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CORONAVÍRUS (HTTPS://WWW1.FOLHA.UOL.COM.

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Bares em SP abrem à noite sem aglomerações e com


pouco movimento
Governo do estado liberou abertura até as 22h, mas maior movimento é esperado
no fim de semana

6.ago.2020 às 20h23

Guilherme Botacini (https://www1.folha.uol.com.br/autores/guilherme-botacini.shtml)

SÃO PAULO As calçadas da Vila Madalena em São Paulo, acostumadas com


aglomerações de pessoas e mesas antes da pandemia, estavam vazias no
primeiro dia em que bares e restaurantes puderam abrir de noite na cidade
desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Diferente das imagens vistas no começo de julho no Leblon, no Rio de


Janeiro (https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/bares-do-leblon-ficam-lotados-no-primeiro-dia-de-
abertura-apos-tres-meses.shtml), o movimento foi baixo e as poucas pessoas nas

calçadas, em sua maioria fumantes, voltavam rapidamente para as mesas na


área interna do bar que frequentavam.

O governo do estado liberou bares e restaurantes para abrirem até as 22h,


por no máximo 6h. Antes, só até 17h.

Os donos dos estabelecimentos procurados pela Folha afirmam que


esperavam um aumento de 50% no faturamento com o novo horário de
abertura.

"Isso é um terço do que faturávamos, ainda não fecha a conta", disse


Humberto Munhoz, sócio do bar O Pasquim. O movimento nesta noite de
quinta (6), no entanto, estava dentro do esperado pelo bar.

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No fim de semana, que costuma ter mais clientes e ainda terá a transmissão
da final do campeonato paulista de futebol masculino, o bar espera faturar
mais. Ele afirma que funcionários não foram demitidos durante a pandemia.

Bares no bairro Vila Madalena tiveram pouco movimento no primeiro dia de abertura à noite -
Adriano Vizoni/Folhapress

Duas mudanças são defendidas pelos donos de estabelecimentos ouvidos


pela Folha: mais tempo de abertura e a possibilidade de ocupação de
calçadas com mesas e cadeiras, respeitados protocolos de distanciamento.

"Com isso, estimamos chegar a metade do faturamento de antes da


pandemia, o que já melhora bastante", diz Munhoz. "Este ano, ninguém está
pensando em lucro", completa.
A maioria tinha álcool em gel e medição da temperatura de clientes na
entrada, regra para reabertura.

No Ponto X da Vila, sem clientes, o garçom Kleber Rodrigues afirma que a


mudança de horário ainda é pouco para que o faturamento melhore.

O bar ficou três meses fechado e demitiu funcionários. De dia, o


estabelecimento faz delivery de comida.

Rodrigues afirma que não tem receio da volta do funcionamento noturno,


que costumava reunir grupos grandes pessoas. Segundo ele, o bar segue os
protocolos sanitários exigidos. “É só nos precavermos, igual fazemos em
casa, em qualquer lugar”, diz.

Ruth Cazal, que bebia com uma amiga no O Pasquim, mora fora do país e
está em São Paulo apenas por uns dias. “Estamos nos expondo de qualquer
forma, mesmo quando pedimos comida em casa. Não vejo nada errado se
seguirmos todas as recomendações”, afirmou sobre a volta do horário
noturno de funcionamento dos bares.

O novo horário foi anunciado pelo governador João Doria (PSDB) em


entrevista nesta quarta (5) e vale apenas para regiões de saúde do estado que
estejam na fase amarela do Plano SP há pelo menos duas semanas.

Além do limite de 6 horas, os estabelecimentos devem funcionar com apenas


40% de sua capacidade máxima, e os clientes não podem ficar em pé. As
mesas seguem as recomendações de distanciamento umas das outras, e a
entrada no bar só pode ser feita após aferição de temperatura na entrada.

Segundo o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), já havia entendimento


da Vigilância Sanitária da cidade para funcionamento dos bares até 22h
antes do anúncio do governador.

Alguns estabelecimentos da região central de São Paulo devem receber um


projeto piloto que permitirá o uso das calçadas para mesas e cadeiras, que
será avaliado e estendido, se forem respeitados os protocolos e caso não haja
aglomerações.
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ENDEREÇO DA PÁGINA

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/08/bares-em-sp-abrem-de-
noite-sem-aglomeracoes-e-com-pouco-movimento.shtml

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