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Para este trabalho iremos descrever sobre o primeiro deles, que trata sobre
as cegueiras do conhecimento e da ilusão.
Morin inicia sua fala, á partir do conceito de uma educação onde não há
conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão. O
autor descreve que se poderia crer na possibilidade de eliminar o risco de erro,
recalcando toda afetividade. Dessa forma, a subjetividade relacionada ao processo
de interpretação dos estímulos ou sinais captados pelo sentido não induziria o
sujeito ao erro ou ilusão. Entretanto, a afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas
pode também fortalecê-lo, pois a faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou
mesmo destruída, pelo déficit de emoção. Fala sobre os erros mentais atesta ainda
a importância da fantasia e do imaginário para o ser humano, fato comprovado
fisiologicamente pela presença de apenas 2% de conexões neurocerebrais de
entrada e saída com o mundo exterior contra 98% referentes ao seu funcionamento
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O autor fala de outra fonte comum de erros, e afirma que nascem da cegueira
paradigmática. É o paradigma quem privilegia determinadas operações lógicas em
detrimento de outras, como a disjunção em detrimento da conjunção; é o que atribui
validade e universalidade à lógica que elegeu. Por isso mesmo, dá aos discursos e
às teorias que controla as características da necessidade e da verdade. O
paradigma é inconsciente, mas irriga o pensamento consciente, controlando-o.
A normatização das sociedades e suas doutrinas e ideologias dominantes dispõem,
igualmente, da força imperativa que traz a evidência aos convencidos e da força
coercitiva que suscita o medo inibidor nos outros, provocando também erros e
ilusões antagônicas ao conhecimento ideal. Este imprinting cultural marca os
humanos desde o nascimento. O imprinting é um termo proposto por Konrad Lorenz
para dar conta da marca indelével imposta pelas primeiras experiências do animal
recém-nascido (como ocorre com o filhote de passarinho que, ao sair do ovo, segue
o primeiro ser vivo que passe por ele, como se fosse sua mãe), um erro clássico e
natural.
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Referências: