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POSSE
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DICLER FORESTIERI
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DIREITO CIVIL
Posse
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Posse e Propriedade.....................................................................................4
Introdução.................................................................................................4
1. Posse.....................................................................................................7
1.1. Teorias sobre a Posse............................................................................7
1.2. Espécies de Posse.................................................................................9
1.3. Aquisição da Posse.............................................................................. 14
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POSSE E PROPRIEDADE
Introdução
O direito das coisas é o complexo das normas reguladoras das relações jurí-
Código Civil divide a matéria em duas partes: posse e direitos reais, dedicando, a
a posse, pois esta (posse) representa parte dos poderes da primeira (propriedade).
de, não está elencada no rol apresentado. Com isso, conclui-se que a posse é um
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A posse não é um direito real, apesar de ser um instituto jurídico estudado dentro
• Direito pessoal: consiste em uma relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode
guir, uma tabela em que consta a divisão feita pela doutrina sobre os direitos reais.
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Direitos reais
sobre coisa • propriedade.
própria
• enfiteuse;
• superfície;
• servidão predial;
De gozo ou fruição
• usufruto;
• uso;
• habitação.
Sobre o Direito de Laje, que foi recentemente inserido no rol dos Direitos Reais,
há quem diga que se trata de um Direito Real sobre Coisa Própria por derivar da
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1. Posse
1.1. Teorias sobre a Posse
Duas teorias relevantes conceituam o que vem a ser a posse: a teoria subjetiva
e a teoria objetiva.
Teoria Subjetiva
Tendo Savigny como principal responsável, define a posse como um poder fí-
sico sobre a coisa, com a intenção de tê-la para si. Dessa forma, podemos apontar
dois elementos caracterizadores: o corpus e o animus. O corpus seria o contato
físico com a coisa, isto é, a detenção, ao passo que o animus seria a intenção de
possuí-la como dono.
De acordo com a teoria subjetiva, o locatário e o usufrutuário não seriam pos-
suidores, pois eles detêm a coisa em nome alheio, sem a intenção de permanecer
definitivamente com ela (animus domini).
Teoria Objetiva
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
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A posse é uma situação de fato que, por aparentar ser uma situação de Direito,
recebe proteção da lei. Ou seja, pode-se dizer que a posse é o efetivo exercício de
alguns dos poderes da propriedade (gozar, reaver, usar e dispor da coisa) por aque-
Nem sempre a aparência de dono revela a existência da posse. É o que ocorre com
aquele que se acha em relação de dependência para com outro e conserva a posse em
nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas, bem como aquele que
pratica os atos por mera permissão ou tolerância. Vide o art. 1.198 do CC:
que tomam conta; o motorista, com relação ao carro que dirige etc.
Conceito de Posse
a coisa).
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O Código Civil adotou a teoria objetiva, portanto, para haver posse, não precisa haver
intenção de ter a coisa. É possível a posse sem a propriedade (intenção de ter a coisa).
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
Quando duas pessoas têm a posse sobre a mesma coisa, mas em graus dife-
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O artigo em análise trata a posse justa como aquela que não apresenta vícios,
dessa forma, a contrario sensu, a posse injusta é aquela que apresenta vícios.
rural que está sendo utilizada pelo proprietário, cumprindo a sua função social.
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Ex.: o locatário de um bem móvel que não devolve o veículo ao final do con-
trato de locação.
tempo)?
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de ces-
sar a violência ou a clandestinidade.
clandestinidade?
para reaver o bem que foi tomado de forma violenta ou clandestina deve ser pro-
posta no prazo de ano e dia. Após esse período, a posse injusta pela violência ou
1.203 do CC.
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Terá boa-fé o possuidor que estiver convicto de que a coisa realmente lhe per-
tence, sem saber que está prejudicando o direito de outra pessoa, por ignorar a
existência de vício que lhe impede a aquisição da coisa.
Não se deve confundir a posse de boa-fé com a posse justa. Para verificar se a pos-
se é de boa-fé, temos um critério psicológico (subjetivo). Por outro lado, para veri-
ficar se a posse é justa, estamos diante de um critério objetivo, bastando o exame
da existência ou não dos vícios.
Posse de boa-fé/Posse de má-fé → critério subjetivo.
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que
as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
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o locatário de um apartamento.
nitivo (animus domini), devendo também ser mansa, pacífica, ininterrupta, justa e
se nova é a que conta menos de ano e dia, ao passo que a posse velha é a que
Este assunto está relacionado com a composse, ou seja, quando há uma posse
em comum e do mesmo grau entre duas ou mais pessoas. É o que ocorre com os
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Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
dor tem o direito de exercer a posse sobre o todo, não podendo um excluir a posse do
outro. Caso ocorra tal exclusão, o compossuidor turbado ou esbulhado poderá mover
Ex.: quando um casal mora em uma casa, um não pode limitar o outro a transitar
em determinadas partes da casa, pois os dois exercem uma posse pro indiviso.
A posse pro diviso é a composse de direito, mas não de fato, na qual cada
à sua área. Na prática, existe uma divisão fática, mas no título de propriedade não
há tal divisão.
Ex.: quando dois irmãos possuem uma fazenda e um planta beterrabas na sua
nome próprio, alguns dos poderes inerentes à propriedade (Gozar, Reaver, Usar e
Dispor – GRUD).
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do antecessor se lhe convier. Caso a faculdade de opção seja exercida, a posse per-
ses (anterior e posterior) podem ser utilizadas para conduzir a aquisição da pro-
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de ces-
sar a violência ou a clandestinidade.
Atos de mera permissão ou tolerância, tal como o caseiro que mora na fa-
zenda, não caracterizam uma posse, mas apenas uma mera detenção.
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis
que nele estiverem.
