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OBRIGAÇÕES E CONTRATOS

Solidariedade (quando há concurso de credor ou devedor, onde cada um tem


direito/obrigação em relação à dívida toda) não se presume: decorre de lei (e.g. obrigação
indivisível – art. 259) ou convenção.

A solidariedade ativa aproveita ao devedor comum (pode pagar à qualquer um, se este
der caução do consentimento dos demais; se um dos credores o remitir, é ele quem responde
aos outros credores;), e a solidariedade passiva aproveita ao credor comum (pode exigir de
qualquer um a dívida inteira; renunciar à solidariedade para receber parcialmente de um dos
devedores;).

CESSÃO DE CRÉDITO: transferência de direito entre credores, vedado apenas por lei,
cláusula proibitiva ou natureza da obrigação; o devedor não notificado, de boa-fé que pagar ao
credor primitivo, fica exonerado; o devedor também fica exonerado se pagar ao credor que
tiver o título da obrigação, e o título particular da cessão; no caso do crédito constar de
escritura pública, prevalece o 1º notificado; o cedente não responde pela solvência do
devedor, salvo estipulado em contrário;

ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: com o consentimento do credor, 3º pode assumir a dívida,


excluindo-se as garantias especiais dadas pelo devedor primitivo ao credor, salvo se aquele
expressamente assentir que sigam válidas;

TEMPO, LUGAR, QUEM PAGA E QUEM RECEBE: de regra, no local do domicílio do


devedor; salvo estipulação temporal específica ou disposição legal, o credor pode exigir
imediatamente; o pagamento ao credor putativo é válido; se ciente de que o credor que
recebeu era incapaz de quitar, o devedor deve provar que o pagamento reverteu em benefício
daquele;

PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO (consignar = inscrever, assentar): ação para depositar


judicialmente pagamento de uma dívida, quando há quaisquer dúvida acerca do pagamento;
se o credor impugnar ou aceitar o depósito, mas aquieça no seu levantamento, perde a
preferência e as garantias que tinha em relação à coisa consignada, e desobrigam-se os
fiadores que não consintam com o levantamento;

PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO: independe de assentimento do credor (pois, se


tiver, é cessão); transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégio e garantias do
credor primitivo;

IMPUTAÇÃO (imputar = indicar/apontar) AO PAGAMENTO: obrigado por dois ou mais


débitos da mesma natureza deve indicar qual deles está oferecendo pagamento, pois se
aceitar quitação de uma delas, não poderá reclamar da escolha do credor; omissa a escolha de
ambas as partes, a quitação se fará da obrigação que vencer 1º, ou, se vencidas ao mesmo
tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa; de regra, o pagamento quita 1º os juros, não o
capital;

DOAÇÃO EM PAGAMENTO: o credor pode aceitar receber prestação diversa daquela


que lhe é devida; se for título de crédito a coisa dada em pagamento, ocorre cessão;
determinado o preço da coisa dada, rege-se pelas normas do contrato de compra e venda; se o
credor for evicto da coisa dada, restabelece-se a obrigação primitiva;
NOVAÇÃO: ocorre mudança nas partes vinculadas juridicamente, ou o objeto desse
vínculo é renovado/renegociado; a substituição do devedor independe do consentimento
deste, e se o novo devedor for insolvente, não cabe regresso do credor que o aceitou contra o
devedor primitivo; de regra, extinguem-se os acessórios e garantias da dívida, e, mesmo que
ressalvadas, precisam da anuência do fiador/3º como parte da novação;

COMPENSAÇÃO: autoexplicativo; se existirem várias obrigações, rege-se pela


imputação;

CONFUSÃO: quando uma pessoa se torna ao mesmo tempo credora e devedora de si


própria (casamento, sucessão/herança, pode também derivar de cessão/sub-rogação); cessada
a confusão, a obrigação restabelece-se, com os acessórios;

REMISSÃO (“perdão” pelo credor): depende da anuência do devedor, sem prejuízo de


3os; a restituição de um bem empenhado faz renúncia da coisa dada em garantia, não a
extinção da dívida; a remissão de dívida solidária não aproveita aos demais, se não a dedução
da parte remitida;

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