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Um legume é a parte comestível dos vegetais. Esta definição deve ser estendida
aos fungos comestíveis, alguns dos quais são cultivados (cogumelo Paris, shii-take, etc.)
e algumas algas, cujo consumo está mais desenvolvido no Extremo Oriente. O termo
refere-se também por metonímia a hortaliça.
Categorias de Legumes
Legumes - folhas, por vezes, apenas a lâmina ou pecíolo. A alface, por exemplo,
é um legume no qual se come a folha, mas existem outros como o espinafre, a couve, o
aipo.
Legumes - Caule, comem-se partes do tronco, exemplos são: os aspargos, brotos
de bambu, alho, cebola, etc.
A cor vermelha / azul nas frutas e certos vegetais (por exemplo, amoras e
repolho roxo) são devidos a antocianinas, que são sensíveis a mudanças no pH. Quando
ele é neutro, os pigmentos são roxos, vermelhos quando o pH é ácido e azul quando ele
é básico. Estes pigmentos são muito solúveis em água.
Conservação de Legumes
Mais que nenhum outro alimento, as verduras inspiram os cozinheiros pela sua
variedade, que refletem séculos de experiências com plantas comestíveis originárias dos
mais diversos lugares da Terra e agora conhecida e aceites em todo o mundo.
O processo iniciou-se na antiguidade, quando Roma se encontrava no seu apogeu.
A alface, até então limitada à Ásia Menor, os pepinos originários da Índia, já então se
cultivava nas hortas das periferias desta grande urbe.
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Por sua vez, os romanos levaram para as suas colónias do Norte sementes e raízes
procedentes das quintas Itálicas. Foi portanto graças às grandes conquistas que os
cozinheiros desfrutam hoje em dia de uma ampla variedade de hortaliças. No século VII
os exércitos muçulmanos atravessaram o norte de África e nos princípios do século VIII
ocupavam a Península Ibérica. Durante a sua larga permanência no nosso país
introduziram, entre outras verduras, as beringelas, os espinafres procedentes da Ásia,
assim como uma cozinha refinada, pobre em carne e muito rica em hortaliças.
Séculos mais tarde, os próprios portugueses se converteram por sua vez em
conquistadores, cruzando o Oceano e colonizando um pouco por todo o mundo e as
plantas e sementes que levaram consigo, de regresso à Pátria – tomates, pimentos,
feijão, milho batatas, café, cacau etc. – resultaram num tesouro muito mais duradoiro
que todo o ouro proporcionado pelo comércio desse tempo.
Ao largo da história, os agricultores de todo o mundo têm empregado sempre uma
seleção para produzir novas variedades de hortaliças, assim como versões melhoradas
de plantas já existentes. Em alguns casos, uma planta deu origem a diversas variedades
que agora parecem relacionadas entre si. De esta maneira da couve silvestre, os romanos
obtiveram os tenros brócolos.
Mas naquele tempo o cultivo das plantas era uma questão de sorte ou azar e o seu
êxito devia-se a misteriosos dotes de uns pouco privilegiados.
Desde o principio do século XX, a genética vegetal substituiu os métodos pouco
fiáveis tradicionais por uma ciência rigorosa e que produz resultados mais rápidos e
produtivos. Esta ciência tem as suas origens no trabalho do botânico austríaco Gregor
Mendel, que foi quem no século XIX investigou como herdam os caracteres de uma
planta as gerações seguintes.
CORTE EM JULIANA
CORTE EM JARDINEIRA
CORTE EM BRUNESA
CORTE EM CAMPONESA
MACEDÓNIA DE LEGUMES
MIRE-POIX
CORTE EM RODELAS
TORNEAR
CONCASSÉ
Corte feito com tomates escaldados, aos quais se retira a pele e se cortam aos
cubos. Serve para aplicar em várias guarnições e decorações.
ESCALDAR (BRINGIR)
Nota: escaldam-se os legumes verdes, com o fim de conservar a clorofila, ficando com
uma cor mais viva, e também para atenuar o seu sabor, como no caso da couve, do
funcho e do aipo.
A água deverá ser temperada com sal, na proporção de 7 gr. por litro.
COZER A VAPOR
- Temperar os legumes.
ASSAR LEGUMES
ESTUFAR LEGUMES
Esta forma de preparar legumes, convém àqueles que contêm muita água.
(Tomates, beringelas, cogumelos, etc.....)
GLACEAR LEGUMES
- Os legumes depois de preparados e escaldados, são colocados num “sauté”
juntamente com manteiga, açúcar água e sal.
- Cobrir com um papel vegetal untado com manteiga.
- Tapar o “sauté” e deixar estufar.
- A cozedura e a redução do líquido devem processar-se ao mesmo tempo.
- Finalmente, saltear o legume, envolvendo-os ao caldo que se encontra
ligeiramente em xarope (caramelizado).
Nota: Podem-se escaldar os legumes previamente e de seguida colocar açúcar e
manteiga num “sauté”, deixando caramelizar, juntando de seguida os legumes. Os
legumes mais indicados para esta confeção são a cenoura, o nabo, as cebolinhas, as
castanhas, a couve-de-bruxelas, etc.
GRATINAR LEGUMES
FRITAR LEGUMES
Nota: Os legumes que contêm bastante água, tais como a beringela, a abóbora e o
tomate, são fritos em cru. Os legumes mais secos e duros, tais como o aipo, os fundos
de alcachofra, espargos, etc., são previamente cozidos.
SALTEAR LEGUMES
Nota: Este método, convém aos legumes cozidos, que são aquecidos na altura em que é
feito o pedido. Os legumes tenros, como a beringela e abóbora por exemplo, podem ser
salteados crus.
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Legumes com
Alcachofras e espargos, endívias.
hastes/caules
Legumes secos ou São sementes comestíveis tais como o feijão, grão-de-bico, favas,
leguminosas lentilhas, ervilhas, etc.
A cozedura faz com que os vegetais percam parte da sua riqueza em vitaminas,
que passam para a água, pelo que esta deve ser aproveitada para a confeção de qualquer
prato.
O bicarbonato de sódio nunca deve ser adicionado à água em que se cozem
vegetais.
Os produtos hortícolas devem apresentar-se em bom estado de conservação,
isentos de raízes ou de folhas secas, sem estarem deteriorados, parasitados ou
conspurcados. Devem lavar-se cuidadosamente, a fim de os livrar de poeiras, terra e
outros de detritos e ainda de inseticidas que lhes são aplicados e que constituem
substâncias perigosas para a saúde.
Se tais produtos se destinarem a saladas e portanto, a serem consumidos crus, a
sua lavagem deve ser ainda mais meticulosa, pelas razões acima expostas e ainda pelo
facto de poderem veicular ovos de parasitas intestinais tais como lombrigas ou agentes
de doenças inoficiosas tais como a cólera e a febre tifoide.
que pode ser corrigido com o descasque. A cozedura faz com que percam substâncias
nutritivas que podem ser recuperadas, desde que a água seja aproveitada.
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BATATA “CHIPS”
BATATA RENDADA/GAUFRETTE.
BATATA “SOUFFLÉE”
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BATATAS COMPOSTAS
BATATA “BERNY”
Passar as batatas pelo peneiro ou “passe-vite” e colocar o puré obtido numa caçarola
e deixar secar sobre o fogo, mexendo sempre com uma colher. Adicionar 50gr. de
manteiga, temperar com sal, pimenta e noz de moscada e ligar tudo com duas gemas,
retirando do lume.
Juntar trufas picadas, misturando bem e dispor este aparelho num tabuleiro untado
com manteiga, para arrefecer. Depois de frio, formar em bolas do tamanho de um
alperce. Panar, juntando ao pão ralado alguma amêndoa filetada.
BATATA CROQUETE
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Confeciona-se da mesma forma que a batata “Berny”, sem trufas e sem amêndoa na
panadura, dando-se a forma de croquete.
BATATA “WILLIAMS”
Batata croquete com a forma de pêra.
BATATA “ANNA”
Descascar as batatas de preferência amarelas e longas e apará-las, dando-lhe a forma
de cilindro. Cortar na “mandolina” em rodelas com 3 mm. de
espessura e dispô-las em camadas regulares, numa caçarola
especial para este género de cozedura. Regá-las com manteiga
clarificada, cobrir a caçarola, aquecê-la no fogo e introduzir no
forno bem quente, deixando cozer de 30 a 35 minutos.