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• defesa direta;
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
Os interditos são as ações possessórias. Tais ações são cabíveis quando a posse
(perda da posse), pouco importando se total ou parcial, e para que seja re-
fico para que o possuidor retome uma posse que lhe tenha sido tomada por
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sem perder a sua posse, vem a ser perturbado nela. Tem o objetivo de fazer
cessar o ato do turbador, que molesta o exercício da posse, contudo sem de-
é do que uma ordem judicial proibitória (daí o seu nome), para impedir que
Existem ainda outros tipos de ações possessórias, mas o assunto será estudado
• Nunciação de obra nova: utilizada para impedir que nova obra em prédio
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defender os bens possuídos, não sendo parte no feito, sofre turbação ou esbu-
lho na posse de seus bens, por efeito de penhora, depósito, arresto, sequestro,
Art. 1.210
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua pró-
pria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir
além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
Por meio do referido dispositivo, o legislador admite dois meios hábeis para a
proteção possessória:
posse perdida.
dia, ficará caracterizado o crime previsto no art. 345 do Código Penal: Exercício
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Ainda no art. 1.210 do CC, o fato de outra pessoa estar questionando a pro-
priedade ou outro direito sobre a coisa turbada ou esbulhada não impede que o
cas da coisa, podendo ser, quanto à origem, naturais, industriais ou civis. Por outro
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser res-
tituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
O possuidor de boa-fé, nos termos do art. 1.214 do CC, tem direito aos frutos
pendentes, que ainda não foram separados do bem principal, devem ser devolvidos
ao que for colhido (fruto percebido), porém, a plantação que ainda não foi colhida
(fruto pendente), como regra, terá de ser devolvida, caso ocorra o fim da posse.
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Conclui-se que a lei ampara o interesse do possuidor de boa-fé, por ser mais
Como exemplo, temos as frutas separadas do pé, o tecido que sai do tear etc.
ele responda por todos os danos que causou com os frutos colhidos e percebidos.
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necessárias e úteis, será cabível o direito de retenção (meio de defesa pelo o qual o
credor continua a deter o bem até que ocorra a indenização). Tal direito de retenção
ou seja, levá-las consigo. Entretanto, tal direito não assiste ao possuidor de má-fé.
Caso o possuidor esteja obrigado a ressarcir alguma coisa, poderá haver a com-
pensação entre o valor utilizado com as benfeitorias e o valor a ser pago a título de
ressarcimento.
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legislador faculta que o reivindicante escolha entre o valor atual e o valor de custo,
ou deterioração do bem a que não der causa, pois a responsabilidade existirá so-
postulante (“reivindicante”).
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O possuidor perde a posse quando não há mais, contra sua vontade, poder fático
busca a reintegração dentro do período de ano e dia, que passa a funcionar como
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O dispositivo legal quer dizer que a simples ausência não importa na perda da pos-
se, podendo o possuidor, embora ausente, continuar a posse solo animo, ainda que a
coisa possuída por ele tenha sido ocupada por um terceiro, durante a sua ausência.
2. Propriedade
Propriedade é o direito que a pessoa física ou jurídica tem de usar (faculdade
dade, preconizado no art. 5º, XXIII, da Constituição Federal, que visa coibir abusos
uma função social é dizer que a ela é dada uma forma de conceito do habitante de
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vel, seja ele usado para moradia ou para fins comerciais, diz-se que ele atende
Não basta a titularidade, o proprietário deve estar sensibilizado para com o dever
Art. 1.228, § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodi-
dade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
propriedade, atos com a intenção de causar dano a outrem e não de satisfazer uma
Dessa forma, não se pode construir uma chaminé falsa para única e exclusivamente
bloquear o sol da piscina do vizinho, pois tal conduta representa um ato emulativo. Os
atos emulativos são considerados atos ilícitos e, por isso, são vedados.
ária pela qual o Poder Público, compulsoriamente, despoja alguém de uma proprie-
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Art. 1.228
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado con-
sistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos,
de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto
ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e
econômico relevante.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao
proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em
nome dos possuidores.
pecial proteção à posse trabalho, isto é, à posse ininterrupta e de boa-fé por mais
considerável de pessoas.
a do espaço aéreo acima do solo. Entretanto, o proprietário não pode se opor à uti-
lização do seu subsolo e do seu espaço aéreo quando por terceiros, caso não tenha
um interesse legítimo.
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avião por cima de seu terreno a 2.000 metros de altura; ou então, ou impedir que
aéreo correspondentes, ele não será proprietário das minas. Jazidas e energia hi-
dráulica que, pelo art. 176 da CF, pertencem ao patrimônio da União, para efeito de
cursos minerais que puderem ser utilizados imediatamente na construção civil são
A seguir, temos uma tabela que resume o assunto. Ressalto que já vi várias
questões das bancas FCC e CESPE/UnB que tratam destes conceitos. Como as de-
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Propriedade do Solo
Abrange, porém o proprietário não pode
Subsolo e espaço
se opor a atividades de terceiros que não
aéreo correspondentes
tenha interesse legítimo.
Jazidas, minas e demais recursos mine-
rais, os potenciais de energia hidráulica, Não abrange, mas é assegurado ao proprie-
os monumentos arqueológicos e outros tário participação nos resultados da lavra.
bens referidos por leis especiais
Podem ser explorados pelo proprietário,
Recursos minerais de emprego imediato
desde que não sejam submetidos à transfor-
na construção civil
mação industrial.
• Absoluto: é o mais completo dos direitos reais; o seu titular pode utilizar o
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• plena (ou alodial) – quando o proprietário tem o direito de uso, gozo e dis-
posição plena enfeixados em suas mãos, sem que terceiros tenham qual-
quer direito sobre àquele bem. Todos os elementos estão reunidos nas
gum ônus (ex.: hipoteca, servidão, usufruto etc.), ou quando for resolúvel
rio etc. Dessa forma, uma pessoa pode ser o titular, o proprietário, ter o bem
registrado em seu nome e outra pessoa pode ter direitos de usar, gozar e até
2.4. A Descoberta
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legí-
timo possuidor.
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Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o en-
contrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.
possui dono e, por isso, deve ser devolvida a este ou a uma autoridade competente.
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá
direito a uma recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização
pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono
não preferir abandoná-la.
Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o es-
forço desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as
possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos.
O descobridor que vier a restituir o objeto achado terá direito a receber uma re-
sado dolosamente.
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Por fim, os arts. 1.236 e 1.237 do CC tratam dos procedimentos que devem
objeto achado.
Cabe ressaltar que a não devolução de um objeto achado tipifica o crime previs-
Art. 170 (...)
