (VETADO) § 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados


Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e armaze-
CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do Regula- nados em meio digital, desde que assegurada a autenticidade, a
mento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº 62.127, de fidedignidade, a confiabilidade e a segurança das informações,
16 de janeiro de 1968. e serão válidos para todos os efeitos legais, sendo dispensada,
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código nesse caso, a sua guarda física. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, respeita- 2016) (Vigência)
do o limite da variação do Índice Nacional de Preços ao Consu- § 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o
midor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído pela Lei nº arquivamento, o armazenamento e a eliminação de documentos
13.281, de 2016) (Vigência) eletrônicos e físicos gerados em decorrência da aplicação das
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90 (no- (Vigência)
venta) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído pela Lei § 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá
nº 13.281, de 2016) (Vigência) ser certificado digitalmente, atendidos os requisitos de autenti-
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das cidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da In-
multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, fraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído
em engenharia de tráfego, em engenharia de campo, em policia- pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
mento, em fiscalização, em renovação de frota circulante e em Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 14.440, de anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de setem-
2022) bro.
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de Trânsito, no que se refere à política de segurança no trânsito,
de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação deverá voltar-se prioritariamente para o cumprimento de metas
de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên- anuais de redução de índice de mortos por grupo de veículos e
cia) de índice de mortos por grupo de habitantes, ambos apurados
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na por Estado e por ano, detalhando-se os dados levantados e as
rede mundial de computadores (internet), dados sobre a receita ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais. (Inclu-
arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destina- ído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
ção. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência) § 1o O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao
§ 3º O valor total destinado à recomposição das perdas de final do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índi-
receita das concessionárias de rodovias e vias urbanas, em de- ce nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional
corrência do não pagamento de pedágio por usuários da via, não de mortos por grupo de habitantes, relativamente aos índices
poderá ultrapassar o montante total arrecadado por meio das apurados no ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano
multas aplicadas com fundamento no art. 209-A deste Código, Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
ressalvado o previsto em regulamento do Poder Executivo. (In- (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
cluído pela Lei nº 14.157, de 2021) § 2o As metas expressam a diferença a menor, em base
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente apura-
de Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o aprimora- dos, e os índices que se pretende alcançar. (Incluído pela Lei nº
mento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio do compar- 13.614, de 2018) (Vigência)
tilhamento da receita arrecadada com a cobrança das multas de § 3o A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as
trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) respectivas margens de tolerância. (Incluído pela Lei nº 13.614,
Art. 321. (VETADO) de 2018) (Vigência)
Art. 322. (VETADO) § 4o As metas serão fixadas pelo Contran para cada um dos
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a me- Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante pro-
todologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo per- postas fundamentadas dos Cetran, do Contrandife e do Departa-
centuais de tolerância, sendo durante este período suspensa a mento de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das respectivas
vigência das penalidades previstas no inciso V do art. 231, apli- circunscrições. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
cando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos quilogramas § 5o Antes de submeterem as propostas ao Contran, os
ou fração de excesso. Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia Rodoviária
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere Federal realizarão consulta ou audiência pública para manifes-
este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles esta- tação da sociedade sobre as metas a serem propostas. (Incluído
belecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985. pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
Art. 324. (VETADO) § 6o As propostas dos Cetran, do Contrandife e do Depar-
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no mí- tamento de Polícia Rodoviária Federal serão encaminhadas ao
nimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação de Contran até o dia 1o de agosto de cada ano, acompanhadas de
condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos au- relatório analítico a respeito do cumprimento das metas fixadas
tos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de para o ano anterior e de exposição de ações, projetos ou progra-
2016) (Vigência) mas, com os respectivos orçamentos, por meio dos quais se pre-
tende cumprir as metas propostas para o ano seguinte. (Incluído
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 7o As metas fixadas serão divulgadas em setembro, du- II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do
rante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o desempe- estabelecimento de metas previsto no § 1o deste artigo. (Incluí-
nho, absoluto e relativo, de cada Estado e do Distrito Federal do pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
no cumprimento das metas vigentes no ano anterior, detalha- Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente po-
dos os dados levantados e as ações realizadas por vias federais, derão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos
estaduais e municipais, devendo tais informações permanecer limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, ressal-
à disposição do público na rede mundial de computadores, em vados os que vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN.
sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União. Parágrafo único. (VETADO)
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer tí-
§ 8o O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia Rodo- tulo e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de
viária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, sessenta dias, contado da data de recolhimento, será avaliado e
definirá as fórmulas para apuração dos índices de que trata este levado a leilão, a ser realizado preferencialmente por meio ele-
artigo, assim como a metodologia para a coleta e o tratamento trônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
dos dados estatísticos necessários para a composição dos ter- § 1o Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
mos das fórmulas. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigên- iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do
cia) veículo, o qual será classificado em duas categorias: (Incluído
§ 9o Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no pela Lei nº 13.160, de 2015)
Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo respectivo I – conservado, quando apresenta condições de segurança
órgão ou entidade executivos de trânsito, que os repassará ao para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
órgão máximo executivo de trânsito da União até o dia 1o de II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela
março, por meio do sistema de registro nacional de acidentes Lei nº 13.160, de 2015)
e estatísticas de trânsito. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) § 2o Se não houver oferta igual ou superior ao valor da ava-
(Vigência) liação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será ar-
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo ór- rematado pelo maior lance, desde que por valor não inferior a
gão ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº 13.160,
Federal compreendem os coletados naquela circunscrição: (In- de 2015)
cluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) § 3o Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será leiloado
rodoviário da União; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vi- como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
gência) § 4o É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; (Incluído pela Lei § 5o A cobrança das despesas com estada no depósito será
nº 13.614, de 2018) (Vigência) limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pe- 2015)
los órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios. § 6o Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos entre
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o Distri- os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor da arre-
to Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de trânsito matação, e destinando-se os valores remanescentes, na seguin-
da União, ouvidos o Departamento de Polícia Rodoviária Federal te ordem, para: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
e demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. (Incluído pela I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) 13.160, de 2015)
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10; (In-
de março de cada ano. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) cluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
(Vigência) III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédi-
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do to com garantia real, segundo a ordem de preferência estabele-
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão recomendar cida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Có-
aos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas digo Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ações, projetos e programas em desenvolvimento ou previstos, IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
com o fim de atingir as metas fixadas para cada um dos Estados pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
e para o Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do Sis-
(Vigência) tema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e (In-
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere o § cluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
7o deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também duran- VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência
te a Semana Nacional de Trânsito: (Incluído pela Lei nº 13.614, legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
de 2018) (Vigência) § 7o Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito débitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunicada
Federal, uma referente ao ano analisado e outra que considere aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
a evolução do desempenho dos Estados e do Distrito Federal
desde o início das análises; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
(Vigência)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 8o Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados te artigo, sempre que a autoridade responsável pelo leilão julgar
do leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos ser essa a medida apropriada. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez dias. 2016) (Vigência)
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts.
§ 9o Os débitos incidentes sobre o veículo antes da aliena- 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresen-
ção administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, tar, previamente, certidão negativa do registro de distribuição
sem prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. (Incluí- criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro
do pela Lei nº 13.160, de 2015) e corrupção de menores, renovável a cada cinco anos, junto ao
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito relati- órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização.
vo a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas
a posse, a circulação ou o licenciamento de veículo. (Incluído ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou des-
pela Lei nº 13.160, de 2015) montem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir livros
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo, de registro de seu movimento de entrada e saída e de uso de
por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao placas de experiência, conforme modelos aprovados e rubrica-
bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1o, 2o e 3o do dos pelos órgãos de trânsito.
art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) § 1º Os livros indicarão:
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será deposi- I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
tado em conta específica do órgão responsável pela realização do II - nome, endereço e identidade do proprietário ou vende-
leilão e ficará à disposição do antigo proprietário, devendo ser ex- dor;
pedida notificação a ele, no máximo em trinta dias após a realiza- III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
ção do leilão, para o levantamento do valor no prazo de cinco anos, IV - nome, endereço e identidade do comprador;
após os quais o valor será transferido, definitivamente, para o fundo V - características do veículo constantes do seu certificado
a que se refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela Lei nº de registro;
13.160, de 2015) VI - número da placa de experiência.
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao § 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipografica-
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu mente e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que,
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de re- no primeiro caso, conterão termo de abertura e encerramento
colhimento, conforme regulamentação do CONTRAN. (Incluído lavrados pelo proprietário e rubricados pela repartição de trân-
pela Lei nº 13.160, de 2015) sito, enquanto, no segundo, todas as folhas serão autenticadas
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou ju- pela repartição de trânsito.
dicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade responsável § 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos
pela restrição será notificada para a retirada do bem do depósi- referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se
to, mediante a quitação das despesas com remoção e estada, ou verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas correspon-
para a autorização do leilão nos termos deste artigo. (Redação dentes, podendo os veículos irregulares lá encontrados ou suas
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) sucatas ser apreendidos ou retidos para sua completa regulari-
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da notifica- zação.
ção de que trata o § 14, não houver manifestação da autoridade § 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais
responsável pela restrição judicial ou policial, estará o órgão de terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo,
trânsito autorizado a promover o leilão do veículo nos termos entretanto, retirá-los do estabelecimento.
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens au- realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa
tomotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1 (um) prevista para as infrações gravíssimas, independente das demais
ano poderão ser destinados à reciclagem, independentemente cominações legais cabíveis.
da existência de restrições sobre o veículo. (Incluído pela Lei nº § 6o Os livros previstos neste artigo poderão ser substituí-
13.281, de 2016) (Vigência) dos por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo Con-
§ 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16 tran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
será realizado por lote de tonelagem de material ferroso, ob- Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que passa-
servando-se, no que couber, o disposto neste artigo, condicio- rão a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos recur-
nando-se a entrega do material arrematado aos procedimentos sos administrativos previstos na Seção II do Capítulo XVIII deste
necessários à descaracterização total do bem e à destinação Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo dos órgãos ora
exclusiva, ambientalmente adequada, à reciclagem siderúrgica, existentes.
vedado qualquer aproveitamento de peças e partes. (Incluído Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Na-
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) cional de Trânsito proporcionarão aos membros do CONTRAN,
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades para
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem possibili- o cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações
dade de regularização perante o órgão de trânsito, serão des- que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a execução de
tinados à reciclagem, independentemente do período em que quaisquer serviços e deverão atender prontamente suas requi-
estejam em depósito, respeitado o prazo previsto no caput des- sições.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de feve-
dias após a nomeação de seus membros, as disposições previs- reiro de 1967, e os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969,
tas nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e 912, de 2 de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de 1988.
entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários para
exercerem suas competências. ANEXO I
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
prazo de um ano, após a edição das normas, para se adequarem
às novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:
disposto neste artigo. ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rola-
§ 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados exer- mento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em
cerão as competências previstas neste Código em cumprimento caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas,
às exigências estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto quando não houver local apropriado para esse fim.
neste artigo, acompanhados pelo respectivo CETRAN, se órgão AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - agente de trânsito
ou entidade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou entidade es- e policial rodoviário federal que atuam na fiscalização, no con-
tadual, do Distrito Federal ou da União, passando a integrar o trole e na operação de trânsito e no patrulhamento, competen-
Sistema Nacional de Trânsito. tes para a lavratura do auto de infração e para os procedimen-
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser tos dele decorrentes, incluídos o policial militar ou os agentes
homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de referidos no art. 25-A deste Código, quando designados pela
um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser retira- autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, mediante
das em caso contrário. convênio, na forma prevista neste Código. (Redação dada pela
Art. 335. (VETADO) Lei nº 14.229, de 2021)
Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo AGENTE DE TRÂNSITO - servidor civil efetivo de carreira do
II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e ses- órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário, com as
senta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da Câ- atribuições de educação, operação e fiscalização de trânsito e de
mara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e obedecidos transporte no exercício regular do poder de polícia de trânsito
os padrões internacionais. para promover a segurança viária nos termos da Constituição
Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos Federal. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)
Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, do AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, ori-
Distrito Federal. ginário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº 12.760,
Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e de 2012)
fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qualquer AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte
categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da comer- de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive
cialização do respectivo veículo, manual contendo normas de o condutor.
circulação, infrações, penalidades, direção defensiva, primeiros AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou
socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro. entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito
Art. 338-A. As competências previstas no inciso XV do caput ou pessoa por ele expressamente credenciada.
do art. 21 e no inciso XXII do caput do art. 24 deste Código serão ÁREA DE ESPERA - área delimitada por 2 (duas) linhas de re-
atribuídas aos órgãos ou entidades descritos no caput dos refe- tenção, destinada exclusivamente à espera de motocicletas, mo-
ridos artigos a partir de 1º de janeiro de 2024. (Incluído pela Lei tonetas e ciclomotores, junto à aproximação semafórica, ime-
nº 14.229, de 2021) diatamente à frente da linha de retenção dos demais veículos.
Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2023, as competên- BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical pas-
cias a que se refere o caput deste artigo serão exercidas pelos sando pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto mais
órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Dis- recuado do veículo, considerando-se todos os elementos rigida-
trito Federal. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) mente fixados ao mesmo.
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e qua- rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicle-
tro mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor do mi- ta, motoneta e ciclomotor.
nistério ou órgão a que couber a coordenação máxima do Siste- BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao esta-
ma Nacional de Trânsito, para atender as despesas decorrentes cionamento de bicicletas.
da implantação deste Código. BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após trilhos.
a data de sua publicação. BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarca-
Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de setem- da por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via
bro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de 10 de no- destinada à circulação de veículos.
vembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, 6.308, de 15 CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de 1976, 6.731, diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao
de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de setembro de 1982, trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mo-
7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102, de 10 de dezembro de biliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracio-
nar ou arrastar outro.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, de-
com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas. limitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de pas- entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via.
sageiros e carga no mesmo compartimento. FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudi-
CAMINHÃO - veículo automotor destinado ao transporte de nais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por
carga com peso bruto total superior a 3.500 kg (três mil e qui- marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente
nhentos quilogramas), podendo tracionar ou arrastar outro veí- para permitir a circulação de veículos automotores.
culo, respeitada a capacidade máxima de tração. (Incluído pela FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das nor-
Lei nº 14.440, de 2022) mas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como se- de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição
parador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituí- dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com
do por marcas viárias (canteiro fictício). as competências definidas neste Código.
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a uni- FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou
dade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, impedimento de locomoção na faixa apropriada.
baseado em condições sobre suas limitações de geração e mul- FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a man-
tiplicação de momento de força e resistência dos elementos que ter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso de um
compõem a transmissão. reboque, se este se encontra desengatado.
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos auto- FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a
motores em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto cívi- diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de ser-
co ou de uma classe. viço.
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a dimi-
transporte de pequenas cargas. nuição da marcha do veículo ou pará-lo.
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transpor- GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço,
te de carga. adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de trân-
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz sito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos
utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato). veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou com-
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transpor- pletando outra sinalização ou norma constante deste Código.
te de pessoas. GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão hu- braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar
mana. ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de dire-
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circu- ção, redução brusca de velocidade ou parada.
lação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica. ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, des-
CICLOMOTOR - veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido tinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção.
de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legisla-
50 cm 3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol ção de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do
3 (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida
propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro qui- pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
lowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento
50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora). ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamen-
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, se- tos, entroncamentos ou bifurcações.
parada fisicamente do tráfego comum. INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para
CIRCULAÇÃO - movimentação de pessoas, animais e veícu- atender circunstância momentânea do trânsito.
los em deslocamento, conduzidos ou não, em vias públicas ou LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obriga-
privadas abertas ao público e de uso coletivo. (Incluído pela Lei ções do proprietário de veículo, comprovado por meio de docu-
nº 14.229, de 2021) mento específico (Certificado de Licenciamento Anual).
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direi- LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela muni-
ta, de mudança da direção original do veículo. cipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos,
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. ou à circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha de lazer, calçadões.
a função específica de proporcionar maior segurança ao usuário LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passa-
da via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colo- geiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas para
car em risco sua integridade física e dos demais usuários da via, os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de
ou danificar seriamente o veículo. passageiros.
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo su- LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas
perior ao necessário para embarque ou desembarque de passa- ou rurais e que com elas se limita.
geiros. LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via
ESTRADA - via rural não pavimentada. até uma grande distância do veículo.
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor alcoó-
lico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à trans-
via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo posição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que ve- ou veículos.
nham em sentido contrário. PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias,
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o condu- PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste
tor está aplicando o freio de serviço. último caso, separada por pintura ou elemento físico separador,
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pe-
destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor destres e, excepcionalmente, de ciclistas.
tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviá-
esquerda. ria Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o ve- PATRULHAMENTO OSTENSIVO - função exercida pela Polícia
ículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de Rodoviária Federal com o objetivo de prevenir e reprimir infra-
marcha à ré. ções penais no âmbito de sua competência e de garantir obe-
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a ilu- diência às normas relativas à segurança de trânsito, de forma a
minação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó. assegurar a livre circulação e a prevenir acidentes. (Incluído pela
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indi- Lei nº 14.229, de 2021)
car a presença e a largura do veículo. PATRULHAMENTO VIÁRIO - função exercida pelos agentes
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para al- de trânsito dos órgãos e entidades executivos de trânsito e ro-
terar a posição em que o veículo está no momento em relação doviário, no âmbito de suas competências, com o objetivo de
à via. garantir a segurança viária nos termos do § 10 do art. 144 da
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas, Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)
marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas, PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.
apostos ao pavimento da via. PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
com capacidade para até vinte passageiros. PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmiti-
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou do ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais
sem side-car, dirigido por condutor em posição montada. seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu reboque ou rebo-
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por ques.
condutor em posição sentada. PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em ca-
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja ráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, co- da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emer-
mércio ou finalidades análogas. gência.
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação
o nascer do sol. de veículos, identificada por elementos separadores ou por di-
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com ca- ferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros
pacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude centrais.
de adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados
número menor. ao lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veí- de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante
culo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas
descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada como sinais de trânsito.
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida
circunscrição sobre a via. pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico basea- atos relacionados com a segurança pública e de garantir obedi-
do nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de ência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando
fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir a livre circulação e evitando acidentes.
as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, es- PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens
tacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando opostas de uma superfície líquida qualquer.
socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores. REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo veículo automotor.
tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou de- REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de
sembarque de passageiros. regulamentação pelo órgão ou entidade competente com cir-
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma cunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de dire-
via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria. ção, tipo de estacionamento, horários e dias.
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma.
menor velocidade, mas em faixas distintas da via. RENACH - Registro Nacional de Carteiras de Habilitação.
(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado
RETORNO - movimento de inversão total de sentido da dire- ao transporte de carga com peso bruto total máximo superior
ção original de veículos. a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte passa-
RODOVIA - via rural pavimentada. geiros.
SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apoia VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte
na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação. de pessoas e suas bagagens.
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transpor-
se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle te simultâneo de carga e passageiro.
luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados VEÍCULO EM ESTADO DE ABANDONO - veículo estacionado
exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pe- na via ou em estacionamento público, sem capacidade de loco-
destres. moção por meios próprios e que, devido a seu estado de conser-
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos vação e processo de deterioração, ofereça risco à saúde pública,
de segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir à segurança pública ou ao meio ambiente, independentemente
sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsi- de encontrar-se estacionado em local permitido. (Incluído pela
to e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. Lei nº 14.440, de 2022)
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente VEÍCULO DE COLEÇÃO - veículo fabricado há mais de 30
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar (trinta) anos, original ou modificado, que possui valor histórico
ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, so- próprio.
brepondo-se ou completando sinalização existente no local ou VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e ani-
norma estabelecida neste Código. mais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da canteiro central.
carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos
acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem aces-
fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. sibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, em nível.
quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de auto- VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em
móvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade
como alojamento, ou para atividades comerciais. aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pes- trânsito entre as regiões da cidade.
soas e animais nas vias terrestres. VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
uma faixa demarcada para outra. trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
TRATOR - veículo automotor construído para realizar traba- regiões da cidade.
lho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar outros VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível
veículos e equipamentos. não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro restritas.
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade VIA RURAL - estradas e rodovias.
e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e simila-
de origem. res abertos à circulação pública, situados na área urbana, carac-
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade terizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao
do seu uso, inclusive fora de estrada. longo de sua extensão.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias des-
sendo um deles automotor. tinadas à circulação prioritária de pedestres.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor
que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente uma depressão de terreno ou servir de passagem superior.
para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração vi-
ária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas.
O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétri- RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO
ca e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de car-
ga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o condutor. Prezado candidato, há diversas Resoluções do Contran,
VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido fa- portanto, disponibilizaremos algumas pertinentes ao cargo e
bricado há mais de trinta anos, conserva suas características ori- comumente exigidas em certames públicos.
ginais de fabricação e possui valor histórico próprio. Indicamos também o site oficial para consulta na íntegra das
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o Resoluções, conforme segue:
primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou equi- https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/
pamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem ou conteudo-Senatran/resolucoes-contran
pavimentação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Contran De acordo com o CTB, trata-se do coordenador do Sis- 19) pneus que ofereçam condições de segurança, conforme
tema Nacional de Trânsito, funcionando como órgão máximo nor- orientação de seu fabricante;
mativo e consultivo. 20) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emer-
A sede do Contran é no Distrito Federal. O órgão é presidido, gência, independente do sistema de iluminação do veículo;
segundo o artigo 10 do CTB, pelo dirigente do órgão máximo execu- 21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo
tivo de trânsito da União (que se trata do Denatran, o Departamen- (cronotacógrafo):
to Nacional de Trânsito). a) nos veículos de transporte e condução de escolares;
A resolução é, de acordo com o regimento interno do Contran, b) nos de transporte de passageiros com mais de dez lugares;
um “ato normativo, destinado a regulamentar dispositivo do CTB, c) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso misto,
de competência do Conselho”. registrados na categoria particular e que realizem transporte remu-
Ou seja, é o instrumento que permite ao órgão fazer justamen- nerado de pessoas;
te o que estávamos falando: estabelecer as normas para uma regra d) nos de carga com Capacidade Máxima de Tração (CMT) igual
presente no Código de Trânsito. ou superior a 19 t; e
e) nos veículos de carga com Peso Bruto Total (PBT) superior a
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 912, DE 28 DE MARÇO DE 2022 4.536 kg, fabricados a partir de 1º de janeiro de 1999.
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo:
Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota de veí- a) graduável e de três pontos em todos os assentos dos veículos
culos em circulação e dá outras providências. fabricados a partir de 1º de janeiro de 1999, nos assentos centrais,
poderá ser do tipo subabdominal;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das b) para os passageiros dos ônibus e micro-ônibus fabricados a
atribuições que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de partir de 1º de janeiro de 1999;
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro c) nos ônibus e micro-ônibus fabricados a partir de 1º de janei-
(CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra- ro de 1999, poderá ser do tipo subabdominal; e
tivo nº 50000.004049/2022-23, resolve: d) facultativo para veículos de uso bélico.
Art. 1º Esta Resolução estabelece os equipamentos obrigató- 23) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, na-
rios para a frota de veículos em circulação. queles dotados de motor a combustão;
Art. 2º Para circular em vias públicas, os veículos deverão estar 24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, com
dotados dos equipamentos obrigatórios relacionados a seguir, a se- ou sem câmara de ar, conforme o caso;
rem constatados pela fiscalização em condições de funcionamento. 25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo;
I - nos veículos automotores e ônibus elétricos: 26) chave de roda;
1) para-choques, dianteiro e traseiro; 27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a re-
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões; moção de calotas;
3) espelho retrovisor interno; 28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de
4) espelho retrovisor externo, em ambos os lados para os veí- carga, quando suas dimensões assim o exigirem;
culos fabricados a partir de 1º de janeiro de 1999; 29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em veícu-
5) limpador de para-brisa; los de transporte coletivo e carga;
6) lavador de para-brisa: 30) encosto de cabeça, em todos os assentos dos automóveis,
a) em automóveis e camionetas derivadas de veículos fabrica- exceto nos assentos centrais, nos veículos fabricados a partir de 1º
dos a partir de 1º de janeiro de 1974; e de janeiro de 1999;
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro-ônibus fabrica- 31) protetor lateral nos caminhões com PBT superior a 3.500
dos a partir de 1º de janeiro de 1999. kg, fabricados a partir de 1º de janeiro de 2011;
7) pala interna de proteção contra o sol (para-sol) para o con- 32) películas (faixas) retrorrefletivas nos ônibus, micro-ônibus,
dutor; motor-casa e nos caminhões com PBT superior a 4.536 kg; e
8) faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela; 33) sistema de travamento do capuz;
9) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou ama- II - para os reboques e semirreboques:
rela; 1) para-choque traseiro;
10) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; 2) protetores das rodas traseiras;
11) lanternas de freio de cor vermelha; 3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
12) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e 4) freios de estacionamento e de serviço, com comandos inde-
traseiras de cor âmbar ou vermelha; pendentes, para veículos com capacidade superior a 750 Kg e pro-
13) lanterna de marcha à ré, de cor branca, nos veículos fabri- duzidos a partir de 1997;
cados a partir de 1º de janeiro de 1990; 5) lanternas de freio, de cor vermelha;
14) retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor vermelha, 6) iluminação de placa traseira;
nos veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de 1990; 7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor âmbar ou
15) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca; vermelha;
16) velocímetro; 8) pneus que ofereçam condições de segurança, conforme
17) buzina; orientação de seu fabricante;
18) freios de estacionamento e de serviço, com comandos in- 9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando suas di-
dependentes; mensões assim o exigirem;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

10) protetor lateral nos reboques e semirreboques com PBT 9) pneus que ofereçam condições de segurança, conforme
superior a 3.500 kg, fabricados a partir de 1º de janeiro de 2011; e orientação de seu fabricante;
11) películas (faixas) retrorrefletivas; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor; e
III - para ciclomotores: 11) protetor das rodas traseiras;
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; VII - nos tratores de rodas, de esteiras e mistos:
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela; 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira; 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
4) velocímetro; 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
5) buzina; 4) lanterna de marcha à ré, de cor branca, nos veículos fabrica-
6) pneus que ofereçam condições de segurança, conforme dos a partir de 1º de janeiro de 1990;
orientação de seu fabricante; e 5) alerta sonoro de marcha à ré;
7) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor; 6) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiros e
IV - para as motonetas, motocicletas e triciclos: traseiros;
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; 7) iluminação de placa traseira, quando aplicável;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela; 8) películas (faixas) retrorrefletivas;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira; 9) pneus que ofereçam condições de segurança, conforme
4) lanterna de freio, de cor vermelha orientação de seu fabricante (exceto os tratores de esteiras);
5) iluminação da placa traseira; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
6) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e 11) espelhos retrovisores;
traseiro; 12) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
7) velocímetro; 13) buzina;
8) buzina; 14) velocímetro e registrador instantâneo e inalterável de ve-
9) pneus que ofereçam condições de segurança, conforme locidade e tempo para veículos que desenvolvam velocidade acima
orientação de seu fabricante; e de 60 km/h; e
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, di- 15) pisca alerta.
mensionado para manter a temperatura de sua superfície externa Parágrafo único. Nos automóveis, camionetas, caminhonetes,
ao nível térmico adequado ao uso seguro do veículo pelos ocupan- caminhões, utilitários, ônibus e micro-ônibus, o capuz que se abre
tes sob condições normais de utilização e com uso de vestimentas e pela frente, e que em qualquer posição aberta encobre parcial ou
acessórios indicados no manual do usuário fornecido pelo fabrican- completamente a visão do condutor através do para-brisa, deve ser
te, devendo ser complementado por redutores de temperatura nos provido de sistema de travamento de dois estágios ou uma segunda
pontos críticos de calor, a critério do fabricante, conforme exempli- trava.
ficado no Anexo desta Resolução; Art. 3º Dos equipamentos relacionados no art. 2º, não se exi-
V - para triciclo automotor com cabine fechada: girá:
1) os equipamentos relacionados no inciso IV (para as motone- I - cinto de segurança para os veículos destinados ao transporte
tas, motocicletas e triciclos); de passageiros, em percurso que seja permitido viajar em pé;
2) para-choque traseiro; II - pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda:
3) para-brisa confeccionado em vidro laminado; a) nos veículos equipados com pneus capazes de trafegar sem
4) limpador de para-brisa; ar, ou aqueles equipados com dispositivo automático de enchimen-
5) luzes de posição na parte dianteira (faroletes) de cor branca to emergencial;
ou amarela; b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o sistema de trans-
6) retrorrefletores (catadióptricos) na parte traseira; porte urbano de passageiros, nos Municípios, regiões e microrregi-
7) freios de estacionamento e de serviço, com comandos inde- ões metropolitanas ou conglomerados urbanos;
pendentes; c) nos caminhões dotados de características específicas para
8) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergên- transporte de lixo e de concreto;
cia, independentemente do sistema de iluminação do veículo; d) nos veículos de carroçaria blindada para transporte de va-
9) cinto de segurança; lores; e
10) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu; e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários,
11) macaco, compatível com o peso e a carga do veículo; e com PBT de até 3,5 t, a dispensa poderá ser reconhecida pelo órgão
12) chave de roda; máximo executivo de trânsito da União, por ocasião do requerimen-
VI - para quadriciclos: to do código específico de marca/modelo/versão, pelo fabricante
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; ou importador, quando comprovada que tal característica é ineren-
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela; te ao projeto do veículo, e desde que este seja dotado de alterna-
3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira; tivas para o uso do pneu e aro sobressalentes, macaco e chave de
4) lanterna de freio, de cor vermelha; roda.
5) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiros e III - velocímetro, naqueles dotados de registrador instantâneo e
traseiros; inalterável de velocidade e tempo, integrado.
6) iluminação da placa traseira; IV - para-choques traseiro nos veículos excetuados da obriga-
7) velocímetro; toriedade por meio da Resolução do CONTRAN que disponha sobre
8) buzina; fabricação e a instalação de para-choques traseiros nos veículos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Para os veículos relacionados nas alíneas “b”, Art. 11. Ficam revogados os itens 1 ao 22 do art. 2º da Reso-
“c”, e “d” do inciso II, será reconhecida a excepcionalidade somente lução CONTRAN nº 129, de 6 de agosto de 2001, e as Resoluções
quando pertencerem ou estiverem na posse de firmas individuais, CONTRAN:
empresas ou organizações que possuam equipes próprias, especia- I nº 14, de 06 de fevereiro de 1998;
lizadas em troca de pneus ou aros danificados. II nº 34, de 21 de maio de 1998;
Art. 4º As bicicletas com aro superior a vinte devem ser dotadas III nº 46, de 21 de maio de 1998;
dos seguintes equipamentos obrigatórios: IV nº 87, de 04 de maio de 1999;
I - espelho retrovisor do lado esquerdo, acoplado ao guidom e V nº 103, de 21 de dezembro de 1999;
sem haste de sustentação; VI nº 228, de 02 de março de 2007;
II - campainha, entendido como tal o dispositivo sonoro mecâ- VII nº 259, de 30 de novembro de 2007;
nico, eletromecânico, elétrico, ou pneumático, capaz de identificar VII Inº 426, de 05 de dezembro de 2012;
uma bicicleta em movimento; e IX nº 454, de 26 de setembro de 2013; e Xnº 592, de 24 de maio
III - sinalização noturna, composta de retrorrefletores, com al- de 2016.
cance mínimo de visibilidade de trinta metros, com a parte prismá- Art. 12. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022.
tica protegida contra a ação das intempéries, nos seguintes locais:
a) na dianteira, nas cores branca ou amarela; RESOLUÇÃO 36, DE 21 DE MAIO DE 1998
b) na traseira na cor vermelha; e
c) nas laterais e nos pedais de qualquer cor. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veí-
Art. 5º Estão dispensadas do espelho retrovisor e da campai- culos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no
nha as bicicletas destinadas à prática de esportes, quando em com- leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro.
petição dos seguintes tipos:
I - mountain bike (ciclismo de montanha); O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da
II - down hill (descida de montanha); competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de
III - free style (competição estilo livre); 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasilei-
IV - competição olímpica e panamericana; ro – CTB; e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997,
V - competição em avenida, estrada e velódromo; e que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
VI - outros.
Art. 6º Os equipamentos obrigatórios para circulação dos veí- Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as luzes de ad-
culos listados nos incisos a seguir são aqueles indicados em normas vertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de
específicas: sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 me-
I - destinados ao transporte de produtos perigosos; tros da parte traseira do veículo.
II - escolares; Parágrafo único. O equipamento de sinalização de emergência
III - inacabados ou incompletos; deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em con-
IV - outros transportes especializados; e dição de boa visibilidade.
IV - equipamento de mobilidade individual autopropelidos e Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
bicicletas com motor elétrico auxiliar. ção.
Art. 7º Observado o disposto em Resolução do CONTRAN espe-
cífica sobre o tema, faculta-se o trânsito, em via pública, aos veícu- RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 966, DE 17 DE MAIO DE 2022
los destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza
ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, de pavimentação Dispõe sobre os requisitos técnicos dos espelhos retrovisores
ou guindastes (máquinas de elevação) desde que possuam: de veículos.
I - os itens de segurança previstos no inciso VII do art. 2º desta
Resolução; O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
II - dimensões máximas de 2,80 m de largura, 4,40 m de altura competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
e 15,00 m de comprimento. 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
Parágrafo único. É vedado o trânsito em via pública aberta à (CTB), com base no que consta nos autos do processo administrati-
circulação de tratores de esteiras. vo nº 50000.034185/2021-67, resolve:
Art. 8º Aos veículos registrados e licenciados em outro país, em Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos técnicos dos
circulação no território nacional, aplicam-se as regras do Capítulo espelhos retrovisores de veículos.
X do CTB. Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, define-se espelho retro-
Art. 9º Respeitadas as exceções e situações particulares previs- visor como dispositivo para permitir a observação da área adjacen-
tas nesta Resolução, os proprietários ou condutores, cujos veículos te ao veículo que não pode ser observada por visão direta.
circularem nas vias públicas desprovidos dos requisitos estabeleci- Art. 3º Os espelhos retrovisores de motocicletas, motonetas,
dos, ficam sujeitos às penalidades constantes do art. 230 do CTB, ciclomotores, triciclos e quadriciclos devem atender aos requisitos
no que couber, independentemente de outras sansões previstas no técnicos estabelecidos no Anexo I.
CTB.
Art. 10. O Anexo desta Resolução encontra-se disponível no
sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Alternativamente, para comprovação do desempenho dos equipamentos obrigatórios de que trata esta Resolução,
serão considerados os resultados de ensaios que comprovem o atendimento às especificações dos Regulamentos Técnicos da Organização
das Nações Unidas ou das Normas Federais de Segurança dos Veículos Motorizados (FMVSS) dos Estados Unidos, conforme aplicável.
Art. 4º Os espelhos retrovisores de automóveis, utilitários, camionetas, ônibus, micro-ônibus, caminhonetes, caminhões, caminhões
tratores e motor-casa devem atender aos requisitos técnicos estabelecidos nos Anexos II, III e IV.
Parágrafo único. Alternativamente, para comprovação do desempenho dos equipamentos obrigatórios de que trata esta Resolução,
serão considerados os resultados de ensaios que comprovem o atendimento às especificações dos Regulamentos Técnicos da Organização
das Nações Unidas R46 série 4 ou versões posteriores, ou ainda, das Normas Federais de Segurança dos Veículos Motorizados (FMVSS) dos
Estados Unidos, FMVSS 111, ou versões posteriores, conforme aplicável.
Art. 5º Inovações tecnológicas não contempladas nos requisitos técnicos desta Resolução podem ser aceitas no processo de homolo-
gação, desde que sua eficácia seja comprovada por meio de estudos técnicos, certificação ou legislação internacional reconhecidos pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União.
Art. 6º Ficam dispensados do cumprimento dos requisitos desta Resolução os veículos de uso bélico e de uso exclusivo fora de estrada.
Art. 7º Os requisitos constantes nesta Resolução aplicam-se:
I - às motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, produzidas no País ou importadas a partir de 1º de janeiro de
2019;
II - a partir de 18 de outubro de 2022, aos automóveis, utilitários, camionetas, ônibus, microônibus, caminhonetes, caminhões, cami-
nhões tratores e motor-casa, produzidos ou importados, cujos projetos recebam o código de marca/modelo/versão junto ao órgão máxi-
mo executivo de trânsito da União a partir de 18 de outubro de 2022; e
III - a todos os veículos em produção:
a) a partir de 18 de outubro de 2024, para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes; e
b) a partir de 18 de outubro de 2025, para os ônibus, micro-ônibus, caminhões, caminhões tratores e motor-casa.
§ 1º É facultada a antecipação da adoção total ou parcial dos requisitos constantes nesta Resolução.
§ 2º Em qualquer condição de substituição dos espelhos retrovisores originais dos veículos produzidos no País ou importados em pe-
ríodo anterior ao determinado para o início da aplicação dos requisitos desta resolução, quando não for possível manter as características
originais destes veículos, devem ser observados para os novos espelhos retrovisores os requisitos mínimos constantes nesta Resolução.
Art. 8º O descumprimento do disposto nesta Resolução sujeita o infrator, conforme o caso, às sanções previstas nos incisos IX e X do
art. 230 do CTB.
Parágrafo único. As situações infracionais descritas no caput não afastam a possibilidade de aplicação de outras penalidades previstas
no CTB.
Art. 9º Ficam revogados o art. 5º da Resolução CONTRAN nº 799, de 22 de outubro de 2020, e as Resoluções CONTRAN:
I - nº 682, de 25 de julho de 2017; e
II - nº 703, de 10 de outubro de 2017;
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022.

ANEXO I

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANEXO II

RESOLUÇÃO Nº 623, DE 6 DE SETEMBRO DE 2016

Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos administrativos quanto à remoção, custódia e para a realização de leilão de
veículos removidos ou recolhidos a qualquer título, por órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos
termos dos arts. 271 e 328, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá outras
providências.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata
da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT,
Considerando a necessidade de adequar e integrar os procedimentos administrativos quanto à remoção, custódia e realização de lei-
lão de veículos removidos ou recolhidos a qualquer título, por Órgãos e Entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos
termos dos arts. 271 e 328, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, com redação dada pela Lei nº 13.160, de 25 de agosto de 2015, e
da Lei nº 13.281, de 4 de maio de 2016, que dispõem sobre retenção, remoção e leilão de veículo,
Considerando o que dispõe a Lei nº 12.977, de 20 de maio de 2014, que regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos
automotores terrestres, quanto aos veículos classificados como sucatas.
Considerando o disposto no Processo Administrativo nº 80000.031542/2014-77, resolve:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO I SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO REGISTRO E NOTIFICAÇÃO DE RECOLHIMENTO

Art. 1º Os procedimentos administrativos quanto à remoção Art. 4º Caberá ao agente da Autoridade de Trânsito, respon-
e custódia de veículos em decorrência de penalidade aplicada ou sável pelo recolhimento do veículo, emitir a notificação por meio
medida administrativa adotada por infração à Lei nº 9.503, de 23 do termo de recolhimento de veículo ou documento equivalente,
de setembro de 1997, na forma prevista em seu artigo 271 e para a mediante identificação e assinatura, ou por meio de sistema infor-
realização de leilão de veículos removidos ou recolhidos a qualquer matizado que possibilite a identificação do responsável, que discri-
título, por órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de minará:
Trânsito – SNT, nos termos do art. 328 do CTB, e alterações promo- I - os objetos deixados no veículo por conveniência e inteira
vidas pela Lei 13.160, de 25 de agosto de 2015, e pela Lei nº 13.281, responsabilidade do condutor;
de 4 de maio de 2016, combinada com a Lei nº 8.666, de 21 de ju- II - os equipamentos obrigatórios ausentes;
nho de 1993, deverão ser realizados de acordo com o estabelecido III - o estado geral da lataria, pintura e pneus;
nesta Resolução. IV - os danos do veículo causados por acidente e a sua condição
de trafegar em vias públicas;
SEÇÃO I V - identificação do proprietário e do condutor, sempre que
DAS DEFINIÇÕES possível;
VI - dados que permitam a precisa identificação do veículo, re-
Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução, entende-se por: gistrado a termo, se irregular;
I - remoção de veículos: medida administrativa aplicada pelo VII - o prazo para a retirada do veículo, sob pena de ser levado
agente da Autoridade de Trânsito, quando da constatação da infra- a leilão.
ção de trânsito que caracterize a necessidade de se retirar o veículo § 1º O termo de recolhimento de veículo ou documento equi-
do trânsito, que será recolhido em local apropriado, conforme o es- valente será preenchido em, no mínimo, duas vias, admitida a hipó-
tabelecido no art. 271 do CTB. tese de uso de arquivos informatizados que permitam sua impres-
II - recolhimento: ato de encaminhamento do veículo ao pátio são e utilização em processos instruídos, sendo:
de custódia a qualquer título, decorrente de remoção, retenção, I - a primeira destinada ao proprietário ou condutor do veículo
abandono ou acidente, realizado por órgão público ou por particu- recolhido, a qualquer título;
lar contratado por licitação pública, inclusive por meio de pregão. II - a segunda destinada ao órgão ou entidade responsável pela
III - custódia de veículos: procedimento administrativo de guar- custódia do veículo, que instruirá o devido processo administrativo;
da e zelo de veículo recolhido a local apropriado diretamente por III - a terceira, se necessário, à entidade contratada ou conve-
órgão público responsável pelo recolhimento, por órgão público niada pelo acolhimento do veículo em depósito, quando for o caso;
conveniado, por particular contratado por licitação, inclusive por e
meio de pregão, ou mediante credenciamento. IV - a quarta, se necessário, ao agente de trânsito responsável
pelo recolhimento.
IV - leilão: modalidade de licitação entre quaisquer interessa- § 2º O condutor do veículo flagrado, mesmo que não habilitado
dos para a venda de veículos removidos ou recolhidos a qualquer e ainda que não seja o proprietário que conste do registro, poderá
título a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da ser notificado e receber o termo de recolhimento ou documento
avaliação. equivalente, com eficácia de notificação.
§ 3º Considera-se notificado o proprietário ou condutor pre-
CAPÍTULO II sente no momento do recolhimento, ainda que se recuse a assinar
DOS PROCEDIMENTOS DE CUSTÓDIA o termo de recolhimento.

Art. 3º Os procedimentos e os prazos de custódia dos veículos § 4º Caso o proprietário ou condutor não estejam presentes
recolhidos em razão de penalidade ou medida administrativa apli- no momento do recolhimento do veículo, a autoridade competente
cada por inobservância a preceito do CTB e legislação complemen- deverá expedir notificação de recolhimento, no prazo de 10 (dez)
tar, abandono ou acidentes de trânsito, obedecerão ao disposto dias, contados do fato, por remessa postal ou qualquer outro meio
nesta Resolução. tecnológico hábil, em nome e para o endereço de quem constar no
Parágrafo único. A remoção de veículo, a qualquer título con- registro do veículo para que seja retirado no prazo de 60 (sessenta)
forme o estabelecido no CTB deverá ser instruída por meio de pro- dias a contar da data de recolhimento ou remoção.
cesso administrativo, devidamente protocolizado pelo órgão res- § 5º A notificação devolvida por desatualização do endereço
ponsável por sua custódia, onde serão anexados os documentos em do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será
ordem cronológica, a partir do Termo de Remoção ou documento considerada recebida para todos os efeitos.
equivalente, obrigatoriamente emitido e inclusive a cópia do pron- § 6º Caso restem frustradas as tentativas de notificação presen-
tuário do veículo recolhido, onde conste a situação atualizada de cial, postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, a notifica-
seu registro. ção poderá ser feita por edital, a partir do qual passará a contar os
60 (sessenta) dias para a alienação por leilão.
§ 7º O agente de trânsito recolherá o Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo – CRLV, contra entrega de recibo ao pro-
prietário ou condutor, ou informará, no termo de recolhimento ou
documento equivalente, o motivo pelo qual não foi recolhido.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 8º Para os veículos com restrição judicial ou policial, a au- c) veículo de identificação alterada com confirmação de sua
toridade responsável pela restrição será notificada, o que implica identificação correta, assegurada por dados verdadeiros, sem res-
ciência de que o veículo poderá ser levado à leilão caso não seja trições judiciais, administrativas ou policiais: emitir notificação ao
regularizado e liberado, no prazo de 60 (sessenta) dias. proprietário e/ou agente financeiro que constem do registro do
Art. 5º O órgão ou entidade responsável pela custódia, além da veículo, exigindo a regularização de dados por remarcação de ca-
expedição da via do termo de recolhimento ou documento equiva- racteres e nova emissão de documentos, no prazo máximo de 60
lente, decorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem a retirada do veícu- (sessenta) dias a contar do recolhimento, que se não atendido será
lo, expedirá edital de notificação de retirada do veículo. incluído em procedimento de Leilão;
§1° O edital de notificação de retirada do veículo será publica- d) veículo com identificação duplicada, sem confirmação de
do em portal na Internet do próprio órgão ou afixado nas depen- sua identificação correta, com alertas e restrições no registro do ve-
dências do órgão em local de livre acesso ao público, pelo prazo de ículo original: notificar as autoridades que inseriram as anotações
10 (dez) dias, para que o veículo seja retirado com a devida quitação no Sistema Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM,
dos débitos a ele vinculados e regularizado, sob pena de ser incluído solicitando que efetuem a exclusão de tais dados, para que o veícu-
em procedimento de alienação por leilão, decorrido o prazo legal. lo recolhido seja levado a Leilão como sucata;
§ 2° A notificação por edital deverá conter: e) veículo com identificação duplicada, com confirmação de
I - o nome do proprietário do veículo; sua identificação correta, com ou sem alertas ou restrições no re-
II - o nome do agente financeiro, ou do arrendatário do veícu- gistro do veículo original: notificar as autoridades que inseriram as
lo, ou da entidade credora, ou de quem se sub-rogou nos direitos, observações no Sistema RENAVAM, solicitando que efetuem a ex-
quando for o caso; clusão de tais dados, em razão da correta identificação do veículo,
III - os caracteres da placa de identificação e do chassi do veí- de seu legítimo proprietário e agente financeiro, se houver, que se-
culo, quando houver; rão notificados a efetuar a regularização de dados por remarcação
IV - a marca e o modelo do veículo. de caracteres e reemissão de documentos, no prazo máximo de 60
§ 3º O edital deverá ser encaminhado por meio de comunica- (sessenta) dias do recolhimento do veículo, que se não atendido
ção eletrônica ao agente financeiro, arrendador do bem, entidade será incluído em procedimento de Leilão;
credora ou a quem tenha se sub-rogado aos direitos do veículo, caso II - não demonstrada a autenticidade da identificação do veícu-
o endereço conste no prontuário ao qual o veículo esteja vinculado. lo recolhido ou a legitimidade da sua propriedade, o veículo será in-
§ 4º Para o caso de notificação postal, decorrente de gravames cluído em procedimento de leilão como sucata inservível, qualquer
financeiros registrados no prontuário do veículo, poderão ser agru- que seja seu estado de conservação, registrando-se a termo que tal
pados em um mesmo documento todos os veículos que contenham alienação não constará do Sistema RENAVAM – Módulo Leilão, por
gravames em favor do mesmo agente financeiro, sendo válidas as ausência de identificação.
notificações postais por comunicação eletrônica. III - o recurso obtido com leilão de veículo para o qual seja au-
torizada a sua alienação antecipada será integralmente revertido
SEÇÃO II a crédito da conta indicada no seu respectivo termo autorizatório
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES INTERMEDIÁRIAS de venda, com seus débitos desvinculados, na forma preconizada
em Lei.
Art. 6º Em caso de veículo transportando carga de produto pe- Art. 8º A restituição do veículo sob custódia somente ocorrerá
rigoso ou perecível e de transporte coletivo de passageiros, a remo- mediante prévio pagamento de todos os débitos incidentes devi-
ção imediata poderá não ocorrer, a critério do agente, verificadas dos, bem como o reparo de qualquer componente ou equipamento
as condições de segurança para circulação, nos termos do § 5º do obrigatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento.
art. 270 do CTB. § 1° Se o reparo exigido no caput demandar providência que
Art. 7º O veículo sob custódia que não puder ser identifica- não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela
do, ou que tiver sua identificação adulterada, terá assegurado os remoção liberará o veículo para reparo, na forma transportada, me-
seguintes procedimentos de verificação, inclusive como condição diante autorização, assinalando prazo para reapresentação.
para ser levado à Leilão: §2° A despesa de remoção e estada será devida integralmente,
I - emissão de laudo pericial oficial ou laudo de vistoria do ór- por período contado em dias, a partir do recolhimento do veículo,
gão ou entidade responsável pela custódia do veículo, visando à limitado ao prazo máximo de 6 (seis) meses.
busca da autenticidade de seus caracteres, da sua documentação, Art. 9º Cumpridas todas as exigências e decorridos os prazos
bem como a legitimidade da propriedade, enquadrando-se o veícu- previstos nesta Resolução, os processos administrativos de recolhi-
lo em uma das seguintes situações: mento de veículos serão concluídos por termo final e conservados
a) veículo com identificação não reconhecida ou não assegura- por cinco anos.
da: leiloar como sucata inservível, qualquer que seja seu estado de
conservação; CAPÍTULO III
b) veículo de identificação alterada com confirmação de sua DA ALIENAÇÃO POR MEIO DE LEILÃO
identificação correta, com restrições judiciais, administrativas ou
policiais: notificar a autoridade responsável pela restrição para pro- Art. 10. Constatada a permanência do veículo recolhido em de-
ceder à retirada do veículo em depósito, desde que pagas as des- pósito do órgão público responsável, do órgão público conveniado,
pesas com remoção e estada, ou para a autorização do leilão, que do particular contratado por licitação, inclusive por meio de pregão,
poderá ocorrer se não houver manifestação da autoridade no prazo ou mediante credenciamento, não reclamado por seu proprietário,
de 60 (sessenta) dias a contar da notificação; por período superior ao previsto no caput art. 328 do CTB, este será
levado à alienação por meio de Leilão.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SEÇÃO I Art. 15. A avaliação dos veículos será feita pelo órgão ou entida-
DA COMPETÊNCIA de responsável pelo procedimento de leilão, pela comissão de lei-
lão, ou ainda por profissional terceirizado, devidamente autorizado
Art. 11. O órgão ou entidade responsável pelo envio do veículo e habilitado, que deverá:
ao depósito é competente para realização do leilão, devendo o seu I - identificar os veículos conservados, que se encontram em
dirigente máximo autorizar expressamente a abertura do processo condições de segurança para trafegar em via aberta ao público, e os
administrativo, bem como designar o leiloeiro. veículos que deverão ser leiloados como sucata;
Parágrafo único. A realização do leilão poderá ocorrer direta- II - estabelecer os lotes de sucata a serem leiloados;
mente pelo órgão, por órgão público conveniado, ou leiloeiro, po- III - proceder à avaliação de cada veículo e de cada lote de suca-
dendo ainda ser designada comissão de leilão para a realização de ta, estabelecendo o lance mínimo para arrematação de cada item; e
atos instrumentais que auxiliem a sua realização e sua execução. IV - atribuir a cada veículo identificado como sucata um valor
Art. 12. Os órgãos ou entidades de trânsito componentes do proporcional ao valor total do lote no qual esteja incluído.
SNT e regularmente habilitados junto aos sistemas RENAVAM e Re- Parágrafo único. O órgão ou entidade responsável pelo leilão
gistro Nacional de Infrações de Trânsito – RENAINF poderão realizar poderá reclassificar a avaliação do veículo, realizada por profissio-
leilão de forma compartilhada, cujos ajustes serão definidos em co- nal terceirizado, levando em conta os princípios da economicidade,
mum acordo, nos termos desta Resolução. celeridade processual e eficiência.
Parágrafo único. O leilão compartilhado será realizado confor- Art. 16. São considerados como sucata os veículos que estão
me ajuste firmado entre os órgãos e entidades cooperantes, reco- impossibilitados de voltar a circular ou cuja autenticidade de iden-
mendando-se que este instrumento preveja que seja realizado em tificação ou legitimidade da propriedade não restar demonstrada,
único procedimento, com mesmo edital e leiloeiro, com veículos não tendo direito à documentação.
ofertados em lotes separados e com arremates depositados em § 1º São critérios mínimos para classificação de veículos como
contas bancárias distintas, sob controle e conciliação de cada órgão sucata:
específico. I - danos de grande monta;
II - impossibilidade de reparo gerando causa impeditiva à cir-
SEÇÃO II culação;
DAS PROVIDÊNCIAS QUE ANTECEDEM A REALIZAÇÃO DO III - motor cuja numeração não seja possível confirmar, por
LEILÃO motivo de corrosão, inexistência ou divergência de cadastro nos
sistemas Base Índice Nacional e Base Estadual do RENAVAM, ilegi-
Art. 13. O órgão ou entidade responsável pelo leilão, durante bilidade ou qualquer outro motivo que impossibilite a identificação,
os procedimentos preparatórios de sua realização, deverá verificar desde que não caracterize fraude;
a situação de cada veículo junto ao órgão executivo de trânsito res- IV - veículo artesanal sem registro; ou
ponsável pelo registro, para detectar: V - veículo registrado no exterior e não licenciável no Brasil.
I - restrição judicial ou policial; § 2º Os veículos classificados como sucata são divididos em:
II - registro de gravames financeiros; I - sucatas aproveitáveis: aquelas cujas peças poderão ser re-
III - débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e aproveitadas em outro veículo, com inutilização de placas e chassi
ambientais, identificando os respectivos credores. em que conste o Número de Identificação do Veículo – registro VIN;
§ 1° O veículo que apresentar restrição judicial ou policial po- II - sucatas inservíveis: aquelas transformadas em fardos me-
derá ser retirado pela autoridade responsável pela restrição, desde tálicos, por processo de prensagem ou trituração, sendo desne-
que a manifestação ocorra no prazo de 60 (sessenta) dias de sua cessária a inutilização de placas e numeração do chassi quando a
notificação e que sejam pagas as despesas com remoção e estada prensagem ocorrer em local supervisionado pelo órgão responsável
do veículo. pelo leilão;
§ 2° O leilão de veículo que apresentar restrição judicial ou po- III - sucatas aproveitáveis com motor inservível: aquelas cujas
licial ocorrerá após a autorização da autoridade responsável pela peças poderão ser reaproveitadas em outro veículo, com exceção
restrição ou em caso de descumprimento do estabelecido no § 1°. da parte do motor que conste sua numeração, devendo ser inutili-
§ 3° As instituições financeiras poderão habilitar-se aos crédi- zadas as placas e chassi em que conste o Número de Identificação
tos remanescentes, após deduzidos os valores dos encargos legais do Veículo – registro VIN.
do montante obtido no leilão. § 3º Os veículos definidos como sucatas e inseridos em proces-
§ 4º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados sos de leilão somente poderão ser vendidos como destinação final e
e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição, deverão for- sem direito à documentação, como sucatas prensadas para empre-
necer aos órgãos e entidades executivos e rodoviários de trânsito sas regulares do ramo de siderurgia ou fundição, ou como sucatas
da União, dos Estados e Municípios, que não sejam operadores das aproveitáveis para empresas do ramo do comércio de peças usadas
rotinas do Sistema RENAVAM, o acesso ao referido sistema, para reguladas pela Lei n° 12.977, de 20 de maio de 2014, e normativos
consulta da situação do veículo. do CONTRAN.
§ 5º Serão disponibilizadas aos órgãos e entidades executivos e § 4º Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens au-
rodoviários de trânsito de que trata o § 4° todas as rotinas referen- tomotores que se encontrarem recolhidos há mais de 1 (um) ano
tes a leilão do Sistema RENAVAM. poderão ser destinados à reciclagem como material ferroso, inde-
Art. 14. Esgotados os prazos de notificações previstos nesta Re- pendentemente da existência de restrições sobre o veículo.
solução e não tendo comparecido nenhum dos notificados para a § 5º A alienação prevista no § 4º será realizada por tonelagem
quitação dos débitos e retirada do veículo, será feita a verificação de material ferroso, condicionandose a entrega do material arrema-
final das condições de cada veículo, para fins de avaliação. tado à realização dos procedimentos necessários de descaracteriza-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ção total do bem, à destinação exclusiva para a reciclagem siderúr- II - para a alienação de sucatas aproveitáveis e sucatas apro-
gica e à captação ambientalmente correta de fluídos, combustíveis veitáveis com motor inservível destinadas ao comércio de peças e
e demais materiais e substâncias reconhecidos como contaminan- componentes:
tes do meio ambiente. a) objeto da alienação por leilão, indicando marca, modelo, ano
Art. 17. Para os veículos avaliados como sucata, o órgão ou en- de fabricação, número do motor e cor predominante dos veículos
tidade responsável pelo procedimento de leilão deverá: ofertados;
I - inutilizar a identificação gravada no chassi que contêm o re- b) locais, datas e horários onde poderão ser examinados os lo-
gistro VIN e suas placas, nas hipóteses de sucatas aproveitáveis ou tes dos veículos relacionados;
de sucatas aproveitáveis com motor inservível; c) condições para a participação do leilão e as restrições legais;
II - solicitar a baixa ao órgão executivo de trânsito de registro do d) exigências de comprovação do ramo de atividade de comér-
veículo, após a realização da venda e do recolhimento dos débitos cio de peças usadas, conforme previsto na Lei nº 12.977, de 2014, e
pendentes, quitados com os recursos do leilão, antes da entrega ao normativos do CONTRAN;
arrematante. e) exigências para a retirada dos veículos sucatas;
III - emitir ou solicitar ao órgão de registro do veículo a certidão f) endereços e formas de acesso às informações à distância,
de baixa de veículo, para entrega ao arrematante, com cópia junta- para o fornecimento de elementos e esclarecimentos sobre o leilão;
da a processo vinculado ao do leilão, que reúna as certidões ou soli- g) local, data e horário de realização do leilão;
citações de todas as sucatas leiloadas no respectivo procedimento. h) a indicação do leiloeiro;
Art. 18. O órgão ou entidade responsável pelo procedimento i) o valor inicial dos lotes e a forma de pagamento dos arrema-
de leilão, após a publicação de seu edital, deverá registrar no sis- tes;
tema RENAVAM a indicação de que o veículo será levado a leilão, j) critério para julgamento dos lances ofertados;
exceto no caso de sucatas com ausência de sua identificação. k) sanções para o caso de inadimplemento;
§ 1º No caso de inoperância do Sistema RENAVAM, o órgão ou l) instruções e normas para os recursos previstos em lei;
entidade responsável pelo procedimento de leilão deverá emitir co- m) condições e locais para a retirada dos veículos sucatas ar-
municado oficial ao órgão detentor do registro do veículo de que rematados; e
este será leiloado, bastando tais informações para que o órgão de n) outras indicações específicas ou peculiares da alienação.
registro do veículo adote todos os procedimentos devidos. III - para a alienação de sucatas inservíveis, transformadas em
§ 2º Atendido o disposto no caput, o órgão executivo de trân- fardos metálicos:
sito responsável pelo registro do veículo deverá informar, no prazo a) objeto da alienação por leilão, indicando tratar-se de sucatas
máximo de 10 (dez) dias úteis, a existência de débitos, restrições ou inservíveis;
outros encargos incidentes sobre o prontuário do veículo, ao órgão b) locais, datas e horários onde poderão ser examinados os lo-
ou entidade de trânsito preparador do leilão, devendo alertar sobre tes dos veículos relacionados;
fato impeditivo à alienação. c) condições específicas para a participação do leilão e as res-
trições legais;
SEÇÃO III d) exigências de comprovação do ramo de atividade, de side-
DA REALIZAÇÃO DO LEILÃO rurgia ou reciclagem, exercida pelo interessado;
e) exigências de preparação, retirada de fluídos e prensagem
Art. 19. Cumpridas todas as exigências para a realização da dos veículos sucatas inservíveis;
alienação, o órgão ou entidade responsável, por meio do leiloeiro f) endereços e formas de acesso às informações à distância,
designado, expedirá o edital de leilão, listando todos os veículos em para o fornecimento de elementos e esclarecimentos sobre o leilão;
lotes, como conservados ou sucatas. g) local, data e horário de realização do leilão;
§ 1º O edital de leilão deverá conter, no mínimo: h) a indicação do leiloeiro;
I - para a alienação de veículos conservados, destinados à cir- i) o valor inicial por quilo e total do peso estimado;
culação: j) critério para julgamento dos lances ofertados;
a) objeto da alienação por leilão, com descrição sucinta e clara, k) sanções para o caso de inadimplemento;
indicação de marca, modelo, ano de fabricação, número do motor e l) instruções e normas para os recursos previstos em lei;
cor predominante dos veículos ofertados; m) condições e locais para a retirada das sucatas prensadas; e
b) locais, datas e horários onde poderão ser examinados os lo- n) outras indicações específicas ou peculiares da alienação.
tes dos veículos relacionados; § 2º Para os veículos definidos como sucatas aproveitáveis para
c) condições para a participação no leilão e as restrições legais; comércio de suas partes, o edital conterá apenas os dados necessá-
d) endereços e formas de acesso às informações à distância, rios de avaliação, que permitam distinção da marca, modelo, ano de
para o fornecimento de elementos e esclarecimentos sobre o leilão; fabricação, número do motor e cor predominante, considerando a
e) local, data e horário de realização do leilão; inutilização obrigatória de seus dados identificadores.
f) a indicação do leiloeiro; § 3º Os editais de leilão deverão indicar que aqueles que tive-
g) o valor inicial dos lotes e a forma de pagamento dos arre- rem crédito sobre o veículo poderão requerer a sua habilitação para
mates; exercer direito sobre o crédito identificado, obedecida a ordem de
h) critério para julgamento dos lances ofertados; prevalência legal, sendo considerados notificados desde a publica-
i) sanções para o caso de inadimplemento; ção do edital.
j) instruções e normas para os recursos previstos em lei; Art. 20. O edital de leilão será publicado com a antecedência
k) condições e locais para a retirada dos veículos arrematados; mínima de 15 (quinze) dias da sua realização, observadas as seguin-
l) outras indicações específicas ou peculiares da alienação. tes condições:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - o Aviso de Leilão, sintetizando as características do leilão, o §4º O arrematante de veículo destinado à circulação será res-
local, data e hora de sua realização, os tipos de veículos ofertados, ponsável unicamente pelo pagamento dos tributos incidentes sobre
se destinados à circulação, sucatas aproveitáveis, sucatas aproveitá- o veículo arrematado a partir da aquisição, a ser calculado de forma
veis com motor inservível ou sucatas inservíveis, e os endereços e proporcional, a contar do mês da realização do leilão.
meios para a obtenção do edital completo, será publicado: §5º Para os veículos leiloados como conservados, o arrematan-
a) no Diário Oficial; e te terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para o registro perante o
b) em jornal de grande circulação no Estado ou na região em órgão executivo de trânsito, contados a partir de sua liberação pelo
que ocorrerá o leilão. órgão ou entidade responsável pelo leilão.
II - o edital completo, até a data de sua realização, terá a sua Art. 26. O veículo conservado, destinado à circulação, será en-
publicação: tregue ao arrematante, livre e desembaraçado de quaisquer ônus,
a) afixada em dependências do órgão ou entidade de trânsito, ficando este responsável pela regularização e transferência de pro-
suas unidades descentralizadas e no local designado para a sua re- priedade perante o órgão ou entidade executivo de trânsito deten-
alização; e tor de seu registro.
b) disponível no sítio eletrônico na Internet do órgão ou entida- Art. 27. Ao arrematante de veículo leiloado como sucata será
de responsável pelo leilão. fornecida a certidão de baixa do registro prevista no art. 4º do De-
Art. 21. Na data e hora previstas será promovido o leilão, con- creto nº 1.305, de 9 de novembro 1994, e art. 7º da Lei 12.977, de
duzido por leiloeiro designado formalmente pelo órgão responsável 2014, atestando sua baixa, que será emitida pelo órgão detentor do
e que constará do edital, sendo ofertados os lotes a interessados. registro do veículo.
Art. 22. Os lotes arrematados serão descritos em nota de arre-
mate ou documento equivalente, emitida pelo leiloeiro ou órgão ou CAPÍTULO IV
entidade responsável pelo leilão, que conterá o número do lote, o DOS REGISTROS FINANCEIROS E CONTROLES DO
valor do arremate, nome, CPF ou CNPJ do arrematante e, no caso de PROCEDIMENTO
leiloeiro oficial, o valor da comissão.
Art. 23. Os valores oriundos dos arremates serão depositados Art. 28. Os órgãos ou entidades que não realizam controle
em conta do Tesouro Público ou em conta específica na agência contábil nos sistemas oficiais do Governo Federal deverão manter
bancária em que o órgão detenha suas movimentações regulares todos os controles financeiros demonstrados por documentos inse-
em conformidade com a Lei, sob a responsabilidade de quem dete- ridos nos respectivos processos administrativos, autuados e devida-
nha a autorização de movimentação das contas bancárias do órgão mente instruídos.
ou entidade. Art. 29. Os recursos administrativos demandados contra atos
Art. 24. O veículo poderá ser restituído ao proprietário até o do leiloeiro ou da Comissão de Avaliação, formalmente designados,
último dia útil anterior à realização da sessão do leilão, desde que serão resolvidos pela autoridade de instância superior à que se su-
quitados os débitos e regularizado. bordinam, e, sobre a decisão desta, os recursos serão apreciados
Parágrafo único. Na hipótese de o antigo proprietário reaver pela autoridade competente.
o veículo a qualquer tempo, por qualquer meio, os débitos serão Parágrafo único. Em qualquer fase recursal é facultada a assis-
novamente vinculados ao bem. tência jurídica.
Art. 30. O procedimento de Leilão será homologado por termo
SEÇÃO IV próprio, assinado pela autoridade competente, após a confirmação
DA ENTREGA AO ARREMATANTE de atendimento de todas as exigências normativas.
Art. 31. Os processos de leilão serão instruídos com os seguin-
Art. 25 Realizado o leilão, o órgão ou entidade responsável por tes documentos:
este procedimento providenciará o registro no sistema RENAVAM I - autorização para a realização do procedimento;
do extrato do leilão, conforme dispuser o manual do referido siste- II - despacho de autorização de realização do procedimento;
ma ou, em caso de inoperância do sistema, comunicará oficialmen- III - documento oficial, designando a Comissão de Avaliação, se
te o fato ao órgão ou entidade executivo de trânsito de registro do for o caso;
veículo. IV - indicação de leiloeiro oficial ou designação de leiloeiro;
§1º O órgão ou entidade executivo de trânsito de registro do V - termo de compromisso firmado com o leiloeiro;
veículo, confirmada a realização do procedimento, deverá proce- VI - cópia do aviso de leilão e comprovante de sua publicação;
der à desvinculação dos débitos e demais ônus incidentes sobre o VII - parecer jurídico emitido sobre o leilão;
prontuário do veículo leiloado existentes até a data do leilão e não VIII - edital de leilão contendo a relação dos veículos, em anexo,
quitados com os recursos obtidos na alienação, no prazo máximo com:
de 10 (dez) dias. a) lote ao qual pertence o veículo;
§2º Para a desvinculação obrigatória das multas de veículos b) marca e modelo;
leiloados, devem ser seguidas as rotinas previstas no Sistema RE- c) placa ou chassi, se houver;
NAINF no prazo máximo de 10 (dez) dias. d) lance mínimo;
§3º Para veículo leiloado como sucata, o órgão detentor do seu e) avaliação do veículo
registro deverá efetivar a baixa e expedir a respectiva certidão, na IX - termo de ocorrências do leilão e prestação de contas do
forma da Lei nº 8.722, de 27 de outubro de 1993. leiloeiro;
X - relatório financeiro do leilão;
XI - notificações aos ex-proprietários sobre os saldos credores,
se houver;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XII - termo de encerramento ou ata de realização do leilão, assi- que o pagamento se dará após a quitação dos débitos previstos nos
nado pelo leiloeiro ou pela comissão designada, se houver; incisos I a VIII do art. 32, se houver saldo, e obedecida a ordem cro-
XIII - termo de homologação do leilão, assinado pela autorida- nológica de habilitação.
de competente do órgão. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, o edital de lei-
lão é considerado a notificação para todos os habilitados.
SEÇÃO I Art. 34. Os rendimentos auferidos em razão da aplicação finan-
DO RATEIO DOS VALORES ARRECADADOS E RENDIMENTOS ceira dos arremates em conta específica do órgão responsável pela
AUFERIDOS realização do leilão desde a sua realização até a promoção das pro-
vidências indicadas nesta Seção, se houver, serão rateados propor-
Art. 32. O valor integral arrecadado com os arremates no leilão cionalmente utilizando-se o coeficiente de percentual disposto no
será depositado em conta bancária do órgão ou entidade respon- Inciso I do § 1° do art. 32 desta Resolução.
sável por sua realização, cujos valores arrecadados deverão ter a
seguinte ordem de prevalência: SEÇÃO II
I - os custos necessários ao ressarcimento com o procedimento DOS SALDOS CREDORES
licitatório, em montante a ser definido na forma indicada no §1º;
II - despesas com remoção e estada; Art. 35. Restando saldo do produto apurado na venda de cada
III - tributos vinculados ao veículo: veículo, quitados os débitos e as despesas previstas nesta Resolu-
a) taxas de licenciamento; e ção, este deverá ser mantido em conta remunerada na agência ban-
b) imposto sobre a propriedade de veículos automotores – cária pública ou privada que o órgão detenha suas movimentações
IPVA. regulares.
IV - os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédito §1º O órgão ou entidade responsável pelo Leilão no prazo de
com garantia real, segundo a ordem de preferência estabelecida no até 30 (trinta) dias, contados da sua realização, deverá notificar o
art. 186 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. ex-proprietário para que realize o levantamento do saldo.
V - multas de trânsito devidas ao órgão responsável pelo Leilão; §2º Comparecendo o interessado para o recebimento do saldo
VI - multas de trânsito devidas aos demais órgãos integrantes credor registrado em seu nome, o órgão responsável acatará o re-
do SNT, segundo a ordem cronológica da aplicação da penalidade; querimento por meio de processo administrativo autuado, que terá
VII - Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veícu- anexados os seguintes documentos:
los automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas trans- I - requerimento de retirada do saldo registrado com indicação
portadas ou não – Seguro DPVAT; da conta bancária a ser creditada;
VIII - multas ambientais; e II - no caso de pessoa física, cópia de documento de identidade
IX - demais créditos, segundo a ordem de preferência legal. e do CPF, ou, no caso de pessoa jurídica, cópia do contrato social e
§ 1º O montante dos custos do procedimento a ser ressarcido do CNPJ;
será demonstrado em planilha anexada ao processo do leilão e as III - comprovante de quitação do financiamento anotado no re-
parcelas proporcionais a serem deduzidas do valor de arremate de gistro do veículo, se for o caso;
cada veículo serão definidas da seguinte forma: § 3º Os saldos credores não reclamados serão mantidos em
I - pela aplicação da fórmula de proporção simples para obten- registros e contas bancárias do órgão ou entidade realizadora do
ção do coeficiente de percentual, que será obtido multiplicando-se leilão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data do Termo de
por 100 o valor de arremate de cada veículo, dividindo-se o resulta- Homologação do Leilão, findo o qual serão recolhidos ao Fundo Na-
do pelo valor total dos arremates do leilão, onde: sendo CP = Coefi- cional de Segurança e Educação de Trânsito – FUNSET, conforme
ciente de proporcionalidade; VAV = Valor de Arremate do Veículo e previsão contida no art. 6º, inciso VII da Lei nº 9.602, de 21 de ja-
VTA = valor total dos arremates, se obterá a seguinte expressão: CP neiro de 1998, sendo que o repasse deverá ser realizado por meio
= (VAV x 100) / VTA. de Guia de Recolhimento da União – GRU, a ser disciplinado pelo
II - O coeficiente de percentual de cada veículo assim obtido Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
será aplicado sobre o valor total dos custos demonstrados, cujo re-
sultado será a parcela do ressarcimento relativa a cada um desses SEÇÃO III
veículos. DA COBRANÇA DOS DÉBITOS REMANESCENTES
§ 2º Os recursos arrecadados com a alienação de veículos suca-
tas, que não tiveram sua identificação confirmada, serão destinadas Art. 36. Havendo insuficiência de recursos para quitação dos
exclusivamente ao órgão ou entidade responsável pela realização débitos e despesas previstas, o órgão ou entidade responsável pelo
do Leilão. leilão deverá comunicar aos demais órgãos e entidades de trânsito
§ 3º As multas de trânsito devidas a outros órgãos de trânsi- credores, para que promovam à desvinculação de tais débitos do
to serão quitadas após aquelas de direito do próprio órgão reali- registro do veículo.
zador do leilão, obedecida à ordem cronológica de imputação das Art. 37. Os débitos que não forem cobertos pelo valor alcan-
mesmas, podendo o órgão realizador do leilão adotar o critério de çado com a alienação do veículo, poderão ser cobrados pelos cre-
recolher a maior quantidade de multas que o recurso destinado dores na forma da legislação em vigor, por meio de ação própria e
permitir. inclusão em Dívida Ativa em nome dos ex-proprietários.
Art. 33. Aqueles que tiverem crédito sobre o veículo poderão
requerer a habilitação nos termos desta Resolução, a partir do lan-
çamento do edital até o encerramento da sessão de lances, sendo

