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No ponto de ônibus, à espera da tecnologia social

Nathália Kneipp Sena1

Palavras-chave: tecnologia social, identidades,


discursos, imagens, organização, redes sociotécnicas

Resumo: ponderações sobre o design de uma parada de ônibus são usadas neste trabalho
como elemento introdutório do conceito de tecnologia social (TS) que é discutido e praticado
em países latino-americanos, como Brasil, México, Argentina e Uruguai. O texto inclui
discussões sobre quais identidades, discursos e imagens podem ser associados às TSs e como
distingui-las enquanto fomentadoras de uma organização diferenciada sem fronteiras, em
constante transformação e que não cessa de se multiplicar, pedindo maior harmonia entre
tecnologia, pessoas e meio ambiente em uma autêntica rede de tecnologias sociais.

Keywords: social technology, identities, discourses, images, organization, socio-technical


networks

Abstract: thoughts of the design of a bus stop are used in this work as preliminary element to
the concept of social technology (ST) discussed and practiced in Latin-American countries,
such as Brazil, Mexico, Argentina and Uruguay. This paper adds discussions on which
identities, discourses and images can be associated to STs as well as how to recognize them as
fomenters of a borderless and differentiated organization that is in constant transformation
and does not cease to multiply, calling for broader harmony between technology, people, and
the environment, within a true network of social technologies.

1
mestranda em Comunicação na Universidade Católica de Brasília.
No ponto de ônibus, à espera da tecnologia social

As paradas de ônibus — ou “abrigos de ônibus”, no jargão dos arquitetos — de


Brasília, e de outras cidades brasileiras, são uma boa referência para se indagar a que veio o
discurso da tecnologia social. Como uma tecnologia pode não ser social, se todas surgem em
meio à sociedade? Que novidades acompanham esses textos, discursos, imagens e
identidades?

A Figura 1 corresponde à visão lateral do traçado da


estrutura metálica das paradas de ônibus que surgiram em 2002 no
Distrito Federal (Figura 2), feitas pela empresa européia Cemusa,
com o design da globalização, assinado pelo arquiteto Nicholas
Grimshaw. Diferem dos antigos pontos de ônibus de Brasília
(Figura 3). Revelam que o arquiteto em questão, certamente não
foi, nem é ou será, um típico usuário brasileiro de ônibus. No Brasil, raramente pode-se
encontrar uma tabela com os horários dos coletivos afixada nas paradas, nem comprovar a
pontualidade britânica na gestão e uso do transporte público. Ademais, há que se considerar o
fator “vandalismo”, nesse caso, “a possibilidade de desmonte”.

O signo evocado pela estrutura dessas paradas, em um exercício de semiose − "todo


signo interpreta outro signo" (ECO, 2004, p.23); ou de “esquizofrenia” via simbolização,
"facilidade para colar arbitrariamente um significado em um objeto qualquer" (BAITELLO
JUNIOR, 1997, p. 23) — , lembra uma representação minimalista do Cristo crucificado, um
gerador de energia eólica, ou, se formos investigar em uma tabela de sinais para a
representação dualista ocidental, o garfo, “na Idade Média, era o símbolo da trindade.
Pitágoras já o considerava como representação esquemática do curso da vida: a princípio, o
caminho reto que a certo ponto se divide numa estrada ‘boa’ ou ‘ruim’. Aberto para cima é o
símbolo da alma que espera” (FRUTIGER, 1999, p. 53). Condiz com uma estrutura que pouco
protege as pessoas da chuva, do vento e do sol, enquanto local destinado à espera. Algumas
paradas têm uma aba “amputada”. A estrutura de ferro é condutora de calor, e, embora muitos