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único – Na mesma pena incorre:
Apropriação de coisa achada
II – quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando
de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
dentro no prazo de quinze dias.
priedade imóvel:
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faz seu o bem sem que este lhe tenha sido transmitido por alguém.
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• Ilhas formadas por força natural (art. 1.249 do CC) – trata-se do acú-
mento das águas que descobrem parte das margens (álveo) do rio.
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tando-se a outro.
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um
prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar
o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se
juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas
margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem
novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
truções etc. Possui caráter oneroso e se submete à regra de que tudo aquilo
que se incorpora ao bem em razão de uma ação qualquer, cai sob o domínio
de seu proprietário.
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rior. Ocorre quando alguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono (posse
Art. 1.238 do CC – Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, pos-
suir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e
boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de
título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
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Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o pos-
suidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras
ou serviços de caráter produtivo.
requisitos:
lado, desde que seja estabelecida a moradia no imóvel ou tenha sido reali-
Por justo título, deve ser entendido um título idôneo, mesmo que apresente
vício de forma, capaz de operar a transferência da propriedade, tal como uma es-
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Art. 1.240 do CC - Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher,
ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo pos-
suidor mais de uma vez.
Tendo em vista que o solo urbano não pode ficar sem um adequado aprovei-
bano ou rural.
seguintes requisitos:
Cabe ressaltar que a Lei n. 13.105/2015 inseriu o art. 216-A na Lei de Registros
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Art. 1.239 do CC – Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, pos-
sua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona
rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou
de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Se o possuidor tornar uma área de terra em zona rural produtiva com o seu tra-
balho e/ou de sua família, não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou rural
seguintes requisitos:
Familiar
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposi-
ção, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-com-
panheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, ad-
quirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural. (Incluído pela Lei n. 12.424, de 2011)
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei n. 12.424, de 2011)
Temos aqui uma nova modalidade de usucapião de bem imóvel (usucapião fa-
miliar), inserida no Código Civil em 2011, cujo prazo é o menor de todos (2 anos).
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A sentença judicial que consagra a usucapião não tem valor constitutivo, mas
• Pelo registro do título (arts. 1.227 e 1.245 a 1.247 do CC) – “SÓ É DONO
O registro imobiliário é o poder legal de agentes do ofício público para efetuar to-
liária, por fornecer meios probatórios fidedignos da situação do imóvel, sob o ponto
de vista da respectiva titularidade e dos ônus reais que o gravam, e por revestir-se
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre
vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos refe-
ridos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título
translativo no Registro de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido
como dono do imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invali-
dade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido
como dono do imóvel.
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Modo Originário
É o assenhoramento de coisa móvel (inclui semoventes) sem dono, por não ter
sido ainda apropriada (res nullius) ou por ter sido abandonada (res derelictae),
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a proprie-
dade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
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vendo, aquele que achou, devolver a res para a autoridade competente, conforme
Usucapião
Não só os bens imóveis podem ser adquiridos pela usucapião, pois tal instituto
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usuca-
pião, independentemente de título ou boa-fé.
requisitos:
− posse pacífica, ininterrupta, exercida com animus domini;
− decurso do prazo de 5 anos; e
− não é necessário um justo título e boa-fé.
• Ordinária (art. 1.260 do CC)
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente
durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
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Achado de tesouro
Esta situação, comumente descrita em filmes, está prevista nos arts. 1.264
a 1.266 do CC. São quatro os requisitos do tesouro: ser antigo; estar escondido
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja me-
mória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro
casualmente.
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado
por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o desco-
bridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.
Modo Derivado
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Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir
pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa,
que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da
coisa, por ocasião do negócio jurídico.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legí-
timos e testamentários.
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São elas:
direito, por sua própria vontade, transmite a outrem, de forma onerosa (ex.:
contrato de compra e venda) ou gratuita (ex.: doação) bem móvel (por meio
• Renúncia: ato unilateral pelo qual o titular declara, expressamente, sua in-
que não precisará manifestar sua concordância (ex.: dois irmãos são os úni-
cos herdeiros de um pai que faleceu, sendo que um deles tem uma situação
econômica bem superior ao outro; dessa forma, se o “irmão rico” abrir mão
mente, do seu bem móvel ou imóvel, isso porque, já não deseja mais conti-
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sem haver objeto. Dessa forma, se o objeto perece (deixa de existir), então
ou interesse social.
Abandono de Imóvel
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais
o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou
à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde
quer que ele se localize.
§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando,
cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
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INTENÇÃO DE ABANDONAR
DECURSO DE 3 ANOS
Se você tem intimidade com o Direito Tributário, poderá perceber que se o imóvel
estiver situado em zona rural, passará para o domínio da União. Entretanto, se o imó-
vel estiver situado em zona urbana, passará para o domínio do Município. Tal fato tem
3. Direito de Vizinhança
Neste tópico veremos regras que limitam o direito de propriedade a fim de evi-
• as árvores limítrofes;
• a passagem forçada;
• as águas;
• o direito de construir.
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nam que:
renos que não possuem acesso à via pública. Nesse caso, o assunto é tratado pelo
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar pas-
sagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se
prestar à passagem.
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§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso
à via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação,
existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constran-
gido, depois, a dar uma outra.
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Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos pro-
prietários prejudicados, construir canais, através de prédios alheios, para receber as
águas a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades da vida, e, desde
que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem como para o esco-
amento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.
§ 1o Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste direito a ressarcimento
pelos danos que de futuro lhe advenham da infiltração ou irrupção das águas, bem como
da deterioração das obras destinadas a canalizá-las.
§ 2o O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que
atravessa áreas edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais.
§ 3o O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprie-
tários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as
despesas de conservação.
Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287.
Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e cons-
truam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos
imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida.
Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizá-las, para
os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários
prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às despesas que então
seriam necessárias para a condução das águas até o ponto de derivação.
Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos imóveis atravessados pelo aqueduto.
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo
o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele
à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos
destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas.
§ 1o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas
de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário,
pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformida-
de com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de
sua construção e conservação.
§ 2o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só
podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum acordo entre proprietários.
§ 3o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de peque-
no porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles,
pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas.
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Por fim, os arts. 1.299 a 1.313 traçam regras para que os vizinhos exerçam de
Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprou-
ver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
Art. 1.300. O proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas,
diretamente, sobre o prédio vizinho.
Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de
metro e meio do terreno vizinho.
§ 1o As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendicula-
res, não poderão ser abertas a menos de setenta e cinco centímetros.
§ 2o As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não
maiores de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais
de dois metros de altura de cada piso.
Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que
se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não po-
derá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou
dificultar, o escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o prédio vizinho.
Parágrafo único. Em se tratando de vãos, ou aberturas para luz, seja qual for a quanti-
dade, altura e disposição, o vizinho poderá, a todo tempo, levantar a sua edificação, ou
contramuro, ainda que lhes vede a claridade.
Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de três
metros do terreno vizinho.
Art. 1.304. Nas cidades, vilas e povoados cuja edificação estiver adstrita a alinhamen-
to, o dono de um terreno pode nele edificar, madeirando na parede divisória do prédio
contíguo, se ela suportar a nova construção; mas terá de embolsar ao vizinho metade
do valor da parede e do chão correspondentes.
Art. 1.305. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisória até meia
espessura no terreno contíguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela se o
vizinho a travejar, caso em que o primeiro fixará a largura e a profundidade do alicerce.
Parágrafo único. Se a parede divisória pertencer a um dos vizinhos, e não tiver capaci-
dade para ser travejada pelo outro, não poderá este fazer-lhe alicerce ao pé sem prestar
caução àquele, pelo risco a que expõe a construção anterior.
Art. 1.306. O condômino da parede-meia pode utilizá-la até ao meio da espessura, não
pondo em risco a segurança ou a separação dos dois prédios, e avisando previamente o
outro condômino das obras que ali tenciona fazer; não pode sem consentimento do ou-
tro, fazer, na parede-meia, armários, ou obras semelhantes, correspondendo a outras,
da mesma natureza, já feitas do lado oposto.
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Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a parede divisória, se necessário recons-
truindo-a, para suportar o alteamento; arcará com todas as despesas, inclusive de conser-
vação, ou com metade, se o vizinho adquirir meação também na parte aumentada.
Art. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória chaminés, fogões, fornos ou quais-
quer aparelhos ou depósitos suscetíveis de produzir infiltrações ou interferências preju-
diciais ao vizinho.
Parágrafo único. A disposição anterior não abrange as chaminés ordinárias e os fogões
de cozinha.
Art. 1.309. São proibidas construções capazes de poluir, ou inutilizar, para uso ordiná-
rio, a água do poço, ou nascente alheia, a elas preexistentes.
Art. 1.310. Não é permitido fazer escavações ou quaisquer obras que tirem ao poço ou
à nascente de outrem a água indispensável às suas necessidades normais.
Art. 1.311. Não é permitida a execução de qualquer obra ou serviço suscetível de pro-
vocar desmoronamento ou deslocação de terra, ou que comprometa a segurança do
prédio vizinho, senão após haverem sido feitas as obras acautelatórias.
Parágrafo único. O proprietário do prédio vizinho tem direito a ressarcimento pelos pre-
juízos que sofrer, não obstante haverem sido realizadas as obras acautelatórias.
Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado
a demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.
Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho
entre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I – dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, recons-
trução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II – apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos,
goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.
§ 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá
ser impedida a sua entrada no imóvel.
§ 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado
direito a ressarcimento.
tópico das questões de provas anteriores que o assunto costuma ser cobrado
em sua literalidade.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questões da OAB – FGV
adentra terreno vazio, constrói ali sua moradia e uma pequena horta para seu sus-
Sem ser incomodado, exerce posse mansa e pacífica por 2 (dois) anos, quando é
retomada.
a) Como não houve emprego de violência, Joventino não pode ser considerado
esbulhador.
b) Clodoaldo tem o direito de retomar a posse do bem mediante o uso da força com
base no desforço imediato, eis que agiu imediatamente após a ciência do ocorrido.
c) Tendo em vista a ocorrência do esbulho, Joventino deve ajuizar uma ação pos-
prego de violência, Mélvio esbulhou a posse da Fazenda Vila Feliz. A vítima do esbu-
ano e meio, o que impediu a concessão de medida liminar em seu favor. Passados
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dois anos desde a invasão, Mélvio teve que trocar o telhado da casa situada na fa-
zenda, pois estava danificado. Passados cinco anos desde a referida obra, a ação de
gumentou que faria jus ao direito de retenção pelas benfeitorias erigidas, exigindo
a) Mélvio não faz jus ao direito de retenção por benfeitorias, pois sua posse é de
má-fé e as benfeitorias, ainda que necessárias, não devem ser indenizadas, porque
c) Mélvio é possuidor de má-fé, não fazendo jus ao direito de retenção por benfei-
torias, mas deve ser indenizado por Cassandra com base no valor delas.
decide dar continuidade às atividades agrícolas que vinham sendo ali desenvolvidas
(plantio de soja e de feijão). Três anos após a invasão, Gabriel consegue, pela via
Quanto aos frutos colhidos por Francisco durante o período em que permaneceu na
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a) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, mas tem
b) Francisco tem direito aos frutos percebidos durante o período em que permane-
ceu na fazenda.
c) Francisco tem direito à metade dos frutos colhidos, devendo restituir a outra
metade a Gabriel.
c) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio.
sucessão universal.
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nio moram cada um em uma margem do rio Tatuapé. Com o passar do tempo, as
pois nada havia feito para prejudicar Jeremias. Ao mesmo tempo, Antônio também
ninguém.
pelo rio mediante indenização do outro ou, se ninguém tiver reclamado, após o
período de um ano.
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tornar produtiva de alguma maneira, seja como moradia ou como área de trabalho.