A meio da cozedura, virar a “torta” formada pelas batatas, com o fim de conseguir
uma coloração uniforme.
Depois de prontas, escorre-se a manteiga e empratam-se.
OS PRODUTOS DE 1ª GAMA
Refere-se aos produtos vegetais (frutas e legumes) comercializados em estado
bruto. São necessárias condições de armazenamento e de preparação específica em frio,
devendo estes serem preparados á parte dos outros produtos que têm um nível de 19
higiene diferente.
OS PRODUTOS DE 2ª GAMA
São frutas ou legumes em conserva ou em semi-conserva. Conforme a definição
oficial. Os produtos são acondicionados em embalagens estanques aos líquidos, ao gás e
aos micros organismos tendo recebido um tratamento térmico como medida de destruir
totalmente, por um lado as enzimas, de outro os micro organismos e as toxinas.
OS PRODUTOS DE 3ª GAMA
Trata-se de produtos vegetais conservados pelo frio negativo, (-18º C). São estes
limpos, lavados e por vezes cortados e bringidos. São embalados em embalagens não
estanques e conservados a uma temperatura inferior a 18º C. Trazem nas embalagens
uma (DLUO) data limite de utilização ótima com a expressão «consumir de preferência
antes de…».
OS PRODUTOS DA 4ª GAMA
NOTA: os legumes ralados para saladas, ou sopas podem ser sujeitos a uma
pasteurização rápida o que permite alongar a data de conservação para 21 dias conforme
temperatura aplicada.
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OS PRODUTOS DA 5ª GAMA
TEMPEROS VEGETARIANOS
Shoyu
O shoyu é o molho de soja na sua forma mais natural, que nada tem que ver com o
molho de soja que é habitualmente servido nos restaurantes chineses. Provém do feijão
de soja, trigo e sal marinho, que são fermentados e envelhecidos em barricas de
madeira. É um tempero básico em toda a cozinha oriental e natural. Use-o apenas na
confeção de receitas e, só em último caso, à mesa. O seu consumo ajuda a digerir os
vegetais integrais e os vegetais.
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Miso
O miso é um puré com um sabor salgado e ligeiramente doce, feito a partir do feijão
de soja e sal fermentado com cevada ou arroz. Geralmente, utiliza-se nas sopas, nos
pratos à base de vegetais, molhos e pastas. Existem diversas variedades, das quais
podemos salientar o miso de cevada e miso de arroz integral. Este tempero contém
enzimas que melhoram a digestão e a qualidade do sangue.
Tamari
O tamari é um molho de soja original que se obtém através do fabrico do miso, ou
seja, é o líquido que fica por cima da pasta do miso. Tem um sabor simultaneamente
salgado e picante e realça o gosto de qualquer prato.
Vinagre balsâmico
Sal marinho
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Vegetarianismo
Ao contrário do que muita gente julga, as pessoas que já se renderam a este tipo de dieta
alimentar não são todas iguais. Existem vários tipos de vegetarianos:
Vegan - São os mais radicais. Não comem qualquer variedade de carne ou peixe
e recusam-se a ingerir tudo o que seja de origem animal, nem sequer o mel.
Entre estes vegetarianos, há duas correntes. A mais moderada fica-se pela não
ingestão desse tipo de alimentos. Os mais extremistas rejeitam tudo o que é de
origem animal. Não calcam sapatos de couro. Não usam roupa de lã. Não se
tapam com edredões de penas nem utilizam cosméticos de origem animal.
Lacto-vegetarianos - Não comem ovos, mas incluem na sua alimentação os
lacticínios e o mel. A maioria dos vegetarianos da Índia - onde 80% da
população é vegetariana - exclui os ovos da sua dieta. Pitágoras era lacto-
vegetariano.
Ovo-vegetarianos - É a forma de vegetarianismo mais clássica e também a mais
popular. Como o nome indica, comem ovos e lacticínios. Embora seja mais
abrangente, uma vez que podem comer quase tudo o que as outras pessoas
comem, este regime exclui a carne, o peixe e os produtos alimentares derivados
dos animais, como a gelatina e o coalho de origem animal.
Nos últimos anos, com a mediatização e com a crescente divulgação deste tipo
de regime alimentar, surgiram novas designações:
Esta é uma dúvida que os apreciadores de carne têm. O que é que leva uma pessoa a ser 23
vegetariana? Existem várias motivações:
Razões éticas - O respeito pela vida animal. Os defensores dos seus direitos
consideram injusta e cruel a matança e o sofrimento de animais para consumo
humano, por causa da violência que esse processo envolve. Muita gente não
sabe que os animais abatidos sangram até morrer. Diariamente, são mortos
milhares de pintos machos, só porque não produzem ovos. Alguns são
esmagados. Outros são sufocados. Os activistas mais radicais consideram o
abate de vacas assassinato e o de vitelos, infanticídio.
Questões dietéticas - Quem sofre de níveis altos de colesterol não tem grandes
alternativas. A melhor maneira de reduzir o consumo de gordura é evitando a
carne. O nível de colesterol ingerido pelos vegetarianos é cerca de 20% mais
baixo.
Perigo para a saúde pública - A divulgação de notícias sobre potenciais perigos
para a saúde pública levou muita gente a deixar de frequentar os talhos e as
peixarias. Em causa está o alarmismo provocado pelo aparecimento de casos de
porcos com peste suína africana, de frangos com nitrofuranos, de vacas com
encefalia bovina espongiforme e de peixes contaminados com mercúrio.
Preocupações ambientais - Metade das florestas tropicais foram, nas últimas
décadas, dizimadas e transformadas em pastos para gado. Há quem diga que, se
estivessem apenas vocacionados para a cultura de vegetais e cereais, os nossos
terrenos férteis alimentariam, na mesma proporção, mais seres humaos. Cem
acres de terra produzem carne que alimenta 20 pessoas, mas podem fazer brotar
trigo suficiente para alimentar 240. Como se não bastasse, os produtores de
carne estão entre os maiores poluidores de água.
Convicções religiosas - Há milhares de pessoas que não se alimentam de carne
por razões meramente religiosas. Os Hindus consideram as vacas sagradas e não
as comem. A maioria segue uma dieta exclusivamente vegetariana. O Budismo
faz a apologia do vegetarianismo, mas admite o consumo moderado de carne de
porco. A lei judaica interdita ainda as ostras. A Igreja Católica, no passado, além
dos jejuns, também limitava a ingestão de carne. Esta só se comia em dias
festivos e em casos de doenças.
Servir carne e peixe a todas as refeições tornou-se prática corrente nas últimas
décadas. O número de pessoas que sofrem de obesidade e colesterol aumentou. O
consumo geral de vegetais e legumes diminui. O resultado é uma carência em fibras,
vitaminas e sais minerais. Esses são, juntamente com as proteínas e com os hidratos de
carbono, os nutrientes essenciais em qualquer regime alimentar. Uma boa dieta
vegetariana deve ser rica em proteínas, em fibras e em alimentos baixos em calorias.
Contidas na carne, nos ovos e nos produtos lácteos, as proteínas de origem animal
fornecem muitos dos aminoácidos de que o organismo necessita. Em contrapartida,
também concentram um elevado número de gorduras. Os legumes secos e os cereais
devem ocupar um espaço importante na sua alimentação. O problema é que não contém
todos os aminoácidos necessários. Têm menos que os das proteínas de origem animal.
Devem assim, por isso, ser combinados com outros alimentos que os tenham em
quantidades necessárias. Só assim o organismo pode formar proteínas completas.
Apesar dos seus benefícios, os médicos e os nutricionistas desaconselham o regime
vegetariano a crianças, idosos e mulheres grávidas.
AS MELHORES COMBINAÇÕES
Há toda uma série de associações que podem ser feitas para equilibrar a ingestão de
proteínas e suprimir as suas carências. Cada país tem as suas combinações próprias. Os
Indianos têm o hábito de cozinhar o arroz com lentilhas. Os Mexicanos misturam o
milho com o feijão. Há países do Médio Oriente que juntam o trigo e o grão. Há, no
entanto, outras que pode - e deve! - fazer:
Quem não ingere ovos nem lacticínios deve ter cuidados redobrados, porque, apesar das
suas vantagens, as proteínas vegetais são mal assimiladas pelo organismo. No entanto,
estas combinações não têm de ser todas feitas na mesma refeição. Basta que esses
alimentos sejam ingeridos ao longo do dia.
