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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA E APOIO AO ESTUDANTE – PINA

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHOS DA


IFBA, CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA

Projeto submetido ao edital de nº 006-2016


referente ao Projetos de Incentivo à
Aprendizagem - PINA, vinculados ao
Programa de Assistência e Apoio ao
Estudante – PAAE sob à coordenação da
professora, Juliana Gomes Messias Viegas
e orientação do professor, Jaime dos
Santos Filho.

Alunos: Luan Pereira Lessa- Graduando em Engenharia Elétrica


(luan.ifbalessa@gmail.com)
Mary Keila
(marykeila.c.p@gmail.com)

Vitória da Conquista – Bahia


Maio de 2017
1. INTRODUÇÃO

A ergonomia é uma área do conhecimento que tem como um de seus


principais objetivos a análise de situações de trabalho, a fim de definir
parâmetros e propostas de transformações que viabilizem o conforto, a
segurança e a eficiência no trabalho. Assim, projeta e/ou adapta situações de
trabalho, compatíveis com as capacidades e os limites do trabalhador
(ABRAHAO e ASSUNÇÃO, 2002).
A complexidade de muitas tarefas tem exigido do homem a manipulação
de uma grande quantidade de informações, obrigando-o a recorrer
constantemente ao uso de máquinas, principalmente o computador. Segundo
Albuquerque (2008), os riscos ergonômicos que têm maior relação com o uso
de computadores são: exigência de posturas estereotipadas, utilização de
mobiliário impróprio, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho
prolongadas, monotonia e repetitividade das operações. Além desses riscos,
as condições gerais do ambiente (iluminação, temperatura e ruído) têm grande
influência no comportamento dos trabalhadores podendo acarretar sérios
danos à saúde, além de comprometer o rendimento dos funcionários no
desenvolvimento dos seus trabalhos.
Couto e Zambalde (2006) salientam que a postura não natural do corpo
e as condições inadequadas para sentar podem causar um desgaste dos
discos vertebrais. Para se ter uma postura reclinada sem complicações é
necessário que o assento seja ergonomicamente correto, oferecendo um apoio
lombar adequado. O ambiente de trabalho precisa ser adequado ao homem e
à tarefa que ele vai desempenhar. Geralmente o que caracteriza o posto de
trabalho e seus constituintes físicos (mesas, cadeiras, teclados, etc.), sob a
ótica da ergonomia, é a sua flexibilidade, ou seja, sua capacidade de se
ajustarem às características específicas dos seus usuários (ALBUQUERQUE,
2008).
Dessa forma, a ergonomia entrou no mundo dos escritórios através do
projeto de estações de trabalho com computador (GRANDJEAN, 2005), já que
uma pessoa ficar durante toda sua jornada trabalhando somente com o
computador, tem seus movimentos restritos, sua atenção exigida, estará sujeito
2
a ficar com posturas mais desfavoráveis, a uma iluminação inadequada,
possibilitando assim o aparecimento de doenças relacionadas ao trabalho, tais
como: Bursite de cotovelo, síndrome do canal cubital, síndrome miofacial,
síndrome do turno do carpo e tenossinovite dos extensores dos dedos
(BRASIL, 2003).
É necessário, portanto, que o sistema homem-máquina esteja em
perfeita harmonia e que a aplicação dos conceitos ergonômicos possa
proporcionar um espaço de trabalho, cujas consequências garantam aos
ocupantes de cada posto, conforto, saúde, bem estar, além de produtividade.
Sabe-se que o índice de doenças relacionadas ao trabalho vem
crescendo nas últimas décadas. Isto demonstra que a atividade laboral,
quando realizada de forma inadequada ou em ambientes inapropriados, é
capaz de gerar problemas físicos, psíquicos ou ambos. Estes problemas, à
medida que se desenvolvem, transforma-se em doenças crônicas que muitas
vezes podem evidenciar-se somente quando o trabalhador torna-se
incapacitado.