2010, Nádia, unida estavelmente com Rômulo, após dez anos de convivência e sem
que houvesse entre eles contrato escrito que disciplinasse as relações entre com-
panheiros, abandona definitivamente o lar. Nos dois anos seguintes, Rômulo, que
sem oposição de quem quer que fosse, na posse direta e exclusiva do imóvel urba-
no com 200 metros quadrados, cuja propriedade dividia com Nádia e que servia de
moradia do casal. Em março de 2012, Rômulo – que nunca havia ajuizado ação de
usucapião, de qualquer espécie, contra quem quer que fosse - ingressou com ação
pois tal direito só existe para as situações em que as pessoas foram casadas sob o
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João é invadido e, entre outras coisas, um paletó é furtado. Três meses depois,
João descobre que o seu paletó está sendo usado por Ricardo. Ao ser confrontado,
exposto no mostruário. Alegou ainda que adquiriu a roupa sem saber que era pro-
dono da coisa.
d) Ricardo não é o legítimo proprietário do paletó, uma vez que o comprou do bre-
Dois anos após o negócio feito com Abílio, Ronaldo, por dificuldades financeiras,
descumpre o que havia sido acordado e constrói uma casa na parte da frente do
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terreno – sem deixar passagem aberta para Abílio – e a vende para José, que ime-
a) Abílio tem direito real de servidão de passagem pelo imóvel de José, mesmo
b) A venda realizada por Ronaldo é nula, tendo em vista que José não foi comuni-
de registro, eis que seu imóvel ficou em situação de encravamento após a constru-
d) Como não participou da avença entre Ronaldo e Abílio, José não está obrigado a
assumida.
cabos e tubulações.
b) O aqueduto deverá ser construído de maneira que cause o menor prejuízo aos
proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, mas a quem não in-
c) Se o uso das águas não se destinar à satisfação das exigências primárias, o pro-
prietário do aqueduto não deverá ser indenizado pela retirada das águas supérfluas
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são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de comum acordo, haviam re-
viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu vizinho,
Joaquim, solicitou-lhe que substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse
a) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse
na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação,
b) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingres-
instalação.
c) não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora
priedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o
d) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse
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coisa comum. Todos usam esporadicamente a casa nos finais de semana. Certo
Sem perder tempo, contrata, em nome próprio, uma sociedade empreiteira para a
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Ocorre que, no mês seguinte à sua mudança, Ary foi surpreendido com a cobrança
de três meses de cotas condominiais em atraso. Inconformado com a situação, Ary
tentou, sem sucesso, entrar em contato com o vendedor, para que este arcasse
com os mencionados valores.
atraso, pois cabe ao vendedor solver todos os débitos que gravem o imóvel até o
b) Perante o condomínio, Ary deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso,
pois se trata de obrigação subsidiária, já que o vendedor não foi encontrado, ca-
atraso, pois se trata de obrigação com eficácia real, uma vez que Ary ainda não
d) Perante o condomínio, Ary deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso,
pois se trata de obrigação propter rem, entendida como aquela que está a cargo
solicitou explicações sobre a cobrança condominial, por ter verificado que o valor
dela cobrado era superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico pronta-
mente esclareceu que a cobrança a ela dirigida é realmente superior à cobrança das
demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem acesso exclu-
sivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um pequeno pátio
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podendo Giovana usar o pátio com exclusividade, apesar de constituir área comum
pátio, tendo em vista que este consiste em área comum do condomínio, e a porta
tendo em vista que ela dispõe de seu uso exclusivo, independentemente da frequ-
do pátio caso seja demonstrado que o uso por ela exercido impõe deterioração ex-
cessiva do local.
pátio, devendo a outra metade ser repartida entre os demais condôminos, tendo
em vista que a instalação da porta na área de serviço não foi de iniciativa da con-
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GABARITO
1. c 6. d 11. d
2. a 7. a 12. b
3. a 8. d 13. b
4. d 9. b 14. d
5. c 10. c 15. b
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GABARITO COMENTADO
adentra terreno vazio, constrói ali sua moradia e uma pequena horta para seu sus-
Sem ser incomodado, exerce posse mansa e pacífica por 2 (dois) anos, quando é
retomada.
a) Como não houve emprego de violência, Joventino não pode ser considerado
esbulhador.
b) Clodoaldo tem o direito de retomar a posse do bem mediante o uso da força com
base no desforço imediato, eis que agiu imediatamente após a ciência do ocorrido.
c) Tendo em vista a ocorrência do esbulho, Joventino deve ajuizar uma ação pos-
Letra c.
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c) Certa. Vide o art. 1.210, caput do CC combinado com o art. 560 do NCPC:
d) Errada. Sabemos que Joventino não é possuidor de boa-fé, uma vez que sabia
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebi-
dos.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessá-
rias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las,
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo
valor das benfeitorias necessárias e úteis.
prego de violência, Mélvio esbulhou a posse da Fazenda Vila Feliz. A vítima do esbu-
ano e meio, o que impediu a concessão de medida liminar em seu favor. Passados
dois anos desde a invasão, Mélvio teve que trocar o telhado da casa situada na fa-
zenda, pois estava danificado. Passados cinco anos desde a referida obra, a ação de
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gumentou que faria jus ao direito de retenção pelas benfeitorias erigidas, exigindo
a) Mélvio não faz jus ao direito de retenção por benfeitorias, pois sua posse é de
má-fé e as benfeitorias, ainda que necessárias, não devem ser indenizadas, porque
c) Mélvio é possuidor de má-fé, não fazendo jus ao direito de retenção por benfei-
torias, mas deve ser indenizado por Cassandra com base no valor delas.
Letra a.
caráter precário;
4. posse de má-fé: possuidor, ainda que portador de um título, tem noção da ilega-
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Vejamos o art. 1.220 do CC, que dispõe sobre efeitos da posse de má-fé inclusive
Mélvio indenização.
decide dar continuidade às atividades agrícolas que vinham sendo ali desenvolvidas
(plantio de soja e de feijão). Três anos após a invasão, Gabriel consegue, pela via
Quanto aos frutos colhidos por Francisco durante o período em que permaneceu na
a) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, mas tem
b) Francisco tem direito aos frutos percebidos durante o período em que permane-
ceu na fazenda.
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c) Francisco tem direito à metade dos frutos colhidos, devendo restituir a outra
metade a Gabriel.
Letra a.
c) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio.
Letra d.
tário detém a posse indireta. Não há, no CC, menção a rol taxativo quanto a este
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É a situação pela qual duas ou mais pessoas exercem, simultaneamente, poderes pos-
sessórios sobre a mesma coisa (condomínio de posses), o que pode ter origem inter
vivos ou mortis causa. (TARTUCE, Flávio, Manual de Direito Civil, Método. p. 789).
sucessão universal.