Ferro - Contrariamente ao que muita genta julga, a falta de ferro regista-se tanto
num regime omnívoro como num vegetariano. Necessário ao fabrico dos vasos
sanguíneos, encontra-o nos legumes de folha verde-escura, como os espinafres e
os brócolos, mas também no pão integral, nos frutos secos, nos alperces e nos
figos. As leguminosas - sobretudo as lentilhas e os feijões - são boas fontes
vegetais de ferro. O que existe nos ovos e na carne é mais facilmente absorvido
pelo organismo. Para garantir as quantidades necessárias de ferro, deve incluir
em cada refeição uma fonte de vitamina C, uma vez que esta é um excelente
auxiliar da absorção daquele mineral. Beber um copo de sumo de laranja ou
temperar as saladas com limão já é um bom princípio.
Zinco - Indispensável ao bom funcionamento do sistema sanguíneo, está
presente nas leguminosas, nos frutos secos, nos cereais e farinhas integrais, nos
lacticínios, nas sementes, nas gemas, no gérmen de trigo, nas algas, nas cenouras
e nas couves. Ainda que esses alimentos façam regularmente parte da sua
alimentação, pode ter de recorrer a suplementos vitamínicos para assegurar a
quantidade necessária deste mineral.
Cálcio - Essencial ao crescimento e à manutenção dos ossos e da dentição,
existe em grandes quantidades nos lacticínios e nas algas. A sua carência
manifesta-se quando há uma exclusão total da ingestão de leite e dos seus
derivados ou quando esse consumo é insuficiente, como pode suceder numa
dieta vegetariana. Quem não os ingere, pode encontrar cálcio em grãos e
sementes. O sésamo, o tahini, o tofu, os frutos secos e grande parte das farinhas
também contêm este mineral. A vitamina D é essencial à sua absorção. O
problema é que os produtos mais ricos em vitamina D são de origem animal;
como os vegetarianos não comem peixes gordos, nem óleo de fígado de peixe,
têm de obter através dos ovos, do leite e dos seus derivados.
Iodo - Presente no peixe, nos crustáceos e nos moluscos, também é necessário
ao organismo. A sua falta pode ser compensada com a ingestão de algas e com a
utilização de sal marinho.
Condimentos e Aromáticos
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Por condimento, entende-se um ingrediente que se junta à preparação culinária, para lhe
acentuar o sabor ou torná-la mais agradável. Podemos classifica-los em simples e
compostos:
Ácidos
O vinagre, o limão, etc., são condimentos ácidos. Devem ser usados em quantidades
moderadas, sobretudo por aqueles a quem os condimentos ácidos estão interditos.
Azedos
Alho, cebola, cebolinho, chalota, etc., englobam-se nesta classe, da qual fazem parte
também a mostarda natural, o rabanete, alcaparras, etc.
Aromáticos
Salsa, cerefólio, tomilho, rosmaninho e louro são os vulgares aromáticos, aos quais
poderemos juntar a canela, a baunilha e o cravinho, além de muitos outros.
Açucarados
O açúcar e os seus derivados. Convindo a todas as idades, estados e climas, deve ser no
entanto interdito a diabéticos, para os quais existem substitutos.
Gordos
Condimentos Compostos
Absinto
Açafrão
Açúcar
Agraço
Líquido ácido, obtido das uvas grandes, mal maduras e que se emprega como o vinagre.
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Alcaparras
Planta que nasce espontaneamente nos climas quentes da Argélia, Ásia e Turquia. Os
botões florais são macerados em vinagre.
Alcaravia
Planta espontânea, também conhecida como cominho dos prados e com configuração,
sabor e aroma idêntico à erva-doce. Dá uns grãos escuros, cujo sabor e cheiro são
intermediários entre os do anis e do funcho. Utilizam-se para aromatizar certos queijos,
doces, cozinhados, etc. No campo é costume adicionar a planta à água de cozer as
castanhas.
Alecrim
Arbusto que atinge por vezes os 2 metros de altura. As suas folhas são coriáceas, verde
escuras por baixo e branqueadas na parte superior, tendo um odor bastante aromático.
Utilizam-se sobretudo em Itália, como condimento de diversos pratos, enquanto que por
cá utilizamos o alecrim no tempero de confeção de carnes: cabrito, borrego, coelho, etc.
Alho
Possui um aroma e paladar muito forte. Em grande parte dos países europeus o alho é
bastante estimado. Na Inglaterra porém, 90% das pessoas não suportam sequer o seu
cheiro. A sua forte acidez é devida sobretudo á grande quantidade de sulfureto e iodo
que circulam na seiva da planta.
Angélica
Ainda que as sementes desta planta sejam largamente usadas na preparação de licores,
emprega-se também, cristalizada, para aromatizar certos doces. Em certos países do
norte da Europa os pedúnculos das folhas e as sementes, são também utilizadas para fins
medicinais. Foi devido ás suas supostas propriedades, contra venenos e bruxarias que os
antigos lhe chamaram “angélica”.
Anis
Planta de grãos ovóides, um pouco retraídos no topo, com uns pêlos curtos e duros de
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coloração verde acinzentada. Emprega-se na confeitaria, pastelaria e destilaria. A planta
em si é muito parecida com a da alcaravia, com a qual se confunde.
Azeite
Óleo extraído das azeitonas, é o tempero ideal por excelência, pois alem de ser um
alimento extremamente rico em calorias (850 em 100g) possui também uma ligeira ação
laxativa.
Azeitona
Fruto da oliveira, arvore de origem asiática, trazida há muito séculos para a Europa. É
sem duvida um dos frutos mais preciosos que o Oriente nos concedeu. O principal
emprego deste fruto é a fabricação do azeite, mas usa-se também como condimento ou
acepipe.
Baunilha
Bergamota
O fruto da bergamota (arvore) é uma espécie de limão, de sabor muito ácido mas
agradável. Utiliza-se como aromático, sobretudo a casca, tanto na cozinha como na
pastelaria.
Bicarbonato de Soda
Caiena, Pimenta de
Canela
A caneleira é uma das espécies mais belas e mais valiosas da família dos loureiros,
chegando a atingir a altura de 40 a 50 metros. Crê-se que é originária do Ceilão, onde é
largamente cultivada, além de Madrasta, Bombaim e Java. O pé da arvore é curo e
grosso, com ramos que se alongam e alargam, cobertos com uma casca macia, parecida
com cinza. É esta casca que, depois de seca, produz a canela tal e qual a conhecemos.
A canela, que encerra um óleo essencial volátil, tem propriedades tónicas e estomacais.
O pó comercial, provém, por vezes, das espécies de qualidade inferior, ou de misturas,
razão por que é sempre de aconselhar a utilização de paus de canela.
Cardamomo
Utiliza-se como estomacal ou como condimento, nos pratos de sabor picante. Substitui a
pimenta, na falta desta.
Cardo
Caril em pó
Este pó, de alto valor comercial e culinário, é composto de vários condimentos, entre os
quais se incluem: sementes de coentros, sementes de cominhos, folhas de cássia,
malaguetas secas, caiena, gengibre, sementes de mostarda, curcuma, canela, noz-
moscada, cravinho, etc.
Cebola
Este bolbo sendo o mais comum e ao mesmo tempo o mais popular desta classe de 31
legumes, difere grandemente, tanto em tamanho como em sabor. As variedades de
tamanho pequeno são geralmente as mais forte, sendo nelas mais acentuado o picante da
substancia sulfurosa que contém. É uma planta bianual, originária do Norte da Ásia e
Palestina, cultivada desde há muitos séculos. No Egipto, sendo alimento primário, era
tão estimada que lhe rendia culto.
Cerefólio
Esta planta usada para apaladar sopas, molhos, e entradas, é originária da Rússia e da
Ásia Central, sendo cultivada na Europa desde os princípios da Era Cristã.
Chalota
Planta bolbosa, semelhante à cebola e, segundo alguns, uma forma derivada desta.
Utilizada como condimento, é por vezes mais bem suportada que a cebola.
Citronela
Também conhecida como erva príncipe ou erva limão. Planta vivaz que desprende um
odor forte, penetrante, análogo ao limão. As suas folhas são usadas como condimento e
com as flores fabricam-se licores digestivos.
Coentros
Esta planta é de origem Oriental. Tal como a utilizamos, em fresco, só as folhas são
agradáveis; as sementes, portadoras de um aroma característico, são usadas na
preparação do caril, de licores, cerveja, etc.