2
neguem, com argumentos científicos, que atraia descargas elétricas, há o risco e o receio de
que isso ocorra, pois o Brasil é campeão mundial na incidência de raios — 50 milhões ao ano,
ceifando centenas de vidas, anualmente, e deixando outras milhares feridas (FANRAIO
ENGENHARIA). O professor Daniel Paz (2004) que também faz sua crítica ao uso dessas
estruturas, em Salvador, acrescenta: “além do fato de o arrojado ser um contra-senso
funcional, os modelos mais belos são justamente os que, no uso cotidiano, registram as cenas
mais aberrantes”. Em vez de recepcionar bem as pessoas, tornam-se convidativas e
acolhedoras às peças
publicitárias em que,
no caso da parada da
Figura 2 (DKCELL
DESIGN), existe
água disponível para
se regar a planta ao se
apertar um botão, um
ato simbólico em prol
da sustentabilidade, o
que resulta em um
símbolo, peirceano,
evocador da sensação
de sede para quem
estiver na parada.
Saciam-se as necessidades básicas do reino vegetal, frustram-se aquelas do reino animal, a
menos que as pessoas arrisquem-se a beber essa água.

Nas figuras 3 (VELASCO, 2009) (imagem de


Brasília) e 4 (@ZONA) há ilustrações sobre as várias
versões adotadas em diferentes países na concepção
estética e funcional de uma parada de ônibus, inclusive
o exemplo e exceção, no Brasil, da cidade de Curitiba.
As opções são tão distintas quanto a funcionalidade

Figura 3 3
projetada e a criatividade encontrada
nesses projetos. O exemplo da parada
de ônibus serve como um zoom in na
realidade quotidiana. Introduz o
discurso de que todo empreendimento
em que o conhecimento exerce um
diferencial, quando o ser humano e o
meio ambiente não são considerados
prioritários na sua concepção, a
imagem da C&T sofre um descrédito,
distanciamo-nos da necessária
“adequação sociotécnica” (NEDER,
2010).

Figura 4

Ausência de foco no ser humano e nas diferenças

Exemplos que denigrem a imagem da C&T encontram-se nos contrastes e inabilidade


de se lidar com os progressos dessas áreas, especialmente quanto à divisão dos benefícios para
a sociedade como um todo, e incluem tanto os pontos de ônibus, quanto a segurança alimentar
e nutricional e chegam a destinos mais remotos, como os citados por Saramago, por ocasião de
seu discurso, em cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Literatura, cobranças sobre os
avanços da C&T, com um leque gigantesco de temas inter-relacionados e que afetam
diretamente a vida das pessoas:
“Neste meio século não parece que os governos tenham feito pelos direitos
humanos tudo aquilo a que moralmente estavam obrigados. As injustiças
multiplicam-se, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria se
alastra. A mesma esquizofrênica humanidade capaz de enviar instrumentos a
um planeta para estudar a composição das suas rochas assiste indiferente à
morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte do
que ao nosso próprio semelhante.” (SARAMAGO, 1998)

Os estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CT&S) têm na fala Fernando Molina


a sua tradução: “é preciso clareza sobre lixo tecnológico, obsolescência planejada, qualidade

4
tecnológica, durabilidade, tecnologias para o futuro, tecnologias sustentáveis, tecnologias
adequadas aos problemas – e não ao consumo de massa – e tecnologias customizadas, que não
impõem uma única solução, como se fôssemos todos iguais.” (CASTRO, 2009)

Afinal, quem espera pela tecnologia social?

Não só os usuários brasileiros de ônibus e os que passam fome — 40 milhões de


brasileiros (MARQUES, 2009, p. 20) —, mas um conjunto de tribos, subculturas, demarcadas
em um universo organizacional complexo:

“Enquanto os integracionistas trabalham com a perspectiva de uma


cultura única e homogênea para toda a organização, os analistas da
diferenciação trabalham com as subculturas.” (CURVELLO, 2006,
p.258)

Quanto às subculturas e os discursos que advogam a favor das TSs, elas têm no
desenvolvimento local participativo, na ação comunicativa, na defesa da declaração dos
direitos humanos e no discurso da inclusão social, com diversos propósitos de enunciação, um
ponto de interseção, convergência e, sobretudo, identidade.

