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Tresiba® FlexTouch® 100 U/mL

insulina degludeca

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Tresiba® FlexTouch® 100 U/mL
insulina degludeca

APRESENTAÇÕES
Tresiba® FlexTouch® 100 U/mL - embalagens com 1 ou 5 sistema(s) de aplicação preenchido(s), cada um com 3 mL de solução
injetável de insulina degludeca.

VIA SUBCUTÂNEA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO

COMPOSIÇÃO
1 mL de solução contém:
insulina degludeca ......................................................................................................................................................................... 100 U
(equivalente a 3,66 mg de insulina degludeca).
Excipientes: glicerol, metacresol, fenol, acetato de zinco, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
Cada sistema de aplicação preenchido de Tresiba® FlexTouch® contém 3 mL equivalente a 300 U. Uma unidade (U) de insulina
degludeca corresponde a uma unidade internacional (UI).

O sistema de aplicação preenchido pode fornecer uma dose máxima de 80 unidades em uma única injeção com incrementos de dose
de 1 unidade.
A insulina degludeca é produzida por tecnologia do DNA recombinante em Saccharomyces cerevisiae.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE


1. INDICAÇÕES
Tresiba® (insulina degludeca) é indicado para o tratamento do diabetes mellitus em adultos, adolescentes e crianças acima de 1 ano.
Tresiba® pode ser usado em combinação com antidiabéticos orais, assim como com outras insulinas de ação rápida ou ultrarrápida.

Em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, Tresiba® pode ser utilizado isoladamente ou em combinação com antidiabéticos orais, ou
receptores agonistas de GLP-1 e insulina bolus.

Em pacientes com diabetes mellitus tipo 1, Tresiba® sempre deve ser administrado em combinação com insulina rápida ou
ultrarrápida

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Foram realizados 11 estudos clínicos, treat to target (com tratamento para meta glicêmica estabelecida), multinacionais, abertos,
controlados, randomizados, paralelos, com duração de 26 ou 52 semanas, expondo 4275 pacientes à insulina degludeca
(1102 com diabetes mellitus tipo 1 e 3173 com diabetes mellitus tipo 2). A eficácia e segurança foram confirmadas com dose única
diária de insulina degludeca, na mesma hora do dia e em horários flexíveis tanto para o início quanto na intensificação da
insulinoterapia.

Nos estudos clínicos abertos, Tresiba® melhora efetivamente o controle glicêmico conforme avaliado pela HbA1c. Foi confirmada
não-inferioridade na alteração da HbA1c do início até o final do estudo, tratando o paciente para o alvo estabelecido de glicemia em
todos os estudos contra todos os comparadores, exceto contra sitagliptina, onde a insulina degludeca foi significativamente superior.
A não inferioridade da HbA1c foi também confirmada para aplicação no mesmo período do dia e em esquemas de horário de
aplicação flexíveis em portadores de diabetes tipos 1 e 2 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8.
Nos estudos treat to target em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, Tresiba® forneceu o mesmo nível de controle
glicêmico enquanto manteve a redução do risco de hipoglicemia nas 24 horas, quando o horário da aplicação é alterado de um dia
para outro em comparação com a administração no mesmo horário todos os dias 4, 8.
Tresiba® reduz a glicemia de jejum mais do que a insulina glargina em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, mais do que a
insulina detemir em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e mais do que a sitagliptina em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
No diabetes mellitus tipo 2 um estudo clínico aberto treat to target envolvendo pacientes em início da insulinoterapia mostrou uma
taxa de hipoglicemia noturna confirmada 36% menor (definida como episódios entre a meia-noite e as seis horas da
manhã, confirmada pela glicemia < 56 mg/dL (3,1 mmol/L) ou pelo paciente necessitar da assistência de outra pessoa) com
Tresiba® uma vez ao dia em comparação com a insulina glargina (100 unidades/mL), ambos em combinação com antidiabéticos
orais (ADO). Em um estudo clínico treat to target, que avaliou a terapia basal/bolus em pacientes com diabetes mellitus tipo
2, Tresiba® mostrou uma redução no risco de hipoglicemia nas 24 horas e noturna em comparação com a insulina glargina (100
unidades/mL) 1,2.

