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Nº de Horas: 30
Curso Profissional de Técnico de Restauração
Nível IV- 12º Ano Portaria nº 1319 / 06 de 23 / 11)
Índice
1. Caracterização da Disciplina ..................................................................................... 4
2. Visão Geral do Programa .......................................................................................... 4
3. Competências a Desenvolver .................................................................................... 5
4. Apresentação ............................................................................................................. 6
5. Objectivos de Aprendizagem .................................................................................... 6
6. Âmbito dos Conteúdos .............................................................................................. 6
7. Bibliografia / Outros Recursos .................................................................................. 7
8. Introdução…………………………………………………………………………...8
9. Caldos
9.1. Caldos de Galinha……………..……………...………………………………9
Caldo de Galinha Escuro…………………………………………………….10
Caldo Branco………………………………………………….......................12
9.2. Caldo de Vitela…………………...…………………………………..………13
9.3. Caldo de Peixe ……………………………………………………………… 15
10. Molhos……………………………………………………………………………...18
11. Organograma dos Fundos de cozinha e Molhos derivados………………………...20
11.1 Fundos Escuros e derivados…………………………………………………..20
11.2 Fundos Claros e derivados…………………………………………………….21
11.3 Fundos de peixe, marisco e derivados………………………………………...21
11.4 Outros Molhos Base e Derivados……………………………………………..22
12. Técnicas básicas para a preparação de molhos……………………………………..24
12.1. Bater………………………………..…………………………………………24
12.2. Escumar....……………………………………………………………………24
12.3. Ao coar……………………………………………………………………….25
12.4. A redução……………………………………………………………………..25
12.5. Desincrustar…………………………………………………………………..25
Serviços Específicos
Cozinha / Pastelaria
Módulo 5
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1. Caracterização da Disciplina
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3. Competências a Desenvolver
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4. Apresentação
Neste módulo pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre: caldos (no
contexto de base para molhos); fundos de cozinha; fumets; molhos de base e seus
derivados; aveludados e manteigas compostas. Pretende-se, ainda, que os alunos
reconheçam a importância dos molhos na cozinha.
5.Objectivos de Aprendizagem
_ Identificar os principais fundos de cozinha, molhos de base e seus derivados;
_ Identificar as diversas manteigas compostas, assim como as suas aplicações na
cozinha;
_ Elaborar fichas técnicas acerca de: fundos de cozinha; molhos e seus derivados e
manteigas compostas.
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Revistas da Especialidade:
Intermagazine
Portugal Gastronómico
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8. Introdução
Um caldo bem feito é a base de um bom molho ou de uma boa sopa - é o que lhos
dá sabor e textura. Conforme o tipo de molho ou sopa que se quer preparar, o
cozinheiro vai precisar de manteiga, natas, azeite ou vinagre de boa qualidade, mas
na maioria dos casos o fundamental para um bom molho ou uma boa sopa é um caldo
transparente com o gosto do seu ingrediente principal, bem como o de outras
substâncias que entrem na sua preparação. Os caldos desempenham um papel
fundamental na cozinha, em especial na do restaurante. Os restaurantes utilizam as
melhores peças de carne e os melhores peixes - como bifes e costeletas, linguado e
robalo - que se cozinham rapidamente. Tudo o que estiver pouco tempo ao lume, por
exemplo carnes vermelhas mal passadas, fica tenro e preserva a sua textura. O único
defeito dessa cozinha de luxo, preparada na altura de servir, é não chegar a
intensificar, a apurar, o sabor da carne ou do peixe. Só se obtêm sabores intensos com
uma cozedura prolongada e completa. Em culinária, a textura e o aroma devem ser
sempre equilibrados. Uma cenoura pouco cozida retém a sua textura crocante, mas é
pouco saborosa se a compararmos com uma cozinhada até ficar quase desfeita mas
com um gosto forte. O truque é tentar aliar as vantagens das duas possibilidades.