Cerefólio
Esta planta usada para apaladar sopas, molhos, e entradas, é originária da Rússia e da
Ásia Central, sendo cultivada na Europa desde os princípios da Era Cristã.
Colorau
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Obtêm-se pela redução a pó dos pimentos encarnados, depois de secos; doce ou picante,
consoante a qualidade utilizada. É um óptimo auxiliar de cozinha em certos casos, não
devendo no entanto ser excedida a quantidade necessária.
Cominhos
Planta de grãos pequenos, alongados e fusiformes, dum sabor acre e aromático. Utiliza-
se como tempero, ou na preparação de licores. Certos queijos e pão são também
aromatizados com cominhos, sobretudo na Suíça e Alemanha. É grande auxiliar na
preparação de charcutarias.
Cravinho
Este condimento tão agradável, é o botão floral de uma bela arvore de larga folhagem,
nativa das ilhas de Malaca. O seu nome deriva da palavra latina “clavus”, que significa
prego, ao qual em verdade ele se assemelha. Bastante similar à pimenta, embora alô
mais comprido, dizia-se que só na Índia existia numa arvore consagrada aos deuses e
servindo para confeccionar perfumes. O cravinho contém 20% de óleo volátil
aromático, sendo as outras partes compostas de fibra de madeira, água, goma e resina.
Curcuma
Estragão
Planta anual, crê-se ser originária da Sibéria. As suas folhas têm um aroma forte, muito
agradável, utilizando-se em decorações, tempero de saladas, molhos, etc. Deixadas em
maceração dentro de vinagre, produzem o famoso vinagre de estragão, tão utilizado na
cozinha clássica.
Flores de Laranjeira
Funcho
Planta aromática originária da Itália e que actualmente se encontra espalhada por toda a
Europa. Os grãos ou sementes, têm diversas aplicações culinárias, sendo também 33
utilizados na confecção de licores. A parte comestível desta planta, o bolbo carnudo
situado à base e chamado vulgarmente funcho tuberoso, come-se crua ou cozinhada. Os
italianos que lhe chamam fenucchi, empregam-no em abundância na cozinha, para
aromatizar grande número de preparações.
Gengibre
Hortelã
Limão
quer para dar um sabor ácido aromático aos molhos, ou acentuando como desenjoativo.
O ácido cítrico, extraído dos limões, é largamente empregado como anti escorbútico. A
casca do limão contém um óleo essencial de alto sabor e fragrância. Esse óleo encontra-
se em minúsculas células à superfície da casca, imediatamente por baixo das quais se
situa uma pele branca, de sabor amargo e desagradável. Normalmente a casca é ralada,
mas para se obter o mais possível da sua essência é aconselhável corta-la com uma faca
em tiras muito finas quase transparentes.
Louro, folhas de 34
As folhas do vulgar loureiro são utilizadas com bastante frequência na culinária, para
dar aroma aos guisados, molhos, refogados, assados, etc. podem deixar-se secar, sendo
o seu aroma guardado indefinidamente se se fecharem numa pequena caixa de folha.
Malagueta
Manjerico
Manjericão
Manjerona
Manteiga
Manteiga gorda, extraída do leite dos mamíferos através do aproveitamento das natas,
ou gordura coagulada obtida pelo aquecimento dos tecidos gordos do animal. É
conhecida e empregue pelo homem na sua alimentação desde a mais alta antiguidade,
quando os pastores a preparavam com leite de vaca, cabra, ovelha, burra ou até camela.
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Manteiga de cacau
Substância gordurosa obtida pela pressão das amêndoas de cacau depois de torradas.
Vende-se em placas rectangulares de cor branco amarelada e brilhante. Tem um sabor
doce e agradável, semelhante ao do chocolate. É de digestibilidade perfeita, talvez
superior à da vaca. O seu sabor é no entanto neutro, não podendo rivalizar com aquela
para a culinária.
Mostarda
Noz-Moscada
Fruto ou semente de mostardeira, árvore dos países quentes, semelhante à nossa pereira.
Nativa das ilhas Molucas, é hoje também em Java, Caiena, Sumatra e outras ilhas das
Índias ocidentais.
Óleos
Segundo a etimologia, a palavra óleo deriva do nome latino da azeitona (olea), e devia,
com prioridade, ser aplicado só ao azeite; designa no entanto todos os líquidos
gordurosos, à exceção deste.
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Óleo de Algodão
Óleo de Amêndoa
Óleo de Amendoim
Conhecido também por óleo de mendobi, é um óleo límpido isento de gosto e aroma,
bastante utilizado na cozinha, sobretudo em frituras e maioneses, onde substitui o azeite
com vantagem devido à ausência de gosto.
Óleo de Coco
O óleo de coco ou manteiga de coco, como também é conhecido, é uma das gorduras
vegetais que mais se usam na culinária, sobretudo em França. É obtido da amêndoa de
coco, ou copra, nome que também é vulgarmente designada, depois de seca e submetida
a forte pressão. O óleo assim obtido, descorado e submetido a diversas manipulações, é
convertido num produto comestível de consistência algo dura, tendo a aparência de
manteiga semi derretida. Desprovido de sabor, odor e bastante digestível, emprega-se
em certas dietas, quando a manteiga não é tolerada (o que é raro) e sobretudo na cozinha
vegetariana.
Óleo de Papoila
Extraído dos grãos da papoila, é bastante utilizado como condimento, sob o nome de
óleo branco sobretudo no norte da França. É isento de sabor.
Óleo de Palma
Óleo de Sésamo
Extrai-se dos grãos do sésamo, erva cuja cultura é impossível na Europa. Apenas nas
regiões meridionais se cultiva esta planta, que dá um óleo de sabor picante, mas não
desagradável, antes pelo contrário.
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Óleo de Soja
Extrai-se da soja, planta muito usada na culinária oriental e bastante cultivada no Brasil.
Serve de base a inúmeras iguarias asiáticas.
Orégão
Planta aromática, de sabor acre e um pouco amargo, tendo alguma analogia com a
manjerona, à família da qual pertence. Bastante usado nas cozinhas mediterrânicas.
Paprika
Este condimento não é mais, na realidade, do que o colorau picante. O seu nome deriva
da palavra húngara que designa pimento encarnado, do qual ele é obtido, tal como
“krona” quer dizer, no mesmo idioma, pimenta. Muito menos picante do que a caiena, é
bastante usado no Goulash, prato nacional húngaro.
Pimenta
Pimenta da Jamaica
É uma árvore das Índias ocidentais e América do Sul, que atinge alturas variando entre
os quatro e os seis metros. As bagas são colhidas antes do seu completo
amadurecimento e secas ao sol, ficando negras. Combinam o sabor do cravinho, canela
e noz-moscada.
38
Pimentão
Nome por que é conhecido o pimento picante, verde ou encarnado. De igual modo se
designa também o colorau picante. Utiliza-se tanto como condimento como alimento.
Diversas variedades destas plantas são cultivadas nas Índias ocidentais e orientais, bem
como na América do sul. O “chili” ou piripiri, espécie de malagueta, pequenina, é uma
das variedades, e o vinagre de “chili” obtém-se pela infusão dos pequenos frutos em
vinagre, afim de lhes extrair o picante. Os “capsicums” devem o seu poder estimulante a
um princípio ativo chamado capsina e, usados com moderação, não produzem efeitos
nocivos.
Pimpinela
Planta vivaz, de folhas ligeiramente aveludadas, que soltam um aroma a pepino, quando
se esfregam. A pimpinela, que é sobretudo usada como condimento, pode-se também
comer em salada, usando as folhas tenras e frescas desta planta como as do agrião.
Pistácio
Poejo
Ramos de Cheiros
Nome por que vulgarmente se designa um ramo de ervas aromáticas que se junta às
preparações culinárias, com intenção de ser retirado, logo que a sua presença não seja
mais necessária.
Sal
Salitre
O salitre é um sal cristalino, branco, inodoro, dum sabor fresco e picante, ligeiramente
amargo, bastante solúvel em água fria. Usado nas salmouras, comunica às carnes uma
agradável cor avermelhada, não devendo no entanto exceder-se a quantidade indicada,
porque as endurece.
Salsa
Esta erva, que se diz ser originária da Sardenha, cultiva-se em toda a Europa. São
diversas as variedades de salsa: a comum, a frisada e a salsa de raiz tuberculosa, da qual
as raízes se comem como as do aipo-nabo. Embora não pareça, o aroma da salsa
sobrepõe-se facilmente aos dos outros condimentos, razão por que não se deve usar em
grande quantidade. Utiliza-se crua, cozinhada ou frita.