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO V RESOLUÇÃO Nº 508 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Dispõe sobre os requisitos de segurança para a circulação, a
Art. 38. Os órgãos e entidades componentes do SNT, no âmbito título precário, de veículo de carga ou misto transportando passa-
de suas competências ou nas de suas unidades federativas, pode- geiros no compartimento de cargas.
rão utilizar de normas complementares, versando sobre matérias
necessárias à boa prática na realização de leilões de veículos reco- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da
lhidos. competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de
Art. 39. A retirada do veículo leiloado do depósito do órgão ou 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasi-
entidade de trânsito deverá ser realizada no prazo máximo de 30 leiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003,
(trinta) dias úteis, contados a partir da data da realização do leilão, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
sob pena de caracterização de abandono pelo arrematante, com a Considerando o disposto no art. 108, da Lei nº 9.503, de 23 de
perda do valor desembolsado. setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB
Parágrafo único. Observadas as razões apresentadas ou cir- Considerando o que consta do Processo Administrativo nº
cunstanciais, o órgão responsável pelo leilão poderá prorrogar o 80001.003050/2006-71;
prazo de retirada de veículo arrematado por igual prazo. RESOLVE:
Art. 40. O órgão ou entidade responsável pelo leilão, cumpridas
as exigências e decorridos os prazos previstos para a alienação por Art. 1º A autoridade com circunscrição sobre a via poderá au-
meio de leilão, deverá manter sob registro e arquivo toda a docu- torizar, eventualmente e a título precário, a circulação de veículo
mentação referente ao procedimento de leilão para eventuais con- de carga ou misto transportando passageiros no compartimento
sultas de interessados na forma da Lei, pelo prazo de 5 (cinco) anos, de cargas, desde que sejam cumpridos os requisitos estabelecidos
contados do fim do exercício de realização do leilão, podendo ser nesta Resolução.
microfilmados ou armazenados em meio magnético, óptico, digital §1º A autorização será expedida pelo órgão com circunscrição
ou eletrônico para todos os efeitos legais. sobre a via não podendo ultrapassar o prazo previsto no parágrafo
Art. 41. Os órgãos e entidades componentes do SNT, que dete- único do Art. 108 do CTB.
nham em seus pátios ou depósitos veículos mantidos em condições §2º Em trajeto que utilize mais de uma via com autoridades de
deterioradas sem providências de alienação, potencializando possí- trânsito com circunscrição diversa, a autorização deve ser conce-
veis riscos ambientais ou de saúde pública, promoverão revisões e dida por cada uma das autoridades para o respectivo trecho a ser
reexames de suas condições, buscando a solução de seus casos em utilizado.
conformidade com esta Resolução, enquadrando os procedimentos Art. 2º A circulação de que trata o artigo 1º só poderá ser auto-
de possíveis providências, de acordo com o disposto neste normati- rizada entre localidades de origem e destino que estiverem situadas
vo, inclusive acionando as autoridades que possam ser responsáveis em um mesmo município ou entre municípios limítrofes, quando
pelos bloqueios e restrições registradas, para a solução que couber. não houver linha regular de ônibus.
Art. 42. Compete ao DENATRAN, na qualidade de órgão má- Art. 3º Os veículos a serem utilizados no transporte de que tra-
ximo executivo de trânsito e gestor dos Sistemas RENAVAM e RE- ta esta Resolução devem ser adaptados, no mínimo, com:
NAINF, manter e atualizar os procedimentos de ordem operacional I. bancos, na quantidade suficiente para todos os passageiros,
contidos nesta Resolução, editando quaisquer alterações que se revestidos de espuma, com encosto e cinto de segurança, fixados
façam necessárias ao desenvolvimento dos referidos sistemas, res- na estrutura da carroceria;
guardando-se os normativos do CONTRAN. II. carroceria com cobertura, barra de apoio para as mãos, pro-
Art. 43. É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à teção lateral rígida, com dois metros e dez centímetros de altura li-
circulação. vre, de material de boa qualidade e resistência estrutural, que evite
Parágrafo único. O veículo leiloado como sucata que for reco- o esmagamento e a projeção de pessoas em caso de acidente com
lhido em circulação será novamente levado à leilão pelo órgão. o veículo;
Art. 44. Aplicam-se aos veículos licenciados no exterior as dis- III. escada para acesso, com corrimão;
posições desta Resolução. IV. cabine e carroceria com ventilação, garantida a comunica-
Art. 45. Aplicam-se aos animais recolhidos as disposições desta ção entre motorista e passageiros;
Resolução, no que couber. V. compartimento resistente e fixo para a guarda das ferramen-
Art. 46. Os leilões com editais publicados até a entrada em vi- tas e materiais, separado dos passageiros, no caso de transporte de
gor desta Resolução não se sujeitam às regras nela estabelecidas. trabalhadores;
Art. 47. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN: VI. sinalização luminosa, na forma do inciso VIII do artigo 29 do CTB
I - nº 53, de 23 de maio de 1998; e da Resolução nº 268, de 15 de fevereiro de 2008, no caso de transporte
II - nº 331, de 14 de agosto de 2009; e de pessoas vinculadas à prestação de serviço em obras na via.
III - nº 449, de 25 de julho de 2013. Parágrafo único. Os veículos referidos neste artigo só poderão
Art. 48. Esta Resolução entra em vigor: ser utilizados após expedição do Certificado de Segurança Veicular
I - no dia 1º de novembro de 2016, em relação: - CSV, expedido por Instituição Técnica Licenciada - ITL, e vistoria
a) ao § 8º do art. 4º; da autoridade competente para conceder a autorização de trânsito.
b) à alínea “b” do inciso I do art. 7º; e Art. 4º Satisfeitos os requisitos enumerados no artigo anterior,
c) aos §§ 1º e 2º do art. 13. a autoridade com circunscrição sobre a via, declarando a não exis-
II - na data de sua publicação em relação aos demais disposi- tência de linha regular de ônibus, estabelecerá no documento de
tivos. autorização os seguintes elementos técnicos:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I. identificação do órgão de trânsito e da autoridade; IV. art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor possuir habilitação
II. marca, modelo, espécie, ano de fabricação, placa e UF do de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo, confor-
veículo; me art. 6º;
III. identificação do proprietário do veículo; V. artigo 232 do CTB, combinado com o artigo 2º da Resolução
IV. o número de passageiros (lotação a ser transportado; nº 205, de 20 de outubro de 2006, se o condutor não possuir o
V. o local de origem e de destino do transporte; curso especializado para o transporte coletivo de passageiros, con-
VI. o itinerário a ser percorrido; e forme inciso II do art. 6º, e se não portar a autorização de trânsito.
VII. o prazo de validade da autorização. VI. artigo 235 do CTB, por transportar passageiros, animais ou
§1º O número máximo de pessoas admitidas no transporte será cargas nas partes externas dos veículos.
calculado na base de 35dm2 (trinta e cinco decímetros quadrados) Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
do espaço útil da carroceria por pessoa, incluindo-se o encarregado ção.
da cobrança de passagem e atendimento aos passageiros. Art. 10 Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 82/1998
§2º A autorização de que trata este artigo é de porte obriga-
tório. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 938, DE 28 DE MARÇO DE 2022
Art. 5º Além das exigências estabelecidas nos demais artigos
desta Resolução, para o transporte de passageiros em veículos de Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos do registrador ins-
carga ou misto, é vedado: tantâneo e inalterável de velocidade e tempo (cronotacógrafo).
I. transportar passageiros com idade inferior a 10 anos;
II. transportar passageiros em pé; O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das
III. transportar cargas no mesmo ambiente dos passageiros; atribuições que lhe conferem os artigos 7º e 12 da Lei nº 9.503, de
IV. utilizar veículos de carga tipo basculante e boiadeiro; 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
V. utilizar combinação de veículos. (CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra-
VI. transportar passageiros nas partes externas. tivo nº 50000.003387/2022-48, resolve:
Art. 6º Para a circulação de veículos de que trata o artigo 1º, o Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre requisitos técnicos míni-
condutor deve estar habilitado: mos do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tem-
I. na categoria B, se o transporte for realizado em veículo cujo po, doravente denominado cronotacógrafo.
peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e Art. 2º O cronotacógrafo pode constituir-se num único apare-
cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do condutor; lho mecânico, eletrônico ou compor um conjunto computadorizado
II. na categoria C, se o transporte for realizado em veículo cujo que, além das funções específicas, exerça outros controles.
peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas; Art. 3º Deverá apresentar e disponibilizar a qualquer momen-
III. na categoria D e ter o curso especializado para o transpor- to, pelo menos, as seguintes informações das últimas 24 (vinte e
te coletivo de passageiros, se o transporte for realizado em veículo quatro) horas de operação do veículo:
cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do condutor; I - velocidades desenvolvidas pelo veículo;
Parágrafo único. Para determinação da lotação de que tratam II - distância percorrida pelo veículo;
os incisos deste artigo deverá ser considerada, além da lotação do III - tempo de movimentação do veículo e suas interrupções;
compartimento de passageiros, a lotação do compartimento de car- IV - data e hora de início da operação;
ga após a adaptação. V - identificação do veículo;
Art. 7º As autoridades com circunscrição sobre as vias a serem VI - identificação do(s) condutor(es); e
utilizadas no percurso pretendido são competentes para autorizar, VII - identificação de abertura do compartimento que contém o
permitir e fiscalizar esse transporte por meio de seus órgãos pró- disco diagrama ou de emissão da fita diagrama.
prios. Parágrafo único. Para a apuração dos períodos de trabalho e de
Art. 8º Pela inobservância ao disposto nesta Resolução, fica o repouso diário dos condutores, a autoridade competente utilizará
proprietário ou o condutor do veículo, nos termos do artigo 257 do as informações previstas nos incisos III, IV, V e VI.
CTB, independentemente das demais penalidades previstas e ou- Art. 4º O fabricante do cronotacógrafo deverá requerer a ho-
tras legislações, sujeitos às penalidades e medidas administrativas mologação do equipamento e do respectivo disco ou fita diagrama
previstas nos seguintes artigos: junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União.
I. art. 230, inciso II, do CTB: Parágrao único. Após receber o requerimento devidamente
a) transporte de passageiro em compartimento de carga sem instruído e protocolado, o órgão máximo executivo de trânsito da
autorização ou com a autorização vencida; União notificará o interessado acerca da viabilidade do pedido no
b) inobservância do itinerário; prazo de 60 (sessenta) dias.
c) se o veículo não estiver devidamente adaptado na forma es- Art. 5º O cronotacógrafo e o respectivo disco ou fita diagrama
tabelecida no artigo 3º desta Resolução; submetidos à aprovação do órgão máximo executivo de trânsito da
d) utilização dos veículos previstos nos incisos V e VI do art. 5º; União deverão ser certificados pelo Instituto Nacional de Metro-
transportar passageiros em pé. logia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) ou por entidade por ele
II. art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o número de passa- credenciada.
geiros autorizado pela autoridade competente; Parágrao único. Para a certificação de que trata o caput, o
III. art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) transportado no com- cronotacógrafo e o respectivo disco ou fita diagrama deverão, no
partimento de carga for menor de 10 (dez) anos; e mínimo, atender às especificações técnicas do Anexo I (para equi-

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pamentos providos de disco diagrama) e Anexo II (para os equipa- Art. 8º Ao final de cada período de 24 (vinte e quatro) horas, as
mentos eletrônicos providos de fita diagrama), além dos seguintes informações previstas no art. 3º ficarão à disposição da autoridade
requisitos: policial ou da autoridade administrativa com jurisdição sobre a via,
I - possuir registrador próprio, em meio físico adequado, das in- pelo prazo de 90 (noventa) dias.
formações relativas a espaço percorrido, velocidades desenvolvidas Art. 9º Em caso de acidente, as informações referentes às úl-
e tempo de operação do veículo, no período de 24 (vinte e quatro) timas 24 (vinte e quatro) horas de operação do veículo ficarão à
horas; disposição das autoridades competentes pelo prazo de 1 (um) ano.
II - fornecer, a qualquer momento, as informações de que trata Parágrafo único. Havendo necessidade de apreensão do cro-
o art. 3º desta Resolução; notacógrafo ou do dispositivo que contenha o registro das infor-
III - assegurar a inviolabilidade e inalterabilidade do registro de mações, a autoridade competente fará justificativa fundamentada.
informações; Art. 10. A inobservância do disciplinado nesta Resolução consti-
IV - possuir lacre de proteção das ligações necessárias ao seu tui infração de trânsito prevista no art. 238 e nos incisos IX , X e XIV
funcionamento e de acesso interno ao equipamento; do art. 230 do CTB, sujeitando o infrator às respectivas penalidades
V - dispor de indicação de violação; e medidas administrativas aplicáveis previstas no CTB, não excluin-
VI - ser constituído de material compatível para o fim a que se do outras estabelecidas em legislação específica.
destina; Parágrafo único. As situações infracionais descritas no caput
VII - totalizar a distância percorrida pelo veículo; não afastam a possibilidade de aplicações de outras penalidades
VIII - ter os seus dispositivos indicadores iluminados adequada- previstas no CTB.
mente, com luz não ofuscante ao motorista; Art. 11. A violação ou adulteração do cronotacógrafo sujeitará
IX - utilizar como padrão as seguintes unidades de medida e o infrator às cominações da legislação penal aplicável.
suas frações: Art. 12. Ficam revogados:
a) quilômetro por hora (km/h), para velocidade; I - o art. 2º da Resolução CONTRAN nº 786, de 18 de junho de
b) quilômetro (km), para espaço/distância percorrido(a); e 2020; e
c) hora (h), para tempo; II - as Resoluções CONTRAN:
X - situar-se na faixa de tolerância máxima de erro nas indica- a) nº 92, de 04 de maio de 1999; e
ções, conforme Anexo I e Anexo II; e b) nº 406, de 12 de junho de 2012.
XI - possibilitar leitura fácil, direta e sem uso de instrumental Art. 13. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022 .
próprio no local de fiscalização dos dados registrados no meio físico.
Art. 6º A fiscalização das condições de funcionamento do cro- ANEXO I
notacógrafo, nos veículos em que seu uso é obrigatório, será exerci- REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE VELOCIDADE
da pelos órgãos ou entidades de trânsito com circunscrição sobre a E TEMPO (CRONOTACÓGRAFO) PROVIDO DE DISCO DIAGRA-
via onde o veículo estiver transitando. MA
§ 1º Na ação de fiscalização de que trata o caput, o agente de-
verá verificar e inspecionar: 1. DEFINIÇÃO
I - se o cronotacógrafo encontra-se em perfeitas condições de 1.1. Instrumento instalado em veículos automotores para re-
uso; gistro contínuo, instantâneo, simultâneo e inalterável, doravante
II - se as ligações necessárias ao seu correto funcionamento denominado cronotacógrafo, em disco diagrama, de dados sobre a
estão devidamente conectadas, lacradas e seus componentes sem operação desses veículos e de seus condutores.
qualquer alteração; 1.2. O instrumento pode ter períodos de registro de 24 (vinte
III - se as informações previstas no art. 3º estão disponíveis e se e quatro) horas, em um único disco, ou de 7 (sete) ou 8 (oito) dias
a sua forma de registro continua ativa; em um conjunto de 7 (sete) ou 8 (oito) discos de 24 (vinte e quatro)
IV - se o condutor dispõe de disco ou fita diagrama reserva para horas cada um. Nesse caso, o registrador troca automaticamente
manter o funcionamento do cronotacógrafo até o final da operação o disco após as 24 (vinte e quatro) horas de utilização de cada um.
do veículo; e
V - se o cronotacógrafo está aprovado na verificação metrológi- 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS E FUNÇÕES DO CRONOTACÓ-
ca realizada pelo INMETRO ou entidade credenciada. GRAFO
§ 2º Nas operações de fiscalização do cronotacógrafo, o agente O cronotacógrafo deverá fornecer os seguintes registros:
fiscalizador deverá identificarse e assinar o verso do disco ou fita a) distância percorrida pelo veículo;
diagrama, bem como mencionar o local, a data e o horário em que b) velocidade do veículo;
ocorreu a fiscalização. c) tempo de movimentação do veículo e suas interrupções;
§ 3º A comprovação da verificação metrológica de que trata o d) abertura do compartimento de que aloja o disco diagrama; e
inciso V do § 1º poderá ser feita por meio do sítio eletrônico do IN- e) poderá ainda, dependendo do modelo, fornecer outros tem-
METRO na rede mundial de computadores ou por meio da via origi- pos como: direção efetiva, disponibilidade e repouso do motorista.
nal ou cópia autenticada do certificado de verificação metrológica.
Art. 7º Para a extração, análise e interpretação dos dados regis- 3. GENERALIDADES
trados, o agente fiscalizador deverá ser submetido a treinamento 3.1. O instrumento deve incluir os seguintes dispositivos:
prévio, sob responsabilidade do fabricante, conforme instrução dos a) Dispositivos indicadores:
fabricantes dos equipamentos ou pelos órgãos incumbidos da fis- - da distância percorrida (odômetro);
calização. - da velocidade (velocímetro);
- do tempo (relógio);
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

b) Dispositivo de registro incluído: 4.2. Indicador de velocidade (velocímetro)


- um registrador de distância percorrida; a) No interior do campo de medida, a escala da velocidade
- um registrador de velocidade; deve ser graduada uniformemente por 1 (um), 2 (dois), 5 (cinco) ou
- um registrador de tempo; 10 (dez) km/h. O valor de uma divisão da velocidade (espaço com-
preendido entre duas marcas sucessivas) não deve exceder 10%
c) Dispositivo de marcação que assinale no disco diagrama (dez por cento) da velocidade máxima que figurar no fim da escala.
qualquer abertura do compartimento que contém esse disco. b) O espaço para além do campo não deve ser numerado.
c) O comprimento de cada divisão correspondente a uma di-
3.2. A eventual inclusão no instrumento de outros dispositivos ferença de velocidade de 10 km/h (dez quilômetros por hora) não
além dos acima numerados não deve comprometer o bom funcio- deve ser inferior a 10 mm (dez milímetros).
namento dos dispositivos obrigatórios, nem dificultar a sua leitura. d) Em indicador com ponteiro, a distância entre ente e o mos-
O instrumento deverá ser submetido à homologação e aprova- trador não deve ultrapassar 3 mm (três milímetros).
ção munido desses dispositivos complementares eventuais.
3.3. Materiais 4.3. Indicador de Tempo (relógio)
Todos os elementos constituídos do cronotacógrafo devem ser O indicador de tempo deve ser visível do exterior do instru-
feitos de materiais com estabilidade e resistência mecânica sufi- mento e a sua leitura deve ser segura, fácil e não ambígua.
cientes com características elétricas e magnéticas invariáveis.
5. DISPOSITIVOS REGISTRADORES
3.4. Medição da distância percorrida 5.1. Generalidades
a) As distâncias percorridas podem ser totalizadas e registra- a) Em todos os instrumentos, deve ser prevista uma marca que
das, quer em marcha em frente e marcha atrás, quer em marcha permita a colocação do disco diagrama, de forma a que seja asse-
em frente. gurada a correspondência entre a hora indicada pelo relógio e a
b) O eventual registro das manobras de marcha atrás não deve marcação horária no disco diagrama.
em nada afetar a clareza e a precisão dos outros registros. b) O mecanismo que movimenta o disco diagrama deve garan-
tir que esse movimento se efetue sem manipulação e a folha possa
3.5. Medição de velocidade ser colocada e retirada livremente.
a) O campo da medida de velocidade deve ser compatível com c) O dispositivo que faz avançar o disco diagrama é comandado
modelo do registrador. pelo mecanismo do relógio.
b) A frequência natural e o dispositivo de amortecimento do Nesse caso, o movimento de rotação do disco diagrama será
mecanismo de medição, devem ser tais que os dispositivos de indi- contínuo e uniforme com uma velocidade mínima de 7 mm/h (sete
cação e de registro de velocidade possam, dentro do campo de me- milímetros por hora), medida no bordo inferior da coroa circular
dida, seguir as mudanças de aceleração de 2m/s2(dois metros por que delimita a zona de registro da velocidade.
segundo ao quadrado) dentro dos limites de tolerância admitidos. d) Os registros da velocidade do veículo, tempos, distância per-
corrida e abertura do compartimento contendo o(s) disco (s) dia-
3.6. Medição do tempo (relógio) grama devem ser automáticos.
O comando do dispositivo de ajustamento da hora deve encon- e) O disco diagrama inserido no cronotacógrafo deverá conter,
tra-se no interior do compartimento que contém o disco diagrama necessariamente, a data da operação, o número da placa do veícu-
e cada abertura desse compartimento será assinalada automatica- lo, o nome ou o prontuário do condutor, a quilometragem inicial e o
mente no disco diagrama. término de sua utilização, a quilometragem final do veículo.
f) Nos veículos que revezam dois condutores, as informações
3.7. Iluminação e proteção poderão ser registradas:
a) Os dispositivos indicadores do aparelho devem estar muni- - De forma diferenciada, em um único disco diagrama, quando
dos de uma iluminação adequada não ofuscante. o cronotacógrafo for dotado de dispositivo de comutação de con-
b) Em condições normais de utilização, todas as partes internas dutor ou;
do instrumento devem estar protegidas de umidade e pó. - Separadamente, em dois discos diagramas, sendo um disco
para cada condutor.
4. DISPOSITIVOS INDICADORES
4.1. Indicador da distância percorrida (odômetro) 5.2. Registro da distância percorrida
a) A divisão mínima do dispositivo indicador da distância per- a) Todo o percurso de 1 km (um quilômetro) de distância deve
corrida deve ser de 0,1 km (um décimo de quilômetro ou cem me- ser representado no disco diagrama por uma variação de, pelo me-
tros). nos, 1 mm (um milímetro) da coordenada correspondente.
b) Os algarismos que exprimem os décimos devem poder dis- b) Mesmo que a velocidade do veículo se situe no limite supe-
tinguir-se dos que exprimem números de quilômetros. rior do campo da medida, o registro da distância percorrida dever
c) Os algarismos do contador totalizador devem ser claramente ser também claramente legível.
legíveis e ter uma altura visível de, pelo menos, 4 mm (quatro mi-
límetros). 5.3. Registro da velocidade
d) O contador totalizador deve poder indicar, pelo menos, até a) A agulha de registro da velocidade deve, em princípio, ter
99.999,9 km. um movimento retilíneo e perpendicular à direção de deslocamen-
to do disco diagrama.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

b) Todavia, pode ser admitido um movimento curvilíneo da c) Para registro do tempo decorrido, o erro máximo admissível
agulha, se forem preenchidas as seguintes condições: é o abaixo discriminado:
- Traçado descrito pela agulha deve ser perpendicular à média. - 2 (dois) minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas, com o máxi-
- Qualquer variação de 10 km/h (dez quilômetros por hora) da mo de 10 (dez) minutos em 7 (sete) dias.
velocidade deve ser representada no disco diagrama por uma va-
riação mínima de 1,5 mm (um milímetro e meio) da coordenada 8.3 Em uso:
correspondente. a) Para registro da distância percorrida, o erro máximo admissí-
vel é o maior dos valores abaixo positivo ou negativo:
5.4. Registro de tempos - 4% da distância real, sendo esta, pelo menos igual a 1 km (um
O cronotacógrafo deve ser construído de tal forma que permi- quilômetro);
ta a clara visualização do tempo de operação e parada do veícu- - 40 m da distância real ,sendo esta, pelo menos igual a 1 km
lo, podendo o registrador ser provido de dispositivo de manobra (um quilômetro).
que identifique, no disco diagrama, a natureza de tempo registrado
como: direção efetiva por motorista, parada para repouso, parada b) Para registro da velocidade, o erro máximo admissível é o
para espera (disponibilidade) e outros trabalhos. maior dos valores abaixo positivo e negativo:
- 6% (seis por cento) da velocidade real;
6. DISPOSITIVO DE FECHAMENTO - 6km/h (seis quilômetros por hora) da velocidade real.
6.1. O compartimento que contém o disco diagrama e o co-
mando do dispositivo de ajustamento da hora deverá ser provido c) Para registro do tempo decorrido, o erro máximo admissível
de um dispositivo de fechamento. é o abaixo discriminado:
6.2. Qualquer abertura do compartimento que contém o disco - 2 (dois) minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas, com o máxi-
diagrama e o comando do dispositivo de ajustamento da hora deve- mo de 10 (dez) minutos em 7 (sete) dias.
rá ser automaticamente registrada no disco.
9. DISCO DIAGRAMA
7. INDICAÇÕES DO MOSTRADOR 9.1. Definição
No mostrador do instrumento deve figurar no mínimo a seguin- Disco de papel carbonado recoberto de fino revestimento des-
te inscrição: Próximo da escala de velocidades, a indicação “km/h”. tinado a receber e fixar os registros provenientes dos dispositivos
de marcação do cronotacógrafo de forma contínua e inalterável e
8. ERROS MÁXIMOS TOLERADOS (DISPOSITIVOS INDICADO- de leitura e interpretação direta (sem dispositivos especiais de lei-
RES E REGISTRADORES) tura).
8.1. No banco de ensaio antes da instalação:
a) Para registro da distância percorrida, o erro máximo admissí- 9.2. Generalidades
vel é o maior dos dois valores abaixo, positivo ou negativo: a) Os discos diagrama devem ser de uma qualidade tal de for-
- 1% (um por cento) da distância real, sendo esta, pelo menos ma a não impedir o funcionamento normal e permitir que os regis-
igual a 1 km (um quilômetro); tros sejam indeléveis, claramente legíveis e identificáveis.
- 10% (dez por cento) da distância real, sendo esta, pelo menos - Esses discos diagrama devem conservar as suas dimensões e
igual a 1 km (um quilômetro). registros em condições normais de higrometria e de temperatura
- Em condições normais de conservação, os registros devem ser
b) Para registro da velocidade, o erro máximo admissível é o legíveis com precisão durante, pelo menos, 5 (cinco) anos.
maior dos valores abaixo, positivo ou negativo: b) A capacidade de registro no disco diagrama deve ser de 24
- 3% (três por cento) da velocidade real; (vinte e quatro) horas.
- 3 km/h (três quilômetros por hora) da velocidade real. - Se vários discos diagrama forem ligados entre si, a fim de au-
mentar a capacidade de registros contínuos sem intervenção do
c) Para registro do tempo decorrido o erro máximo admissível pessoal, as ligações entre os diversos discos diagrama devem ser
e o abaixo discriminado: feitas de tal maneira que os registros não apresentem nem inter-
- 2 minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas com o máximo de rupções nem sobreposições nos pontos de passagem de um disco
10 (dez) minutos em 7 (sete) dias. diagrama ao outro.

8.2. Na instalação: 9.3. Zonas de registro e respectivas graduações


a) Para registro da distância percorrida, o erro máximo é o a) Devem comportar as seguintes zonas de registro:
maior dos valores abaixo positivo ou negativo: - exclusivamente reservada para indicações relativas à veloci-
- 2% (dois por cento) da distância real, sendo esta pelo menos dade;
igual a 1 km (um quilômetro); - exclusivamente reservada para indicações relativas às distân-
- 20 m (vinte metros) da distância real, sendo esta pelo menos cias percorridas;
igual a 1 km (um quilômetro). - as indicações relativas ao tempo de movimentação do veícu-
lo; e
b) Para registro da velocidade, o erro máximo é o maior dos - poderá ter zonas para outros tempos de trabalho e de presen-
valores abaixo positivo e negativo: ça no trabalho, interrupções de trabalho e repouso dos condutores.
- 4% (quatro por cento) da velocidade real;
- 4km/h (quatro quilômetros por hora) da velocidade real;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

b) A zona reservada ao registro da velocidade deve estar sub- d) data e hora de início da operação;
divida, no mínimo, de 20 (vinte) em 20 km/h (vinte quilômetros por e) identificação do veículo;
hora). f) identificação dos condutores (nome ou numero do prontu-
- A velocidade correspondente deve ser indicada em algaris- ário);
mos em cada linha dessa subdivisão. g) identificação dos períodos de condução de cada condutor; e
- O símbolo km/h deve figurar, pelo menos, uma vez no interior h) constante k.
dessa zona.
- A última linha dessa zona deve coincidir com o limite superior 2.2. Software básico
do campo de medida. O conjunto computadorizado para registro eletrônico de velo-
cidade, distância percorrida, tempo provido de equipamento emis-
c) A zona reservada ao registro das distâncias percorridas deve sor de fita diagrama deverá obrigatoriamente conter o programa
ser imprensa de forma a permitir a leitura do número de quilôme- que atenda às disposições desta Resolução, de responsabilidade do
tros percorridos. fabricante, residente de forma permanente no equipamento, em
d) A zona reservada aos registro de tempos deverá ser compa- memória não-volátil, com a finalidade específica e exclusiva de ge-
tível com o modelo do registrados em uso. renciamento das operações e impressão de documentos por meio
e) Indicações impressas nos discos diagrama: cada disco diagra- do equipamento emissor de fita diagrama não podendo ser modifi-
ma deve conter, impressas, as seguintes indicações; cado ou ignorado por programa aplicativo.
- nome do fabricante;
- escalas de leitura; e 2.3. Segurança das informações
- limite superior da velocidade registrável, em quilômetros por a) Em caso de acidente com o veículo, as informações das últi-
hora. mas 24 (vinte e quatro) horas, ficarão à disposição das autoridades
competentes, em mídia eletrônica e em documento impresso, pelo
f) Além disso, cada disco deve ter impresso pelo menos uma prazo de 5 (cinco) anos.
escala de tempo, graduada de forma a permitir a leitura direta do b) As informações em mídia eletrônica deverão incorporar au-
tempo com intervalo de 5 (cinco) minutos, bem como a determina- tenticação eletrônica (algoritmo que permite a verificação de au-
ção fácil de cada intervalo de 15 (quinze) minutos. tenticidade de um conjunto de dados), assegurando que os dados
g) Deve haver um espaço livre que permita ao condutor a ins- sejam a cópia fiel e inalterável das informações solicitadas.
crição de, pelo menos, as seguintes indicações manuscritas: c) A autenticação eletrônica deverá utilizar algoritmo reconhe-
- nome do condutor ou número do prontuário; cido, garantindo que a modificação de qualquer bit do conjunto de
- data e lugar do início da utilização do disco; dados invalide o código de autenticação.
- número da placa do veículo; d) A chave de verificação de autenticidade deverá estar deposi-
- quilometragem inicial; tado no órgão controlador.
- quilometragem final; e e) Havendo necessidade de apreensão do conjunto computa-
- total de quilômetros. dorizado para registro eletrônico de velocidade, distância percor-
rida e tempo, a autoridade competente, mediante decisão funda-
ANEXO II mentada fornecerá documento circunstanciado, contendo a sua
CONJUNTO COMPUTADORIZADO PARA REGISTRO ELETRÔNI- marca, o seu modelo, o seu número de série, o nome do fabricante
CO INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE VELOCIDADE, DISTÂN- e a identificação do veículo.
CIA PERCORRIDA, TEMPO (CRONOTACÓGRAFO) PROVIDO DE f) Os dados das últimas 24 (vinte e quatro) horas antes da apreen-
EQUIPAMENTO EMISSOR DE FITA DIAGRAMA são deverão permanecer intactos na memória do dispositivo, indepen-
dente do fornecimento de energia elétrica, por pelo menos um ano.
1. DEFINIÇÃO
1.1. Conjunto computadorizado instalado em veículos automo- 3. GENERALIDADES
tores para registro eletrônico instantâneo, simultâneo, inalterável e 3.1. O equipamento deve incluir os seguintes dispositivos:
contínuo, em memória circular não volátil, de dados sobre a opera- a) Eletrônicos indicadores:
ção desse veículo e de seus condutores. - de funcionamento do conjunto computadorizado;
1.2. O conjunto deverá obrigatoriamente conter um equipa- - de funcionamento do relógio de tempo;
mento emissor de fita diagrama para disponibilização das informa- - de duas velocidades padrão para correlação com o instrumen-
ções registradas. to indicador; e
1.3. Esse conjunto deverá ter capacidade de armazenar os da- - do funcionamento do sensor de distância.
dos previstos relativos as últimas 24 (vinte e quatro) horas de ope-
ração do veículo. b) Eletrônicos de registro não volátil:
- a velocidade do veículo;
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS E FUNÇÕES DO CONJUNTO COM- - a distância percorrida pelo veículo;
PUTADORIZADO PARA REGISTRO ELETRÔNICO INSTANTÂNEO DE - o tempo de operação do veículo e suas interrupções;
VELOCIDADE, DISTÂNCIA PERCORRIDA E TEMPO - a data e hora de início da operação;
2.1. deverá fornecer os seguintes registros: - a identificação do veículo;
a) velocidade do veículo; - da identificação dos condutores (nome ou nº do prontuário
b) distância percorrida pelo veículo; - CNH); e
c) tempo de movimentação do veículo e suas interrupções; - da identificação dos períodos de condução de cada condutor.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) Localização dos lacres: b) Na ausência de fornecimento de energia elétrica para o con-


- nas ligações necessárias ao seu completo funcionamento; e junto computadorizado para registro eletrônico instantâneo de ve-
- nas caixas dos aparelhos que compõem o conjunto computa- locidade, distância percorrida e tempo, o relógio eletrônico deverá
dorizado para registro eletrônico instantâneo de velocidade, distân- manter-se em funcionamento normal por um período não inferior
cia percorrida e tempo. a 5 (cinco) anos.

3.2. Acessórios 3.7. Iluminação e proteção


A eventual inclusão de novas funções, além das acima citadas, a) Os dispositivos eletrônicos indicadores devem ter uma ilumi-
não deve comprometer o funcionamento dos registros obrigató- nação adequada não ofuscante.
rios, nem dificultar a sua leitura. b) Em condições normais de utilização, todas as partes internas
do conjunto computadorizado para registro eletrônico instantâneo
3.3. Materiais de velocidade, distância percorrida e tempo deverão estar prote-
Todos os elementos constituintes do conjunto computadori- gidas.
zado para registro eletrônico instantâneo de velocidade, distância
percorrida e tempo devem utilizar materiais com estabilidade e 3.8. Indicador de velocidade, tempo e distância
resistência mecânica adequadas e com características elétricas e Com o uso do sistema computadorizado para registro instantâ-
magnéticas invariáveis, conforme normas da indústria automotiva. neo de velocidade e tempo e provido de equipamento emissor de
3.4. Medição da distância percorrida fita diagrama, o veículo deve ser equipado com velocímetro, odô-
a) As distâncias percorridas serão totalizadas e registradas quer metro e relógio em conformidade com a especificação original do
em marcha em frente e marcha atrás. fabricante do veículo.
b) O eventual registro das manobras de marcha atrás não deve- a) Indicador da distância percorrida (odômetro);
rá em nada afetar a clareza e precisão dos outros registros. - A divisão mínima do dispositivo indicador da distância percor-
c) O registro deverá ser feito com resolução mínima de 10 me- rida deve ser de 0,1 km (um décimo de quilômetro ou cem metros).
tros (dez metros). - Os algarismos que exprimem os décimos devem poder distin-
d) A aferição deverá ser realizada mediante o envio ao conjunto guir-se dos que exprimem números de quilômetros.
computadorizado para registro eletrônico, por meio de um micro- - Os algarismos do contador totalizador devem ser claramente
computador, de um parâmetro numérico acompanhado de uma se- legíveis e ter uma altura visível de, pelo menos, 4 mm (quatro mi-
nha alfanumérica de pelo menos 8 (oito) caracteres e deverá portar, límetros).
em local adequado, a inscrição do valor da constante k. - O contador totalizador deve poder indicar, pelo menos até
e) O erro máximo tolerado na aferição deverá ser de 1% (um 99.999,9 km.
por cento) para mais ou para menos da distância real. Em uso, a di-
ferença tolerada será aquela devida ao desgaste natural dos pneus b) Indicador de velocidade (velocímetro)
do veículo. - No interior do campo de medida, a escala da velocidade deve
ser graduada uniformemente por 1 (um), 2 (dois), 5 (cinco) ou 10
3.5. Medição de velocidade (dez) km/h.
a) Operará com o tempo de digitalização de registro da velo- - O valor de uma divisão da velocidade (espaço compreendido
cidade não superior a um segundo nas últimas 24 (vinte e quatro) entre duas marcas sucessivas) não deve exceder 10% (dez por cen-
horas. to) da velocidade máxima que figurar no fim da escala.
b) A unidade utilizada deverá ser km/h (quilômetros por hora). - O espaço para além do campo de medida não deve ser nu-
c) A frequência própria e o amortecimento do dispositivo de merado.
medição devem ser tais que os instrumentos de indicação e de re- - O comprimento de cada divisão correspondente a uma dife-
gistro da velocidade possam, dentro da gama de medição, acompa- rença de velocidade de 10 km/h (dez quilômetros por hora) não
nhar variações de aceleração até 2 m/s2(dois metros por segundo deve ser inferior a 10 mm (dez milímetros).
ao quadrado) dentro dos limites de tolerância admitidos. - Em indicador com ponteiro, a distância entre este e o mostra-
d) O erro máximo tolerado na aferição da instalação poderá ser dor não deve ultrapassar 3 mm (três milímetros).
de 1% (um por cento) para mais ou para menos da velocidade real.
Em uso, a diferença adicional tolerada deverá ser aquela devido ao c) Indicador de tempo (relógio)
desgaste natural dos pneus. O indicador de tempo deve ser visível do exterior do aparelho e
e) O registro de velocidades deverá ser feito na faixa de 0 (zero) a sua leitura deve ser segura, fácil e não ambígua.
a 150 km/h (cento e cinquenta quilômetros por hora), com resolu-
ção de 1 km/h (um quilômetro por hora). 3.9. Manutenção dos dados
a) Os dados obtidos do conjunto computadorizado para regis-
3.6. Medição do tempo (relógio eletrônico) tro instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, para cada pe-
a) Conterá um relógio eletrônico interno que servirá de refe- ríodo de 24 (vinte e quatro) horas, deverão ser mantidos em meio
rência para registro das informações, no equipamento emissor de magnético pelo prazo de 1 (um) ano.
fita diagrama, e deverá ter precisão até 0,05% (cinco centésimos de b) É responsabilidade do usuário manter um sistema de arma-
ponto percentual). zenamento de dados que atenda esta exigência.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

3.10. Fita diagrama d) Cada fita diagrama deverá ter impressa pelo menos uma
a) A fita diagrama deve ser de uma qualidade tal não impedin- escala de tempo, graduada de forma a permitir a leitura direta do
do o funcionamento normal e permitindo que os registros que nela tempo com intervalo de quinze, bem como a determinação fácil de
efetuados sejam indeléveis e claramente legíveis e identificáveis. cada intervalo de 5 (cinco) minutos.
b) Deve resistir e conservar as suas dimensões e registros em e) O comprimento do campo gráfico registro de 24 (vinte e qua-
condições normais de higrometria, temperatura e manuseio em tro) horas para velocidade, tempo e distância, deve ser de 290 mm
ambiente automotivo. +/- 10 mm.
c) Em condições normais de conservação os registros devem f) O tempo máximo de impressão de uma fita diagrama deve
ser legíveis com precisão, durante, 5 (cinco) anos pelo menos. ser de 3 (três) minutos.
d) Não deverá ter largura superior a 75 mm (setenta e cinco
milímetros) e comprimento mínimo para os registros de 24 (vinte 4.2.2. Tipo B:
e quatro) horas. a) As informações das últimas 24 (vinte e quatro) horas deverão
e) Deve comportar as seguintes zonas de registro pré-impres- ser enviadas para um microcomputador mediante o uso de uma
sas: senha programável independente daquela usada para a aferição.
- uma zona exclusiva reservada às indicações relativas à velo- b) O referido microcomputador deverá armazenar os dados em
cidade; meio magnético com assinatura digital que garanta a autenticidade
- uma zona para as indicações relativas ao tempo de operação dos mesmos.
do veículo. c) Programa específico fornecido pelo fabricante deverá pro-
cessar os dados armazenados de forma gráfica e textual.
f) Deverá ter necessariamente marcas d’água para a escalas de d) Este tipo de informação é direcionado para análise de situa-
velocidade e campo de tempo e conter impressa o limite superior ções de acidente e deverá obedecer os seguintes critérios:
da velocidade registrável, em quilômetros por hora e a identificação - A informação de velocidade deverá ser mostrada em um grá-
do fabricante da fita. fico Velocidade x Tempo, com resolução conforme descrito no item
3.5, sendo que, cada unidade de velocidade (km/h) deverá ser re-
4. DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES presentada graficamente por uma variação mínima de 0,5 mm (cin-
4.1. Disponibilizador de informações co décimos de milímetro) no seu eixo.
O equipamento emissor de fita diagrama, deverá ser uma im- - A representação de tempo deverá permitir a visualização de
pressora de, no mínimo, 250 pontos por linha. um período de 24 (vinte e quatro) horas por lauda tamanho A4.
4.2. Informações - Deverá permitir também períodos de 5 (cinco) minutos com
Deverá disponibilizar informações do tipo A e B, a saber: resolução de pelo menos 0,5 mm (cinco décimos de milímetro) a
cada segundo.
4.2.1. Tipo A:
a) O relatório deve incluir as seguintes informações: e) A representação da quilometragem deverá ser apresentada,
- ao modelo, ao número de série; em forma numérica, no início e no final de cada gráfico e permitir,
- a constante de velocidade; também, o cálculo da distância percorrida entre dois pontos distan-
- a identificação do veículo; ciados de no máximo 200 m (duzentos metros) para uma velocida-
- o início e final da operação (odômetro, data e hora); de de 150 km/h (cento e cinquenta quilômetros por hora).
- a identificação dos condutores (nome ou prontuário); - A variação de 1 km (um quilômetro) deverá representar no
- o tempo de operação do veículo e suas interrupções; gráfico a variação mínima de 1 mm (um milímetro).
- as velocidades atingidas pelo veículo, sendo que qualquer f) As indicações de data e horário deverão ser apresentadas de
variação de 10 km/h (dez quilômetros por hora) deverá ser repre- forma alfanumérica no formato DD/MM/AA e hh:mm, onde:
sentada no diagrama de fita por uma variação de 2,0 +/- 0,1 mm da - “DD”,”MM” e “AA” representam, respectivamente, dia, mês
coordenada correspondente; e ano; e
- 1 (um) marco a cada 5 km (cinco quilômetros) de distância - “hh” e “mm” representam, respectivamente, hora e minuto.
percorrida, sendo que cada mm deve corresponder pelo menos a
2,5 km (dois quilômetros e quinhentos metros); g) As informações referentes a identificação do veículo, iden-
- a marcação de velocidade na fita deve ser a cada minuto e o tificação dos condutores (nome ou número do prontuário) e seus
valor marcado deve ser a da maior velocidade dos sessenta segun- períodos de condução, identificação do conjunto computadorizado
dos anteriores a marcação. para registro eletrônico instantâneo de velocidade, distância per-
corrida e tempo deverão ser apresentadas de tal forma que permita
b) Estes dados relativos às últimas 24 (vinte e quatro) horas, sua clara visualização e não comprometa a legibilidade do gráfico.
considerando o ato da solicitação, deverão ser disponibilizados em
forma gráfica por meio do equipamento emissor de fita diagrama a
qualquer momento da operação do veículo, na ação de fiscalização.

c) Em condições de conservação, as informações impressas de-


vem ser legíveis com precisão, durante 5 (cinco) anos, pelo menos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

RESOLUÇÃO N° 108 DE 21, DE DEZEMBRO 1999. Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psicomotora
em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa
Dispõe sobre a responsabilidade pelo pagamento de multas. que determine dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um
dos seguintes procedimentos a serem realizados no condutor de
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO–CONTRAN, usando da veículo automotor:
competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasi- I – exame de sangue;
leiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de II – exames realizados por laboratórios especializados, indica-
1997, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, dos pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia
considerando a decisão tomada na reunião em 31/8/99, e tendo Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas
em vista a Deliberação no 13 “ad. referendum” do Presidente do que determinem dependência;
Conselho Nacional de Trânsito-CONTRAN, publicada no Diário Ofi- III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico
cial da União de 8 de novembro de 1999, resolve: no ar alveolar (etilômetro);
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capaci-
Art.1o Fica estabelecido que o proprietário do veículo será dade psicomotora do condutor.
sempre responsável pelo pagamento da penalidade de multa, inde- § 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também pode-
pendente da infração cometida, até mesmo quando o condutor for rão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer
indicado como condutor-infrator nos termos da lei, não devendo outro meio de prova em direito admitido.
ser registrado ou licenciado o veículo sem que o seu proprietário § 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a uti-
efetue o pagamento do débito de multas, excetuando-se as infra- lização do teste com etilômetro.
ções resultantes de excesso de peso que obedecem ao determina- § 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade
do no art. 257 e parágrafos do Código de Trânsito Brasileiro. psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação dessa situa-
Art.2o. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica- ção por meio do teste de etilômetro e houver encaminhamento do
ção. condutor para a realização do exame de sangue ou exame clínico,
não será necessário aguardar o resultado desses exames para fins
RESOLUÇÃO Nº 432, DE 23 DE JANEIRO DE 2013. de autuação administrativa.

Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas au- DO TESTE DE ETILÔMETRO


toridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo Art. 4º O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos:
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine depen- I – ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;
dência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 II – ser aprovado na verificação metrológica inicial, eventual,
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito em serviço e anual realizadas pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Brasileiro (CTB). Qualidade e Tecnologia - INMETRO ou por órgão da Rede Brasileira
de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das atribuições Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição realizada)
que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setem- deverá ser descontada margem de tolerância, que será o erro máximo
bro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e nos ter- admissível, conforme legislação metrológica, de acordo com a “Tabela
mos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
CONSIDERANDO a nova redação dos art. 165, 276, 277 e 302, DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dada pela Lei nº 12.760, Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora pode-
de 20 de dezembro de 2012; rão ser verificados por:
CONSIDERANDO o estudo da Associação Brasileira de Medici- I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico
na de Tráfego, ABRAMET, acerca dos procedimentos médicos para perito; ou
fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa II – constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos
que determine dependência pelos condutores; e sinais de alteração da capacidade psicomotora nos termos do Ane-
CONSIDERANDO o disposto nos processos nºs xo II.
80001.005410/2006-70, 80001.002634/2006-20 e § 1º Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora
80000.000042/2013-11; pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá ser considerado não
RESOLVE, somente um sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem a
Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pelas au- situação do condutor.
toridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo de § 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora de que
álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependên- trata o inciso II deverão ser descritos no auto de infração ou em
cia, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei termo específico que contenha as informações mínimas indicadas
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro no Anexo II, o qual deverá acompanhar o auto de infração.
(CTB). DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores de veículos Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada
automotores, de bebidas alcoólicas e de outras substâncias psicoa- por:
tivas que determinem dependência deve ser procedimento opera- I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de
cional rotineiro dos órgãos de trânsito. álcool por litro de sangue;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05
mg/L), descontado o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I;
III – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na forma do art. 5º.
Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165 do CTB ao condutor que recusar a se
submeter a qualquer um dos procedimentos previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB caso o
condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.

DO CRIME
Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado por qualquer um dos procedimentos abaixo:
I – exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L);
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L),
descontado o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I;
III – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judi-
ciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido na forma do art. 5º.
§ 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não elide a aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
§ 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o condutor e testemunhas, se houver, serão encaminhados à Polícia Judiciária, de-
vendo ser acompanhados dos elementos probatórios.

DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 8º Além das exigências estabelecidas em regulamentação específica, o auto de infração lavrado em decorrência da infração pre-
vista no art. 165 do CTB deverá conter:
I – no caso de encaminhamento do condutor para exame de sangue, exame clínico ou exame em laboratório especializado, a referên-
cia a esse procedimento;
II – no caso do art. 5º, os sinais de alteração da capacidade psicomotora de que trata o Anexo II ou a referência ao preenchimento do
termo específico de que trata o § 2º do art. 5º;
III – no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e nº de série do aparelho, nº do teste, a medição realizada, o valor considerado
e o limite regulamentado em mg/L;
IV – conforme o caso, a identificação da (s) testemunha (s), se houve fotos, vídeos ou outro meio de prova complementar, se houve
recusa do condutor, entre outras informações disponíveis.
§ 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames de que trata o inciso I deverão ser anexados ao auto de infração.
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchimento do campo “Valor Considerado” do auto de infração, deve-se observar as
margens de erro admissíveis, nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.

DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS


Art. 9° O veículo será retido até a apresentação de condutor habilitado, que também será submetido à fiscalização.
Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habilitado ou o agente verifique que ele não está em condições de dirigir, o veículo
será recolhido ao depósito do órgão ou entidade responsável pela fiscalização, mediante recibo.
Art. 10. O documento de habilitação será recolhido pelo agente, mediante recibo, e ficará sob custódia do órgão ou entidade de
trânsito responsável pela autuação até que o condutor comprove que não está com a capacidade psicomotora alterada, nos termos desta
Resolução.
§ 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade de trânsito responsável pela autuação no prazo de 5 (cinco) dias da data do
cometimento da infração, o documento será encaminhado ao órgão executivo de trânsito responsável pelo seu registro, onde o condutor
deverá buscar seu documento.
§ 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar no recibo de recolhimento do documento de habilitação.

DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11. É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito.
Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na vigência da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012, com o
reconhecimento da margem de tolerância de que trata o art. 1º da Deliberação CONTRAN referida no caput (0,10 mg/L) como limite re-
gulamentar.
Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 109, de 21 de Novembro de 1999, e nº 206, de 20 de outubro de 2006, e a Deli-
beração CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012.
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANEXO I

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANEXO II VIII. Quando houver testemunha (s), a identificação:


a. nome;
SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA b. documento de identificação;
c. endereço;
Informações mínimas que deverão constar no termo mencio- d. assinatura.
nado no artigo 6º desta Resolução, para constatação dos sinais de IX. Dados do Policial ou do Agente da Autoridade de Trânsito:
alteração da capacidade psicomotora pelo agente da Autoridade de a. Nome;
Trânsito: b. Matrícula;
I. Identificação do órgão ou entidade de trânsito fiscalizador; c. Assinatura.
II. Dados do condutor:
a. Nome; RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 820, DE 17 DE MARÇO DE 2021
b. Número do Prontuário da CNH e/ou do documento de iden-
tificação; Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Trânsi-
c. Endereço, sempre que possível. to (CONTRAN).
III. Dados do veículo:
a. Placa/UF; O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
b. Marca; competência que lhe confere o inciso V do art. 12 da Lei nº 9.503,
IV. Dados da abordagem: de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasi-
a. Data; leiro (CTB), com base no que consta no processo administrativo nº
b. Hora; 50000.006654/2019- 33, resolve:
c. Local; Art. 1º Fica aprovado o Regimento Interno do Conselho Nacio-
d. Número do auto de infração. nal de Trânsito (CONTRAN), na forma do Anexo desta Resolução.
V. Relato do condutor: Art. 2º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
a. Envolveu-se em acidente de trânsito; I - nº 142, de 26 de março de 2003;
b. Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou não (Em caso II - nº 776, de 13 de junho de 2019; e
positivo, quando); III - nº 796, de 2 de setembro de 2020.
c. Declara ter feito uso de substância psicoativa que determine Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 12 de abril de 2021.
dependência, sim ou não (Em caso positivo, quando);
VI. Sinais observados pelo agente fiscalizador: ANEXO
a. Quanto à aparência, se o condutor apresenta: REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO NACIONAL DE
i. Sonolência; TRÂNSITO
ii. Olhos vermelhos;
iii. Vômito; CAPÍTULO I
iv. Soluços; DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO
v. Desordem nas vestes;
vi. Odor de álcool no hálito. Art. 1º O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), com sede
b. Quanto à atitude, se o condutor apresenta: no Distrito Federal, coordenador do Sistema Nacional de Trânsito
i. Agressividade; (SNT) e órgão máximo normativo e consultivo, tem como missão co-
ii. Arrogância; ordenar e supervisionar as ações e atividades desenvolvidas pelos
iii. Exaltação; órgãos e entidades de trânsito, de forma articulada e integrada, ze-
iv. Ironia; lando pelo cumprimento da Lei com vistas à garantia de um trânsito
v. Falante; em condições seguras para todos com a promoção, valorização e
vi. Dispersão. preservação da vida, notadamente por meio do exercício das com-
c. Quanto à orientação, se o condutor: petências e atribuições previstas no Código de Trânsito Brasileiro
i. sabe onde está; (CTB) e outras normas em vigor.
ii. sabe a data e a hora. Art. 2º O CONTRAN, com sede no Distrito Federal, tem a se-
d. Quanto à memória, se o condutor: guinte composição:
i. sabe seu endereço; I - Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá;
ii. lembra dos atos cometidos; II - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
e. Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apre- III - Ministro de Estado da Educação;
senta: IV - Ministro de Estado da Defesa;
i. Dificuldade no equilíbrio; V - Ministro de Estado do Meio Ambiente;
ii. Fala alterada; VI - Ministro de Estado da Saúde;
VII. Afirmação expressa, pelo agente fiscalizador: VII - Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
a. De acordo com as características acima descritas, constatei VIII - Ministro de Estado das Relações Exteriores;
que o condutor acima qualificado, está ( ) sob influência de álcool ( IX - Ministro de Estado da Economia; e
) sob influência de substância psicoativa. X - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
b. O condutor ( ) se recusou ( ) não se recusou a realizar os to.
testes, exames ou perícia que permitiriam certificar o seu estado
quanto à alteração da capacidade psicomotora.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 1º Os Ministros de Estado deverão indicar suplente, que será § 2º Encerrado o prazo de 90 (noventa) dias sem o referendo
servidor de nível hierárquico igual ou superior ao nível 6 do Grupo do CONTRAN, a Deliberação perderá a sua eficácia, e permanecerão
Direção e Assessoramento Superiores (DAS) ou, no caso do Ministé- válidos os efeitos dela decorrentes.
rio da Defesa, alternativamente, Oficial-General. § 3º As Resoluções e as Deliberações observarão o disposto nas
§ 2º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trân- normas e diretrizes vigentes para elaboração de atos normativos de
sito da União atuar como Secretário Executivo do CONTRAN. competência do Poder Executivo Federal.
§ 3º O órgão máximo executivo de trânsito da União é respon- § 4º As Resoluções e as Deliberações terão numeração sequen-
sável por prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e finan- cial, iniciada a partir da vigência do CTB.
ceiro ao CONTRAN. § 5º As Indicações, Decisões, Resoluções e Deliberações deve-
§ 4º Os suplentes de que trata o § 1º serão designados por rão ser publicadas no Diário Oficial da União.
meio de Portaria do Presidente do CONTRAN mediante indicação § 6º Acolhida pelo CONTRAN uma Indicação, independente-
dos Ministros membros. mente do mérito da proposição, o órgão máximo executivo de trân-
Art. 3º Cada Ministério designará dois assessores técnicos, um sito da União analisará a matéria e, sendo necessário, providenciará
titular e um suplente, para representá-lo nas reuniões prévias à reu- a designação da Câmara Temática responsável para estudar e fun-
nião do CONTRAN. damentar a matéria com vistas à decisão final do Colegiado, nos
§ 1º As reuniões prévias serão coordenadas pelo Secretário termos do regimento interno das Câmaras Temáticas.
Executivo do CONTRAN. Art. 7º As propostas de normas regulamentares do CTB e as
§ 2º Os assessores técnicos serão encarregados da análise e diretrizes da Política Nacional de Trânsito serão submetidas a prévia
discussão prévia das matérias a serem submetidas à apreciação do consulta pública, por meio da rede mundial de computadores, pelo
CONTRAN. período mínimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da matéria pelo
§ 3º As minutas de Resolução, bem como os respectivos pro- CONTRAN.
cessos, deverão ser disponibilizados aos assessores técnicos com Parágrafo único. As contribuições recebidas na consulta pública
antecedência mínima de quinze dias da reunião do CONTRAN. de que trata o caput ficarão à disposição do público pelo prazo de 2
§ 4º Na ausência do Secretário Executivo do CONTRAN, as reu- (dois) anos, contado da data de encerramento da consulta pública.
niões prévias serão coordenadas por representante do órgão máxi-
mo executivo de trânsito da União. SEÇÃO II
Art. 4º Vinculadas ao CONTRAN funcionarão as Câmaras Temá- DO PRESIDENTE
ticas constituídas, na forma de seu regimento interno, com o ob-
jetivo de estudar e de oferecer sugestões e embasamento técnico Art. 8º Ao Presidente do CONTRAN incumbe:
sobre assuntos específicos para as decisões do Colegiado. I - representar o CONTRAN, podendo delegar tal atribuição a
Parágrafo único. Os membros das Câmaras Temáticas serão se- um ou mais Conselheiros, para situações específicas;
lecionados pelo dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da II - zelar pelas prerrogativas do CONTRAN, cumprindo e fazen-
União e designados por Portaria do Presidente do CONTRAN. do cumprir o seu regimento interno;
III- presidir as reuniões do CONTRAN;
CAPÍTULO II IV- requerer votação de matéria em regime de urgência;
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES V- convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias, abrir as
reuniões e dirigir os trabalhos, observadas as disposições deste re-
SEÇÃO I gimento;
DO CONSELHO VI- propor a pauta dos assuntos a serem discutidos em cada
reunião;
Art. 5º Compete ao CONTRAN exercer as atribuições previstas VII- aprovar a inclusão de assuntos extrapauta, quando revesti-
no art. 12 do CTB. dos de caráter de urgência e relevância;
Art. 6º O CONTRAN manifesta-se por um dos seguintes instru- VIII- emitir atos administrativos de caráter normativo, na forma
mentos: deste Regimento;
I - Indicação: ato propositivo, subscrito pelo Presidente ou por IX- assinar as Atas das reuniões, Decisões, Resoluções e Pare-
Conselheiro, contendo sugestão justificada de estudo ou proposta ceres do Colegiado, bem como as Deliberações de sua competência
normativa sobre qualquer matéria de interesse do SNT; e as Indicações de sua iniciativa individual ou conjunta com outro
II - Decisão: ato do Colegiado destinado a deferir ou indeferir Conselheiro;
requerimentos, ou aprovar formulações técnicas, jurídicas ou admi- X - emitir Deliberações, ad referendum do CONTRAN, nos casos
nistrativas propostas ao CONTRAN, bem como o ato do Presidente de urgência e de relevante interesse público;
referente ao andamento dos trabalhos. XI- designar representante do órgão máximo executivo de trân-
III - Parecer: ato pelo qual o Conselho pronuncia-se sobre ma- sito da União e, quando necessário, representante de Câmara Te-
téria de sua competência; mática para auxiliar nas atividades do CONTRAN, quando se fizerem
IV - Resolução: ato normativo, destinado a regulamentar dispo- necessários conhecimentos técnicos específicos para melhor enten-
sitivo do CTB, de competência do Conselho; dimento de matéria a ser decidida pelo CONTRAN;
V - Deliberação: ato normativo regulamentar, editado pelo Pre- XII - participar de reuniões, eventos e visitas técnicas nacionais
sidente do CONTRAN, ad referendum do Conselho, em caso de ur- e internacionais de interesse do SNT, preferencialmente acompa-
gência e relevante interesse público. nhado de um ou mais Conselheiros ou do Secretário Executivo do
§ 1º No caso de edição de Deliberação, fica dispensado o cum- CONTRAN;
primento do disposto no art. 7º, sendo vedada a reedição.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XIII - observar o dever de sigilo nas situações que a legislação SEÇÃO IV


assim determinar, bem como as normas éticas da Administração DA SECRETARIA EXECUTIVA
Pública Federal.
Art. 9º Na hipótese de ausência ou impedimento do Presiden- Art. 11. A Secretaria Executiva do CONTRAN será exercida pelo
te do CONTRAN e de seu substituto, a reunião do Conselho será dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União.
presidida pelo Conselheiro mais antigo e, se houver igualdade em Art. 12. São atribuições da Secretaria Executiva do CONTRAN:
relação à antiguidade no Conselho, o mais idoso. I - organizar e manter os serviços de protocolo, recebendo, re-
gistrando e distribuindo a correspondência e os processos recebi-
SEÇÃO III dos pelo Conselho e controlar sua tramitação, atendendo aos pedi-
DOS CONSELHEIROS dos de juntada de documentos;
II - emitir certidões e atestados;
Art. 10. Aos Conselheiros do CONTRAN incumbe: III - providenciar a publicação dos atos do Conselho;
I - zelar pelo pleno e total desenvolvimento das atribuições do IV - organizar a pauta das reuniões do Colegiado, em conformi-
CONTRAN; dade com este Regimento;
II - apreciar e votar matérias submetidas ao CONTRAN; V - comunicar aos Conselheiros a data, a hora e o local das reu-
III - pedir vista de assunto constante da pauta de reunião, ou niões ordinárias ou a convocação para as reuniões extraordinárias;
apresentado extrapauta; VI - enviar aos Conselheiros e demais participantes das reuni-
IV - realizar estudo, emitir parecer e proferir despacho em pro- ões cópias de documentos dos assuntos nela incluídos, conferindo-
cesso que lhe for distribuído; lhes tratamento confidencial;
V - submeter ao Colegiado as requisições de informações, do- VII - convidar a participar das reuniões do CONTRAN os repre-
cumentos, perícias ou outros meios de produção de provas que sentantes de órgãos e entidades setoriais responsáveis pelas pro-
interessem aos processos e que devam ser solicitadas a órgãos e postas ou matérias incluídas na pauta da reunião;
entidades públicos ou instituições privadas por intermédio do Pre- VIII - secretariar as reuniões do CONTRAN, elaborando inclusive
sidente do Conselho; as respectivas atas;
VI - requerer documentos e informações e promover diligên- IX - organizar e manter o arquivo do CONTRAN;
cias que se fizerem necessárias ao exercício de suas funções no âm- X - encaminhar ao Presidente as correspondências e os proces-
bito interno de seu respectivo Ministério; sos recebidos;
VII - remeter processos e solicitar informações, documentos ou XI - encaminhar aos Conselheiros as cópias das atas e das reso-
diligências diretamente a outro Conselheiro, quando referentes às luções, após publicação no Diário Oficial da União;
competências do Ministério que este representa; XII - providenciar o encaminhamento dos assuntos que lhes fo-
VIII - propor ao Colegiado a realização de pesquisas e estudos rem destinados;
técnicos sobre assuntos de interesse do SNT, mediante justificativa; XIII- oficiar aos interessados sobre as decisões do CONTRAN;
IX - solicitar acesso a informações diretamente aos órgãos e XIV- fornecer aos Conselheiros as informações e documentos
entidades que compõem o SNT, autoridades de trânsito ou seus que se fizerem necessários;
agentes, no intuito de zelar pela uniformidade e cumprimento das XV- supervisionar as atividades das Câmaras Temáticas;
normas contidas no CTB, nas resoluções do CONTRAN e legislação XVI- preparar as minutas dos atos a serem editados pelo CON-
complementar; TRAN, observada a competência da Consultoria Jurídica do Ministé-
X - requerer votação de matéria em regime de urgência; rio da Infraestrutura;
XI - propor a convocação de reuniões extraordinárias; XVII- realizar a análise de impacto regulatório das propostas
XII - exercer outras atribuições conferidas pelo Colegiado ou normativas a serem editadas pelo CONTRAN;
pela Presidência; XVIII- organizar e manter atualizada coleção de leis, regulamen-
XIII - propor ao Presidente a participação de convidado em reu- tos, regimentos, decisões, ordens e pareceres que digam respeito
nião do Conselho, para esclarecimentos sobre matéria específica a às atividades do CONTRAN; e
ser apreciada; XIX - convocar reuniões extraordinárias das Câmaras Temáticas,
XIV - acompanhar o Presidente do Conselho, quando solicitado, por iniciativa própria ou proposta de membro do CONTRAN.
em eventos e visitas técnicas nacionais e internacionais de interesse § 1º As convocações para as reuniões do CONTRAN e as co-
do SNT; e municações da Presidência aos Conselheiros poderão ser feitas por
XV - observar o dever de sigilo nas situações que a legislação correio eletrônico, sendo obrigatório o contato telefônico nos casos
assim determinar, bem como as normas éticas da Administração de ausência de confirmação do recebimento da mensagem eletrô-
Pública Federal. nica.
§ 1º As viagens de que trata o inciso XIV serão custeadas e ope- § 2º Com a convocação, será distribuída a pauta da reunião.
racionalizadas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
§ 2º No caso de indeferimento da solicitação de que trata o CAPÍTULO III
inciso XIII, o Conselheiro poderá submeter a proposta à apreciação DAS REUNIÕES
do Conselho, na reunião subsequente.
Art. 13. O CONTRAN reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por
trimestre, conforme calendário aprovado em reunião do Conselho
e, extraordinariamente, por convocação do seu Presidente ou por
decisão de um terço dos membros do Conselho.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 14. A data, a hora e o local de cada reunião serão determi- § 2º Serão permitidos apartes durante as discussões, desde
nados pelo Presidente do Conselho. que autorizadas pelo Presidente.
§ 1º As reuniões poderão ser realizadas presencialmente ou § 3º Encerrados os debates, o assunto será submetido à votação.
por meio de videoconferência. Art. 21. O Presidente poderá retirar matéria de pauta:
§ 2º As reuniões serão iniciadas com, no mínimo, a maioria sim- I - para instrução complementar;
ples do Conselho, incluído na contagem o Presidente. II - em razão de fato novo;
§ 3º A verificação de quórum poderá ser solicitada por qual- III - para atender ao pedido de vista; ou
quer Conselheiro e, não o havendo, será suspensa a reunião tem- IV - mediante requerimento de Conselheiro.
porariamente até a obtenção da presença mínima exigida no § 2º. Art. 22. Na distribuição dos processos o Presidente observará,
Art. 15. Em cada reunião, a ordem do dia será desenvolvida na juntamente com a ordem cronológica de entrada, preferencialmen-
sequência indicada: te, a seguinte ordem de prioridades:
I - abertura, verificação de presença e de existência de quórum I - questões relativas a procedimentos inerentes ao processo
para a reunião do Colegiado; decisório no âmbito do próprio Colegiado;
II - aprovação da ata da reunião anterior, caso ainda não tenha II - questões relativas a normas do SNT; e
sido aprovada; III - propostas do órgão máximo executivo de trânsito da União.
III - expediente; Parágrafo único. A relevância ou urgência de outros assuntos,
IV - distribuição de processos; e não referidos no caput, será decidida pelo Colegiado ou pela Presi-
V - apresentação, discussão e votação das matérias. dência, conforme o caso.
Art. 16. As reuniões do CONTRAN serão denominadas: Art. 23. Poderão ser convidados a participar de reuniões do
I - ordinárias, sendo numeradas sequencialmente, a partir da CONTRAN, sem direito a voto, representantes de órgãos e entida-
data de entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro; e des setoriais responsáveis ou impactados pelas propostas ou maté-
II - extraordinárias, sendo numeradas sequencialmente a cada ano. rias em exame.
Art. 17. As reuniões do CONTRAN serão registradas em Atas, Art. 24. As resoluções, pareceres e decisões do CONTRAN po-
em que constarão: derão ser revistos a qualquer tempo, por indicação do Presidente
I - a natureza da reunião, dia, hora e local de sua realização e ou de Conselheiro, desde que aprovada a revisão pela maioria ab-
quem a presidiu; soluta de seus membros.
II - os Conselheiros e convidados presentes; Art. 25. As decisões de natureza normativa serão divulgadas
III - os fatos ocorridos no expediente; mediante Resoluções assinadas pelo Presidente e Conselheiros do
IV - síntese dos debates, conclusões sucintas dos pareceres, e CONTRAN presentes, respeitado o disposto no inciso V do art. 6º.
o resultado das decisões e julgamentos de cada caso constante da Art. 26. O Conselheiro que não se julgar suficientemente es-
ordem do dia, com a respectiva votação; clarecido poderá pedir vista de processo incluído na pauta de uma
V - os votos declarados por escrito; reunião do Colegiado, antes de iniciada a votação.
VI - as demais ocorrências da reunião; e § 1º A matéria retirada de pauta em atendimento ao pedido de
VII - encerramento. vista deverá ser incluída com preferência na reunião subsequente.
§ 1º Pronunciamentos de Conselheiros poderão ser anexados § 2º O Conselheiro poderá justificadamente requerer, por uma
à ata, quando assim requerido, mediante apresentação por escrito. vez, prorrogação do prazo do pedido de vista, cabendo a decisão ao
§ 2º A ata, depois de aprovada, será assinada pelo Presiden- Colegiado.
te do CONTRAN e pelos membros presentes, e publicada no Diário § 3º No caso do § 2º ou de novo pedido de vista, será concedida
Oficial da União. vista coletiva, não cabendo pedido de vista posterior.
Art. 18. No expediente serão apresentadas as comunicações do
Presidente e dos Conselheiros inscritos. CAPÍTULO IV
Parágrafo único. A matéria apresentada no expediente não será DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
objeto de votação, exceto se requerida por Conselheiro e aprovada
para inclusão como extrapauta. Art. 27. Os serviços prestados ao CONTRAN serão considera-
Art. 19. Na apresentação, discussão e votação das matérias, se- dos, para todos os efeitos, como de interesse público e relevante
rão observados os seguintes procedimentos: valor social.
I - a votação será individual sobre qualquer matéria, podendo o Art. 28. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação do
Conselheiro se abster de votar por motivo devidamente justificado; presente Regimento Interno serão solucionados pelo Presidente,
II - qualquer Conselheiro poderá apresentar seu voto, por escri- ouvido o Colegiado.
to, para que conste da ata e do parecer votado;
III - o Presidente do CONTRAN terá direito a voto nominal e de RESOLUÇÃO Nº 576, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2016.
qualidade;
IV - o quórum para votação e aprovação de matéria pelo CON- Dispõe sobre o intercâmbio de informações, entre órgãos e
TRAN é o de maioria absoluta; e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
V - o resultado constará de ata, indicando o número de votos e os demais órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos
favoráveis, contrários e as abstenções. rodoviários da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Muni-
Art. 20. A pauta poderá ser alterada por iniciativa do Presidente cípios que compõem o Sistema Nacional de Trânsito e dá outras
ou por solicitação de Conselheiro, se deferida pelo Colegiado. providências.
§ 1º Nas discussões das matérias, os Conselheiros terão a palavra,
de acordo com a complexidade do assunto, a critério do Presidente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata
da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando que a aplicabilidade e eficácia do CTB se estruturam no funcionamento do Sistema Nacional de Trânsito, constituído
nos termos do art. 5º do Código;
Considerando que o CTB em seu art. 20, inciso X, art. 21, inciso XII, art. 22, inciso XIII, e art. 24, inciso XIII, determina que os órgãos e entidades
devem integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na
área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários
dos condutores entre as unidades da Federação;
Considerando que o art. 22, inciso XIV do CTB determina aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe-
deral o fornecimento aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários municipais dos dados cadastrais dos veículos
registrados e dos condutores habilitados para fins de imposição e notificação de penalidades e arrecadação de multas nas suas áreas de
competência;
Considerando a necessidade de regulamentar o intercâmbio de informações, entre órgãos e entidades executivos de trânsito dos Es-
tados e do Distrito Federal e os demais órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários da União, dos Estados, Distrito
Federal e dos Municípios que compõem o Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando o que consta no Processo Administrativo nº 80001.001652/2003-41,
RESOLVE:

