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O Imposto de Renda
Quando o Imposto de Renda foi insituído no Brasil? Quem deve declarar ganhos
sobre operações em Bolsa. Quando o fazer? Como o investidor deve declarar
seus ganhos e e onde pagar o imposto devido?
História
O surgimento do imposto de renda ocorreu relativamente tarde no
desenvolvimento dos povos. A instituição de um real imposto sobre a renda exige
um modelo econômico que possa ser avaliado e monitorado, para possibilitar o
controle, a fiscalização e a cobrança do tributo. O sistema econômico de trocas
de produtos ou serviços por outros produtos ou serviços dificultava a medição da
renda. Com a criação da moeda, houve uma unidade para determinar o
acréscimo do patrimônio das pessoas, possibilitando determinar a renda e
tributá-la. Em vez de a riqueza ser avaliada apenas pelos bens que o indivíduo
possuía, pôde ser medida pelo produto desses bens, isto é, pela renda.
Primórdios
No século XV, surgiram, em Florença, os primeiros movimentos para uma efetiva
tributação sobre a renda. A riqueza não decorria só da terra, mas também do
comércio e da indústria. Foi criado o tributo conhecido como catasto, que
transferiu a tributação direta da propriedade para a renda. Os autores divergem
quanto à data de criação. Inicialmente não tinha caráter de progressividade, pois
havia apenas uma alíquota. Não demorou muito para que o catasto se tornasse
progressivo e se denominasse scala. Instituía-se o que ficou conhecido como
Decima Scalata, decima um nome genérico que se dava aos impostos e scalata,
gradual, progressivo. A Decima Scalata não teve longa duração, porque atingia
os mais abastados, que não aceitavam arcar com maior carga tributária. Com a
reintrodução do regime aristocrático, não só a Decima Scalata mas também
outros tributos diretos sobre a riqueza desapareceram. A Decima Scalata foi um
marco na história mundial do imposto de renda e, segundo alguns estudiosos, a
primeira demonstração de uma tributação sobre a renda.
Marco zero
No século XV, na Inglaterra, houve algumas tentativas infrutíferas de instituir um
imposto sobre a renda. Alguns pesquisadores chegam a considerar que em 1404
foi criada uma tributação sobre a renda. No entanto, os documentos que
tratavam da cobrança foram incinerados, pouco se sabe sobre o tributo e não há
registros e provas confiáveis sobre a sistematização do imposto. A maioria dos
historiadores, pesquisadores e estudiosos considera o marco zero do imposto
de renda na mesma Inglaterra, mas em 1799. Outros consideram que o
pioneirismo coube a Florença no século XV. Registra-se que a documentação
existente da experiência inglesa é mais farta, rica e confiável que a de Florença,
inclusive com acesso a jornais da época. Há também quem aponte que o início
do imposto de renda ocorreu, em 1710, na França.
Em se tratando de um tributo novo, muito criticado por ser complexo e exigir uma
afinada máquina administrativa, tomou-se a cautela de não implementá-lo de
imediato, conforme determinava o inciso VII da Lei nº 4.625 de 31 de dezembro
de 1922 . O governo iniciou o estudo para elaborar o regulamento e organizar o
sistema arrecadador, sob o comando do engenheiro e estudioso de questões
tributárias, Francisco Tito de Souza Reis.
Souza Reis propunha uma nova repartição para administrar o imposto de renda,
sem necessidade de mais recursos humanos. Bastava aproveitar os existentes
e orientá-los no funcionamento do novo serviço. Segundo ele, o que faltava era
a repartição e não o homem.
Mercado à vista
Modalidade de mercado onde são negociados valores mobiliários e ouro, ativo
financeiro, cuja liquidação física (entrega do ativo pelo vendedor) e financeira
(pagamento do ativo pelo comprador) ocorrem, no máximo até o 3º dia após ao
da negociação.
Alíquota: 15%
Base de cálculo: saldo positivo (ganho líquido) das operações, apurado em
períodos mensais e pago até o último dia útil do mês subseqüente.
Isenção: segundo a legislação atual, estão isentos do pagamento do imposto de
renda os ganhos líquidos auferidos em operações efetuadas com ações, no
mercado à vista, se o total das vendas realizadas no mês não exceder a R$20
mil.
Compensação de perdas/prejuízos: Para fins de apuração e pagamento do
imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas nas operações
de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termos e
assemelhados, poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no
próprio mês ou nos meses subseqüentes, em outras operações realizadas em
qualquer das modalidades operacionais previstas naqueles mercados,
operações comuns.
Tratamento dos Proventos: Rendimento de dividendos não são sujeitos ao
pagamento do imposto de renda. Já os Juros sobre o Capital pagos aos
acionistas sofrem a incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de 15%.
Deduções
As despesas efetivamente pagas constantes em notas de corretagem para a
realização de operações de compra ou venda (corretagens, emolumentos, etc.)
podem ser consideradas na apuração do ganho líquido, sendo acrescidas ao
preço de compra e deduzidas do preço de venda dos ativos ou contratos
negociados.