Letra c.
Outra questão em que devemos nos apoiar nos conceitos formulados pela doutri-
na, desta vez em ralação ao constituto possessório que é espécie de tradição ficta,
vejamos:
Tradição ficta é aquela que se dá por presunção, como ocorre na traditio brevi manu,
em que possuidor possuía em nome alheio e agora passa a possuir em nome próprio (o
exemplo típico é o do locador que compra o imóvel, passando a ser o proprietário). Tam-
bém há tradição ficta no constituto possessório ou cláusula constituti, em que possuidor
possuía em nome próprio e passa a possuir em nome alheio (o caso do proprietário que
vende o imóvel e nele permanece como locatário). (TARTUCE, Flávio, Manual de Direito
Civil, Método. p. 786).
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Letra d.
“propter rem situam-se em uma zona intermediária entre os direitos reais e os direitos
patrimoniais, sendo ainda denominadas obrigações híbridas ou ambulatórias, pois per-
seguem a coisa onde quer que ela esteja. Como exemplo, cite-se a obrigação do pro-
prietário de um imóvel de pagar as despesas de condomínio. Isso pode ser retirado do
art. 1.345 do CC, pelo qual o proprietário da unidade condominial em edifícios responde
pelas dívidas anteriores que gravam a coisa” (TARTUCE, Flávio, Manual de Direito Civil,
Método. p. 757).
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nio moram cada um em uma margem do rio Tatuapé. Com o passar do tempo, as
pois nada havia feito para prejudicar Jeremias. Ao mesmo tempo, Antônio também
ninguém.
pelo rio mediante indenização do outro ou, se ninguém tiver reclamado, após o
período de um ano.
tornar produtiva de alguma maneira, seja como moradia ou como área de trabalho.
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Letra a.
2010, Nádia, unida estavelmente com Rômulo, após dez anos de convivência e sem
que houvesse entre eles contrato escrito que disciplinasse as relações entre com-
panheiros, abandona definitivamente o lar. Nos dois anos seguintes, Rômulo, que
sem oposição de quem quer que fosse, na posse direta e exclusiva do imóvel urba-
no com 200 metros quadrados, cuja propriedade dividia com Nádia e que servia de
moradia do casal. Em março de 2012, Rômulo – que nunca havia ajuizado ação de
usucapião, de qualquer espécie, contra quem quer que fosse - ingressou com ação
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pois tal direito só existe para as situações em que as pessoas foram casadas sob o
Letra d.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição,
posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cin-
quenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro
que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de
uma vez.
João é invadido e, entre outras coisas, um paletó é furtado. Três meses depois,
João descobre que o seu paletó está sendo usado por Ricardo. Ao ser confrontado,
exposto no mostruário. Alegou ainda que adquiriu a roupa sem saber que era pro-
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dono da coisa.
d) Ricardo não é o legítimo proprietário do paletó, uma vez que o comprou do bre-
Letra b.
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade,
exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for
transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pes-
soa, o alienante se afigurar dono.
Dois anos após o negócio feito com Abílio, Ronaldo, por dificuldades financeiras,
descumpre o que havia sido acordado e constrói uma casa na parte da frente do
terreno – sem deixar passagem aberta para Abílio – e a vende para José, que ime-
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a) Abílio tem direito real de servidão de passagem pelo imóvel de José, mesmo
b) A venda realizada por Ronaldo é nula, tendo em vista que José não foi comuni-
de registro, eis que seu imóvel ficou em situação de encravamento após a constru-
d) Como não participou da avença entre Ronaldo e Abílio, José não está obrigado a
assumida.
Letra c.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar pas-
sagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1º Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se pres-
tar à passagem.
§ 2º Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso
a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3º Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação,
existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constran-
gido, depois, a dar uma outra.
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naldo configuraria o vício erro, previsto nos arts. 138-144 do CC ou dolo, conforme
Art. 1.285. § 2º Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes
perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a
passagem.
d) Errada. Sabe-se que a passagem forçada é obrigação propter rem, vale dizer,
cabos e tubulações.
b) O aqueduto deverá ser construído de maneira que cause o menor prejuízo aos
proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, mas a quem não in-
c) Se o uso das águas não se destinar à satisfação das exigências primárias, o pro-
prietário do aqueduto não deverá ser indenizado pela retirada das águas supérfluas
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Letra d.
Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos pro-
prietários prejudicados, construir canais, através de prédios alheios, para receber as
águas a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades da vida, e, desde
que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem como para o esco-
amento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.
§ 2º O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que
atravessa áreas edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais.
são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de comum acordo, haviam re-
viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu vizinho,
Joaquim, solicitou-lhe que substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse
a) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse
na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação,
b) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingres-
instalação.
c) não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora
priedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o
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d) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse
Letra b.
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo
o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele
à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos
destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas.
§ 3º A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de peque-
no porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles,
pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas.
coisa comum. Todos usam esporadicamente a casa nos finais de semana. Certo
Sem perder tempo, contrata, em nome próprio, uma sociedade empreiteira para a
um dos condôminos.
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Márcia, que, por sua vez, tem direito de regresso contra os demais condôminos.
cia ou de qualquer outro condômino, uma vez que o serviço foi contratado sem a
Márcia, que deverá suportar sozinha a despesa, sem direito de regresso contra os
demais condôminos, uma vez que contratou a empreiteira sem o prévio consenti-
Letra b.
contrato de compra e venda de imóvel com Laurindo e, mesmo sem a devida decla-
Ocorre que, no mês seguinte à sua mudança, Ary foi surpreendido com a cobrança
tentou, sem sucesso, entrar em contato com o vendedor, para que este arcasse
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atraso, pois cabe ao vendedor solver todos os débitos que gravem o imóvel até o
b) Perante o condomínio, Ary deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso,
pois se trata de obrigação subsidiária, já que o vendedor não foi encontrado, ca-
atraso, pois se trata de obrigação com eficácia real, uma vez que Ary ainda não
d) Perante o condomínio, Ary deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso,
pois se trata de obrigação propter rem, entendida como aquela que está a cargo
Letra d.