Art. 1º A comunicação e integração entre os órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários da União, dos Estados e
Distrito Federal e dos Municípios integrados ao Sistema Nacional de Trânsito com os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal, prevista no art. 20, inciso X, art. 21, inciso XII, art. 22, inciso XIII, e art. 24, inciso XIII, do Código de Trânsito Brasileiro –
CTB deverá ocorrer mediante os seguintes procedimentos dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal:
I – celebração de acordo formal (contrato, convênio ou acordo de cooperação) com o objetivo de formalizar e estabelecer procedi-
mentos de cooperação entre as partes acordantes que propicie o cumprimento do que dispõe o CTB e viabilize a fiscalização, notificação
de autuação, imposição e notificação de penalidades, arrecadação de multas e o consequente repasse financeiro;
II – disponibilização e atualização dos dados cadastrais de veículos registrados e de condutores habilitados para fins de notificação de
autuação, imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de multas;
III – recebimento das informações sobre a aplicação de penalidade de multa, assim como de seu pagamento ou cancelamento por
recurso, para os atos de bloqueio e desbloqueio da transferência e do licenciamento dos veículos, previstos nos arts. 124, inciso VIII e 131,
§ 2º do CTB;
IV – comunicação e recebimento das informações de pontuação como estabelecido no CTB.
§ 1º É da exclusiva competência dos órgãos executivos de trânsito e órgãos executivos rodoviários efetuarem ou mandarem efetuar o
bloqueio e o desbloqueio das penalidades de multas impostas por infrações cometidas no âmbito de sua circunscrição.
Art. 2º Os serviços devem ser prestados dentro dos prazos estabelecidos no CTB e normativos do Conselho Nacional de Trânsito –
CONTRAN e do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
Art. 3º Os custos dos serviços de que trata esta Resolução devem ser ressarcidos.
Parágrafo único. A apuração dos custos de que trata o caput deste artigo deve ser realizada utilizando-se Planilha de Custos e Serviços
Prestados a Terceiros, conforme modelo constante do Anexo.
Art. 4º É vedada a cobrança dos custos dos serviços de que trata esta Resolução com base em percentual de valor de multas.
Art. 5º O disposto nesta Resolução não se aplica aos procedimentos relativos à imposição, arrecadação de multas, e o consequente
repasse financeiro, por infrações cometidas em unidade da Federação diferente da do licenciamento do veículo, objeto de Resolução es-
pecífica do CONTRAN e regulamentações do DENATRAN.
Art. 6º Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão encaminhar ao DENATRAN o custo dos
serviços constantes do art. 2º, demonstrado em planilha de custo na forma do Anexo, no prazo de 90 (noventa) dias após a publicação
desta Resolução.
Parágrafo único. Sempre que houver ajustes nos valores acordados, o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
deverá informar ao DENATRAN.
Art. 7º Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 145, de 21 de agosto de 2003.
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANEXO

RESOLUÇÃO Nº 798, DE 02 DE SETEMBRO DE 2020

Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, elétricos, reboques e semir-
reboques.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe conferem o inciso I do art. 12 e o § 2º do art. 280,
todos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta nos autos do
processo administravo nº 80001.020255/2007-01, resolve:
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, elétricos,
reboques e semirreboques.

CAPÍTULO I
DA FORMA E PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DE VELOCIDADE

Art. 2º A medição de velocidade que exceda o limite regulamentar para o local, desenvolvida pelos veículos automotores, elétricos,
reboques e semirreboques nas vias terrestres abertas à circulação, deve ser efetuada por medidor de velocidade nos termos desta Reso-
lução.
§ 1º Considera-se medidor de velocidade o instrumento ou equipamento de aferição desnado a fiscalizar o limite máximo de veloci-
dade regulamentado para o local, que indique a velocidade medida e contenha disposivo registrador de imagem que comprove o come-
mento da infração.
§ 2º A medição de velocidade, por meio do medidor descrito no § 1º, é indispensável para a caracterização das infrações de trânsito
de excesso de velocidade.

CAPÍTULO II
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DOS TIPOS DE MEDIDORES DE VELOCIDADE II - para os redutores de velocidade, realizar Estudo Técnico,
com periodicidade anual, em trechos crícos, com índices de aci-
Art. 3º Os medidores de velocidade são do po: dentes, ou locais onde haja vulnerabilidade dos usuários da via, de
I - fixo: medidor de velocidade com registro de imagem insta- modo a se comprovar a necessidade de redução pontual da veloci-
lado em local definido e em caráter duradouro, podendo ser espe- dade, na forma do ANEXO II.
cificado como: § 1º Os Levantamentos Técnicos e/ou Estudos Técnicos deverão
a) controlador: medidor de velocidade desnado a fiscalizar o ser refeitos sempre que houver:
limite máximo de velocidade da via ou de seu ponto específico, si- I - readequação dos limites de velocidade da via;
nalizado por meio de placa R-19; ou II - alteração da estrutura viária;
b) redutor: medidor de velocidade, obrigatoriamente dotado III - mudança do sendo do fluxo;
de display, desnado a fiscalizar a redução pontual de velocidade IV - alteração da competência sobre a circunscrição da via; e
estabelecida em relação à velocidade diretriz da via, por meio de V - mudança de local do medidor de velocidade.
sinalização com placa R-19, em trechos crícos e de vulnerabilidade § 2º Considera-se trecho críco o segmento de via inscrito em
dos usuários da via. área circular que concentre número de acidentes com mortes e le-
II - portál: medidor de velocidade com registro de imagem, po- sões no trânsito considerado significavo pela autoridade de trânsito
dendo ser instalado em viatura caracterizada estacionada, em tripé, com circunscrição sobre a via, cujo raio é de:
suporte fixo ou manual, usado ostensivamente como controlador I - 2.500 m (dois mil e quinhentos metros) nas vias rurais; e
em via ou em seu ponto específico, que apresente limite de veloci- II - 500 m (quinhentos metros) nas vias urbanas ou rurais com
dade igual ou superior a 60 km/h. caracteríscas urbanas.
§ 1º Considera-se display painel eletrônico que exibe a veloci- § 3º Os Levantamentos Técnicos e os Estudos Técnicos devem:
dade registrada por medidor de velocidade do po fixo. I - estar disponíveis ao público na sede do órgão ou endade
§ 2º Em vias com duas ou mais faixas de circulação no mesmo execuvo de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via e
sendo, deve-se instalar um display para cada faixa, em ambos os em seu site na rede mundial de computadores; e
lados da via ou em pórco ou semipórco sobre a via. II - ser encaminhados aos órgãos recursais quando solicitados.
§ 4º Os medidores de velocidade do po fixo não podem ser
CAPÍTULO III afixados em árvores, marquises, passarelas, postes de energia elé-
DOS REQUISITOS METROLÓGICOS E TÉCNICOS DOS trica, ou qualquer outra obra de engenharia, de modo velado ou
MEDIDORES DE VELOCIDADE não ostensivo.
§ 5º É dispensada a presença da autoridade de trânsito e de
Art. 4º Os medidores de velocidade devem observar: seus agentes no local de operação de medidores de velocidade do
I - requisitos metrológicos: po fixo.
a) ter seu modelo aprovado pelo Instuto Nacional de Metrolo- Art. 7º O uso de medidores do po portál para a fiscalização do
gia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), atendendo à legislação me- excesso de velocidade é restrito às seguintes situações:
trológica em vigor e aos requisitos estabelecidos nesta Resolução; I - nas vias urbanas e rurais com caracteríscas urbanas, quando
b) ser aprovado na verificação metrológica pelo Inmetro ou en- a velocidade máxima permida for igual ou superior a 60 km/h (ses-
dade por ele delegada; e senta quilômetros por hora); e
c) ser verificado pelo Inmetro ou endade por ele delegada, com II - nas vias rurais, quando a velocidade máxima permida for
periodicidade mínima de doze meses, conforme regulamentação igual ou superior a:
metrológica em vigor. a) 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), em rodovia; e
II - requisitos técnicos: b) 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em estrada.
a) registrar a velocidade medida do veículo em km/h; § 1º Para ulização do equipamento portál, deve ser realizado
b) registrar a contagem volumétrica de tráfego; planejamento operacional prévio em trechos ou locais:
c) registrar a latude e longitude do local de operação; e I - com potencial ocorrência de acidentes de trânsito;
d) possuir tecnologia de Reconhecimento Ópco de Caracteres II - que tenham histórico de acidentes de trânsito que geraram
(OCR). mortes ou lesões; ou
III - em que haja recorrente inobservância dos limites de veloci-
CAPÍTULO IV dade previstos para a referida via ou trecho.
DO PROCESSO DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E § 2º O órgão ou endade com circunscrição sobre a via deve
MONITORAMENTO DE MEDIDORES DE VELOCIDADE mapear e publicar em seu site na rede mundial de computadores
relação de trechos ou locais em que está apto a ser fiscalizado o
Art. 5º Cabe ao órgão ou endade com circunscrição sobre a via excesso de velocidade por meio de equipamento portál.
determinar a localização, a sinalização, a instalação e a operação § 3º Nos locais em que houver instalado medidor de velocidade
dos medidores de velocidade. do po fixo, os medidores de velocidade portáteis somente podem
Art. 6º A instalação e operação de medidores de velocidade do ser ulizados a uma distância mínima de:
po fixo deve atender aos seguintes requisitos: I - 500 m (quinhentos metros), em vias urbanas e em trechos de
I - para os controladores de velocidade, realizar Levantamento vias rurais com caracteríscas de via urbana; e
Técnico, com periodicidade bienal, para verificação ou readequação II - 2.000 m (dois mil metros), para os demais trechos de vias
da sinalização instalada ao longo da via, na forma do ANEXO I; rurais.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4º Os medidores de velocidade do po portál somente devem Art. 11. As placas de idenficação R-19 devem ser posicionadas
ser ulizados por autoridade de trânsito ou seu agente, no exercício com distância máxima relavamente aos medidores, na forma esta-
regular de suas funções, devidamente uniformizados, em ações de belecida no ANEXO IV, facultada a repeção da placa em distâncias
fiscalização, não podendo haver obstrução da visibilidade, do equi- menores.
pamento e de seu operador, por placas, árvores, postes, passarelas, § 1º Em vias com duas ou mais faixas de trânsito por sendo, a
pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra forma que impeça sinalização, por meio da placa de regulamentação R-19, deve estar
a sua ostensividade. afixada nos dois lados da pista ou suspensa sobre a via, nos termos
do MBST-I.
CAPÍTULO V § 2º Em vias em que haja acesso de veículos por outra via pú-
DA CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO blica, no trecho compreendido entre o acesso e o medidor de ve-
locidade, deve ser acrescida, nesse trecho, sinalização por meio de
Art. 8º Para caracterização de infrações de trânsito de excesso placa R-19.
de velocidade, a velocidade considerada para aplicação da penali- § 3º Para fins de fiscalização do excesso de velocidade, é veda-
dade é o resultado da subtração da velocidade medida pelo instru- da a ulização de placa R-19 que não seja fixa.
mento ou equipamento pelo erro máximo admido previsto na legis- Art. 12. Quando o local da via possuir velocidade máxima per-
lação metrológica em vigor, conforme tabela de valores referenciais mida por po de veículo, a placa R-19 deve estar acompanhada da
de velocidade e tabela para enquadramento infracional constantes informação complementar, na forma do ANEXO V.
do ANEXO III. § 1º Para fins de cumprimento do estabelecido no caput, os
Art. 9º Para sua consistência e regularidade, o auto de infração pos de veículos registrados e licenciados devem estar classificados
de trânsito (AIT) e a noficação de autuação (NA), além do disposto conforme as duas denominações descritas a seguir:
no CTB e na legislação complementar, devem conter, no mínimo, as I - VEÍCULO LEVE - ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo,
seguintes informações: quadriciclo, automóvel, ulitário, caminhonete e camioneta, com
I - imagem com a placa do veículo; peso bruto total inferior ou igual a três mil e quinhentos quilogra-
II - velocidade regulamentada para o local da via em km/h; mas; e
III - velocidade medida do veículo, no momento da infração, II - VEÍCULO PESADO - ônibus, micro-ônibus, caminhão, cami-
em km/h; nhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-
IV - velocidade considerada, já descontada a margem de erro -casa, reboque ou semirreboque, combinação de veículos, veículo
metrológica, em km/h; leve tracionando outro veículo, ou qualquer outro veículo com peso
V - local da infração, onde o equipamento está instalado ou bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas.
sendo operado, idenficado de forma descriva ou codificado; § 2º Pode ser ulizada sinalização horizontal complementar re-
VI - data e hora da infração; forçando a sinalização vercal.
VII - idenficação do instrumento ou equipamento ulizado, me-
diante numeração estabelecida pelo órgão ou endade com circuns- CAPÍTULO VII
crição sobre a via; DISPOSIÇÕES FINAIS
VIII - data da úlma verificação metrológica; e
IX - números de registro junto ao Inmetro e de série do fabri- Art. 13. Os requisitos previstos nesta Resolução são exigidos:
cante do medidor de velocidade. I - na data de sua entrada em vigor, para os medidores de ve-
Parágrafo único. O órgão ou endade com circunscrição sobre locidade novos ou que forem reinstalados em local diverso do que
a via deve dar publicidade, por meio do seu site na rede mundial se encontram;
de computadores, antes do início de sua operação, da relação de II - após doze meses da data de sua entrada em vigor, para os
todos os medidores de velocidade existentes em sua circunscrição, medidores de velocidade em operação; e
contendo o po do equipamento, o número de registro junto ao In- III - após dezoito meses da data de sua entrada em vigor, para
metro, o número de série do fabricante, a idenficação estabelecida a informação constante no inciso I do art. 9º, no caso do Sistema de
pelo órgão e, no caso do po fixo, também do local de instalação. Noficação Eletrônica.
Parágrafo único. A observância dos requisitos técnicos previstos
CAPÍTULO VI nas alíneas c e d do inciso II do art. 4º não se aplica aos medidores
DOS LOCAIS DE FISCALIZAÇÃO E DA SINALIZAÇÃO portáteis em uso até a data de entrada em vigor desta Resolução.
Art. 14. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 396, de 13 de
Art. 10. Os locais em que houver fiscalização de excesso de ve- dezembro de 2011.
locidade por meio de medidores do po fixo devem ser precedidos Art. 15. Esta Resolução entra em vigor em 1º de novembro de
de sinalização com placa R-19, na forma estabelecida nesta Reso- 2020.
lução e no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume I
(MBST-I), de forma a garanr a segurança viária e informar aos con- ANEXO I
dutores dos veículos a velocidade máxima permida para o local. LEVANTAMENTO TÉCNICO - CONTROLADOR DE VELOCIDADE
§ 1º Onde houver redução de velocidade, deve ser observada (LEVANTAMENTO PARA O LOCAL DE INSTALAÇÃO DOS
a existência de placas R-19, informando a redução gradual do limite EQUIPAMENTOS INDEPENDENTEMENTE DO SENTIDO DO
de velocidade conforme MBST-I. FLUXO)
§ 2º Deve ser instalada a placa R-19 junto a cada medidor de
velocidade do po fixo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE COM CIRCUNS- 2.10 Obras de Arte:


CRIÇÃO SOBRE A VIA: 2.10.1 _____Passarela
1.1 Razão Social: 2.10.2 _____Passagem subterrânea
1.2 CNPJ: 2.10.3 _____Viaduto
1.3 Município/UF: 23/04/2021 SEI/MINFRA - 2758529 - Resolução CONTRAN
2.10.4 _____Ponte
2. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL/TRECHO DA VIA: 2.10.5 _____Pórco
2.1 Endereço: 2.10.6 _____Linha Férrea
2.1.1_____RODOVIA:_____ km:_____ Metros:_____/Municí- 2.10.7 _____Outras: ________________________
pio/UF:
2.1.2_____Logradouro: (rua, avenida, quadra, estrada, bairro, 3. VELOCIDADE:
número, município/UF) 3.1 Velocidade Regulamentada para o local ou trecho de insta-
2.2 Sendo do Fluxo Fiscalizado: lação do equipamento (km/h):
2.2.1_____Crescente: (Município/UF > Município/UF) 3.1.1 Data:_____/_____/_____.
2.2.2_____Decrescente: (Município/UF > Município/UF)
23/04/2021 SEI/MINFRA - 2758529 - Resolução CONTRAN 4. AUTORIDADE DE TRÂNSITO COM CIRCUNSCRIÇÃO SOBRE
2.2.3_____Ambos os Sendos (Município/UF > Município/UF) e A VIA:
(Município/UF > Município/UF) 4.1 Nome:
2.3 Classificação Viária: (art. 60 do CTB) 4.2 Matrícula nº:
2.3.1 _____Via Urbana: (indicar qual: trânsito rápido, arterial, 4.3 Assinatura:
coletora ou local)
2.3.2 _____Via Rural: (indicar qual: rodovia ou estrada)
2.3.3 _____Via Rural com caracteríscas de urbana: (indicar ANEXO II
qual: rodovia ou estrada) ESTUDO TÉCNICO - REDUTOR DE VELOCIDADE (UM
2.4 Tipo de Via: ESTUDO TÉCNICO PARA O LOCAL DE INSTALAÇÃO DOS
2.4.1 _____Pista Principal EQUIPAMENTOS INDEPENDENTEMENTE DO SENTIDO DO
2.4.2 _____Pista Lateral/Marginal FLUXO)
2.5 Tipo de Pista:
2.5.1 _____Pista Simples (quando na via não exisr canteiro cen- 1. IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE COM CIRCUNS-
tral, seja em sendo único ou duplo) CRIÇÃO SOBRE A VIA:
2.5.2 _____Pista Dupla (quando na via exisr um canteiro central 1.1 Razão Social:
separando dois leitos carroçáveis, independentemente dos sendos 1.2 CNPJ:
estabelecidos para o trânsito. Não são consideradas como pistas 1.3 Município/UF:
duplas aquelas separadas por rios e por canteiros centrais extre-
mamente largos os quais impossibilitam a transposição de um leito 2. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL/TRECHO DA VIA:
carroçável para o outro). 2.1 Endereço:
2.5.3 _____Pista Múlpla (quando houver mais de um canteiro 2.1.1_____RODOVIA:_____ km:_____ Metros:_____/Municí-
central, caracterizando a presença de três ou mais leitos carroçá- pio/UF:
veis). 2.1.2_____Logradouro: (rua, avenida, quadra, estrada, bairro,
Observação: Leito Carroçável: consiste na porção da platafor- número, município/UF)
ma da via urbana ou rural que compreende a pista e os acostamen- 2.2 Sendo do Fluxo Fiscalizado:
tos, quando exisrem. Considera-se que as vias com pistas duplas ou 2.2.1_____Crescente: (Município/UF > Município/UF)
múlplas tenham dois ou mais leitos carroçáveis. 2.2.2_____Decrescente: (Município/UF > Município/UF)
2.6 Quandade de Faixas Fiscalizadas: 2.2.3_____Ambos os Sendos (Município/UF > Município/UF) e
2.7 Geometria da Via: (Município/UF > Município/UF)
2.7.1 _____Aclive 2.3 Classificação Viária (art. 60 do CTB):
2.7.2 _____Declive 2.3.1 _____Via Urbana: (indicar qual: trânsito rápido, arterial,
2.7.3 _____Plano coletora ou local)
2.7.4 _____Curva 2.3.2 _____Via Rural: (indicar qual: rodovia ou estrada)
2.7.5 _____Sinuosa 2.3.3 _____Via Rural com caracteríscas de urbana: (indicar
2.7.6 _____Outra: qual: rodovia ou estrada)
2.8 Volume Médio Diário de Veículos (VMD): 2.4 Tipo de Via:
2.9 Trânsito de Vulneráveis: 2.4.1 _____Pista Principal
2.9.1 _____Crianças 2.4.2 _____Pista Lateral/Marginal
2.9.2 _____Pessoa com Deficiência 2.5 Tipo de Pista:
2.9.3 _____Pedestres 2.5.1 _____Pista Simples (quando na via não exisr canteiro cen-
2.9.4 _____Ciclistas tral, seja em sendo único ou duplo)
2.9.5 _____Veículos não motorizados
2.9.6 _____Trânsito de animais selvagens
2.9.7 _____Outros: _________________________
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2.5.2 _____Pista Dupla (quando na via exisr um canteiro central separando dois leitos carroçáveis, independentemente dos sendos
estabelecidos para o trânsito. Não são consideradas como pistas duplas aquelas separadas por rios e por canteiros centrais extremamente
largos os quais impossibilitam a transposição de um leito carroçável para o outro).
2.5.3 _____Pista Múlpla (quando houver mais de um canteiro central, caracterizando a presença de três ou mais leitos carroçáveis).

Observação: Leito Carroçável: consiste na porção da plataforma da via urbana ou rural que compreende a pista e os acostamentos,
quando exisrem. Considera-se que as vias com pistas duplas ou múlplas tenham dois ou mais leitos carroçáveis.

2.6 Quandade de Faixas Fiscalizadas:


2.7 Geometria da Via:
2.7.1 _____Aclive
2.7.2 _____Declive
2.7.3 _____Plano
2.7.4 _____Curva
2.7.5 _____Sinuosa
2.7.6 _____Outra:
2.8 Volume Médio Diário de Veículos (VMD):
2.9 Trânsito de Vulneráveis:
2.9.1 _____Crianças
2.9.2 _____Pessoa com Deficiência
2.9.3 _____Pedestres
2.9.4 _____Ciclistas
2.9.5 _____Veículos não motorizados
2.9.6 _____Trânsito de animais selvagens
2.9.7 _____Outros:
2.10 Obras de Arte:
2.10.1 _____Passarela
2.10.2 _____Passagem subterrânea
2.10.3 _____Viaduto
2.10.4 _____Ponte
2.10.5 _____Pórco
2.10.6 _____Linha Férrea
2.10.7 _____Outras:

3. VELOCIDADE: (Em trecho da via com velocidade inferior à regulamentada no trecho anterior)
3.1 Determinação da Velocidade Máxima: Deverão ser observadas as regras de determinação do limite de velocidade existentes no
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume I.
3.2 Redução dos Limites de Velocidade:
3.2.1 Estudo de Percepção/Reação do condutor:
3.2.2 Estudo de Frenagem em função da redução:
3.2.3 Estudo sobre a Legibilidade da Placa R-19:
3.2.4 Estudo sobre as distâncias entre as Placas R-19, com a metodologia estabelecida no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume I.
3.3 Velocidade no Trecho Anterior ao Local Fiscalizado (km/h):
3.4 Velocidade Pracada (85 percenl) antes do início da Fiscalização:
3.4.1 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percenl (intervalo de classe (km/h) x frequência das velocidades pontuais):
3.4.2 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percenl (intervalo de classe (km/h) x ponto médio de classe (km/h) x frequência
das velocidades pontuais x frequência relava (%) x frequência acumulada (%):
3.4.3 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percenl - Gráfico (frequência acumulada de velocidade (%) x ponto médio das
classes de velocidade (km/h):
3.4.4 Data:_____/_____/_____
3.5 Velocidade Pracada (85 percenl) 1 (um) ano, subsequentemente, depois, do início da Fiscalização:
3.5.1 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percenl (intervalo de classe (km/h) x frequência das velocidades pontuais):
3.5.2 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percenl (intervalo de classe (km/h) x ponto médio de classe (km/h) x frequência
das velocidades pontuais x frequência relava (%) x frequência acumulada (%):
3.5.3 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percenl - Gráfico (frequência acumulada de velocidade (%) x ponto médio das
classes de velocidade (km/h):
3.5.4 Data:_____/_____/_____
3.6 Velocidade no Local Fiscalizado (km/h):

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

4. PROJETO OU CROQUI DO LOCAL DE INSTALAÇÃO:


4.1 Imagem com Vista Aérea do Local antes da Instalação:
4.2 Imagem com Vista Terrestre do Local antes da Instalação:
4.3 Placa R-19:
4.3.1 Tabela com a indicação da localização das placas R-19 e respecvas distâncias em relação ao medidor de velocidade:
4.3.2 Especificações Técnicas da placa R-19 (forma, tamanho, legibilidade e retrorreflevidade):
4.4 Desenho em Escala do Leito Carroçável com a indicação de instalação das Placas R-19, com a indicação dos Laços Detectores ou
Outra Tecnologia, da Câmera, do Gabinete e do Iluminador e demais sinalizações:
4.5 Tabela com indicação dos dados Técnicos do Medidor de Velocidade; Endereço e Localização; Latude e Longitude; Município/UF;
Observações:

5. CRITICIDADE OU VULNERABILIDADE DO TRECHO/LOCAL:


5.1 Tabela com índices de acidentes dos úlmos dois anos (quandade de acidentes, feridos, mortos, po de acidente) no trecho corres-
pondente:
5.2 Indicação das Vulnerabilidades (crianças, pessoas com deficiência, pedestres, ciclistas, veículos não motorizados):

6. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO:


6.1 Nome:
6.2 Matrícula nº:
6.3 Assinatura:
6.4 Data de Elaboração:
7. AUTORIDADE DE TRÂNSITO COM CIRCUNSCRIÇÃO SOBRE A VIA:
7.1 Nome:
7.2 Matrícula nº:
7.3 Assinatura:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANEXO III
TABELA DE VALORES REFERENCIAIS DE VELOCIDADE

Observações:
1.VM – VELOCIDADE MEDIDA (km/h) VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (km/h)
2. Para velocidades medidas superiores aos indicados na tabela, considerar o erro máximo admissível de 7%, com arredondamento
matemáco para se calcular a velocidade considerada.
3. Para enquadramento infracional, deverá ser observada a tabela abaixo:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TABELA PARA ENQUADRAMENTO INFRACIONAL

Observação: VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (km/h).

ANEXO IV
INTERVALOS DE DISTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO PARA FISCALIZAÇÃO DE VELOCIDADE

ANEXO V
EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL ESPECÍFICA PARA LIMITE DE VELOCIDADE MÁXIMA POR TIPO DE VEÍCULO NO MESMO
TRECHO DA VIA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

do valor da multa de trânsito à conta do Fundo Nacional de Segu-


rança e Educação de Trânsito (FUNSET), de que trata o § 1º do art.
320 do CTB.
Art. 3º Constatada a infração pela autoridade de trânsito ou
por seu agente, ou ainda comprovada sua ocorrência por aparelho
eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou
qualquer outro meio tecnológico disponível, previamente regula-
mentado pelo CONTRAN, será lavrado o AIT, que deverá conter os
dados mínimos definidos pelo art. 280 do CTB e em regulamenta-
ção específica.
§ 1º O AIT de que trata o caput poderá ser lavrado pela autori-
dade de trânsito ou por seu agente:
I - por anotação em documento próprio;
II - por registro em talão eletrônico isolado ou acoplado a equi-
pamento de detecção de infração regulamentado pelo CONTRAN,
atendido o procedimento definido pelo órgão máximo executivo de
trânsito da União; ou
Observações: III - por registro em sistema eletrônico de processamento de
1. As placas ilustradas são exemplos para atendimento ao dis- dados, quando a infração for comprovada por equipamento de
posto nesta Resolução, podendo ser estabelecidos outros limites de detecção provido de registrador de imagem, regulamentado pelo
velocidades, devidamente jusficados por estudos técnicos. CONTRAN.
2. A diagramação das placas deve seguir o disposto no Manual § 2º O órgão autuador, sempre que possível, deverá imprimir o
Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume I AIT lavrado nas formas previstas nos incisos II e III do § 1º para início
do processo administrativo previsto no Capítulo XVIII do CTB, sendo
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 918, DE 28 DE MARÇO DE 2022 dispensada a assinatura da autoridade ou de seu agente.
§ 3º O registro da infração, referido no inciso III do § 1º será
Consolida as normas sobre procedimentos para a aplicação referendado por autoridade de trânsito, ou seu agente, que será
das multas por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores identificado no AIT.
arrecadados, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). § 4º Sempre que possível, o condutor será identificado no mo-
mento da lavratura do AIT.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da § 5º O AIT valerá como NA quando for assinado pelo condutor
competência que lhe conferem os incisos I, II e VIII do art. 12, da Lei e este for o proprietário do veículo ou o principal condutor previa-
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trân- mente identificado, desde que conste a data do término do prazo
sito Brasileiro (CTB), com base no que consta nos autos do processo para a apresentação da defesa da autuação, nos termos do art. 281-
administrativo nº 50000.031757/2021-56, resolve: A do CTB.
§ 6º O talão eletrônico previsto no inciso II do § 1º constitui-se
CAPÍTULO I de sistema informatizado (software) instalado em equipamentos
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES preparados para esse fim ou no próprio sistema de registro de infra-
ções do órgão autuador, na forma disciplinada pelo órgão máximo
Art. 1º Esta Resolução consolida as normas sobre os procedi- executivo de trânsito da União.
mentos para a aplicação das multas por infrações, a arrecadação e
o repasse dos valores arrecadados, nos termos do inciso VIII do art. CAPÍTULO II
12 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO
Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução, entende-se por:
I - Auto de Infração de Trânsito (AIT): documento que dá início Art. 4º Com exceção do disposto no § 5º do art. 3º, após a veri-
ao processo administrativo para imposição de punição, em decor- ficação da regularidade e da consistência do AIT, o órgão autuador
rência de alguma infração à legislação de trânsito; expedirá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data do
II - Notificação da Autuação (NA): procedimento que dá ciên- cometimento da infração, a NA dirigida ao proprietário do veículo,
cia ao proprietário do veículo de que foi cometida uma infração de na qual deverão constar os dados mínimos definidos no art. 280 do
trânsito com seu veículo; CTB.
III - Notificação da Penalidade (NP): procedimento que dá ci- § 1º A não expedição da NA no prazo previsto no caput enseja-
ência da imposição de penalidade, bem como indica o valor da co- rá o arquivamento do AIT.
brança da multa de trânsito; § 2º Na NA constará a data do término do prazo para a apresen-
IV - órgão autuador: órgão ou entidade competente para au- tação da defesa da autuação pelo proprietário do veículo, principal
tuar o proprietário ou condutor pelo cometimento de infração de condutor ou pelo condutor infrator devidamente identificado, que
trânsito, julgar a defesa da autuação e aplicar as penalidade de mul- não será inferior a 30 (trinta) dias, contados da data de expedição
ta de trânsito; e da NA ou publicação por edital, observado o disposto no art. 14.
V - órgão arrecadador: órgão ou entidade que efetua a cobran- § 3º A autoridade de trânsito poderá utilizar meios tecnológi-
ça e o recebimento da multa de trânsito, de sua competência ou de cos para verificação da regularidade e da consistência do AIT.
terceiros, sendo responsável pelo repasse dos 5% (cinco por cento)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4º Os dados do condutor identificado no AIT deverão constar § 2º No caso de identificação de condutor infrator em que a
na NA, observada a regulamentação específica. situação se enquadre nas condutas previstas nos incisos do art. 162
§ 5º Torna-se obrigatória a atualização imediata da base nacio- do CTB, sem prejuízo das demais sanções administrativas e crimi-
nal, por parte dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Es- nais previstas no CTB, serão lavrados os respectivos AIT:
tados e do Distrito Federal, sempre que houver alteração dos dados I - ao proprietário do veículo, por infração ao art. 163 do CTB,
cadastrais do veículo e do condutor. exceto se o condutor for o proprietário; e
§ 6º Para as NA expedidas antes de 12 de abril de 2021, o prazo II - ao condutor indicado, ou ao proprietário que não indicá-lo
de que trata o § 2º não será inferior a 15 (quinze) dias. no prazo estabelecido, pela infração cometida de acordo com as
SEÇÃO I condutas previstas nos incisos do art. 162 do CTB.
DA IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR INFRATOR § 3º Ocorrendo a situação prevista no § 2º, o prazo para expe-
dição da NA de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 281
Art. 5º Caso o condutor do veículo seja o responsável pela in- do CTB será contado a partir:
fração, não seja o proprietário ou o principal condutor do veículo e I - da data do protocolo do formulário de identificação do con-
não seja identificado no ato do cometimento da infração, o proprie- dutor infrator junto ao órgão autuador; ou
tário ou principal condutor do veículo deverá indicar o real condu- II - do prazo final para indicação.
tor infrator, por meio de formulário de identificação do condutor § 4º Em se tratando de condutor estrangeiro, além do atendi-
infrator, que acompanhará a NA e deverá conter, no mínimo: mento às demais disposições deste artigo, deverão ser apresenta-
I - identificação do órgão autuador; das cópias dos documentos previstos em legislação específica.
II - campos para o preenchimento da identificação do condutor § 5º O formulário de identificação do condutor infrator poderá
infrator: nome e números de registro dos documentos de habilita- ser substituído por outro documento, desde que contenha as infor-
ção, identificação e CPF; mações mínimas exigidas neste artigo.
III- campo para a assinatura do proprietário do veículo; § 6º Os órgãos e entidades de trânsito deverão registrar as indi-
IV - campo para a assinatura do condutor infrator; cações de condutor no Registro Nacional de Condutores Habilitados
V - placa do veículo e número do AIT; (RENACH), administrado pelo órgão máximo executivo de trânsito
VI - data do término do prazo para a identificação do condutor da União, o qual disponibilizará os registros de indicações de condu-
infrator e interposição da defesa da autuação; tor de forma a possibilitar o acompanhamento e averiguações das
VII - esclarecimento das consequências da não identificação do reincidências e irregularidades nas indicações de condutor infrator,
condutor infrator, nos termos dos §§ 7º e 8º do art. 257 do CTB; articulando-se, para este fim, com outros órgãos da Administração
VIII - esclarecimento de que a indicação do condutor infrator Pública.
somente será acatada e produzirá efeitos legais se o formulário de § 7º Constatada irregularidade na indicação do condutor infra-
identificação do condutor estiver corretamente preenchido, sem tor, capaz de configurar ilícito penal, a autoridade de trânsito deve-
rasuras, com assinaturas originais do condutor e do proprietário do rá comunicar o fato à autoridade competente.
veículo; § 8º Para fins de indicação do condutor infrator, o principal con-
IX - endereço para entrega do formulário de identificação do dutor equipara-se ao proprietário do veículo.
condutor infrator; e
X - esclarecimento sobre a responsabilidade nas esferas penal, SEÇÃO II
cível e administrativa, pela veracidade das informações e dos docu- DA RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO
mentos fornecidos.
§ 1º Na impossibilidade da coleta da assinatura do condutor Art. 6º O proprietário do veículo será considerado responsável
infrator, além do preenchimento das informações previstas nos in- pela infração cometida, respeitado o disposto no § 2º do art. 5º, nas
cisos do caput, deverá ser anexado ao formulário de identificação seguintes situações:
do condutor infrator: I - caso não haja identificação do condutor infrator até o térmi-
I - para veículo registrado em nome de órgão ou entidade da no do prazo fixado na NA;
administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do II - caso a identificação seja feita em desacordo com o estabe-
Distrito Federal ou dos Municípios, ofício do representante legal do lecido no art. 5º; ou
órgão ou entidade, identificando o condutor infrator, acompanhado III - caso não haja registro de comunicação de venda à época
de cópia de documento que comprove a condução do veículo no da infração.
momento do cometimento da infração; ou Art. 7º Ocorrendo a hipótese prevista no art. 6º e sendo o pro-
II - para veículo registrado em nome das demais pessoas jurídi- prietário do veículo pessoa jurídica, será imposta multa, nos termos
cas, cópia de documento onde conste cláusula de responsabilidade do § 8º do art. 257 do CTB, expedindo-se a NP ao proprietário do
por infrações cometidas pelo condutor e comprove a posse do veí- veículo, nos termos de regulamentação específica.
culo no momento do cometimento da infração, o qual deve conter, Art. 8º Para fins de cumprimento desta Resolução, no caso de
no mínimo: veículo objeto de penhor ou de contrato de arrendamento mer-
a) identificação do veículo; cantil, comodato, aluguel ou arrendamento não vinculado ao fi-
b) identificação do proprietário; nanciamento do veículo, o possuidor, regularmente constituído e
c) identificação do condutor; devidamente registrado no órgão ou entidade executivo de trânsito
d) cláusula de responsabilidade pelas infrações; e do Estado ou do Distrito Federal, nos termos de regulamentação
e) período em que o veículo esteve na posse do condutor apre- específica, equipara-se ao proprietário do veículo.
sentado, podendo esta informação constar em documento separa-
do, desde que devidamente assinado pelo condutor.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. As notificações de que trata esta Resolução § 8º É nula a penalidade de multa aplicada quando o infrator se
somente deverão ser enviadas ao possuidor previsto no caput no enquadrar nos requisitos estabelecidos no art. 267 do CTB.
caso de contrato com vigência igual ou superior a 180 (cento e oi- Art. 11. Para as infrações cometidas antes de 12 de abril de
tenta) dias. 2021, a penalidade de advertência por escrito poderá ser imposta
à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com
SEÇÃO III multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos
DA DEFESA DA AUTUAÇÃO últimos 12 (doze) meses, quando, considerando o prontuário do
infrator, a autoridade entender esta providência como mais edu-
Art. 9º Interposta a defesa da autuação, nos termos do § 2º do cativa.
art. 4º, caberá à autoridade competente apreciá-la, inclusive quan- § 1º Até a data do término do prazo para a apresentação da de-
to ao mérito. fesa da autuação, o proprietário do veículo, ou o condutor infrator
§ 1º Acolhida a defesa da autuação, o AIT será cancelado, seu devidamente identificado, poderá requerer à autoridade de trân-
registro será arquivado e a autoridade de trânsito comunicará o fato sito a aplicação da penalidade de advertência por escrito de que
ao proprietário do veículo. trata o caput.
§ 2º Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja apresenta- § 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de Recursos de In-
da no prazo estabelecido, será aplicada a penalidade e expedida no- frações (JARI) da decisão da autoridade que aplicar a penalidade de
tificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, no prazo máximo advertência por escrito solicitada com base no § 1º, exceto se essa
de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do cometimento da solicitação for concomitante à apresentação de defesa da autuação.
infração, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológi- § 3º Para fins de análise da reincidência de que trata o caput,
co hábil que assegure a ciência da imposição da penalidade. deverá ser considerada apenas a infração referente à qual foi en-
§ 3º Em caso de apresentação da defesa prévia em tempo há- cerrada a instância administrativa de julgamento de infrações e pe-
bil, o prazo previsto no § 2º será de 360 (trezentos e sessenta) dias. nalidades.
§ 4º Caso a autoridade de trânsito não entenda como medida
CAPÍTULO III mais educativa a aplicação da penalidade de advertência por escri-
DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO to, aplicará a penalidade de multa.
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo, o órgão
Art. 10. Em se tratando de infrações de natureza leve ou média, máximo executivo de trânsito da União deverá disponibilizar tran-
a autoridade de trânsito deverá aplicar a penalidade de advertência sação específica para registro da penalidade de advertência por es-
por escrito, nos termos do art. 267 do CTB, na qual deverão constar crito no RENACH e no RENAVAM, bem como acesso às informações
os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamenta- contidas no prontuário dos condutores e veículos para consulta dos
ção específica. órgãos e entidades componentes do SNT.
§ 1º A aplicação da penalidade de advertência por escrito de- § 6º Para cumprimento do disposto no § 1º, o infrator deverá
verá ser registrada no prontuário do infrator depois de encerrada a apresentar ao órgão autuador documento emitido pelo órgão ou
instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades. entidade executivo de trânsito responsável pelo seu prontuário,
§ 2º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo, o ór- que demonstre as infrações cometidas, se houver, referente aos
gão máximo executivo de trânsito da União deverá disponibilizar últimos 12 (doze) meses anteriores à data da infração, caso essas
transação específica para registro da penalidade de advertência por informações não estejam disponíveis no RENACH.
escrito no RENACH e no Registro Nacional de Veículos Automotores § 7º Até que as providências previstas no § 5º sejam disponi-
(RENAVAM), bem como acesso às informações contidas no prontu- bilizadas aos órgãos autuadores, a penalidade de advertência por
ário dos condutores e veículos para consulta dos órgãos e entidades escrito poderá ser aplicada por solicitação da parte interessada.
componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
§ 3º A penalidade de advertência por escrito deverá ser envia- CAPÍTULO IV
da ao infrator, no endereço constante em seu prontuário ou por DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE DE MULTA
sistema de notificação eletrônica, se disponível.
§ 4º A aplicação da penalidade de advertência por escrito não Art. 12. A NP de multa deverá conter:
implicará em registro de pontuação no prontuário do infrator. I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regula-
§ 5º A notificação devolvida por desatualização do endereço mentação específica;
do infrator junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito res- II - a comunicação do não acolhimento da defesa da autuação
ponsável pelo seu prontuário será considerada válida para todos os ou da solicitação de aplicação da penalidade de advertência por es-
efeitos. crito;
§ 6º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, se dispo- III - o valor da multa e a informação quanto ao desconto previs-
nível, o proprietário ou o condutor autuado será considerado no- to no art. 284 do CTB;
tificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema IV - a data do término para apresentação de recurso, que será
eletrônico. a mesma data para pagamento da multa, conforme §§ 4º e 5º do
§ 7º Para atendimento do disposto neste artigo, os órgãos e art. 282 do CTB;
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal V - campo para a autenticação eletrônica, regulamentado pelo
deverão registrar e atualizar os registros de infrações e os dados órgão máximo executivo de trânsito da União; e
dos condutores por eles administrados nas bases de informações VI - instruções para apresentação de recurso, nos termos dos
do órgão máximo executivo de trânsito da União. arts. 286 e 287 do CTB.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. O órgão autuador deverá utilizar documento CAPÍTULO VI


próprio para arrecadação de multa que contenha as características DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
estabelecidas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
Art. 13. Até a data de vencimento expressa na NP de multa ou Art. 15. Aplicadas as penalidades de que trata esta Resolução,
enquanto permanecer o efeito suspensivo sobre o AIT, não incidirá caberá recurso em primeira instância na forma dos artigos 285, 286
qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento e transfe- e 287 do CTB, que serão julgados pelas JARI que funcionam junto ao
rência, nos arquivos do órgão ou entidade executivo de trânsito res- órgão autuador, respeitado o disposto no § 2º do art. 11.
ponsável pelo registro do veículo. Art. 16. Das decisões da JARI caberá recurso em segunda ins-
tância na forma dos arts. 288 e 289 do CTB.
CAPÍTULO V Art. 17. O recorrente deverá ser informado das decisões dos
DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL recursos de que tratam os arts. 15 e
Parágrafo único. No caso de deferimento do recurso de que
Art. 14. Esgotadas as tentativas para notificar o infrator ou o trata o art. 15, o recorrente deverá ser informado se a autoridade
proprietário do veículo por meio postal ou pessoal, as notificações recorrer da decisão.
de que trata esta Resolução serão realizadas por edital publicado Art. 18. Somente depois de esgotados os recursos de que tra-
em diário oficial, na forma da lei, respeitados o disposto no § 1º do tam os arts. 15 e 16, as penalidades aplicadas poderão ser cadas-
art. 282 do CTB e os prazos prescricionais previstos na Lei nº 9.873, tradas no RENACH.
de 23 de novembro de 1999, que estabelece prazo de prescrição
para o exercício de ação punitiva. CAPÍTULO VII
§ 1º Os editais de que trata o caput, de acordo com sua nature- DO VALOR PARA PAGAMENTO DA MULTA
za, deverão conter, no mínimo, as seguintes informações:
I - edital da NA: Art. 19. Sujeitam-se ao disposto no § 4º do art. 284 do CTB
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de apenas os autos de infrações lavrados a partir de 1º de novembro
notificação; de 2016.
b) instruções e prazo para apresentação de defesa da autuação; Art. 20. Para pagamento da multa até a data de vencimento
e indicada na NP, será cobrado o valor equivalente a 80% (oitenta por
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, data da infração cento) do valor original da multa, conforme caput do art. 284 do
e código da infração com desdobramento; CTB, de acordo com a seguinte fórmula:
II - edital da NP de advertência por escrito: I - valor original x 0,80 = valor a pagar.
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de Art. 21. Quando o infrator optar pelo recebimento da NP pelo
notificação; sistema de notificação eletrônica e opte por não apresentar defe-
b) instruções e prazo para interposição de recurso, observado o sa prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento da infração,
disposto no § 2º do art. 11; e conforme previsto no § 1º do art. 284 do CTB, poderá efetuar o
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, data da infração, pagamento da multa pelo valor equivalente a 60% (sessenta por
código da infração com desdobramento e número de registro do cento) do seu valor original, em qualquer fase do processo, até o
documento de habilitação do infrator; vencimento da multa, de acordo com a seguinte fórmula:
III - edital da NP de multa: I - valor original x 0,60 = valor a pagar.
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de Art. 22. Para quitação da multa no período compreendido entre
notificação; a data imediata após o vencimento e o último dia do mês seguinte
b) instruções e prazo para interposição de recurso e pagamen- ao do vencimento, será cobrado o valor original da multa acrescido
to; e de juros relativos ao mês de pagamento, no percentual de 1% (um
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, data da infração, por cento), de acordo com a seguinte fórmula:
código da infração com desdobramento e valor da multa. I - valor original x 1,01 = valor corrigido a pagar.
§ 2º É facultado ao órgão autuador publicar extrato resumido Art. 23. Para quitação da multa após o mês subsequente ao do
de edital no Diário Oficial, o qual conterá as informações constantes vencimento, será cobrado o valor original da multa, acrescido da
das alíneas “a” e “b” dos incisos I, II ou III do § 1º, sendo obrigatória variação mensal da taxa referencial do Sistema Especial de Liquida-
a publicação da íntegra do edital, contendo todas as informações ção e de Custódia (SELIC), definida pelo somatório dos percentuais
descritas no § 1º no seu sítio eletrônico na Internet. mensais, não capitalizados, divulgados para o período entre o mês
§ 3º As publicações de que trata este artigo serão válidas para subsequente ao do vencimento e o mês anterior ao do pagamento,
todos os efeitos, não isentando o órgão autuador de disponibilizar inclusive e adicionado ainda o percentual de 1% (um por cento) re-
as informações das notificações, quando solicitado. lativo a juros do mês de pagamento, qualquer que seja o dia desse
§ 4º As notificações enviadas eletronicamente dispensam a pu- mês considerado, conforme a seguir:
blicação por edital. I - fórmula: período = incluir mês subsequente ao vencimento e
excluir o mês de pagamento;
II - valor: valor original x fator multiplicador = valor a pagar; e
III - fator multiplicador: 1,01 + (O percentuais mensais da SELIC
do período).
§ 1º O cálculo do acréscimo de mora e o valor atualizado devi-
do, com base na variação da taxa SELIC indicado neste artigo, serão
mantidos pelo órgão arrecadador, que aplicará a variação mensal
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acumulada da taxa básica de juros SELIC, proveniente do somatório com cartões de débito ou crédito, disponibilizando aos infratores
dos índices de correção no período divulgados pelo Banco Central ou proprietários de veículos alternativas para quitar seus débitos
do Brasil (BACEN), cujo índice obtido e montante atualizado serão à vista ou em parcelas mensais, com a imediata regularização da
definidos com duas casas decimais, desprezadas as demais sem ar- situação do veículo.
redondamento, como forma de uniformizar o valor resultante. § 1º Os órgãos arrecadadores deverão solicitar autorização ao
§ 2º O cálculo adicional de juros de mora, não capitalizado, com órgão máximo executivo de trânsito da União para viabilizar o paga-
índice fixo de 1% (um por cento), relativo ao acréscimo do mês de mento de multas de trânsito e demais débitos relacionados a veícu-
pagamento, em que não ocorrerá o cômputo da variação mensal da los com cartões de débito ou crédito.
taxa SELIC, será também mantido pelo órgão arrecadador, comple- § 2º A autorização de que trata o § 1º será expedida pelo órgão
mentando o valor final do débito vencido, válido até o último dia máximo executivo de trânsito da União por meio de ofício ao diri-
útil do mês de pagamento considerado. gente máximo da entidade solicitante.
§ 3º O usuário devedor da multa imposta será orientado por § 3º Os órgãos arrecadadores autorizados pelo órgão máximo
texto na NP sobre a validade do documento para fins de pagamen- executivo de trânsito da União poderão promover a habilitação, por
to, cujo prazo coincide com o vencimento indicado, após o que meio de contratação ou credenciamento, de empresas credencia-
deverá ser consultado o órgão autuador e/ou arrecadador, para a doras (adquirentes), subcredenciadora (subadquirentes) ou facilita-
obtenção do valor atualizado para pagamento. doras para processar as operações e os respectivos pagamentos.
§ 4º Interposto recurso no prazo legal, se julgado improceden- § 4º As empresas referidas no § 3º deverão estar previamente
te, a incidência de juros de mora deverá ser considerada a partir do credenciadas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União,
encerramento da instância administrativa. na forma de normativo a ser editado por aquele órgão, e serem
§ 5º A interposição do recurso fora do prazo legal ensejará a autorizadas, por instituição credenciadora supervisionada pelo BA-
cobrança de juros de mora a partir do vencimento da NP. CEN, a processar pagamentos, inclusive parcelados, mediante uso
de cartões de débito e crédito normalmente aceitos no mercado,
CAPÍTULO VIII sem restrição de bandeiras, e apresentar ao interessado os planos
DA ARRECADAÇÃO DAS MULTAS E DO REPASSE DOS VALORES de pagamento dos débitos em aberto, possibilitando ao titular do
cartão conhecer previamente os custos adicionais de cada forma
Art. 24. Os órgãos e entidades executivos de trânsito e execu- de pagamento e decidir pela opção que melhor atenda às suas ne-
tivos rodoviários dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cessidades.
integrantes do SNT, para arrecadarem multas de trânsito de sua § 5º Os encargos e eventuais diferenças de valores a serem
competência ou de terceiros, deverão utilizar o documento próprio cobrados por conta do parcelamento via cartão de crédito ficam a
de arrecadação de multas de trânsito estabelecido pelo órgão má- cargo do titular do cartão de crédito que aderir a essa modalidade
ximo executivo de trânsito da União, com vistas a garantir o repasse de pagamento.
automático dos valores relativos ao FUNSET. § 6º Os órgãos arrecadadores que adotarem essa modalidade
§ 1º O recolhimento do percentual de 5% (cinco por cento) do de arrecadação de multas por meio de cartões de débito ou crédito
valor arrecadado com as multas de trânsito à conta do FUNSET é de deverão encaminhar relatórios mensais ao órgão máximo executivo
responsabilidade do órgão de trânsito arrecadador. de trânsito da União, contendo o montante arrecadado de forma
§ 2º O pagamento das multas de trânsito será efetuado na rede discriminada, para fins de controle dos repasses relativos ao FUN-
bancária arrecadadora. SET.
§ 3º O recebimento de multas pela rede arrecadadora será fei- § 7º Na ausência de prestação de contas a que se refere o § 6º,
to exclusivamente à vista e de forma integral, podendo ser realizado o órgão máximo executivo de trânsito da União poderá suspender
parcelamento, por meio de cartão de crédito, por conta e risco de a autorização para que os órgãos arrecadadores admitam o paga-
instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). mento parcelado ou à vista de multas de trânsito por meio de car-
Art. 25. Os órgãos autuadores da União, para arrecadarem tões de débito ou crédito.
multas de trânsito de sua competência, deverão utilizar a Guia de § 8º O parcelamento poderá englobar uma ou mais multas de
Recolhimento da União (GRU) do tipo Cobrança, observado o De- trânsito vinculadas ao veículo.
creto nº 4.950, de 9 de janeiro de 2004, e a Instrução Normativa da § 9º A aprovação e efetivação do parcelamento por meio do
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) nº 2, de 22 de maio de 2009, cartão de crédito pela operadora de cartão de crédito libera o li-
e suas alterações posteriores. cenciamento do veículo e a respectiva emissão do Certificado de
Parágrafo único. O recolhimento do percentual de 5% (cinco Registro e Licenciamento do Veículo em meio digital (CRLV-e).
por cento) do valor arrecadado com as multas de trânsito à conta § 10. O pagamento parcelado de multas já vencidas deverá ser
do FUNSET pelos órgãos autuadores da União dar-se-á na forma es- acrescido de juros de mora equivalentes à taxa referencial do SELIC,
tabelecida pela STN, do Ministério da Economia. nos termos do § 4º do art. 284 do CTB, conforme disciplinado pelos
Art. 26. Os demais órgãos, arrecadadores de multas de trânsito, arts. 22 e 23 desta Resolução.
de sua competência ou de terceiros, e recolhedores de valores à § 11. O valor total do parcelamento, excluída a taxa sobre a
conta do FUNSET deverão prestar informações ao órgão máximo operação de cartão de crédito, deverá ser considerada como receita
executivo de trânsito da União até o 20º (vigésimo) dia do mês sub- arrecadada, para fins de aplicação de recurso, conforme o art. 320
sequente ao da arrecadação, na forma disciplinada pelo órgão má- do CTB, bem como para fato gerador do repasse relativo ao FUNSET.
ximo executivo de trânsito da União. § 12. Ficam excluídos do parcelamento disposto neste artigo:
Art. 27. Os órgãos arrecadadores poderão firmar, sem ônus I - as multas inscritas em dívida ativa;
para si, acordos e parcerias técnicooperacionais para viabilizar o pa- II - os parcelamentos inscritos em cobrança administrativa;
gamento de multas de trânsito e demais débitos relativos ao veículo III - os veículos licenciados em outras Unidades da Federação; e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV - as multas aplicadas por outros órgãos autuadores que não sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e demais débitos
autorizam o parcelamento ou arrecadação por meio de cartões de vinculados ao veículo, ou quando do vencimento do prazo de licen-
crédito ou débito. ciamento anual.
§ 13. O órgão autuador é o competente para autorizar o parce- § 2º O órgão máximo executivo de trânsito da União deverá
lamento, em caráter facultativo, podendo delegar tal competência, adotar as providências necessárias para fornecer aos órgãos de
na forma do art. 25 do CTB. trânsito responsáveis pela expedição das notificações os dados da
§ 14. O órgão máximo executivo de trânsito da União ficará pessoa física ou jurídica que constava como proprietário do veículo
responsável por autorizar e fiscalizar as operações dos órgãos de na data da infração.
trânsito que adotarem a modalidade de parcelamento com cartão § 3º Até que sejam disponibilizadas as informações de que
de crédito para o pagamento das multas de trânsito, bem como trata o § 2º, as notificações enviadas ao proprietário atual serão
para credenciar as empresas, regulamentando as disposições deste consideradas válidas para todos os efeitos, podendo este informar
artigo. ao órgão autuador os dados do proprietário anterior para continui-
§ 15. O credenciamento de pessoas jurídicas para prestação dade do processo de notificação.
dos serviços previstos nesta Resolução será feito exclusivamente § 4º Após efetuar a venda do veículo, caso haja AIT em seu
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União e deverá ser an- nome, a pessoa física ou jurídica que constar como proprietária do
tecedido da comprovação de: veículo na data da infração deverá providenciar atualização de seu
I - habilitação jurídica; endereço junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito de re-
II - regularidade fiscal e trabalhista; gistro do veículo.
III - qualificação econômico-financeira; e § 5º Caso não seja providenciada a atualização do endereço
IV - qualificação técnica. prevista no § 4º, a notificação devolvida por esse motivo será consi-
derada válida para todos os efeitos.
CAPÍTULO IX Art. 33. É facultado antecipar o pagamento do valor corres-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS pondente à multa, junto ao órgão autuador, em qualquer fase do
processo administrativo, sem prejuízo da continuidade dos procedi-
Art. 28. Nos casos dos veículos registrados em nome de mis- mentos previstos nesta Resolução para expedição das notificações,
sões diplomáticas, repartições consulares de carreira ou represen- apresentação da defesa da autuação e dos respectivos recursos.
tações de organismos internacionais e de seus integrantes, as noti- Parágrafo único. Caso o pagamento tenha sido efetuado anteci-
ficações de que trata esta Resolução, respeitado o disposto no § 3º padamente, conforme previsto no caput, a NP deverá ser expedida
do art. 10, deverão ser enviadas ao endereço constante no registro com a informação de que a multa se encontra paga, com a indicação
do veículo junto ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Dis- do prazo para interposição do recurso e sem código de barras para
trito Federal e comunicadas ao Ministério das Relações Exteriores pagamento.
para as providências cabíveis, na forma definida pelo órgão máximo Art. 34. Os procedimentos para apresentação de defesa de au-
executivo de trânsito da União. tuação e recursos previstos nesta Resolução atenderão ao disposto
Art. 29. A contagem dos prazos para apresentação de condutor em regulamentação específica.
e interposição da defesa da autuação e dos recursos de que trata Art. 35. Aplica-se o disposto nesta Resolução, no que couber,
esta Resolução será em dias consecutivos, excluindo-se o dia da no- às autuações em que a responsabilidade pelas infrações não seja
tificação ou publicação por meio de edital, e incluindo-se o dia do do proprietário ou condutor do veículo, até que os procedimentos
vencimento. sejam definidos por regulamentação específica.
Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o 1º (pri- Art. 36. Aplicam-se a esta Resolução os prazos prescricionais
meiro) dia útil se o vencimento cair em feriado, sábado, domingo, previstos na Lei nº 9.873, de 1999.
em dia que não houver expediente ou este for encerrado antes da Parágrafo único. O órgão máximo executivo de trânsito da
hora normal. União definirá os procedimentos para aplicação uniforme dos pre-
Art 30. A expedição das notificações de que trata esta Resolu- ceitos da Lei de que trata o caput pelos demais órgãos e entidades
ção se caracterizará: do SNT.
I - pela entrega da notificação pelo órgão autuador à empresa Art. 37. Fica o órgão máximo executivo de trânsito da União
responsável por seu envio, quando utilizada a remessa postal; ou autorizado a expedir normas complementares para o fiel cumpri-
II - pelo envio eletrônico da notificação pelo órgão autuador do mento das disposições contidas nesta Resolução.
veículo, quando utilizado sistema de notificação eletrônica. Art. 38. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
Art. 31. No caso de falha nas notificações previstas nesta Reso- I - nº 156, de 22 de abril de 2004;
lução, a autoridade de trânsito poderá refazer o ato, observados os II - nº 424, de 27 de novembro de 2012;
prazos prescricionais. III - nº 442, de 25 de junho de 2013;
Art. 32. A NA e a NP deverão ser encaminhadas à pessoa física IV - nº 574, de 16 de dezembro de 2015;
ou jurídica que conste como proprietária do veículo na data da in- V - nº 619, de 6 de setembro de 2016;
fração, respeitado o disposto no § 3º do art. 10. VI - nº 697, de 10 de outubro de 2017;
§ 1º Caso o AIT não conste no prontuário do veículo na data do VII - nº 736, de 5 de julho de 2018; e
registro da transferência de propriedade, o proprietário atual será VIII - nº 845, de 8 de abril de 2021.
considerado comunicado quando do envio, pelo órgão ou entida- Art. 39. Fica revogada a Deliberação CONTRAN nº 115, de 28 de
de executivos de trânsito, do extrato para pagamento do Imposto setembro de 2011.
Art. 40. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

RESOLUÇÃO Nº 710, DE 25 DE OUTUBRO DE 2017 § 3º Na multiplicação a que se refere o caput, não serão con-
sideradas as infrações iguais cometidas por condutor infrator regu-
Regulamenta os procedimentos para a imposição da penali- larmente identificado.
dade de multa à pessoa jurídica proprietária do veículo por não
identificação do condutor infrator (multa NIC), nos termos do art. CAPÍTULO II
257, § 8º do Código de Trânsito Brasileiro. DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das Art. 4º A notificação de penalidade de multa NIC deverá conter,
atribuições que lhe conferem o art. 7º, inciso I e o art. 12, incisos I no mínimo:
e VIII, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o I - identificação do órgão ou entidade executivo de trânsito ou
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). rodoviário que aplicou a penalidade;
Considerando o disposto no §8º do art. 257 do CTB, que atribui II - nome da pessoa jurídica proprietária do veículo;
penalidade de multa à pessoa jurídica proprietária de veículo por III - os dados do auto de infração para o qual não houve a regu-
não identificação de condutor infrator; lar indicação do condutor infrator, quais sejam:
Considerando a necessidade de regulamentar § 8º do art. 257 a) número de identificação;
do CTB, que impõe penalidade de multa à pessoa jurídica proprietá- b) data, hora e local da infração; e
ria do veículo por não identificação do condutor infrator; c) código da infração.
Considerando a importância de unificar os procedimentos ado- IV - data de emissão;
tados pelos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários V - descrição da penalidade e sua previsão legal;
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para a aplicação VI - data do término do prazo para a apresentação de recurso;
da penalidade de multa à pessoa jurídica por não identificação do VII - valor da multa integral e com o desconto aplicável nos ter-
condutor infrator; mos do art. 284 do CTB;
Considerando que a omissão da pessoa jurídica, além de des- VIII - campo para autenticação eletrônica, a ser regulamentado
cumprir dispositivo expresso do CTB, contribui para o aumento da pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
impunidade, comprometendo a finalidade primordial do Código de
Trânsito Brasileiro, que é a de garantir ao cidadão o direito a um CAPÍTULO III
trânsito seguro; DISPOSIÇÕES FINAIS
Considerando o que consta no Processo Administrativo no
80000.024559/2015-59, Art. 6º A falta de pagamento da multa NIC impedirá a trans-
RESOLVE: ferência de propriedade e o licenciamento do veículo, nos termos
do art. 124, VIII, combinado com o art. 128 e com o art. 131, § 2º,
CAPÍTULO I todos do CTB.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 7º Da imposição da penalidade de multa NIC caberá recur-
so, na forma dos arts. 285 e seguintes do CTB.
Art. 1º A penalidade de multa por não identificação do condu- Art. 8º Em caso de cancelamento de multa que implique alte-
tor infrator (multa NIC), prevista no § 8º do art. 257 do Código de ração do fator multiplicador de que trata o art. 3º, os valores das
Trânsito Brasileiro (CTB), será aplicada à pessoa jurídica proprietária multas NIC remanescentes deverão ser recalculadas com o novo
do veículo pela autoridade de trânsito responsável pela lavratura do multiplicador.
auto da infração originária para a qual não houve regular identifica- Parágrafo único. No caso de multas já pagas, a diferença de va-
ção do condutor infrator. lor decorrente do recálculo a que se refere o caput será devolvida
Parágrafo único. A aplicação da penalidade de multa NIC dis- na forma da lei.
pensa lavratura de auto de infração e expedição de notificação da Art. 9º Esta Resolução não afasta a observância, no que couber,
autuação. da Resolução nº 619, de 6 de setembro de 2016, e suas sucedâneas.
Art. 2º O arquivamento do auto da infração originária para a Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 151, de 8
qual não houve regular identificação do condutor infrator ensejará de outubro de 2003, nº 162, de 26 de maio de 2004, e nº 393, de 25
o cancelamento da correspondente penalidade de multa NIC. de outubro de 2011.
Art. 3º O valor da multa NIC será obtido com a multiplicação Art. 11. Esta Resolução entra em vigor após decorridos 30 (trin-
do valor previsto para a multa originária pelo número de infrações ta) dias de sua publicação.
iguais cometidas no período de 12 (doze) meses.
§ 1º Para os fins do disposto no caput, infrações iguais são RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 919, DE 28 DE MARÇO DE 2022
aquelas que utilizam o mesmo código de infração, inclusive com seu
desdobramento, previsto em regulamentação específica do órgão Estabelece as especificações para os extintores de incêndio
máximo executivo de trânsito da União. de instalação obrigatória ou facultativa nos veículos automotores.
§ 2º Para o cômputo do número de infrações iguais, serão con-
sideradas apenas aquelas vinculadas à placa do veículo com o qual O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das
foi cometida a infração autuada, independentemente da fase pro- atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei nº 9.503, de
cessual em que se encontrem, desde que seja o mesmo proprietá- 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
rio. (CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra-
tivo nº 50000.033992/2021- 62, resolve:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 1º Esta Resolução estabelece as especificações para os extintores de incêndio de instalação obrigatória ou facultativa nos veículos
automotores, nos termos do art. 105 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Art. 2º É obrigatória a instalação do extintor de incêndio para caminhão, caminhão-trator, microônibus, ônibus e para todo veículo
utilizado no transporte coletivo de passageiros, do tipo e capacidade constantes da tabela do Anexo desta Resolução, instalado na parte
dianteira do habitáculo do veículo, ao alcance do condutor.
§ 1º É facultativa, por opção do proprietário, a instalação do extintor de incêndio para automóveis, utilitários, camionetas, caminho-
netes e triciclos de cabine fechada.
§ 2º Os fabricantes e importadores dos veículos descritos no § 1º devem disponibilizar local adequado para a instalação do suporte
para o extintor de incêndio, na forma da legislação vigente.
§ 3º Os proprietários de veículos que optarem por instalar o extintor de incêndio devem seguir as normas dispostas nesta Resolução.
Art. 3º Os extintores de incêndio devem exibir a marca de conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO), e sua fabricação, capacidade e durabilidade devem atender, no mínimo, às especificações do Anexo desta Resolução.
§ 1º Os veículos automotores obrigados a utilizar o extintor de incêndio só podem circular equipados com extintores de incêndio com
carga de pó ABC, ressalvado o disposto no § 3º.
§ 2º Os proprietários de automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada, que optarem pela utilização
do extintor de incêndio, devem utilizar extintores de incêndio com carga de pó ABC, ressalvado o disposto no § 3º.
§ 3º Os veículos de que trata esta Resolução podem circular com extintor de incêndio com carga de pó ABC ou outro tipo de agente
extintor, desde que o agente utilizado seja adequado às três classes de fogo e que sejam atendidos os requisitos de capacidade extintora
mínima previstos na tabela do Anexo desta Resolução.
§ 4º Os extintores de incêndio substituídos devem ser coletados e destinados conforme legislação ambiental vigente.
Art. 4º O rótulo dos extintores de incêndio deve conter, no mínimo:
I - a informação: “Dentro do prazo de validade do extintor, o usuário/proprietário do veículo deve efetuar inspeção visual mensal no
equipamento, assegurando-se:
de que o indicador de pressão não está na faixa vermelha;
de que o lacre está íntegro;
da presença da marca de conformidade do INMETRO;
de que o prazo de durabilidade e a data do teste hidrostático do extintor não estão vencidos; e
de que a aparência geral externa do extintor está em boas condições (sem ferrugem, amassados ou outros danos)”.
II - os procedimentos de uso do extintor; e
III - recomendação para troca do extintor imediatamente após o uso ou ao final da validade.
Art. 5º Os extintores de incêndio devem ser fabricados em conformidade com a norma NBR 10.721 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) ou suas sucedâneas.
Art. 6º Os extintores de incêndio devem atender às seguintes exigências:
I - nos veículos automotores previstos no item 1 da tabela do Anexo, devem ter a durabilidade mínima e a validade do teste hidrostá-
tico de cinco anos da data de fabricação e, ao fim desse prazo, o extintor será obrigatoriamente substituído por um novo;
II - nos veículos automotores previstos nos itens 2 e 3 da tabela do Anexo, devem ter durabilidade mínima de três anos e validade do
teste hidrostático de cinco anos da data de fabricação; e
III - nos veículos de transporte de produtos perigosos, o uso e obrigatoriedade de extintores de incêndio também devem obedecer a
legislação especifica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Art. 7º As autoridades de trânsito ou seus agentes devem fiscalizar os extintores de incêndio nos veículos em que seu uso é obrigató-
rio, verificando os seguintes itens:
I - o indicador de pressão não pode estar na faixa vermelha;
II - integridade do lacre;
III - presença da marca de conformidade do INMETRO;
IV - os prazos de durabilidade e da validade do teste hidrostático;
V - aparência geral externa em boas condições (sem ferrugem, amassados ou outros danos); e
VI - local da instalação do extintor de incêndio.
Art. 8º O descumprimento do disposto nesta Resolução sujeita o infrator à aplicação das sanções previstas no art. 230, incisos IX e X,
do CTB.
Parágrafo único. As situações infracionais descritas no caput não afastam a possibilidade de aplicações de outras penalidades previstas
no CTB.
Art. 9º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
I - nº 157, de 22 de abril de 2004;
II - nº 223, de 09 de fevereiro de 2007;
III - nº 272, de 14 de março de 2008;
IV - nº 333, de 06 de novembro de 2009;
V - nº 516, de 29 de janeiro de 2015;
VI - nº 521, de 25 de março de 2015;
VII - nº 536, de 17 de junho de 2015; e
VIII - nº 556, de 17 de setembro de 2015.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 10. Esta resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022

ANEXO
TABELA - TIPO E CAPACIDADE EXTINTORA DOS EXTINTORES COM CARGA DE PÓ ABC

RESOLUÇÃO Nº 160, DE 22 DE ABRIL DE 2004.

Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso VIII, da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe
sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT, e
Considerando a aprovação na 5ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Engenharia da Via.
Considerando o que dispõe o Artigo 336 do Código de Trânsito Brasileiro, resolve:
Art. 1º. Fica aprovado o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, anexo a esta Resolução.
Art. 2º Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30 de junho de 2006 para se adequarem ao disposto nesta Resolução.
Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 940, DE 28 DE MARÇO DE 2022

Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados e quadri-
ciclos motorizados.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta nos autos do processo administrativo nº
50000.005493/2022-66, resolve:
Art. 1º Esta Resolução disciplina o uso de capacete de segurança para condutor e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclomoto-
res, triciclos motorizados e quadriciclos motorizados.
Parágrafo único. As disposições desta Resolução não se aplicam aos triciclos com cabine fechada e quadriciclos com cabine fechada.

Art. 2º É obrigatório, para circular nas vias públicas, o uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro de motocicleta, mo-
toneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular
e engate, por debaixo do maxilar inferior.
§ 1º O capacete motociclístico deve estar certificado por organismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO), de acordo com regulamento de avaliação da conformidade por ele aprovado.
§ 2º Capacetes com numeração superior a 64 (sessenta e quatro) estão dispensados da certificação compulsória quando adquiridos
por pessoa física no exterior.
Art. 3º Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar:
I - se o capacete motociclístico utilizado é certificado pelo INMETRO;
II - se o capacete motociclístico está devidamente afixado à cabeça;
III - a aposição de dispositivo retrorrefletivo de segurança nas partes laterais e traseira do capacete motociclístico, conforme especifi-
cado no item I do Anexo;
IV - a existência do selo de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO, especifica-
da na norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 7.471, podendo esta ser afixada no sistema de retenção; e
V - o estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que identifiquem a sua inadequação para o uso.
Parágrafo único. Os requisitos descritos nos incisos III e IV aplicam-se aos capacetes fabricados a partir de 1º de agosto de 2007.
Art. 4º O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, para circular na
via pública, deve utilizar capacete com viseira, ou na ausência desta, óculos de proteção, em boas condições de uso.
§ 1º Entende-se por óculos de proteção aquele que permite ao usuário a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou ANEXO


de segurança do trabalho (EPI) de forma singular, em substituição
aos óculos de proteção. 1 DISPOSITIVO RETRORREFLETIVO DE SEGURANÇA
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos 1.1 O capacete deve contribuir para a sinalização do usuário
de proteção devem estar posicionados de forma a dar proteção to- diuturnamente, em todas as direções, através de elementos retror-
tal aos olhos, observados os seguintes critérios: refletivos, aplicados na parte externa do casco.
I - quando o veículo estiver imobilizado na via, independente- 1.2 O elemento retrorrefletivo deve ter uma superfície de pelo
mente do motivo, a viseira pode ser totalmente levantada, devendo menos 18 cm² (dezoito centímetros quadrados) e assegurar a sina-
ser imediatamente restabelecida à posição frontal aos olhos quan- lização em cada lado do capacete: frente, atrás, direita e esquer-
do o veículo for colocado em movimento; da. Em cada superfície de 18 cm² (dezoito centímetros quadrados),
II - a viseira deve estar abaixada de tal forma que possibilite a deve ser possível traçar um círculo de 4,0 cm (quatro centímetros)
proteção total frontal aos olhos, considerando-se um plano hori- de diâmetro ou um retângulo de superfície de, no mínimo, 12,5 cm²
zontal, permitindo-se, no caso dos capacetes com queixeira, peque- (doze e meio centímetros quadrados) com uma largura mínima de
na abertura de forma a garantir a circulação de ar; e 2,0 cm (dois centímetros).
III - no caso dos capacetes modulares, além da viseira, confor- 1.3 Cada uma destas superfícies deve estar situada o mais pró-
me inciso II, a queixeira deve estar totalmente abaixada e travada. ximo possível do ponto de tangência do casco com um plano verti-
IV - no caso dos capacetes modulares escamoteáveis, cuja quei- cal paralelo ao plano vertical longitudinal de simetria, à direita e à
xeira pode ser rebatida para trás, esta deve estar totalmente abai- esquerda, e do plano de tangência do casco com um plano vertical
xada e travada na posição frontal ou traseira, além da viseira estar perpendicular ao plano longitudinal de simetria, à frente e para trás.
disposta conforme inciso II. 1.4 A cor do material iluminado pela fonte padrão A da CIE
§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no pa- deve estar dentro da zona de coloração definida pelo CIE para bran-
drão cristal. co retrorrefletivo.
§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do capacete e 1.5 As cores e as especificações técnicas dos retrorrefletivos a
nos óculos de proteção. serem utilizados no transporte remunerado serão definidas em Re-
Art. 5º O descumprimento do disposto nesta Resolução impli- solução própria.
cará, conforme o caso, na aplicação ao infrator das penalidades e 1.6 Especificação do coeficiente mínimo de retrorrefletividade:
medidas administrativas previstas no Código de Trânsito Brasileiro os coeficientes de retrorrefletividade não devem ser inferiores aos
- CTB: valores mínimos especificados. As medições devem ser feitas de
I - art. 169: quando dirigir ou conduzir passageiro sem o capa- acordo com o método ASTME-810. Todos os ângulos de entrada de-
cete estar devidamente fixado à cabeça pelo conjunto formado pela vem ser medidos nos ângulos de observação de 0,2° e 0,5°. A orien-
cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior; de tamanho tação 90° é definida com a fonte de luz girando na mesma direção
inadequado ou no caso de queixeira não abaixada ou travada. em que o dispositivo será afixado no capacete.
II - art. 230, inciso X: quando dirigir ou conduzir passageiro com
o capacete fora das especificações contidas no art. 2º, exceto inciso 2 DEFINIÇÕES
II, combinado com o Anexo; 2.1 CAPACETE MOTOCICLÍSTICO
III - art. 244, inciso I ou II: quando dirigir ou conduzir passageiro Tem a finalidade de proteger a calota craniana, o qual deve ser
sem o uso de capacete motociclístico, capacete não encaixado na calçado e fixado na cabeça do usuário, por meio do sistema de re-
cabeça ou uso de capacete indevido, conforme Anexo; e tenção, de forma que fique firme, com o tamanho adequado, en-
IV - art. 244, inciso X ou XI: quando dirigir ou conduzir passa- contrados nos tamanhos, desde o 50 (cinquenta) até o 64 (sessenta
geiro utilizando capacete de segurança sem viseira ou óculos de e quatro).
proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com 2.2 CAPACETE CERTIFICADO
Anexo. Capacete que possui aplicado as marcações (selo de certifica-
Parágrafo único. Os tipos infracionais e as situações descritas ção holográfico/etiqueta interna), com a marca do Sistema Brasi-
nos incisos e alíneas deste artigo não afastam a possibilidade de leiro de Avaliação da Conformidade (SBAC), comercializado, após o
aplicação de outras infrações, penalidades e medidas administrati- controle do processo de fabricação e ensaios específicos, de manei-
vas previstas no CTB. ra a garantir que os requisitos técnicos, definidos na norma técnica,
Art. 6º As especificações dos capacetes motociclísticos, visei- foram atendidos. Os modelos de capacetes certificados estão des-
ras, óculos de proteção e acessórios estão contidas no Anexo desta critos a seguir nas Figuras de 1 a 8:
Resolução.
Art. 7º O Anexo desta Resolução encontra-se disponível no sitio
eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
I - nº 453, de 26 de setembro de 2013;
II - nº 680, de 25 de julho de 2017; e
III - nº 846, de 8 de abril de 2021.
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2.3 ÓCULOS DE PROTEÇÃO MOTOCICLÍSTICA


São óculos que permitem aos usuários a utilização simultânea de
óculos corretivos ou de sol (Figura 9), cujo uso é obrigatório para os ca-
pacetes que não possuem viseiras, casos específicos das Figuras 2, 6 e 7.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2.4 PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CAPACETE CERTIFICADO:


2.4.1 CASCO EXTERNO: o casco pode ser construído em plásticos de engenharia, como o ABS e o Policarbonato (PC), através do pro-
cesso de injeção, ou, pelo processo de multilaminação de fibras (vidro, aramídicas, carbono e polietileno), com resinas termofixas.
2.4.2 CASCO INTERNO: confeccionado em materiais apropriados, onde o mais conhecido é poliestireno expansível (isopor), devido a
sua resiliência, forrado com espumas dubladas com tecido, item que em conjunto com o casco externo, fornece a proteção à calota crania-
na, responsável pela absorção dos impactos.
2.4.3 VISEIRA: destinada à proteção dos olhos e das mucosas, é construída em plásticos de engenharia, com transparência, fabricadas
nos padrões: cristal, fume light, fume e metalizadas. As viseiras que não sejam do padrão cristal devem ter aplicação da seguinte orienta-
ção na sua superfície, em alto ou baixo relevo, sendo:
2.4.3.1 Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO (podendo estar acompanhada com a informação em outro idioma)
2.4.3.2 Idioma inglês: DAY TIME USE ONLY
2.4.4 SISTEMA DE RETENÇÃO (Figura 10): sistema é composto de:
2.4.5 CINTA JUGULAR: Confeccionada em materiais sintéticos, fixadas ao casco de forma apropriada, cuja finalidade é a de fixar firme-
mente (sem qualquer folga aparente) o capacete à calota craniana, por debaixo do maxilar inferior do usuário; e
2.4.6 ENGATES: tem a finalidade de fixar as extremidades da cinta jugular, após a regulagem efetuada pelo usuário, não deixando
qualquer folga, e, podem ser no formato de Duplo “D”, que são duas argolas estampadas em aço ou através de engates rápidos, nas suas
diversas configurações

2.4.7 ACESSÓRIOS: são componentes que podem, ou não, fazer parte de um capacete certificado, como palas, queixeiras removíveis,
sobreviseiras e máscaras (Figura 11).

A relação dos capacetes certificados, com a descrição do fabricante ou importador, do modelo, dos tamanhos, da data da certificação,
estão disponibilizados no site do INMETRO.
2.5 CAPACETES INDEVIDOS
Uso terminantemente proibido, nas vias públicas, por não cumprirem com os requisitos estabelecidos na norma técnica (Figura 12):

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 5º Os veículos de que trata o art. 2º devem submeter-se à


RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 943, DE 28 DE MARÇO DE 2022 inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios
e de segurança.
Estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte Art. 6º Para o exercício das atividades previstas nesta Resolu-
remunerado de passageiros (mototáxi) e de cargas (motofrete) em ção, o condutor deve:
motocicleta e motoneta, e dá outras providências. I - ter, no mínimo, vinte e um anos de idade;
II - possuir habilitação na categoria “A”, por pelo menos dois
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da anos, na forma do art. 147 do CTB;
competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de III - ser aprovado em curso especializado, na forma regulamen-
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro tada pelo CONTRAN; e
(CTB), com base no que consta nos autos do processo administrati- IV - estar vestido com colete de segurança dotado de dispositi-
vo nº 50000.033260/2021-72, resolve: vos retrorrefletivos, nos termos do Anexo II.
Art. 1º Esta Resolução estabelece requisitos mínimos de se- Art. 7º Na condução dos veículos de transporte remunerado de
gurança para o transporte remunerado de passageiros (mototáxi) que trata esta Resolução, o condutor e o passageiro devem utilizar
e de cargas (motofrete) em motocicleta e motoneta, e dá outras capacete motociclístico, com viseira ou óculos de proteção, nos ter-
providências. mos de regulamentação específica do CONTRAN, dotado de dispo-
sitivos retrorrefletivos, conforme Anexo III.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II
DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTÁXI)
Art. 2º Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, quando au-
torizados pelo poder concedente para transporte remunerado de Art. 8º Além dos equipamentos obrigatórios para motocicletas
cargas (motofrete) e de passageiros (mototáxi), devem ser registra- e motonetas, são exigidas para os veículos destinados aos serviços
dos pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito de mototáxi alças metálicas, traseira e lateral, destinadas a apoio do
Federal na categoria aluguel, atendendo ao disposto no art. 135 do passageiro, e demais dispositivos previstos no art. 3º.
Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e legislação complementar. Parágrafo único. Para o exercício da atividade de mototáxi, o
Art. 3º Para efeito do registro de que trata o art. 2º, os veículos condutor deve atender aos requisitos previstos no art. 329 do CTB.
devem ter:
I - dispositivo de proteção para pernas e motor em caso de CAPÍTULO III
tombamento do veículo, fixado em sua estrutura, conforme Anexo DO TRANSPORTE DE CARGAS (MOTOFRETE)
IV, obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante
à instalação; Art. 9º As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte
II - dispositivo aparador de linha, fixado no guidon do veículo, remunerado de mercadorias (motofrete) somente podem circular
conforme Anexo I; e nas vias com autorização emitida pelos órgãos executivos de trânsi-
III - dispositivo compatível com o tipo de transporte a ser reali- to dos Estados e do Distrito Federal.
zado, podendo ser: Art. 10. Os dispositivos de transporte de cargas em motocicleta
a) dispositivo de fixação, permanente ou removível, para insta- e motoneta podem ser do tipo fechado (baú), aberto (grelha), al-
lação do baú, grelha, alforjes, bolsas ou caixas laterais, quando da forjes, bolsas ou caixas laterais, desde que atendidas as dimensões
realização do transporte de cargas; ou máximas fixadas nesta Resolução e as especificações do fabricante
b) alças metálicas, traseira e laterais, quando da realização do do veículo no tocante à instalação e ao peso máximo admissível.
transporte de passageiros. § 1º Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais devem atender aos
Parágrafo único. O veículo poderá ser utilizado, alternadamen- seguintes limites máximos externos:
te, para o transporte de passageiros ou cargas, independente da es- I - largura: não pode exceder as dimensões máximas dos veícu-
pécie na qual esteja registrado, desde que, quando da prestação do los, medida entre a extremidade do guidon ou alavancas de freio à
serviço, esteja equipado com o dispositivo compatível com o tipo embreagem, a que for maior, conforme especificação do fabricante
de transporte a ser realizado, conforme inciso III do caput, sendo do veículo;
vedado o transporte simultâneo de passageiros e cargas. II - comprimento: não pode exceder a extremidade traseira do
Art. 4º Os pontos de fixação para instalação dos equipamentos, veículo; e
bem como a capacidade máxima admissível de carga, por modelo III - altura: não pode ser superior à altura do assento em seu
de veículo, devem ser comunicados pelos fabricantes ao órgão má- limite superior.
ximo executivo de trânsito da União na ocasião da obtenção do Cer- § 2º O equipamento fechado (baú) deve atender aos seguintes
tificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), para os novos limites máximos externos:
modelos, e mediante complementação de informações do registro I - largura: 60 cm (sessenta centímetros), desde que não exceda
de marca/modelo/versão, para a frota em circulação. a distância entre as extremidades internas dos espelhos retroviso-
§ 1º As informações do caput devem ser disponibilizadas no res;
manual do proprietário ou boletim técnico distribuído nas revendas II - comprimento: não pode exceder a extremidade traseira do
dos veículos e nos sítios eletrônicos dos fabricantes, em texto de veículo; e
fácil compreensão e sempre que possível auxiliado por ilustrações. III - altura: não pode exceder a 70 cm (setenta centímetros) de
§ 2º A capacidade máxima de tração deve constar no Certifica- sua base central, medida a partir do assento do veículo.
do de Registro e Licenciamento do Veículo em meio digital (CRLV-e).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 3º O equipamento aberto (grelha) deve atender aos seguin- VII - art. 231, inciso VIII: prestação do serviço de motofrete ou
tes limites máximos externos: mototáxi em veículo que não esteja registrado na categoria aluguel;
I - largura: 60 cm (sessenta centímetros), desde que não exceda VIII - art. 231, inciso X: prestação do serviço de motofrete ex-
a distância entre as extremidades internas dos espelhos retroviso- cedendo a CMT;
res; IX - art. 232: condutor prestando o serviço de motofrete ou mo-
II - comprimento: não pode exceder a extremidade traseira do totaxi sem comprovação de aprovação em curso especializado, na
veículo; e forma regulamentada pelo CONTRAN;
III - altura: a carga acomodada no dispositivo não pode exceder X - art. 244, inciso I: condutor prestando o serviço de motofrete
a 40 cm (quarenta centímetros) de sua base central, medida a partir ou mototaxi sem utilizar o colete refletivo ou com ele encoberto;
do assento do veículo. XII - art. 244, inciso VIII:
§ 4º No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as dimen- a) prestação do serviço de motofrete transportando combus-
sões da carga a ser transportada não podem extrapolar a largura e tíveis inflamáveis ou tóxicos, ou galões sem o auxílio de sidecar ou
comprimento da grelha. semirreboque;
§ 5º Nos casos de montagem combinada dos dois tipos de equi- b) prestação do serviço de motofrete transportando carga aci-
pamento, a caixa fechada (baú) não pode exceder as dimensões de ma dos limite de dimensões permitido em sidecar ou semirrebo-
largura e comprimento da grelha, admitida a altura do conjunto em que; e
até 70 cm (setenta centímetros) da base do assento do veículo. c) prestação do serviço de motofrete ou mototáxi transportan-
§ 6º Os dispositivos de transporte, assim como as cargas, não do carga incompatível; e
podem comprometer a eficiência dos espelhos retrovisores. XIII - art. 244, inciso IX:
Art. 11. As caixas especialmente projetadas para a acomoda- a) prestação do serviço de motofrete ou mototaxi sem os dis-
ção de capacetes não estão sujeitas às prescrições desta Resolução, positivos obrigatórios descritos no art. 3º;
podendo exceder a extremidade traseira do veículo em até 15 cm b) prestação do serviço de motofrete ou mototaxi sem autori-
(quinze centímetros). zação emitida pelo poder concedente ou sem submeter-se à inspe-
Art. 12. O equipamento do tipo fechado (baú) deve conter fai- ção semestral; e
xas retrorrefletivas conforme especificação do Anexo IV desta Reso- c) prestação do serviço de mototaxi transportando combustí-
lução, de maneira a favorecer a visualização do veículo durante sua veis inflamáveis ou tóxicos, ou galões.
utilização diurna e noturna. Parágrafo único. As situações infracionais descritas nos incisos
Art. 13. É proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou deste artigo não afastam a possibilidade de aplicação de outras pe-
tóxicos, e de galões nos veículos de que trata a Lei nº 12.009, de 29 nalidades previstas no CTB.
de julho de 2009, com exceção de botijões de gás com capacidade Art. 17. Os Municípios que regulamentarem a prestação de ser-
máxima de 13 kg (treze quilogramas) e de galões contendo água mi- viços de mototáxi ou motofrete devem fazê-lo em legislação pró-
neral, com capacidade máxima de 20 (vinte) litros, desde que com pria, atendendo, no mínimo, ao disposto nesta Resolução, podendo
auxílio de sidecar. estabelecer normas complementares, conforme as peculiaridades
Parágrafo único. O transporte de cargas em semirreboques locais, garantindo condições técnicas e requisitos de segurança, hi-
acoplados à motocicleta ou à motoneta não configura violação da giene e conforto dos usuários dos serviços, na forma do disposto no
proibição prevista no caput. art. 107 do CTB.
Art. 14. O transporte de carga em sidecar ou semirreboques Art. 18. Os Anexos desta Resolução encontram-se disponíveis
deve obedecer aos limites estabelecidos pelos fabricantes ou im- no sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União
portadores dos veículos homologados pelo órgão máximo execu- Art. 19. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
tivo de trânsito da União, não podendo a carga exceder o limite I - nº 251, de 24 de setembro de 2007;
de 40 cm (quarenta centímetros) de altura em relação à superfície II - nº 356, de 02 de agosto de 2010; e
superior do assento da motocicleta ou motoneta. III - nº 378, de 06 de abril de 2011.
Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo de sidecar e semir- Art. 20. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022
reboque.
Art. 15. Aplicam-se as disposições deste Capítulo ao transporte RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 926, DE 28 DE MARÇO DE 2022
de carga não remunerado, com exceção do art. 9º.
Dispõe sobre a padronização dos procedimentos administra-
CAPÍTULO IV tivos na lavratura de Auto de Infração de Trânsito, na expedição
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS de notificação de autuação e de notificação de penalidade por in-
frações de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas, sem a
Art. 16. O descumprimento do disposto nesta Resolução impli- utilização de veículos, expressamente mencionadas no Código de
cará, conforme o caso, na aplicação ao infrator das penalidades e Trânsito Brasileiro (CTB).
medidas administrativas previstas no Código de Trânsito Brasileiro
- CTB: O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
IV - art. 230, inciso XII: prestação do serviço de motofrete com competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
dispositivos de transporte de cargas em desacordo com a regula- 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
mentação, ou uso simultâneo de sidecar e semirreboque; (CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra-
VI - art. 231, inciso V: prestação do serviço de motofrete com tivo nº 50000.003326/2022-81, resolve:
excesso de peso;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO I § 2º A autoridade de trânsito poderá socorrer-se de meios tec-


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES nológicos para verificação da regularidade e da consistência do AIT.
Art. 5º O AIT valerá como NA quando for assinado pelo infrator.
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a padronização dos pro- Parágrafo único. Para que a NA se dê na forma do caput, o AIT
cedimentos administrativos na lavratura de Auto de Infração de deverá conter o prazo para apresentação de defesa da autuação,
Trânsito (AIT), na expedição de Notificação de Autuação (NA) e de não inferior a trinta dias.
Notificação de Penalidade (NP) por infrações de responsabilidade
de pessoas físicas ou jurídicas, sem a utilização de veículos, expres- CAPÍTULO III
samente mencionadas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). DA DEFESA DA AUTUAÇÃO
Parágrafo único. As infrações de responsabilidade de pessoas
físicas ou jurídicas expressamente mencionadas no CTB estão pre- Art. 6º Interposta a defesa da autuação, nos termos do § 1º do
vistas nos art. 93, art. 94, art. 95, parágrafo único do art. 165- B, art. 4º, caberá à autoridade competente apreciá-la, inclusive quan-
primeira parte do § 1º do art. 174, parágrafo único do art. 221, art. to ao mérito.
243, art. 245, art. 246 e caput e § 5º do art. 330. § 1º Acolhida a defesa da autuação, o AIT será cancelado, seu
Art. 2º Constatada a infração pela autoridade de trânsito ou registro será arquivado e a autoridade de trânsito comunicará o fato
por seu agente, ou ainda comprovada sua ocorrência por aparelho ao infrator.
eletrônico, equipamento audiovisual ou qualquer outro meio tec- § 2º Não sendo interposta defesa da autuação no prazo previs-
nologicamente disponível, previamente regulamentado pelo CON- to ou não acolhida, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade
TRAN, será lavrado o AIT na forma definida nesta Resolução. de multa, nos termos desta Resolução.
§ 1º O AIT de que trata o caput será lavrado pela autoridade de
trânsito ou por seu agente: CAPÍTULO IV
I - por anotação em documento próprio; DA PENALIDADE DE MULTA
II - por registro em talão eletrônico, atendido o procedimento
definido pelo órgão máximo executivo de trânsito da União; ou Art. 7º A NP de multa deverá ser enviada ao infrator, responsá-
III - por registro em sistema eletrônico de processamento de vel pelo seu pagamento, e deverá conter:
dados, quando a infração for comprovada por equipamento de I - os dados do AIT;
detecção provido de registrador de imagem, regulamentado pelo II - a data de sua emissão;
CONTRAN. III - a comunicação do não acolhimento da defesa da autuação;
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito não necessita imprimir o IV - o valor da multa e a informação quanto ao desconto previs-
AIT elaborado na forma prevista no inciso II do § 1º para início do to no caput do art. 284 do CTB;
processo administrativo previsto no Capítulo XVIII do CTB, porém, V - data do término para apresentação de recurso, que será a
quando impresso, será dispensada a assinatura da autoridade ou mesma data para pagamento da multa, conforme §§ 4º e 5º do art.
de seu agente. 282 do CTB;
§ 3º O registro da infração, referido no inciso III do § 1º, será VI - campo para a autenticação eletrônica regulamentado pelo
referendado por autoridade de trânsito, ou seu agente, que será órgão máximo executivo de trânsito da União; e
identificado no AIT. VII - instruções para apresentação de recurso, nos termos dos
§ 4º O infrator será sempre identificado no ato da autuação ou arts. 286 e 287 do CTB.
mediante diligência complementar, conforme definido pelo órgão Parágrafo único. Aplica-se à NP de advertência por escrito, no
máximo executivo de trânsito da União. que couber, o disposto neste artigo.
Art. 3º O AIT previsto no art. 2º deverá ser composto, no mí-
nimo, pelos blocos de campos estabelecidos pelo órgão máximo CAPÍTULO V
executivo de trânsito da União, os quais são de preenchimento DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL
obrigatório.
Art. 8º Esgotadas as tentativas para notificar o infrator por meio
CAPÍTULO II postal ou pessoal, as notificações de que trata esta Resolução serão
DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO realizadas por edital publicado em diário oficial, na forma da Lei.
§ 1º Os editais de que trata o caput, de acordo com sua nature-
Art. 4º À exceção do disposto no art. 5º desta Resolução, após za, deverão conter, no mínimo, as seguintes informações:
a verificação da regularidade e da consistência do AIT, a autoridade I - edital da NA:
de trânsito expedirá, no prazo máximo de trinta dias contados da a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de
data da constatação da infração, a NA dirigida ao infrator, na qual notificação;
deverão constar: b) instruções e prazo para interposição de defesa; e
I - os dados do AIT; c) lista com o número do AIT, data da infração, código da infra-
II - a data de sua emissão; e ção com desdobramento e o número do CPF ou CNPJ do infrator;
III - data do término do prazo para a apresentação da defesa II - edital da NP de multa:
da autuação, não inferior a trinta dias, contados da data da NA ou a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de
publicação por edital. notificação;
§ 1º Poderá ser apresentada defesa da autuação pelo infrator b) instruções e prazo para interposição de recurso e pagamen-
devidamente identificado até a data constante na NA, conforme in- to; e
ciso III do caput deste artigo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) lista com o número do AIT, data da infração, código da in- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
fração com desdobramento, número do CPF ou CNPJ do infrator e competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
valor da multa. 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
§ 2º É facultado ao órgão autuador disponibilizar as informa- (CTB), com base no que consta nos autos do processo administrati-
ções das publicações em seu sítio eletrônico. vo nº 50000.005495/2022-55, resolve:
§ 3º As publicações de que trata este artigo serão válidas para
todos os efeitos, não isentando o órgão de trânsito de disponibilizar CAPÍTULO I
as informações das notificações, quando solicitado. DAS ÁREAS ENVIDRAÇADAS E SEUS REQUISITOS

CAPÍTULO VI Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de segurança


DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS de vidros, a visibilidade para fins de circulação, o uso de vidros em
veículos blindados e o uso de medidores de transmitância luminosa.
Art. 9º Aplicada a penalidade de multa, caberá recurso em pri- Art. 2º Os veículos automotores, os reboques e semirreboques
meira instância na forma dos arts. 285, 286 e 287 do CTB, que serão deverão sair de fábrica com as suas partes envidraçadas equipadas
julgados pelas JARI que funcionam junto ao órgão de trânsito que com vidros de segurança que atendam aos termos desta Resolução
aplicou a penalidade. e aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 9491.
Art. 10. Das decisões da JARI caberá recurso em segunda ins- Parágrafo único. A exigência prevista no caput aplica-se tam-
tância na forma dos arts. 288 e 289 do CTB. bém aos vidros destinados a reposição.
Art. 11. O recorrente deverá ser informado das decisões dos Art. 3º Para circulação nas vias públicas do território nacional
recursos de que tratam os arts. 9º e 10 desta Resolução. é obrigatório o uso de vidro de segurança laminado no para-brisa
Parágrafo único. No caso de deferimento do recurso de que tra- de todos os veículos e de vidro de segurança temperado, uniforme-
ta o art. 9º desta Resolução, o recorrente deverá ser informado se a mente protendido, ou laminado, nas demais partes envidraçadas.
autoridade recorrer da decisão. Art. 4º A transmitância luminosa das áreas envidraçadas:
I - não poderá ser inferior a 70% para os vidros dos para-brisas
CAPÍTULO VII e das demais áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS veículo; e
II - não poderá ser inferior a 28% para os vidros que não in-
Art. 12. A contagem dos prazos para interposição da defesa da terferem nas áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do
autuação e dos recursos de que trata esta Resolução será em dias veículo.
consecutivos, excluindo-se o dia da notificação ou publicação por § 1º Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis à dirigi-
meio de edital, e incluindo-se o dia do vencimento. bilidade do veículo, conforme ilustrado no Anexo I desta resolução:
Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o primei- I - a área do para-brisa, excluídas a faixa periférica de serigrafia
ro dia útil se o vencimento cair em feriado, sábado, domingo, em destinada a dar acabamento ao vidro, a área ocupada pela banda
dia que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora degradê, caso existente, conforme estabelece a ABNT NBR 9491, e
normal. a faixa de 20 centímetros na parte inferior do para-brisa dos veícu-
Art. 13. A expedição das notificações de que trata esta Resolu- los de carga com Peso Bruto Total (PBT) superior a 3.500 kg e dos
ção se caracterizará: micro-ônibus e ônibus; e
I - pela entrega da notificação pelo órgão autuador à empresa II - as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras do ve-
responsável por seu envio, quando utilizada a remessa postal; ou ículo, respeitando o campo de visão do condutor.
II - pelo envio eletrônico da notificação pelo órgão autuador do § 2º Aplica-se ao vidro de segurança traseiro (vigia) o disposto
veículo, quando utilizado sistema de notificação eletrônica. no inciso II do caput, desde que o veículo esteja dotado de espelho
Art. 14. No caso de falha nas notificações previstas nesta Re- retrovisor em ambos os lados, conforme a legislação vigente.
solução, a autoridade de trânsito poderá refazer o ato, respeitados § 3º Os vidros de segurança situados no teto dos veículos ficam
os prazos legais, quando não será exigível a penalidade de multa excluídos dos limites fixados neste artigo.
aplicada. Art. 5º Os vidros de segurança aos quais se refere esta Resolu-
Art. 15. Os procedimentos para apresentação de defesa de au- ção, deverão trazer marcação indelével em local de fácil visualização
tuação e recursos, previstos nesta Resolução, atenderão ao dispos- contendo, no mínimo, a marca do fabricante do vidro e o símbolo
to em regulamentação específica. de conformidade com a legislação brasileira definido pelo Instituto
Art. 16. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 390, de 11 de Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
agosto de 2011. Art. 6º Fica a critério do órgão máximo executivo de trânsito
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022. da União admitir, exclusivamente para os vidros de segurança, para
efeito de comprovação do atendimento da NBR 9491 e suas normas
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 960, DE 17 DE MAIO DE 2022 complementares, os resultados de testes e ensaios obtidos por pro-
cedimentos ou métodos equivalentes, realizados no exterior.
Dispõe sobre os requisitos de segurança de vidros, a visibilida- § 1º Serão aceitos os resultados de ensaios admitidos por ór-
de para fins de circulação, o uso de vidros em veículos blindados e gãos reconhecidos pela Comissão ou Comunidade Europeia e os Es-
o uso de medidores de transmitância luminosa. tados Unidos da América, em conformidade com os procedimentos
adotados por esses organismos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO II
§ 2º Nos casos previstos no § 1º, a identificação da conformida- DOS DANOS NAS ÁREAS ENVIDRAÇADAS
de dos vidros de segurança darse-á, alternada ou cumulativamente,
mediante marcação indelével que contenha no mínimo a marca do Art. 13. Para efeito desta Resolução, as trincas e fraturas de
fabricante e o símbolo de conformidade da Comissão ou da Comu- configuração circular são consideradas dano ao para-brisa.
nidade Europeia, constituídos pela letra “E” maiúscula acompa- Art. 14. Na área crítica de visão do condutor e em uma faixa
nhada de um índice numérico, representando o país emitente do periférica de 2,5 centímetros de largura das bordas externas do pa-
certificado, inseridos em um círculo, ou pela letra “e” minúscula ra-brisa não devem existir trincas e fraturas de configuração circular
acompanhada de um número representando o país emitente do e, caso ocorram, não podem ser recuperadas.
certificado, inseridos em um retângulo e, se dos Estados Unidos da Art. 15. Nos para-brisas dos ônibus, micro-ônibus e caminhões,
América, simbolizado pela sigla “DOT”. a área crítica de visão do condutor, conforme figura ilustrativa do
Art. 7º O fabricante, o representante e o importador do veículo Anexo II, é aquela situada à esquerda do veículo, determinada por
deverão certificar-se de que seus produtos obedecem aos precei- um retângulo de 50 centímetros de altura por 40 centímetros de
tos estabelecidos por esta Resolução, mantendo-se em condição de largura, cujo eixo de simetria vertical é demarcado pela projeção
comprová-los, quando solicitados pelo órgão máximo executivo de da linha de centro do volante de direção, paralela à linha de centro
trânsito da União. do veículo, cuja base coincide com a linha tangente do ponto mais
Art. 8º A aplicação de película não refletiva nas áreas envidra- alto do volante.
çadas dos veículos automotores, definidas no artigo 2º, será permi- Parágrafo único. Nos para-brisas dos veículos de que trata o
tida desde que atendidas as mesmas condições de transmitância caput, são permitidos no máximo três danos, exceto nas regiões
para o conjunto vidro-película estabelecidas no artigo 4º. definidas no art. 14, respeitados os seguintes limites:
§ 1º A marca do instalador e o índice de transmitância lumino- I - trinca não superior a 20 centímetros de comprimento; e
sa existentes em cada conjunto vidro-película localizadas nas áreas II - fratura de configuração circular não superior a 4 centíme-
envidraçadas dos veículos indispensáveis à dirigibilidade serão gra- tros de diâmetro.
vados indelevelmente na película por meio de chancela. Art. 16. Nos demais veículos automotores, a área crítica de vi-
§ 2º As informações inscritas na chancela devem ser legíveis são do condutor é a metade esquerda da região de varredura das
pelos lados externos dos vidros. palhetas do limpador de para-brisa.
Art. 9º Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibili- Parágrafo único. Nos para-brisas dos veículos de que trata o
dade do veículo, a aplicação de inscrições, pictogramas ou painéis caput, são permitidos no máximo dois danos, exceto nas regiões
decorativos de qualquer espécie será permitida, desde que o ve- definidas no art. 14, respeitando-se os seguintes limites:
ículo possua espelhos retrovisores externos de ambos os lados e I - trinca não superior a 10 centímetros de comprimento; e
que sejam atendidas as mesmas condições de transmitância para II - fratura de configuração circular não superior a 4 centíme-
o conjunto vidro-pictograma/inscrição estabelecidas no artigo 4º tros de diâmetro.
desta Resolução.
Art. 10. São vedados: CAPÍTULO III
I - a aplicação de películas refletivas nas áreas envidraçadas do DAS DISPOSIÇÃO SOBRE MEDIDORES DE TRANSMITÂNCIA
veículo; LUMINOSA - MTL
II - a manutenção de películas com bolhas na área crítica de visão
do condutor e nas áreas indispensáveis à dirigibilidade do veículo; Art. 17. A verificação dos índices de transmitância luminosa
III - o uso de qualquer inscrição, adesivo, legenda ou símbolo das áreas envidraçadas de veículos estabelecidos nesta Resolução
pintados ou afixados nas áreas envidraçadas dos veículos indispen- deve ser efetuada por meio de instrumento denominado medidor
sáveis à dirigibilidade; de transmitância luminosa - MTL.
IV - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos veí- Parágrafo único. MTL é o instrumento de medição destinado a
culos em movimento, salvo nas áreas não indispensáveis à dirigibili- medir, em valores percentuais, a transmitância luminosa de vidros,
dade, desde que possuam espelhos retrovisores em ambos os lados; películas, filmes e outros materiais simples ou compostos.
V - o uso de painéis luminosos que reproduzam mensagens Art. 18. O MTL das áreas envidraçadas de veículos deve ter seu
dinâmicas ou estáticas, excetuando-se as utilizadas em transporte modelo aprovado pelo INMETRO e ser aprovado na verificação me-
coletivo de passageiro com finalidade de informar o serviço ao usu- trológica em periodicidade conforme regulamentação metrológica
ário da linha. em vigor.
Art. 11. O disposto na presente Resolução não se aplica às má-
quinas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos destinados à Art. 19. O auto de infração lavrado com base na medição da
circulação exclusivamente fora das vias públicas e nem aos veículos transmitância luminosa e a respectiva notificação da autuação,
incompletos, inacabados e destinados à exportação. além do disposto no CTB, e na legislação complementar, deverão
Art. 12. Os veículos blindados são isentos do uso dos vidros de conter, expressas em termos percentuais:
segurança exigidos no artigo 2º e dos requisitos do artigo 4º, apli- I - a medição realizada pelo instrumento;
cando-se às suas áreas envidraçadas o estabelecido na NBR 16218 II - o valor considerado para fins de aplicação de penalidade; e
da ABNT. III - o limite regulamentado para a área envidraçada fiscalizada.
Parágrafo único. A isenção prevista no caput aplica-se também § 1º Para obtenção do Valor Considerado (VC), deverá ser so-
aos vidros destinados a reposição. mado à Medição Realizada (MR) o percentual de 7% (VC = MR +
7%).

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 2º Além das demais disposições deste artigo, deve ser infor- IV - nº 334, de 6 de novembro de 2009;
mada no auto de infração a identificação da área envidraçada ob- V - nº 385, de 2 de junho de 2011;
jeto da autuação. VI- nº 386, de 2 de junho de 2011;
Art. 20. Quando o MTL for dotado de dispositivo impressor, o VII - nº 580, de 24 de fevereiro de 2016;
registro impresso deve conter os seguintes dados: VIII - nº 707, de 25 de outubro de 2017; e
I - data e hora; IX - nº 869, de 13 de setembro de 2021.
II - placa do veículo; Art. 23. Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022.
III - transmitância medida pelo instrumento;
IV - área envidraçada fiscalizada; ANEXO I
V - identificação do instrumento; e ÍNDICES MÍNIMOS DE TRANSMITÂNCIA LUMINOSA E ÁREAS
VI - identificação do agente. INDISPENSÁVEIS PARA DIRIGIBILIDADE

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÃO FINAIS

Art. 21. O descumprimento do disposto nesta Resolução impli-


cará, conforme o caso, na aplicação ao infrator das seguintes pena-
lidades e medidas administrativas previstas no CTB:
I - art. 230, inciso XII: veículo com painéis luminosos em desa-
cordo com esta Resolução;
II - art. 230, inciso XV: veículo com adesivo, inscrição, legenda,
painel, pictograma, pintura, símbolo, ou qualquer outro material de
caráter publicitário no para-brisa ou no vidro traseiro do veículo,
em desacordo com o previsto nesta Resolução;
III - art. 230, inciso XVI:
a) veículo com vidros total ou parcialmente cobertos por pelí-
cula refletiva ou opaca;
b) veículo com vidros cobertos com película não refletiva com
índice de transmitância luminosa em desacordo com o previsto nes-
ta Resolução;
c) veículo com vidros cobertos com película não refletiva sem
chancela;
d) veículo com vidros cobertos com película não refletiva com
chancela na qual não esteja legível qualquer das informações obri-
gatórias; e
e) veículo com adesivo, inscrição, legenda, painel decorativo,
pictograma, pintura, símbolo, ou qualquer outro material em de-
sacordo com o previsto nesta Resolução, nas áreas envidraçadas
indispensáveis à dirigibilidade.
IV - art. 230, inciso XVII:
a) veículo que não possua espelhos retrovisores em ambos os
lados, em movimento, com cortinas, persianas ou similares fecha-
das; e
b) veículo que possua espelhos retrovisores em ambos os la-
dos, em movimento, com cortinas, persianas ou similares fechadas,
em desacordo com o previsto nesta Resolução;
V - art. 230, inciso XVIII:
a) veículo com dano no para-brisa além dos limites e condições
estabelecidos nesta Resolução; e
b) veículo com ausência de qualquer dos vidros de segurança;
VI - art.237: veículo com qualquer vidro de segurança em desa-
cordo com o previsto nesta Resolução.
Parágrafo único. As situações infracionais descritas nos incisos
deste artigo não afastam a possibilidade de aplicação de outras pe-
nalidades previstas no CTB.
Art. 22. Fica revogado o art. 3º da Resolução CONTRAN nº 786,
de 18 de junho de 2020, e as Resoluções CONTRAN:
I - nº 216, de 14 de dezembro de 2006;
II - nº 253, de 26 de outubro de 2007;
III - nº 254, de 26 de outubro de 2007;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANEXO II § 2º As exigências relativas ao sistema de retenção, no trans-


ÁREA CRÍTICA DE VISÃO DO CONDUTOR NOS PARA-BRISAS porte de crianças com até sete anos e meio de idade, não se apli-
DOS ÔNIBUS, MICROÔNIBUS E CAMINHÕES cam aos veículos de transporte coletivo de passageiros, aos de alu-
guel de que trata a alínea “d” do inciso III do art. 96 do CTB, aos de
transporte remunerado individual de passageiros, aos veículos es-
colares e aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 t.
§ 3º A isenção prevista no § 2º se aplica aos veículos de trans-
porte remunerado individual de passageiros durante a efetiva pres-
tação do serviço.
Art. 3º O transporte de criança com idade inferior a dez anos
pode ser realizado no banco dianteiro do veículo, com o uso do dis-
positivo de retenção adequado ao seu peso e altura, nas seguintes
situações:
I - quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco;
II - quando a quantidade de crianças com esta idade exceder a
lotação do banco traseiro; ou
III - quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de
cintos de segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos tra-
Nota - Para a identificação do retângulo de 40x 50 cm o Agente seiros; ou
poderá valer-se de um gabarito com as referidas dimensões, feito IV - quando a criança já tiver atingido 1,45m de altura.
em papel, plástico, madeira ou metal, com uma indicação em sua Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças com idade su-
parte central, a qual posicionada no nível superior do volante da perior a quatro anos e inferior a sete anos e meio podem ser trans-
direção, na posição central, possibilitará a identificação precisa da portadas utilizando cinto de segurança de dois pontos sem o dis-
área crítica de visão do condutor. positivo denominado ‘assento de elevação’, nos bancos traseiros,
quando o veículo for dotado originalmente destes cintos.
Art. 4º Nos veículos equipados com dispositivo suplementar de
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 819, DE 17 DE MARÇO DE 2021 retenção (airbag), para o passageiro do banco dianteiro, o transpor-
te de crianças com até dez anos de idade neste banco, conforme
Dispõe sobre o transporte de crianças com idade inferior a disposto no art. 3º, pode ser realizado desde que utilizado o dispo-
dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e sitivo de retenção adequado ao seu peso e altura e observados os
cinco centímetros) de altura no dispositivo de retenção adequado. seguintes requisitos:
I - é vedado o transporte de crianças com até sete anos e meio
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da de idade, em dispositivo de retenção posicionado em sentido con-
competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei 9.503, de trário ao da marcha do veículo;
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro II - é permitido o transporte de crianças com até sete anos e
(CTB), com base no que consta nos autos do processo administrati- meio de idade, em dispositivo de retenção posicionado no sentido
vo nº 50000.000107/2021- 69, resolve: de marcha do veículo, desde que não possua bandeja, ou acessório
equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção; e
Art. 1° Esta Resolução dispõe sobre o transporte de crianças III - salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o ban-
com idade inferior a dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um co do passageiro dotado de airbag deve ser ajustado em sua última
metro e quarenta e cinco centímetros) de altura no dispositivo de posição de recuo, quando ocorrer o transporte de crianças neste
retenção adequado. banco.
Art. 2º Para transitar em veículos automotores, as crianças com Art. 5º Com a finalidade de ampliar a segurança dos ocupantes,
idade inferior a dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um me- adicionalmente às prescrições desta Resolução, o fabricante ou o
tro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser transpor- importador do veículo pode estabelecer condições e/ou restrições
tados nos bancos traseiros usando individualmente cinto de segu- específicas para o uso do dispositivo de retenção para crianças com
rança ou dispositivo de retenção equivalente, na forma prevista no até sete anos e meio de idade em seus veículos, sendo que tais
Anexo desta Resolução. prescrições devem constar do manual do proprietário.
§ 1º Dispositivo de retenção para o transporte de crianças Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista no caput
(DRC) é o conjunto de elementos que contém uma combinação de ti- deste artigo, o fabricante ou importador deve comunicar a restrição
ras com fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixação ao órgão máximo executivo de trânsito da União no requerimento
e, em certos casos, dispositivos como: um berço portátil porta-bebê, de concessão da marca/modelo/versão e do Certificado de Adequa-
uma cadeirinha auxiliar ou uma proteção antichoque que devem ser ção à Legislação de Trânsito (CAT).
fixados ao veículo, mediante a utilização dos cintos de segurança ou Art. 6º Os manuais dos veículos automotores devem conter in-
outro equipamento apropriado instalado pelo fabricante do veículo formações a respeito dos cuidados no transporte de crianças, da
com a finalidade de reduzir o risco ao usuário em casos de colisão ou necessidade de dispositivos de retenção e da importância de seu
de desaceleração repentina do veículo, limitando o deslocamento do uso na forma do art. 338 do CTB.
corpo da criança com idade até sete anos e meio. Art. 7º O transporte de crianças em desacordo com o disposto
nesta Resolução sujeita os infratores às sanções previstas no art.
168 do CTB.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. A conduta prevista do caput não elide a aplica-


ção de outras sanções em razão do cometimento de demais infra-
ções de trânsito, nos termos do art. 266 do CTB.
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
I - nº 277, de 28 de maio de 2008;
II - nº 352, de 14 de junho de 2010;
III - nº 391, de 30 de agosto de 2011;
IV - nº 533, de 17 de junho de 2015;
V - nº 541, de 15 de julho de 2015; e
VI - nº 639, de 30 de novembro de 2016.
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor em 12 de abril de 2021.
ANEXO
DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA TRANSPORTE DE CRIANÇAS
(DRC) EM VEÍCULOS AUTOMOTORES PARTICULARES

Os dispositivos de retenção a serem utilizados obrigatoriamen-


te para o transporte de crianças são:
I - “bebê conforto ou conversível” (Figura 1), para as seguintes
condições:
a) crianças com até um ano de idade; ou
b) crianças com peso de até 13 kg, conforme limite máximo
definido pelo fabricante do dispositivo.

III - “assento de elevação” (Figura 3), para as seguintes condi-


ções:
a) crianças com idade superior a quatro anos e inferior ou igual
a sete anos e meio; ou
b) crianças com até 1,45 m de altura e peso entre 15 a 36 kg,
conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.

II - “cadeirinha” (Figura 2), para as seguintes condições:


a) crianças com idade superior a um ano e inferior ou igual a
quatro anos; ou

b) crianças com peso entre 9 a 18 kg, conforme limite máximo


definido pelo fabricante do dispositivo.

IV - cinto de segurança do veículo (Figura 4), para as seguintes


condições:
a) crianças com idade superior a sete anos e meio e inferior ou
igual a dez anos; ou

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - constituição de consórcio com outros municípios da mesma


b) crianças com altura superior a 1,45m. Unidade Federativa, mediante a criação de uma entidade executiva
de trânsito, com personalidade jurídica própria, em conformidade
com a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005; ou
III - celebração de convênio diretamente pela prefeitura muni-
cipal com órgão ou entidade que integre o SNT, delegando total ou
parcialmente as atribuições do art. 24 do CTB, quando não houver
órgão ou entidade executivos de trânsito no respectivo município,
em consonância com o disposto no art. 333 do CTB.
§ 1º A estrutura própria prevista na alínea a do inciso I caracte-
riza-se por meio de:
I - alocação de órgão da Administração pública direta; ou
II - criação de entidade da Administração pública indireta, com
personalidade jurídica própria:
a) de direito público; ou
b) de direito privado, com capital social majoritariamente pú-
blico, que preste exclusivamente serviço público estatal e em regi-
me não concorrencial.
§ 2º Quando o município possuir rodovias municipais em sua
circunscrição, deverá constar, no processo de sua integração ao
SNT, se o órgão ou entidade executivo de trânsito também exercerá
as competências de órgão ou entidade executivo rodoviário, previs-
tas no art. 21 do CTB.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO AO SNT

SEÇÃO I
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 811, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2020
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Estabelece procedimentos para integração dos municípios ao
Art. 3º Para a integração ao SNT, de forma direta ou mediante
Sistema Nacional de Trânsito (SNT), por meio dos seus órgãos e
consórcio, os órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviá-
entidades executivos de trânsito e rodoviários ou diretamente por
rios ou a prefeitura municipal devem dispor de estrutura organiza-
meio da prefeitura municipal, em cumprimento ao que dispõe o
cional e capacidade para o exercício das atividades e competências
art. 333 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
legais que lhe são próprias, sendo estas, no mínimo, de:
I - engenharia de tráfego;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
II - fiscalização e operação de trânsito;
competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
III - educação de trânsito;
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
IV - coleta, controle e análise estatística de trânsito; e
(CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra-
V - julgamento de recursos contra penalidades por eles impos-
tivo nº 80000.120292/2016-19, resolve:
tas.
Art. 1º Esta Resolução estabelece procedimentos para integra-
§ 1º As atividades de fiscalização e operação de trânsito de-
ção dos municípios ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), por meio
verão ser realizadas pela autoridade de trânsito ou por agentes da
dos seus órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários ou
autoridade de trânsito que tenham sido submetidos a curso de for-
diretamente por meio da prefeitura municipal, em cumprimento ao
mação e de atualização, conforme norma própria do órgão máximo
que dispõe o art. 333 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
executivo de trânsito da União, e que se enquadrem em uma das
seguintes categorias, com atuação isolada ou cumulativa:
CAPÍTULO I
I - agentes próprios, ocupantes de cargo ou emprego específi-
DA INTEGRAÇÃO DE MUNICÍPIOS AO SISTEMA NACIONAL DE
co, com provimento efetivo mediante concurso público, conforme
TRÂNSITO
inciso II do art. 37 da Constituição Federal (CF), não bastando mera
designação por portaria ou outro ato administrativo normativo;
Art. 2º Para exercer as competências estabelecidas no art. 24
II - policiais militares do serviço ativo, quando firmado convênio
do CTB, os municípios deverão se integrar ao SNT em uma das se-
para esta finalidade, de acordo com o inciso III do art. 23 do CTB; ou
guintes formas de organização administrativa:
III - guardas municipais, na conformidade do inciso VI do art. 5º
I - integração direta, por meio:
da Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014.
a) de órgão ou entidade executivos de trânsito, via estrutura
§ 2º O julgamento de recursos contra penalidades impostas
própria; ou
pelos órgãos e entidades municipais deve ser realizado por Juntas
b) da prefeitura municipal.
Administrativas de Recursos de Infrações (JARI), órgãos colegiados

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e independentes, que devem possuir regimento próprio, observado Parágrafo único. Após a publicação da Portaria de que trata o
o disposto no inciso VI do art. 12 do CTB, com apoio administrativo caput, o órgão máximo executivo de trânsito da União comunicará
e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcione. por ofício, com cópia da referida portaria, ao CETRAN, aos órgãos
ou entidades executivos municipal e estadual de trânsito e ao Chefe
SEÇÃO II do Poder Executivo Municipal.
DA DOCUMENTAÇÃO Art. 7º Após a publicação da portaria de integração ao SNT, o
município deverá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis:
Art. 4º Para o processo de integração ao SNT, o município de- I - encaminhar ao CETRAN os atos de nomeação da Autoridade
verá encaminhar ao Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN) do de Trânsito Municipal e dos membros da JARI; e
respectivo Estado os seguintes dados de cadastro e documentação: II - habilitar-se no Registro Nacional de Infrações de Trânsito
I - denominação do órgão ou entidade executivo de trânsito e (RENAINF), em atendimento à legislação específica do órgão máxi-
rodoviário, fazendo juntar cópia da legislação de sua constituição; mo executivo de trânsito da União.
II - cópia da legislação de constituição da JARI municipal e de
seu Regimento; CAPÍTULO III
III - endereço, telefone, correio eletrônico institucional do ór- DOS CONSÓRCIOS
gão ou entidade executivo de trânsito e rodoviário, e sítio eletrôni-
co (se houver); e SEÇÃO I
IV - fotos da fachada do prédio e das dependências, devida- DA CONSTITUIÇÃO DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS
mente identificadas, dos veículos, caso existam, e de outros ele-
mentos julgados importantes para a análise dos trabalhos desen- Art. 8º Os consórcios públicos na área de trânsito para fins de
volvidos para integração. integração deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas
§ 1º Os municípios que optarem por delegar a totalidade ou que regulam o SNT.
parte das atribuições municipais a outro órgão ou entidade inte- Art. 9º O consórcio público constitui a entidade executiva de
grante do SNT deverão encaminhar cópia do convênio firmado. trânsito comum aos municípios consorciados.
§ 2º No caso da constituição de consórcio público, caberá à Art. 10. O representante legal do consórcio público, instituído
entidade executiva de trânsito criada encaminhar todos os docu- nos termos do inciso VIII do art. 4º da Lei nº 11.107, de 2005, deve-
mentos relacionados neste artigo, em nome dos municípios que a rá nomear a Autoridade de Trânsito.
compõem. Art. 11. O protocolo de intenções de que trata o art. 3º da Lei nº
Art. 5º Após analisar a documentação de que trata o art. 4º, o 11.107, de 2005, deverá prever a estrutura organizacional prevista
CETRAN, ou órgão ou entidade executivo de trânsito por ele desig- no art. 3º desta Resolução, comum a todos os municípios consor-
nado, deverá realizar inspeção técnica no município certificando o ciados.
cumprimento da legislação, emitindo o Laudo de Inspeção e a Cer- Parágrafo único. A JARI que funcionará junto ao consórcio pú-
tificação de Conformidade. blico deverá obedecer à regulamentação do CONTRAN.
§ 1º A análise documental e a inspeção técnica previstas no Art. 12. O consórcio público deverá disponibilizar locais de
caput desse artigo deverão ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias atendimento ao cidadão em todos os municípios consorciados.
úteis, contados a partir do recebimento da solicitação do municí- Art. 13. No processo de integração ao SNT, o consórcio público
pio, objetivando verificar a sua conformidade quanto ao disposto deverá apresentar ao CETRAN o protocolo de intenções, o contrato
nos arts. 2º, 3º e 4º. de consórcio público e as leis municipais que o ratificam, nos termos
§ 2º Caso a documentação não esteja de acordo com o exigido, dos arts. 3º e 5º da Lei nº 11.107, de 2005, com vistas à certificação.
o CETRAN notificará o município para sanar as pendências no prazo Art. 14. Os municípios já integrados ao SNT podem consorciar
máximo de 30 (trinta) dias úteis. parte de seus serviços, nos termos da Lei nº 11.107, de 2005.