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Figura 1 Episódios de hipoglicemia confirmados (A) e episódios de hipoglicemia noturna confirmados (B) – Relacionados
ao tratamento – Função cumulativa média. Diabetes mellitus tipo 2 em estudo de 52 semanas com insulina basal e
antidiabéticos orais
A)
Número de Epísódios por Paciente

Número de Epísódios por Paciente

Tempo desde a Randomização (semanas)


insulina degludeca insulina glargina
uma vez ao dia uma vez ao dia

B)
Número de Episódios por Paciente

Número de Episódios por Paciente

Tempo desde a Randomização (semanas)


insulina degludeca insulina glargina
uma vez ao dia uma vez ao dia

Período noturno: período entre 00:01 e 05:59 da manhã (ambos incluídos).

Figura 2 Episódios de hipoglicemia confirmados (A) e episódios de hipoglicemia noturna confirmados (B) – Relacionados
ao tratamento - Função cumulativa média - diabetes mellitus tipo 2 em estudo de 52 semanas com antidiabéticos orais e
insulinoterapia basal-bolus.

A)
Número de Episódios por Paciente

Número de Episódios por Paciente

Tempo desde a Randomização (semanas)


insulina degludeca insulina glargina
uma vez ao dia uma vez ao dia

Tresiba® FlexTouch®- Bula Profissional de Saúde (CCDS v 13.0 + SmPC de 12/11/2018) v. 3 Página 2 de 27
B)
Número de Episódios por Paciente

Número de Episódios por Paciente


Tempo desde a Randomização (semanas)
insulina degludeca insulina glargina
uma vez ao dia uma vez ao dia

Período noturno: período entre 00:01 e 05:59 da manhã (ambos incluídos).

Os estudos clínicos treat to target com pacientes com diabetes mellitus tipo 1 com Tresiba® versus insulina detemir e versus insulina
glargina, mostraram taxas de hipoglicemia noturna confirmada para Tresiba® 34% e 25% inferiores, respectivamente 6,7,8.
Em uma meta-análise prospectivamente planejada com sete estudos abertos treat to target, em pacientes com diabetes mellitus tipo
1 e tipo 2, Tresiba® foi superior em termos de menor número de episódios de hipoglicemia confirmados relacionados ao tratamento
e episódios hipoglicêmicos noturnos confirmados comparado com a insulina glargina (100 unidades/mL). Os resultados demonstram
que o nível mais baixo da glicose plasmática de jejum com Tresiba® é atingido com um menor risco de hipoglicemia. No período de
manutenção, os benefícios observados tornaram-se mais pronunciados, refletindo uma redução sustentada ou ainda maior no risco
de hipoglicemia ao longo do tempo com insulina degludeca uma vez ao dia em comparação com a insulina glargina (100
unidades/mL).1,2,3,4,6,8,9

Tabela 3 Desfechos da meta-análise de hipoglicemia


Hipoglicemia confirmadaa
Razão estimada de tratamento (insulina degludeca/ insulina Total (nas 24 Noturna
glargina (100 unidades/mL) horas)
Diabetes mellitus tipo 1 + tipo 2 (agrupados) 0,91* 0,74*
Período de manutenção b
0,84* 0,68*
Indivíduos geriátricos ≥ 65 anos 0,82 0,65*
Diabetes mellitus tipo 1 1,10 0,83
Período de manutençãob 1,02 0,75*
Diabetes mellitus tipo 2 0,83* 0,68*
Período de manutençãob 0,75* 0,62*
Terapia basal isolada em pacientes sem uso prévio de 0,83* 0,64*
insulina
*estatisticamente significante;
a
Hipoglicemia confirmada foi definida como episódios confirmados de glicemia plasmática <56
mg/dL ou paciente necessitando de assistência de terceiros. Hipoglicemia noturna confirmada foi
definida como aquela que ocorreu da 00:01h às 5:59h.
b
episódios a partir da 16 ° semana;

Não há desenvolvimento clínico relevante de anticorpos anti-insulina após tratamento de longo prazo com Tresiba®.
Em um estudo clínico de 104 semanas, 57% dos pacientes com diabetes tipo 2 tratados com Tresiba® (insulina degludeca) em
combinação com metformina atingiu um alvo HbA1c <7,0%, e os pacientes remanescentes continuaram em um estudo clínico
aberto de 26 semanas e foram randomizados para adicionar ao tratamento liraglutida ou uma única dose de insulina asparte (na
refeição principal). No braço de insulina degludeca + liraglutida, a dose de insulina foi reduzida em 20%, a fim de minimizar o