Salva
Segurelha
Serpão
Tamarindo
Fruto do tamarindeiro, leguminosa da Índia cujas vagens encerram uma polpa ácida,
com a qual se prepara um líquido ácido, espécie de limonada que pode substituir o
vinagre. Emprega-se também como laxativo.
40
Tomilho
Vinagre
Legumes
Descubra os legumes mais saudáveis e menos calóricos, nesta
lista.
- Agrião: 13 kcal
- Alface: 20 kcal
- Batata-doce
Crua: 125,5 kcal;
Assada: 143 kcal, 41
Frita: 368 kcal;
Batata-doce roxa assada: 95 kcal
- Beringela: 20 kcal
- Brócolos: 37 kcal
- Feijão-frade: 33 kcal
- Repolho/Couve: 12 kcal
42
Cereais
- Esparguete: 96 kcal
- Macarrão: 96 kcal
43
Frutas
- Abacaxi: 52 kcal
- Figo: 68 kcal
- Goiaba: 57 kcal
- Laranja: 43 kcal
- Limão: 37 kcal
- Maçã: 64 kcal
- Manga: 70 kcal
- Maracujá: 90 kcal
- Melancia: 31 kcal
- Melão: 30 kcal
- Morango: 39 kcal 44
- Pêra: 63 kcal
- Pêssego: 52 kcal
- Tangerina: 50 kcal
Outros Alimentos
- Ketchup: 20 kcal
- Pimentão: 15 kcal
45
Açúcares e Gorduras
- Açúcar: 40 kcal
BATATA ÁLGERIANA
BATATA ALENTEJANA
BATATAS ANA 46
Aparar em forma cilíndrica e cortar em rodelas. Colocar em camadas, numa caçarola
que tenha manteiga clarificada, cozinhar no forno. A meio da cocção apertar e voltar as
batatas, para corarem do outro lado. Por fim escorrer a manteiga e servir em pequenas
formas.
BATATA ANDRÉ
BATATA BIA
Puré de batata com brunesa muito fina de fiambre. É tendida na hora com boquilha
frisada como batata duquesa.
BATATA BRETONNE
Batata cozida e cortada ao meio e abre-se uma cavidade ao meio com colher
parisiense, vai ao forno e ao sair enche-se com pontas de espargos.
BATATA BYRON
Igual à batata Bretonne, só que a cavidade é cheia com cebola em juliana, puxada em
manteiga, temperada com sal e paprica.
BATATA BERNY
BATATA BIARRITZ
Puré de batata com brunesa de pimentos verdes, amarelos e vermelhos, fiambre e salsa.
BATATA BRIOCHE
BATATA BRETÃ
Partes iguais de cebolinhas dados grossos de batatas e de tomates sem pele nem
sementes, cobrem-se com caldo e vão cozer. Ao sair polvilham-se com alho picado. 47
BATATA BOULANGÉRE
BATATA COLLERETE
CROQUETTES DE BATATA
BATATA CLAMARTE
BATATA DELFINA
BATATA DUQUESA
1kg de batatas descascadas, 50g de manteiga, 50g de queijo ralado, 5 ovos. Cozem-se
as batatas e passam-se pelo peneiro. Mistura-se-lhe a manteiga, mexe-se bem e em
seguida juntam-se os ovos: 2 inteiros e 3 gemas, o queijo ralado e tempera-se com sal
pimenta e noz-moscada.
BATATA DARFIN
Ralar batatas e cebolas cruas à máquina, juntar cebolinho e salsa picada, ovos batidos e
temperar com sal, pimenta e noz-moscada e fazer galetes (Bolachas).
BATATA DUROS
BATATA DAUPHINOISE
(P/ 6 Pessoas)
500g de batatas, ½ de leite, 60g de manteiga, 1 ovo, 25g de queijo, 1 dente de alho, sal,
pimenta e noz-moscada.
BATATA FLAMENGA
BATATA FLORENTINA
Puré de batata misturado com espinafres picados, fazer croquetes normais. São
panados com aletria.
BATATA FONDANTE
Batatas grandes torneadas e bringidas. Depois assentar num tabuleiro untado com
manteiga, temperar e juntar consomé, caldo de carne e levar ao forno, deixar reduzir o
caldo e pincelar as batatas com o molho.
BATATA GEORGETTE
Batata assada com pele sobre sal. E à qual se dá um golpe à volta. Quando estiver bem
assada acaba-se de cortar, depois com uma colher tira-se a polpa de dentro. E com essa
polpa faz-se o aparelho de batata duquesa. Enche-se a batata com um creme de
cogumelos e borda-se à volta com o aparelho e vai gratinar.
BATATA GALETE
Igual à batata galete, só que esta não leva fécula e leva milho. É tendida em redondo.
BATATA GRATIN
49
Batatas cortadas em Chips e estufadas com, leite, natas, alho, bacon. Ligar com queijo
ralado e ovos.
BATATA HARRISON
BATATA HUNGARA
BATATA LYONAISE
Cortar às rodelas, bringir e saltear com cebola às rodelas ou picada, vai ao forno cozer
com caldo de galinha não muito escuro.
BATATA LORETTE
Aparelho de batata delfina, tendida sobre papel untado com óleo, no feitio de ecleres.
Frita ao momento.
BATATA MARQUISE
Aparelho de batata duquesa, misturar com molho de tomate bem espesso. Preparar em
forma de bolacha.
BATATA MORDOMO
BATATA MONT-DORÉE
Faz-se puré de batata e junta-se natas, depois deitam-se num prato de ir ao forno
untado com manteiga, pincela-se com ovo, salpica-se com queijo ralado e vai ao forno.
BATATA MUSSALINA
Faz-se puré, ao qual se junta queijo ralado e natas. Untam-se formas pequenas de
pudim e enchem-se com este preparo, salpicam-se com queijo e vão ao forno. 50
BATATA MOUSSE
1kg de batatas, 50g de manteiga, 50g de queijo ralado, 3 gemas, 5 claras em castelo,
1dl de molho bechamel.
BATATA NORMANDA
Cortar chips fina, cozer em cebola e branco de porros picados, puxados em manteiga.
Escorrer, molhar com leite, temperar e gratinar.
BATATA NANETTE
Aparelho de batata duquesa ligado com gemas e 1 litro de natas, para cada porção.
Untar as formas e meter o aparelho dentro e levar a cozer.
BATATA PADEIRO
Torneiam-se as batatas e cortam-se em gomos, de seguida são bringidas e salteadas
com cebola também aos gomos, alho e louro.
BATATA PROVENÇAL
Batatas cozidas com pele, é descascada e cortada ás rodelas ou em meias luas. São
salteadas com manteiga clarificada e salpicada com alho, salsa e alecrim.
BATATA KARTOFFELPUFTER
Especialidade Alemã, batata descascada e ralada muito fina em crú, temperar com sal,
pimenta e noz-moscada, juntar ovos batidos e fritar em pouca gordura muito quente. E
que fiquem como crepes, para isso quando se põe o aparelho no sauté ajuda-se a alargar
com a espátula.
BATATA SOUFLÊ
51
Batatas velhas, se não forem velhas é conveniente colocar uns dias antes em lugar
quente, para que sequem. Depois descascam-se à mão e cortam-se. Enxugam-se e
fritam-se em lume brando, sempre a balançar o recipiente. Quando começarem a souflar
mudam-se para lume mais forte.
BATATA SUZETE
É igual à Georgete, só que esta é recheada com um aparelho que é: língua de vaca,
carne de frango cozido, puré e trufas.
BATATA S. FLORENTIM
São croquetes de batata que aos quais se adiciona, presunto picado e panar com aletria.
OS PEIXES
Uma dose de 140gr. de peixe magro ou gordo cozinhado fornece 55% da RNI
de proteínas para a mulher adulta e 45% para o homem adulto.
O Peixe magro é fonte de numerosas vitaminas do complexo B, sobr etudo a
B 12 vital para o crescimento. O Peixe gordo é fonte de vitamina D, essencial
para os ossos e de vitamina A, para a visão e o crescimento.