2. JUSTIFICATIVA

As Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT)


constituem um grave problema a saúde pública, de alta e crescente incidência,
que apresentam dificuldades na forma de abordagem, na reabilitação e na
prevenção. Essa patologia é um conjunto de afecções das estruturas do
sistema osteomuscular, de origem ocupacional e decorrente de: uso repetitivo
de grupos musculares, uso forçado de grupos musculares, manutenção de
posturas estereotipadas que atingem principalmente os membros superiores, a
região escapular e o pescoço (BRASIL, 1998).
A DORT inicialmente foi evidenciada em digitadores, porém, com o
tempo passou a ser também diagnosticada em outras profissões. Conforme o
último Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), divulgado em 31 de
março de 2016, referente ao ano de 2014, esta abrangência da DORT fez com
que estes distúrbios se tornassem os tipos de doenças do trabalho mais

3
notificadas e que mais demandam atualmente, mais afastamentos Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS).
Assim, a utilização dos conceitos da Ergonomia na análise dos postos
de trabalho auxilia na prevenção de doenças ocupacionais, pois irá atuar para
adequar o trabalho ao homem, de modo a garantir o máximo de conforto,
segurança e eficácia no uso dos equipamentos/ferramentas.
Os principais agentes causais da DOR estão relacionados aos fatores de
riscos existentes nos postos de trabalhos que obrigam ao trabalhador ter
posturas estereotipadas, sobrecarga osteomuscular, exigências cognitivas e
fatores organizacionais e psicossociais desfavoráveis. Portanto, para que não
haja lesões musculares, dores e fadiga, levando a lesões às vezes
irreversíveis, os postos de trabalho devem estar adequados à população
usuária. Em virtude desta realidade, é necessário buscar uma melhor
adequação do posto de trabalho do IFBA, campus de Vitória da Conquista, aos
indivíduos que nele atuam, de acordo com os perfis populacionais e as áreas
de atuação profissional.

3. OBJETIVOS

3.1. GERAL
Avaliar, por uma abordagem ergonômica, os postos de trabalho do
IFBA, Campus de Vitória da Conquista-Bahia, com intuito em reconhecer as
condições inapropriadas e propor medidas corretivas.

3.2. ESPECÍFICOS
I. Identificar os riscos ergonômicos existentes nos postos de trabalho do
local estudado;
II. Propor ações intervencionistas para adequar os postos de trabalho aos
preceitos da ergonomia;
III. Elaborar um diagnóstico do cenário dos postos de trabalhos do IFBA,
Campus de Vitória da Conquista;

4
IV. Contribuir para o crescimento acadêmico, pessoal e profissional dos
bolsistas, estimulando o desenvolvimento de competências e
habilidades na área de ergonomia;
V. Ampliar os conhecimentos e o empenho dos bolsistas nas atividades
acadêmicas do Instituto.

4. METODOLOGIA

4.1 INTRODUÇÃO

Inicialmente foram passada várias ferramentas ergonômicas para que


houvesse um entendimento de qual ferramenta seria aplicado no campus e foi
pontuado que o check-list de Couto. Dentre todas ferramentas vistas o check-
list de Hudson Couto. O método de Hudson Couto é composto por 12 check-
list, estes questionários abordam as analises das condições dos trabalhadores
e dos postos de trabalho. Tem como objetivo combater e corrigir as possíveis
ocorrências de LER/ DORT. Pode-se pontuar algumas causas de LER/DORT,
que são:

 Posto de trabalho inadequado;

 Atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos;

 Posturas inadequadas;

 Repetição sistemática de um mesmo padrão de movimento;

 Falta de orientação;

Essa ferramenta foi escolhida por abranger todo o posto de trabalho e


por estar presente em uma fonte confiável. Através do check-list são abordados
perguntas, que tem a resposta negativa ou positiva, gerando uma variação de 0
a 1 respectivamente, podendo esses valores se inverterem de acordo com a
abordagem do questionamento. Ao fim do questionário somam-se as respostas
e tiram-se a porcentagem delas comparando, em seguida, com um padrão que
estabelece os critérios de avaliação que relata as condições ergonômicas em
cada posto de trabalho abordado pelo check-list.

5
O Checklist é uma alternativa ou um suplemento na condução de uma
análise de trabalho. Ele é normalmente direcionado para determinadas
situações. Assim, o Checklist tem como grande vantagem o fato de exigir que o
observador pesquise todos os itens, o que equivale a dizer que a chance de
que algum item específico seja esquecido, fica minimizado (COUTO,1996).

Criado por Couto (1996) O check-list de Couto tem um formato de


questionário e se a presenta na forma seguinte:

Avaliação da Cadeira
1 – Cadeira estofada – com espessura e maciez adequadas? Não (0) Sim (1)
2– Tecido da cadeira permite transpiração? Não (0) Sim (1)
3-Altura regulável e acionamento fácil do mecanismo de regulagem? Não (0) Sim (1)
4-A altura máxima da cadeira é compatível com pessoas mais altas ou Não (0) Sim (1)
com pessoas baixas usando-a no nível mais elevado?
5 – Largura da cadeira confortável? Não (0) Sim (1)
6 – Assento na horizontal ou discreta inclinação para trás? Não (0) Sim (1)
7 – Assento de forma plana? Não (0) Sim (1)
8 – Borda anterior do assento arredondada? Não (0) Sim (1)
9 – Apoio dorsal com regulagem da inclinação? Não (0) Sim (1)
10-Apoio dorsal fornece um suporte firme? Não (0) Sim (1)
11-Forma do apoio acompanhando as curvaturas normais da coluna? Não (0) Sim (1)
12-Regulagem da altura do apoio dorsal: existe e é de fácil utilização? Não (0) Sim (1)
13-Espaço para acomodação das nádegas? Não (0) Sim (1)
14-Giratória? Não (0) Sim (1)
15-Rodízios não muito duros nem muito leves? Não (0) Sim (1)
16-Os braços da cadeira são de altura regulável e a regulagem é fácil? Não (0) Sim (1)
Não se aplica (1)
17-Os braços da cadeira prejudicam a aproximação do trabalhador até Sim (0) Não (1)
seu posto de trabalho?
Não se aplica (1)
18-A cadeira tem algum outro mecanismo de conforto e que seja Não (0) Sim (1)
facilmente utilizável? *
19-Por amostragem,percebe-se que os mecanismos de regulagem de Não (0) Sim (1)
altura,de inclinação e da altura do apoio dorsal estão funcionando

6
bem?
Soma dos pontos:
Percentual

Avaliação da Mesa de Trabalho


1 – É o tipo de móvel mais adequado para a função que é Não (0) Sim (1)
exercida? *
2 – Dimensões apropriadas considerando os diversos tipos de Não (0) Sim (1)
trabalho realizados? (espaço suficiente para escrita, leitura,
consulta a documentos segundo a necessidade?)
3 – Altura apropriada? Não (0) Sim (1)
4 – Permite regulagem de altura para pessoas muito altas ou Não (0) Sim (1)
muito baixas?
5 – Borda anterior arredondada? Não (0) Sim (1)
6 – Material não reflexivo? Cor adequada, para não refletir? Não (0) Sim (1)
7 – Espaço para as pernas suficientemente alto, largo e profundo? Não (0) Sim (1)
(não considerar se houver suporte do teclado – ver avaliação
específica, adiante)
8 – Facilidade para a pessoa entrar e sair no posto de trabalho? Não (0) Sim (1)
(não considerar se houver suporte do teclado – ver avaliação
específica, adiante)
9 – Permite o posicionamento do monitor de vídeo mais para Não (0) Sim (1)
frente ou mais para trás e esse ajuste pode ser feito facilmente?
10 – A mesa tem algum espaço para que o trabalhador guarde Não (0) Sim (1)
algum objeto pessoal (bolsa, pasta ou outro?)
11 – Os fios ficam organizados adequadamente, não interferindo Não (0) Sim (1)
na área de trabalho?
12- A mesa de trabalho tem algum outro mecanismo de conforto e Não (0) Sim (1)
que seja facilmente utilizável? **
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Suporte do Teclado