“prestação impostas ao titular de determinado direito real, pelo simples fato de assumir
tal condição. Vale dizer, a pessoa do devedor será individualizada única e exclusivamen-
te pela titularidade de um direito real” (Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald,
Direitos Reais, 2ª ed, Jus Podivm: Bahia, 2012, p. 54).
Portanto, quando detém o domínio da coisa, o proprietário fica obrigado por dívida
passada, pois as cotas condominiais são obrigações propter rem. Vejamos o art.
1.345 do CC.
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dela cobrado era superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico pronta-
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demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem acesso exclu-
sivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um pequeno pátio
podendo Giovana usar o pátio com exclusividade, apesar de constituir área comum
pátio, tendo em vista que este consiste em área comum do condomínio, e a porta
tendo em vista que ela dispõe de seu uso exclusivo, independentemente da frequ-
do pátio caso seja demonstrado que o uso por ela exercido impõe deterioração ex-
cessiva do local.
pátio, devendo a outra metade ser repartida entre os demais condôminos, tendo
em vista que a instalação da porta na área de serviço não foi de iniciativa da con-
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Letra b.
“o condômino que vier a se servir, com exclusividade, de uma parte comum, p. ex., hall
de elevador privativo, antena coletiva, instalação de TV a cabo ou loja, deverá pagar
todas as despesas decorrentes de sua utilização” (DINIZ, Maria Helena, Código Civil
Anotado, 15º ed. Saraiva: São Paulo, p. 937).
que ela dispõe de seu uso exclusivo, que prescinde da frequência de utilização.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questões da FGV
uma. Assinale-a.
b) Usufruto
c) Penhora
e) Habitação
terreno que, por estar aparentemente abandonado, ele ocupou, cercou e man-
tém como área de lazer. Com relação ao referido terreno, é correto afirmar que
Maurício é:
a) mero detentor;
b) possuidor pleno;
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seguir.
II – O possuidor de boa-fé não tem direito aos frutos percebidos enquanto durar
a posse.
a benfeitoria necessária.
Assinale:
nem oposição de quem quer que seja, possui, como seu, imóvel no qual estabele-
Considerando que Rita não possui qualquer título referente à titularidade proprie-
juiz declaração por sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
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do bem imóvel por meio de ação de usucapião, na qual requeira ao juiz declaração
por sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de Registro de
Imóveis
do bem imóvel por não ter atingido ainda o tempo mínimo da prescrição aquisitiva,
direito de superfície do bem imóvel por ter atingido o tempo mínimo para a titula-
do bem imóvel por não haver realizado nele obras ou serviços de caráter produtivo.
anos exercendo posse mansa e pacífica, com animus domini, de área de trinta e
três mil metros quadrados, Irani ajuizou ação de usucapião do imóvel. Consideran-
a) continuará sendo mero possuidor por mais três anos, tornando-se proprietário
capião.
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demolição ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste
c) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública pode constranger o vizinho
e danos.
terreno vizinho.
tamento em um bairro tranquilo. Alguns meses depois de se instalar, Rita foi sur-
por conta do movimento, passou a utilizar a calçada para colocar suas mesas. Com
mada, ajuíza uma ação em face do estabelecimento para que sejam tomadas as
providências necessárias.
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a) Rita deve vender seu imóvel e se mudar para outro lugar, uma vez que a música
c) Ainda que Rita comprove o sofrimento e os prejuízos que esse fato vem lhe cau-
sando, além do excesso de ruído, não lhe serão devidos danos morais.
tinuar morando no mesmo bairro, tornando-se vizinhos. Tudo corria bem até que
a invadir o terreno de Luiz, este poderá cortá-la até o ponto divisório, devendo res-
b) Se o prédio de Gerson não tiver acesso à rua, poderá ele, mediante pagamento
c) Se não for mais possível determinar onde começa o terreno de Luiz e onde acaba
o terreno de Gerson, um pode exigir do outro que proceda, com ele, à demarcação
entre os dois terrenos e os limites serão determinados de acordo com a posse justa.
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d) Gerson está obrigado a aceitar que Luiz, independente de aviso prévio, entre
em seu terreno para buscar suas coisas, bem como quando for necessário realizar
e) Se Gerson resolver criar porcos e galinhas em seu terreno, tal fato não gera o
dos animais.
lo. Em dezembro de 2012, Fabio abandona o lar, deixando Marta e Jorge sós. Marta
mília. Passados 2 anos do ocorrido, sem que houvesse notícias de Fabio e sem que
terior partilha de bens, para ter concedido o domínio integral do imóvel do casal.
ausência de Fabio, para então propor a dissolução da união estável e a partilha dos
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Sempre que Berenice percebia que o mato estava alto e que pessoas estavam uti-
dono;
c) é a proprietária do terreno;
possuidora.
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GABARITO
1. c 5. e 9. a
2. b 6. b 10. e
3. a 7. d
4. b 8. c
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GABARITO COMENTADO
Questões da FGV
sentam direitos que ostentam a natureza jurídica de Direito Real, à exceção de uma.
Assinale-a.
b) Usufruto
c) Penhora
e) Habitação
Letra c.
Estudamos que o art. 1225 do CC apresenta uma listagem taxativa dos direitos
reais:
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Dessa forma, não se pode confundir o penhor com a penhora. Penhor e penhora são
institutos jurídicos totalmente diferentes, mas por serem palavras muito parecidas,
A penhora por sua vez, é um ato judicial, emitido por um juiz e promovido por um
oficial de justiça sempre durante o processo de execução. Na penhora, apreende-se
ou se tomam os bens do devedor, para que nele se cumpra o pagamento da dívida
ou a obrigação executada.
Exemplo: Maria deve a João o valor de R$500,00 representados por meio de uma
nota promissória. Maria não paga João no prazo por eles acordado e João move
uma Ação de Execução contra Maria. Maria possui duas alternativas antes que o ofi-
cial de justiça nomeie qualquer um de seus bens: pagar os R$500,00 ou penhorar
os bens indicados pelo credor no valor correspondente à dívida.
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por estar aparentemente abandonado, ele ocupou, cercou e mantém como área de
lazer. Com relação ao referido terreno, é correto afirmar que Maurício é:
a) mero detentor;
b) possuidor pleno;
Letra b.