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risco de hipoglicemia. A adição de liraglutida resultou em uma redução estatística em uma maior redução da HbA1c (-0,73% para –
liraglutida vs 0,40% por comparador médias estimadas) e peso corporal (-3,03 vs 0,72 kg). A taxa de episódios hipoglicêmicos
(paciente por ano de exposição) foi estatisticamente e significativamente inferior ao adicionar liraglutida em comparação com a
adição de uma única dose de insulina asparte (1,0 vs 8,15; proporção: 0,13; IC 95%: 0,08-0,21).
Avaliação cardiovascular
DEVOTE foi um estudo clínico randomizado, duplo-cego, evento-dirigido, conduzido com uma duração média de 2 anos, que
comparou a segurança cardiovascular de Tresiba versus insulina glargina (100 U/mL) em 7.637 pacientes com diabetes mellitus tipo
2 e alto risco de eventos cardiovasculares.12 A análise primária foi o tempo transcorrido da randomização até a primeira ocorrência
de um evento cardiovascular maior de 3 componentes do MACE, definido como morte cardiovascular, infarto agudo do miocárdio
não fatal ou acidente vascular cerebral não fatal. O estudo foi projetado como um estudo de não inferioridade, para excluir uma
margem superior de risco pré-especificado de 1,3 para a razão de risco (HR) de MACE comparando Tresiba® com insulina
glargina. A segurança cardiovascular de Tresiba® em comparação com a insulina glargina foi confirmada (HR: 0.91 [0,78; 1.06])
(Figura 3) Os resultados das análises de subgrupos (por exemplo, sexo, duração do diabetes, grupo de risco CV e regime de insulina
anterior) foram semelhantes à análise primária.
Figura 3: Análise forest plot de 3 componentes do MACE e desfechos cardiovasculares individuais em DEVOTE.

Razão de risco Tresiba® Insulina glargina


(95% CI) N (%) N (%)
Análise primária de 3 componentes
do MACE) 0.91 (0.78-1.06) 325 (8.51) 356 (9.32)

Morte cardiovascular 0.96 (0.76-1.21) 136 (3.56) 142 (3.72)


Acidente vascular cerebral 0.90 (0.65-1.23) 71 (1.86) 79 (2.07)
não fatal
Infarto do miocardio não fatal 0.85 (0.68-1.06) 144 (3.77) 169 (4.43)

Todas as causas de morte 0.91 (0.75-1.11) 202 (5.29) 221 (5.79)

0.7 0.9 1 1.1 1.3


Favorece Favorece
Tresiba® insulina glargina

N: Número de indivíduos com um primeiro evento confirmado por EAC durante o estudo.
%: porcentagem de indivíduos com um primeiro evento confirmado por EAC em relação ao número de indivíduos randomizados.
EAC: Comitê de adjudicação de eventos.
CV: Cardiovascular.
IC: Intervalo de confiança de 95%.
No início do estudo, a HbA1c foi de 8,4% em ambos os grupos de tratamento e após 2 anos reduziu para 7,5%, tanto com Tresiba®
quanto com insulina glargina.
Tresiba® foi superiror em comparação com a insulina glargina em termos de menor taxa de eventos hipoglicêmicos graves e menor
proposção de insdivíduos com hipoglicemia grave. A taxa de hipoglicemia grave noturna foi significativamente menor para Tresiba®
em comparação com a insulina glargina (Tabela 4).
Tabela 4: Resultados do DEVOTE
Tresiba®1 Insulina glargina (100 U/mL)1
N 3.818 3.819
Taxa de hipoglicemia (por 100 pacientes/anos de observação)
Grave 3,70 6,25
Razão da taxa: 0,60 [0.48; 0,76]
Grave Noturna 2
0,65 1,40
Razão da taxa: 0,47 [0,31; 0,73]
Proporções de pacientes com hipoglicemia (porcentagem de pacientes)
Grave 4,9 6,6

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Probabilidade: 0.73 [0.60; 0.89]
1
Em adição à terapia padrão de cuidados para diabetes e doenças cardiovasculares
2
Hipoglicemia noturna grave foi definida como aquela que ocorreu entre meia-noite e 6 horas da manhã.