1 – A altura do suporte do teclado é regulável e a regulagem é Não (0) Sim (1)

7
feita facilmente?
2 – Suas dimensões são apropriadas, inclusive cabendo o Não (0) Sim (1)
mouse?
3 – Sua largura permite mover o teclado mais para perto ou mais Não (0) Sim (1)
para longe do operador?
4 – O suporte é capaz de amortecer vibrações ou sons criados ao Não (0) Sim (1)
se digitar ou datilografar?
5 – O espaço para as pernas é suficientemente alto, profundo e Não (0) Sim (1)
largo?
6– Facilidade para a pessoa entrar e sair no posto de trabalho? Não (0) Sim (1)
7 – Há apoio arredondado para o punho, ou a borda anterior da Não (0) Sim (1)
mesa é arredondada? Ou o próprio teclado tem uma aba
complementar que funciona como apoio?
8 – O suporte de teclado ou seu mecanismo de regulagem tem Sim (0) Não (1)
alguma quina viva ou ponta capaz de ocasionar acidente ou
ferimento nos joelhos, coxas ou pernas do usuário?
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Apoio para os pés.


1 – Largura suficiente? Não (0) Sim (1)
2 – Altura regulável? Ou disponível mais de um modelo, com Não (0) Sim (1)
alturas diferentes?
3 – Inclinação ajustável? Não (0) Sim (1)
4 – Pode ser movido para frente ou para trás no piso? Não (0) Sim (1)
5 – Desliza facilmente no piso? Sim (0) Não (1)
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação da Portas-documento
1 – Sua altura, distância e ângulo podem ser ajustados? Não (0) Sim (1)

8
2 – O ajuste é feito com facilidade? Não (0) Sim (1)
3- Permite boa retenção ou fixação do documento? Não (0) Sim (1)
4 – Previne vibrações? Não (0) Sim (1)
5 –Possui o espaço suficiente para o tipo de documento de que Não (0) Sim (1)
normalmente o trabalhador faz uso?
6 – Permite que o usuário o coloque na posição mais próxima Não (0) Sim (1)
possível do ângulo de visão da tela e que possa ser usado nessa
posição?
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Teclado
1 – É macio? Não (0) Sim (1)
2 – As teclas têm dimensões corretas? Não (0) Sim (1)
3 – As teclas têm forma côncava, permitindo o encaixe do dedo? Não (0) Sim (1)
4- Tem mecanismo de inclinação? Não (0) Sim (1)
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Monitor de Vídeo


1- Está localizado na frente do trabalhador? Não (0) Sim
(1)
2- Sua altura está adequada? Não (0) Sim
(1)
3- Há mecanismo de regulagem de altura disponível e este ajuste Não (0) Sim
pode ser feito facilmente? (1)
4 – Pode ser inclinado e este ajuste pode ser feito facilmente? Não (0) Sim
(1)
5 – Tem controle de brilho ou de iluminação da tela? Não (0) Sim
(1)
6 – Há tremores na tela? Sim (0) Não
(1)

9
7 – A imagem permanece claramente definida em luminância Não (0) Sim
máxima? (1)
8 – É fosco? Não (0) Sim
(1)
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Gabinete e CPU


1 – Toma espaço excessivo no posto de trabalho? Sim (0) Não (1)
2 – Transmite calor radiante para o corpo do trabalhador? Sim (0) Não (1)
3 – Gera nível excessivo de ruído? Sim (0) Não (1)
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Notebook e Acessórios para o seu uso