Todos os peixes são saudáveis, mas o peixe gordo pode ter um papel mais
activo em relação à saúde. Este tipo de peixe é rico em ácidos gordos
polinsaturados, como os Ómega 3, que podem ajudar na prevenção de doenças
cardiovasculares e de hemorragias cerebrais ou no risco de formação de
coágulos cerebrais; assim como é também benéfico para o desenvolvimento do
cérebro
52
Além das gorduras mono insaturadas e poli insaturadas, estão incluídos os
ácidos gordos.
Os peixes semi-gordos têm uma forte aproximação aos peixes gordos na sua
generalidade com a diferença de terem cerca de 30% menos de lípidos ou seja
gordura na sua carne.
Podemos exemplificar nesta categoria com o Sável; o Salmonete; o Carapau;
o Xarroco, o Congro ou safio; etc.
Moluscos
Os moluscos são pequenos animais de corpo mole, podendo ser cobertos por
duas conchas com uma ou duas válvulas. Pertencem ao ramo dos
invertebrados, que na sua maioria vivem no mar. Estes subdividem -se em três
categorias, são elas:
Univalves; Bivalves e Cefalópodes.
Para se conservar durante mais tempo, o peixe pode ser enlatado, fumado,
seco, marinado em vinagre ou congelado.
A maior parte dos peixes e do marisco é apanhada em alto mar, a vários dias
ou até semanas de terra. Para evitar a sua deterioração, é pos sível processá-los
e congelá-los no interior dos próprios pesqueiros. Esse tipo de congelação
industrial a temperaturas muito baixas preserva todos os nutrientes e assegura
a frescura do peixe. Peixes inteiros, Postas, lombos pré -embalados e prontos a
cozinhar, camarão com ou sem casca, muitos outros mariscos, alguns dos
quais já cozinhados e até misturas de mariscos.
Escalfado.
Suado.
Cozido.
Estufado.
Grelhado.
Assado.
Gratinado.
Guisado.
Caldeirada.
Frito………….à Moleira.
………de Imersão.
Panado…….Tradicional.
à Inglesa.
à Francesa.
Albardado.
Suado.
Cozido.
Grelhado.
Guisado.
Frito……….à Moleira.
Panado…….à Francesa.
…….Albardado. 57
Menu À la carte
Posta 180gr. 300gr.
Peixe pequeno int. 200gr. 350gr.
Filetes 150gr. 250gr.
Supremos 180gr. 300gr.
Camarão c/ casca 150gr. 250gr.
Sapateira inteira 300gr. (120gr + -)
Mariscos
Até há dois séculos atrás eram os pobres que comiam sapateiras e amêijoas,
alimentos desprezados pelos mais ricos.
Porém, o seu sabor, a sua carne tenra e textura fina tornaram o marisco um
produto delicioso nos nossos dias; apesar da elevada procura e da escassa
produção, terem provocado o aparecimento de preços quase astronómicos no
nosso país.
Hoje em dia, o homem consegue “produzir” moluscos e outros mariscos,
devido ao desenvolvimento científico; o homem executa a moluscicultura
também conhecida por aquacultura, cultura essa que se dedica à propagação
das espécies.
Já desde o tempo dos descobrimentos que os Portugueses comiam mariscos;
transportando-os também nas suas naus para se alimentarem nas suas
longínquas viagens.
Hoje, graças ao processo da tecnologia do frio e do transporte rápido,
empregues no ramo da pesca, há marisco todo o ano.
De acordo com os peritos, o melhor é comer marisco nos meses com “erre”;
isto é de Setembro a Abril. Esta é uma afirmação muito utilizada quando se
fala em marisco.
Moluscos
Os moluscos são pequenos animais de corpo mole, podendo ser cobertos por
duas conchas com uma ou duas válvulas. Pertencem ao ramo dos
invertebrados, que na sua maioria vivem no mar. Estes subdividem -se em três
categorias, são elas:
Univalves; Bivalves e Cefalópodes.
Crustáceos
Por este nome são designados os animais que fazem parte do grupo de
mariscos em que se caracteriza por ter o seu corpo coberto por uma espécie de
carapaça (crosta), podendo esta renovar várias vezes ao longo da vida e são
caracterizadas por cinco pares de pernas, em que pelo menos o par dianteiro se
encontra muito grandes, mas bem “ cheios “; isto é; pesados em relação ao seu
tamanho pessoal. Devem libertar um cheiro agradável e os olhos devem ter
brilho. Sempre que lhe seja possível compre os crustáceos vivos, pois desta
forma a sua frescura é garantida. Neste grupo temos como exemplo:
Os Caranguejos; Camarões; Lagostas; Sapateiras e outros. munido de
tenazes.
Menu À lá carte
Posta 180gr. 300gr.
Peixe pequeno int. 200gr. 350gr.
Filetes 150gr. 250gr.
Supremos 180gr. 300gr.
Camarão c/ casca 150gr. 250gr.
Sapateira inteira 300gr.(120gr +-) 500gr.(200gr+-)
mais pesados para o seu tamanho como por exemplo os caranguej os, os
lagostins e as lagostas, pois significa que contêm mais carne.
Grande parte dos crustáceos contêm partes indigestas, tal como as guelras e
as brânquias dos caranguejos e lagostas ou os intestinos do camarão, sendo
assim, devem ser retiradas durante a preparação dos mesmos. A ova também
conhecida por coral e o fígado, nunca devem ser destruídos, pois eles são
considerados uma especialidade e podem ser utilizados para fazer molhos
finos.
O tempo de cozedura para todos os crustáceos tende a ser c urto, pois a carne
é macia e pode tornar-se seca se for cozida demais, muitos mudam a cor após
a cozedura desde os pequenos camarões até mesmo às grandes lagostas.
63
Os Mariscos na cozinha
Limpar
Amanhar
Descascar
Abrir
Cortar
A operação cortar pode ser executada antes ou depois da sua confecção, esta
é feita com uma faca de cozinheiro, comum tamanho adequado à mão do
profissional ou ao tamanho do marisco a preparar.
Esta operação pode ser feita a quase todos os mariscos, e em especial aos
crustáceos.
Lavar
A operação lavar é muito importante, antes de qualquer tipo de confecção
devido a todas as incrustações e areia que vêm junto aos mariscos, devem ser
lavados em bastantes águas ou água corrente.
A mesma operação deve ter o máximo cuidado para o caso dos cefalópodes,
antes já referenciado. 65
Desmontar
A preparação desmontar é feita normalmente após a cozedura de crustáceos
como por exemplo a lagosta, o lavagante ou a sapateira.
Retiram-se as patas, as tenazes e todas as outras partes comestíveis para
retirar a carne do seu interior.
Rechear
É um método de preparação bastante usual no choco e na lula, desfrutando
das suas bolsas, para encher com óptimos recheios compostos por partes do
corpo destes e adição de outros alimentos.
AS CARNES
As carnes são produto de alto valor nutritivo, (possuem proteínas de grande qualidade),
destinados à alimentação humana, resultantes do abate de animais saudáveis,
(fundamentalmente mamíferos e aves), de consumo autorizado.
A carne é um alimento generoso que, alem de fonte concentrada de proteínas, fornece
ainda outros valiosos nutrientes. Do ponto de vista culinário, é surpreendentemente
versátil. A partir de uma grande diversidade de cortes, pode ser preparada e
confeccionada numa miríade de formas, que se adaptam a qualquer ocasião, orçamento
ou tempo disponível, proporcionando um vasto leque de sabores e texturas.
Há partes de animais de grande porte que não integram a carcaça, mas que também são
utilizados na alimentação.
Fígado e rins: têm elevado valor proteico; São as vísceras mais utilizadas em
culinária.
Coração: é relativamente pouco utilizado em culinária por ter textura compacta e seca.
Os pratos onde por vezes é utilizado são os guisados.
Pulmões: regra geral não são consumidos directamente; podem entrar na composição
de alguns enchidos.
Baço, pâncreas e timo: apesar do seu valor alimentar tem pouca aceitação.
Dobrada ou tripas: (intestinos e estômago da vitela e vaca depois de lavados e
fervidos), têm um teor médio de gordura e são mais utilizados em pratos regionais.
Miolos (mioleira): rico em colesterol, fosfolípideos, de fácil digestão e mais utilizado 66
em alimentação infantil; é actualmente desaconselhado por poder transferir do
organismo animal algumas doenças infecto-contagiosas para o ser humano.
Sangue: pouco utilizado directamente; entra no fabrico de enchidos.