§ 3º O município, ao ser notificado pelo CETRAN da exigência SEÇÃO II


apontada, deverá providenciar a devida adequação, no prazo de 30 DA AUTUAÇÃO
(trinta) dias úteis, sujeito à prorrogação conforme análise do CE-
TRAN, em cada caso. Art. 15. Em caso de consórcios públicos, cada município rece-
§ 4º Após o cumprimento das exigências pelo município, o berá um código autuador.
CETRAN fará, no prazo de até 30 (trinta) dias úteis, nova inspeção
técnica. Art. 16. Para fins de notificação de autuação, o Auto de Infração
§ 5º Caso o município não atenda as exigências, o processo de de Trânsito (AIT) deverá identificar o código autuador do município
integração ao SNT será arquivado e o fato será comunicado ao chefe em que a infração foi constatada.
do Poder Executivo Municipal. Art. 17. Quando do repasse e prestação de contas dos 5% (cin-
Art. 6º Cumpridas as exigências do processo de integração co por cento) do valor das multas de trânsito destinado ao Fundo
ao SNT, o CETRAN encaminhará a documentação ao órgão máxi- Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), o consór-
mo executivo de trânsito da União que publicará, no prazo de 15 cio público deverá discriminar os valores arrecadados utilizando os
(quinze) dias úteis, contados a partir do seu recebimento, no Diário códigos autuadores e o número de CNPJ de cada município consor-
Oficial da União, a portaria de integração do município ao SNT, con- ciado.
tendo o código autuador a ser utilizado pelo município.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SEÇÃO III Art. 24. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 560, de 15 de


DA RETIRADA, DA ALTERAÇÃO E DA EXTINÇÃO outubro de 2015.
Art. 18. A retirada de um ente do consórcio público deverá ser Art. 25. Esta Resolução entra em vigor em 3 de maio de 2021.
comunicada por seu representante legal ao CETRAN e ao órgão má-
ximo executivo de trânsito da União. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 965, DE 17 DE MAIO DE 2022
Parágrafo único. A retirada do município não prejudicará as
obrigações já constituídas no consórcio público em relação aos ou- Define e regulamenta as áreas de segurança e de estaciona-
tros entes consorciados. mentos específicos de veículos.
Art. 19. O município que se retirar de um consórcio público po-
derá integrar-se ao SNT em uma das outras modalidades constantes O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
no art. 2º desta Resolução. competência que lhe conferem os incisos I e XI do art. 12 da Lei nº
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
CAPÍTULO IV Brasileiro (CTB), com base no que consta nos autos do processo ad-
DA DIVULGAÇÃO DOS DADOS CADASTRAIS DOS ÓRGÃOS ministrativo nº 80000.113319/2016-17, resolve:
E ENTIDADES EXECUTIVOS DE TRÂNSITO E RODOVIÁRIOS
MUNICIPAIS CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 20. Serão divulgadas, no sítio eletrônico do órgão máximo exe-
cutivo de trânsito da União, as seguintes informações cadastrais dos Art. 1º Esta Resolução define e regulamenta as áreas de segu-
órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários municipais: rança e de estacionamentos específicos de veículos.
I - nome e Portaria de integração do órgão ou entidade; e Art. 2º As áreas destinadas ao estacionamento específico re-
II - relação dos municípios que optaram por se integrar ao SNT gulamentado em via pública aberta à circulação, devem ser esta-
mediante convênio diretamente entre Prefeitura e órgão ou entida- belecidas e regulamentadas pelo órgão ou entidade executiva de
de integrante do SNT. trânsito com circunscrição sobre a via, nos termos desta Resolução.
Art. 21. Qualquer alteração ocorrida nos dados cadastrais e nas Art. 3º Para efeito desta Resolução são definidas as seguintes
informações referentes à estrutura organizacional ou nomeação de áreas de estacionamentos específicos:
novos dirigentes no órgão ou entidade, bem como na JARI, deverá I - área de estacionamento para veículo de aluguel é a parte
ser comunicada, no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, ao CE- da via sinalizada para o estacionamento exclusivo de veículos de
TRAN. categoria de aluguel que prestam serviços públicos mediante con-
cessão, permissão ou autorização do poder concedente;
CAPÍTULO V II - área de estacionamento para veículo de pessoa com defi-
DAS OBRIGAÇÕES ciência é a parte da via sinalizada para o estacionamento de veícu-
lo conduzido por, ou que transporte, pessoa com deficiência com
Art. 22. Os municípios integrados ao SNT deverão manter a es- comprometimento de mobilidade, devidamente identificado pela
trutura definida nesta Resolução e operacionalizar a gestão do trân- credencial de que trata o Capítulo V desta Resolução;
sito sob sua circunscrição, estando sujeitos a inspeções eventuais e III - área de estacionamento para veículo de pessoa idosa é a
aleatórias, sob responsabilidade do CETRAN. parte da via sinalizada para o estacionamento de veículo conduzi-
§ 1º Os CETRAN deverão planejar a periodicidade destas ins- do por, ou que transporte, pessoa idosa, devidamente identificado
peções e o percentual de municípios a serem inspecionados anual- pela credencial de que trata o Capítulo V desta Resolução;
mente, priorizando os recém-integrados. IV - área de estacionamento para a operação de carga e descar-
§ 2º A execução da inspeção que trata o caput poderá ser dele- ga é a parte da via sinalizada para este fim, conforme definido no
gada pelo CETRAN a outro órgão executivo de trânsito com capaci- Anexo I do CTB;
dade técnica para a função. V - área de estacionamento de ambulância é a parte da via sina-
§ 3º Constatada deficiência técnica, administrativa ou inexis- lizada, próxima a hospitais, centros de atendimentos de emergência
tência dos requisitos mínimos previstos nos arts. 2º e 3º, o CETRAN e locais estratégicos, para o estacionamento exclusivo de ambulân-
deverá notificar o órgão ou entidade municipal executivo de trânsi- cias devidamente identificadas;
to, estabelecendo prazo de 30 (trinta) dias úteis para a regulariza- VI - área de estacionamento rotativo é a parte da via sinalizada
ção, podendo ser prorrogado por igual período, mediante requeri- para o estacionamento de veículos, gratuito ou pago, regulamen-
mento da parte interessada ao CETRAN. tado para um período determinado pelo órgão ou entidade com
§ 4º Não ocorrendo a devida regularização dos fatos constata- circunscrição sobre a via;
dos pelo CETRAN, este comunicará ao órgão máximo executivo de VII - área de estacionamento de curta duração é a parte da via
trânsito da União para registro do descumprimento da legislação sinalizada para estacionamento não pago, com uso obrigatório do
de trânsito pelo órgão ou entidade executivo de trânsito municipal pisca-alerta ativado, em período de tempo determinado e regula-
integrado ao SNT. mentado de até 30 minutos;
CAPÍTULO VI VIII - área de estacionamento de viaturas policiais é a parte da
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS via sinalizada, limitada à testada das instituições de segurança pú-
blica, para o estacionamento exclusivo de viaturas policiais devida-
Art. 23. Os órgãos e entidades executivos de trânsito e rodo- mente caracterizadas; e
viários já existentes deverão se adequar à presente Resolução, em
especial ao previsto no art. 3º, até 3 de janeiro de 2022.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IX - área de estacionamento de veículos elétricos é a parte da CAPÍTULO IV


via sinalizada para o uso de veículos com propulsão elétrica dotado DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO PARA VEÍCULO DE PESSOA
de dispositivo plug-in para conexão à rede elétrica, exclusivamente IDOSA
durante o período de recarga.
Art. 4º As áreas de estacionamento previstas no art. 3º devem Art. 9º As vagas reservadas ao estacionamento de veículos con-
ser sinalizadas conforme padrões e critérios estabelecidos pelo duzidos por, ou que transportem, pessoa idosa são caracterizadas
CONTRAN. e regulamentadas pela sinalização horizontal e marca delimitado-
Art. 5º Não serão regulamentadas as áreas de estacionamento ra de estacionamento regulamentado, acompanhada do Símbolo
específico previstas nos incisos II, IV, V e VIII do art. 3º desta Re- “Idoso”, nos termos do Anexo II desta Resolução.
solução, quando a edificação dispuser de área de estacionamento § 1º A critério do órgão ou entidade executivo de trânsito com
interna e/ou não atender ao disposto no art. 93 do CTB. circunscrição sobre a via, pode ser utilizado o sinal vertical de regu-
lamentação R-6b - “Estacionamento regulamentado”, com o Símbo-
CAPÍTULO II lo “Idoso” e mensagem complementar “COM CREDENCIAL”, além
DAS ÁREAS DE SEGURANÇA de outras informações que o órgão entender necessárias.
§ 2º A sinalização descrita neste artigo encontra-se especifica-
Art. 6º Área de segurança é a parte da via necessária à segu- da no Anexo II e deve respeitar os demais padrões e critérios esta-
rança das edificações públicas ou consideradas especiais, com ex- belecidos pelo CONTRAN.
tensão igual à testada do imóvel, nas quais a parada e o estaciona- § 3º As vagas reservadas em áreas de estacionamento de es-
mento são proibidos, sendo vedado o seu uso para estacionamento tabelecimentos privados de uso coletivo devem ser numeradas se-
por qualquer veículo. quencialmente, sem repetição de números.
§ 1º A área de que trata o caput é estabelecida pelas autorida- Art. 10. As vagas reservadas nos termos desta Resolução de-
des máximas locais representativas da União, dos Estados, Distrito vem ser sinalizadas pelo órgão ou entidade de trânsito com circuns-
Federal e dos Municípios, vinculadas à Segurança Pública. crição sobre a via, ou pelo proprietário, no caso de vias e áreas de
§ 2º O projeto, a implantação, a sinalização e a fiscalização estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.
das áreas de segurança são de competência do órgão ou entidade
executivo de trânsito com circunscrição sobre a via, decorrente de CAPÍTULO V
solicitação formal, cabendo-lhe aplicar as penalidades e medidas DAS CREDENCIAIS PARA ESTACIONAMENTO EM VAGAS DE
administrativas previstas no CTB. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E DE PESSOAS IDOSAS
§ 3º A área de segurança deve ser sinalizada com o sinal R-6c
“Proibido Parar e Estacionar”, com a informação complementar Art. 11. É obrigatório o uso da credencial do beneficiário para o
“Área de Segurança”. estacionamento nas vagas reservadas das quais trata este Capítulo.
Art. 12. A credencial deve ser emitida pelo órgão ou entidade
CAPÍTULO III executivo de trânsito do Município de domicílio da pessoa com de-
DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO PARA VEÍCULO DE ficiência com comprometimento de mobilidade ou da pessoa idosa
PESSOA COM DEFICIÊNCIA COM COMPROMETIMENTO DE e terá validade em todo o território nacional.
MOBILIDADE Parágrafo único. Caso o Município ainda não esteja integrado
ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), a credencial será expedida
Art. 7º As vagas reservadas ao estacionamento de veículos pelo órgão ou entidade executiva de trânsito do respectivo Estado
conduzidos por, ou que transportem, pessoa com deficiência com ou do Distrito Federal.
comprometimento de mobilidade são caracterizadas e regulamen- Art. 13. A credencial deve ser emitida conforme modelos cons-
tadas pela sinalização horizontal e marca delimitadora de estacio- tantes no Anexo IV e terá validade:
namento regulamentado, acompanhada do Símbolo Internacional I - de cinco anos, no caso de pessoa idosa ou de pessoa com
de Acesso (SIA), nos termos do Anexo I. deficiência com comprometimento de mobilidade permanente; ou
§ 1º A critério do órgão ou entidade executivo de trânsito com II - indicada pelo médico, no caso de pessoa com deficiência
circunscrição sobre a via, pode ser utilizado o sinal vertical de regu- com comprometimento de mobilidade temporária, não excedendo
lamentação “Estacionamento regulamentado” - R-6b, com o SIA e a um ano.
mensagem “COM CREDENCIAL”, além de outras informações que o Art. 14. A credencial terá validade somente quando utilizada:
órgão entender necessárias. I - no original;
§ 2º A sinalização descrita neste artigo encontra-se especifica- II - dentro do período de validade;
da no Anexo I e deve respeitar os demais padrões e critérios esta- III - para transporte do beneficiário; e
belecidos pelo CONTRAN. IV - no painel do veículo com a frente voltada para cima.
§ 3º As vagas reservadas em áreas de estacionamento de es- Parágrafo Único. Mediante autorização do Município, a creden-
tabelecimentos privados de uso coletivo devem ser numeradas se- cial de estacionamento em formato digital será expedida pelo órgão
quencialmente, sem repetição de números. máximo executivo de trânsito da União, devendo ser impressa pelo
Art. 8º As vagas reservadas nos termos desta Resolução devem usuário.
ser sinalizadas pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição Art. 15. A credencial deve ser apresentada à autoridade de
sobre a via, ou pelo proprietário, no caso de vias e áreas de estacio- trânsito ou aos seus agentes, sempre que solicitada.
namento de estabelecimentos privados de uso coletivo. Art. 16. A credencial pode ser recolhida pela autoridade de
trânsito ou por seus agentes, quando:
I - não utilizada para o transporte do beneficiário;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - não utilizada em sua via original, sendo vedado o uso de Art. 22. Os Anexos desta Resolução encontra-se disponíveis no
cópias ou reproduções de qualquer espécie; sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.
III - utilizada com rasura ou qualquer forma de alteração ou fal- Art. 23. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
sificação; ou I - nº 302, de 18 de dezembro de 2008;
IV - utilizada fora do prazo de validade. II - nº 303, de 18 de dezembro de 2008; e
Art. 17. Constatada qualquer irregularidade no uso ou na emis- III - nº 304, de 18 de dezembro de 2008.
são da credencial, o órgão ou entidade executivo de trânsito res- Art. 24 Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022.
ponsável por sua emissão poderá, a qualquer tempo, suspender ou
cassar a credencial, assegurado o devido processo legal, sem preju- Prezado candidato, a os anexos da Resolução na íntegra está
ízo de eventual responsabilidade criminal. disponível para consulta em:
Art. 18. A credencial não exime o beneficiário do pagamento de https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/
cobranças em estacionamento rotativo pago, em estabelecimentos conteudo-contran/resolucoes/resolucao9652022anexos.pdf
privados de uso coletivo, entre outros.
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 964, DE 17 DE MAIO DE 2022
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do equipamento su-
plementar de segurança passiva - Air Bag, na parte frontal, para
Art. 19. Fica vedado destinar parte da via para estacionamen- o condutor e o passageiro do assento dianteiro, dos veículos das
to privativo de qualquer veículo em situações de uso não previstas categorias M1 e N1.
nesta Resolução.
Art. 20. A partir da entrada em vigor desta Resolução: O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
I - os órgãos ou entidades de trânsito com circunscrição sobre a competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
via e os proprietários dos estabelecimentos privados de uso coleti- 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
vo terão até cinco anos para realizar as adequações necessárias na (CTB), com base no que consta nos autos do processo administrati-
sinalização das suas respectivas áreas de estacionamento; e vo nº 50000.005075/2022-79, resolve:
II - os órgãos ou entidades de trânsito competentes terão até Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a obrigatoriedade do uso
dois anos para realizar as adequações necessárias no modelo da do equipamento suplementar de segurança passiva - Air Bag, na
credencial de que trata o Capítulo V. parte frontal, para o condutor e o passageiro do assento dianteiro,
§ 1º As credenciais emitidas antes ou durante o prazo de tran- dos veículos das categorias M1 e N1.
sição previsto no inciso II do caput, ainda que confeccionadas sob Art. 2º O disposto nesta Resolução aplica-se a todos os veícu-
as regras da Resolução CONTRAN nº 303, de 18 de dezembro de los, nacionais ou importados, das categorias M1 e N1, fabricados a
2008, ou da Resolução CONTRAN nº 304, de 18 de dezembro de partir de 1º de janeiro de 2014, assim considerados:
2008, produzirão seus efeitos até o término de seu regular prazo I - categoria M1: veículo projetado e construído para o trans-
de validade. porte de passageiros que tenha até oito assentos, além do assento
§ 2º As credenciais emitidas sob as regras da Resolução CON- do motorista; e
TRAN nº 303, de 2008, e da Resolução CONTRAN nº 304, de 2008, II - categoria N1: veículo projetado e construído para o trans-
sem prazo de validade, produzirão seus efeitos por período máximo porte de cargas e que tenha massa de até 3,5 t.
de cinco anos a partir da entrada em vigor desta Resolução, após o Art. 3º Para fins desta Resolução, define-se:
que deverão ser substituídas pelo modelo constante do Anexo III. I - Air Bag: Equipamento suplementar de retenção que objetiva
Art. 21. O descumprimento do disposto nesta Resolução impli- amenizar o contato de uma ou mais partes do corpo do ocupante
cará, conforme o caso, na aplicação ao infrator das seguintes pena- com o interior do veículo, composto por um conjunto de sensores
lidades e medidas administrativas previstas no CTB: colocados em lugares estratégicos da estrutura do veículo, central
I - art. 181, inciso XVII: quando o veículo estiver estacionado de controle eletrônica e dispositivo gerador de gás propulsor para
em desacordo com o horário, o local, ou qualquer outra condição inflar a bolsa de tecido resistente;
regulamentada especificamente pela sinalização, nos termos desta II - fabricante de veículos de pequena série: aquele cuja pro-
Resolução; dução está limitada a trinta veículos por marca/modelo e cem uni-
II - art. 181, inciso XIX: quando o veículo estiver estacionado em dades totais no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada
locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinali- ano;
zação, nos termos desta Resolução; III - fabricante de veículos artesanais: pessoa física ou jurídica
III - art. 181, XX: quando o veículo estiver estacionado nas va- que fabrica para uso próprio, em conformidade com normativo es-
gas reservadas às pessoas com deficiência ou pessoas idosas, sem pecífico do CONTRAN;
credencial que comprove tal condição, ou ainda com credencial nas IV - réplica: veículo produzido por fabricante de pequena série
condições que a invalidam, nos termos desta Resolução; e que:
IV - art. 182, X: quando o veículo estiver parado em locais e a) assemelha-se a outro veículo que foi descontinuado há pelo
horários estacionamento e parada proibidos pela sinalização, nos menos 30 anos; ou
termos desta Resolução. c) possua licença do fabricante original ou de seus sucessores
Parágrafo único. As situações infracionais descritas neste arti- ou cessionários, ou do atual proprietário de tais direitos;
go não afastam a possibilidade de aplicação de outras penalidades V - buggy: automóvel para utilização especial em atividade de
previstas no CTB. lazer, capaz de circular em terrenos arenosos, dotado de rodas e
pneus largos, normalmente sem capota e portas, e que, estando
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

com a massa em ordem de marcha, em superfície plana, com as M2 Veículo projetado e construído para o
rodas dianteiras paralelas à linha do centro longitudinal do veículo transporte de passageiros que tenha
e os pneus inflados com a pressão recomendada pelo fabricante, mais que oito assentos, além do assen-
apresenta ângulo de ataque mínimo de 25°; ângulo de saída mí- to do motorista, e que tenha massa de
nimo de 20°; altura livre do solo, entre eixos, mínima de 200 mm até 5 t.
e altura livre do solo, sob os eixos dianteiro e traseiro, mínima de
180 mm. M3 Veículo projetado e construído para o
Art. 4º Estão dispensados do atendimento dos requisitos desta transporte de passageiros que tenha
Resolução: mais que oito assentos, além do as-
I - veículos fora-de-estrada; sento do motorista, e que tenha massa
II - veículos especiais, definidos pela Norma NBR 13776 da As- superior a 5 t.
sociação Brasileira de Normas Técnicas; N Veículo automotor com pelo menos
III - veículos de uso bélico; quatro rodas, projetado e construído
IV - veículos resultantes de transformações de veículos sujeitos para o transporte de cargas.
a homologação compulsória, cuja data de fabricação do veículo ori-
ginal objeto de transformação seja anterior a 1º de janeiro de 2014; N1 Veículo projetado e construído para o
V - veículos produzidos por fabricante de pequena série; e transporte de cargas que tenha massa
VI - veículos de fabricação artesanal, réplicas e buggy. de até 3,5 t.
Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN: N2 Veículo projetado e construído para o
I - nº 311, de 03 de abril de 2009; transporte de cargas que tenha massa
II - nº 394, de 13 de dezembro de 2011; superior a 3,5 t e até 12 t.
III - nº 534, de 17 de junho de 2015; e
N3 Veículo projetado e construído para o
IV - nº 597, de 24 de maio de 2016.
transporte de cargas que tenha massa
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022
superior a 12 t.
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 915, DE 28 DE MARÇO DE 2022 O Reboque ou semirreboque.
O1 Reboque ou semirreboque que tenha
Dispõe sobre os procedimentos para avaliação dos sistemas massa de até 0,75 t.
de freios de veículos e sobre a obrigatoriedade do uso do sistema
antitravamento das rodas (ABS) e/ou frenagem combinada das O2 Reboque ou semirreboque que tenha
rodas (CBS). massa superior a 0,75 t e até 3,5 t.
O3 Reboque ou semirreboque que tenha
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das massa superior a 3,5 t e até 10 t.
atribuições que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro O4 Reboque ou semirreboque que tenha
(CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra- massa superior a 10 t.
tivo nº 50000.033358/2021-20, resolve: L Veículo automotor com duas, três ou
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os procedimentos para ava- quatro rodas, que se enquadre nos
liação dos sistemas de freios de veículos e sobre a obrigatoriedade itens a seguir:
do uso do sistema antitravamento das rodas (ABS) e/ou frenagem
L1 Veículo com duas rodas, com motor
combinada das rodas (CBS).
cuja cilindrada, no caso de motor tér-
mico, não exceda a 50 cm³ ou, no caso
CAPÍTULO I
de motor de propulsão elétrica, tenha
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
potência nominal máxima de 4 kW
e, seja qual for o meio de propulsão,
Art. 2º Para efeito desta Resolução, serão utilizadas as classifi-
a velocidade máxima de projeto não
cações conforme tabela a seguir:
exceda a 50 km/h.
L2 Veículo com três rodas, em qualquer
Categoria M Veículo automotor com pelo menos
configuração, com motor cuja cilin-
quatro rodas, projetado e construído
drada, no caso de motor térmico, não
para o transporte de passageiros.
exceda a 50 cm³ ou, no caso de motor
M1 Veículo projetado e construído para o de propulsão elétrica, tenha potência
transporte de passageiros que tenha nominal máxima de 4 kW e, seja qual
até oito assentos, além do assento do for o meio de propulsão, a velocidade
motorista. máxima de projeto não exceda a 50
km/h.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

L3 Veículo com duas rodas, com motor III - fabricante de veículos de pequena série: aquele cuja pro-
cuja cilindrada, no caso de motor dução está limitada a trinta veículos por marca/modelo e cem uni-
térmico, exceda a 50 cm³ ou, no caso dades totais no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada
de motor de propulsão elétrica, tenha ano;
potência nominal máxima superior a 4 IV - fabricante de veículos artesanais: pessoa física ou jurídica
kW ou, seja qual for o meio de propul- que fabrica para uso próprio, em conformidade com normativo es-
são, a velocidade máxima de projeto pecífico do CONTRAN;
exceda a 50 km/h. V - réplica: veículo produzido por fabricante de pequena série
e que:
L4 Veículo com três rodas, com configu- a) assemelha-se a outro veículo descontinuado há pelo menos
ração assimétrica em relação ao plano trinta anos; ou
longitudinal médio, com motor cuja ci- b) possua licença do fabricante original, seus sucessores ou
lindrada, no caso de motor térmico, ex- cessionários, ou atual proprietário de tais direitos; e
ceda a 50 cm³ ou, seja qual for o meio VI - buggy: automóvel para utilização especial em atividade de la-
de propulsão, a velocidade máxima de zer, capaz de circular em terrenos arenosos, dotado de rodas e pneus
projeto exceda a 50 km/h. Motocicleta largos, normalmente sem capota e portas, e que, estando com a massa
com carro lateral (sidecar). em ordem de marcha, em superfície plana, com as rodas dianteiras
L5 Veículo com três rodas, com configu- paralelas à linha do centro longitudinal do veículo e os pneus inflados
ração simétrica em relação ao plano com a pressão recomendada pelo fabricante, apresenta um ângulo de
longitudinal médio, com motor cuja ataque mínimo de 25°; ângulo de saída mínimo de 20°; altura livre do
cilindrada, no caso de motor térmico, solo, entre eixos, mínima de 200 mm e altura livre do solo, sob os eixos
exceda a 50 cm³ ou, seja qual for o dianteiro e traseiro, mínima de 180 mm.
meio de propulsão, a velocidade máxi-
ma de projeto exceda a 50 km/h. CAPÍTULO II
DOS SISTEMAS DE FREIOS DE VEÍCULOS
L6 Veículo com quatro rodas, cujo peso
sem carga é de até 350 kg , excluí- Art. 4º Todo veículo novo, nacional ou importado, deve atender
do o peso das baterias dos veículos aos requisitos mínimos de desempenho do sistema de freios esta-
elétricos, e cuja velocidade máxima belecidos pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técni-
de projeto seja de até 45 km/h e a cas (ABNT) NBR 10966-1, NBR 10966-2, NBR 10966-3, NBR 10966-4,
cilindrada não seja superior a 50 cm³ NBR 10966-5, NBR 10966-6, NBR 10.966-7 e NBR 16.068, ou pelas
para motores de ignição por faísca, suas sucedâneas, consoante o tipo de veículo.
ou aqueles cuja potência útil máxima Parágrafo único. Aplicam-se as disposições do caput aos veí-
não exceda 4 kW, no caso de outros culos:
motores de combustão interna, ou I - automotores;
aquele cuja potência nominal máxima II - elétricos; e
contínua não exceda 4 kW no caso de III - reboques e semirreboques com peso bruto total (PBT) su-
motores elétricos. perior a 0,75 t.
x L7 Veículo com quatro rodas, com exce-
ção dos classificados na categoria L6, CAPÍTULO III
cujo peso sem carga é inferior ou igual DOS SISTEMAS ANTITRAVAMENTO DAS RODAS (ABS) E DOS
a 400 kg, ou a 550 kg para os veículos SISTEMAS DE FRENAGEM COMBINADA DAS RODAS (CBS)
utilizados no transporte de carga, ex-
cluído o peso das baterias dos veículos Art. 5º É obrigatória a utilização do sistema de antitravamento
elétricos, e cuja potência nominal de rodas (ABS) nos veículos das categorias M1, M2, M3, N1, N2, N3,
máxima contínua não exceda a 15 kW O3 e O4, nacionais e importados.
Art. 6º É obrigatória a instalação do sistema antitravamento
Art. 3º Para efeito desta Resolução, define-se: das rodas (ABS) ou do sistema de frenagem combinada das rodas
I - sistema antitravamento das rodas (ABS): sistema composto (CBS) nos veículos das categorias L3, L4, L5, L6 e L7.
por unidade de comando eletrônica, sensores de velocidade das ro- § 1º Os veículos de que trata o caput, devem ser fabricados ou
das e unidade hidráulica ou pneumática cuja finalidade é evitar o importados com:
travamento das rodas durante o processo de frenagem; I - ABS em todas as rodas, no caso dos veículos com cilindrada
II - sistema de frenagem combinada das rodas (CBS): sistema igual ou superior a 300 cm³ ou, no caso de elétricos, com potência
que distribui proporcionalmente a força de frenagem para as rodas, igual ou superior a 22 kW; e
de forma a garantir desaceleração rápida e segura, independente II - ABS ou CBS, no caso dos veículos com cilindrada inferior a
dos sistemas serem dotados de disco ou tambor; 300 cm³ ou, no caso de elétricos, com potência inferior a 22 kW.
§ 2º O ABS nos veículos de que trata o inciso II do § 1º pode ser
aplicado em uma ou mais rodas do veículo.
§ 3º Faculta-se a utilização simultânea do ABS e do CBS.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 7º Ficam dispensados do cumprimento dos requisitos dos Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a concessão de código de
arts. 5º e 6º: marca/modelo/versão, bem como sobre a permissão de modifica-
I - os veículos de uso bélico; ções em veículos previstas nos arts. 98 e 106 da Lei nº 9.503, de 23
II - os veículos de uso exclusivo fora de estrada; de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
III - os veículos resultantes de transformações de veículos sujei- (CTB).
tos a homologação compulsória, cuja data de fabricação do veículo
original objeto de transformação seja anterior a 1º de janeiro de CAPÍTULO I
2014; DA CONCESSÃO DE CÓDIGO DE MARCA/ MODELO/ VERSÃO
IV - os veículos de fabricantes de pequena série;
V - os veículos de fabricação artesanal; Art. 2º Todos os veículos fabricados, montados e encarroçados,
VI - as réplicas de veículos; nacionais ou importados, devem possuir código de marca/modelo/
VII - os automóveis de carroceria buggy; versão específico, o qual deve ser concedido conjuntamente à emis-
VIII - os ciclomotores com potência até 4 kW e que não ultra- são, pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, do Certifi-
passem a velocidade de 50 km/h; e cado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT).
IX - os veículos elétricos com cabine fechada, possuindo eixo Parágrafo único. Ao requerer a concessão do código específico
dianteiro e traseiro, dotado de quatro rodas, com massa em ordem de marca/modelo/versão e emissão do CAT o interessado deve:
de marcha não superior a 400 kg, ou 550 kg no caso dos veículos I - respeitar as classificações de veículos previstas no Anexo I; e
destinados ao transporte de cargas, excluída a massa das baterias, II - atender aos procedimentos estabelecidos pelo órgão máxi-
cuja potência máxima do motor seja de até 15 kW. mo executivo de trânsito da União.

CAPÍTULO IV CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS DAS MODIFICAÇÕES DE VEÍCULOS

Art. 8º O órgão máximo executivo de trânsito da União pode, Art. 3º As modificações permitidas em veículos, bem como a
a qualquer tempo, solicitar às empresas fabricantes, importadores, aplicação, a exigência para cada modificação e a nova classificação
transformadoras ou encarroçadoras de veículos a apresentação dos dos veículos após modificados para fins de registro e emissão do
resultados de ensaios que comprovem o atendimento das exigên- Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo Eletrônico (CRL-
cias estabelecidas nesta Resolução. V-e), constam dos Anexos IV e V.
Art. 9º O órgão máximo executivo de trânsito da União, com Art. 4º Para a realização de modificação em veículo já registra-
base em fundamentação técnica, pode admitir, para efeito de com- do, exige-se:
provação do atendimento das exigências desta Resolução, resul- I - prévia autorização da autoridade responsável pelo registro e
tados de testes e ensaios obtidos por procedimentos similares de licenciamento do veículo, conforme dispõe o art. 98 do CTB;
mesma eficácia, realizados no exterior. II - obtenção de novo código de marca/modelo/versão e emis-
Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN: são de CAT junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União,
I - nº 380, de 28 de abril de 2011; quando se tratar das modificações previstas no Anexo IV.
II - nº 395, de 13 de dezembro de 2011; III - realização de inspeção de segurança veicular para emissão
III - nº 509, de 27 de novembro de 2014; do Certificado de Segurança Veicular (CSV), expedido por Instituição
IV - nº 519, de 29 de janeiro de 2015; Técnica Licenciada (ITL) em atendimento ao art. 106 do CTB, respei-
V - nº 535, de 17 de junho de 2015; tadas as disposições constantes nos Anexos IV e V.
VI - nº 596, de 24 de maio de 2016; Art. 5º Após a realização da modificação, o proprietário de ve-
VII - nº 606, de 24 de maio de 2016; e ículo deve apresentar ao órgão ou entidade executivo de trânsito
VIII - nº 657, de 14 de fevereiro de 2017. da unidade federativa em que o veículo estiver registrado cópia dos
Art. 11. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022. seguintes documentos:
I - CAT emitido em favor da empresa responsável pela modifica-
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 916, DE 28 DE MARÇO DE 2022 ção, quando se tratar das modificações previstas no Anexo IV;
II - nota fiscal da modificação; e
Dispõe sobre a concessão de código de marca/modelo/ver- III - CSV.
são, bem como sobre a permissão de modificações em veículos Art. 6º O órgão ou entidade executivo de trânsito da unidade
previstas nos arts. 98 e 106 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de federativa em que o veículo modificado estiver registrado deve:
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). I - juntar os documentos de que trata o art. 5º ao prontuário
do veículo;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das II - alterar os dados do veículo no cadastro estadual, com a nova
atribuições que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de marca/modelo/versão na Base Índice Nacional (BIN); e
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro III - expedir novo CRLV-e com as modificações realizadas e com
(CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra- o número do CSV emitido registrado em campo específico ou, quan-
tivo nº 50000.005632/2022-51, resolve: do este não existir, no campo das observações desses documentos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO III Art. 10. Ficam proibidas:


DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA REGISTRO E I - a utilização de conjunto roda/pneu que:
MODIFICAÇÃO DE VEÍCULOS a) ultrapasse os limites externos dos para-lamas do veículo; ou
b) que em qualquer condição de uso, especialmente nas con-
Art. 7º Somente serão registrados, licenciados e emplacados dições extremas de funcionamento dos sistemas de suspensão e
com motor alimentado a óleo diesel, os veículos autorizados con- direção, tais como esterçamento máximo para ambos os lados, ex-
forme a Portaria nº 23, de 6 de junho de 1994, baixada pelo extinto tensão máxima e contração máxima do curso da suspensão, possa
Departamento Nacional de Combustíveis (DNC), do Ministério de entrar em contato com qualquer elemento da carroceria, suspen-
Minas e Energia e regulamentação especifica do órgão máximo exe- são ou qualquer outra parte do veículo;
cutivo de trânsito da União. II - o aumento ou diminuição do diâmetro externo do conjunto
Art. 8º Os veículos que sofrerem alterações no sistema de sus- roda/pneu além da tolerância de ± 3%, a ser aplicada sobre o valor,
pensão ficam obrigados a atender aos seguintes limites e exigên- em milímetro, do diâmetro externo do conjunto roda/pneus origi-
cias: nal de fábrica do veículo em questão;
I - veículos com Peso Bruto Total (PBT) até 3.500 kg: III - a substituição do chassi ou monobloco de veículo por ou-
a) o sistema de suspensão poderá ser fixo ou regulável; tro chassi ou monobloco, nos casos de modificação, furto/roubo
b) a altura mínima permitida para circulação deve ser maior ou ou sinistro de veículos, com exceção de sinistros em motocicletas
igual a 100 mm, medidos verticalmente do solo ao ponto mais baixo e assemelhados;
da carroceria ou chassi, conforme figura apresentada no Anexo IV - a adaptação de quarto eixo em caminhão, salvo quando se
VI; e tratar de eixo direcional ou autodirecional;
c) o conjunto de rodas e pneus não poderá tocar parte alguma V - a instalação de fonte luminosa de descarga de gás em veícu-
do veículo quando submetido ao teste de esterçamento; los automotores, excetuada a substituição em veículo originalmen-
II - veículos com PBT acima de 3.500 kg: te dotado deste dispositivo;
a) em qualquer condição de operação, o nivelamento da lon- VI - a inclusão de eixo auxiliar veicular em semirreboque com
garina não deve ultrapassar dois graus a partir de uma linha hori- comprimento igual ou inferior a 10,50 m, dotado ou não de quinta
zontal; roda;
b) a verificação do cumprimento do disposto na alínea “a” deve VII - a modificação da estrutura original de fábrica dos veículos
ser feita conforme o Anexo VII; para aumentar a capacidade de carga, visando o uso do combustível
c) as dimensões de intercambialidade entre o caminhão trator diesel;
e o rebocado devem respeitar a norma NBR NM ISO 1.726; e VIII - a utilização de chassi de ônibus para sua modificação em
d) é vedada a alteração na suspensão dianteira, exceto para ins- veículo de carga; e
talação do sistema de tração ou para incluir ou excluir eixo auxiliar, IX - a instalação e a utilização do Gás Liquefeito de Petróleo
direcional ou autodirecional. (GLP) como combustível nos veículos automotores, exceto nas má-
§ 1º Os veículos que tiverem sua suspensão modificada, em quinas utilizadas para carregar e descarregar mercadorias, denomi-
qualquer condição de uso, devem ter inseridos no campo das ob- nadas de “empilhadeiras”.
servações do CRLV-e a altura livre do solo. § 1º Veículos com instalação de fonte luminosa de descarga de
§ 2º Não se aplicam as disposições deste artigo aos veículos de gás com CSV emitido até 07 de junho de 2011 poderão circular até
duas ou três rodas e aos quadriciclos. a data de seu sucateamento, desde que o equipamento esteja em
§ 3º Compete a cada entidade executora das modificações e conformidade com normativo do CONTRAN específico sobre os sis-
ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo atendimento às temas de iluminação e sinalização de veículos.
exigências em vigor. § 2º Excetuam-se da proibição prevista no inciso II os veículos
Art. 9º É permitido, para fins automotivos, exceto para ciclo- classificados na espécie misto, tipo utilitário, carroçaria jipe, desde
motores, motonetas, motocicletas e triciclos, o uso do Gás Natural que observados os limites de diâmetro externo do conjunto pneu/
Veicular (GNV) como combustível. roda fixados pelo fabricante.
§ 1º Os componentes do sistema devem estar certificados no § 3º Fica permitida a extensão dos para-lamas, inclusive com o
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, con- uso de alargadores e similares, desde que cumpram:
forme regulamentação específica do Instituto Nacional de Metrolo- I - com a função de abrigar o conjunto roda/pneu, evitar a pro-
gia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). jeção de detritos e o contato de pessoas e objetos com o conjunto
§ 2º Por ocasião do registro será exigido dos veículos automo- durante sua operação;
tores que utilizarem o GNV como combustível: II - com os requisitos técnicos dos dispositivos protetores de
rodas previstos na Resolução CONTRAN nº 888, de 13 de dezembro
I - CSV, constando a identificação do instalador responsável de 2021, ou suas sucedâneas; e
pela execução do serviço devidamente registrado pelo INMETRO; e III - com as disposições do art. 98 do CTB.
II - o Certificado Ambiental para uso de Gás Natural em Veícu- Art. 11. A inclusão de quarto eixo veicular em veículo semirre-
los Automotores (CAGN), expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio boque somente pode ser realizada se:
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ou a aposi- I - o implemento for dotado de sistema de freios ABS;
ção do número do CAGN no CSV. II - no processo de inspeção de segurança veicular para obten-
§ 3º A cada licenciamento, o proprietário de veículo que utiliza ção do CSV for apresentado à ITL:
o GNV como combustível deve apresentar novo CSV ao respectivo
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estados ou do Distrito
Federal.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) laudo técnico estrutural, acompanhado da respectiva Anota- § 2º A comprovação de procedência de que trata o § 1º deve
ção de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional responsável ser realizada por meio de nota fiscal original de venda ou mediante
pela análise, concluindo que o chassi suporta transitar com 58,5 t declaração do proprietário, responsabilizando-se civil e criminal-
de Peso Bruto Total Combinado (PBTC); e mente pela procedência lícita do equipamento veicular.
b) laudo do sistema de freios acompanhado de esquema pneu-
mático, comprimento de tubulações, posicionamento das válvulas, CAPÍTULO IV
capacidade do reservatório de ar e esquema elétrico para que pos- DO CADASTRO DE VEÍCULOS NO RENAVAM
sa ser verificado durante a inspeção;
III - atender às Combinações de Veículos para Transporte de Art. 16. Os veículos que vierem a ser pré-cadastrados, cadastra-
Carga (CVC) dispostas em Portaria do órgão máximo executivo de dos ou que efetuarem as modificações previstas no Anexo V devem
trânsito da União. ser classificados conforme o Anexo I.
§ 1º A ITL responsável pela inspeção técnica de segurança vei- § 1º Aplica-se aos veículos inacabados apenas o pré-cadastro.
cular deve checar se as informações apresentadas são condizentes § 2º Os veículos já registrados devem ter seus cadastros ade-
com o veículo inspecionado. quados à classificação constante no Anexo I, sempre que houver
§ 2º Apenas os CSV emitidos a partir da entrada em vigor desta emissão de novo CRLV-e.
Resolução possuem validade para a certificação da segurança de
veículos semirreboques dotados de quatro eixos. CAPÍTULO V
Art. 12. Para a inclusão ou modificação de eixo veicular, de eixo DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
direcional e/ou de eixo autodirecional em caminhão, caminhão-tra-
tor, ônibus, reboques e semirreboques, exige-se: Art. 17. Pela inobservância ao disposto nesta Resolução, inde-
I - CSV; pendentemente das demais penalidades previstas em outras legis-
II - nota fiscal do eixo; lações, aplicam-se as penalidades e medidas administrativas previs-
III - certificado de avaliação da conformidade do eixo veicular, tas nos seguintes artigos do CTB:
em atendimento à regulamentação do INMETRO; I - art. 230, inciso VII: quando da ausência de autorização prévia
IV - ART, emitida por profissional legalmente habilitado, para a do órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
adaptação de eixo direcional ou de eixo autodirecional; e Federal para a modificação das características do veículo; e
V - notas fiscais dos componentes de direção. II - art. 230, inciso XII: quando o veículo for movido por GLP.
§ 1º Os eixos veiculares, direcional e autodirecional de que tra- Parágrafo único. As situações infracionais descritas nos incisos
ta o caput, bem como os componentes de direção, de que trata o deste artigo não afastam a possibilidade de aplicação de outras pe-
inciso V, devem ser sem uso. nalidades previstas no CTB.
§ 2º A documentação disposta no inciso IV deve ser substituída Art. 18. Os Anexos desta Resolução encontram-se disponíveis
por certificado de avaliação da conformidade do eixo direcional ou no sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.
do eixo autodirecional, a partir do estabelecimento do programa Art. 19. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
de avaliação da conformidade pelo INMETRO para esses produtos. I - nº 78, de 19 de novembro de 1998;
§ 3º É vedada a inclusão, exclusão ou modificação de eixo vei- II - nº 115, de 05 de maio de 2000;
cular em configurações de veículos ou combinação de veículos de III - nº 291, de 29 de agosto de 2008;
carga e de passageiros que não atendam as disposições de normati- IV - nº 292, de 29 de agosto de 2008;
vo do órgão máximo executivo de trânsito da União. V - nº 319, de 05 de junho de 2009;
Art. 13. Em caso de complementação de veículo inacabado tipo VI - nº 369, de 24 de novembro de 2010;
caminhão, com carroçaria aberta ou fechada, os órgãos executivos VII - nº 384, de 02 de junho de 2011;
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal devem registrar no VIII - nº 397, de 13 de dezembro de 2011;
CRLV-e o comprimento da carroçaria. IX - nº 419, de 17 de outubro de 2012;
Art. 14. São consideradas alterações de cor aquelas realizadas X - nº 450, de 28 de agosto de 2013;
mediante pintura ou adesivamento em área superior a 50% do veí- XI - nº 463, de 27 de novembro de 2013;
culo, excluídas as áreas envidraçadas. XII - nº 479, de 20 de março de 2014;
Parágrafo único. Será atribuída a cor fantasia quando for im- XIII - nº 673, de 21 de junho de 2017; e
possível distinguir uma cor predominante no veículo. XIV - nº 847, de 08 de abril de 2021.
Art. 15. Na substituição de equipamentos veiculares, em veí- Art. 20. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022.
culos já registrados, os órgãos e entidades executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal devem exigir a apresentação dos RESOLUÇÃO Nº 525, DE 29 DE ABRIL DE 2015
seguintes documentos em relação ao equipamento veicular:
I - CSV; Dispõe sobre a fiscalização do tempo de direção do motorista
II - CAT do equipamento veicular; e profissional de que trata os artigos 67-A, 67-C e 67-E, incluídos no
III - nota fiscal do equipamento veicular. Código de Transito Brasileiro – CTB, pela Lei n° 13.103, de 02 de
§ 1º O documento previsto no inciso II deve ser substituído por março de 2015, e dá outras providências.
comprovação da procedência quando se tratar de equipamento vei-
cular usado ou reformado, fabricado antes de 7 de maio de 2002. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando
da competência que lhe confere o artigo 12 da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

(CTB), e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que IV – ficha de trabalho do autônomo: ficha de controle do tem-
dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT): po de direção e do intervalo de descanso do motorista profissional
e autônomo, que deverá sempre acompanhá-lo no exercício de sua
CONSIDERANDO a publicação da Lei nº Lei n° 13.103, de 02 de profissão.
março de 2015, que dispõe sobre o exercício da profissão de moto- Art. 2º A fiscalização do tempo de direção e do intervalo de
rista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo descanso do motorista profissional dar-se-á por meio de:
DecretoLei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nos 9.503, de I - Análise do disco ou fita diagrama do registrador instantâneo
23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, e inalterável de velocidade e tempo ou de outros meios eletrônicos
de 5 de janeiro de 2007 (empresas e transportadores autônomos de idôneos instalados no veículo, na forma regulamentada pelo CON-
carga), para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção TRAN; ou
do motorista profissional; altera a Lei nº 7.408, de 25 de novembro II - Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho
de 1985; revoga dispositivos da Lei nº 12.619, de 30 de abril de externo, fornecida pelo empregador; ou
2012; e dá outras providências; III – Verificação da ficha de trabalho do autônomo, conforme
CONSIDERANDO o disposto na Lei 10.350, de 21 de dezembro Anexo I desta Resolução.
de 2001, que definiu motorista profissional como o condutor que
exerce atividade remunerada ao veículo; § 1º A fiscalização por meio dos documentos previstos nos inci-
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº. 7.290, de 19 de dezem- sos II e III somente será feita quando da impossibilidade da compro-
bro de 1984, que define a atividade do Transportador Rodoviário vação por meio do disco ou fita diagrama do registrador instantâneo
Autônomo de Bens e dá outras providências; e inalterável de velocidade e tempo do próprio veículo fiscalizado.
CONSIDERANDO o disposto na Lei 11.442, de 05 de janeiro de § 2º O motorista profissional autônomo deverá portar a ficha
2007, que define o Transportador Autônomo de Cargas – TAC como de trabalho das últimas 24 (vinte quatro) horas.
a pessoa física que exerce sua atividade profissional mediante re- § 3º Os documentos previstos nos incisos II e III deverão possuir
muneração; espaço, no verso ou anverso, para que o agente de trânsito possa
CONSIDERANDO que o registrador instantâneo e inalterável de registrar, no ato da fiscalização, seu nome e matrícula, data, hora
velocidade e tempo é obrigatório em todos os veículos menciona- e local da fiscalização, e, quando for o caso, o número do auto de
dos no inciso II do artigo 105, do CTB; infração.
CONSIDERANDO a necessidade de redução da ocorrência de § 4º Para controle do tempo de direção e do intervalo de des-
acidentes de trânsito e de vítimas fatais nas vias públicas envolven- canso, quando a fiscalização for efetuada de acordo com o inciso I,
do veículos de transporte de escolares, de passageiros e de cargas; deverá ser descontado da medição realizada, o erro máximo admi-
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentação dos meios tido de 2 (dois) minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas e 10 (dez)
a serem utilizados para a comprovação do registro do tempo de di- minutos a cada 7 (sete) dias.
reção e repouso nos termos da Lei 13.103, de 02 de março de 2015; § 5º Os documentos previstos nos incisos II e III servirão como
CONSIDERANDO o disposto no artigo 8º da Lei Complementar autorização de transporte prevista no artigo 8º da Lei Complemen-
nº. 121, de 9 de fevereiro de 2006, que cria o Sistema Nacional de tar nº. 121, de 9 de fevereiro de 2006, desde que contenham o ca-
Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e rimbo e assinatura do representante legal da empresa.
dá outras providências; e Art. 3º. O motorista profissional, no exercício de sua profissão
CONSIDERANDO o que consta no processo nº e na condução de veículos mencionados no caput do art. 1º, fica
80020.002766/2015-14; submetido às seguintes condições, conforme estabelecido nos arts.
RESOLVE: 67-C e 67-E da Lei 13.103, de 2015:
I - É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cin-
Art. 1º Estabelecer os procedimentos para fiscalização do tem- co) horas e meia ininterruptas veículos de transporte rodoviário co-
po de direção e descanso do motorista profissional na condução letivo de passageiros ou de transporte rodoviário de cargas;
dos veículos de transporte e de condução de escolares, de transpor- II - Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro
te de passageiros com mais de 10 (dez lugares) e de carga com peso de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de transporte de car-
bruto total superior a 4.536 (quatro mil e quinhentos e trinta e seis) ga, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção
quilogramas, para cumprimento das disposições da Lei n° 13.103, desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no
de 02 de março de 2015. exercício da condução;
Parágrafo único. Para efeito desta Resolução, serão adotadas as III - Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a cada
seguintes definições: Não se altera. 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de passageiros,
I – motorista profissional: condutor que exerce atividade remu- sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção;
nerada ao veículo. IV - Em situações excepcionais de inobservância justificada do
II - tempo de direção: período em que o condutor estiver efeti- tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de direção
vamente ao volante de um veículo em movimento. poderá ser elevado pelo período necessário para que o condutor, o
III – intervalo de descanso: período de tempo em que o condu- veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segurança e o
tor estiver efetivamente cumprindo o descanso estabelecido nesta atendimento demandados, desde que não haja comprometimento
Resolução, comprovado por meio dos documentos previstos no art. da segurança rodoviária;
2º, não computadas as interrupções involuntárias, tais como as de-
correntes de engarrafamentos, semáforo e sinalização de trânsito.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

V - O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e culo estabelecido pelo CTB, exceto quando se tratar do motorista
quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de descanso, profissional enquadrado no § 5º do art. 71 da Consolidação das Leis
que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com Trabalhistas.
os intervalos mencionados no inciso II, observadas, no primeiro pe- Art. 5º Compete ao órgão ou entidade de trânsito com circuns-
ríodo, 8 (oito) horas ininterruptas de descanso; crição sobre a via em que ocorrer a abordagem do veículo a fiscali-
VI - Entende-se como tempo de direção ou de condução ape- zação das condutas previstas nesta Resolução.
nas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante, Art. 6º O descumprimento dos tempos de direção e descanso
em curso entre a origem e o destino; previstos nesta Resolução sujeitará o infrator à aplicação das pena-
VII - Entende-se como início de viagem a partida do veículo na lidades e medidas administrativas previstas no inciso XXIII art. 230
ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua do CTB.
continuação as partidas nos dias subsequentes até o destino; § 1º A medida administrativa de retenção do veículo será apli-
VIII - O condutor somente iniciará uma viagem após o cumprimento cada:
integral do intervalo de descanso previsto no inciso V deste artigo; I – por desrespeito aos incisos II e III do art. 3º, pelo período
IX - Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passagei- de 30 minutos, observadas as disposições do inciso IV do mesmo
ros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de artigo;
carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de II – por desrespeito ao inciso V do art. 3º, pelo período de 11
cargas ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que sub- horas.
contratado, que conduza veículo referido no caput sem a observân- § 2º No caso do inciso II, a retenção poderá ser realizada em
cia do disposto no inciso VIII; depósito do órgão ou entidade de trânsito responsável pela fiscali-
X - O descanso de que tratam os incisos II, III e V deste artigo zação, com fundamento no § 4º do art. 270 do CTB.
poderá ocorrer em cabine leito do veículo ou em poltrona corres- § 3º Não se aplicarão os procedimentos previstos nos §§ 1º e
pondente ao serviço de leito, no caso de transporte de passageiros, 2º, caso se apresente outro condutor habilitado que tenha observa-
devendo o descanso do inciso V ser realizado com o veículo estacio- do o tempo de direção e descanso para dar continuidade à viagem.
nado, ressalvado o disposto no inciso XI; § 4º Caso haja local apropriado para descanso nas proximida-
XI - Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas des o agente de trânsito poderá liberar o veículo para cumprimento
trabalhando no mesmo veículo, o tempo de repouso poderá ser fei- do intervalo de descanso nesse local, mediante recolhimento do
to com o veículo em movimento, assegurado o repouso mínimo de CRLV (CLA), o qual será devolvido somente depois de decorrido o
6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo respectivo período de descanso.
ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado, a cada 72 (setenta § 5º Incide nas mesmas penas previstas neste artigo o condutor
e duas) horas, nos termos do § 5º do art. 235-D e inciso III do art. que deixar de apresentar ao agente de trânsito qualquer um dos
235-E da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. meios de fiscalização previstos no art. 2º.
X - O motorista profissional é responsável por controlar e regis- § 6º A critério do agente, no caso do inciso I do § 1º deste
trar o tempo de condução estipulado neste artigo, com vistas à sua artigo, não se dará a retenção imediata de veículos de transporte
estrita observância; coletivo de passageiros, carga perecível e produtos perigosos, nos
XI - A não observância dos períodos de descanso estabelecidos termos do § 4º do art. 270 do CTB;
neste artigo sujeitará o motorista profissional às penalidades pre- Art. 7º As exigências estabelecidas nesta Resolução referentes
vistas no artigo 230, inciso XXIII, do código de Trânsito Brasileiro; ao transporte coletivo de passageiros, não exclui outras definidas
XII - O tempo de direção será controlado mediante registra- pelo poder concedente.
dor instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio Art. 8º As publicações de que trata o art. 11 da Lei nº 13.103, de
de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho 2015, poderão ser realizadas nos sítios eletrônicos dos órgãos que
externo, conforme o modelo do Anexo I desta Resolução, ou por menciona, devendo ser atualizadas sempre que houver qualquer
meios eletrônicos instalados no veículo, conforme regulamentação alteração.
específica do Contran, observada a sua validade jurídica para fins Art. 9º O estabelecimento reconhecido como ponto de parada
trabalhistas; e descanso, na forma do § 3º do art. 11 da Lei nº 13.103, de 02 de
XIII - O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcio- 2015, deverá contar com sinalização de indicação de serviços auxi-
nar de forma independente de qualquer interferência do condutor, liares, conforme modelos apresentados no Anexo II.
quanto aos dados registrados; Art. 10. As disposições dos incisos I, II, III e V do art. 3º desta
XIV - A guarda, a preservação e a exatidão das informações con- RESOLUÇÃO produzirão efeitos:
tidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de veloci- I - a partir da data da publicação dos atos de que trata o art. 8º
dade e de tempo são de responsabilidade do condutor. desta Resolução, para os trechos das vias deles constantes;
Art. 4º Nos termos dos incisos I e II do art. 235-E da Consolida- II - a partir da data da publicação das relações subsequentes,
ção das Leis Trabalhistas, para o transporte de passageiros, serão para as vias por elas acrescidas.
observados os seguintes dispositivos: Parágrafo único. Durante os primeiros 180 (cento e oitenta)
I - é facultado o fracionamento do intervalo de condução do dias de sujeição do trecho ao disposto na Consolidação das Leis do
veículo previsto na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Códi- Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
go de Trânsito Brasileiro - CTB, em períodos de no mínimo 5 (cinco) de 1943, e no CTB, com as alterações constantes da Lei 13.103, de
minutos; 2015, a fiscalização do seu cumprimento será meramente informa-
II - será assegurado ao motorista intervalo mínimo de 1 (uma) tiva e educativa.
hora para refeição, podendo ser fracionado em 2 (dois) períodos e Art. 11 Os anexos desta Resolução encontram-se disponíveis no
coincidir com o tempo de parada obrigatória na condução do veí- sitio eletrônico www.denatran.gov.br
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica- ANEXO II - SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO DOS POSTOS DE PA-
ção. RADA E DESCANSO RECONHECIDOS.
Art. 12. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 405, de 12
de junho de 2012, nº 408, de 02 de agosto de 2012, nº 417, de 12 de
setembro de 2012, nº 431, de 23 de janeiro de 2013, e nº 437, de 27
de março de 2013, e a Deliberação do Presidente do CONTRAN nº
134, de 16 de janeiro de 2013.

ANEXO I
FICHA DE TRABALHO DO AUTÔNOMO

RESOLUÇÃO Nº 528, DE 14 DE MAIO DE 2015

Dispõe acerca da proibição do registro e o licenciamento de


veículos automotores com o volante de direção no lado direito.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das


atribuições legais que lhe confere o inciso I, do art. 12 da Lei nº
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), e, conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de
2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito
(SNT);
Considerando o inciso I, do art. 29, do CTB, que define que a
circulação do trânsito de veículos no país far-se-á pelo lado direito;
Considerando que os projetos de iluminação para os veículos
em circulação no país observam técnicas específicas para circulação
pelo lado direito da via;
Considerando que a sinalização vertical é projetada para con-
dutores posicionados no lado esquerdo do veículo; e,
Considerando o que consta do processo nº 80000.017677/2014-
20;
RESOLVE:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 1º Fica proibido o registro e o licenciamento de veículos Art. 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Es-
automotores com o volante pertencente ao sistema de direção no tados e do Distrito Federal, quando do credenciamento dos profis-
lado direito. sionais, das instituições ou entidades para o processo de formação,
Parágrafo Único: Para os veículos de coleção, com mais de 30 atualização, reciclagem de condutores infratores e especialização,
anos de fabricação e com suas características originais de fabrica- deverão exigir a disponibilização do intérprete da LIBRAS, nos ter-
ção conservadas, não se aplica o caput deste artigo. mos do art. 1º desta Resolução.
Art. 2º Aos veículos em desacordo com esta Resolução serão Parágrado Único - A disponibilização do intérprete da LIBRAS
aplicadas as penalidades previstas no artigo 237 do Código de Trân- poderá ser comprovada por meio da capacitação de seus profissio-
sito Brasileiro. nais, ou por meio de convênios ou contratos com entidades espe-
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publica- cializadas.
ção.
Art. 3º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Esta-
RESOLUÇÃO Nº 558, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015. dos e do Distrito Federal poderão estabelecer exigências comple-
mentares para o perfeito funcionamento do disposto nesta Reso-
Dispõe sobre o acesso da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, lução.
para o candidato e condutor com deficiência auditiva quando da Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
realização de cursos e exames nos processos referentes à Carteira ção.
Nacional de Habilitação – CNH.
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 923, DE 28 DE MARÇO DE 2022
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da com-
petência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei 9.503, de 23 de Dispõe sobre o exame toxicológico de larga janela de detec-
setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB ção, em amostra queratínica, para a habilitação, renovação ou
e conforme Decreto nº 4.711 de 29 de maio de 2003, que dispõe mudança para as categorias C, D e E, decorrente da Lei nº 13.103,
sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; de 02 de março de 2015.
Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito nacio-
nal, os procedimentos para atender aos candidatos e condutores O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das
com deficiência auditiva, nos termos da Lei nº 10.098, de 19 de de- atribuições que lhe conferem os incisos I e X do art. 12 da Lei nº
zembro de 2000, regulamentada pelo Decreto nº 5.296/2004; 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Considerando a Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, Brasileiro (CTB), e com base no que consta nos autos do processo
dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, regulamen- administrativo nº 80000.010366/2017- 82, resolve:
tada pelo Decreto 5.626/2005; (Considerando o disposto nos
processos n. 80001.012018/2006-87, 80001.022070/2008-11, Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre as normas do exame toxi-
80001.012918/2009-77 e 80000.005375/2010-85). cológico de larga janela de detecção, em amostra queratínica, para
RESOLVE: a habilitação, renovação ou mudança as categorias C, D e E, decor-
rente da Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015.
Art. 1º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Esta- Art. 2º O exame toxicológico de larga janela de detecção, em
dos e do Distrito Federal deverão disponibilizar às pessoas com defi- amostra queratínica, para a habilitação, renovação ou mudança
ciência auditiva, o intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, para as categorias C, D e E, destinado à verificação do consumo,
nas seguintes fases do processo de habilitação: ativo ou não, de substâncias psicoativas, com análise retrospectiva
I – avaliação psicológica; mínima de 90 (noventa) dias, decorrente da Lei nº 13.103, de 2015,
II – exame de aptidão física e mental; deverá ser realizado de acordo com as diretrizes estabelecidas nes-
III – curso teórico técnico; ta Resolução e seus Anexos.
IV – curso de simulação de prática de direção veicular; Art. 3º O exame toxicológico deve possuir todas as suas eta-
V - exame teórico técnico; pas, pré-analíticas, analíticas e pósanalíticas, protegidas por cadeia
VI - curso de prática de direção veicular; de custódia com validade forense, incluindo desde o procedimento
VII – exame de direção veicular; de coleta do material biológico até o registro na base de dados do
VIII – curso de atualização; Registro Nacional de Condutores Habilitados (RENACH) e a entre-
IX- curso de reciclagem de condutores infratores; ga do laudo do exame ao condutor, garantindo a rastreabilidade
X – cursos de especialização. operacional, contábil e fiscal de todo o processo, aí compreendidas
§1º A atuação do intérprete da LIBRAS, deverá limitar-se a in- todas as etapas analíticas (descontaminação, extração, triagem e
formar ao candidato com deficiência auditiva a respeito do conteú- confirmação).
do dos procedimentos administrativos atinentes aos exames e cur- Art. 4º O exame toxicológico somente poderá ser realizado por
sos do processo de habilitação previstos nos incisos I a X do art. 1º laboratórios credenciados pelo órgão máximo executivo de trânsito
desta Resolução, vedada a interferência na tomada de decisões do da União.
candidato capazes de alterar o resultado da aferição da capacidade Parágrafo único. O órgão máximo executivo de trânsito da
do candidato. União, após receber requerimento devidamente instruído e pro-
§2º A atuação do intérprete poderá ser substituída por qual- tocolado, notificará o interessado acerca da viabilidade do pedido,
quer outro meio tecnológico hábil para a interpretação da LIBRAS. nos seguintes prazos:
I - noventa dias, para os requerimentos apresentados até 1º de
fevereiro de 2022; e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - sessenta dias, para os requerimentos apresentados a partir § 1º A validade do exame toxicológico será de 90 (noventa)
de 2 de fevereiro de 2022. dias, contados a partir da data da coleta da amostra, podendo seu
Art. 5º O credenciamento junto ao órgão máximo executivo de resultado ser utilizado nesse período para todos os fins previstos
trânsito da União será concedido aos laboratórios que comprova- no caput.
rem a condição de laboratório regularmente estabelecido, regula- § 2º O prazo de validade previsto no § 1º também se aplica ao
ridade fiscal, alvará de funcionamento concedido pela autoridade exame de que trata o § 2º do art. 148-A do CTB.
responsável, acreditação junto a organismo de acreditação e aten- Art. 11. O órgão máximo executivo de trânsito da União será
dimento integral às exigências estabelecidas nesta Resolução e seus responsável pelo credenciamento dos laboratórios para a realiza-
Anexos. ção do exame toxicológico de larga janela de detecção que atendam
§ 1º Os laboratórios deverão estar acreditados junto ao Institu- aos requisitos constantes desta Resolução e seus Anexos.
to Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) ou § 1º O credenciamento dos laboratórios terá validade de 4
entidade internacional com a qual o INMETRO possua acordo de re- (quatro) anos, podendo ser revogado a qualquer tempo, se não
conhecimento mútuo, de acordo com a norma ISO/IEC 17025, com mantidos, no todo ou em parte, os requisitos exigidos para o cre-
atendimento dos requisitos que incluam integralmente as “Diretri- denciamento.
zes sobre o exame de substâncias psicoativas em cabelos e pelos: § 2º O credenciamento poderá ser renovado a pedido, por igual
Coleta e Análise” da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTOX), período, sem limite de renovações, desde que atendidos os requisi-
(versão publicada oficialmente em dezembro de 2015), ou junto ao tos de credenciamento estabelecidos nesta Resolução.
Colégio Americano de Patologistas (CAP-FDT), (acreditação forense § 3º Para garantir segurança, fidedignidade e precisão ao exa-
para exames toxicológicos de larga janela de detecção do Colégio me toxicológico, bem como a necessária eficiência e higidez da ca-
Americano de Patologistas), e requisitos forenses específicos para deia de custódia, o laboratório credenciado, sob sua única, exclusi-
exames toxicológicos de larga janela de detecção contidos nesta va e indelegável responsabilidade, deverá realizar a comercialização
Resolução. direta com os condutores a serem testados, sem intermediários ou
§ 2º Será permitido que laboratórios credenciados junto ao ór- delegação a terceiros a qualquer título, definindo de forma pública,
gão máximo executivo de trânsito da União utilizem laboratório de transparente e clara o preço total do exame, que deverá incluir o
apoio localizado no Brasil ou fora do País, os quais deverão possuir serviço de análise das amostras de queratina, o serviço de coleta
a acreditação descrita no § 1º. das amostras biológicas, o kit de coleta, o transporte das amostras,
Art. 6º A coleta de material biológico destinado ao exame toxi- o envio do laudo do exame toxicológico ao consumidor final e qual-
cológico de larga janela de detecção deverá ser realizada pelo pró- quer outra despesa acessória.
prio laboratório credenciado junto ao órgão máximo executivo de § 4º Todas as etapas do procedimento devem possuir trilhas de
trânsito da União ou por Posto de Coleta Laboratorial (PCL) por ele auditoria comprobatórias, desde a comercialização do exame até
contratado, de forma exclusiva, e atendendo às exigências estabe- a entrega final do laudo ao condutor e inserção dos dados no Sis-
lecidas nesta Resolução e seus Anexos. tema RENACH, afastando integralmente o risco de o condutor, na
Art. 7º Para os fins de realização do exame toxicológico de larga qualidade de consumidor, deixar de receber todas as informações
janela de detecção, conforme estabelecido nesta Resolução, todas necessárias ao seu pleno entendimento sobre todas as condições
as atividades desenvolvidas pelo laboratório de apoio, e pelo PCL comerciais de forma clara, precisa e definitiva no que se refere ao
serão conduzidas sob a responsabilidade única e exclusiva do la- exame e, em especial, o seu preço final;
boratório credenciado pelo órgão máximo executivo de trânsito da § 5º É atribuição dos PCL responsáveis pela coleta das amos-
União, cabendo a este responder pelos demais. tras, o exercício dessa atividade de coleta, sempre de acordo com
Art. 8º Os laboratórios credenciados deverão disponibilizar o estabelecido nesta Resolução, ficando vedada a revenda dos
Médico Revisor (MR) com capacidade técnica para atender às exi- exames toxicológicos, bem como a cobrança direta ao condutor
gências contidas nesta Resolução e seus Anexos. de qualquer valor relativo a serviço relacionado, direta ou indire-
Art. 9º Os laboratórios devem entregar ao condutor, no prazo tamente, ao exame toxicológico de larga janela de detecção, por
máximo de 15 (quinze) dias, contados a partir da data da coleta, lau- iniciativa dos mencionados PCL.
do laboratorial detalhado, em meio físico ou digital, em que conste § 6º Os laboratórios credenciados pelo órgão máximo execu-
a relação de substâncias testadas, seus respectivos resultados, bem tivo de trânsito da União são obrigados a fornecer aos condutores
como inserir o resultado do exame no sistema RENACH. informações adequadas, claras e precisas sobre todas as etapas e
§ 1º Os resultados detalhados dos exames, as informações so- procedimentos relativos ao exame toxicológico de larga janela de
bre a cadeia de custódia e os arquivos de vídeo com registro de detecção, com especificação das características do exame, lista dos
coleta, quando aplicável, devem ficar armazenados em formato postos de coleta laboratorial exclusivos, tributos incidentes e preço
eletrônico pelo laboratório credenciado pelo período mínimo de 5 total que o condutor deverá pagar, incluindo o direito à contrapro-
(cinco) anos. va.
§ 2º O material biológico coletado deve ficar armazenado no § 7º O PCL deverá informar ao condutor de maneira clara e es-
laboratório credenciado por no mínimo 5 (cinco) anos. crita qual o laboratório credenciado que realizará o exame toxico-
Art. 10. O exame toxicológico de larga janela de detecção, exigi- lógico.
do para a habilitação, renovação ou mudança para as categorias C, § 8º A emissão da nota fiscal de serviço ao consumidor final
D e E, dentro do processo de habilitação para condução de veículos deve ser realizada diretamente pelo laboratório credenciado pelo
automotores, deverá ser realizado em etapa anterior aos exames órgão máximo executivo de trânsito da União, sendo vedada a
realizados pelo órgão executivo de trânsito, previstos no art. 147 do sub-rogação dessa responsabilidade. O número de série e a data
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). de emissão da referida nota fiscal de prestação de serviço, emiti-
da pelo laboratório credenciado pelo órgão máximo executivo de
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trânsito da União, deverá ser registrada em campo específico no II - deverá ser armazenada no laboratório, por no mínimo 05
sistema RENACH, bem como o Cadastro Nacional de Pessoas Jurí- (cinco) anos, para fim de realização da contraprova, por meio de so-
dicas (CNPJ) do posto de coleta e o Cadastro de Pessoa Física (CPF) licitação formal do condutor ao laboratório credenciado pelo órgão
do coletor. máximo executivo de trânsito da União;
Art. 12. A coleta do material biológico destinado ao exame to- III - ao solicitar a realização da contraprova, o condutor assinará
xicológico de larga janela de detecção deverá ser realizada sob a termo através do qual dará ciência de que a partir do momento em
responsabilidade do laboratório credenciado pelo órgão máximo que o material biológico for utilizado para realização da contrapro-
executivo de trânsito da União, de acordo com o disposto nesta Re- va, não haverá mais qualquer material a ser analisado futuramente;
solução e seus Anexos. e
§ 1º A coleta deverá ser realizada pelo laboratório credenciado IV - a contraprova deverá ser analisada pelo mesmo laboratório
junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União ou por PCL, que promoveu a análise da amostra original e deverá ser emitido
formalmente contratado pelo laboratório credenciado pelo órgão laudo positivo ou negativo.
máximo executivo de trânsito da União, desde que possua registro Art. 13. Os laboratórios credenciados pelo órgão máximo exe-
no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) especí- cutivo de trânsito da União ou os PCL deverão adotar os proce-
fico para esta atividade e alvará de funcionamento concedido pela dimentos a seguir, que constituem a primeira etapa da cadeia de
autoridade de vigilância sanitária competente. custódia do exame, devendo ser também utilizados na hipótese de
§ 2º Cada laboratório credenciado junto ao órgão máximo exe- questionamento do resultado pelo condutor:
cutivo de trânsito da União para realização do exame toxicológico I - verificação da identidade do doador;
poderá proceder à coleta em suas instalações, desde que tais insta- II - assinatura e coleta da impressão digital do condutor no for-
lações atendam a todas as exigências feitas a um PCL, e/ou manter mulário de coleta;
rede de PCL para coleta do material biológico, com vínculo exclusi- III - captura da biometria do condutor por sistema eletrônico
vo, a fim de garantir a segurança e a precisão do exame, bem como e sua confirmação, de acordo com sistema eletrônico homologado
a rastreabilidade de sua cadeia de custódia. pelo órgão máximo executivo de trânsito da União;
IV - verificação da identidade do coletor;
§ 3º Para a realização do exame toxicológico de larga janela de V - assinatura e coleta da impressão digital do coletor no for-
detecção, definido nesta Resolução, somente serão permitidas co- mulário de coleta;
letas nos endereços dos laboratórios credenciados pelo órgão má- VI - captura da biometria do coletor por sistema eletrônico;
ximo executivo de trânsito da União ou nos endereços dos PCL que VII - verificação da identidade da testemunha;
forem formalmente contratados por laboratório credenciado pelo VIII - assinatura e coleta da impressão digital da testemunha no
órgão máximo executivo de trânsito da União, não cabendo outros formulário de coleta; e
tipos de coleta, tais como coleta laboratorial em unidade móvel, IX - captura da biometria da testemunha por sistema eletrônico
domiciliar, em empresa ou qualquer outra que venha a ser criada. homologado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
§ 4º Para a realização dos exames toxicológicos devem ser cole- Art. 14. A análise do material coletado será realizada sob a res-
tadas duas amostras na presença de uma testemunha devidamente ponsabilidade dos laboratórios credenciados pelo órgão máximo
identificada, cujos dados deverão ser inseridos em campo específi- executivo de trânsito da União, atendendo integralmente aos requi-
co no sistema RENACH, contendo obrigatoriamente nome comple- sitos previstos nesta Resolução e seus Anexos, bem como às normas
to, CPF, nome de pai e mãe, quando houver, número do documento de vigilância sanitária aplicáveis.
de identidade com órgão expedidor e declaração de vínculo em- § 1º Os exames toxicológicos devem testar a presença das subs-
pregatício com o PCL ou com o laboratório credenciado pelo órgão tâncias definidas no Anexo I desta Resolução, conforme os valores
máximo executivo de trânsito da União. (cut off) de triagem e confirmação estabelecidos.
§ 5º A figura da testemunha poderá ser dispensada no caso em § 2º O laudo emitido pelo laboratório credenciado deve ser de-
que o condutor consentir expressamente na realização da filmagem talhado, contendo a relação e os níveis das substâncias testadas,
do procedimento de coleta e o laboratório credenciado junto ao bem como seus respectivos resultados, garantida a sua confiden-
órgão máximo executivo de trânsito da União ou PCL dispuser de cialidade.
estrutura tecnológica capaz de registrar em vídeo contínuo, sem Art. 15. O laboratório credenciado deverá inserir a informação
cortes, os rostos do doador e do coletor, todo o procedimento de contendo o resultado da análise do material coletado (se negativo
coleta, no qual o material coletado deve estar à vista durante todo o ou positivo para cada uma das substâncias testadas) no prontuário
procedimento, até o momento em que for acondicionado e lacrado, do condutor por meio do RENACH, no prazo máximo de 15 (quinze)
devendo os números dos lacres ser registrados de forma inequívo- dias contados a partir da coleta.
ca. § 1º O condutor deverá autorizar, por escrito e previamente à
§ 6º O não cumprimento de qualquer das exigências previstas realização do exame toxicológico, a inclusão da informação do re-
neste artigo acarretará a invalidação do material coletado para o sultado no RENACH. Se não houver esta autorização, o exame não
fim do exame toxicológico definido nesta Resolução. terá validade para os fins desta Resolução e não poderá ser utilizado
§ 7º A coleta das duas amostras será feita conforme procedi- para qualquer outra finalidade junto ao Sistema Nacional de Trân-
mentos de custódia indicados pelo laboratório credenciado, obser- sito (SNT).
vando-se os seguintes requisitos: § 2º A informação de que trata o caput deverá ser considerada
I - para proceder ao exame completo, a amostra deverá ser confidencial no RENACH, sendo de responsabilidade dos laborató-
analisada individualmente, com a necessária adoção dos proce- rios credenciados, dos órgãos executivos de trânsito dos Estados
dimentos de descontaminação, extração, triagem e confirmação, e do Distrito Federal e do órgão máximo executivo de trânsito da
sendo vedada a análise conjunta de amostras (“pool de amostras”); União manter essa confidencialidade.
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§ 3º Até que seja inserida a informação contendo o resultado Art. 22. A direção de veículo para o qual seja exigida habilitação
da análise, o laboratório credenciado deverá inserir no RENACH, no nas categorias C, D ou E por condutor com idade inferior a 70 (se-
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, a informação com a data tenta) anos, sem realizar o exame toxicológico após 30 (trinta) dias
e a hora da realização da coleta da amostra. do vencimento do prazo estabelecido no § 2º do art. 148-A do CTB,
§ 4º Para fins de fiscalização, a realização do exame periódico é configura infração prevista no art. 165-B do CTB.
caracterizada pela coleta da amostra, nos termos do § 3º. § 1º Incorre na mesma penalidade descrita no caput o condu-
Art. 16. A hipótese de o exame previsto no § 2º do art. 148-A tor que exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a
do CTB acusar o consumo pelo condutor de qualquer uma das subs- realização do exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do art.
tâncias constantes do Anexo I, em níveis que configurem o uso da 148-A do CTB, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabe-
substância detectada, acarretará a suspensão do direito de dirigir lecido, por ocasião da renovação do documento de habilitação nas
pelo período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da categorias C, D ou E, conforme previsto no parágrafo único do art.
suspensão à inclusão, no RENACH, de resultado negativo em novo 165-B do CTB.
exame ou ao cumprimento da penalidade, sendo vedada a aplica- § 2º A mudança de categoria dos condutores das categorias C,
ção de outras penalidades, ainda que acessórias. D ou E para a categoria B ou AB, se for o caso, até a data da reno-
Art. 17. No caso de o condutor ser reprovado no exame toxi- vação da CNH, afasta a aplicação da sanção referida no parágrafo
cológico, fica-lhe garantido o direito de contraprova e de recurso único do art. 165-B do CTB.
administrativo, sem efeito suspensivo, nos termos do § 4º do art. § 3º Cabe aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos
148-A do CTB. Estados e do Distrito Federal, às autoridades de trânsito ou seus
Art. 18. Independentemente do resultado apurado, todos os agentes consultar a base de dados do RENACH para verificar a re-
exames toxicológicos de larga janela de detecção realizados com alização do exame para a eventual imposição das sanções legais.
base nesta Resolução serão utilizados, de forma anônima e com § 4º Os exames previstos no § 2º do art. 148-A do CTB somente
fins estatísticos, para a formação de banco de dados para análise serão exigidos para os motoristas que já tenham realizado o exame
da saúde dos condutores, com vistas à implementação de políticas toxicológico de que trata esta Resolução.
públicas de saúde. Art. 23. O órgão máximo executivo de trânsito da União, anu-
Parágrafo único. As informações armazenadas, contendo o almente e a qualquer tempo, fiscalizará in loco ou remotamente os
resultado dos exames toxicológicos de larga janela de detecção, laboratórios credenciados para verificar a manutenção dos requi-
poderão ser disponibilizadas mediante determinação judicial, para sitos e documentos pertinentes e necessários ao credenciamento,
instrução de processos relativos a acidentes e crimes de trânsito. conforme estabelecido nesta Resolução e seus Anexos.
Art. 19. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Dis- Art. 24. Os laboratórios credenciados pelo órgão máximo exe-
trito Federal deverão disponibilizar em seus sítios eletrônicos a cutivo de trânsito da União, assim como os laboratórios de apoio,
relação de todos os laboratórios credenciados pelo órgão máximo ficam obrigados a realizar auditorias periódicas regulares, com pe-
executivo de trânsito da União. riodicidade de 1 (um) ano, que deverão incluir:
Art. 20. Os laboratórios credenciados pelo órgão máximo exe- I - aprovação em Programa de Ensaios de Proficiência, emitido
cutivo de trânsito da União devem disponibilizar MR com capaci- por provedores que sejam organismos de avaliação de conformi-
dade técnica para interpretar os laudos toxicológicos positivos, re- dade acreditados pelo INMETRO, por entidade internacional com a
lacionando ou não o uso de determinada substância com condição qual o INMETRO possua acordo de reconhecimento mútuo ou por
ou tratamento médico. provedores acreditados junto ao Sistema Nacional de Acreditação
§ 1º Cabe ao MR a interpretação do exame toxicológico e emis- (DICQ), ao Organismo Nacional de Acreditação (ONA) ou ao Progra-
são de relatório médico, concluindo pelo uso indevido ou não de ma de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), segundo a nor-
substância psicoativa, considerando o comprometimento da capa- ma ISO/IEC 17.043, seguindo as orientações contidas nos Anexos
cidade do condutor. desta Resolução;
§ 2º O MR deve considerar, dentre outras situações, além dos II - aprovação em Programa de Amostras Cegas, emitido por
níveis da substância detectada no exame, o uso de medicamento provedores que sejam organismos de avaliação de conformidade
prescrito, devidamente comprovado. acreditados pelo INMETRO, por entidade internacional com a qual
§ 3º O relatório emitido pelo MR deve conter: o INMETRO possua acordo de reconhecimento mútuo ou por pro-
a) nome e CPF do condutor; vedores acreditados junto ao DICQ, ao ONA ou ao PALC, segundo a
b) data da coleta da amostra; norma ISO/IEC 17.043, seguindo as orientações contidas nos Ane-
c) número de identificação do exame; xos desta Resolução; e
d) identificação do laboratório que realizou o exame; III - aprovação em Programa de Controle de Qualidade das ati-
e) data da emissão do laudo laboratorial; vidades realizadas em todas as etapas da cadeia de custódia, in-
f) data da emissão do laudo do MR; clusive pelos pontos de coleta próprios do laboratório credenciado
g) relatório conclusivo sobre o uso indevido ou não de substân- junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União quanto pelos
cia psicoativa, com indicação de níveis e tipo de substância; e PCL de sua rede exclusiva, assim como pelos laboratórios credencia-
h) nome, CPF, assinatura e CRM do MR. dos e seus laboratórios de apoio.
Art. 21. O exame toxicológico realizado por condutores na for- § 1º O programa de que trata o inciso III do caput deverá ser
ma do art. 5º da Lei nº 13.103, de 2015, será aceito para a renova- conduzido por organismos de avaliação de conformidade acredita-
ção ou mudança para as categorias C, D e E da Carteira Nacional dos pelo INMETRO, por entidade internacional com a qual o INME-
de Habilitação (CNH), respeitado o prazo de validade previsto na TRO possua acordo de reconhecimento mútuo ou por provedores
referida lei. acreditados junto ao DICQ, ao Organismo Nacional de Acreditação
ONA ou ao PALC, ou CAP-FDT, e deverá auditar pelo menos 25% do
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universo de pontos de coleta de cada laboratório credenciado, a § 7º Na hipótese de revogação do credenciamento, somente
cada ano, de forma que, ao término de 4 (quatro) anos, todo o seu após 02 (dois) anos da publicação da revogação, poderá o labora-
universo de pontos de coleta tenha sido obrigatoriamente audita- tório credenciado junto ao órgão máximo executivo de trânsito da
do. União requerer novo credenciamento. No caso de laboratórios cre-
§ 2º As auditorias de conformidade regulatória referidas neste denciados junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União
artigo deverão ser contratadas junto a organismos de avaliação de que utilizem laboratório de apoio localizado fora do País, o labora-
conformidade, de notória e reconhecida especialização, acredita- tório de apoio localizado fora do País ficará impedido de realizar o
dos pelo INMETRO, por entidade internacional com a qual o INME- exame toxicológico de larga janela de detecção para qualquer outro
TRO possua acordo de reconhecimento mútuo ou por provedores laboratório credenciado junto ao órgão máximo executivo de trân-
acreditados junto ao DICQ, ao ONA ou ao PALC. sito da União pelo mesmo período.
§ 3º O laboratório credenciado deverá submeter os relatórios § 8º Caso o órgão máximo executivo de trânsito da União cons-
de auditorias periódicas regulares de conformidade regulatória ao tate, a qualquer momento, alguma irregularidade que possa colo-
órgão máximo executivo de trânsito da União, que poderá solicitar car em risco a integridade dos resultados dos exames toxicológicos
esclarecimentos e informações complementares. de larga janela de detecção realizados sob a responsabilidade do
§ 4º O descumprimento, total ou parcial, da obrigação prevista laboratório credenciado, será emitida notificação, para apresenta-
no caput ou no caso de o relatório de auditoria de conformidade re- ção de defesa em 5 (cinco) dias e poderá ser decretada a imediata
gulatória concluir pela não adequação do laboratório credenciado, suspensão do laboratório até que a não conformidade seja sanada.
no todo ou em parte, aos critérios e parâmetros desta Resolução, Art. 26. Integram a presente Resolução os seguintes Anexos:
o órgão máximo executivo de trânsito da União aplicará as sanções Anexo I - Tabela com os Níveis de Corte (cut off);
previstas nesta Resolução. Anexo II - Organização e Gestão da Etapa Pré-analítica da Ca-
§ 5º No caso de identificação de não-conformidades em algu- deia de Custódia com Validade Forense;
ma das auditorias de conformidade regulatória, o laboratório cre- Anexo III - Organização e Gestão da Etapa Analítica da Cadeia
denciado terá 30 (trinta) dias para sanar as não-conformidades e de Custódia com Validade Forense;
ser submetido a nova auditoria. Anexo IV - Resultado dos Exames e Atendimento ao Cliente;
Art. 25. O descumprimento, no todo ou em parte, das regras Anexo V - Definições, Siglas e Abreviaturas; e
previstas nesta Resolução e e seus Anexos, sujeitará o laboratório Anexo VI - Exigências de comprovação documental para cre-
credenciado às sanções administrativas abaixo descritas, assegura- denciamento de laboratório junto ao órgão máximo executivo de
dos o contraditório e a ampla defesa: trânsito da União.
I - advertência; Art. 27. Ficam revogados o art. 4º da Resolução CONTRAN nº
II - suspensão do credenciamento por 30 (trinta) dias; 786, de 18 de junho de 2020, os arts. 2º e 4º da Resolução CON-
III - suspensão do credenciamento por 60 (sessenta) dias; e TRAN nº 855, de 09 de julho de 2021, e as Resoluções CONTRAN:
IV - revogação do credenciamento. I - nº 691, de 27 de setembro de 2017;
§ 1º Constatado o descumprimento, o órgão máximo executivo II - nº 713, de 30 de novembro de 2017;
de trânsito da União expedirá advertência ao laboratório creden- III - nº 724, de 06 de fevereiro de 2018; e
ciado para que sane a irregularidade, no prazo de 30 (trinta) dias. IV - nº 843, de 09 de abril de 2021.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no § 1º sem que o laboratório Art. 28. Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022.
tenha sanado a irregularidade, o órgão máximo executivo de trânsi-
to da União determinará a suspensão do credenciamento pelo pra- Prezado candidato, a Resolução na íntegra com seus respecti-
zo de 30 (trinta) dias. vos anexos está disponível para consulta em:
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/
§ 3º Durante o período de suspensão, o laboratório não poderá conteudo-contran/resolucoes/Resolucao9232022.pdf
realizar o exame toxicológico nem enviar material para ser anali-
sado por seus laboratórios de apoio, assim como seus pontos de RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 882, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2021
coleta estarão impedidos de realizar coletas para os fins desta Re-
solução. Estabelece os limites de pesos e dimensões para veículos que
§ 4º Durante o período de suspensão, o laboratório terá seu transitem por vias terrestres, referenda a Deliberação CONTRAN
acesso bloqueado ao RENACH e os órgãos executivos de trânsito nº 246, de 25 de novembro de 2021, e dá outras providências.
dos Estados e do Distrito Federal deverão destacar em seus sítios
eletrônicos que o referido laboratório credenciado junto ao órgão O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
máximo executivo de trânsito da União está com suas atividades competência que lhe conferem os incisos I e X do caput do art. 12 e
suspensas e que sua rede de pontos de coleta está impedida de o art. 99 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o
realizar coletas para o exame toxicológico definido nesta Resolução. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta nos au-
§ 5º Decorridos os 30 (trinta) dias previstos no § 2º sem que a tos do processo administrativo nº 50000.029386/2021-42, resolve:
irregularidade tenha sido comprovadamente sanada, o órgão má-
ximo executivo de trânsito da União determinará a suspensão do Art. 1º Esta Resolução estabelece os limites de pesos e dimen-
credenciamento pelo prazo adicional de 60 (sessenta) dias. sões para veículos que transitem por vias terrestres, referenda a
§ 6º Decorridos os 60 (sessenta) dias previstos no § 5º sem que Deliberação CONTRAN nº 246, de 25 de novembro de 2021, e dá
a irregularidade tenha sido comprovadamente sanada, o órgão má- outras providências.
ximo executivo de trânsito da União revogará o credenciamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO I XIV - semirreboque: veículo de um ou mais eixos que se apoia