1 – Há disponibilidade de um suporte para elevar a tela do Não (0) Sim (1)
equipamento até a altura dos olhos, um teclado externo e um
mouse externo?
2 – É leve (menos que 2,0 kg)? Não (0) Sim (1)
3 – O teclado mais frequentemente utilizado (do notebook ou o Não (0) Sim (1)
auxiliar) possui teclas em separado para a função de PgUp,
PgDn, Home e End?
4 – O teclado do notebook possui a mesma configuração do Não (0) Sim (1)
teclado do desktop?
Não se aplica (1)
5- As teclas têm dimensão semelhante às dos teclados de Não (0) Sim (1)
desktop?
6 – As teclas têm forma côncava, permitindo o encaixe do dedo? Não (0) Sim (1)
7- O teclado tem inclinação (de forma que as teclas mais distantes
do corpo do usuário fiquem ligeiramente mais elevadas)?
8- A tela tem dimensão de 14 polegadas ou mais? Não (0) Sim (1)
9- A tela é fosca? Não (0) Sim (1)

10
10- Tem dispositivos para inserção de vários tipos de mídia Não (0) Sim (1)
disponíveis?
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação da Interação e do Leiaute


1 – Está o trabalhador na posição correta em relação ao tipo de Não (0) Sim (1)
função e ao leiaute da sala?
2 – Há uma área mínima de 6 metros quadrados por pessoa? Não (0) Sim (1)
3- O local de trabalho permite boa concentração? Não (0) Sim (10
4 – Quando necessário ligar algum equipamento elétrico, as Não (0) Sim (1)
tomadas estão em altura de 75 cm?
5 – Quando necessário usar algum dispositivo complementar, o Não (0) Sim (1)
acesso aos respectivos pontos de conexão no corpo do
Não se aplica (1)
computador é fácil?
6 – Há algum fator que leve à necessidade de se trabalhar em Sim (0) Não (1)
contração estática do tronco?
7 – No caso de necessidade de consultar o terminal enquanto Não (0) Sim (1)
atende ao telefone, um equipamento tipo headset está sempre
disponível? Em número suficiente?
8 – Há interferências que prejudicam o posicionamento do corpo – Sim (0) Não (1)
por exemplo, estabilizadores, caixas de lixo, caixas e outros
materiais debaixo da mesa? CPUs?
9 – O sistema de trabalho permite que o usuário alterne sua Não (0) Sim (1)
postura de modo a ficar de pé ocasionalmente?
10 – O clima é adequado (temperatura efetiva entre 20ºC e Não (0) Sim (1)
23ºC)?
11 – O nível sonoro é apropriado (menor que 65 dBA)? Não (0) Sim (1)
Soma dos pontos:
Percentual
Interpretação:

Avaliação do Sistema de Trabalho

11
1 – Caso o trabalho envolva uso somente de computador, existe Não (0) Sim (1)
pausa bem estabelecida de 10 minutos a cada 50 minutos
Não se aplica (1)
trabalhados?
2 – No caso de digitação, o número médio de toques é menor que Não (0) Sim (1)
8.000 por hora? Ou no caso de ser maior que 8.000 por hora, há
Não se aplica (1)
pausas de compensação bem definidas?
3 - Há pausa de 10 minutos a cada duas horas trabalhadas? Ou Não (0) Sim (1)
verifica-se a possibilidade real de as pessoas terem um tempo de
descanso de aproximadamente 10 minutos a cada duas horas
trabalhadas?
4- O software utilizado funciona bem? Não (0) Sim (10
Soma dos pontos:
Percentual

Avaliação da Iluminação do Ambiente


1 – Iluminação entre 450 – 550 lux? Não (0) Sim (1)
2-Para pessoas com mais de 45 anos está disponível iluminação Não (0) Sim (1)
suplementar?
Não se aplica (1)
3-A visão do trabalhador está livre de reflexos? (ver tela, teclados, Não (0) Sim (1)
mesa, papéis, etc...)?
4-Estão todas as fontes de deslumbramento fora do campo de Não (0) Sim (1)
visão do operador?
5-Estão os postos de trabalho posicionados de lado para as Não (0) Sim (1)
janelas?
Não há janelas (1)

6 – Caso contrário, as janelas têm persianas e cortinas? Não (0) Sim (1)
Não se aplica (1)
Insuficientes (0)

7– O brilho do piso é baixo? Não (0) Sim (1)


8– A legibilidade do documento é satisfatória? Não (0) Sim (1)
Soma dos pontos:

12
Percentual

Um questionário de avaliação dos postos de trabalho foi entregue aos


dois aplicadores, que realizaram uma leitura crítica da ferramenta para
entendimento de todas as perguntas e informações que restringem ou não a
utilização de determinadas partes do método e ainda para fornecer a base de
sustentação a respeito do tema.