Língua: Utilizado das mais variadas formas e métodos culinários foi também uma das
partes considerada de risco, apesar de se continuar a consumir com segurança
confirmada dos técnicos veterinários.
HIGIENE E CONSERVAÇÃO 67
A carne de consumo deve ser sã e proveniente de animais sem doenças. Por outro lado
a carne está sujeita à contaminação por bactérias, que podem causar infecções ou
intoxicações alimentares.
A deterioração da carne fresca é particularmente rápida em condições de alta
temperatura ambiente. Deste modo, há certos cuidados a ter em conta:
- Depois de comprar a carne, esta deve ser posta no frigorífico (de 0-2ºc), o mais
rapidamente possível; a carne fresca conserva-se em boas condições durante (+ -) três
dias (com as temperaturas indicadas).
- Para uma conservação demorada é necessária a congelação, que deve ser feita a
temperaturas entre -45º e -30ºc; posteriormente faz-se uma manutenção a -18ºc. até ao
consumo. Só é permitido congelar carnes em unidades autorizadas e apropriadas.
- Retirar as partes que não interessam: peles, gorduras, cartilagens, nervos e ossos.
- Separar as carnes devidamente conforme a sua categoria e destino.
- Condimentar, temperar, marinar.
A tabela de capitações aqui exposta, é uma linha de orientação, que todavia, poderá
ser ligeiramente alterada, conforme a categoria do serviço de restauração que se estiver
a prestar.
Cortes de vaca
Apresentamos aqui um breve quadro com os cortes de vaca mais usuais no talho e
aplicáveis em cozinha normalmente:
VACA
PEÇA SITUAÇÃO CARACTERISTICAS UTILIZAÇÃO
Rosbife Da ponta da anca Conjunto do lombo e da Assado e grelhado
até à ultima vazia numa só peça.
costela.
Lombo Parte interna do O mais tenro e caro embora Assado; grelhado;
rosbife menos saboroso que outras salteado; tornedós.
desossado. peças.
Vazia Parte externa do Excelente peça, tenra e Assada;
rosbife, comprida saborosa sem muito Grelhada;
e expeça. desperdício, menos E
salpicada numa superfície Bifes.
que noutra.
Alcatra Base do rabo do Seca, magra e com poucas Assada; à moda;
lado do lombo. aparas, ganha lardeando-a guisada.
Peito Extensão da Cartilaginosa, saborosa, Cozido.
parede toráxica com bastante desperdício. Assado.
da meia carcaça.
Cachaço O pescoço do Guisado.
animal situado à Cozido.
altura da 1ª Charcutaria.
vértebra.
Acém 1ª Costelas a Guisado
seguir ao pescoço. Cozido.
Comprido
Acém A partir da 6ª Assado; escalfado;
Redondo costela até à 12ª. grelhado,” cote de
boeuf “.
Chã de fora Parte traseira do Magra, seca, ganha sendo Vaca à moda,
meio da perna. lardeada; corta-se bem. guisada e rolinhos.
Chambão Parte baixa da Muito gelatinoso. Cozido.
perna. Guisado.
Rabo Vendido em pedaços. Com Sopa. 69
muito osso. Carne Cozido.
filamentosa e muito Guisado.
saborosa.
CORTES DE PORCO
PORCO
PEÇA CARACTERISTICAS UTILIZAÇÃO
Carne magra e tenra; Em fatias: Acepipes,
coberta c/ uma ligeira sandes e canapés.
camada de gordura. Fresca Inteira: Assada, grelhada,
PERNA
ou Salgada. glaceada ou servida quente.
Fresca ou salgada, inteira e Assada, grelhada,
desossada. cozida e fumada.
PÁ
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
A Vitela
Em Portugal faz-se alguma confusão acerca do termo “Vitela”, pretendendo-se,
muitas vezes, apenas referir a carne de um animal jovem, ou seja, suficientemente tenro
mas já com todas as características de adulto. A reste animal corresponde mais
correctamente o nome de Novilho, Tenreiro ou Terneiro, com idades compreendidas
entre um e dois anos.
Como Vitela propriamente dita, ou Bezerra, apenas deveríamos considerar a cria da
vaca com menos de seis meses de idade e a qual deve ter mamado até bastante tarde. A
esta corresponde um diferente modo de talhar a carcaça, e a sua carne apresenta um
aspecto rosado, um pouco gelatinosa, nunca salpicada e com um sebo de características 90
branco, consistente e sobretudo abundante à volta dos rins. De consistência sempre
muito tenra, o seu sabor é bastante diferenciado do da carne do animal adulto; sendo por
isso de difícil digestão.
Raramente se encontra nos nossos talhos á venda esta carne.
91
92
93
94
95
CRIAÇÃO E CAÇA
96
Tal como já descrito no capítulo anterior, a criação e caça têm a sua própria divisão
classificativa.
Vamos assim abordar mais pormenorizadamente estes dois títulos principais.
A CRIAÇÃO
A CAÇA
Este termo engloba todos os animais selvagens, aves e mamíferos, que o homem
98
mata para a sua alimentação.
Os animais de caça são, pelas suas condições especiais de vida, muito diferentes dos
domésticos. Assim, a sua carne é mais dura e de mais difícil digestão, pobre em
gorduras, pouco nutritiva, mas de paladar delicado e reconhecidamente superior ao
dos animais domésticos.
A caça divide-se geralmente em quatro grandes grupos que são:
Caça de pêlo.
Caça de pena.
Caça grossa.
Caça exótica.
Cada espécie aqui retratada, tem as suas qualidades próprias, pelo que necessita de
cuidados especiais; tais como:
A caça deve geralmente ser consumida alguns dias depois de morta.
O período compreendido neste espaço de tempo, tem o nome de mortificação.
Destina-se a tornar a carne mais saborosa e tenra e varia de espécie para
espécie.
As peças devem conservar-se em local seco e arejado de atmosfera controlada.
As peças de pena são penduradas pela cabeça.
As peças de pêlo são penduradas pelas patas.
Caprinos
Esta raça de animais é composta pelo pai “Bode”, a mãe, “Cabra”, e pelos seus tão
apreciados filhotes os “Cabritos”.
A palavra cabrito segundo os dicionários, deriva de cabro com o diminutivo ito, isto é,
bode pequeno. A carne de cabrito, por se alterar com muita facilidade, deve ser
adquirida e consumida no melhor estado de frescura; pois de contrário pode ser 99
extraordinariamente prejudicial para a saúde humana.
Em França a carne de cabrito chegou mesmo a ser considerada venenosa e foi
necessário que o ministério da saúde fizesse publicar um desmentido para acabar com
esse preconceito.
Numerosas são as receitas feitas á base de Cabra e Cabrito no universo gastronómico
de Portugal; podendo mesmo afirmar-se que é fácil de encontrar praticamente em todas
as regiões receituário sobre Cabrito.
A grande razão desta globalização, deve-se essencialmente à pequena densidade das
populações onde estes animais eram normalmente criados e sobretudo por serem
também regiões interiores; o que levava a não matar outras reses tais como Vaca ou
Porco com tanta frequência como o cabrito; muito em especial em todas as épocas
festivas. Por outro lado, escolhia-se quase sempre os machos, porque as fêmeas, eram
para manter a fim de dar continuidade à procriação e garantir a produção de leite e por
sua vez de queijo.
De norte a sul, no forno e com arroz do mesmo, enriquecido com as miudezas, de
ensopado, grelhado, estonado, frito, recheado ou mesmo de caldeirada; não esquecendo
as batatinhas pequenas e os portuguesíssimos “Grelos de Nabo”, assim o cabrito ocupa
hoje em dia um lugar de destaque e nobreza na gastronomia tradicional portuguesa.
Para realçar essa mesma posição, foi criada em “Torres Novas” a confraria do cabrito e
também um festival que decorre anualmente naquela cidade Ribatejana, com o intuito
de demonstrar e aperfeiçoar cada vez mais as receitas ali degustadas.
O Arroz
Tipos de arroz
Os Ovos
101
102
103
104
As Farinhas
A farinha é o ingrediente base para qualquer tipo de massa. Existem diversos tipos de
farinha, cuja escolha, além de importante sob o ponto de vista nutricional, pode
condicionar o sucesso de qualquer receita.
A farinha mais usual neste tipo de massa é a farinha branca que possui textura
esfarelada, baixo teor de glúten e por isso se torna ideal para este tipo de massas, à
excepção de massas de pão. 105
A farinha branca fina (tipo 65), contém 60% – 65% do grão e a superfina (tipo 55),
50% - 55%, sendo esta apenas apropriada para bolos.