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação;
XV - tara: peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da car-
Art. 2º Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá roçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e acessó-
transitar com peso bruto total (PBT), com peso bruto total combi- rios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de
nado (PBTC) ou com peso bruto transmitido por eixo, superior ao arrefecimento, expresso em quilogramas;
fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima de XVI - veículo articulado: combinação de veículos acoplados,
tração (CMT) da unidade tratora. sendo um deles automotor;
Parágrafo único. Havendo divergência entre os limites de que XVII - veículos articulados de transporte coletivo de passagei-
trata o caput, deverá ser obedecido o menor deles, considerado li- ros: veículos da categoria M3 constituídos por 2 unidades rígidas,
mite regulamentar. devidamente acopladas, que permitam comunicação entre elas.
Pelo menos 1 unidade deverá estar dotada de tração. Pode ser de
CAPÍTULO II piso único ou de duplo piso;
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES XVIII - veículos biarticulados de transporte coletivo de passa-
geiros: veículos da categoria M3 constituído por 3 unidades rígidas,
Art. 3º Para o disposto nesta Resolução, considera-se: devidamente acopladas, que permitam comunicação entre elas.
I - caminhão: veículo automotor destinado ao transporte de Pelo menos 1 unidade deverá estar dotada de tração. Somente será
carga com PBT acima de 3.500 quilogramas, podendo tracionar ou permitido veículo de piso simples;
arrastar outro veículo, respeitada a capacidade máxima de tração; XIX - veículo acabado: veículo que sai de fábrica pronto para
II - caminhão-trator: veículo automotor destinado a tracionar registro, sem precisar de complementação;
ou arrastar outro; XX - veículo inacabado ou incompleto: todo o chassi plataforma
III - Capacidade Máxima de Tração (CMT): peso máximo que a para ônibus ou micro-ônibus e os chassis de caminhões, caminho-
unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, nete, utilitário com cabine completa, incompleta ou sem cabine;
baseado em condições sobre suas limitações de geração e multipli- XXI - veículo novo: veículo de tração, de carga, especial ou de
cação de momento de força e resistência dos elementos que com- transporte coletivo de passageiros, reboque e semirreboque, antes
põem a transmissão; do seu registro e licenciamento;
IV - lotação: carga útil máxima, incluindo condutor e passa- XXII - Combinação de Veículos para Transporte de Carga (CVC):
geiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas para os combinação de veículos destinados ao transporte de carga formado
veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de pas- por veículo de tração, de carga ou especiais, mais seu(s) semirrebo-
sageiros; que(s) e/ou reboque(s);
V - Peso Bruto Total (PBT): peso máximo que o veículo transmi- XXIII - Órgão ou Entidade Executivo Rodoviário da União, dos
te ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação; Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal (OEER): órgão com
VI - Peso Bruto Total Combinado (PBTC): peso máximo transmi- circunscrição sobre a via, cujas competências são estabelecidas no
tido ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais o Código de Trânsito Brasileiro (CTB); e
seu semirreboque, ou do caminhão mais o seu reboque ou rebo- XXIV - Obras de Arte Especiais (OAE): pontes, viadutos, túneis,
ques; ou outras estruturas que têm a finalidade de transpor obstáculos,
VII - limite legal: pesos e capacidades máximas estabelecidos tais como avenidas, vales, rios, entre outros.
nesta Resolução, observado limite estabelecido pela sinalização da
via; CAPÍTULO III
VIII - limite técnico: pesos e capacidades máximas informados DOS LIMITES DE DIMENSÕES E PESOS
pelo fabricante, importador, transformador ou implementador;
IX - Autorização Especial de Trânsito (AET): documento em Art. 4º As dimensões regulamentares para veículos, com ou
formato eletrônico ou não, emitido única e exclusivamente pelos sem carga, que não necessitam de AET ou AE, são as seguintes:
OEER, ao veículo ou à combinação de veículos e/ou carga que não I - largura máxima: 2,60 m; e
se enquadrem nos limites de peso e dimensões; II - altura máxima: 4,40 m;
X - Autorização Específica (AE): documento em formato eletrô- III - comprimento total:
nico ou não, emitido única e exclusivamente pelos OEER, ao veículo a) veículos não-articulados: máximo de 14,00 m;
de transporte coletivo de passageiros, ou ao veículo e a CVC, utiliza- b) veículos não-articulados de transporte coletivo urbano de
dos no transporte de carga autorizados pelo CONTRAN à circulação passageiros que possuam 3º eixo de apoio direcional: máximo de
até o sucateamento, que não se enquadre nos limites de peso e 15 m;
dimensões; c) veículos não-articulados de característica rodoviária para o
XI - limite regulamentar: menor valor entre o limite legal e o transporte coletivo de passageiros, na configuração de chassi 8X2:
limite técnico e, para veículos portadores de AET ou AE, o menor máximo de 15 m;
valor entre o limite autorizado e o limite técnico;
XII - limite autorizado: pesos e capacidades máximas e dimen- d) veículos articulados de transporte coletivo de passageiros:
sões estabelecidas na AET ou AE, expedida pela autoridade com cir- máximo 19,80 m;
cunscrição sobre a via; e) veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-
XIII - reboque: veículo destinado a ser engatado atrás de um -trator e semirreboque: máximo de 18,60m;
veículo automotor; f) veículos articulados com duas unidades do tipo caminhão ou
ônibus e reboque: máximo de 19,80 m; e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

g) veículos articulados com mais de duas unidades: máximo de j) para a CVC com mais de duas unidades, incluída a unidade
19,80 m. tratora, o PBTC poderá ser de até 57 t, desde que cumpridos os
§ 1º O comprimento total é aquele medido do ponto mais seguintes requisitos:
avançado de sua extremidade dianteira ao ponto mais avançado 1 - máximo de 7 eixos;
de sua extremidade traseira, incluídos todos os acessórios para os 2 - comprimento máximo de 19,8 m e mínimo de 17,5 m;
quais não esteja prevista exceção. 3 - unidade tratora do tipo caminhão-trator;
§ 2º Os limites para o comprimento do balanço traseiro de ve- 4 - estar equipada com sistema de freios conjugados entre si e
ículos de transporte de passageiros e de cargas são os seguintes: com a unidade tratora, nos termos estabelecidos pelo CONTRAN;
I - nos veículos não-articulados de transporte de carga, até 60% 5 - o acoplamento dos veículos rebocados deve ser do tipo au-
da distância entre os 2 eixos, não podendo exceder a 3,50 m; tomático conforme NBR 11410 e deve estar reforçado com corren-
II - nos reboques e semirreboques, até 3,50 m; tes ou cabos de aço de segurança; e
III - nos veículos não-articulados de transporte de passageiros: 6 - o acoplamento dos veículos articulados com pino-rei e quin-
a) com motor traseiro: até 62% da distância entre eixos; ta roda deve obedecer ao disposto na NBR NM ISO 337, NBR NM
b) com motor central: até 66% da distância entre eixos; ISO 4086 e NBR NM ISO 3842.
c) com motor dianteiro: até 71% da distância entre eixos. II - peso bruto por eixo isolado de dois pneumáticos: 6 t;
§ 3º A distância entre eixos, prevista no § 2º, será medida de III - peso bruto por eixo isolado de quatro pneumáticos: 10 t;
centro a centro das rodas dos eixos dos extremos do veículo. IV - peso bruto por conjunto de dois eixos direcionais ou auto-
§ 4º O balanço dianteiro dos semirreboques deve obedecer à direcionais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20 m, inde-
NBR NM ISO 1726. pendentemente da distância do primeiro eixo traseiro, dotados de
§ 5º A medição do comprimento dos veículos do tipo guindaste dois pneumáticos cada: 12 t;
deverá tomar como base a ponta da lança e o suporte dos contra- V - peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem, quando
pesos. a distância entre os dois planos verticais, que contenham os centros
§ 6º Os equipamentos e dispositivos definidos no Anexo I desta das rodas, for superior a 1,20 m e inferior ou igual a 2,40 m: 17 t;
Resolução não devem ser considerados na determinação da largu- VI - peso bruto por conjunto de dois eixos não em tandem,
ra, do comprimento total e do balanço traseiro do veículo. quando a distância entre os dois planos verticais, que contenham
§ 7º A protusão total dos dispositivos e equipamentos referidos os centros das rodas, for superior a 1,20 m e inferior ou igual a 2,40
no Anexo I pode exceder em até 100 mm a largura do veículo. m: 15 t;
§ 8º Não é permitido o registro e licenciamento de veículos VII - peso bruto por conjunto de três eixos em tandem, aplicá-
cujas dimensões excedam às fixadas neste artigo, salvo nova confi- vel somente a semirreboque, quando a distância entre os três pla-
guração regulamentada pelo CONTRAN. nos verticais, que contenham os centros das rodas, for superior a
Art. 5º Os instrumentos ou equipamentos utilizados para a me- 1,20 m e inferior ou igual a 2,40 m: 25,5 t;
dição de dimensões de veículos devem atender à legislação metro- VIII - peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo um dotado
lógica em vigor. de quatro pneumáticos e outro de dois pneumáticos interligados
Art. 6º Os limites máximos de PBT, PBTC e peso bruto transmiti- por suspensão especial, quando a distância entre os dois planos
do por eixo de veículo, nas superfícies das vias públicas, são: verticais que contenham os centros das rodas for:
I - PBT ou PBTC, respeitada a CMT da unidade tratora: a) inferior ou igual a 1,20 m: 9 t;
a) PBT para veículo não articulado: 29 t; b) superior a 1,20 m e inferior ou igual a 2,40 m: 13,5 t.
b) peso combinado de veículos com reboque ou semirreboque, § 1º O limite máximo de PBTC da combinação de veículos dis-
exceto caminhões: 39,5 t; ciplinada na alínea f do inciso I do caput é reduzido para 48,5 t, se
c) PBTC para combinações de veículos articulados com duas os veículos:
unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque, e comprimento I - não forem originalmente fabricados para essa configuração,
total inferior a 16 m: 45 t; munidos do respectivo Certificado de Adequação à Legislação de
d) PBTC para combinações de veículos articulados com duas Trânsito (CAT), expedido pelo órgão máximo executivo de trânsito
unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos em da União; ou
tandem triplo e comprimento total superior a 16 m: 54,5 t; II - no caso de veículos modificados, não atenderem os requisi-
e) PBTC para combinações de veículos articulados com duas tos técnicos específicos de inspeção estabelecidos pelo CONTRAN.
unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos dis- § 2º O limite de que trata o § 1º será de 54,5 t, se a CVC for
tanciados, e comprimento total igual ou superior a 16 m: 54,5 t; tracionada por veículo dotado de dois eixos direcionais.
f) PBTC para combinações de veículos articulados com duas Art. 7º Os veículos de característica rodoviária para transporte
unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque com quatro ei- coletivo de passageiros terão os seguintes limites máximos de PBT
xos, sendo um conjunto de eixos traseiros em tandem triplo e um e peso bruto transmitido por eixo nas superfícies das vias públicas:
eixo dele distanciado, com comprimento total igual ou superior a I - peso bruto por eixo:
17,5 m: 58,5 t; a) eixo simples dotado de 2 pneumáticos: 7 t;
g) PBTC para combinações de veículos com duas unidades, do b) eixo simples dotado de 4 pneumáticos: 11 t;
tipo caminhão e reboque, e comprimento inferior a 17,5 m: 45 t; c) eixo duplo dotado de 6 pneumáticos:14,5 t;
h) PBTC para combinações de veículos articulados com duas d) eixo duplo dotado de 8 pneumáticos: 18 t;
unidades, do tipo caminhão e reboque, e comprimento igual ou su- e) dois eixos direcionais, com distância entre eixos de no míni-
perior a 17,5 m: 57 t; mo 1,20 m, dotados de 2 (dois) pneumáticos cada: 13 t.
i) PBTC para combinações de veículos articulados com mais de II - PBT: somatório dos limites individuais dos eixos descritos
duas unidades e comprimento inferior a 17,5 m: 45 t; e no inciso I.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Não se aplicam as disposições deste artigo aos c) desenho do veículo, suas dimensões e excessos.
veículos de característica urbana para transporte coletivo de pas- II - para os veículos cujas dimensões excedam os limites pre-
sageiros. vistos no inciso I e considerando os limites dessa via, poderá ser
Art. 8º Os limites de peso bruto por eixo e por conjunto de ei- concedida, pelo OEER, AE de forma definitiva, obedecendo aos se-
xos, estabelecidos nos artigos 6º e 7º, só prevalecem se todos os guintes parâmetros:
pneumáticos de um mesmo conjunto de eixos forem da mesma ro- a) volume de tráfego;
dagem e calçarem rodas no mesmo diâmetro. b) traçado da via; e
Parágrafo único. A soma da capacidade máxima de carga dos c) projeto do conjunto veicular, indicando dimensão de largu-
pneumáticos instalados no respectivo eixo ou conjunto de eixos ra, comprimento e altura, número de eixos, distância entre eles e
prevalece sobre os limites de peso bruto por eixo e por conjunto de pesos.
eixos de que trata o caput. Art. 14. Para os veículos registrados e licenciados até 13 de no-
Art. 9º Considera-se eixos em tandem 2 ou mais eixos que vembro de 1996, com balanço traseiro superior a 3,5 m e limitado
constituam um conjunto integral de suspensão, com distribuição de a 4,2 m, respeitados os 60% da distância entre os eixos, será con-
peso entre eles, podendo qualquer deles ser ou não motriz. cedida AE fornecida pela autoridade com circunscrição sobre a via,
§ 1º Quando em um conjunto de 2 ou mais eixos a distância com validade máxima de 1 ano e renovada até o sucateamento do
entre os dois planos verticais paralelos, que contenham os centros veículo.
das rodas for superior a 2,40 m, cada eixo será considerado como Parágrafo único. A AE de que trata este artigo, destinada aos
se fosse distanciado. veículos combinados, poderá ser concedida mesmo quando o cami-
§ 2º Em qualquer par de eixos ou conjunto de 3 eixos em tan- nhão-trator tiver sido registrado e licenciado após 13 de novembro
dem, com 4 pneumáticos em cada, com os respectivos limites legais de 1996.
de 17 t e 25,5 t, a diferença de PBT entre os eixos mais próximos não Art. 15. Os semirreboques das combinações com um ou mais
deverá exceder a 1,7 t. eixos distanciados contemplados na alínea “e” do inciso I do art. 6º
Art. 10. Não será permitido registro e licenciamento de veículos somente poderão ser homologados e/ou registrados se equipados
com limites de peso excedentes aos fixados nesta Resolução. com suspensão pneumática e eixo autodirecional em pelo menos
Art. 11. Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no um dos eixos.
transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e § 1º A existência da suspensão pneumática e do eixo autodire-
dimensões estabelecidos nesta Resolução, poderá ser concedida, cional deverá constar no campo de observações do Certificado de
pelo OEER, AET com prazo certo, válida para cada viagem ou por Registro de Veículo (CRV) ou do Certificado de Registro de Veículo
período, atendidas as medidas de segurança regulamentadas pelo em meio digital (CRV-e) e do CRLV-e do semirreboque.
CONTRAN. § 2º Fica assegurado o direito de circulação até o sucateamento
Parágrafo único. A AET também pode ser concedida quando a dos semirreboques, desde que homologados ou registrados até 21
carga não atende aos limites de dimensões de que trata esta Reso- de maio de 2007, mesmo que não atendam às especificações do
lução. caput.
§ 3º Ficam dispensados do requisito do eixo autodirecional os
CAPÍTULO IV semirreboques com apenas 2 eixos, ambos distanciados, desde que
DAS EXCEPCIONALIDADES o primeiro eixo seja equipado com suspensão pneumática.

SEÇÃO I SEÇÃO II
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO, COM DIMENSÕES DA AUTORIZAÇÃO ESPECÍFICA PARA VEÍCULOS OU
EXCEDENTES AOS LIMITES DEFINIDOS NESTA RESOLUÇÃO COMBINAÇÕES DE VEÍCULOS COM PERCENTUAL DE
TOLERÂNCIA DE PESO NOS LIMITES DE PBT E PBTC.
Art. 12. Os veículos de transporte coletivo com peso por eixo
superior ao fixado nesta Resolução e licenciados antes de 13 de no- Art. 16. Ao veículo ou combinação de veículos utilizados no
vembro de 1996, poderão circular até o término de sua vida útil, transporte de cargas líquidas ou gasosas, licenciados de 1º de janei-
desde que respeitado o disposto no art. 100 do CTB e observadas ro de 2000 até 31 de dezembro de 2007, cujos tanques fabricados
as condições do pavimento e das OAE. nesse período apresentem excesso de até 5% nos limites de PBT
Art. 13. Os veículos em circulação, com dimensões excedentes ou PBTC fixados nesta Resolução, será concedida, pelo OEER, AE de
aos limites fixados no art. 4º, registrados e licenciados até 13 de no- porte obrigatório para circulação do implemento rodoviário do tipo
vembro de 1996, poderão circular até seu sucateamento, mediante tanque, com validade até o seu sucateamento, atendidos os seguin-
AE e segundo os seguintes critérios: tes critérios:
I - para veículos que tenham como dimensões máximas até 20 I - apresentação do certificado de verificação metrológica ex-
m de comprimento; até 2,86 m de largura; e até 4,40 m de altura, pedido no período estabelecido no caput, conforme regulamento
será concedida AE, de forma definitiva, fornecida pelo OEER, devi- do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INME-
damente visada pelo proprietário do veículo ou seu representante TRO), para atestar a capacidade volumétrica do tanque utilizado no
credenciado, podendo circular durante as 24 horas do dia, com va- transporte de carga líquida;
lidade até o seu sucateamento, e que conterá os seguintes dados: II - atendimento ao Capítulo V desta Resolução; e
a) nome e endereço do proprietário do veículo; III - no caso de CVC, o que prevalece, para efeito do caput, é a
b) cópia do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo data de licenciamento das unidades rebocadas, podendo o cami-
(CRLV) ou apresentação do Certificado de Registro e Licenciamento nhão-trator ter data de licenciamento posterior.
do Veículo em meio digital (CRLV-e); e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. A AE poderá ser requerida a qualquer tempo, g) acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do tipo au-
sendo permitida a sua solicitação para unidade rebocada com ou tomático conforme NBR 11410 e estar reforçado com correntes ou
sem unidade tratora, permanecendo válidas aquelas Autorizações cabos de aço de segurança;
já emitidas. h) acoplamento dos veículos articulados deverá ser do tipo pi-
no-rei e quinta roda e obedecer ao disposto na NBR NM/ ISO 337 ou
SEÇÃO III NBR NM ISO 4086 e NBR NM ISO 3842 e suas sucedâneas; e
DA CONCESSÃO DE AET PARA AS CVC COM PBTC DE ATÉ 74 T E i) possuir sinalização especial na forma do Anexo II e estar pro-
COMPRIMENTO INFERIOR A 25 M vida de lanternas laterais colocadas a intervalos regulares de no
máximo 3 m entre si, que permitam a sinalização do comprimento
Art. 17. Excepcionalmente será concedida AET para as CVC com total do conjunto.
PBTC de até 74 t e comprimento inferior a 25 m, desde que suas II - as condições de tráfego das vias públicas a serem utilizadas.
unidades tracionadas tenham sido registradas até 03 de fevereiro § 1º A unidade tratora das composições de que trata o caput
de 2006, respeitadas as restrições impostas pelos OEER. deverá ser dotada de tração dupla (6x4) e, quando carregada, ser
§ 1º A concessão da AET de que trata o caput é condicionada capaz de vencer aclives de 6%, com coeficiente de atrito pneu/
à apresentação de laudo técnico atestando as condições de estabi- solo de 0,45, resistência ao rolamento de 11 kgf/t e rendimento de
lidade e de segurança da CVC, elaborado e assinado por profissio- transmissão de 90%, podendo suspender um dos eixos tratores so-
nal de engenharia qualificado e legalmente habilitado a assumir a mente quando a CVC estiver descarregada, passando a operar na
responsabilidade técnica, acompanhado da respectiva Anotação de configuração 4X2.
Responsabilidade Técnica (ART) emitida junto ao órgão de registro § 2º Nas CVC com PBTC até 58,5 t, o caminhão-trator poderá
profissional competente. ser de tração simples (4x2 ou 6x2).
§ 2º Para os veículos de transporte de animais vivos (VTAV - § 3º A critério do OEER responsável pela concessão da AET,
boiadeiros) articulados (Romeu e Julieta) com até 25 m: nas vias de duplo sentido de direção poderão ser exigidas medidas
I - fica permitida a concessão de AET; e complementares que possibilitem o trânsito dessas composições,
II - isenta-se o requisito da data de registro as unidades tracio- respeitadas as condições de segurança, a existência de faixa adi-
nadas de que trata o caput deste parágrafo. cional para veículos lentos nos segmentos em rampa com aclive e
§ 3º Para CVC cujo comprimento seja de no máximo 19,80 m, o comprimento superior a 5% e 600 m, respectivamente.
trânsito será diuturno. § 4º A AET será concedida para cada caminhão-trator, devendo
especificar os limites de comprimento e de PBTC da CVC, não se
CAPÍTULO V vinculando na AET as unidades rebocadas, sendo permitida a subs-
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À CIRCULAÇÃO DE tituição dessas unidades, a qualquer tempo, observadas as mesmas
COMBINAÇÕES DE VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE CARGA configurações, características de dimensões e peso e CMT.
§ 5º A critério da autoridade competente do OEER, a emissão
Art. 18. As CVC, com mais de duas unidades, incluída a unidade da AET poderá ser dispensada para a CVC com PBTC superior a 57 t
tratora, com PBTC acima de 57 t ou com comprimento total acima e igual ou inferior a 74 t, ou comprimento igual ou superior a 25 m,
de 19,80 m, só poderão circular portando AET. limitado a 30 m, desde que não exista restrição física relacionada a
§1º É obrigatório o porte da AET para os veículos referidos no gabaritos da geometria viária ou OAE, mediante publicação da rela-
caput. ção dos trechos específicos contemplados.
§2º Excetuam-se da exigência da AET os veículos ou conjuntos § 6º O OEER deve disponibilizar prioritariamente o serviço de
de veículos classificados como veículos de uso bélico nos moldes da concessão da AET por meio eletrônico.
Resolução CONTRAN nº 570, de 16 de dezembro de 2015, ou suas § 7º O órgão máximo executivo de trânsito da União regula-
sucedâneas. mentará a forma de integração das bases de dados dos OEER, para
§ 3º Os OEER devem disponibilizar às Forças Armadas informa- concessão das AET.
ções sobre as limitações de peso e dimensões existentes nas vias § 8º Para transportes específicos, o CONTRAN poderá regula-
e OAE sob sua jurisdição, cabendo às autoridades militares direta- mentar outros requisitos para obtenção da AET, em Resolução pró-
mente responsáveis pelos veículos de que trata o § 2º a prévia con- pria.
ferência da viabilidade do deslocamento. Art. 20. O trânsito de CVC, que exija AET, deve ser do amanhe-
Art. 19. A AET para as composições de que trata o art. 18 pode cer ao pôr do sol e sua velocidade máxima de 80 km/h, respeitado
ser concedida pelo OEER mediante atendimento aos seguintes re- limite inferior definido pela sinalização da via.
quisitos: § 1º Nas vias com pista dupla e duplo sentido de circulação, do-
I - para a CVC: tadas de separadores físicos e que possuam duas ou mais faixas de
a) PBTC igual ou inferior a 74 t; circulação no mesmo sentido, será autorizado o trânsito diuturno.
b) comprimento superior a 19,80 m e máximo de 30 m, quando § 2º Em casos especiais, devidamente justificados, poderá ser
o PBTC for inferior ou igual a 57 t; autorizado o trânsito noturno de CVC de que trata o caput, nas vias
c) comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30 m, quando o de pista simples com duplo sentido de circulação, observados os
PBTC for superior a 57 t; seguintes requisitos:
d) limites legais de peso por eixo fixados pelo CONTRAN; I - volume horário de tráfego no período noturno correspon-
e) compatibilidade da CMT da unidade tratora com o PBTC; dente, no máximo, ao nível de serviço “C”, conforme conceito da
f) estar equipadas com sistemas de freios conjugados entre si e Engenharia de Tráfego;
com a unidade tratora, atendendo o disposto na Resolução nº 519,
de 29 de janeiro de 2015, e suas sucedâneas;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - traçado adequado de vias e suas condições de segurança, Art. 23. A AET não exime o condutor e o proprietário da respon-
especialmente no que se refere à ultrapassagem dos demais veí- sabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de
culos; e veículos causar à via ou a terceiros, conforme prevê o § 2º do art.
III - colocação de placas de sinalização em todo o trecho da via, 101 do CTB.
advertindo os usuários sobre a presença de veículos longos. Art. 24. O veículo ou a CVC cujas dimensões ou a carga exce-
§ 3º Em caso de não atendimento dos requisitos estabelecidos dam os limites fixados pelo CONTRAN, deverá portar na parte tra-
no § 2º, o interessado poderá implementar medida mitigadora que seira a sinalização especial de advertência prevista nos Anexos des-
viabilize a tráfego noturno com segurança, devidamente precedidas ta Resolução.
de estudos técnicos aprovados pelo OEER. Parágrafo único. A sinalização deverá estar em condições de
Art. 21. Ao requerer a concessão da AET, o interessado deverá visibilidade e leitura, não sendo permitida a inserção de quaisquer
apresentar: outras informações além das previstas nesta Resolução.
I - preliminarmente, projeto técnico da CVC, devidamente assi- Art. 25. A CVC de que trata a Resolução CONTRAN nº 872, de 13
nado por profissional de engenharia qualificado e legalmente habi- de setembro de 2021, deve ter na parte traseira do último veículo a
litado, que se responsabilizará pelas condições de estabilidade e de informação do limite de velocidade conforme especificação previs-
segurança operacional, e que deverá conter: ta no Anexo II desta Resolução.
a) planta dimensional da combinação, contendo indicações de § 1º Faculta-se a utilização da mesma sinalização definida no
comprimento total, distância entre eixos, balanços traseiro e late- caput às demais CVC para as quais seja exigida a AET.
rais, detalhe do para-choques traseiro, dimensões e tipos dos pneu- § 2º Fica permitida a utilização da sinalização do limite de ve-
máticos, lanternas de advertência, identificação da unidade trato- locidade, de forma independente da sinalização especial de adver-
ra, altura e largura máxima, placa traseira de sinalização especial, tência traseira, desde que atendidas as especificações do Anexo II.
PBTC, Peso por Eixo, CMT e distribuição de carga no veículo; Art. 26. Excepcionalmente, os caminhões, reboques e semirre-
b) cálculo demonstrativo da capacidade da unidade tratora de boques equipados com rampa de acesso poderão portar na parte
vencer rampa de 6%, observando os parâmetros do art. 19 e a fór- traseira sinalização especial de advertência seccionada ao meio (bi-
mula do Anexo III; partida), constante do Anexo II desta Resolução.
Parágrafo único. Quando a sinalização estiver em posição nor-
c) gráfico demonstrativo das velocidades que a unidade tratora mal, a secção não poderá prejudicar a legibilidade das informações.
da composição é capaz de desenvolver para aclives de 0 a 6%, obe- Art. 27. A sinalização e demais requisitos relativos às CVC,
decidos os parâmetros do art. 19 e seus parágrafos; Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e as Combinações de
d) capacidade de frenagem; Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) devem observar
e) desenho de arraste e varredura, conforme norma SAE J695b, o previsto nesta Resolução.
acompanhado do respectivo memorial de cálculo;
f) laudo técnico de inspeção veicular elaborado e assinado por Parágrafo único. Para os veículos furgão carga geral, furgão fri-
profissional de engenharia qualificado e legalmente habilitado res- gorífico, sider, basculante ou outros veículos com sistema de portas
ponsável pelo projeto, acompanhado da respectiva ART, atestando traseiras e comprimento excedente, pode ser aplicada a sinalização
as condições de estabilidade e de segurança da CVC. de comprimento excedente bipartida, conforme Anexo II, podendo
II - apresentação dos CRLV-e, da composição veículo e semir- o espaçamento entre as placas ser igual à largura da moldura das
reboques. portas, mantidas as dimensões estabelecidas para a sinalização.
§ 1º Nenhuma CVC poderá operar ou transitar na via pública Art. 28. Em atendimento às inovações tecnológicas, a utilização
sem que o OEER tenha analisado e aprovado toda a documentação e circulação de novas composições, respeitados os limites de peso
mencionada neste artigo e liberado sua circulação. por eixo, somente serão autorizadas após a comprovação de seu
§ 2º Somente será admitido o acoplamento de reboques e se- desempenho, mediante testes de campo incluindo manobrabilida-
mirreboques especialmente construídos para utilização conforme de, capacidade de frenagem, distribuição de carga e estabilidade,
o tipo de CVC, devidamente homologados pelo órgão máximo exe- além do cumprimento do disposto na presente Resolução.
cutivo de trânsito da União com códigos específicos na tabela de § 1º Cabe ao órgão máximo executivo de trânsito da União
marca/modelo/versão do RENAVAM. publicar Portaria com as composições homologadas, especificando
Art. 22. A AET terá validade específica para cada viagem ou por seus limites de pesos e dimensões.
período, para os percursos e horários previamente aprovados, e § 2º O uso regular de novas composições somente poderá ser
conterá, no mínimo: efetivado após sua homologação e publicação em Portaria do órgão
I - a identificação do órgão emissor; máximo executivo de trânsito da União.
II - o número de identificação;
III - a identificação e características do(s) veículo(s); CAPÍTULO VI
IV - o peso e dimensões autorizadas; DOS REQUISITOS PARA O TRÂNSITO DE COMPOSIÇÕES DE
V - o prazo de validade; VEÍCULOS DE CARGA REMONTADAS (CVR)
VI - o percurso; e
VII - a identificação em se tratando de carga indivisível. Art. 29. Entende-se por Composição de Veículo de Carga Re-
Parágrafo único. O OEER pode realizar vistoria técnica da CVC montada (CVR) aquela em que a configuração pode ser formada
para a emissão ou renovação da AET, sempre que entender neces- por:
sário. I - quatro unidades, incluindo o caminhão-trator, quando a
composição estiver carregada, conforme Figura 1 do Anexo IV; e

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - quatro unidades, nas quais as duas unidades traseiras cir- § 3º Entende-se por eixo triplo o conjunto de 3 eixos cuja dis-
culam transportadas pelas duas primeiras, conforme Figura 2 do tância entre o centro das rodas seja igual ou superior a 1,20 m e
Anexo IV. igual ou inferior a 2,40 m.
Art. 30. Para as configurações estabelecidas nos incisos I e II § 4º Os limites de dimensões são:
do art. 29: I - comprimento máximo:
I - o desempenho do sistema de freios deve atender ao dis- a) caminhão simples: 14 m;
posto na Resolução CONTRAN nº 519, de 29 de janeiro de 2015, ou b) caminhão com reboque: 20 m;
suas sucedâneas; c) reboque: 8,60 m;
II - os adesivos, os para-choques, o sistema de iluminação e os d) caminhão-trator com semirreboque: 18,60 m;
limites de pesos e dimensões devem estar em conformidade com as e) caminhão-trator com semirreboque e reboque: 20,50 m; e
Resoluções CONTRAN sobre esses assuntos; ec f) ônibus de longa distância: 14 m.
III - o acoplamento dos veículos articulados com pino-rei e II - largura máxima: 2,6 m; e
quinta-roda deve obedecer ao disposto na NBR NM ISO 337 ou a III - altura máxima:
NBR NM ISO 4086. a) ônibus de longa distância: 4,1 m; e
Art. 31. As unidades transportadas não podem ficar acima do b) caminhão: 4,3 m.
painel dianteiro. Art. 35. A circulação de veículos especiais ou de combinação
Art. 32. Na configuração especificada no inciso II do art. 29, de veículos com pesos ou dimensões superiores ao estabelecido no
deve ser utilizado, na região posterior, o sistema de amarração já art. 6º desta Resolução somente será admitida mediante AET, ex-
instalado nos equipamentos para amarrar as toras, ou seja, as ca- pedida de acordo com as normas estabelecidas pelas autoridades
tracas pneumáticas existentes no produto. competentes do país transitado.
§ 1º Cada cinta deve possuir capacidade de carga à ruptura de Art. 36. O disposto neste Capítulo não impede a aplicação das
7 t e o modelo do gancho deve ser do tipo delta. disposições vigentes em cada Estado Parte quanto à instituição de
§ 2º Devem ser utilizadas duas cintas para amarração de cada limites de pesos e dimensões dos veículos em circulação por deter-
composição, ou seja, a composição intermediária fará a amarração minadas rodovias, rotas ou OAE.
da composição traseira e a composição dianteira fará a amarração Art. 37. À infração decorrente do excesso de peso em relação
da composição intermediária, conforme Figura 3 do Anexo IV. aos limites estabelecidos neste Capítulo aplica-se a penalidade e
Art. 33. Na configuração especificada no inciso II do art. 29, medida administrativa previstas no inciso V do artigo 231 do CTB,
na região frontal do equipamento o processo de amarração deve conforme disposto na Resolução MERCOSUL/GMC/RES. Nº 14/14.
utilizar o sistema articulado com pino-rei e quinta roda, conforme Art. 38. Os veículos registrados nos demais países, com os quais o
Figura 4 do Anexo IV. Brasil mantenha Acordo de Transporte Terrestre, habilitados ao trans-
§ 1º O travamento do deslocamento horizontal deve ser feito porte internacional de carga e coletivo de passageiros, quando em
por meio de pino projetado exclusivamente para tal finalidade. circulação internacional pelo território nacional, devem obedecer aos
§ 2º O deslocamento vertical deve ser nulo, devendo inexistir limites de pesos e dimensões dispostos no Capítulo III desta Resolução.
folga no mecanismo de travamento entre a quinta roda e o pino-rei.
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO VII DOS ÔNIBUS ARTICULADOS E BIARTICULADOS
DAS DIMENSÕES E PESOS PARA VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO
EM VIAGEM INTERNACIONAL PELO TERRITÓRIO NACIONAL Art. 39. Os veículos articulados e biarticulados, destinados ao
transporte coletivo de passageiros, cujas dimensões excedam aos
Art. 34. Os veículos registrados nos Estados Parte do Mercosul limites de comprimento de 19,80 m, só poderão circular nas vias
habilitados ao transporte internacional de carga e coletivo de pas- portando AE em conformidade com esta Resolução.
sageiros, quando em circulação internacional pelo território nacio- Parágrafo único. Para a concessão da AE de que trata o caput,
nal, devem obedecer aos limites de pesos e dimensões de que trata os ônibus articulados e biarticulados deverão atender aos seguintes
o acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/RES. Nº 65/08. limites:
§ 1º Os limites de pesos são: I - largura: 2,60 m;
I - PBT 45 t; II - comprimento medido do para-choque dianteiro à extremi-
II - peso bruto transmitido por eixo às superfícies das vias pú- dade traseira do veículo:
blicas: a) veículos articulados de transporte coletivo de passageiros:
a) eixo simples dotado de 2 rodas: 6 t; acima de 19,80 m até 25m; e
b) eixo simples dotado de 4 rodas: 10,5 t; b) veículos biarticulados de transporte coletivo de passageiros:
c) eixo duplo dotado de 4 rodas: 10 t; acima de 25 m até 30 m.
d) eixo duplo dotado de 6 rodas: 14 t; III - os limites legais de PBT e peso por eixo ou conjunto de eixos
e) eixo duplo dotado de 8 rodas: 18 t; previstos nesta Resolução.
f) eixo triplo dotado de 6 rodas: 14 t; Art. 40. Ficam dispensados da emissão de AE:
g) eixo triplo dotado de 10 rodas: 21 t; e I - os ônibus articulados com comprimento até 19,80 m e que
h) eixo triplo dotado de 12 rodas: 25,5 t. atendam aos limites de largura previstos nesta Resolução; e
§ 2º Entende-se por eixo duplo o conjunto de 2 eixos cuja dis- II - os ônibus articulados e biarticulados que atendam aos limi-
tância entre o centro das rodas seja igual ou superior a 1,20 m e tes de largura e comprimento previstos nesta Resolução e que trafe-
igual ou inferior a 2,40 m. guem em faixas próprias a eles destinadas e/ou em trajetos defini-
dos com a finalidade de operação para o transporte de passageiros.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 41. Os ônibus articulados e biarticulados com dimensões § 1º Caso as inscrições técnicas não estejam indicadas confor-
previstas no parágrafo único do art. 39, quando em circulação fora me este regulamento, serão aplicadas as infrações corresponden-
dos trajetos específicos para finalidade da operação de transporte tes, sem prejuízo das infrações do art. 231, incisos V e X do CTB,
de passageiros, só poderão circular portando AE. quando verificadas, podendo ser observadas as inscrições descritas
Parágrafo único. A AE fornecida pelos OEER deverá conter o percur- pelas especificações técnicas consultadas dos fabricantes, importa-
so estabelecido e aprovado pelo órgão com circunscrição sobre a via. dores e de seus implementadores de equipamentos ou de órgãos
Art. 42. O trânsito dos ônibus articulados e biarticulados será do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
do amanhecer ao pôr do sol, e terá velocidade máxima de 60 km/h. § 2º A instalação de implementos, como eixo, tanque suple-
§ 1º Não se aplica a restrição quanto ao horário de trânsito mentar, compressor, sistema hidráulico, guindaste, entre outros,
contida no caput para os ônibus articulados cujo comprimento seja que modifiquem a tara do veículo deverá ser acompanhada da fixa-
de no máximo 19,80 m. ção de inscrição com a nova tara, conforme os requisitos do Anexo
§ 2º Será admitido o trânsito noturno dos ônibus articulados e VI desta Resolução.
biarticulados: Art. 47. Para os veículos em circulação, registrados até 31 de
I - nas faixas próprias a eles destinados; dezembro de 2008, que não possuíam a inscrição dos dados de tara
II - nas vias com pista dupla; e lotação nos locais e especificações de materiais normatizados
III - nas vias de múltiplas faixas de sentido único de circulação; nesta Resolução, fica autorizada a inscrição dos dados por pintu-
IV - nas vias com duplo sentido de circulação dotadas de sepa- ra resistente ao tempo na cor amarela sobre fundo preto e altura
radores físicos, que possuam duas ou mais faixas de circulação no mínima dos caracteres de 30 mm, em local visível na parte externa
mesmo sentido; e do veículo.
V - nos trechos rodoviários de pista simples. § 1º Para os veículos destinados ao transporte coletivo de pas-
§ 3º Poderão ser adotados horários distintos dos estabelecidos sageiros, a indicação de que trata o caput poderá ser realizada con-
neste artigo em trechos específicos, mediante proposição da auto- forme o item 3.2.2 do Anexo VI, nesse caso de responsabilidade do
ridade competente com circunscrição sobre a via. proprietário do veículo.
Art. 43. Os modelos dos ônibus articulados e biarticulados, § 2º Para os veículos registrados a partir de 1º de janeiro de
constantes no Anexo V desta Resolução, são meramente ilustrativos 2009, eventual regularização das inscrições técnicas deverá obede-
e visam apenas demonstrar as dimensões permitidas aos veículos. cer aos requisitos do Anexo VI desta Resolução.
Art. 48. No caso de veículo inacabado, conforme definido no in-
CAPÍTULO IX ciso XVIII do art. 3º desta Resolução, fica o fabricante ou importador
DAS INSCRIÇÕES E FISCALIZAÇÃO DAS INSCRIÇÕES DOS obrigado a declarar na nota fiscal o peso do veículo nessa condição.
DADOS TÉCNICOS
CAPÍTULO X
Art. 44. Para efeito de registro, licenciamento e circulação, os DAS FORMAS E TOLERÂNCIAS PARA A FISCALIZAÇÃO
veículos de tração, de carga, especiais e os de transporte coletivo de
passageiros deverão ter indicação, fixado em local visível, de suas Art. 49. A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita por
características registradas para obtenção do Certificado de Adequa- equipamento de pesagem ou, na impossibilidade, pela verificação
ção à Legislação de Trânsito (CAT), de acordo com os requisitos de- de documento fiscal ou de transporte.
finidos no Anexo VI desta Resolução. § 1º Os equipamentos fixos ou portáteis utilizados na pesagem
Parágrafo único. A inscrição indicativa dos pesos e capacidades de veículos devem ter seu modelo aprovado pelo INMETRO, de
registrados nos veículos automotores de tração, de carga e espe- acordo com a legislação metrológica em vigor.
ciais será individualizada. § 2º A fiscalização em equipamento de pesagem, devidamente
Art. 45. Para efeito de fiscalização de veículos ou combinações aferida e certificada pelo INMETRO, deverá prevalecer em relação
de veículos amparados por AET ou AE, caso haja divergência en- à fiscalização por verificação do peso lançado em documento fiscal
tre as inscrições técnicas do veículo e as informações constantes ou de transporte.
na AET ou AE, prevalecem as informações de pesos e capacidades § 3º A fiscalização dos limites de peso dos veículos por meio do
constantes das inscrições técnicas. peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento, Manifesto de carga
Art. 46. A responsabilidade pela inscrição e conteúdo dos pesos ou outros documentos que contenham o peso da carga declarado,
e capacidades, conforme estabelecido no Anexo VI desta Resolução poderá ser feita em qualquer tempo ou local, não sendo admitida
será: qualquer tolerância sobre o peso declarado.
I - do fabricante ou importador, quando se tratar de veículo
novo acabado ou inacabado; § 4º O documento de fiscal deverá possuir declaração do peso
II - do fabricante da carroçaria ou de outros implementos, em em kg.
caráter complementar ao informado pelo fabricante ou importador § 5º A ausência do peso da carga no documento fiscal pode en-
do veículo; sejar o encaminhamento do veículo para aferição em equipamento
III - do responsável pelas modificações, quando se tratar de ve- de pesagem ou a apresentação de documento fiscal substituto com
ículo novo ou já licenciado que tiver sua estrutura ou número de a respectiva informação.
eixos alterados, ou outras modificações previstas pelas Resoluções Art. 50. Na fiscalização de peso dos veículos por equipamento
CONTRAN nº 291, de 29 de agosto de 2008 e nº 292, de 29 de agos- de pesagem serão admitidas as seguintes tolerâncias:
to de 2008, ou suas sucedâneas; e I - 5% sobre os limites de PBT ou PBTC; e
IV - do proprietário do veículo, conforme estabelecido no art. II - 12,5% sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo de
47 desta Resolução. veículos à superfície das vias públicas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 1º Os veículos ou combinação de veículos com PBT ou PBTC § 2º Quando houver excessos tanto no peso por eixo quanto
regulamentar igual ou inferior a 50 t devem ser fiscalizados apenas no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos à multa serão calculados
quanto aos limites de PBT ou PBTC, observada a tolerância prevista isoladamente e somados entre si, sendo adicionado ao resultado o
no inciso I do caput. valor inicial referente à infração de natureza média.
§ 2º O veículo de que trata o § 1º que ultrapassar a tolerân- § 3º O valor do acréscimo à multa será calculado nos seguintes
cia máxima sobre o limite do PBT ou PBTC também será fiscalizado termos:
quanto ao excesso de peso por eixo, aplicando-se as penalidades I - enquadrar o excesso total de acordo com o disposto nas alí-
cumulativamente, respeitadas as tolerâncias máximas previstas nos neas do inciso V do art. 231 do CTB;
incisos I e II do caput. II - dividir o excesso total por 200 kg, arredondando-se o valor
§ 3º No carregamento dos veículos, a tolerância máxima previs- para o inteiro superior, resultando na quantidade de frações; e
ta neste artigo não pode ser incorporada aos limites de peso previs- III - multiplicar o resultado de frações pelo valor previsto para a
tos em regulamentação do CONTRAN. faixa do excesso indicada no inciso I.
Art. 51. Cabe ao transportador atender aos limites técnicos e Art. 58. As infrações por excesso da CMT de que trata o inciso
legais de resistência dos eixos do veículo. X do art. 231 do CTB serão aplicadas, a depender da relação entre o
Art. 52. Quando o peso verificado for igual ou inferior ao PBT excesso de peso apurado e a CMT, da seguinte forma:
ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5%, I - até 600 kg: infração média, com valor conforme definido no
mas ocorrer excesso de peso em algum dos eixos ou conjunto de CTB;
eixos, aplicar-se-á multa somente sobre a parcela que exceder essa II - entre 601 kg e 1.000 kg: infração grave, com valor conforme
tolerância. definido no CTB; e
§ 1º A carga deverá ser remanejada ou deverá ser efetuado III - acima de 1.000 kg: infração gravíssima, com valor conforme
transbordo, de modo que os excessos por eixo sejam eliminados. definido no CTB, aplicado a cada 500 kg ou fração de excesso de
§ 2º As disposições previstas no caput não se aplicam aos veí- peso apurado.
culos de que trata o § 1º do art. 50. Art. 59. Nas fiscalizações realizadas com o uso de instrumentos
Art. 53. Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou PBTC ou equipamentos de aferição de peso de veículos, deve ser assegu-
estabelecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5%, aplicar- rado o acesso à documentação comprobatória de atendimento à
-se-á a multa somente sobre a parcela que exceder essa tolerância. legislação metrológica.
Parágrafo único. Deverá ser efetuado o transbordo do excesso
que ultrapassar a tolerância. CAPÍTULO XI
Art. 54. O veículo só poderá prosseguir viagem após sanadas as DAS INDICAÇÕES DE INFRAÇÕES AO CTB
irregularidades, observadas as condições de segurança.
§ 1º A critério do agente, avaliados os riscos e as condições de Art. 60. O descumprimento do disposto nesta Resolução sujeita
segurança, poderá ser dispensado o remanejamento ou transbordo o infrator, conforme o caso, independentemente de outras penali-
de produtos perigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e passa- dades, às seguintes sanções previstas no CTB:
geiros. I - art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s) e/ou cargas estive-
§ 2º Nos casos em que não for dispensado o remanejamento rem com pesos ou dimensões superiores aos limites estabelecidos
ou transbordo da carga, o veículo deverá ser recolhido ao depósito, legalmente e existir restrição de tráfego referente ao local e/ou ho-
sendo liberado somente após sanada a irregularidade e pagas todas rário, não constante na AET ou AE, imposta pelo órgão com circuns-
as despesas de remoção e estada. crição sobre a via;
§ 3º O saneamento da irregularidade não impede a aplicação II - art. 230, incisos IX e X: quando o veículo transitar em desa-
da multa cabível. cordo com as especificações do Capítulo VI;
Art. 55. Na fiscalização de peso por eixo ou conjunto de eixos, III - art. 230, inciso XXI: quando o veículo de transporte de carga
independentemente da natureza da carga, o veículo poderá pros- transitar sem as inscrições das informações previstas no anexo VI;
seguir viagem sem remanejamento ou transbordo, desde que os IV - art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s) tratados nesta
excessos aferidos em cada eixo ou conjunto de eixos sejam simul- Resolução e/ou cargas transitarem sem a autorização especial ex-
taneamente inferiores a 12,5% do menor valor entre os pesos e pedida pelo órgão com circunscrição sobre a via para atender as
capacidades máximos estabelecidos pelo Contran e os pesos e ca- condições dos limites de pesos e dimensões;
pacidades indicados pelo fabricante ou importador, nos termos do V - art. 231, inciso V: quando o veículo ou CVC transitar com ex-
art. 100 do CTB. cesso de peso, respeitadas as tolerâncias descritas nesta Resolução;
Parágrafo único. A tolerância para fins de remanejamento ou VI - art. 231, inciso VI: quando os veículos tratados nesta Reso-
transbordo de que trata o caput não será cumulativa aos limites lução estiverem com suas dimensões superiores aos limites estabe-
estabelecidos no art. 50 desta Resolução. lecidos legalmente e transitarem em desacordo com AET ou AE já
Art. 56. Para fins dos §§ 4º e 6º do art. 257 do CTB, considera-se expedida;
embarcador o remetente ou expedidor da carga, mesmo se o frete VII - art. 231, inciso VI: quando os veículos tratados nesta Reso-
for a pagar. lução estiverem com suas dimensões superiores aos limites estabe-
Art. 57. O cálculo do valor da multa de excesso de peso se dará lecidos legalmente, e a AET ou AE estiver vencida;
nos termos do inciso V, e respectivas alíneas, do art. 231 do CTB. VIII - art. 231, inciso VII: quando o veículo ultrapassar a lotação
§ 1º Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos por eixo quanto ao excesso de passageiros;
ou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, a multa para infração de IX - art. 231, inciso X: quando o veículo ou a combinação de
natureza média prevista no inciso V do art. 231 do CTB será aplicada veículo transitar excedendo a capacidade máxima de tração;
uma única vez.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

X - art. 232: quando os veículos de que trata essa Resolução XIII - 608, de 24 de maio de 2016;
transitarem com suas dimensões superiores aos limites estabeleci- XIV - 610, de 24 de maio de 2016;
dos sem portar AET ou AE regularmente expedida; XV - 625, de 19 de outubro de 2016;
XI - art. 235: quando a carga ultrapassar os limites laterais, pos- XVI - 628, de 30 de novembro de 2016;
terior e/ou anterior do(s) veículo(s), ainda que não ultrapasse os XVII - 630, de 30 de novembro de 2016;
limites regulamentares estabelecidos nesta Resolução; XVIII - 635, de 30 de novembro de 2016;
XII - art. 237: quando transitar em desacordo com as especifica- XIX - 662, de 19 de abril de 2017;
ções de tração previstas no art. 19 desta Resolução; XX - 665, de 18 de maio de 2017;
XIII - art. 237: quando transitar sem as inscrições dos dados téc- XXI - 700, de 10 de outubro de 2017;
nicos, os veículos de tração e transporte coletivo de passageiro ou XXII - 702, de 10 de outubro de 2017;.
nos casos de incorreção dos dados técnicos ou em desacordo com XXIII - 734, de 05 de junho de 2018;
as especificações estabelecidas no Anexo VI; XXIV - 746, de 30 de novembro de 2018;
XIV - art. 237: quando os veículos ou combinação de veículos XXV - 787, de 18 de junho de 2020; e
estiverem com suas dimensões superiores aos limites estabelecidos XXVI - 803, de 22 de outubro de 2020.
legalmente e a sinalização especial de advertência na traseira não Art. 65. Esta Resolução entra em vigor em 3 de janeiro de 2022.
tiver sido instalada ou não atender aos requisitos previstos; ou
XV - art. 239: quando retirar do local veículo legalmente retido
para regularização, sem permissão da autoridade competente ou Prezado candidato, a Resolução na íntegra com seus respecti-
de seus agentes. vos anexos está disponível para consulta em:
Parágrafo único. As situações infracionais descritas neste Capí- https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/
tulo não afastam a possibilidade de aplicações de outras penalida- conteudo-contran/resolucoes/Resolucao8822021.pdf
des previstas no CTB.

CAPÍTULO XII RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 958, DE 17 DE MAIO DE 2022


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Dispõe sobre os limites de emissões de gases e partículas
Art. 61. Os pesos e as dimensões máximas estabelecidos nesta pelo escapamento de veículos automotores, sua fiscalização pelos
Resolução não excluem a competência dos OEER para fixar valores agentes de trânsito, requisitos de controle de gases do cárter e
mais restritivos em relação às vias sob sua circunscrição, de acordo sons produzidos por equipamentos utilizados em veículos.
com as restrições ou limitações estruturais da área, via, pista, faixa
ou obra de arte, desde que observado o estudo de engenharia res- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
pectivo. competência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de
§ 1º O OEER deverá observar a regular colocação de sinaliza- 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
ção vertical regulamentadora, nos termos da Resolução CONTRAN (CTB), e com base no que consta nos autos do processo administra-
nº 180, de 26 de agosto de 2005, que aprova o Manual Brasileiro tivo nº 50000.033607/2021-87, resolve:
de Sinalização de Trânsito, Volume I - Sinalização Vertical de Regu-
lamentação, ou suas sucedâneas, especialmente quanto às placas CAPÍTULO I
R14 e R17, conforme o caso. DOS LIMITES DE EMISSÕES DA EMISSÃO DE GASES
§ 2º O OEER deverá disponibilizar os estudos de engenharia no
portal de solicitação de AET ou por outro meio eletrônico. Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os limites de emissões de
Art. 62. Para fins de fiscalização de peso de veículo que trans- gases e partículas pelo escapamento de veículos automotores, sua
porte produtos classificados como biodiesel (B-100), por meio de fiscalização pelos agentes de trânsito, requisitos de controle de ga-
equipamento de pesagem ou de nota fiscal, é admitida a tolerância ses do cárter e sons produzidos por equipamentos utilizados em
de 7,5% no PBT ou PBTC para todos os veículos não adaptados para veículos.
esse tipo de transporte, até seu sucateamento. Art. 2º Os limites de emissões de gases, partículas e os proce-
Art. 63. É obrigatória, a partir de 1º de julho de 2022, a inscri- dimentos de fiscalização a serem praticados pelos órgãos de trân-
ção indicativa de peso por eixo estabelecida no Anexo VI. sito, estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio
Art. 64. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº: Ambiente (CONAMA) nº 418, de 25 de novembro de 2009, e suas
I - 210, de 13 de novembro de 2006; sucedâneas, deverão observar o disposto neste capítulo.
II- 211, de 13 de novembro de 2006; Art. 3º Para os veículos com motor do ciclo Otto, os limites má-
III - 256, de 30 de novembro de 2007; ximos de emissão de escapamento de CO e HC , de diluição e da
IV - 284, de 01 de julho de 2008; velocidade angular do motor são os definidos nas Tabelas 1 e 2:
V - 290, de 29 de agosto de 2008;
VI - 318, de 05 de junho de 2009;
VII - 373, de 18 de março de 2011;
VIII - 381, de 28 de abril de 2011;
IX - 502, de 23 de setembro de 2014;
X - 520, de 29 de janeiro de 2015;
XI - 566, de 25 de novembro de 2015;
XII - 577, de 24 de fevereiro de 2016;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Tabela 1 - Limites máximos de emissão de CO , em marcha lenta e a 2500 rpm para veículos automotores com motor do ciclo Otto.

Tabela 2 - Limites máximos de emissão de HC , em marcha lenta e a 2500 rpm para veículos com motor do ciclo Otto.

§ 1º Para os casos de veículos que utilizam combustíveis líquido e gasoso, serão considerados os limites de cada combustível.
§ 2º A velocidade angular de marcha lenta deverá estar na faixa de 600 a 1200 rpm e ser estável dentro de ± 100 rpm.
§ 3º A velocidade angular em regime acelerado de 2500 rpm deve ter tolerância de ± 200 rpm.
§ 4º O fator de diluição dos gases de escapamento deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator de diluição ser inferior a 1,0, este
devera ser considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos valores corrigidos de CO e HC.
Art. 4º Para os motociclos e similares, com motor do ciclo Otto, os limites máximos de emissão de escapamento de CO corrigido e HC
corrigido, são os definidos nas Tabelas 3 e 4.

Tabela 3 - Limites máximos de emissão de COcorrigido, HC corrigido em marcha lenta e de fator de diluição(1) para motociclos e
veículos similares com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

(1) O fator de diluição deve ser no Máximo de 2,5.