Como o projeto se propõe a analisar e propor melhorias ao campus do


IFBA Vitoria da Conquista foi inicialmente mapeado os seguintes ambientes
que contem varias salas para analisarmos a possível contemplação dos postos
de trabalho para consequentemente aplicação do check-list:

 Prédio administrativo;
 Administrativo;
 Almoxarifado;
 Setor de aquisições;
 Comunicação;
 Núcleo de planejamento;
 DOF;
 DIREH;
 CAENS;
 DIADS;
 COTEX;
 DIADS;
 CLP;
 NUPLAN;

 Prédio da Diretoria;
 Gabinete da Diretoria;
 Recepção;
 Diretoria de Ensino;

 Biblioteca;

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 Prédio dos órgãos de gestão interna;
 COTEP;
 CORES;
 Psicóloga;
 Serviço médico;

 Sala das coordenações;

 Assistência social;

 Laboratórios;

 CVT;

 Salas dos terceirizados;

 Salas dos professores;

Foram analisadas várias dificuldades para a aplicação do método em


todos os ambientes mapeados, alguns pelo simples motivo de não se
enquadrar com a analise pré-determinada pelos aplicadores, outros ambientes
eram praticamente indisponíveis ao acesso mesmo sendo utilizado
esporadicamente como postos de trabalhos, como exemplo o prédio do CVT.

4.2 COLETAS DE DADOS

Realizamos coletas de dados por observação para identificar e registrar


riscos ergonômicos nos postos de trabalho. A partir dos resultados do
questionário e da aplicação do método ergonômico de avaliação, iram ser
recomendadas determinadas medidas de correção e de adequação do posto
de trabalho aos funcionários, que se adotadas podem contribuir para o

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conforto, evitar o desenvolvimento de doenças ocupacionais e aumentar a
produtividade.

Para a aplicação do proposto projeto, dois alunos foi utilizado como


aplicadores do método de coleta de dados a parti do check-list de Couto.
Inicialmente ambos aplicadores coletaram dados no mesmo posto de trabalho
pra a aprendizagem e rotina com o método de coleta e para um tirar duvida do
outro. Depois tiramos as duvidas do projeto das primeiras aplicações para que
facilitasse a aplicação nos postos seguintes. Duvidas devidamente tirada,
continuamos a recolher dados para uma síntese de problemas no campus.
Importante salientar que nem todos os subconjuntos de perguntas presente no
check-list de Couto foram utilizados nos postos de trabalho por não se
enquadrar ou por uma dificuldade técnica de equipamentos e aplicação. Dos 12
blocos de perguntas foram utilizada 8 blocos que totalizaram 65 perguntas que
nortearam as analises. Os blocos utilizados foram:

1. Avaliação da cadeira;
2. Avaliação da mesa;
3. Avaliação do teclado
4. Avaliação do monitor de vídeo;
5. Avaliação do gabinete da CPU;
6. Avaliação do leiaute;
7. Avaliação do sistema de trabalho;
8. Avaliação do sistema iluminação;

Como os postos de trabalhos a serem analisados são de um órgão


público a tendência que as mobílias, como mesas, cadeiras, e os
equipamentos como computadores e telefones sejam iguais para varias salas,
pois tendem a ser compradas em grande quantidade independente da
demanda e dos diferentes leiautes presentes em uma mesma instituição. Como
podemos ver nas figuras 1 e 2 as mesas, cadeiras e computadores são muitos
iguais em vários postos , mesmo ocorrendo algumas diferenças como podemos
ver nas figuras 2 e 3.