A farinha com fermento, após processo de moagem é adicionada com agentes
levedantes, geralmente bicarbonato de sódio e ácido tartárico (cremor tártaro).
Se usar outras farinhas obtidas a partir de cereais para além do trigo, de legumes ou de
frutos secos, pode tirar partido de um maior leque de benefícios nutricionais em pães e
bolos ou mesmo molhos ou outras preparações culinárias. Quando utilizar este tipo de
farinhas, deve ter em consideração as suas características específicas, uma vez que
contêm menos glúten que a de trigo ou puramente são isentas deste. Como exemplo,
temos a considerar:
Farinha de arroz; farinha de Aveia; farinha de Centeio; farinha de Milho; farinha de
Soja; farinha de Trigo-Sarraceno e Fécula de batata.
Assim podemos definir que a farinha é o produto obtido da moagem dos grãos dos
cereais maduros. As farinhas classificam-se então pela percentagem de pó obtido a
partir de 100Kg de trigo sujo. Quanto mais elevada for a taxa de extracção mais escura é
a farinha, em virtude da maior presença de fibras e mais elevado teor de cinza.
Produto Cereal Tipos
Farinha Trigo 55- 65-75-95-115-200
Farinha Centeio 80-110-170-250
Farinha Milho 70-100-175
Os Fermentos
O fermento é um organismo vivo, que sobre efeito de ambiente húmido e quente e
alimentado com açúcar ou amido, produz anidrido carbónico, que faz a massa levedar.
Este divide-se em dois tipos:
O fermento fresco ou de padeiro, deve ser misturado com um líquido tépido, que não
deve ter mais de 40ºC, temperatura ideal, para depois se adicionar à massa, afim de
fazer levedar esta, normalmente para o dobro do seu volume.
O fermento seco e instantâneo que é mais usual em preparados de pastelaria, não
precisa ser dissolvido em líquido, sendo directamente polvilhado sobre a farinha.
A diferença entre estes dois tipos de fermento, está na sua actividade em ambientes
diferentes. O fermento fresco ou de padeiro, actua a baixas temperaturas, isto é; inicia o
seu processo antes da entrada no forno. O fermento instantâneo, ao contrário do anterior
só inicia a sua actuação depois de exposto a grandes temperaturas, ou seja dentro do
forno.
107
O Leite
A Nata: A nata por definição é a matéria gorda do leite. Resulta da aglomeração dos
glóbulos de gordura que se encontram dispersos no leite. Pode obter-se por gravidade
ou desnatação natural do leite, por repouso, em que a gordura sendo menos densa que a
água; isto é 87% da constituição do leite, sobe à superfície.
O Seu Consumo: A nata pode ser consumida a partir do seu estado natural em
cozinha ou mesmo em pastelaria, podendo ser encontrada em várias variantes em
termos de composição e tratamento térmico.
Quanto à sua composição em temos de matéria gorda:
Nata Meio Gorda: Teor máximo de matéria gorda inferior a 18%. 110
Nata Normal: Teor mínimo de matéria gorda: 18%. Teor máximo de matéria
gorda: inferior a 45%.
Nata Gorda: Teor mínimo de matéria gorda: 45%.
Quanto ao processamento de teor técnico:
Nata Pasteurizada.
Nata Esterilizada.
Nata Ultrapasteurizada (UHT).
Quanto ao processo de tratamento tecnológico:
Nata não Maturada: Nata não acidificada espessada ou não, entendendo-se por
espessada aquela cuja viscosidade foi aumentada termicamente.
Nata Maturada: Nata previamente pasteurizada e acidificada por bactérias
lácteas específicas.
Quanto à constituição: a sua constituição média obtida por centrifugação é a
seguinte:
Água 66,5%
Gordura 28%
Proteínas 2%
Lactose (açúcar) 3%
Sais minerais 0,5%
A nata comercializada pode conter como ingrediente facultativo, açúcar (sacarose).
Pode ainda conter emulsionantes e estabilizadores de equilíbrio físico, espessantes,
gelificantes e aromatizantes.
Quanto à sua conservação: A nata pasteurizada é considerada um produto facilmente
perecível. O seu período de validade só é de admitir quando forem mantidas as
temperaturas positivas inferiores a 5ºC.
Os Açúcares
Sob o ponto de vista químico, designam-se por açúcares várias substâncias como por
exemplo: Glucose, frutose, lactose, sacarose, entre outras.
Mais vulgarmente designa-se por açúcar a sacarose, cuja definição é: edulcorante
natural, extraído em geral da cana-de-açúcar e da beterraba sacarina.
Quanto à função:
A sua principal função deve-se ao facto de ser um edulcorante, isto é, ter capacidade
de adoçar. Por esta razão, é uma importante matéria-prima em pastelaria, geladaria,
panificação e cozinha.
Conservante:
Quando adicionado a variados produtos alimentares, por exemplo frutas, vai
permitir a sua conservação, pois reduzindo o teor da água livre, impede o
desenvolvimento da maior parte dos microrganismos.
Proporcionador de “corpo”:
É uma propriedade especialmente notada nos refrigerantes e algumas bebidas
que quando não têm açúcar ficam muito diluídas.
Agente dispersante:
A estrutura cristalina do açúcar permite misturas mais uniformes em preparados
para bolos e pós para preparar refrescos e gelatinas por exemplo.
Lubrificante:
Esta propriedade, é importante na preparação de massas homogéneas e
responsável pela maior parte da sensação agradável de macieza na boca.
Precauções:
O açúcar por ser uma substância higroscópica, isto é, que absorve com facilidade
humidade, deve ser conservado num recipiente bem fechado e armazenado em locais
frescos e secos, pois caso contrário, ao absorver a humidade entorroa, dificultando a sua
utilização.
114
As Margarinas
São produtos transformados de frutas naturais, que se utilizam para rechear bolos e
pintar superfícies de bolos e de frutas. Os doces de fruta são designados por “recheio”
por serem utilizados para rechear bolos.
Geleias: Marmelo, Maçã, Pectina e outras.
Recheios. Marmelo ou seja marmelada, maçã, etc.
As características comuns das geleias são: Consistência gelatinosa, brilhante,
translúcida e bastante doces.
As geleias de marmelo e maçã, têm cor acastanhada e servem para pintar superfícies
de bolos e frutas, dando-lhes um aspecto brilhante.
A geleia de pectina é incolor e não tem sabor a fruta. No entanto, o sabor a fruta pode-
lhe ser dado através de essências e a cor ser-lhe dada através de corantes. Pela adição de
ácidos, tais como: ácido cítrico e creme tártaro ou apenas ácido cítrico, pode
transformar-se em produto sólido.
É utilizada para pintar superfícies de bolos e frutas. Quando corada, quer no estado
normal quer no solidificado, pode também ser utilizada em decoração de bolos, pela
ajuda de cartuchos para artes decorativas.
Quanto aos recheios vamos exemplificar com os concentrados de polpa de marmelo
ou maçã com açúcar, de cor amarela acastanhada e que servem habitualmente para
rechear bolos.
Para melhor utilização, as geleias que nos servem para pintar superfícies de bolos e
frutas devem aquecer-se previamente para que fiquem menos consistentes e possam ser
aplicadas com uma trincha.
A geleia de pectina deve ser utilizada segunda a mesma regra das anteriores: no que se 116
refere a utilização para decoração, esta é aplicada depois de corada e no seu estado
sólido utiliza-se em pequenas peças cortadas.
Os recheios devem ser esmagados de forma a tornarem-se facilmente aplicáveis com
uma espátula ou saco de pasteleiro.
As Frutas
Sob o ponto de vista botânico o fruto é ovário da planta, isto é a planta onde estão
alojadas as sementes.
Assim por definição, beringelas, tomates, morangos, pepinos e pêras, tudo são frutos.
Sob o ponto de vista dos cozinheiros, fruto porém é aquilo que geralmente se utiliza
para confeccionar um determinado prato principal como por exemplo o pimento ou o
tomate, enquanto que a fruta é a peça que é comida de um modo geral após as refeições
como sobremesa.
Assim. na cozinha também distinguimos estes dois grandes grupos; frutas e frutos,
sendo estes incluídos no grupo dos vegetais (com os legumes, os cereais, as raízes e
tubérculos) enquanto que os primeiros entram na categoria das sobremesas ( frutas ).