(2)Os limites de emissão de gases se aplicam somente aos motociclos e veículos similares equipados com motor do ciclo Otto de
quatro tempos.
cc: Capacidade volumétrica do motor em cilindrada ou cm .

Tabela 4 - Limites máximos de emissão de CO corrigido, HC corrigido em marcha lenta e de fator de diluição(1) para motociclos e
veículos similares com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2), cujos fabricantes comprovarem a homologação com valores superiores aos
estipulados na Tabela 3

§ 1º O fator de diluição dos gases de escapamento deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator de diluição ser inferior a 1,0, este
devera ser considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos valores corrigidos de CO e HC.
§ 2º A velocidade angular de marcha lenta devera ser estável dentro de uma faixa de 300 rpm e não exceder os limites mínimo de 700
rpm e máximo de 1400 rpm.
Art. 5º Para os veículos automotores do ciclo Diesel, os limites máximos de opacidade em aceleração livre são os valores certificados e
divulgados pelo fabricante. Para veículos automotores do ciclo Diesel que não tiverem seus limites máximos de opacidade em aceleração
livre divulgados pelo fabricante, são os estabelecidos nas Tabelas 5 e 6.
Tabela 5 - Limites máximos de opacidade em aceleração livre de veículos não abrangidos pela Resolução CONAMA 16/95 (anterio-
res a ano-modelo 1996)

(1) LDA é o dispositivo de controle da bomba injetora de combustível para adequação do seu debito a pressão do turboalimentador.

Tabela 6 - Limites de opacidade em aceleração livre de veículos a diesel posteriores a vigência da Resolução CONAMA 16/95 (ano-
-modelo 1996 em diante)

Art. 6º Os requisitos técnicos que regulamentam os procedimentos para a fiscalização de veículos do ciclo Diesel e do ciclo Otto, mo-
tociclos e assemelhados do ciclo Otto são os constantes dos Anexos I, II, III e IV.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO DA EMISSÃO DE GASES

Art. 7º Para fins de fiscalização, aplicação de penalidades e medidas administrativas, quanto aos níveis de gases, partículas poluentes
e ruídos dos veículos em circulação, serão observados os índices estabelecidos pelo CONAMA.
Parágrafo único. Os órgãos de trânsito e seus agentes devem observar os limites de emissões de gases, partículas e os procedimentos
de fiscalização constantes da Instrução Normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
nº 6/2010 e suas alterações e sucedâneas, nos termos desta Resolução.

SEÇÃO I
DOS EQUIPAMENTOS DE FISCALIZAÇÃO E PREENCHIMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO

Art. 8º Sem prejuízo de outras exigências estabelecidas pelo CONAMA e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-
logia (INMETRO), os equipamentos utilizados para fiscalização metrológica de que trata esta Resolução devem obedecer, no mínimo, aos
seguintes requisitos:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; e IV - Arla 32: é a abreviação para Agente Redutor Líquido de
II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, eventual, NOx Automotivo, solução aquosa composta por água desminerali-
em serviço e periódica, realizadas de acordo com a regulamentação zada e ureia em grau industrial, com características e especificações
metrológica vigente. definidas na Instrução Normativa do IBAMA nº 23, de 11 de julho
§ 1º A verificação metrológica periódica deverá ser realizada de 2009, com concentração de 32,5% ureia técnica de alta pureza
com a seguinte periodicidade máxima: em água desmineralizada, podendo conter traços de biureto e pre-
a) seis meses, no caso de equipamento para medição de po- sença limitada de aldeídos e outras substâncias, reagente, usado
luentes em motores do ciclo Otto; e para o controle da emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) no gás
b) doze meses, no caso de equipamento para medição de po- de escapamento dos veículos e motores diesel equipados com os
luentes em motores do ciclo Diesel. sistemas de SCR;
§ 2º Caso configurem infração, os resultados obtidos na medi- V - Lâmpada indicadora de mau funcionamento (LIM): é o meio
ção devem ser impressos e juntados ou transcritos para o Auto de visível que informa ao condutor do veículo e ao agente de trânsito
Infração de Trânsito (AIT). um mau funcionamento do sistema de controle de emissões;
§ 3º A fiscalização da concentração de ureia do Agente Redutor VI - Sistema OBD: Sistema de Autodiagnose de Bordo utilizado
Líquido NOx Automotivo na concentração de 32,5% (Arla 32) em no controle de emissões com a capacidade de detectar a ocorrên-
uso nos reservatórios dos veículos, com utilização de equipamen- cia de falhas e de identificar sua localização provável por meio de
to metrológico, pode ser realizada pelos agentes de fiscalização de códigos de falha armazenados na memória do sistema eletrônico
trânsito. do gerenciamento do motor e transferilos a um equipamento com-
Art. 9º O AIT, além das demais exigências contidas em normas putadorizado;
específicas, deve ser preenchido, no mínimo, com as seguintes in- VII - Veículo pesado: veículo automotor para o transporte de
formações: passageiros e/ou carga, com massa total máxima autorizada maior
I - medição realizada: resultado obtido pelo equipamento de que 3.856 kg (três mil oitocentos e cinquenta e seis quilogramas)
medição no momento da fiscalização; ou massa do veículo em ordem de marcha maior que 2.720 kg (dois
II - valor considerado: valor considerado para infração, obtido mil setecentos e vinte quilogramas), projetado para o transporte de
subtraindo-se o erro máximo admissível da medição realizada; passageiros e/ou carga;
III - limite regulamentado: limite máximo permitido de acordo VIII - Negro de Eriocromo T: reagente indicador de complexa-
com as normas do CONAMA; ção, o qual indica com fidedignidade a utilização de água comum,
IV - nome, marca, modelo e número de série do equipamento com presença de minerais, água não desmineralizada, situação em
utilizado na fiscalização; e que a reação apresenta a cor entre o rosa e o violeta, e a cor azul
V - data da última verificação metrológica. quando utilizada água desmineralizada, isenta de minerais.
§ 1º O erro máximo admissível é o limite de erro aceitável pela Art. 11. A fiscalização do sistema destinado ao controle de
regulamentação metrológica na verificação metrológica dos equi- emissão de gases poluentes, pode ser realizada mediante inspeção
pamentos de medição. visual, utilização de leitor de OBD, ou da LIM no painel do veículo.
§ 2º No caso de fiscalização da concentração de ureia do Arla Parágrafo único. A fiscalização descrita no caput não restrin-
32, o valor considerado será qualquer valor situado fora do inter- ge ou impede a fiscalização dos limites de emissões por meio de
valo de 30 % a 35 % de concentração de ureia medido através de outros equipamentos para medição de emissões poluentes, regu-
refratômetro digital, quando aplicável. lamentados nesta Resolução ou outro dispositivo legal que venha
a complementá-la.
SEÇÃO II Art. 12. Os agentes de fiscalização de trânsito podem realizar
DA FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS DIESEL COM PBT ACIMA DE coleta do líquido do reservatório de Arla 32 do veículo para poste-
3.856 KG, PRODUZIDOS A PARTIR DE 2012 rior análise pericial.
Art. 13. A verificação do líquido em uso no reservatório de Arla
Art. 10. A fiscalização do sistema destinado ao controle de emis- 32 do veículo pode também ser realizada por meio do uso de teste
são de gases poluentes, para os veículos pesados com motorização colorimétrico utilizando o reagente Negro de Eriocromo T.
ciclo Diesel, produzidos a partir de 2012, será realizada de acordo Art. 14. É proibida a alteração do reservatório original e do sis-
com as disposições desta seção, usando as seguintes definições: tema de injeção de Arla 32.
I - Sistema destinado ao controle de emissão de gases poluen- Parágrafo único. A viabilidade de instalação de reservatório adi-
tes: sistema destinado a atender os limites de emissões definidos cional de Arla 32 deverá ser objeto de estudo no âmbito da Câmara
pela fase P7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veícu- Temática de Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte Rodovi-
los Automotores (PROCONVE) e suas fases sucedâneas, utilizando ário (CTVAT).
atualmente a tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction) ou ca-
talisador de redução seletiva ou EGR (Exhaust Gas Recirculation) ou CAPÍTULO III
recirculação de gases de escapamento; DOS REQUISITOS DE CONTROLE DE EMISSÃO DE GASES DO
II - Redução Catalítica Seletiva - SCR : sistema composto por sof- CÁRTER DE MOTORES VEICULARES
tware de funcionamento, OBD, LIM, sensores, sondas, reservatório
de Arla 32, unidade de injeção do Arla 32, unidade de controle de Art. 15. Os veículos automotores produzidos ou importados de
dosagem, catalisador, sistema de escapamento entre outros; quatro ou mais rodas, com peso superior a 400 kg e velocidade má-
III - EGR: sistema composto por software de funcionamento, xima superior a 50 km/h, movidos a gasolina, devem ser dotados de
OBD, LIM, sensores, filtros de partículas, catalisador, sistema de es- sistema de controle de emissão dos gases do cárter do motor que
capamento entre outros; atenda às exigências estabelecidas no Anexo V.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 16. A conformidade de modelo do veículo com as exigên- IV - art. 230, inciso XII: veículo com alteração no reservatório
cias constantes do Anexo V será comprovada por atestado emitido original de Arla 32 ou no sistema de injeção; e
próprio fabricante, importador ou por instituto especializado, por V - art. 231, inciso III: produzindo gases ou partículas em níveis
meio de ensaios realizados em seus laboratórios. superiores aos estabelecidos pelo CONAMA.
§ 1º Deve constar no campo de observações do AIT a situação
CAPÍTULO IV verificada que configurou a infração.
DA FISCALIZAÇÃO DE SONS PRODUZIDOS POR § 2º Os tipos infracionais e as situações descritas nos incisos
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM VEÍCULOS e alíneas deste artigo não afastam a possibilidade de aplicação de
outras infrações, penalidades e medidas administrativas previstas
Art. 17. Fica proibida a utilização, em veículos de qualquer es- no CTB.
pécie, de equipamento que produza som audível pelo lado externo, Art. 20. Não configura infração a substituição parcial ou total
independentemente do volume ou frequência, que perturbe o sos- do sistema de escapamento original por outro similar, desde que
sego público, nas vias terrestres abertas à circulação. respeitados os limites de emissões de gases e poluentes e seja cer-
Parágrafo único. O agente de trânsito deve registrar, no campo tificado pelo INMETRO.
de observações do AIT, a forma de constatação do fato gerador da Art. 21. Os atos administrativos decorrentes da presente Reso-
infração. lução não elidem as punições originárias de ilícitos penais, confor-
Art. 18. Excetuam-se do disposto no art. 16 os ruídos produzi- me disposições de Lei.
dos por:
I - buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha a ré, sirenes, pelo CAPÍTULO VI
motor e demais componentes obrigatórios do próprio veículo; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
lI - veículos prestadores de serviço com emissão sonora de pu-
blicidade, divulgação, entretenimento e comunicação, desde que Art. 22. Os Anexos desta Resolução encontram-se disponíveis
estejam portando autorização emitida pelo órgão ou entidade local no sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.
competente; e Art. 23. Fica revogada a observação 9 do anexo V da Resolução
III - veículos de competição e os de entretenimento público, so- CONTRAN nº 916, de 28 de março de 2022, e as Resoluções CON-
mente nos locais de competição ou de apresentação devidamente TRAN:
estabelecidos e permitidos pelas autoridades competentes. I - nº 507, de 30 de setembro de 1976;
II - nº 451, de 28 de agosto de 2013;
CAPÍTULO V III - nº 452, de 26 de setembro de 2013;
DAS SANÇÕES IV - nº 624, de 19 de outubro de 2016; e
V - nº 666, de 18 de março de 2017.
Art. 19. O descumprimento do disposto nesta Resolução impli- Art. 24. Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022.
cará, conforme o caso, na aplicação ao infrator das penalidades e
medidas administrativas previstas no CTB:
I - art. 228: veículo utilizando equipamento com som em volu- RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 886, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2021
me ou frequência em desacordo com o permitido nesta Resolução;
II - art. 229: veículo utilizando aparelho de alarme ou que pro- Regulamenta as especificações, a produção e a expedição da
duza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
com o permitido nesta Resolução;
III - art. 230, inciso IX: O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
a) identificação, por meio de leitor de OBD, de emissão de NOx competência que lhe conferem os incisos I e X do art. 12 e o art.
superior a 3,5 g/kWh por mais de 48 h de operação do motor; 159, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Có-
b) identificação de falhas no sistema de controle de emissões digo de Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta nos autos
de gases registradas e identificadas por meio de leitor de OBD ou do processo administrativo nº 50000.016844/2021-83, resolve:
computador de bordo por mais de 48 h; Art. 1º Esta Resolução regulamenta as especificações, a produ-
ção e a expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
c) falta de fusível ou fusível danificado do sistema de controle
de emissões de gases; CAPÍTULO I
d) catalisador ausente ou danificado; DAS ESPECIFICAÇÕES DA CARTEIRA NACIONAL DE
e) reservatório sem Arla 32, ou abastecido com água ou outro HABILITAÇÃO
líquido;
f) reservatório com Arla 32 adulterado ou irregular, verificado Art. 2º A CNH será expedida em meio físico e/ou digital, à esco-
com refratômetro ou reagente negro de Eriocromo T; lha do condutor, em modelo único, conforme estabelecido no Ane-
g) utilização de emulador ou chip que altera o funcionamento xo I desta Resolução.
do sistema; § 1º Os dados variáveis constantes da CNH serão identificados
h) qualquer outro componente do sistema de controle de emis- por numeração específica, acrescidos pela fotografia do condutor e
sões de gases desconectado, obstruído, danificado ou suprimido pelas numerações estabelecidas pelo art. 4º, em conformidade com
que impeça seu correto funcionamento; e os Anexos I, II, III e IV.
i) utilização de combustível com especificação técnica diferente
do especificado pela legislação vigente ou PROCONVE;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 2º As restrições médicas e a informação sobre o exercício de § 2º A CNH expedida em meio eletrônico é denominada Cartei-
atividade remunerada deverão ser informados em campo específi- ra Nacional de Habilitação Eletrônica (CNHe).
co da CNH, de forma codificada, conforme o Anexo II. Art. 6º A CNH expedida em meio físico tem suas especificações
§ 3º A CNH possui Código de Referência Rápida (Quick Respon- estabelecidas no Anexo III.
se Code - QR Code), disposto em conformidade com o Anexo I, ge- Art. 7º A expedição da CNH se dará quando:
rado a partir de algoritmo específico do órgão máximo executivo I - da obtenção da PPD, somente para as categorias “A”, “B” ou
de trânsito da União e fornecido pelo sistema central do Registro “A” e “B”, com validade de 1 (um) ano, observado o disposto no art.
Nacional de Condutores Habilitados (RENACH), de modo a permitir 147 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
a validação do documento. II - da substituição da PPD pela CNH definitiva, ao término do
§ 4º O QR Code da CNH armazena todas as informações conti- prazo de validade de 1 (um) ano da PPD, desde que atendido o dis-
das nos dados variáveis do respectivo documento, inclusive a foto- posto no § 3º do art. 148 do CTB;
grafia, com exceção da assinatura do condutor. III - da adição de categoria;
§ 5º O órgão máximo executivo de trânsito da União deve dis- IV - da solicitação de emissão de segunda da versão física da
ponibilizar aplicativo específico para a validação de que trata o § 3º. CNH; V - houver a reabilitação do condutor;
Art. 3º A Permissão Para Dirigir (PPD) e a Autorização para Con- VI - da alteração de algum dos dados impressos na CNH; ou VII
duzir Ciclomotores (ACC) terão o mesmo modelo da CNH. - da substituição do documento de habilitação estrangeira.
§ 1º A letra “P” na lateral direita do anverso do documento, Art. 8º As imagens coletadas para utilização na CNH, em sua
constante do modelo estabelecido pelo Anexo I, será impressa ape- versão digital e/ou física, compõem o Banco de Imagens do RENA-
nas nas PPD. CH.
§ 2º A PPD para a ACC poderá ser simultânea à PPD para a ca- § 1º As imagens da fotografia, da captura biométrica decadac-
tegoria “B”, com validade de um ano. tilar e da assinatura para registro do condutor e personalização da
Art. 4º A CNH deverá conter 2 (dois) números de identificação CNH, em meio físico e/ou digital, serão coletadas pelos órgãos ou
nacional e 1 (um) número de identificação estadual, a seguir des- entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
critos: podendo estes, para tanto, contratar entidades previamente cre-
I - Número do Registro Nacional: número de identificação na- denciadas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, na
cional gerado pelo sistema informatizado da Base Índice Nacional forma estabelecida em portaria específica.
de Condutores (BINCO), composto de 9 (nove) caracteres mais 2 § 2º As imagens utilizadas para a personalização da CNH, em
(dois) dígitos verificadores de segurança, sendo único para cada meio físico e/ou digital, serão aquelas constantes na Base Central
condutor e o acompanhará durante toda a sua existência como con- do RENACH, inseridas pelos órgãos ou entidades executivos de trân-
dutor, não sendo permitida sua reutilização para outro condutor; sito dos Estados e do Distrito Federal.
II - Número do Espelho da CNH: número de identificação nacio-
nal formado por 9 (nove) caracteres mais 1 (um) dígito verificador de CAPÍTULO III
segurança, autorizado e controlado pelo órgão máximo executivo de DA PRODUÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO EM
trânsito da União e identificará cada espelho de CNH expedida; e MEIO FÍSICO
III - Número do Formulário RENACH: número de identificação
estadual referente ao documento de coleta de dados do candidato/ Art. 9º A CNH será produzida conforme as especificações esta-
condutor gerado a cada serviço, composto, obrigatoriamente, por belecidas na presente Resolução, por empresas credenciadas pelo
11 (onze) caracteres, sendo as duas primeiras posições formadas órgão máximo executivo de trânsito da União.
pela sigla da Unidade Federativa expedidora, facultada a utilização Parágrafo único. O credenciamento de que trata o caput será
da última posição como dígito verificador de segurança. requerido pela empresa interessada, mediante atendimento ao dis-
§ 1º O dígito verificador é calculado pelo sistema DSR, utilizan- posto em portaria específica editada pelo órgão máximo executivo
do rotina denominada “módulo 11” e sempre que o resto da divisão de trânsito da União.
for 0 (zero) ou 1 (um), o dígito verificador será 0 (zero).
§ 2º O Formulário RENACH, em meio digital ou físico, que dá CAPÍTULO IV
origem às informações na BINCO e autorização para a emissão da DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
CNH deve ser arquivado em segurança no órgão ou entidade execu-
tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. Art. 10. Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Esta-
dos e do Distrito Federal deverão adequar seus procedimentos para
CAPÍTULO II adoção do modelo da CNH estabelecido nesta Resolução até 1º de
DA EXPEDIÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO junho de 2022.
Art. 11. O órgão máximo executivo de trânsito da União poderá
Art. 5º A CNH, em meio eletrônico, será expedida, armazena- publicar atos normativos complementares a esta Resolução.
da e disponibilizada ao condutor pelo órgão máximo executivo de “Art. 11-A. Os Anexos desta Resolução serão disponibilizados no
trânsito da União. sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.”
§ 1º Quando o condutor optar pelo documento em meio físico, Art. 12. Ficam revogadas as seguintes Resoluções CONTRAN:
ele será produzido, personalizado e impresso por empresas creden- I - nº 133, de 02 de abril de 2002;
ciadas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União para esse II - nº 598, de 24 de maio de 2016;
fim e expedida pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos III - nº 650, de 10 de janeiro de 2017;
Estados e do Distrito Federal. IV - nº 668, de 18 de maio de 2017;
V - nº 679, de 25 de julho de 2017;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VI - nº 684, de 25 de julho de 2017;


VII - nº 718, de 7 de dezembro de 2017;
VIII - nº 747, de 30 de novembro de 2018;
IX - nº 775, de 28 de março de 2019; e
X - nº 850, de 8 de abril de 2021.
Art. 13. Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022.

MECÂNICA DE VEÍCULOS: CONHECIMENTOS ELEMENTARES DE MECÂNICA DE AUTOMÓVEIS, TROCA E RODÍZIO DE RODAS;


REGULAGEM DE MOTOR, REGULAGEM E REVISÃO DE FREIOS, TROCA DE BOMBA D’ÁGUA, TROCA E REGULAGEM DE TENSÃO
NAS CORREIAS, TROCA E REGULAGEM DA FRICÇÃO, TROCA DE ÓLEO. SERVIÇOS CORRIQUEIROS DE ELETRICIDADE: TROCA
DE FUSÍVEIS, LÂMPADAS, ACESSÓRIOS SIMPLES ETC

MECÂNICA BÁSICA
Para a perfeita condução de um veículo, é necessário conhecermos um pouco dos sistemas que o compõe.
Ter noções básicas de mecânica é muito importante. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro os veículos deverão ser conduzidos em
perfeitas condições de conservação, isto é, não comprometendo a segurança ou sendo reprovado na avaliação de inspeção de segurança
e de emissão de poluentes e ruídos.
O Código de Trânsito Brasileiro define em seus artigos várias infrações e penalidades que estão diretamente ligadas com a mecânica
básica dos veículos automotores, nas quais condutores e proprietários estão sujeitos, como por exemplo:
Suspensão: Com sua altura alterada
Pneus: Que não oferecem condições mínimas de segurança
Iluminação: Com equipamentos do sistema de iluminação e de sinalização alterados ou defeituosos.
Escapamento: Com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso.
Freios/ Buzina/ Limpador de Para-brisa/ Lanternas: São equipamentos obrigatórios que deverão estar eficientemente e operante.

MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA


O motor de combustão interna é uma máquina termodinâmica na qual a mistura ar-combustível é inflamada e queimada.
O calor liberado pela queima aumenta a pressão dos gases previamente comprimidos.
Esta pressão gerada pela queima forma o trabalho mecânico no motor através do movimento retilíneo do pistão, transformando-o em
movimento rotativo pelo virabrequim (eixo do motor).
Após cada tempo de trabalho, os gases queimados são expelidos e é admitida mistura nova de ar-combustível.
Sendo a finalidade de um motor de combustão interna, pro- duzir movimentos de rotação, por meio de explosões alternadas, dentro
de cilindros fechados, as suas partes fundamentais são:
Válvula de admissão: a válvula de admissão tem a função de deixar entrar a mistura ar-combustível.
Válvula de escape: a válvula de escape tem a função de controlar a saída dos gases resultantes da explosão.
Cabeçote: No cabeçote, estão as câmaras de combustão que com seus dispositivos, permitem a admissão, a compressão e a queima da
mistura que causa as explosões alternadas que movimentam os pistões, e ainda, a expulsão dos gases resultantes da queima.
Bloco do motor: o bloco é a estrutura principal do motor, pois, além de alojar os cilindros, onde os pistões se movimentam, serve de
apoio para a fixação e o movimento de rotação do virabrequim (eixo do motor), e ainda, para a fixação do cabeçote.
Conjunto móvel: o conjunto móvel transforma os movimentos retilíneos, de vaivém dos pistões, que se prendem ao virabrequim (eixo
do motor), em movimento de rotação que, transmite as rodas do veículo, causando o deslocamento do mesmo.

Funcionamento do motor
O motor é a fonte de energia do automóvel. Converte a energia calorífica produzida pela combustão da gasolina em energia mecânica,
capaz de imprimir movimento nas rodas. O carburante, normalmente constituído por uma mistura de gasolina e ar (a mistura gasosa), é
queimado no interior dos cilindros do motor.
A mistura gasosa é formada no carburador ou calculada pela injeção eletrônica, nos motores mais modernos, e admitida nas câmaras
de explosão.
Os pistões, que se deslocam dentro dos cilindros, comprimem a mistura que é depois inflamada por uma vela de ignição. À me- dida
que a mistura se inflama, expande-se, empurrando o pistão para baixo.
O movimento dos pistões para cima e para baixo é convertido em movimento rotativo pelo virabrequim ou eixo de manivelas o qual,
por seu turno, o transmite às rodas através da embreagem, da caixa de câmbio, do eixo de transmissão e do diferencial. Os pistões estão
ligados ao virabrequim pelas bielas. Uma árvore de cames, também conhecida por árvore de comando de válvulas, movida pelo virabre-
quim, aciona as válvulas de admissão e escapamento situadas geralmente na parte superior de cada cilindro.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A energia inicial necessária para por o motor em movimento é fornecida pelo motor de arranque. Este engrena numa cremalheira que
envolve o volante do motor, constituído por um disco pesado, fixado à extremidade do virabrequim ou árvore de manivelas. O volante do
motor amortece os impulsos bruscos dos pistões e origina uma rotação relativamente suave ao virabrequim.
Devido ao calor gerado por um motor de combustão interna, as peças metálicas que estão em contínuo atrito engripariam se não
houvesse um sistema de arrefecimento.
Para evitar desgastes e aquecimento excessivos, o motor inclui um sistema de lubrificação. O óleo, armazenado no cárter sob o bloco
do motor, é obrigado a circular sob pressão através de todas as peças do motor que necessitam de lubrificação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Sistema de Alimentação de consumo no século XX. O seu uso é vasto: em bebidas alcoólicas,
Por meio de pressão causada por uma bomba, este sistema na indústria farmacêutica, como solvente químico, como combustí-
transporta o combustível do tanque até à cuba do carburador, atra- vel ou ainda com antídoto.
vés de condutores apropriados, de onde é entregue ao motor, em
forma de mistura dosada. O álcool combustível (Etanol) é um biocombustível produzido,
Carburador: dispositivo que regula a mistura ar-combustível na geralmente, a partir da cana-de-açúcar, mandioca, milho ou beter-
dose certa para o motor. A regulagem é feita manualmente ajustan- raba.
do a válvula chamada agulha. Atualmente nos veículos mais moder- O Etanol (álcool etílico) é limpo, sem cor e tem um odor agradá-
nos, o carburador foi substituído pela injeção eletrônica. vel, diluído em água apresenta um sabor doce, mas na forma con-
Injeção Eletrônica: a dosagem do combustível com o ar pelo centrada é um poderoso combustível.
sistema eletrônico dispensa a regulagem manual porque o ma- O etanol combustível é composto, aqui no Brasil, de 96% de
peamento programação na central eletrônica comanda a mistura etanol e 4% de água, e aparece na nossa gasolina, como substituto
ar-combustível em quantidade ideais, garantindo assim menor po- do chumbo, com 22%, formando o chamado gasool.
luição, maior economia, melhor rendimento, partidas mais rápidas,
melhor aproveitamento do combustível e não utiliza o afogador. Al- Aplicação
guns veículos possuem a indicação SPI ou SFI que é a indicação de Ele é utilizado desde o início da indústria automotiva, servindo
que o mesmo possui um único bico injetor que alimenta todos os de combustível para motores a explosão do tipo ciclo Otto. Porém,
cilindros e outros possuem a indicação MPFI que é a indicação que com a utilização de combustíveis fósseis, no começo do século XX,
para cada cilindro possui o seu próprio bico injetor. mais barato e abundante, o etanol tornou-se uma opção pratica-
mente ignorada.

Vantagens do uso do álcool combustível


Menor dependência de combustíveis fósseis importados, e da
variação de preço dos mesmos.
Menor emissão de poluentes, já que grande parte dos poluen-
tes resultantes da queima do combustível no motor são re-absor-
vidos no ciclo de crescimento da cana de açúcar, e os resíduos das
usinas são totalmente reaproveitados na lavoura e na indústria.
Produz menor volume de gases poluentes em comparação com a
gasolina
Maior geração de empregos, sobretudo no campo, diminuindo
a evasão rural e o “inchamento” das grandes cidades.
Os subprodutos da cana são utilizados no próprio ciclo produ-
tor de álcool, como fonte de energia elétrica obtida pela queima do
Combustível (álcool, gasolina, diesel e GNV). bagaço, e como fertilizante da terra utilizada no plantio, através do
chamado vinhoto, tornando uma usina de álcool auto-dependente.
Álcool Fonte de geração de divisas internacionais, sobretudo em tem-
O etanol (CH3 CH2OH), também chamado álcool etílico e, na pos de escassez de petróleo e consciência ecológica.
linguagem popular, simplesmente álcool, é uma substância obtida Em média, custa quase 50% menos que a gasolina;
da fermentação de açúcares, encontrado em bebidas como cerveja, Suporta taxas de compressão elevadas, o que implica em mais
vinho e aguardente, bem como na indústria de perfumaria. No Bra- potência e torque para o motor;
sil, tal substância é também muito utilizada como combustível de Como não tem poder de solvente, prejudica menos a película
motores de explosão, constituindo assim um mercado em ascensão de óleo lubrificante no interior dos cilindros
para um combustível obtido de maneira renovável e o estabeleci-
mento de uma indústria de química de base, sustentada na utiliza- Desvantagens do uso do álcool combustível
ção de biomassa de origem agrícola e renovável. O preço e disponibilidade do álcool variam de acordo com o
O etanol é o mais comum dos álcoois. Os álcoois são compos- interesse dos usineiros, pois eles decidem se vão produzir álcool ou
tos que têm grupos hidroxilo ligados a átomos de carbono sp3. Po- açúcar de acordo com o preço internacional de cada produto.
dem ser vistos como derivados orgânicos da água em que um dos Más condições de trabalho aos chamados cortadores de cana,
hidrogênios foi substituído por um grupo orgânico. especialmente quando são terceirizados e contratados através dos
chamados “gatos”.
As técnicas de produção do álcool, na Antiguidade apenas res- As queimadas provocadas na pré-colheita da cana, que por for-
tritas à fermentação natural ou espontânea de alguns produtos ve- ça de lei e pela maior eficiência da colheita mecanizada sem quei-
getais, como açúcares, começaram a se expandir a partir da desco- ma serão em breve eliminadas, agravam o desconforto e problemas
berta da destilação – procedimento que se deve aos árabes. Mais respiratórios que ocorrem durante o inverno seco da região cen-
tarde, já no século XIX, fenómenos como a industrialização expan- tro-sul do Brasil, especialmente nas cidades próximas às grandes
dem ainda mais este mercado, que alcança um protagonismo defi- usinas;
nitivo, ao mesmo ritmo em que se vai desenvolvendo a sociedade Exige ficar atento ao nível do reservatório de partida a frio;
Tem maior poder corrosivo que a gasolina;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pelo menor poder calorífico que a gasolina, gera um consumo maior.

Gasolina
A gasolina básica (sem oxigenados) possui uma composição complexa. A sua formulação pode demandar a utilização de diversas cor-
rentes nobres oriundas do processamento do petróleo como:
- nafta leve (produto obtido a partir da destilação direta do petróleo);
- nafta craqueada que é obtida a partir da quebra de moléculas de hidrocarbonetos mais pesados (gasóleos);
- nafta reformada (obtida de um processo que aumenta a quantidade de substâncias aromáticas), o fósforo é utilizado para que haja
a queima de hidrocarbonatos mais leves que o próprio valor quantitativo químico dos elementos da gasolina expresso na formula gasoli +
queima² = CH4+ QUEIMA PADRONIZADA;
- nafta alquilada (de um processo que produz iso-parafinas de alta octanagem a partir de iso-butanos e olefinas), etc.

Quanto maior a octanagem (número de moléculas com octanos) da gasolina maior será a sua resistência à detonação espontânea.

Índice de Octano Mo-


Constituintes Processo de Obtenção Faixa de ebulição(°C)
tor (Clear)
destilação e processos de
Butano - 101
transformação
destilação, processos de
Isopentano 27 75
transformação, isomerização
Alcoilada alcoilação 40 150 90 100
Nafta leve de destilação destilação 30 120 50 65
Nafta pesada de desti-
destilação 90 220 40 50
lação
Hidrocraqueada hidrocraqueamento 40 220 80 85
C ra q u e a d a c a t a l i t i c a -
craqueamento catalítico 40 220 78 80
mente
Polímera polimerização de olefinas 60 220 80 100
Craqueada termicamente coqueamento retardo 30 150 70 76
Reformada reforma catalítica 40 220 80 85

A tabela acima mostra os principais constituintes da gasolina, como de suas propriedades e processos de obtenção.

Aplicações:
Existem 4 tipos de gasolina automotiva comercializadas no Brasil: Comum, Aditivada, Premium e Podium.

Gasolina Comum
- é a gasolina mais simples;
- não recebe nenhum tipo de aditivo ou corante;
- recebe, por força de lei federal, a adição de 20% de álcool anidro;
- possui coloração amarelada.

Aplicação: Pode ser utilizada em qualquer veículo movido à gasolina.

Gasolina Aditivada
- possui as mesmas características da gasolina comum, diferindo apenas pela presença de aditivos detergentes/ dispersantes que têm
a função de limpar e manter limpo todo o sistema de alimentação de combustível (tanque, bomba de combustível, tubulações, carburador,
bicos injetores e válvulas do motor).
- Recebe, por força de lei federal, a adição de 20% de álcool anidro;
- recebe um corante que a deixa com a cor esverdeada para diferenciá-la da gasolina comum;

Aplicação: Pode ser utilizada em qualquer veículo movido à gasolina, sendo especialmente recomendada para veículos com motores
mais compactos, que trabalham a rotações e temperaturas mais elevadas e dispõem de sistemas de injeção eletrônica, entre outros.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Gasolina Premium Pela alta taxa de enxofre, facilita a formação de ácido sulfúrico
- gasolina com 91 octanas (IAD índice antidetonante), que pro- dentro do motor, o que provoca desgastes das peças internas.
porciona um maior desempenho dos motores, quando comparada
às ga- solinas comum e aditivada; Diesel
- recebe os mesmos aditivos da Gasolina BR Supra; Em um processo para a obtenção de um combustível diesel, no
- recebe, por força de lei federal, a adição de 20% de álcool qual é obtido um óleo médio do carvão como produto prévio para o
anidro; tratamento posterior em uma etapa de refinação ou hidrocraquea-
- possui coloração amarelada; mentosob obtenção de combustível Diesel, por meio de:
- liquefação hidrogenante do carvão na presença de óleo de
Aplicação: Pode ser utilizada em qualquer veículo movido à preparo oriundo de processo (óleo de mistura inicial), gás de circu-
gasolina, mas recomendada para veículos com motores equipados lação contendo hidrogênio e catalisador finamente particularizado
com sistema de injeção eletrônica, sensor de detonação e alta taxa (fase de fundo).
de compressão (maior que 10:1). - separação de materiais sólidos não liquefeitos, de fase de fun-
do, em um separador a calor a temperaturas e pressões semelhan-
Gasolina Podium tes ao do reator de liquefação,
é a melhor gasolina do mercado. Possui uma octanagem supe-
rior às demais gasolinas encontradas no País, que proporciona um Condensação do produto de cabeça em forma de vapor, do se-
maior desempenho dos motores (índice Antidetonante = 95); parador a calor, em um separador intermediário e um separador a
- baixa formação de depósitos; frio sob recuperação simultânea do gás de circulação, é aumentada
- Isenta de benzeno e menor teor de enxofre (30 ppm), permi- aparte de óleo médio e especialmente a parte do óleo médio que
tindo uma redução das emissões de poluentes no meio ambiente; poderá ser aproveitada como combustível Diesel, a um mesmo ren-
- recebe os mesmos aditivos da Gasolina BR Supra; dimento total do carvão.
- recebe, por força de lei federal, a adição de 20% de álcoola- O condensado é encaminhado, do separador intermediário e
nidro; do separador a frio, a uma coluna de destilação que opera sob pres-
- é alaranjada devido à adição de corante laranja ao AEAC. são atmosférica, e alí decomposto em quatro etapas de ebulição:

Aplicação: Pode ser utilizada em qualquer veículo movido à ga- Corte I de ebulição abaixo de 180ºC, Corte II de ebulição entre
solina, mas a eficácia do desempenho é melhor percebida em veí- 180 e 250ºC, Corte III de ebulição entre 250 e 350ºC e Corte IV de
culos com motores equipados com sistema de injeção eletrônica, ebulição acima de 350ºC.
sensor de detonação e alta taxa de compressão (maior que 10:1).
Os Cortes II e IV são usados como óleo de preparo, o Corte I
Vantagens do uso de Gasolina como óleo leve de carvão a ser processado posteriormente, e o Cor-
Quando a gasolina é o combustível utilizado na combustão do te II como produto prévio para o tratamento posterior subsequen-
motor, o arranque e desenvolvimento do carro é mais eficiente que te, sob obtenção de combustível Diesel
um motor a Diesel;
A utilização de gasolina com aditivos ajuda a limpar e manter É um produto inflamável, medianamente tóxico, volátil, límpi-
limpos os sistemas de injeção. O que significa que com o sistema de do, isento de material em suspensão e com odor forte e característi-
injeção limpo o desgaste das peças diminui protegendo o motor; co. Recebeu este nome em homenagem ao seu criador, o engenhei-
A gasolina com maior octanagem, queima de forma mais efi- ro alemão Rudolf Diesel.
ciente no motor, resultando em alguns cavalos a mais de potência
em alguns veículos. Este combustível é o resultado de um processo Recentemente, o diesel de petróleo vem sendo substituído
mais apurado no refino do petróleo, em que são eliminadas impu- pelo biodiesel, que é uma fonte de energia renovável.
rezas naturais que podem prejudicar a combustão.
É encontrada facilmente nos postos de abastecimento; Aplicação
Garante bom rendimento do motor mesmo nos dias frios, des- O gasóleo é o combustível utilizado em motores de combustão
de os primeiros instantes após a partida; interna ( inflamação do combustível se faz pela compressão do ar
Pelo maior poder calorífico que os outros dois combustíveis, dentro da câmara de combustão) e ignição por compressão (moto-
torna os motores mais econômicos res do ciclo diesel) e é utilizado nas mais diversas aplicações, tais
como: automóveis, caminhões, pequenas embarcações marítimas,
Desvantagens do uso de Gasolina máquinas de grande porte e aplicações estacionárias (geradores
A principal desvantagem do uso deste tipo de combustível é o eléctricos, por exemplo). Os componentes do gasóleo são selecio-
seu preço. Em Portugal qualquer tipo de gasolina é mais cara que nados de acordo com as características de ignição e de escoamento
Diesel e o GPL. adequadas ao funcionamento dos motores diesel.
Em comparação com o álcool e o GNV, é o combustível que Em função dos tipos de aplicações, o óleo diesel apresenta
gera maior emissão de poluentes. Polui o ar com as emissões de características e cuidados diferenciados para conservar sempre o
Co2 mesmo ponto de fulgor e não fugir dos padrões de ignição preesta-
Fonte esgotável; depende do petróleo; belecidos por essa tecnologia. Porém, em alguns países, essa regra
Dissolve parte da película lubrificante de óleo do interior vem sendo descumprida e já é costume os governos permitirem a
- dos cilindros; mistura de outras substâncias ao óleo diesel.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Vantagens do uso do Gasóleo (Diesel) A obtenção do gás natural é mais fácil e mais rápida do que o
Combustível mais económico que a gasolina diesel e a gasolina, sem necessidade de passar por qualquer refi-
Garante elevados níveis de performance no, ao contrário do diesel e da gasolina, obtidos da destilação do
petróleo.
Desvantagens do uso do Gasóleo (Diesel) O gás natural pode ser obtido diretamente na natureza junta-
Os carros a Diesel não desenvolvem tão bem, como os a gaso- mente com o petróleo, como subproduto do processo de refino ou
lina, no arranque. ainda de biodigestores, num processo de decomposição de mate-
Com temperaturas muito baixas, o gasóleo pode congelar no rial orgânico.
depósito. O gás natural, após sua extração, é enviado por gasodutos a
Polui o ar com as emissões de Co2 Unidades de Processamento de Gás Natural, (UPGN) para retirada
Fonte esgotável, depende do petróleo. de frações condensáveis. Uma delas é o Gás Liquefeito de Petróleo
GLP (mistura dos gases propano e butano), à outra fração é a gaso-
Tipos de Diesel lina natural.
O óleo diesel pode ser classificado de acordo com sua aplica-
ção, nos seguintes tipos: Aplicação
Tipo “Interior” (máximo 0,2% de enxofre) Com essa qualidade o gás natural está cada vez mais se im-
Tipo “Metropolitano” (máximo de 0,05% de enxofre) pondo como uma resposta técnica e econômica interessante aos
Extra Diesel Aditivado problemas de poluição, as aplicações para esse fim são bastante
De referência (também chamado diesel padrão) diversificadas e abrangem basicamente as seguintes formas:
Substituição de combustíveis poluentes (óleos pesados, carvão
O óleo diesel Tipo “Metropolitano” é utilizado nas regiões com e outros) em instalações industriais, para aquecer caldeira e alimen-
as maiores frotas em circulação e condições climáticas adversas à tar usinas termoelétricas, ou de geração elétrica em instalações do-
dispersão dos gases resultantes da combustão do óleo diesel, ne- mésticas existentes;
cessitando de maior controle das emissões. Sua combustão é completa e os gases de exaustão de tal forma
Para as demais regiões do país é utilizado o óleo diesel Tipo limpa que podem ser usados diretamente na fabricação do leite em
“Interior”. A partir de 2005 nas grandes metrópoles brasileiras, o pó, na cultura de hortigranjeiros em estufa, ou na secagem de cereais;
Diesel “Metropolitano” passou a ser comercializado adequando-se Na incineração de solventes provenientes da aplicação e seca-
às tendências internacionais de redução da emissão de enxofre na gem das tintas nas indústrias automobilísticas, de móveis, gráficas
atmosfera. Esse Diesel tem no máximo 0,05% de enxofre. e outras. A reação é completa e os produtos da combustão se resu-
mem a água, CO2 e energia. O calor recuperado é geralmente usado
O Extra Diesel Aditivado é um óleo diesel que contém um pa- para produzir vapor ou aquecer locais de trabalho. Essa aplicação
cote multifuncional de aditivos com objetivo de manter limpo o sis- recente permite economia de 20% a 30% de energia;
tema de alimentação de combustível, reduzir o desgaste dos bicos Como combustível automotivo em carros, caminhões e ônibus.
injetores, reduzir a formação de sedimentos e depósitos, proporcio-
nar melhor separação da água eventualmente presente no diesel e Vantagens do uso do GNV
conferir maior proteção anticorrosiva a todo o sistema de alimen- Ao longo processo de produção, transporte e estocagem, é o
tação. Além disto, possui um aditivo antiespumante, para acelerar combustível que menos polui o ambiente.
o enchimento dos tanques dos veículos, evitando assim eventuais Na fase de produção, os poços não ferem a paisagem, e as ins-
transbordamentos. talações de tratamento são de pequeno porte. Mesmo em caso de va-
A utilização continuada do Extra Diesel Aditivado garante uma zamento em áreas de produção submarina, o gás seco não polui o mar.
pulverização mais eficaz do combustível na câmara de combustão, A obtenção do gás natural é mais fácil e mais rápida do que o
permitindo uma mistura mais homogênea do combustível com o diesel e a gasolina, sem necessidade de passar por qualquer refi-
ar, melhorando o rendimento do motor, evitando o desperdício no, ao contrário do diesel e da gasolina, obtidos da destilação do
de óleo diesel e reduzindo as emissões de gases à atmosfera, con- petróleo.
tribuindo para uma melhor qualidade do ar. A utilização do Extra Seu transporte, seja por gasoduto ou metaneiro, é discreto lim-
Diesel Aditivado traz, como consequência, a redução da frequência po e seguro, os gasodutos são subterrâneos, não interferindo na
de manutenção dos componentes do sistema de alimentação e o paisagem ou nas culturas.
aumento da vida útil do motor. Os terminais de recepção de gás liquefeito, geralmente loca-
O chamado óleo Diesel de Referência é produzido especial- lizados em zonas portuárias ou industriais, longe das populações,
mente para as companhias montadoras de veículos a diesel, que não geram fumaça, barulho, ou tráfego rodoviário.
o utilizam como padrão para a homologação, ensaios de consumo, O gás natural oferece uma resposta às preocupações do mundo
desempenho e teste de emissão. moderno relativos a proteção da natureza e à melhora da qualidade
GNV de vida nos centros urbanos.
Gás natural veicular (GNV) é um combustível disponibilizado na Em média, custa menos da metade do preço da gasolina. Pode
forma gasosa, a cada dia mais utilizado em automóveis como alter- ser usado perfeitamente em motores bi combustível, principalmen-
nativa à gasolina e ao álcool. te os que funcionam com álcool e GNV, pelas taxas de compressão
O GNV diferencia-se do gás liquefeito de petróleo (GLP) por ser compatíveis.
constituído por hidrocarbonetos na faixa do metano e do etano, en- Gera o menor volume de gases poluentes ao meio ambiente se
quanto o GLP é possui em sua formação hidrocarbonetos na faixa comparado à gasolina e ao álcool.
do propano e do butano.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Um processo rápido e fácil pra converter um carro para utilizar No Brasil ocorreu uma corrida para a instalação de GNV nos
gás natural (consiste na instalação do sistema de gás e do(s) cilin- motores a gasolina e a álcool. No entanto, com a crise na Bolívia, a
dro(s) de armazenagem, sem precisar remover qualquer equipa- partir do decreto de nacionalização da exploração de hidrocarbo-
mento original do veículo.); netos realizada por Evo Morales, houve redução no crescimento.
A queima do gás natural não produz depósitos de carbono nas A economia com a utilização do GNV chega a 66%, sendo indi-
partes internas do motor, o que aumenta intervalo de troca de óleo, cado para usuários que rodam acima de mil quilômetros por mês,
e também não provoca a formação de compostos de enxofre, dimi- devido ao custo da transformação do veículo.
nuindo a corrosão do escapamento do veículo. É um combustível extremamente seguro se o veículo for prepa-
A queima do gás natural, comparada aos outros combustíveis, rado em uma oficina credenciada; os acidentes registrados até hoje
é muito mais completa, diminuindo consideravelmente a emissão são em função de adaptações realizadas por pessoas não habilita-
de poluentes responsáveis pelo efeito estufa, como o monóxido de das a realizá-las.
carbono (CO).
Por se mais leve que o ar, o gás natural, em caso de vazamento, SISTEMA DE ARREFECIMENTO
se dissipa na atmosfera, reduzindo o risco de explosões e incêndios. O motor de combustão interna é uma máquina térmica, o con-
Todo abastecimento é realizado sem que o produto entre em conta- trole de temperatura do motor é feita pelo sistema de resfriamento
to com o ar, evitando, assim, qualquer possibilidade de combustão. ou arrefecimento.
Além disso, os cilindros e componentes do kit de conversão carrega- O líquido de arrefecimento circula sob pressão por todo o in-
dos no veículo são projetados para suportar alta pressão e possuem terior do motor. A bomba d’ água é o componente encarregado de
capacidade para resistir a choques e colisões. forçar a circulação da água entre o motor e radiador.
As causas mais comuns de superaquecimento são a falta de
Desvantagens do uso do GNV líquido de arrefecimento no motor, vazamento na mangueira de
É difícil de ser encontrado pela pequena quantidade de bom- água ou uma correia rompida.
bas de abastecimento; Parte do sistema de arrefecimento do veículo, o radiador reali-
Os reservatórios de gás ocupam boa parte do espaço no por- za as trocas de calor entre ar/água, mantendo o motor e seus com-
ta-malas; ponentes em uma temperatura ideal de funcionamento. A válvula
Quando usado em conjunto com a gasolina, causa perda de termostática é um interruptor térmico entre a água do radiador
rendimento do motor; (fria) e a água que circula no bloco do motor (quente) controlando
O pequeno volume dos reservatórios proporciona baixa auto- sempre a mistura ideal.
nomia. Os componentes são os seguintes:
Bomba de água: movimentada pelo motor, faz o líquido circular
A conversão tem um custo alto, entre R$ 2.000 e R$ 3.000, e sob pressão, pelas galerias de arrefecimento do bloco e cabeçote
acarreta numa pequena perda de rendimento e potência, uma vez retirando o excesso de temperatura e enviando-o para o radiador.
que o veículo foi projetado para utilizar combustíveis líquidos. Radiador: é montado à frente do veiculo, recebendo uma cor-
Por outro lado, por causa do peso do cilindro, em alguns casos, rente de ar que ao atravessa-lo auxilia na refrigeração do líquido.
recomenda-se reforçar as molas de suspensão. Conta com um ventilador acionado por correia ou eletro-ventilado-
Por ser um combustível fóssil, formado a milhões de anos, tra- res, que puxam a massa de ar quando o veículo esta parado, ou em
ta-se de uma energia não renovável, portanto finita, assim como o trânsito lento. Os eletro ventiladores comandados pelo módulo de
petróleo. injeção, atualmente.
Vaso de Expansão: Tem por objetivo manter o sistema de arre-
O Gás Natural apresenta riscos de asfixia, incêndio e explosão. fecimento selado e pressurizado. Uma tampa calibrada, mantém a
A perda de potência, problema crítico observado nos primei- pressão evitando perdas de vapores e condensando esses vapores.
ros testes com os ônibus movidos a gás natural hoje não são tão Mantendo-se assim, o nível do líquido de arrefecimento sempre
significativos quanto eram antes graças ao gerenciamento eletrôni- constante. Se o nível estiver abaixo do mínimo, verificar possíveis
co dos motores hoje no mercado. Acredita-se que hoje essa perda focos de vazamentos.
se equivale a 10%, o que corresponde à perda proporcionada pelo Válvula Termostática: Mantém o líquido de arrefecimento cir-
equipamento de ar condicionado. culando apenas, no bloco e cabeçote. É um interruptor térmico en-
tre a água do radiador (fria) e a água que circula no bloco do motor
Um pouco mais sobre GNV (quente) controlando sempre a mistura ideal.
O GNV trabalha com uma pressão de 220 bar, enquanto que Líquido de Arrefecimento: É um composto de água destilada e
o GLP o faz a somente 8 bar. Além de ser mais leve que o GLP, o aditivo, impedem a formação de ferrugem, retarda o ponto de ebu-
GNV é armazenado em um cilindro sem costuras, bifurcações ou lição em conjunto com a pressurização do sistema. E por fim, evita
soldas, sendo uma peça completa, já o GLP possui uma costura em o congelamento do líquido de arrefecimento à baixas temperaturas,
volta de seu cilindro. O cilindro para GNV passa por um processo de em lugares de baixa temperatura. Deve ser substituído de acordo
tratamento chamado têmpera que consiste em aquecer o material com o plano de manutenção da montadora.
até temperaturas elevadas e depois submergi-lo em um fluido com Mangueiras:Conduzem o líquido a alta temperatura do cabe-
substâncias que quimicamente contribuirão para aumentar a resis- çote, para o radiador, na sua parte superior. E conduzem o líquido
tência do material. já arrefecido na parte inferior do radiador, para a bomba d’água,
para ser direcionado as partes aquecidas do bloco, como cilindro
e do cabeçote. As mangueiras devem ser substituídas, sempre que
apresentarem fissuras ou sinais de fadigas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO TwinCam: A árvore de cames (igualmente designada por veio


O sistema de distribuição de um motor é responsável pela aber- de ressaltos ou veio de excêntricos) é o componente que controla a
tura e fecho das válvulas de escape e de admissão de cada cilindro. abertura e fecho das válvulas de admissão e de escape. Antigamen-
A distribuição engloba como componentes principais a correia da te este componente encontrava-se montado lateralmente.
distribuição e a árvore de cames (igualmente denominada de veio
de excêntricos ou veio de ressaltos). Com o evoluir da tecnologia passaram a montar-se na cabe-
ça do motor. Quando um motor apresenta duas árvores de cames
O momento de abertura das válvulas assim como a duração montadas na cabeça do motor (uma para comandar as válvulas de
da abertura pode ser fixa ou variável. No caso de ser variável, esta- admissão e uma para acionar as de escape) chama-se TwinCam ou
remos perante os sistemas de distribuição variável. São exemplos DOHC.
disso o VVT da Rover, o VTEC da Honda, ou o VANOS da Porsche. Distribuição variável: Num sistema de distribuição convencio-
Árvore de cames: Componente mecânico do sistema de distri- nal a árvore de cames apresenta uma geometria perfeitamente
buição responsável pela abertura e fecho das válvulas de escape e definida, significando que cada válvula (seja de escape ou de admis-
de admissão. Componente igualmente designado de veio de excên- são) abre e fecha sempre no mesmo momento (ângulo de cambota)
tricos ou veio de ressaltos. e o curso de abertura é igualmente constante. Acontece que, con-
soante a rotação do motor e os objetivos desejados (mais potência
Correia da distribuição: Correio responsável por fornecer o mo- ou melhores consumos) a abertura e fecho das válvulas deveriam
vimento de rotação à árvore de cames. A correia de distribuição ser ajustados.
recebe a energia de rotação da cambota. Os sistemas que proporcionam variar o momento de abertura
Cross-flow: Solução adoptada em muitos motores a gasolina e fecho das válvulas e/ou o curso das mesmas são denominados sis-
(essencialmente multiválvulas) onde as condutas de admissão e de temas de distribuição variáveis. São exemplos disso o sistema VVT
escape se encontram cada uma do seu lado do bloco do motor. da Toyota ou VTEC da Honda.
Esta solução promove o atravessamento dos gases entre a ad-
missão e o escape através do cilindro. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
Cruzamento de válvulas: Situação que ocorre nos motores em Este sistema reduz o atrito entre as peças em movimento, no
que durante o final do tempo de escape/início da fase de admissão as vál- motor, depositando, entre elas, uma película de óleo lubrificante.
vulas de escape e de admissão se encontram simultaneamente abertas. O sistema de lubrificação é parte integrante do motor e de vital
DOH (Double Over Head Came Dupla árvore de cames à cabe- importância para o funcionamento e vida útil dos componentes
ça): A árvore de cames (igualmente designada por veio de ressaltos mecânicos móveis. Com a colaboração do sistema de lubrificação o
ou veio de excêntricos) é o componente que controla a abertura motor pode atingir os graus de desempenho desejado e para isso o
e fecho das válvulas de admissão e de escape. Antigamente este sistema conta com alguns componentes.
componente encontrava-se montado lateralmente. Com o evoluir O sistema de lubrificação ajuda também no sistema de arre-
da tecnologia passaram a montar-se na cabeça do motor. Quando fecimento a manter a temperatura normal de funcionamento do
um motor apresenta duas árvores de cames montadas na cabeça motor.
do motor (uma para comandar as válvulas de admissão e uma para É formado pelos seguintes componentes:
acionar as de escape) dá-se a designação de DOHC. Comando de válvula: a parte mais alta por onde passa o óleo.
OHC (Over Head Came Árvore de cames à cabeça): A árvore É também por onde entra no motor, para lubrificar o eixo.Cárter
de cames (igualmente designada por veio de ressaltos ou veio de do óleo: com a gravidade, o óleo escorre por dutos até este reser-
excêntricos) é o componente que controla a abertura e fecho das vatório. Aqui ocorre seu resfriamento, para voltar à circulação. Os
válvulas de admissão e de escape. Antigamente este componente aditivos dispersantes, presentes em todos os lubrificantes evitam a
encontrava-se montado lateralmente. Com o evoluir da tecnologia formação de borra.
passaram a montar-se na cabeça do motor. Quando um motor apre- Bomba de óleo: aspira e pressuriza o óleo do cárter, enviando-o
senta uma (ou duas) árvore de cames montada na cabeça do motor sob alta pressão à galeria principal para ser filtrado e de lá, distri-
(para comandar as válvulas de admissão e de escape) dá-se-lhe a buído aos órgãos móveis para reduzir o atrito entre peças, limpar e
designação de SOHC (ou DOHC). auxiliar no controle da temperatura do motor. As bombas de óleo,
OHV (Over Head Valves): Válvulas montadas na cabeça do mo- hoje são do tipo duocentrícas.
tor. Denominação dada aos motores cujas válvulas de escape e de Filtro: retém as impurezas do óleo do motor. Deve ser trocado
admissão se encontrem montadas na cabeça do motor. regularmente, para manter o sistema de lubrificação eficiente.
Há já várias dezenas de anos que os motores apresentam esta Mancais do virabrequim: para o virabrequim ficar lubrificado
configuração. e limpo, o óleo é pulverizado sobre este eixo movido pelos pistões.
SOHC (Single Over Head Came Árvore de cames à cabeça): A ár- Pistão: o óleo permite que o pistão se mova livremente e ao mes-
vore de cames (igualmente designada por veio de ressaltos ou veio mo tempo, impede que as partes metálicas entrem em contato direto.
de excêntricos) é o componente que controla a abertura e fecho das Isso evita o superaquecimento e ajuda a refrigerar os componentes.
válvulas de admissão e de escape. Antigamente este componente Dutos para o cabeçote: é através destes pequenos canais que
encontrava-se montado lateralmente. Com o evoluir da tecnologia o óleo chega até o alto do motor e recomeça sua jornada. É impor-
passaram a montar-se na cabeça do motor. Quando um motor apre- tante que os dutos estejam livres e limpos.
senta uma árvore de cames montada na cabeça do motor (para co-
mandar as válvulas de admissão e de escape) designa-se de SOHC.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA PURIFICADOR DE AR
Formado pela caixa do elemento do filtro de ar, elemento do filtro de ar, dutos e mangueiras.
Sua principal função é filtrar o ar admitido pelo motor, para que não haja contaminação do óleo e a presença de impurezas, dentro da
câmara de combustão. O elemento deve ser substituído na quilometragem especificada.

SISTEMA ELÉTRICO
Cerca de 1000 metros de fio unem os componentes elétricos num automóvel atual. Todos os fios da instalação, à exceção das ligações
à massa, à bateria e aos cabos de alta tensão da ignição, apresentam cores diversas, que correspondem a um código de identificação. Na
maioria dos automóveis, o código está normalizado a fim de permitir reconhecer rapidamente os diferentes circuitos ao efetuar-se qual-
quer reparação.
A bateria atua como reservatório de energia que fornece ao sistema quando o motor está parado; quando trabalha a um regime su-
perior da marcha lenta, o alternador supre todas as necessidades de energia do automóvel e carrega a bateria. Para manter o motor do
automóvel em funcionamento são apenas solicitados alguns elementos do sistema elétrico; os restantes fazem funcionar as luzes, limpa-
dores de para brisas e outros acessórios.
Alguns destes, como a buzina, por exemplo, são considerados obrigatórios por lei, sendo muitos outros considerados extras. Instala-
ção dos diferentes circuitos – A corrente do sistema elétrico de um automóvel é fornecida pela bateria – quando o motor não esta funcio-
nando – e pelo gerador, normalmente um dínamo que foi substituído por um alternador, que fornece a corrente necessária para o número,
sempre crescente, de acessórios elétricos que os automóveis modernos incluem.
Sempre que o motor estiver parado, toda a corrente utilizada tem a voltagem (tensão) da bateria (normalmente 12 volts).
Com o alternador em funcionamento, a corrente é utilizada aproximadamente à tensão de 14,8 volts, exceto a que é fornecida às velas
de ignição, que é elevada para mais de 25.000 volts por meio de sistema da ignição. Uma das principais funções do sistema elétrico consis-
te em produzir a faísca, que permite a explosão, nos cilindros, da mistura comprimida a gasolina e o ar, além de tornar possível o arranque
do motor térmico por meio do motor de arranque. O sistema elétrico de um veículo está dividido em circuitos, cada um dos quais com
diferentes funções básicas e comandos. São eles o circuito de ignição, o circuito de arranque, o circuito da carga da bateria, o circuito das
luzes e os circuitos acessórios, por vezes, comandado pelo interruptor da ignição e, na maior parte dos casos, protegidos por um fusível.
Um fusível fundido (queimado) indica, quase sempre, que há uma avaria em qualquer outro ponto que não seja o próprio fusível, tal como
sobrecarga de um circuito (partindo-se do principio de que foi utilizado o fusível adequado). Os componentes elétricos de um automóvel
estão ligados através de interruptores a um dos lados da bateria, estando o outro lado ligado à carroceria ou ao chassi, isto é, à massa.
Deste modo, o circuito de qualquer componente completa-se através da carroceria que desempenha naquele a função de um fio, o do
retorno à massa. Este processo de ligação à massa não só economiza cerca de 30 metros de fio de cobre, mas também reduz a possibili-
dade de interrupção no circuito e simplifica a localização de avaria e a instalação de extras. Recorre-se a fios de diferentes diâmetros para
possibilitar a passagem da corrente necessária, sem causar aquecimento do fio. Assim, na ligação entre o motor de arranque e a bateria,
por exemplo, utiliza-se um fio de diâmetro muito maior que as dos restantes fios, porque a corrente que o atravessa chega a atingir de 300
a 400 A. Nos esquemas elétricos, as cores dos fios são normalmente indicadas por meio de letras.

É o sistema elétrico composto basicamente pelos seguintes elementos:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Bateria: alimenta o sistema elétrico com a carga acumulada pelo alternador, quando o motor esta desligado, por um certo tempo.
Após ultrapassado o período de consumo sua capacidade de armazenagem de carga, a bateria começa a descarregar-se. Tornando-se ne-
cessário recarrega-la, seja com o motor funcionando, ou recarrega por fonte externa.

Chave de ignição: é uma “chave elétrica” rotativa, dotada de contatos que permitem ligações em dois estágios distintos. É acionada
por meio de uma chave metálica, tipo das de fechaduras, que é introduzida em uma fenda existente na sua parte frontal.

Distribuidor: a finalidade do distribuidor é levar a cada vela a alta tensão no momento em que ela deve entrar em ação. O distribuidor
consiste num sistema de contatos móveis, que gira comandado pela própria rotação do motor, de modo a “distribuir” a alta tensão entre
as velas.

Vela de ignição: ao receber a alta tensão proveniente da bobina, gera a faísca que inflama a mistura ar-combustível comprimida.
Bobina de ignição: é o componente que transforma a corrente de baixa voltagem em corrente de alta voltagem (+ ou – 15.000 a 25.000
volts), e dela saindo corrente de alta voltagem que é levada ao distribuidor.
Motor de partida: é um motor elétrico que funciona “alimentado” por corrente contínua, fornecido pela bateria do veículo. A sua
finalidade é causar as primeiras rotações do motor de combustão interna, até o momento em que este entre em funcionamento. O motor
de partida consome grande quantidade de carga da bateria, pois engrena na cremalheira do volante motor, fazendo-o girar a rotações
entre 350 à 450 rpm’s.
Alternador: recebe o movimento de rotação do motor, através de uma correia.

Através desta rotação o alternador gera um valor de tensão, para manter a bateria devidamente carregada. Além de carregar a bateria,
o alternador alimenta todo o sistema elétrico do veículo, quando o motor esta funcionando.
Caixa de fusíveis: protegem todos os circuitos elétricos do veículo, contra sobre cargas com fusíveis que rompem-se com a sobre carga.

Luzes: o bom funcionamento das luzes é fundamental em um veículo e pode evitar situações de perigo. Não só os faróis, mas também
lanternas, pisca-piscas, luzes de freio e de ré, iluminação interna, luzes do painel, bem como a fonte de energia, a bateria, devem ser cons-
tantemente checados para que não haja surpresas.

SISTEMA DE TRANSMISSÃO
A transmissão comunica às rodas a potência do motor transformada em energia mecânica. Num automóvel convencional, com motor
dianteiro, a transmissão tem inicio no volante do motor e prolonga-se através da embreagem, da caixa de câmbio, do eixo de transmissão
e do diferencial até as rodas de trás. Os automóveis com motor à frente e com tração dianteira ou com o motor atrás e tração nas rodas
de trás dispensam o eixo transmissão sendo, neste caso, o movimento transmitido por meio de eixos curtos.
A embreagem, que se situa entre o volante do motor e a caixa de cambio, permite desligar a energia motriz da parte da parte restante
da transmissão para libertar esta do torque quando as mudanças são engrenadas ou mudadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Função da caixa de câmbio – Um automóvel, quando se movimenta ou sobe uma encosta, necessita de um torque superior àquele de
que precisa quando se desloca a uma velocidade constante numa superfície plana. A caixa de câmbio permite ao motor fornecer às rodas
a força motriz apropriada a todas as condições de locomoção. Assim, quanto maior for o número de rotações ao virabrequim em relação
ao número de rotações das rodas, maior será a força motriz transmitida às rodas, verificando-se, ao mesmo tempo, uma proporcional
redução da velocidade do automóvel. Várias engrenagens são utilizadas para permitir uma ampla gama de desmultiplicações, ou reduções.
A transmissão final, ou conjunto do eixo traseiro inclui um mecanismo – o diferencial – que permite às rodas girarem a diferentes
velocidades. A energia mecânica é finalmente transmitida às rodas motrizes por meio de um semieixo existente em cada um dos lados do
diferencial.
Transmissão automática – Os automóveis apresentam, geralmente, uma embreagem acionada por um pedal e uma alavanca de mu-
danças.
Existem, contudo, outros sistemas de transmissão: transmissão semiautomática ou totalmente automática. No primeiro caso, o moto-
rista apenas tem de selecionar as mudanças; já no segundo caso, as mudanças são selecionadas mudadas por meio de um mecanismo de
comando que funciona de acordo com a velocidade do automóvel e com a utilização do acelerador.
Além da disposição de motor dianteiro e tração traseira, existem outros sistemas que dispensam o eixo de transmissão pelo fato de
incluírem um motor que forma conjunta com a caixa de cambio e o diferencial.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Tal conjunto pode ser montado longitudinal ou transversalmente em relação ao chassi e mover as rodas, quer seja a da frente, quer
seja a de trás. Quando o motor é montado transversalmente, não é necessária qualquer alteração (90º) da direção do movimento, pois
todos estão paralelos aos eixos das rodas.
O diferencial faz parte integrante da caixa de cambio ou está ligado a esta que, por sua vez, está fixa ao chassi. Desta forma, num piso
regular, as rodas podem subir e descer em relação ao diferencial.
Todos os automóveis com tração à frente e também alguns com tração traseira, apresentam cardans ou homocinéticas nas extremida-
des dos semi-eixos. Nos automóveis com tração dianteira estas homocinéticas suplementares são necessárias para que as rodas possam
girar quando se muda de direção.

SISTEMA DE SUSPENSÃO
Se o pavimento das faixas de rodagem oferecesse perfeitas condições de rolamento, os automóveis não necessitariam de um siste-
ma complexo de suspensão para proporcionar conforto aos seus ocupantes. Um bom sistema de suspensão deve incluir molejamento e
amortecimento.
O primeiro consiste na resistência elástica a uma carga e o segundo na capacidade de absorver parte da energia de uma mola após
esta ter sido comprimida.
Se esta energia não for absorvida, a mola ultrapassará bastante a sua posição original e continuará a oscilar para cima e para baixo até
que essas oscilações cessem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O amortecimento converte a energia mecânica em energia calorífica. Para reduzir o ruído e aumentar a suavidade, as molas são
montadas sobre borracha. O sistema de suspensão inclui ainda almofadadas dos bancos, que também protegem contra as vibrações. As
dimensões das rodas constituem um fator importante para uma marcha suave. Uma roda grande transporá a maioria das irregularidades
do pavimento; contudo, não é viável uma roda suficientemente grande para anular os efeitos de todas essas irregulari dades.
Uma roda não deverá também ser tão pequena que caiba em todos os buracos da superfície da faixa de rodagem o que resultaria
numa marcha irregular.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA DE DIREÇÃO
Para dirigir um automóvel recorre-se ao volante, que vira as rodas da frente na direção pretendida, seguindo as rodas de trás a traje-
tória daquelas. Haveria várias desvantagens – a principal das quais seria a instabilidade – em orientar as rodas traseiras. Numa bicicleta, a
direção é comandada pelo guidon. Num automóvel, contudo, o motorista não teria força suficiente para comandar as rodas da frente se
estas estivessem diretamente ligadas ao volante. Assim, o sistema de direção inclui um mecanismo de redução e , às vezes, um dispositivo
de assistência mecânica para multiplicar o esforço que o motorista aplica ao volante.
São requisitos fundamentais, em qualquer mecanismo de direção, a facilidade de manobra e a tendência das rodas da frente para se
endireitarem após descreverem uma curva. A direção também não deve transmitir ao motorista os efeitos das irregularidades do pavi-
mento, embora deva proporcionar-lhe uma certa sensibilidade a esses efeitos. Na coluna de direção, que aloja o eixo da direção e serve
de apoio a este, estão montados, às vezes, alguns comandos, tais como a alavanca das mudanças de marchas, os interruptores das luzes e
o botão da buzina. O comutador dos faróis encontra-se, com frequência, montado sob o volante, ficando o comando do pisca – pisca, por
vezes, no lado oposto.
Estes dois comandos podem também estar combinados numa só alavanca, bem como o comando do limpador do para brisa que tam-
bém nos carros modernos é montado junto ao volante. Alguns automóveis apresentam uma coluna de direção ajustável. A parte superior,
onde se encontra o volante, pode ser deslocada telescopicamente para cima e para baixo e, em alguns casos, pode ser inclinada para se
adaptar à estrutura e posição do motorista. A coluna da direção pode ser construída de modo a ceder ou dobrar em caso de colisão. Por
exemplo, no sistema AC Delco a coluna tubular é constituída por uma rede metálica que, apesar de resistir à torção, cede e absorve energia
quando comprimida longitudinalmente.
O eixo da direção apresenta uma união telescópica. Em outro sistema o eixo está dividido em seções, ligadas entre si por cardans, cujo
eixo geométrico não é comum. Os eixos dianteiros de seção perfilada dos automóveis antigos possuíam pinos nos quais giravam as mangas
de eixo para dirigir as rodas. Alguns dos primeiros sistemas de suspensão independente possuíam ainda um pino mestre da manga de eixo
entre as forquilhas que servia de apoio ao elemento giratório.
Em muitos casos, o sistema rotativo pôr pino mestre da manga de eixo substituído por um par de rótulas ou pivôs entre as quais se
encontra o elemento giratório.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA DE FREIOS
Um freio funciona graças ao atrito resultante do contato entre um elemento não rotativo do veículo e um disco ou tambor (polia) que
gira com a roda. O atrito produz a força necessária para reduzir a velocidade do automóvel ao converter em calor que se dissipa no ar a
energia mecânica do veículo.