15
Figura 1 e 2. Postos de trabalhos diferentes com equipamentos iguais.

16
Figuras 3 e 4. Postos de trabalhos diferentes com equipamentos diferentes.

Outros problemas foram diagnosticados ao aplicar do método, o


principal era o desencontro dos aplicadores com os funcionários nos postos de
trabalhos, não podendo assim aplicar as perguntas para as coletas de dados,
mas houve a coleta de mais de 60% dos postos mapeados para serem
aplicados. Foram coletados dados nos seguintes postos, salientando que um
mesmo lugar pode possuir mais de um posto:
 Almoxarifado;
 Comunicação social;
 Reprografia;
 Biblioteca;
 Protocolo;
 Auditória – Cabine de Projeção/Audiovisual;
 CAENS - Coordenação de Apoio ao Ensino;
 COPEX - Coordenação de Pesquisa e Extensão;
 CORES - Coordenação de Registros Escolares;
 DIREH - Divisão de Recursos Humanos;
 DOF – Departamento Orçamento e Finanças;
 NUPLAN – Núcleo de Planejamento;
 COTEP – Setor pedagógico;
 Sala das coordenações;

5. RESULTADOS
Após as coletas, uma planilha foi criada para agilidade da apuração de
dados e criação de gráficos para expor melhor os dados coletados. 65

17
perguntas foram feitas correspondendo a totalidade de 100%, para serem
analisadas a parti de variações da porcentagem pelos índices predeterminados
pelo check-list, como podemos ver na figura 5.

Figura 5. Índices de classificação dos postos de trabalho.

Para melhor compreensão e diagnostico geral criamos um sistema de


cores que legenda as pontuações pelas condições, excelente e boa como uma
condição verde de trabalho, condições ruim e péssima como condição
vermelha e condição razoável condição amarela. Como podemos ver na figura
6.

Figura 6. Quadro legenda do mecanismo de avaliação/ Sistemas de cores.

Como o campus passou por um processo de paralisação e atrasos


ocorreram no processo, avaliamos o campus como um todo para bloco por
bloco para uma recomendação de melhorias e reparos pontual a cada bloco.
Assim segue os gráficos que mostram as avaliações dos 9 blocos de perguntas
de todos os ambientes coletados:

18
90 82.93
80
70
60
50
40
30
20 15.76
10
0

Gráfico 1. Bloco de perguntas 1- avaliação da mesa.

70 66.44

60

50

40

30

20

10 7.97

Gráfico 2. Bloco de perguntas 2- avaliação do teclado.

90
81.76
80

70

60

50

40

30

20

10
3.27
0

Gráfico 3. Bloco de perguntas 6- avaliação do teclado.

19
80 74.66
70

60

50

40

30

20

10 5.97

Gráfico 4. Bloco de perguntas 7- avaliação do monitor de vídeo.

90 84.68
80

70

60

50

40

30

20

10
2.54
0

Gráfico 5. Bloco de perguntas 8- avaliação do gabinete da CPU.

60
53.56
50

40

30

20

10 5.89

Gráfico 6. Bloco de perguntas 10- avaliação do leiaute.

20
100
90 87.16

80
70
60
50
40
30
20
10
3.49
0

Gráfico 7. Bloco de perguntas 11- avaliação do sistema de trabalho.

80

70 66.89

60

50

40

30

20

10 5.35

Gráfico 8. Bloco de perguntas 12- avaliação da iluminação.

Com os percentuais devidamente calculados, como podemos ver nos


gráficos do 1 ao 8, colocamos em pratica a avaliação a parti das condições
verde, vermelha e amarela e o resultado do campus para cada bloco podemos
observar na figura 7.

21
AVALIAÇÃO DA CADEIRA 83 % CONDIÇÃO VERDE
CONDIÇÃO ERGONOMICA BOA.

AVALIAÇÃO DA MESA 66% CONDIÇÃO AMARELA


CONDIÇÃO ERGONOMICA RAZOÁVEL.