População pediátrica10
A eficácia e segurança da Tresiba® foram estudadas em um estudo clínico randomizado controlado 1:1, em crianças e adolescentes
com diabetes mellitus tipo 1, por um período de 26 semanas (n = 350), seguido por um período de extensão de 26 semanas (n =
280). O braço de pacientes do Tresiba® incluiu 43 crianças com idade entre 1-5 anos, 70 crianças com idade entre 6-11 anos e 61
adolescentes com idades entre 12-17 anos. Tresiba® administrado uma vez por dia mostrou uma redução similar em HbA1c na
semana 52 e maior redução na FPG da linha de base em relação ao comparador insulina detemir administrado uma vez ou duas
vezes por dia. Isto foi atingido com 30% de doses diária a menos de Tresiba® em comparação com a insulina detemir. As taxas
(eventos por paciente por ano de exposição) de hipoglicemia grave (definição ISPAD; 0,51 vs 0,33), hipoglicemia confirmada
(57,71 vs 54,05) e hipoglicemia noturna confirmada (6,03 vs 7,60) foram comparáveis com Tresiba® versus a insulina detemir. Em
ambos os braços de tratamento, crianças com idade entre 6-11 anos tiveram uma taxa numericamente mais elevada de hipoglicemia
confirmada que nos outros grupos etários. Foi observada uma taxa elevada de hipoglicemia grave em crianças de 6 a 11 anos no
braço Tresiba®. A taxa de episódios hiperglicêmicos com cetose foi significativamente menor para Tresiba® versus a insulina
detemir, 0,68 e 1,09, respectivamente. A frequência, tipo e gravidade das reações adversas na população pediátrica não indicam
diferenças com a experiência da população geral de diabetes. Desenvolvimento de anticorpos foi esparso e não tiveram impacto
clínico. Dados de eficácia e segurança para pacientes adolescentes com diabetes mellitus tipo 2 foram extrapolados a partir de dados
de pacientes adolescentes e adultos com diabetes mellitus tipo 1 e pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2. Os resultados
suportam o uso de Tresiba® em pacientes adolescentes com diabetes mellitus tipo 2.

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Dados de Estudos Clínicos
Tabela 5 Resultados dos estudos clínicos abertos em diabetes mellitus tipo 26,7
Pacientes com diabetes mellitus tipo 1 Pacientes com diabetes mellitus tipo 1
randomizados para 52 semanas de randomizados para 26 semanas de
tratamento tratamento
Tresiba® uma insulina glargina Tresiba® uma insulina detemir
vez ao dia + (100 vez ao dia + uma vez ao dia
insulina asparte unidades/mL) insulina asparte + insulina
uma vez ao dia + asparte
insulina asparte
N 472 157 302 153
HbA1c(%)
Final do estudo 7,3 7,3 7,3 7,3
Variação média inicial -0,40 -0,39 -0,73 -0,65
Diferença estimada entre
os tratamentos (Tresiba® -0,01 [-0,14; 0,11] -0,09 [-0,23; 0,05]
- comparador) [95%IC]
Glicemia de jejum (mmol/L)(mg/dL)
Final do estudo 7,8 (141,0) 8,3 (149,0) 7,3 (131,3) 8,9 (160,8)
Variação média inicial -1,27 (-22,94) -1,39 (-25,09) -2,60 (-46,80) -0,62 (-11,26)
Diferença estimada entre -0.33 [-1.03; 0.36] -1.66 [-2.37; -0.95]
os tratamentos (Tresiba®
- comparador) [95%IC] (-5.97 [-18.50; 6.56]) (-29.84 [-42.64; -17.05])

Taxa de hipoglicemia / paciente / ano de exposição


Hipoglicemia grave 0,21 0,16 0,31 0,39
Hipoglicemia 42,54 40,18 45,83 45,69
confirmada
Relação entre os
tratamentos (Tresiba® / 1,07 [0,89; 1,28] 0,98 [0,80; 1,20]
comparador) [95% IC]
Hipoglicemia noturna 4,41 5,86 4,14 5,93
confirmada
Relação entre os
tratamentos (Tresiba® / 0,75 [0,59; 0,96] 0,66 [0,49; 0,88]
comparador) [95% IC]

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Tabela 6 Resultados dos estudos clínicos em aberto, sem uso prévio de insulina em diabetes mellitus tipo 2
2,3 (iniciação com insulina)