A CPMI (BRASIL, 1994) sobre as causas do atraso tecnológico, em 1991; as


conferências nacionais de C&T, os seminários organizados pelo Instituto de Tecnologia
Social (ITS) e Academia Brasileira de Ciência (ABC), as conferência internacionais sobre TS,
o curso Teoria Crítica da Tecnologia na
Universidade de Brasília podem ser
considerados como fóruns que têm um
papel de “incubadores de subculturas”, de
um discurso diferenciado, mais afinado
com a “aproximação entre os problemas
das comunidades e o leque de soluções”
(PASSONI, 2004) que pode ser produzido
Figura 5 Fonte: MCT
coletivamente, as tecnologias sociais

5
A partir de 2003, “institucionalizou-se” ou “imiscuiu-se”, via constituição de uma
Secretaria de Inclusão Social no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), nos assuntos de
um organismo maior que o Ministério, denominado Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia
e Inovação (SNCT&I), (ver Figura 5), e para muito além deste, que é orquestrado por um
Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), presidido pelo titular da Presidência da
República, talvez o único presidente, até então, que tenha sido um usuário freqüente do
transporte coletivo no Brasil e conheça o que é passar fome.

Como se pode observar na Figura 5, o ecossistema é diversificado. Muitos atores


defendem a idéia da C&T “neutras” ou com um viés “determinista”. A ciência é responsável?
Para Stengers e Bensaude-Vincent (2003) a questão não faz sentido por não ser “concreta” e
opinam::
“...o termo responsabilidade não responde aos questionamentos técnicos
— ‘quem é obrigado a responder o quê?’ (...) ‘de que meios aquele que
deve responder a essa questão dispõe para estabelecer o seu
posicionamento?’. Sem respostas a esses questionamentos, o grande
tema da responsabilidade, tanto a da ciência como a dos cientistas,
permanece assunto para dissertações morais. Sem interesse”2.
(STENGERS E BENSAUDE-VINCENT, 2003, p. 350)

A teoria crítica de Andrew Feenberg (2010), que abrange mais a tecnologia que a ciência,
fomenta um discurso oposto a esse com uma perspectiva construtivista, incentivadora de uma
nova visão de tecnologia como “campo de luta social, uma espécie de parlamento das coisas,
onde concorrem as alternativas civilizatórias” (NEDER, 2010, p. 76)

O fato é que se for considerado como um organismo, o SNCT&I, com a chegada do


discurso das tecnologias sociais, comprova alguns conceitos dos sistemas abertos, propostos
inicialmente por Ludwig Von Bertalanffy, que é citado por Gareth Morgan, autor que propõe
uma interpretação das organizações a partir de metáforas, comparando-as às imagens que

2
Tradução livre. No original, o verbete “responsabilité: La science est-elle responsable? (...) La question n´a
guère de sens tant qu´elle n´est pas concrète, c´est-à-dire tant que le terme ‘responsabilité’ ne répond pas à la
question technique: ‘qui est contraint de répondre de quoi?’, et avec les correlats pratiques de cette définition:
‘de quels moyens celui qui doit répondre dispose-t-il pour tenir cette position?’ Sans réponses à ces questions, le
grand thème de la responsabilité, de la science ou des scientifiques, restera matière à dissertations morales. Sans
interêt.”

6
permitem vê-las enquanto máquinas, cérebros, culturas, sistemas políticos, prisões psíquicas,
fluxos e transformações, instrumentos de dominação e, no caso de serem vistas como
organismos vivos, assinala:

“qualquer sistema que se isola da diversidade do ambiente tende a


atrofiar-se e a perder a sua complexidade, bem como a distintividade
de sua natureza.”(MORGAN, 1996, p. 51)