84%
AVALIAÇÃO DO TECLADO CONDIÇÃO VERDE
CONDIÇÃO ERGONOMICA BOA.

AVALIAÇÃO 74% CONDIÇÃO VERDE


MONITOR DE VIDE CONDIÇÃO ERGONOMICA BOA.

84%
AVALIAÇÃO CONDIÇÃO VERDE
DO GABINETE DO CPU CONDIÇÃO ERGONOMICA BOA.

AVALIAÇÃO DO LEIAUTE 53% CONDIÇÃO AMARELA


CONDIÇÃO ERGONOMICA RAZOÁVEL.

AVALIAÇÃO 87% CONDIÇÃO VERDE


DO SISTEMA DE TRABALHO CONDIÇÃO ERGONOMICA BOA.

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO 66% CONDIÇÃO AMARELA


CONDIÇÃO ERGONOMICA RAZOÁVEL.

FIGURA 7. QUADRO INTERPRETATIVO BLOCO DE AVALIAÇÃO CONDIÇÃO DE CORES.

22
Assim podemos observar que os riscos ergonômicos no campus não
são acentuados pela analise de condições de cores, salientando que nos
blocos de mesa, mesmo com a compra de novas mesas as mesas antigas
ainda mantém condições que prejudicam a locomoção e posicionamento de
objetos na mesa ocasionando desconforto como podemos obsevar na figura 3.
Quando nos referimos ao leiaute, o campus, como quase todos os órgãos
públicos, monta e disponibiliza um ambiente de trabalho pela necessidade e
não por uma analise ergonômica antes da modelagem de espaço. Quando é o
quesito de iluminação, novos pontos de luz e novas janelas poderiam ser
instalados em alguns postos e persianas ou cortinas poderiam ser instaladas
em outros, pois a divergência de ambientação no campus é grotesca.
Já dando uma parecer do campus na totalidade teremos o seguinte
resultado:

PERCENTUAL TOTAL
80
70
60
50
40 74.76
30
20
10
0
CONDIÇÃO VERDE

GRAFICO 9. Percentual total do campus.

Assim sendo agraciada com aproximadamente 75% de condições,


ficou condicionada pelo sistema de cores como uma condição verde e pelo
check-list de Couto como tendo uma condição ergonômica boa.

6. CONLUSÃO

O check-list é uma ferramenta pratica e funcional, para analise do


ambiente de trabalho, com fácil interpretação dos resultados. Com este método
é possível detectar o grau de risco ao que o trabalhador esteja exposto, assim
podendo se montar planos de ação para prevenção de riscos ergonômicos.
Criando um ambiente seguro para o colaborador e capaz de manter o bom
ritmo de trabalho, com a redução ou até a eliminação de possíveis riscos.
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7. REFERÊNCIAS

ABRAHAO, J. I., ASSUNÇÃO, A. A. A concepção de postos de trabalho


informatizados visando a prevenção de problemas posturais. Revista de
Saúde Coletiva da UEFS. Feira de Santana: v.1, n.1, 2002: 38-45.

ALBUQUERQUE, M. E. E. Avaliação ergonômica de ambientes informados;


um estudo de caso.In: XVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção,
1998, Niterói. Anais do XVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção,
1998.

BRASIL, INSS. Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho.


Brasília: MTE; 1998.

BRASIL. Ministério da Previdência Social. Instrução Normativa nº 98, de 23


de dezembro de 2003.

COUTO, H. A. Checklist para análise das condições do posto de trabalho


ao computador. 2007.

COUTO, G. O.; ZAMBALDE, A. L. Ergodesign: um estudo de caso nos


laboratórios de informática de instituições de ensino superior de Lavras.
Revista Pesquisa e Desenvolvimento Engenharia de Produção. n.5, p. 52 –
63, Jun 2006.

GRANDJEAN, ETIENNE. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao


homem. São Paulo: Bookman, 1998.

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