Durante muitos anos, a parte rotativa do freio constituiu num tambor ao qual podiam ser aplicados dois tipos de mecanismo de atrito:
uma cinta exterior que se contraía a volta do tambor ou sapatas interiores que se expandiam contra a superfície interior do tambor. Um
revestimento (lona) resistente ao calor, contendo amianto, estava fixo à cinta ou as sapatas.
Os freios de tambor com expansão interior são ainda utilizados em grande quantidade de automóveis; por vezes, apenas nas rodas
traseiras, caso em que se recorre aos freios de discos nas rodas dianteiras.
Nos sistemas mais atuais, o pedal do freio está ligado a quatro rodas, enquanto o freio de mão bloqueia apenas as rodas traseiras, a
alavanca do freio de mão esta equipada com um sistema de serrilha que permite manter o automóvel travado, mesmo quando se encontra
estacionado. Os freios de tambor são desenhados e fabricados de modo que a chuva, a neve, o gelo ou as impurezas de estradas de terra,
não tenham contato com seus componentes, já que a umidade reduz, substancialmente, o atrito entre o revestimentos das sapatas e o
tambor. Contudo, a blindagem que protege o tambor não é estanque em caso de imersão na água, pelo que, após a passagem através de
um pavimento inundado, o motorista deverá aplicar o uso dos freios para que o atrito e o calor os sequem.
O sobreaquecimento diminui, contudo, a eficácia dos freios de tambor e, quando excessivo, inutilizará para sempre as suas lonas.
Pode também se suceder uma perda temporária de eficácia durante uma frenagem prolongada, tal como acontece numa longa descida.
Os freios a disco estão mais expostos ao ar e dissipam o calor mais rapidamente do que os freios de tambor, sendo por conseguintes,
mais eficazes em caso de sobre aquecimento ou utilização prolongada.
Na maioria dos automóveis de elevada potência, os freios de disco são utilizados, usualmente, somente nas rodas dianteiras. Um
freio a disco funciona como um freio de bicicleta, que é constituído por um bloco de frenagem de cada lado da roda, os quais as apertam.
O freio a disco de um automóvel também apresenta um par de placas de atrito, as pastilhas; estas, contudo, em vez de atuarem dire-
tamente sobre a roda, atuam sobre duas faces de um disco metálico que gira solidário com ela.
O tempo que o motorista demora para parar o seu automóvel depende da rapidez dos seus reflexos e do tempo necessário para que
os freios imobilizem o veículo. Durante o período de tempo em que o motorista reage ao estímulo – cerca de dois terços de segundo na
maioria dos casos -, o automóvel percorre uma determinada distância, a distância de reação.
O quadro mostra as distâncias percorridas, durante os tempos de reação e de frenagem, por automóveis de dimensões médias, equi-
padoscom freios de 60% e 80% de eficácia e a uma velocidade de deslocamento de 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A eficiência dos freios devidamente regulados e em boas condições deverá ser, pelo menos, de 80%; contudo, para obter as distâncias
de frenagem indicadas, os pneus devem aderir devidamente à estrada. Normalmente é difícil avaliar a possibilidade de aderência ao pa-
vimento apenas pelo aspecto deste e, por isso, é sempre aconselhável utilizar cuidadosamente os freios em condições de chuva ou gelo.
Teoricamente, o esforço de frenagem deveria ser distribuído entre as rodas dianteiras e as traseiras, de acordo com o peso que elas
suportam. Esta distribuição varia de acordo com o modelo do automóvel (de motor na frente ou na parte traseira do veículo, por exemplo),
com o número de seus ocupantes e com a quantidade de bagagem. Contudo, em consequência da frenagem, uma parte do peso é trans-
ferida para frente e acrescentada à carga que estão sujeitas às rodas da frente, reduzindo-se assim a carga sobre as de trás.
Quando se aplicam os freios a fundo, a transferência de peso é maior, tendendo as rodas de trás a bloquear-se, o que, frequentemen-
te, provoca derrapagem lateral da parte de trás do automóvel. Se as rodas da frente ficarem imobilizadas primeiro, o automóvel deslocar-
-se-á em linha reta, perdendo-se, contudo, o domínio da direção.
Em pavimentos escorregadios, é mais provável que as rodas fiquem bloqueadas em consequência de uma travagem a fundo e, nessas
condições, o motorista deverá sempre utilizar cautelosamente os freios.
Ao projetar o automóvel, os engenheiros equilibram o efeito da frenagem entre as rodas da frente e as de trás, tendo em conta a
distribuição de peso nas condições médias de utilização. Perda de rendimento – O aquecimento excessivo dos freios, em consequência de
frenagens repetidas ou prolongadas, pode provocar a perda da eficácia destes.
O calor origina alterações temporárias nas propriedades de fricção do material utilizado nas pastilhas e nas lonas de freios, tornando
estes menos eficazes à medida que aquecem. Se um freio for sujeito a maiores esforços que os restantes poderá perder mais rapidamente
a sua eficiência, do que resulta uma frenagem desigual, capaz de provocar uma derrapagem.
Os sistemas hidráulicos baseiam-se no fato de os líquidos serem praticamente incompressíveis. Uma pressão aplicada em qualquer
ponto de um fluído transmite-se uniformemente através deste. Um dispositivo de pistão e cilindro acionado por um pedal pode ser utiliza-
do para gerar pressão numa extremidade de um circuito hidráulico, num sistema de freios de um automóvel. Esta pressão do fluído pode
assim mover outro pistão situado na extremidade oposta do sistema e acionar o freio.
Em geral, a maior parte do esforço de frenagem atua sobre as rodas da frente, já que o peso do veículo é deslocado para a frente
quando os freios são acionados. Por conseguinte, são utilizados nos freios da frente os pistões de diâmetro maior.
Em todos os automóveis atuais, o pedal do freio aciona hidraulicamente os freios. A ligação mecânica por meio de tirantes ou cabos
ou por meio de ambos está reservada para o sistema de freio de mão, normalmente utilizado apenas após a parada do automóvel. Um
sistema hidráulico de freio apresenta várias vantagens sobre um sistema acionado mecanicamente. É silencioso, flexível e auto lubrificado
e assegura a aplicação de forças de frenagem automaticamente igualadas em ambos os lados do automóvel.
O pedal de freio está ligado, por meio de uma haste curta ao cilindro mestre. Quando o motorista pressiona o pedal, a haste faz mover
o pistão no interior do cilindro mestre, empurrando o fluido hidráulico e forçando-o, através dos tubos, passar para os cilindros do freio
das rodas, que aciona os freios. Uma válvula de retenção existente na extremidade de saída cilindro mestre mantém-se sempre uma ligeira
pressão no circuito dos freios, a fim de impedir a entrada do ar.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Quando se deixa de exercer pressão sobre o pedal, o cilindro mestre entra em ligação com um depósito de onde o fluído flui pela ação
da gravidade, o que não só compensa qualquer perda de fluído, mas também permite a sua expansão e contração devido às variações de
temperatura. É importante verificar, de vez em quando, o nível do fluído no reservatório.
Alguns automóveis possuem circuitos hidráulicos independentes para as rodas da frente e para as de trás, tendo cada um dos circuitos
o seu cilindro mestre. Assim, se ocorrer alguma falha de pressão num dos circuitos, o outro continuará funcionando.
A força exercida pelo motorista no pedal do freio é aplicada ao pistão do cilindro mestre depois de multiplicada por efeito de alavanca
e, em seguida, transmitida pelo fluído até aos pistões dos cilindros do freio, onde é novamente multiplicada, em virtude de o diâmetro des-
tes ser superior ao diâmetro do cilindro mestre. Neste diafragma, onde as dimensões aparecem aumentadas para melhor compreensão, o
curso do pedal é 3,5 vezes superior ao pistão do cilindro mestre que, por seu turno, é 1,25 e 2,5 vezes maior do que os cursos dos pistões
dos cilindros do freio. Assim, estes pistões aplicam uma força maior percorrendo, contudo, um curso menor. Funcionamento conjunto dos
cilindros – A pressão necessária para acionar os freios hidráulicos é gerada no cilindro mestre. Uma haste, movida pelo pedal dos freios,
obriga o pistão a avançar. O fluído passa então através da válvula de retenção e dos tubos para os cilindros do freio, onde os pistões, acio-
nados pela pressão, atuam sobre os freios. A pressão de frenagem é igual e simultânea em todas as rodas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA DE RODAGEM
O sistema de rodagem é composto por aros e pneus recebendo
a rotação do motor, sua função é assegurar e dar movimento ao
veículo.
Os aros (rodas) são peças produzidas em ferro ou liga leve em
formato circular onde são montados os pneus.
Os pneus são compostos por:
Carcaça: parte resistente do pneu; deve resistir a pressão, peso
e choques. Compõem-se de lonas de poliéster, nylon ou aço. A car-
caça retém o ar sob pressão que suporta o peso total do veículo.
Os pneus radiais possuem ainda as cintas que complementam sua
resistência;
Talões: constituem-se internamente de arames de aço de gran-
de resistência, tendo por finalidade manter o pneu fixado ao aro
da roda;
Parede lateral: são as laterais da carcaça. São revestidos por
uma mistura de borracha com alto grau de flexibilidade e alta resis-
tência à fadiga;
Cintas (lonas): compreende o feixe de cintas (lonas estabiliza-
doras) que são dimensionadas para suportar cargas em movimento.
Sua função é garantir a área de contato necessária entre o pneu e
o solo;
Banda de rodagem: é a parte do pneu que fica em contato di-
reto com o solo. Seus desenhos possuem partes cheias chamadas
ABS (Anti-lockbrakesistem): Sistema antibloqueio de freios. de biscoitos ou blocos e partes vazias conhecidas como sulcos, e
O sistema ABS tem a função de evitar o travamento das rodas devem oferecer aderência, tração, estabilidade e segurança ao veí-
nas mais intensas aplicações de frenagem. Não importando se o culo.
veículo está sendo freado sobre o asfalto seco ou molhado, terra, Ombro: É o apoio do pneu nas curvas e manobras.
cascalho, grama, barro ou até mesmo gelo, sempre é garantida um Nervura central: proporciona um contato “circunferencial” do
frenagem segura, mantendo-se a dirigibilidade do veículo e otimi- pneu com o solo.
zação na distância percorrida até a parada.
Ele funciona comandado por uma unidade de controle instala-
da próxima ao motor. Essa unidade está ligada a quatro sensores,
conectados a cada uma das rodas. Eles informam a velocidade me-
dindo os pulsos gerados por uma roda dentada. Assim que o pedal
do freio é acionado, os sensores leem a que velocidade as rodas
estão girando. Com essa informação, a unidade de controle calcula
qual roda deve girar mais rápido ou mais devagar para evitar uma
derrapagem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Para maior durabilidade dos pneus deve-se realizar o rodízio Alinhamento da direção
regularmente conferindo o alinhamento e balanceamento das ro- O desalinhamento da direção pode causar um desgaste prema-
das, pois os veículos com os pneus em bom estado garantem um turo dos pneus ou mesmo irregularidade em sua forma. Em geral o
boa estabilidade. alinhamento deve ser realizado a cada 10.000km ou período infe-
O pneu é uma das partes mais importantes de qualquer veículo rior se indicado pelo fabricante. Porém se o veículo apresentar o vo-
automotor. É o pneu que suporta o peso do veículo e sua carga e, lante descentralizado, puxando para um lado, pneus gerando mais
faz o contato do veículo com o solo. O pneu transforma a força do ruídos ou se foi trocada alguma peça da suspensão é recomendada
motor em tração e é responsável pela eficiência da frenagem e da o alinhamento imediato do veículo.
estabilidade nas curvas.
Por isso, é muito importante conhecer como um pneu é fabri- Balanceamento das rodas
cado, as características de cada modelo e tipo, aplicações e princi- O balanceamento das rodas também deve ser efetuado a cada
palmente os cuidados e manutenção. 10.000km para evitar desconforto ao dirigir, perda de tração e es-
tabilidade, além de desgastes acentuados em componentes mecâ-
Limite de segurança nicos e no próprio pneu. O Balanceamento deverá ser antecipado
O limite de segurança em um pneu é de 1,6 mm de profundi- caso o veículo apresente vibração do volante, tenha efetuado troca
dade dos sulcos da bandagem. Nos pneus novos existem ressaltos de pneus ou rodas, o pneu sofreu reparo devido a corte ou furo ou
no fundo dos sulcos que indicam quando o pneu atinge este limite, tenha sido feito rodízio.
abaixo do qual o pneu não dá drenagem adequada de água e pro-
porciona elevados riscos. Com isso, é necessário verificar a pressão ESTRUTURA DOS VEÍCULOS
dos pneus a cada quinze dias e antes de viagens longas. Se a pressão Os veículos são montados sobre uma base que pode ser chassi
dos pneus estiver incorreta, a dirigibilidade do carro será compro- ou monobloco.
metida.
O estepe deve ser mantido com uma pressão ligeiramente Chassi
maior do que a normal, pois costuma perder pressão com o tempo. O chassi é o suporte do veículo. É sobre ele que se montam a
“carroçaria”, o motor, a ele se prendem as rodas, sendo a própria
Rodízio de pneus estrutura do veículo. Em geral, é constituído por duas longarinas de
O rodízio consiste na mudança da posição dos pneus em um aço, paralelas, com um “X” ou travessas, no meio. O X ou barra me-
carro. Esta mudança varia de acordo com o tipo de veículo, tipo de lhora a resistência à torção. É importante que o chassi resista bem a
tração (traseira ou dianteira) e tipo de pneu (normal ou unidire- torção, para impedir que a carroçaria também se torça: isto levaria
cional). Para veículos de passeio com pneus radiais recomenda-se a movimentos das portas, podendo até abri-las.
o rodízio a cada 8.000km. É importante ressaltar que o primeiro Normalmente, nos veículos com chassi, todos os esforços a que
rodízio é o mais importante, é o ponto chave para a durabilidade fica sujeito o veículo se concentram neste. A carroçaria é apenas o
dos pneus. elemento de cobertura, para abrigar os passageiros. Nos veículos
monoblocos, todo o conjunto trabalha. Os esforços são suportados,
Pressão dos pneus simultaneamente, pelo chassi e pela cobertura.
Verifique no manual do seu veículo a pressão indicada para os Esse sistema encontra, hoje, larga aplicação, inclusive em diver-
pneus do seu carro, transitar com a pressão acima ou abaixo do re- sas marcas de caminhões. Alguns modelos de veículos não possuem
comendado causa maior desgaste e fadiga. Também podem acarre- um chassi propriamente dito. A própria carroçaria se une ao pla-
tar instabilidade nas curvas e perda de aderência em pistas molha- no do assoalho formando um único conjunto. Essas estruturas são
das. A baixa pressão tende a desgastar mais rapidamente as laterais chamadas, por isso, de monoblocos. Existem dois processos para
dos pneus enquanto a alta pressão consome o centro dos pneus. se montar a estrutura dos veículos. Um deles é o que vem sendo
Recomenda-se a averiguação da pressão uma vez por semana. utilizado há mais tempo; pode-se dizer que é o processo tradicional,
pois já aparecia em carroças e carruagens, muito tempo antes de
se inventar o automóvel. O outro processo veremos adiante. Esta
montagem consiste de um chassi que suporta todo o conjunto.
Chassi tem o mesmo significado que suporte, estrutura. Sem-
pre que se monta uma máquina, ou um instrumento, o suporte so-
bre o qual é montado o conjunto recebe o nome de chassi. Da mes-
ma maneira, em se tratando de automóveis, é necessário que se
pense numa estrutura para suportar todo o conjunto de carroçaria,
motor, caixa de mudanças, eixo traseiro e dianteiro. Basicamente,
quase todos os chassis são construídos com duas travessas de aço
ao longo do veículo, fixadas por meio de várias travessas menores,
perpendiculares.
Todas as travessas são rebitadas entre si, de maneira que for-
mam uma única estrutura sólida. O chassi apóia-se sobre os dois
eixos: dianteiro e traseiro. Na parte dianteira, montam-se o motor
e a caixa de mudanças; na parte traseira, montamse o diferencial
e o tanque de combustível. Com essa distribuição, os fabricantes
conseguem um bom equilíbrio de pesos: metade do peso, mais ou
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

menos, fica sobre o eixo dianteiro, e a outra metade, sobre o eixo Reforços do Chassi
traseiro. Os esforços que o chassi sofre, quando o veículo está an- Os reforços podem ser feitos com um ferro chato ou uma can-
dando, são violentos e, por isso, ele deve ter um formato que seja toneira, que devem ter a mesma espessura que a peça que está
resistente. As longarinas e travessas de aço são fabricadas com cha- sendo reparada. O reforço sempre no local onde surgiu a trinca.
pa de aço bastante grossas, que são pré-moldadas numa prensa e A solda do reforço é feita com um equipamento de solda elétrica,
ficam com o formato de um “U”. O formato em “U” é utilizado para aquecendo-se somente o local a ser soldado, para evitar que se afe-
que as longarinas e travessas adquiram, assim, maior resistência. O te a dureza do aço. A solda deve ser feita em toda a sua volta.
chassi não deve movimentar-se (torcer) nem permitir que a carro-
çaria se movimente. Se isso acontecer, logo surgirão pontos fracos, ANÁLISE DAS TRINCAS
as dobradiças ficarão folgadas, podendo gerar ruídos. O chassi de Trincas, e algumas vezes empenamentos, podem surgir por ou-
construção mais simples é o do tipo paralelo, no qual todas as vigas tras causas, que não sejam batidas. Podem surgir trincas por flexão
são retas. Sua montagem é mais simples. Deste tipo são quase to- excessiva ou por esforço concentrado. A flexão excessiva ocorre
dos os chassi brasileiros. principalmente quando se carrega o veículo com cargas elevadas,
ou então mal distribuídas. O veículo, quando se desloca, balança
MEDIDAS DO CHASSI a carga. Todo esse esforço de flexão é suportado pelas longarinas.
É muito importante que sejam conhecidas as dimensões do
chassi. Em caso de alguma batida que empene ou entorte o chassi, CAMINHÕES COM QUINTA-RODA
ele será restaurado, contanto que se conheçam as suas medidas São assim denominados os caminhões que possuem em sua
corretas. parte traseira, um suporte especial com a forma de uma roda (daí o
Por isso, sempre que se enfrentar um problema de chassi torto, nome), sobre o qual se monta uma carreta com a carga em questão.
o primeiro passo é conseguir suas medidas originais, com o auxílio O veículo que executa a tração propriamente dita é conhecido pelo
do fabricante ou de outro veículo igual, em boas condições. nome de cavalo-mecânico, ou também caminhão-trator, porque ele
Geralmente, as oficinas especializadas nesse tipo de serviço, só traciona. Estes veículos, quando recebem a carga, têm as suas
possuem os manuais necessários para as correções que serão reali- longarinas flexionadas para baixo, na zona logo adiante dos apoios
zadas no chassi a ser recuperado, como também todas as medidas dianteiros das molas traseiras.
originais.
CAMINHÕES COMUNS
ALINHAMENTO DO CHASSI A parte da longarina que sofre máxima flexão é a que fica entre
Se após uma pancada o chassi entortar, será necessário que a cabine e a carroçaria fechada (furgões), ou com caminhões de car-
se refaçam suas medidas originais. Um desalinhamento do chassi roçaria aberta. O tipo de trinca ou torção é o mesmo que o anterior.
pode afetar o alinhamento das rodas dianteiras, ocasionando um As causas comuns são carga em excesso ou carga mal distribúida,
desgaste mais intenso de vários componentes. Antes de verificar em que a maior parte do peso fica na frente da carroçaria.
o alinhamento do chassi, deve-se observar se não apresenta trin-
cas ou partes soltas. Verificam-se todas as conexões rebitadas ou CAMINHÕES BASCULANTES
soldadas. Inspecionam-se as longarinas quanto a empenamento ou Nos dois casos anteriores, a flexão máxima ocorria na parte
torção. As longarinas em forma de “U” são fáceis de serem torcidas. de baixo da longarina. Contudo, nos caminhões basculantes pode
O método que será apresentado, é utilizado por quase todos os me- ocorrer o contrário.
cânicos para se alinhar um chassi. Chama-se método da verificação Há muitos motoristas que, após descarregar sua carga, fazem a
em diagonal ou “X”, e que consiste no seguinte: 1 manobra do veículo com a carroçaria levantada. Neste caso, como
Colocar o veículo sobre um chão limpo e plano, e puxar o freio ela faz o peso para trás, a sua tendência é entortar para cima. O
de mão (freio de estacionamento) 2 Escolher os pontos extremos mesmo poderá ocorrer, se a sua carroçaria for muito comprida, es-
das longarinas, e com um fio de prumo, marcar esses pontos no tando em desacordo com a distância entre eixos do caminhão.
chão. Esses pontos devem ser traçados na maior precisão possível,
pois deles vai depender todo o alinhamento do veículo. Este é um CHASSI MONOBLOCO
sistema simples, colocado aqui a título de conhecimento. Ou mais corretamente carroçaria monobloco, pois nele não
existe chassi e a carroçaria é construída de maneira tal que recebe
ENDIREITAMENTO” DO CHASSI todos os esforços suportando os pesos, durante o movimento do
Esse serviço só deve ser realizado por profissionais experimen- veículo. O assoalho, as laterais e o teto da carroçaria são construí-
tados e cuidadosos. É preciso ter o máximo de cuidado ao endirei- dos de maneira tal que trabalham como se fossem um único con-
tar a peça, devendo-se agir de maneira a não provocar outras defor- junto. A vantagem disso se sente imediatamente no peso, pois uma
mações. Algumas vezes, é até necessário aquecer alguma travessa carroçaria monobloco é bem mais leve. Não pense, porém, que
ou longarina, para poder desempená-la. Para esse serviço, usa-se apenas veículos pequenos utilizam este sistema, sendo usado até
um maçarico, mas é preciso tomar bastante cuidado, para evitar em grandes veículos. É o caso de veículos de carga, em que tanto a
que se aqueça demais. O calor excessivo pode enfraquecer o aço cabina do caminhão quanto a carroçaria inteira do ônibus são cons-
das longarinas ou travessa e resulta daí, em dano permanente. A truídas com base neste sistema.
temperatura das peças não pode ultrapassar 650ºC, o que se reco-
nhece pela cor violeta-opaco do aço, a essa temperatura.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O USO DE MACACOS Na checagem periódica das lâmpadas externas, deve-se tam-


Em se tratando de desentortar chassi, os macacos têm grande bém observar o conjunto óptico. Se o vidro estiver embaçado, é
utilidade. Existem vários tipos, que se encontram à venda em casas sinal de infiltração de água, causado por alguma rachadura no con-
de autopeças, desde simples macacos à base do sistema-parafuso, junto óptico, o que aumenta consideravelmente o risco de queima
até macacos hidráulicos, de grande capacidade. precoce da lâmpada.
Na foto, por exemplo, mostramos um chassi que recebeu uma
pancada do lado direito. O macaco deverá ser aplicado, então, de Troque as lâmpadas sempre aos pares
maneira que se mostra ao lado, até o chassi voltar quase a posição Quando queimar a lâmpada de um dos faróis, troque a do ou-
original. O acabamento final será feito com pancadas de martelo e tro também. As lâmpadas são fabricadas pelo mesmo processo,
ajuda do maçarico. Evidentemente, serão apenas os ajustes finais com o mesmo material e o mesmo equipamento. Por isso, elas têm
aproximadamente a mesma durabilidade. Ou seja, quando uma
CARROÇARIA lâmpada queima, é muito provável que a outra, que é igual, esteja
É toda a cobertura que proporciona aos ocupantes, a proteção também próxima do seu fim de vida.
adequada contra sol, chuva, vento, poeira, etc. Pode ser construída Trocando o par, você estará mais garantido e livre de impre-
separadamente e presa ao chassi, ou pode , como já vimos, formar vistos. E mais: não vai gastar tempo e dinheiro parando para fazer
com o assoalho um conjunto monobloco. A carroçaria é fabricada outra troca.
em chapa de aço, podendo ser uma única peça ou mais de uma,
soldadas ou parafusadas entre si. Dentro de uma indústria de au- Verifique sempre as luzes de sinalização
tomóveis, a carroçaria é construída numa fábrica à parte, que se Nem sempre a falta de luz do veículo é causada por uma lâmpa-
dedica só a isso. da queimada. Podem ocorrer problemas de curto-circuito, oxidação
de contatos, contatos soltos pela trepidação e ainda assim a lâmpa-
AIR-BAG da não estar queimada.
Considerando acessório, o air-bag é uma bolsa de ar que infla Redobre sua atenção e controle constantemente essas luzes.
em caso de colisão para proteger motorista e passageiro. Atuando Você pode verificar seu funcionamento mesmo sem sair do carro.
em conjunto com o cinto de segurança, o air-bag pode reduzir o Basta observar o reflexo no para-choque de outros carros ou na pa-
risco de ferimentos graves, em caso de impacto considerável. rede da sua garagem.
O sistema de air-bag é ativado se ocorrer um forte impacto Vale a pena ser prevenido. Mantenha lâmpadas de reserva em
frontal ou impacto em um ângulo até 30º do lado direito ou esquer- seu porta-luvas
do, o air-bag é inflado em milésimos de segundo. Não basta substituir as lâmpadas queimadas. É importante e
Assim que a cabeça e a parte superior do corpo do ocupante muito útil manter lâmpadas de reserva no seu porta-luvas.
entram em contato com o air-bag o gás propelente evacua e amor- Poderão ser úteis em qualquer emergência. Assim, você evita
tece o movimento de avanço da cabeça e da parte de cima do corpo multas, acidentes e aumenta o seu conforto, pois dirigir com luz
dos ocupantes dos bancos dianteiros. insuficiente além de perigoso é muito cansativo.

TROCA DE FUSÍVEIS
Verificar a parte elétrica e trocar fusíveis e lâmpadas se neces- DIREÇÃO DEFENSIVA
sário; observar a formação de “zinabre” nas conexões e encaixes e
fios desencapados, utilizar para cobrilos fita isolante.
Direção Defensiva é a técnica indispensável para o aperfeiçoa-
LÂMPADAS mento do motorista que trata de forma correta o uso do veículo
A troca preventiva de lâmpadas é recomendável a cada 50.000 na maneira de dirigir, reduzindo a possibilidade de envolvimento
km. Mesmo funcionando corretamente, a lâmpada perde cerca de nos acidentes de trânsito; ou seja: é uma atitude de segurança e
30% da luminosidade ao longo do uso. E isso representa uma redu- prevenção de acidentes.
ção de 1/3 também na sua segurança.
A Direção Defensiva pode ser dividida em:
Aprenda a identificar você mesmo às lâmpadas “cansadas”. É Preventiva: deve ser a atitude permanente do motorista para
muito fácil: basta observar o bulbo (vidro da lâmpada) para ver seu evitar acidentes.
enegrecimento. O enegrecimento é um sinal de que a lâmpada está Corretiva: é a atitude que o motorista deverá adotar ao se de-
perto do fim. frontar com a possibilidade de acidente, corrigindo situações não
Ele é causado pela evaporação do filamento de tungstênio, ou previstas.
seja: as partículas vão se desprendendo do filamento e se acumu- Em suma, direção defensiva é dirigir de modo a evitar aciden-
lando na superfície do bulbo. Com isso, além de oferecer menos luz, tes, apesar das ações incorretas dos outros e das condições adver-
a lâmpada começa a reter calor, o que acelera ainda mais o proces- sas que encontramos nas vias de trânsito.
so de evaporação do tungstênio. Por que praticar a direção defensiva?
Quando você menos esperar, ficará no escuro. Por isso, olhe Pesquisas realizadas em todo o mundo, sobre acidentes de
atentamente o vidro de suas lâmpadas. trânsito, apresentaram a seguinte estatística:
- Apenas 6 % dos acidentes de trânsito têm como causa os pro-
blemas da via;
- 30 % dos acidentes têm origem em problemas mecânicos;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- A maioria dos acidentes, (64%) têm como causa, problemas São exercidas numa ação próxima/imediata (curto prazo, ex.: o
com o condutor. condutor prevê a possibilidade de riscos nos cruzamentos; ver um
pedestre à sua frente e prever complicações.) ou distante/mediata
Dentre os principais Problemas com o Condutor temos: (longo prazo, ex.: revisão do veículo; abastecimento; verificação de
- Dirigir sob o efeito de álcool ou substâncias entorpecentes; equipamentos obrigatórios.), dependendo sempre do seu bom sen-
- Imprudência - trafegar em velocidade inadequada; so e conhecimento.
- Imperícia - inexperiência ou falta de conhecimento do local;
- Negligência - falta de atenção, falha de observação. 4)Decisão
A decisão do condutor dependerá da situação que é apresen-
O Condutor defensivo é aquele que adota um procedimento tada, do seu conhecimento, das possibilidades do veículo, das leis e
preventivo no trânsito, sempre com cautela e civilidade. O moto- normas relacionadas ao trânsito, do tempo e do espaço que de que
rista defensivo não dirige apenas, pois está sempre pensando em dispõe para tomar a atitude correta. Em outros termos, o condutor
segurança, pensando sempre em prevenir acidentes, independente precisa ser ágil em suas ações, sem deixar de lado o bom senso e a
dos fatores externos e das condições adversas que possam estar sua experiência.
presentes. É importante destacar que o condutor que não possua curso
O Condutor defensivo é aquele que tem uma postura pacífica, de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, ao renovar o exame de
consciência pessoal e de coletividade, tem humildade e autocrítica. habilitação, deverá submeter-se a eles, de acordo com o art. 150 do
Dentro das diferentes técnicas de como conduzir defensivamente CTB e Resolução n. 50 do CONTRAN.
existem várias precauções que deve-se tomar ao iniciar uma jor- Desta maneira, é prudente que o condutor esteja sempre pre-
nada, mesmo sem ter conhecimentos especializados de mecânica, parado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas, de
para evitar envolver-se em situações de risco, realizando um trajeto modo que possa contribuir para evitar acidentes de trânsito, man-
sem cometer infrações de trânsito, sem abusos com o veículo, sem tendo-se atento a tudo que circunda a via, mesmo à sua traseira,
atrasos de horário, sem faltar com a cortesia devida, ou seja, sem para que esta decisão possa ser rápida e precisa, salvando sua vida
envolver-se em acidentes. e a de outros envolvidos numa situação de risco.

Elementos básicos da Direção Defensiva: 5)Habilidade


A habilidade se desenvolve por meio de aprendizado e da prá-
Abordaremos aqui os principais elementos: tica. Deve-se aprender o modo correto de manuseio do veículo e
executar várias vezes essas manobras, de forma a fixar esses proce-
1) Conhecimento: dimentos e adquirir a habilidade necessária à prática de direção no
É de fundamental importância o conhecimentos das as leis e trânsito das vias urbanas e rurais.
normas que regem o trânsito. Este conhecimento é obtido por meio Assim, ser um condutor hábil significa que ser capaz de manu-
do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e do aprendizado prático. É sear os controles de um veículo e executar com perícia e sucesso
preciso conhecer seus direitos e deveres em qualquer situação de qualquer manobra necessária no trânsito.
trânsito, como condutor ou pedestre, a fim de evitar atitudes que Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 me-
possam causar acidentes ou danos aos usuários da via. ses, sendo conferida a Carteira Nacional de Habilitação ao término
Além do CTB, existem livros e revistas especializadas para o desse prazo, desde que o condutor não tenha cometido nenhuma
trânsito e publicações jornalísticas sérias que nos mantêm em dia infração de natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em
com as novas leis e resoluções. infração média.
Outros procedimentos dependem do bom senso de todos os Não esqueça: a prática conduz à perfeição, tornando você um
condutores e pedestres, quais sejam, as atitudes educadas, com- condutor defensivo.
preensivas, de paciência, que ajudam a fazer um trânsito mais se- É necessário conhecimento e atenção para que seja possível
guro. fazer uma previsão dos problemas que serão encontrados no trân-
sito e tomar, no momento necessário, a decisão mais adequada,
2) Atenção: com habilidade adquirida pelo treino no uso da direção, tornando o
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via e trânsito mais humano e seguro para todos.
também às condições físicas e mentais do condutor, aos cuidados e A Direção Defensiva só funcionará se cada condutor conhecer e
à manutenção do veículo, tempo de deslocamento e conhecimento praticar os elementos básicos que dela fazem parte, no seu cotidia-
prévio do percurso, entre outros. no, cada vez que fizer uso do seu veículo nas vias públicas (urbanas
Desse modo, o condutor deve manter sua atenção no trânsito e e rurais).
não se distrair com conversas, som alto ou uso de rádio ou aparelho Com o Código de Trânsito Brasileiro surgiram vários manuais ou
celular. Além disso, deve manter-se em estado de alerta durante livretos que ajudam a atualizar seus conhecimentos.
todo o tempo em que estiver conduzindo o veículo, consciente das Existem procedimentos que, quando praticados consciente-
situações de risco em que pode envolver-se e pronto a tomar a ati- mente, ajudam a prevenir ou evitar acidentes. Tais procedimentos
tude necessária em tal situação para evitar o acidente. são chamados Método Básico na Prevenção de Acidentes.
É possível aplica-los, inclusive, no ato de dirigir, desde que se
3) Previsão: conheça os fatores que mais levam à ocorrência de um acidente.
É a capacidade do condutor em prever uma situação de risco, Além de conhecer estes fatores e os tipos de colisões, é preciso es-
ou seja, é a antecipação de uma situação de risco, podendo ser de- tar preparado em todos os momentos, para atitudes que ajudem na
senvolvida e treinada no uso do seu veículo.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

prevenção. Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e respon- Vias


sabilidade são os princípios básicos de qualquer método de preven- Antes de iniciar um percurso, é sempre bom procurar informa-
ção de acidentes. ções sobre as condições das vias, nas estradas, rodovias e períme-
tro urbano que será utilizada, para planejar melhor o itinerário, assim
Condições Adversas: como o tempo que será necessário para chegar ao destino desejado.
Condições adversas são todos aqueles fatores que podem pre- Essas informações podem ser obtidas com o policial de trânsito,
judicar o real desempenho da pessoa do no ato de conduzir, tornan- pelo rádio, ou com outros condutores que a usem com frequência.
do maior a possibilidade de um acidente de trânsito. Conhecendo suas reais condições como: estado de conserva-
Existem várias “condições adversas” e é importante lembrar ção da via, largura, se existe acostamento ou não, quantidade de
que nem sempre elas aparecem isoladamente, tornando o perigo veículos, etc; é possível que o condutor se prepare melhor para
ainda maior. aquilo que vai enfrentar e tomar os cuidados indispensáveis à segu-
Serão ilustradas as seis condições adversas mais importantes, rança e uso de equipamentos que auxiliem no percurso, como, por
são elas: Luz, Tempo, Vias, Trânsito, Veículo e Condutor. exemplo, o uso de correntes nas estradas.
Algumas condições adversas das vias de trânsito:
Luz . curvas;
Refere-se às condições de iluminação em determinado local; . desvio;
tanto pode ser natural (sol) como artificial (elétrica). . subidas e descidas;
. tipo de pavimentação;
O excesso de claridade provoca ofuscamentos e a sua falta . largura da pista;
pode ocasionar uma visão inadequada ao ato de conduzir, podendo . desníveis;
provocar, nos dois casos, condições favoráveis a um acidente. Por . acostamento;
exemplo: ao transitar por uma via urbana, estrada ou rodovia, o . trechos escorregadios;
farol alto do veículo em sentido contrário causa cegueira momentâ- . buracos;
nea, dificultando o controle do veículo. . obras na pista.
Deve-se avisar o condutor piscando os faróis e desviando o foco É importante que o condutor verifique se os equipamentos de
de visão para o acostamento do lado direito. uso obrigatório para tais situações estão em perfeitas condições de
O excesso de luz solar incidindo nos olhos, causa ofuscamento uso, bem como o bom funcionamento do veículo.
e isso acontece com mais facilidade pela manhã e no final da tarde,
podendo ocorrer também pelo reflexo da luz solar em objetos poli- Trânsito
dos, como latas, vidros, para-brisas, etc. Trata-se, aqui, da presença de outros elementos (pedestres,
Para evitar o ofuscamento é indicada a utilização de pala de veículos, animais, etc.) na via, e também a determinadas ocasiões
proteção (equipamento obrigatório no veículo) ou óculos de sol. (natal, carnaval, férias) que interferem no comportamento do con-
Além disso, é bom conduzir com mais atenção, mantendo os faróis dutor e na quantidade de veículos, pedestres e condutores de veí-
baixos acesos. culos não automotores em circulação nas vias.
A falta de iluminação nas estradas e rodovias, assim como os
faróis com defeito, mal regulados ou que não funcionam, causam Pode-se diferenciar duas situações de trânsito:
situações de pouca visibilidade (penumbra) que impedem o condu-
tor de perceber situações de risco a tempo de evitar danos maiores - Nas cidades (vias urbanas)
ao veículo e aos usuários da via, tais como: buracos na pista, desvio, O trânsito é mais intenso e mais lento, havendo maior número de
acostamento em desnível, ponte interditada, etc. veículos, pedestres e condutores de veículos não automotores, mas exis-
Neste caso, é prudente que o condutor dirija mais devagar, com te uma sinalização específica para controle do tráfego com segurança.
atenção redobrada, regule corretamente os faróis e nunca dirija Em determinados locais (área central, área escolar, órgãos públi-
com eles apagados ou com defeito. cos) em que o número de veículos e pedestres é maior, e também em
determinados horários (entrada ou saída de trabalhadores e escolares)
Tempo que chamamos de “rush”, as dificuldades no trânsito aumentam.
A chuva, o vento, o granizo, a neve, a neblina, a fumaça, o fogo Se possível, é prudente que o condutor evite estes horários ou
o frio e até mesmo o calor excessivo, diminuem muito a capacidade locais, faça uso do transporte coletivo, obedeça toda a sinalização
de conduzir o veículo. existente e redobre a atenção e cuidados ao conduzir.
Além da dificuldade do condutor de ver e ser visto, as con-
dições adversas de tempo causam problemas nas estradas como - Nas estradas e rodovias (vias rurais)
barro, areia, desmoronamento, tornando-as mais lisas e perigosas, Os limites de velocidade são maiores (consulte a tabela de in-
causando derrapagens e acidentes. frações e penalidades), mas o número de veículos e pedestres ge-
Nessas situações, é importante que o condutor reduza a mar- ralmente é menor, o que predispõe o condutor a exceder a veloci-
cha, acenda as luzes e, se o tempo estiver muito ruim, saia da es- dade permitida, aumentando também o risco de acidentes, além de
trada e espere que as condições melhorem (procure um local ade- cometer infração de trânsito.
quado, sem riscos, como um recanto, posto rodoviário ou, ainda, Em determinadas épocas (férias, feriados prolongados, festas),
posto de gasolina). o número de veículos aumenta, causando congestionamento e ou-
tros tipos de problemas com o trânsito.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Deve o condutor verificar as reais condições do seu veículo, abas- . dirigir alcoolizado, após ter utilizado um “rebite”, ou qualquer
tecer de combustível necessário ao percurso e manter a calma. Em cer- outra droga, mesmo que sejam remédios;
tos locais, as condições de trânsito mudam devido a presença de ma- . sono;
quinários agrícolas, carroças, animais, ônibus de excursão, caminhões . visão ou audição deficiente;
de transporte, etc., tornando o trânsito mais lento e mais difícil. . perturbações físicas (dores ou doenças).
Há também a possibilidade de recuperação de vias, ou constru-
ções, situações que causam sérios problemas ao deslocamento e - Mentais
dificultam o trânsito no local. . estados emocionais (tristezas ou alegrias) ;
O bom condutor é cauteloso. Observa bem a sua frente, prevê si- . preocupações;
tuações de risco no trânsito, evita situações difíceis, obedece às instru- . medo, insegurança, inabilidade.
ções recebidas no percurso e sempre mantém a calma e a educação.
Quais são os tipos de colisões no trânsito?
Veículo As colisões podem envolver um ou mais veículos, como tam-
É um fator muito importante a ser considerado para que não bém outros usuários do trânsito e objetos fixos.
ocorra acidentes, porque péssimas condições do veículo são res- É importante para o condutor defensivo conhecer cada um dos
ponsáveis por um número enorme dos acidentes ocorridos em tipos de colisão e saber como agir em cada caso.
trânsito, normalmente envolvendo outros veículos, pedestres, ani-
mais, o patrimônio público e o natural. Existem os seguintes tipos de colisão:
Deve-se manter o veículo em condições de transitar e respon- • Colisão com o veículo da frente
der tecnologicamente a todos os comandos necessários, pois: “não • Colisão com o veículo de trás
é possível dirigir com segurança usando um veículo defeituoso”. • Colisão frente com frente
Lembre-se: Um veículo em mau estado de conservação, além • Colisão no cruzamento
da possibilidade de “deixá-lo na mão”, vai resultar numa penalidade • Colisão na ultrapassagem
prevista no Código de Trânsito. • Colisão misteriosa
São muitas as condições adversas causadas por um veículo de- • Colisão com objetos fixos
feituoso, aqui serão listadas apenas os defeitos mais comuns que • Abalroamento
podem causar acidentes: • Colisão nas manobras de marcha ré
. pneus gastos; • Colisão na passagem de nível
. limpadores de para-brisa com defeito; • Colisão com veículos pesados
. freios desregulados; • Colisão com motocicletas
. falta de buzina; • Colisão com ciclistas
. sistema de suspensão com problemas; • Colisão com pedestres
. lâmpadas queimadas; • Colisão com animais
. espelhos retrovisores deficientes;
. defeito nos equipamentos obrigatórios; O que é e como evitar uma colisão com o veículo da frente?
. cinto de segurança defeituoso.
O que é Como evitar
Cuidado: revisões periódicas e manutenção completa mantêm
o veículo em boas condições de uso, e pequenos cuidados diários É quando o veículo bate no • Manter a distância de segui-
garantem sua segurança no trânsito e o cumprimento da legislação. veículo logo à sua frente, que mento de 2 segundos em rela-
circula na mesma direção e ção ao veículo da frente.
Condutor sentido. • Observar o trânsito à frente
Esta é a condição adversa mais perigosa, mas é também a mais do veículo que o precede, para
fácil de ser evitada, pois trata-se do estado em que o condutor se se antecipar a qualquer situa-
encontra física e mentalmente no momento em que irá fazer uso do ção de perigo que possa levá-lo
veículo no trânsito. a frear bruscamente.
São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do •Ficar atento aos sinais emiti-
condutor (doenças físicas, problemas emocionais) e podem ser mo- dos por esse veículo da frente
mentâneas, ou definitivas (problemas físicos, corrigidos e adapta- para saber se vai parar, mudar
dos ao uso do veículo). de direção ou realizar alguma
Cabe ao condutor avaliar suas reais condições ao propor-se a manobra.
conduzir um veículo, e ter o bom senso para evitar envolver-se em
situação de risco.
Lembre-se: Dirigir quando sentir-se sem condições físicas ou
emocionais, põe em risco não só a sua vida, mas a de todos os usuá-
rios do trânsito.
Existem muitas condições adversas do condutor, sendo as mais
comuns:
- Físicas
. fadiga;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O que é e como evitar uma colisão com o veículo de trás? O que é e como evitar uma colisão na ultrapassagem?

O que é Como evitar O que é Como evitar


É quando o veículo atrás de • Não parar bruscamente é a É uma das principais causas de • Ultrapassar somente em lo-
você bate na traseira do seu principal regra. Se você frear de acidentes em rodovias de mão cais permitidos, com condições
carro. forma repentina e inesperada, dupla. de segurança, espaço e visibili-
as chances de alguém colidir na dade.
sua traseira são bem grandes. Colisões na ultrapassagem ge-
• Definir o trajeto e sinalizar ralmente estão relacionadas à • Verificar pelos retrovisores
com antecedência, indicando falta de avaliação correta de es- como está o tráfego atrás do
com sinal de braço e luz de seta paço e tempo necessários para veículo para conferir se há ou-
mudanças de direção. realizar manobra. tro veículo realizando ultrapas-
• Facilitar a ultrapassagem, sagem.
sempre que possível.
• Sinalizar com a luz de seta a
O que é como evitar uma colisão frente com frente? intenção de ultrapassagem.

• Manter distância lateral de


O que é Como evitar segurança.
É quando 2 veículos colidem de • Ultrapassar com segurança,
frente. A força do impacto cor- somente em condições de boa • Jamais ultrapassar em curvas,
responde à soma das velocida- visibilidade e onde for permiti- túneis, viadutos, aclives, lom-
des dos 2 veículos. do. badas e cruzamentos.

Ou seja, se ambos estiverem a • Entrar nas curvas com velo- • Ao ser ultrapassado, facilitar
80 km/hora, o impacto será de cidade moderada, seguindo a a ultrapassagem, mantendo-se
160 km/hora, por isso suas con- trajetória do raio da curva. à direita e reduzindo a veloci-
sequências são tão graves. dade.
• Respeitar os limites de velo-
Acontecem geralmente por cidade e demais condições da • Ao ser ultrapassado, sinalizar
causa de ultrapassagens mal via. para o outro condutor se há ou
planejadas ou realizadas em lo- não condições para a ultrapas-
cais proibidos. sagem.

O que é e como evitar uma colisão no cruzamento? O que é e como evitar uma colisão misteriosa?

O que é Como evitar O que é Como evitar


É o tipo mais comum de coli- • Reduzir a velocidade ao trans- É chamada de colisão misterio- • A perícia levanta hipóteses
são. por o cruzamento, mesmo se a sa acidentes com causa desco- para os motivos do acidente,
preferência for sua. nhecida, envolvendo apenas mas não é possível comprovar
Cerca de ⅓(um terço) dos aci- um veículo. o que realmente causou a coli-
dentes de trânsito acontece em • Manter o pé apoiado no pe- são.
cruzamentos. dal de freio para eliminar o É sempre um acidente grave,
tempo de reação. em geral com vítimas fatais ou
gravemente feridas.
• Olhar para os dois lados, pri-
meiro para a esquerda e depois Quando o condutor sobrevive,
para a direita. geralmente não consegue se
lembrar de como aconteceu o
acidente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O que é e como evitar uma colisão com objetos fixos? O que é e como evitar uma colisão nas passagens de nível?

O que é Como evitar O que é Como evitar


É quando o veículo colide com Na maioria das vezes a culpa é Colisões em passagens de ní- • Antes de transpor uma passa-
um objeto fixo, como poste de exclusiva do condutor. veis (cruzamento com linha fér- gem de nível, o condutor tem o
iluminação, canteiro central, rea) envolvendo carro e trem dever de sempre parar, olhar e
árvore, muro, barranco, caçam- As causas mais comuns são: são graves, especialmente para escutar.
ba, entre outros. os ocupantes do veículo.
• Falta de atenção. • Jamais atravessar se os sinais
estiverem fechados.
• Excesso de velocidade.
• Reduzir a marcha e não mu-
• Sono ou consumo de álcool. dá-la durante a transposição da
ferrovia, para não correr o risco
O que é e como evitar um abalroamento? do carro engasgar e morrer.

O que é e como evitar uma colisão com veículos pesados?


O que é Como evitar
O abalroamento é uma colisão • Respeitar a distância lateral
O que é Como evitar
leve nas laterais dos veículos. de segurança (1,5 m).
Em geral acontece em cruza- Veículos de grande porte, como • Respeitar as distâncias de se-
mentos ou devido a manobras • Realizar as conversões dentro caminhões e ônibus, têm cam- gurança.
inesperadas. da sua mão direcional. po de visão e capacidade de re-
alizar manobras mais limitados. • Em pista molhada e na chu-
As conversões à esquerda são • Redobrar a atenção ao se va, é recomendado aumentar a
a causa da maioria dos abalro- aproximar de cruzamentos. Em geral, acidentes envolvendo distância de seguimento para 4
amentos. veículos pesados e veículos de segundos.
pequeno porte acontecem por
Nos cruzamentos, as causas causa da impaciência do con- • Ser paciente e aguardar a
mais comuns são falta de visi- dutor em aguardar o momento oportunidade ideal para a ul-
bilidade ou desconhecimento certo para a ultrapassagem. trapassagem.
das preferências.
• O condutor deve manter seu
O que é e como evitar uma colisão nas manobras de marcha veículo no campo de visão do
ré? motorista do veículo de grande
porte.
O que é Como evitar
O que é e como evitar uma colisão com motocicletas?
A marcha a ré é uma manobra • Não realizar a manobra em
que deve ser evitada, pois o esquinas.
O que é Como evitar
campo de visão do condutor é
limitado. • Evitar sair de garagens e esta- Condutores de motocicletas • Aumentar a distância de se-
cionamentos de marcha ré. são mais expostos aos danos guimento.
Não é possível ver objetos de causados por acidentes.
pequeno porte que estiverem • Realizar a manobra em veloci- • Não disputar espaço com mo-
atrás do veículo. dade reduzida. Lembre-se de que os veículos tociclista, dando a preferência
de maior porte são responsá- de passagem.
É proibido andar por longos • Virar a cabeça para os dois la- veis pela segurança dos meno-
trechos em marcha ré. Ela deve dos durante a manobra. res. • Antes de trocar de faixa, olhar
ser usada apenas para peque- com muita atenção, movimen-
nas manobras. • Verificar se existem crianças tando a cabeça para compen-
nas proximidades do veículo. sar os pontos cegos.

• Veículos de grande porte só


devem executar a manobra
com auxílio de alguém.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O que é e como evitar uma colisão com ciclistas?

O que é Como evitar


Deve ser aplicada a regra da • Respeitar a distância lateral
responsabilidade hierárquica, de segurança (1,5 m).
ou seja, os veículos motoriza-
dos são responsáveis pela se- • Manter o ciclista sempre em
gurança dos não motorizados. seu campo de visão, evitando
ou compensando os pontos
cegos.

O que é e como evitar uma colisão com pedestres?

O que é Como evitar


A colisão com pedestre é cha- • Nunca apressar o pedestre
mada de atropelamento. durante a travessia, mesmo se
o semáforo abrir a favor dos
Como determina o CTB, o pe- veículos.
destre tem preferência no trân-
sito e todos os veículos são res- • Transitar em velocidade com-
ponsáveis pela sua segurança. patível em locais onde há maior
circulação de pedestres, como
em escolas e cruzamentos.

O que é e como evitar uma colisão com animais?

O que é Como evitar


Atropelamentos de animais Ficar atento à sinalização da
ocorrem principalmente nas rodovia e redobrar a atenção
rodovias, nas proximidades de quando houver indicação de
áreas rurais. animais na pista.

Dependendo do tamanho do Não buzinar e nem ligar farol


animal, as consequências po- alto.
dem ser graves e até fatais (tan-
to para quem está no veículo Se possível, passar por trás do
quanto para o próprio animal). animal.

Direção defensiva - Comportamentos Perigosos


Além de tudo que você já aprendeu para evitar acidentes, ainda existem alguns comportamentos que são causadores de situações
perigosas ao conduzir seu veículo pelas vias.
Se você conhecê-los e evitá-los, certamente estará diminuindo os riscos de se envolver em acidentes ou pôr em perigo seu veículo e
os outros usuários e animais que transitam pelas vias, mostrando que você é um condutor defensivo.
Manobra de marcha à ré
Por ser considerada manobra perigosa, você deve evitá-la sempre que possível e nunca realizá-la sem adotar medidas de segurança
numa via, por onde circulam condutores e pedestres.
Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança, resulta em
multa, sendo considerada em infração grave (Art 194 - CTB).
Ela serve apenas para pequenas distâncias e para manobras como entrada e saída de garagem, estacionamento, não sendo permitido
usá-la para locomover-se de um a outro local nas vias públicas.
Para evitar riscos jamais dê marcha à ré em esquinas, não saia de ré de garagens ou estacionamentos, pois sua visão da área estará
prejudicada. Use sempre os retornos. Fique atento.

Velocidade e Tempo de Reação


Do ponto de vista da segurança devemos estar sempre muito atentos na condução de um veículo, pois a qualquer momento pode ser
necessário tomar uma ação rápida para evitar se envolver em um acidente de trânsito.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Existem vários tipos de colisão que podem acontecer com o seu veículo, e os comportamentos perigosos dos condutores nas vias
também são bem variados, mas o fator mais comum nos acidentes é não ter conseguido desviar ou parar a tempo o seu veículo, evitando
a colisão.

Como Parar
Você, condutor defensivo, deve conhecer os tipos de paradas do veículo, tempo e distância necessários para cada uma delas.
- Distância de seguimento – É aquela que você deve manter entre o seu veículo e o que vai à frente, de forma que você possa parar,
mesmo numa emergência, sem colidir com a traseira do outro. O ideal é manter a distância de aproximadamente dois segundos em rela-
ção a um ponto fixo.
- Distância de reação – É aquela que seu veículo percorre, desde o momento que você vê a situação de perigo, até o momento em que
pisa no freio. Ou seja, desde o momento em que o condutor tira o pé do acelerador até colocá-lo no freio. Varia de pessoa para pessoa,
mas no geral está entre 0,75 e 1,5 segundos.
- Distância de frenagem – É aquela que o veículo percorre depois de você pisar no freio até o momento total da parada. Você sabe que
o seu veículo não pára imediatamente, não é mesmo?
- Distância de parada – É aquela que o seu veículo percorre desde o momento em que você vê o perigo e decide parar até a parada
total do seu veículo, ficando a uma distância segura do outro veículo, pedestre ou qualquer objeto na via. Ou seja, é a soma da distância
da reação com a distância da frenagem.

Você mesmo(a) pode observar o funcionamento de seu veículo, seja pelas indicações do painel, ou por uma inspeção visual simples:

• Combustível: veja se o indicado no painel é suficiente para chegar ao destino;


• Nível de óleo de freio, do motor e de direção hidráulica: observe os respectivos reservatórios, conforme manual do proprietário;
• Nível de óleo do sistema de transmissão (câmbio): para veículos de transmissão automática, veja o nível do reservatório. Nos demais
veículos, procure vazamentos sob o veículo;
• Água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja o nível do reservatório de água;
• Água do sistema limpador de pára-brisa: verifique o reservatório de água;
• Palhetas do limpador de pára-brisa: troque, se estiverem ressecadas;
• Desembaçador dianteiro e traseiro (se existirem): verifique se estão funcionando corretamente;
• Funcionamento dos faróis: verifique visualmente se todos estão acendendo (luzes baixa e alta);
• Regulagem dos faróis: faça através de profissionais habilitados;
• Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direção, luz de freio e luz de ré: inspeção visual.

Todos os sistemas e componentes do seu veículo se desgastam com o uso. O desgaste de um componente pode prejudicar o funcio-
namento de outros e comprometer a sua segurança.
Isso pode ser evitado, observando a vida útil e a durabilidade definida pelos fabricantes para os componentes, dentro de certas con-
dições de uso.
Para manter seu veículo em condições seguras, crie o hábito de fazer periodicamente a manutenção preventiva. Ela é fundamental
para minimizar o risco de acidentes de trânsito.
Respeite os prazos e as orientações do manual do proprietário e, sempre que necessário, use profissionais habilitados.
Uma manutenção feita em dia evita quebras, custos com consertos e, principalmente, acidentes.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Força centrífuga e força centrípeta


“A força centrífuga é o poder de inércia real que empurra um peso para fora do movimento curvilíneo quando o veículo estiver em
uma trajetória em curva. Esta força centrífuga aparece em todos os movimentos curvilíneos. Ao percorrer um trecho de rodovia em curva
horizontal com certa velocidade, um veículo fica sujeito à ação desta força, que atua no sentido de dentro para fora da curva, facilitando
saídas de pista e capotagens.

A força centrífuga está diretamente ligada à aceleração escalar do objeto, sendo um movimento uniformemente variado, a aceleração
é constante. Essa força provoca variação do módulo da velocidade e atuará deslocando o veículo em uma direção retilínea. Ao fazermos
uma curva sentimos o efeito da força centrífuga, a força que nos joga para fora da curva e exige certo esforço para não deixar o veículo sair
da trajetória. Quanto mais elevada velocidade, maior será a aplicação dessa força. Ela pode chegar ao ponto de o motorista perder o con-
trole da trajetória do veículo, provocar sua capotagem ou atravessá-lo na pista, proporcionando uma provável colisão com outros veículos
ou atropelamento de pedestres ou ciclistas.

Já a força centrípeta será protagonista na mudança de direção do objeto. Objetos que se deslocam em movimento retilíneo uniforme
possuem velocidade modular constante. Entretanto, se há um deslocamento em arco, com o valor da velocidade constante, haverá uma
variação na direção do movimento; como a velocidade é um vetor de módulo, direção e sentido, uma alteração na direção implica em uma
mudança no vetor velocidade. A razão dessa mudança na velocidade é a aceleração centrípeta. A força centrípeta é a resultante que puxa
o corpo para o centro da trajetória em um movimento curvilíneo ou circular.
Um verdadeiro duelo de titãs é travado durante a execução de uma curva. A força centrípeta e o atrito se opõem, um tentando forçar
a saída do veículo pela tangente e o outro aplicado em mantê-lo na pista.
A velocidade máxima permitida numa curva leva em consideração aspectos geométricos da construção da via. Para manter a segu-
rança deve-se acreditar na sinalização e adotar alguns procedimentos: diminua a velocidade com antecedência usando o freio e, se ne-
cessário, reduza a marcha antes de entrar na curva e de iniciar o movimento do volante; comece a fazer a curva com movimentos suaves

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e contínuos no volante, acelerando gradativamente e respeitando a velocidade máxima permitida; à medida que a curva for terminando,
retorne o volante à posição inicial, também com movimentos suaves; procure fazer a curva movimentando o menos que puder o volante,
evitando movimentos bruscos e oscilações na direção. “

O que é a aquaplanagem?
A aquaplanagem, também chamada de hidroplanagem, é um fenômeno que pode acontecer quando o veículo passa sobre uma su-
perfície molhada.
À medida em que percorre a via, o automóvel perde contato com o solo devido à existência de uma camada de água entre os pneus
e a pista.
Essa situação é bastante comum ao se trafegar por rodovias planas e bem pavimentadas, onde o motorista imprime alta velocidade
de deslocamento.

A aquaplanagem pode ocorrer tanto em linha reta, quanto em curvas.


Sendo que nas curvas é muito mais perigoso! Já que o veículo pode se deslocar de forma desgovernada para além do meio-fio por
conta da inércia.

O que causa
A aquaplanagem ocorre quando as bandas de rodagem dos pneus não conseguem escoar o excesso de água.
Seja por suas ranhuras e sulcos, causando a perda da aderência entre a borracha e o solo e o descontrole na direção do automóvel.
A falha no escoamento acontece principalmente porque a profundidade dos sulcos já está bastante rasa, consequência de um pneu
desgastado ou ao final de sua vida útil.
Importante dizer também que, quanto mais largos os pneus são, maior a probabilidade de o fenômeno vir a ocorrer.
Isso significa que se eles estiverem com pouca pressão (baixa calibração), haverá mais chances de se “surfar” sobre a superfície mo-
lhada da estrada.

Como evitar
Em piso molhado, a distância percorrida depois de acionada a frenagem do veículo aumenta consideravelmente.
Desse modo, a melhor forma de se evitar a aquaplanagem é reduzir a velocidade.
A aceleração deve ser diminuída a até metade daquela permitida ou indicada para a via nas áreas em que estiver passando por grande
acúmulo de água.
Prefira colocar em seu veículo um conjunto de pneus que tenham uma escultura assimétrica na banda de rodagem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Banda de Rodagem bustível para que seja queimada, sendo transformada de ener-
Os desenhos favorecem a evacuação da água, diminuindo os gia química em energia mecânica
riscos de perda de aderência em superfícies molhadas. (E) auxiliar no sistema de arrefecimento do motor, fazendo a
Confira se os traçados e sulcos estão com pouca profundidade, troca de calor
pois nesse caso os componentes terão sua capacidade de drena-
gem de água diminuída. 04. Acerca do sistema de arrefecimento de um veículo, assinale
Também preste atenção na calibragem de seus pneus e nunca a alternativa correta.
os deixe abaixo de 30% do recomendado pelo fabricante. (A) A perda de líquido de arrefecimento não gera aumento de
temperatura do motor.
O que fazer (B) Uma das causas do superaquecimento do motor é o emper-
No caso de você passar sobre uma poça d’água ou superfície mo- ramento da válvula termostática.
lhada e sentir seu veículo perder o atrito com o piso, não acione to- (C) Caso o ventilador elétrico deixe de funcionar, haverá vaza-
talmente o freio, pare de acelerar e segure a direção com força; tente mento de fluido de arrefecimento.
manter o controle sobre o carro até que ele retorne ao equilíbrio. (D) A bomba d’água é acionada automaticamente quando a
É difícil ter calma nessa situação, mas é o que deve ser feito temperatura do motor for excedida.
para evitar danos maiores. (E) A alta temperatura do motor pode ser justificada pela au-
Importante dizer que a aquaplanagem não ocorre exclusiva- sência de água na lubrificação do motor.
mente com a presença de água pouco profunda nas vias, podendo
acontecer também com lama ou óleo na estrada. 05. Pode-se afirmar que a “aquaplanagem” ou “hidroplana-
gem”, muito discutida em Direção Defensiva é
(A) a falta de contato do pneu com o solo, em dia de chuva.
QUESTÕES (B) a forma correta de dirigir, aumentando a velocidade.
(C) o aumento de contato do pneu com o solo, quando a velo-
cidade aumenta.
01. Os veículos automotivos de linha leve, como os populares (D) o acúmulo de ar no sistema de freio hidráulico dos veículos
de motor 1.0, funcionam alimentados por gasolina, álcool ou a mis- equipados com freio “ABS”.
tura de ambos. Quanto aos componentes do sistema de alimenta- (E) a falta de estabilidade quando a pista está muito seca.
ção de combustível, assinale a alternativa correta.
(A)Bomba de combustível, distribuidor, pistão e biela. 06. Quanto à posição correta do condutor ao dirigir um veículo,
(B)Junta homocinética, eletroinjetor, cânister e amortecedor. o condutor deve
(C)Filtro de combustível, bomba de combustível, rotor e tubo I. segurar o volante com as duas mãos, na posição de 11 horas
distribuidor. e 5 minutos, para melhor acessar os comandos do veículo, e melhor
(D)Filtro de combustível, bomba de combustível, eletroinjetor enxergar o painel;
e tubo distribuidor. II. dirigir com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evi-
(E)Filtro de combustível, bomba de combustível, distribuidor e tando tensões;
tubo distribuidor. III. apoiar bem o corpo no assento e no encosto do banco, o
mais próximo possível de um ângulo de 60°.
02. Assinale a alternativa que apresenta exclusivamente com-
ponentes do sistema elétrico de um carro. Está correto o que se afirma em
(A) bateria, motor de partida (arranque), alternador e distri- (A) I, II e III.
buidor (B) II e III, somente.
(B) bateria, motor de partida (arranque), mangueiras e radia- (C) I e III, somente.
dor
(D) II, somente.
(C) radiador, ventilador, bomba d’água, vaso de expansão e ve-
(E) I, somente.
las de ignição
(D) motor de partida (arranque), distribuidor e válvula termos-
07. Considere as afirmativas abaixo.
tática
(E) alternador, ventoinha, bomba d’água, carburador, válvula I. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito − CETRAN e ao
termostática e distribuidor Conselho de Trânsito do Distrito Federal – CONTRANDIFE, aprova-
rem, complementarem ou alterarem os dispositivos de sinalização
03. Assinale a alternativa que apresenta uma das funções do e os dispositivos e equipamentos de trânsito.
sistema de lubrificação do motor de um veículo. II. Compete ao Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN es-
(A) transformar a energia calorífica, resultante da queima da tabelecer as diretrizes do regimento das Juntas Administrativas de
mistura, em energia mecânica Recursos de Infrações – JARIS.
(B) realizar os tempos de funcionamento do motor, sincroni- III. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União
zando-os com o subsistema de conjunto móvel organizar e manter o Registro Nacional de
(C) manter a temperatura do motor em uma faixa ideal de fun- Veículos Automotores − RENAVAM.
cionamento Está correto o que consta em
(D) enviar ao motor a quantia necessária de mistura ar/com- (A) I, somente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

(B) III, somente. (D) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será
(C) I e II, somente. intimado a entregar à autoridade judiciária, em 24 horas, a per-
(D) II e III, somente. missão para dirigir ou a CNH.
(E) I, II e III. (E) Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsi-
to de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante,
08. Quanto ao uso de luzes em veículo, considere as afirmativas nem se exigirá fiança, se ele prestar pronto e integral socorro
abaixo. àquela.
I. O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando
luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de 12. A cada infração cometida são computados os seguintes nú-
iluminação pública. meros de pontos:
II. Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto I. LEVE: 2 pontos.
ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo. II. II: MÉDIA: 4 pontos.
III. O condutor utilizará o pisca-alerta no caso de chuva forte III. GRAVE: 5 pontos.
ou neblina. IV. GRAVÍSSIMA: 7 pontos.
IV. O condutor manterá acesas, à noite, as luzes baixas dos fa-
róis, quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou de- Qual está incorreta?
sembarque de passageiros. (A) Apenas I.
(B) Apenas II.
É correto o que se afirma em (C) Apenas III.
(A) I e II, apenas. (D) Apenas IV.
(B) III e IV, apenas. (E) Todas estão corretas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV. GABARITO

09. O Certificado de Registro de Veículo (CRV) é documento


obrigatório para proprietários de veículos automotores. A expedi- 1 D
ção de novo CRV deverá ser imediata quando
2 A
(A) ocorrer mudança de endereço no mesmo município.
(B) se alterar qualquer característica do veículo. 3 E
(C) houver transferência de propriedade. 4 B
(D) se extraviar nota fiscal fornecida pelo fabricante.
(E) da quitação de multas de trânsito. 5 A
6 D
10. De acordo com o CTB, constitui infração gravíssima 7 D
(A) atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substân-
cias. 8 A
(B) deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente 9 B
de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes.
(C) dirigir veículo com CNH ou permissão para dirigir de categoria 10 C
inferior à exigida para a condução do veículo que esteja condu- 11 E
zindo.
12 A
(D) ter o veículo imobilizado na via por falta de combustível.
(E) estacionar o veículo nas esquinas e a menos de cinco me-
tros do bordo do alinhamento da via transversal.
ANOTAÇÕES
11. De acordo com o CTB, assinale a opção correta acerca das ações ______________________________________________________
penais por crimes cometidos na direção de veículos automotores.
(A) Em nenhuma hipótese se admite a aplicação aos crimes de ______________________________________________________
trânsito de disposições previstas na lei que dispõe sobre os jui-
zados especiais criminais. ______________________________________________________
(B) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a ha-
bilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta como ______________________________________________________
penalidade principal, mas sempre de forma isolada, sendo ve-
______________________________________________________
dada a aplicação cumulativa com outras penalidades.
(C) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a ______________________________________________________
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor tem
a duração de dois anos. ______________________________________________________
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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