Sabor concentrado Na cozinha francesa clássica, o sabor pouco forte das peças
submetidas a uma cozedura rápida, como um peito de galinha ou um filete de pregado
grelhados, é compensado pelo molho que o acompanha. Todos os ossos e aparas são
utilizados na preparação de caldos com um sabor muito concentrado, utilizados para
esse fim, bem como para enriquecer sopas que de outro modo consistiriam apenas em
amido e legumes. Os humildes ingredientes que deitamos na panela do caldo têm uma
importância decisiva em culinária. O cozinheiro deve resistir à tentação de usar tudo
aquilo de que se quer ver livre. Os ossos de carne têm que ser torrados
cuidadosamente, para não escurecerem, o que daria um gosto ácido ao caldo; as
espinhas do peixe devem "suar" levemente em azeite ou manteiga para que a cor
escureça um pouco. Esse processo, tecnicamente designado por reacção de Maillard,
altera as proteínas presentes à superfície, caramelizando-as para um sabor diferente e
mais pronunciado. É isso que faz a diferença entre, digamos, uma galinha cozida e
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9. Caldos
9.1. Caldos de Galinha
Há quem diga que tanto os legumes como os ossos devem ser torrados até
ficarem castanhos, mas eu acho isso desnecessário. A relação entre os ossos
muito ou pouco torrados e o caldo obtido é igual à relação entre os grãos de café
muito ou pouco torrados e a bebida produzida. Mais significa mais forte, mas
talvez também mais amargo.
A proporção entre ossos e água aqui indicada é apenas uma orientação, pois
quanto mais ossos, melhor, em especial se quiser um caldo bem forte. A cozedura
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Um caldo feito com pele e ossos finos pouco gosto terá. Os melhores são feitos
com a carcaça inteira, crua ou cozinhada e cortada aos pedaços, ou as asas.
De uma maneira geral obtêm-se carcaças inteiras gratuitamente nos talhos que vendem
bifes e peitos de galinha. Se não conseguir arranjar ossos, pode comprar aves para
cozer a preços muito económicos. Essas são em geral aves mais velhas. A carne não é
muito boa, mas coza-as até se desfazerem porque dão muito sabor e consistência ao
caldo.
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3. Adicione esse líquido aos ossos torrados que deitou na panela. Junte a restante
água e deixe levantar fervura.
5 Coe o líquido para um jarro ou tigela e deixe o conteúdo da panela repousar uns
minutos. O caldo que ainda estiver agarrado aos ossos vai acumular-se no fundo.
Junte-o ao da tigela
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6 Deixe o caldo arrefecer - cubra com um pano da loiça, se necessário. Quando ele
se encontrar à temperatura ambiente, retire a gordura que ainda encontrar à
superfície, depois leve ao frigorífico. Depois de frio, o caldo deve ter uma
consistência gelatinosa; quanto mais ossos da perna usar, mais gelatinoso ele fica.
O caldo branco é feito com ossos não torrados e é ideal para molhos claros e
aveludados, óptimos para acompanhar galinha cozida. Tem um sabor mais subtil
do que o caldo de galinha, é mais oleoso e turvo, porque não se dá a eliminação de
gordura através da torra. Não junte a nenhum caldo sal nem condimentos fortes.
3 Litros de água
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1 Coloque os ossos numa panela ou caçarola grande e deite em ama a água. Leve
ao lume a levantar fervura.
3 Coe o líquido obtido para dentro de uma tigela ou jarro e deixe arrefecer.
Quando o caldo estiver frio, guarde-o no frigorífico de um dia para o outro. De
manhã a maior parte da gordura formará uma camada sólida à superfície. Retire-
a com uma colher e depois volte a ferver o caldo para eliminar qualquer gordura
remanescente. Se o guardar no frigorífico para usar mais tarde, o caldo ficará
gelatinoso.
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Deixe as espinhas "suar" em manteiga para ficarem com um gosto mais acentuado
antes de lhes juntar água. Têm tendência a pegar ao fundo, portanto vá raspando
com urna colher durante o processo.