Tendo em vista que Maurício ocupou, cercou e mantém o terreno como área de la-
seguir.
II – O possuidor de boa-fé não tem direito aos frutos percebidos enquanto durar
a posse.
a benfeitoria necessária.
Assinale:
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Letra a.
- ILHAS;
- ALUVIÃO;
- AVULSÃO
- ACESSÃO - ÁLVEO ABANDONADO;
- PLANTAÇÕES; E
- ORIGINÁRIAS
FORMAS DE - CONSTRUÇÕES.
AQUISIÇÃO DA - USUCAPIÃO
PROPRIEDADE
IMÓVEL
- REGISTRO DO TÍTULO;
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
III – Errada. A benfeitoria necessária não é considerada um direito real, mas sim
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nem oposição de quem quer que seja, possui, como seu, imóvel no qual estabeleceu
Considerando que Rita não possui qualquer título referente à titularidade proprie-
juiz declaração por sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
bem imóvel por meio de ação de usucapião, na qual requeira ao juiz declaração por
sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis
do bem imóvel por não ter atingido ainda o tempo mínimo da prescrição aquisitiva,
direito de superfície do bem imóvel por ter atingido o tempo mínimo para a titula-
do bem imóvel por não haver realizado nele obras ou serviços de caráter produtivo.
Letra b.
A situação descrita, por ter transcorrido mais de 10 anos, representa uma hipótese
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Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; po-
dendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possui-
dor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou
serviços de caráter produtivo.
anos exercendo posse mansa e pacífica, com animus domini, de área de trinta e
três mil metros quadrados, Irani ajuizou ação de usucapião do imóvel. Consideran-
a) continuará sendo mero possuidor por mais três anos, tornando-se proprietário
capião.
Letra e.
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Jurisprudência
APELAÇÃO CÍVEL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. DISSOLUÇÃO.
PARTILHA. IMÓVEL USUCAPIDO. REQUISITOS PARA USUCAPIÃO ANTERIOR
À UNIÃO. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA UNICAMENTE DECLARATÓRIA. EFEI-
TOS EX TUNC. EXCLUSÃO DA PARTILHA DO BEM USUCAPIDO. MANUTENÇÃO
DA SENTENÇA. DESPROVIMENTO.
Se à época que o companheiro adquiriu os requisitos legais para usucapir, ou
seja, quando foi considerado proprietário do imóvel objeto da lide, não convi-
via em união estável com a companheira, não há partilha do bem usucapido,
pois a sentença proferida na Ação de Usucapião é de natureza declaratória,
produzindo efeitos ex tunc.
(TJPB - ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº 00010938320148150011, 3ª
Câmara Especializada Cível, Relator DESA. MARIA DAS GRAÇAS MORAIS
GUEDES , j. em 29-03-2016).
Como Irani cumpria os requisitos para usucapir a área citada, podemos afirmar
que ele se tronou proprietário antes mesmo de ser proferida a sentença, já que ela
demolição ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste
c) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública pode constranger o vizinho
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e danos.
terreno vizinho.
Letra b.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar pas-
sagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado
a demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.
tamento em um bairro tranquilo. Alguns meses depois de se instalar, Rita foi sur-
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por conta do movimento, passou a utilizar a calçada para colocar suas mesas. Com
mada, ajuíza uma ação em face do estabelecimento para que sejam tomadas as
providências necessárias.
a) Rita deve vender seu imóvel e se mudar para outro lugar, uma vez que a música
c) Ainda que Rita comprove o sofrimento e os prejuízos que esse fato vem lhe cau-
sando, além do excesso de ruído, não lhe serão devidos danos morais.
Letra d.
Esta questão pode ser resolvida pelo simples bom senso diante da situação.
Como houve desrespeito à norma citada, os fatos causadores dos incômodos e des-
confortos autorizam o ingresso de dois tipos ações judiciais, que, conforme o caso
poderá ser a ação indenizatória por perdas e danos, quando o prejuízo já ocorreu,
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e saúde do vizinho ofendido, a ação de obrigação de fazer ou não fazer com comi-
tinuar morando no mesmo bairro, tornando-se vizinhos. Tudo corria bem até que
a invadir o terreno de Luiz, este poderá cortá-la até o ponto divisório, devendo res-
b) Se o prédio de Gerson não tiver acesso à rua, poderá ele, mediante pagamento
c) Se não for mais possível determinar onde começa o terreno de Luiz e onde acaba
o terreno de Gerson, um pode exigir do outro que proceda, com ele, à demarcação
entre os dois terrenos e os limites serão determinados de acordo com a posse justa.
d) Gerson está obrigado a aceitar que Luiz, independente de aviso prévio, entre
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e) Se Gerson resolver criar porcos e galinhas em seu terreno, tal fato não gera o
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Letra c.
a) Errada. A assertiva está em conformidade com o art. 1283 do CC, mas em de-
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar pas-
sagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
A passagem forçada é direito de vizinhança que não exige registro, enquanto que
a servidão é um direito real sobre coisa alheia e tem sua constituição com o re-
Jurisprudência
APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE SERVIDÃO DE PAS-
SAGEM - EXISTÊNCIA DE OUTRO CAMINHO - NÃO DESNATURALIZAÇÃO DA
POSSIBILIDADE DE PROTEÇÃO POSSESSÓRIA NA ESTRADA SOB LITÍGIO -
SERVIDÃO DE PASSAGEM E PASSAGEM FORÇADA - DISTINÇÃO - NÃO CARAC-
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Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo
o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele
à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos
destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas.
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Creio que, com as questões, você tenha percebido que a parte referente ao Direito
lo. Em dezembro de 2012, Fabio abandona o lar, deixando Marta e Jorge sós. Marta
mília. Passados 2 anos do ocorrido, sem que houvesse notícias de Fabio e sem que
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ausência de Fabio, para então propor a dissolução da união estável e a partilha dos
Letra a.
do CC.
Sempre que Berenice percebia que o mato estava alto e que pessoas estavam uti-
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dono;
c) é a proprietária do terreno;
possuidora.
Letra e.
Pelo enunciado da questão, fica claro que Berenice não tem o animus de possuir o
imóvel. Ou seja, ela apenas manda cortar o mato para evitar a presença de animais
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