O distanciamento das preocupações, prioridades e orçamento da agenda nacional de C&T em


relação aos temas próximos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), das questões de
cidadania e sustentabilidade, incomoda a alguns segmentos “organizados” da sociedade civil.
Essa diversidade do ambiente foi percebida a tempo de haver intervenções. Eis um trecho
desse discurso que foi mobilizador do movimento do Terceiro Setor em prol das TSs :

“Exemplifica-se com a questão do aquecimento da temperatura global,


fenômeno que afeta toda a população e teve, inicialmente, uma
discussão restrita à academia e aos gabinetes do poder, apesar de ter
sido uma discussão iniciada na Conferência Rio-92. ‘À sociedade o
que compete discutir?’, questiona um dos participantes. Defende-se
que as organizações não-governamentais tenham condições de
conduzir esse debate. Nesse caso
específico, montaram um programa,
chamaram os cientistas, traduziram a
questão em uma linguagem acessível,
redigiram cartilhas, democratizaram as
discussões. O Observatório do Clima dá
continuidade a essas iniciativas.”
(INSTITUTO DE TECNOLOGIA
SOCIAL, 2002, p. 74)

Identidade, discurso e imagem

Em termos de

interdiscursividade, um recorte dos textos apontados na dissertação de Flávio


Figura 6
Brandão (2001) e outros mais recentes, realça o que tem servido como
resignificação de certos aspectos utilitários que se atribui à tecnologia com várias adjetivações,
como aparecem na Figura 6.

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Em seu primeiro pronunciamento, Lula tentou juntar os dois discursos, hegemônico e
contra-hegemônico, buscando uma identidade que melhore a imagem da CT&I.."Um
indivíduo não comunica; ele se envolve em comunicação ou torna-se parte da comunicação"
(WATZLAWICK, 1993, p. 64) Ao se envolver no discurso, Lula procurou estabelecer uma
ponte entre os dois pólos, ao se referir à TS, nesse caso, iniciais de “tecnologias simples”, no
ato de reinstalação do CCT, realizado no Palácio do Planalto:
"Contamos com o trabalho dos senhores e senhoras integrantes do Conselho
para planejar políticas ousadas e viáveis, e afinadas com os interesses do nosso
País. Nosso objetivo comum é gerar inovação tecnológica que agregue valor
aos nossos produtos, aumentando a sua competitividade nos mercados interno
e externo. Ao mesmo tempo, precisamos incentivar e difundir o uso de
tecnologias simples que cumpram papel insubstituível junto às Regiões e
comunidades menos desenvolvidas" (INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, 2003)

Raramente tecnologia social é sinônimo de simplicidade, pois requer muitas


articulações promotoras de um desenvolvimento local participativo em que os valores
humanistas predominem, mas o binarismo destaca-se no discurso do presidente. Tecnologias
simples em oposição a tecnologias complicadas ou complexas. Por um exercício de
linguagem, o pólo dos problemas sociais mais complexos, das regiões menos desenvolvidas,
torna-se "neutralizável" por intermédio da difusão das tecnologias simples, o que evoca um
comentário sobre soluções em que o simples pode se aproximar do mágico: "o pólo negativo
precisa ser amenizado ou curado por soluções mágicas" (IASBECK, 1997, p. 102).

"Desde seu princípio, o binarismo é valorado polarmente. A


necessidade de dar valor vem em primeiro lugar para, logo a
seguir, subsidiar a decisão. A polaridade existe, portanto, para
facilitar a decisão, a atitude, o comportamento, a ação. E elas
surgiram, evidentemente, de siturações práticas da vida. Assim,
cada pólo recebe um valor." (BYSTRINA, 1995, p. 6)

No discurso da academia, mais precisamente no grupo da Universidade de Campinas,


liderado por Renato Dagnino (2009), um texto binário opõe tecnologias socias (TSs) a
tecnologias capitalistas ou convencionais (TCs). Advoga-se a difusão de TSs como
movimento político, contra-hegemônico. TS tem uma identidade diferenciada, em oposição às
TCs, pois apresenta a possibilidade de participação das comunidades, um desvendar de redes
sociotécnicas, em economias solidárias. Inclusive, em alguns países latino-americanos há um