O caldo de peixe é o menos versátil, pois só liga bem com peixe, enquanto que o
de galinha fica bem quer com pratos de galinha quer com peixe ou legumes.
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25 g de manteiga
1 alho-francês picado
1 cebola picada
3 litros de água
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o dashi com caldo de galinha ou peixe. Se encontrar à venda flocos de bonito e algas
kombu pode preparar o seu próprio dashi.
Não o deixe ferver muito tempo, pois a evaporação concentra o caldo, tornando-o
menos delicado.
10. Molhos
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engrossados com sangue de animais, embora sejam hoje raros. Muitos molhos
complexos estão na base da grande cozinha francesa e são o ponto máximo de
qualquer festa ou recepção. A sua preparação pode ser demorada, mas em
termos de sabor favorecem realmente o prato.
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do tempero, que por sua vez depende inteiramente das papilas gustativas do
cozinheiro. Um bom molho deve ser provado várias vezes enquanto está a ser
preparado.
A todos bom apetite, e que cheguem ao fim, a conhecer e a apreciar molhos
deliciosos.
11. Organograma dos Fundos de cozinha e Molhos derivados
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Molho alemão
Molho poulette
Molho Albufeira
Fundo de Marisco
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Fumet de Peixe
Molho Joinville
Molho Holandês
Molho Foyot
Molho Dijon
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Molho Maionese
Molho Béchamel
Molho Cocktail
Molho Mornay
Molho Ravigote
Molho Natas
Molho Tártaro
Molho Musseline
Molho Verde
Molho Andaluz
Molho Glocester
Molho Russo
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Para fazer bem um bom molho preciso dominar as técnicas que se seguem de
acordo com o tipo de alimento que se quer preparar. As técnicas não são difíceis e
garantem resultados sublimes. É indispensável ter à mão equipamento como varas
de arames, espátulas, escumadeiras e passadores finos. É fundamental utilizar a
peça certa e com as medidas adequadas à tarefa que temos em mãos - não há
dúvida de que isso facilita muito as tarefas culinárias, em especial a preparação de
molhos.
12.1. Bater rapidamente é uma maneira de
emulsionar e combinar os ingredientes, de arejar,
tornando mais leves, os molhos que eram gemas de
ovos ou natas, bem como de tornar os molhos brancos
homogéneos e brilhantes. Use uma vara de arames ou
uma vara de espiral achatada.
Para incorporar o máximo de ar, dirija e rara do fundo
da tigela, ou caçarola, para cima, dando-lhe a volta e por fim atravessando o seu
centro em linha recta.
Os molhos cozinhados que contêm lemas de ovo são geralmente batidos numa
tigela colocada dentro de um tacho com água a ferver para não talharem.
12.2. Escumar, uma das fases mais importantes e
muitas vezes subestimada da preparação de molhos,
é uma forma de limpar um molho de gordura,
espuma e outras impurezas, que podem afectar o seu
gosto e o seu aspecto.
Faça-o regularmente ao longo do processo de
cozedura, retirando com uma escumadeira achatada
e perfurada a espuma e as impurezas que emergirem
à superfície do molho.
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13.3. Roux
Manteiga e farinha misturadas ao lume servem para dar
espessura a molhos como o béchamel. Derreta a
manteiga numa caçarola até ela ficar em espuma, junte
igual peso de farinha e deixe cozinhar, mexendo sempre,
uns 40 segundos. Vá adicionando leite mexendo até
obter um molho espesso.
13.4. Manteiga
Se acrescentar manteiga gelada a um molho quente, ele
ficará consistente e brilhante. Certifique-se de que a
manteiga não aquece muito, para o molho não talhar.
Retire o molho do lume e junte-lhe, pouco e pouco sem
parar de mexer, cubos de manteiga sem sal bem gelada.
13.5. Pão
Por vezes os molhos são engrossados com pão - o molho
de pão é um bom exemplo. Na região do Mediterrâneo,
é frequente usar-se pão, além de frutos secos, em molhos
como o tarator turco, a salsa di noci italiana ou o
romesco espanhol.
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