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discurso de coesão ou de identidade regional, bloco latino-americano, nesse movimento, como
é o caso do Brasil, México, Argentina e Uruguai (THOMAS e FRESSOLI, 2009).
"A composição total de um discurso é sempre provisória e única em
cada ato perceptivo (num dado momento, num dado lugar), estando
sujeita a transformações dinâmicas pelo acréscimo de outros signos,
advindos ou obtidos de uma nova informação, uma nova experiência..."
(IASBECK, 1997, p. 53)

Na organização SNCT&I esse discurso ganhou expressão no Plano de Ação 2007 -


2010, texto que expressa planos e intenções de longo prazo enunciados pelo MCT. O
movimento em prol das TSs foi traduzido em dois eixos de ações: popularização de C,T&I e
melhoria do ensino de ciências e tecnologias para o desenvolvimento social. São esses os
portfólios de ação da Secretaria de Inclusão Social (Secis):

Popularização de C,T&I e melhoria do Tecnologias para o desenvolvimento social


ensino de ciências
• Apoio a projetos e eventos de • Implementação e modernização de
divulgação e de educação científica, Centros Vocacionais Tecnológicos;
tecnológica e de inovação;
• Apoio à criação e ao desenvolvimento • Apoio à pesquisa, à inovação e à
de centros e museus de ciência e extensão tecnológica para o
tecnologia; desenvolvimento social;
• Olimpíada Brasileira de Matemática • Programa comunitário de tecnologia e
das Escolas Públicas (OBMEP); Cidadania;
• Conteúdos digitais multimídia para • C,T&I para o desenvolvimento regional
educação científica e popularização com enfoque em desenvolvimento local
da C,T&I na Internet. – Arranjos Produtivos Locais (APLs);
• Apoio à pesquisa e ao desenvolvimento
aplicados à segurança alimentar e
nutricional;
• Pesquisa e desenvolvimento
agropecuário e agroindustrial para
inserção social;
• Capacitação em C,T&I para o
desenvolvimento social.
Como essa organização, rede, não se encontra restrita às fronteiras do Sistema, há
várias iniciativas que resultaram das "incubadoras de subculturas", entre as quais, destaca-se a
Rede de Tecnologias Sociais (RTS), que tem, aproximadamente, mil instituições associadas,
entre públicas e privadas, que trabalham com reaplicação, difusão, desenvolvimento,
monitoramento e avaliação de tecnologias sociais.

9
Resta saber se todos os avanços no dialogismo, conceito de Bahktin −"uma idéia,
qualquer que ela seja, não sobrevive sem dialogar com as idéias dos outros" (IASBECK, 1997,
p. 79) −, desse organismo, gerado enquanto rede sociotécnica, processo comunicativo,
encontra-se em sintonia com as imagens, projetos e ações relacionadas aos anseios dos que
militam em prol das TSs. Será que existe o dialogismo entre o portfólio da C,T&I para o
Desenvolvimento Social e as demais linhas de ação do Ministério, sobretudo com as áreas
estratégicas: biotecnologia e nanotecnologia; tecnologias de informação e comunicação;
insumos para a saúde; biocombustíveis; energia elétrica, hidrogênio e energias renováveis;
petróleo, gás e carvão mineral; agronegócio; biodiversidade e recursos naturais; Amazônia e
Semi-Árido; meteorologia e mudanças climáticas; programa espacial; programa nuclear e
defesa nacional e segurança pública? Como promover esse diálogo? É possível encontrar
afinidades entre tantas diferenças? Os feitos, até então, parecem indicar que essa expectativa,
espera, permanece e não cessa de se manifestar. Eis aí um movimento autopoiético, uma rede
de tecnologias sociais, que se amplia, transforma-se, ganha em complexidade e conquista
novos espaços a cada dia. Refraseando o fragmento de Heráclito: à alma (que espera)
pertence o logos que se amplia.

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