Pacientes com diabetes mellitus Pacientes com diabetes mellitus tipo


tipo 2 randomizados para 2 randomizados para 26 semanas de
52 semanas de tratamento tratamento
Tresiba® uma insulina Tresiba® (200 insulina glargina
vez ao dia + glargina (100 unidades/mL) (100
ADO(s) unidades/mL) uma vez ao unidades/mL)
(+ met ± DPP- uma vez ao dia + met ± uma vez ao dia +
IV) dia + ADO(s) DPP-IV met ± DPP-IV
(+ met ± DPP-
IV)
N 773 257 228 229
HbA1c(%)
Final do estudo 7,1 7,0 7,0 6,9
Variação média inicial -1,06 -1,19 -1,30 -1,32
Diferença estimada entre
os tratamentos (Tresiba® 0,09 [-0,04; 0,22] 0,04 [-0,11; 0,19]
/ comparador) [95% IC]
Glicemia de jejum (mmol/L)(mg/dL)
Final do estudo 5,9 (106,2) 6,4 (114,7) 5,9 (105,7) 6,3 (113,1)
Variação média inicial -3,76 (-67,75) -3,30 (-59,45) -3,70 (-66,74) -3,38 (-60,90)
Diferença estimada entre -0.43 [-0.74; -0.13] -0.42 [-0.78; -0.06]
os tratamentos (Tresiba®
- comparador) [95%IC] (-7.83 [-13.34; -2.31]) (-7.59 [-14.09; -1.09])

Taxa de hipoglicemia / paciente / ano de exposição


Hipoglicemia grave 0 0,02 0 0
Hipoglicemia 1,52 1,85 1,22 1,42
confirmada
Relação entre os
tratamentos (Tresiba® / 0,82 [0,64; 1,04] 0,86 [0,58; 1,28]
comparador) [95% IC]
Hipoglicemia noturna 0,25 0,39 0,18 0,28
confirmada
Relação entre os
tratamentos (Tresiba® / 0,64 [0,42; 0,98] 0,64 [0,30; 1,37]
comparador) [95% IC]

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Tabela 7 Resultados dos estudos clínicos abertos em diabetes mellitus tipo 21,5 : esquerda – com uso
prévio de insulina, direita – sem uso prévio de insulina.
Pacientes com diabetes mellitus tipo 2 Pacientes com diabetes mellitus tipo 2
randomizados para 52 semanas de randomizados para 26 semanas de
tratamento tratamento
Tresiba® uma insulina glargina Tresiba® uma vez Sitagliptina
vez ao dia + (100 ao dia + ADO(s) uma vez ao dia
insulina asparte unidades/mL) (± met ± + ADO(s)
± ADO(s) uma vez ao dia + SU/glinida ± PIO) (± met ±
(insulina asparte insulina asparte ± SU/glinida ±
três vezes ao dia ADO(s) PIO)
± met ± PIO) (insulina asparte
três vezes ao dia ±
met ± PIO)
N 744 248 225 222
HbA1c(%)
Final do estudo 7,1 7,1 7,2 7,7
Variação média inicial -1,17 -1,29 -1,56 -1,22
Diferença estimada entre
os tratamentos (Tresiba® 0,08 [-0,05; 0,21] -0,43 [-0,61; -0,24]
/ comparador) [95% IC]
Glicemia de jejum (mmol/L)(mg/dL)
Final do estudo 6,8 (121,7) 7,1 (127,3) 6,2 (111,6) 8,5 (153,7)
Variação média inicial -2,44 (-43,95) -2,14 (-38,55) -3,22 (-57,99) -1,39 (-25,09)
Diferença estimada entre -2.17 [-2.59; -1.74]
os tratamentos (Tresiba® -0.29 [-0.65; 0.06]
- comparador) [95%IC] (-39.07 [-46.75; -31.39])
(-5.24 [-11.62; 1.14])

Taxa de hipoglicemia / paciente / ano de exposição


Hipoglicemia grave 0,06 0,05 0,01 0
Hipoglicemia 11,09 13,63 3,07 1,26
confirmada
Relação entre os
tratamentos (Tresiba® / 0,82 [0,69; 0,99] 3,81 [2,40; 6,05]
comparador) [95% IC]
Hipoglicemia noturna 1,39 1,84 0,52 0,30
confirmada
Relação entre os
tratamentos (Tresiba® / 0,75 [0,58; 0,99] 1,93 [0,90 4,10]
comparador) [95% IC]

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Tabela 8 Resultados de estudos clínicos abertos em diabetes mellitus tipo 2 com esquema flexível de dose
4

Pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2 randomizados para 26 semanas de tratamento com
Tresiba®, em dose única diária (com a refeição principal da noite) ou em esquema de dose flexível
(intervalos entre as doses de 8 ou 40 horas aproximadamente) ou insulina glargina uma vez ao dia
como parte da terapia combinada com um ou dois dos seguintes antidiabéticos orais (SU, metformina
ou pioglitazona).
Tresiba® uma Tresiba® uma insulina
vez ao dia vez ao dia glargina (100
(Flex) unidades/mL)
uma vez ao dia
N 228 229 230
HbA1c(%)
Final do estudo 7,3 7,2 7,1
Variação média inicial -1,07 -1,28 -1,26
Diferença estimada entre os tratamentos
0,04 [-0,12; 0,20]
(Tresiba® / comparador) [95% IC]
Diferença estimada entre os tratamentos
(Tresiba® uma vez ao dia (fixo flexível) - -0,13 [-0,29; 0,03]
Tresiba® uma vez ao dia) [95% IC]
Glicemia de jejum (mmol/L)(mg/dL)
Final do estudo 5,8 (104,5) 5,8 (105,3) 6,2 (112,1)
Variação média inicial -2,91 (-52,43) -3,15 (-56,82) -2,78 (-50,11)
Diferença estimada entre os tratamentos -0,42 [-0,82; -0,02]
(Tresiba® / comparador) [95% IC]
(-7,53 [-14,72; -0,35])
Diferença estimada entre os tratamentos 0.05 [-0.45; -0.35]
(Tresiba® uma vez ao dia (fixo flexível) -
Tresiba® uma vez ao dia) [95%IC] (-0.88 [-8.07; 6.32])

Taxa de hipoglicemia / paciente / ano de exposição


Hipoglicemia grave 0,02 0,02 0,02
Hipoglicemia confirmada 3,63 3,64 3,48
Relação entre os tratamentos (Tresiba® /
1,03 [0,75; 1,40]
comparador) [95% IC]
Diferença estimada entre os tratamentos
(Tresiba® uma vez ao dia (fixo flexível) - 1,10 [0,79; 1,52]
Tresiba® uma vez ao dia) [95% IC]
Hipoglicemia noturna confirmada 0,56 0,63 0,75
Relação entre os tratamentos (Tresiba® /
0,77 [0,44; 1,35]
comparador) [95% IC]
Diferença estimada entre os tratamentos
(Tresiba® uma vez ao dia (fixo flexível) - 1,18 [0,66; 2,12]
Tresiba® uma vez ao dia) [95% IC]

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Referências:
1. Garber Alan J, King Allen B, Del Prato Stefano, Sreenan Seamus, Balci Mustafa K, Muñoz-Torres Manuel, Rosenstock Julio,
Endahl Lars A, Francisco Ann Marie Ocampo, Hollander Priscilla. Insulin degludec, an ultra-longacting basal insulin, versus insulin
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randomised, open-label, treat-to-target non-inferiority trial. Lancet 2012; 379 (9825): 1498-507

2. The BEGIN™ Once Long Trial: Insulin degludec, an ultra-long-acting basal insulin, compared with insulin glargine in insulin-
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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A insulina degludeca liga-se especificamente ao receptor de insulina humana resultando nos mesmos efeitos farmacológicos da
insulina humana.
O efeito de diminuição da glicemia pela insulina degludeca é causado pela absorção facilitada da glicose após a ligação da insulina
aos receptores nos músculos e nas células adiposas e pela inibição simultânea da liberação de glicose pelo fígado.

Efeitos farmacodinâmicos
Tresiba® é uma insulina basal de ação ultralonga que forma multi-hexâmeros solúveis após a aplicação subcutânea, resultando
em um depósito do qual a insulina degludeca é contínua e lentamente absorvida na circulação levando a um efeito hipoglicemiante

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linear e estável (vide figura 4). Durante um período de 24 horas com uma dose diária de tratamento, o efeito hipoglicemiante de
Tresiba®, em contraste com as atuais insulinas basais, foi uniformemente distribuído entre o primeiro e o segundo período de 12
horas (AUCGIR,0-12h,Estado de Equilíbrio/ AUCGIR,total,Estado de Equilíbrio = 0,5).

Figura 4 Perfil médio de infusão de glicose com insulina degludeca (em estado de equilíbrio) em portadores de diabetes
mellitus tipo 2.

Tempo após a administração (horas)

Tratamento -------- Tresiba® 100U/mL 0,6 U/Kg

A duração da ação de Tresiba® é maior do que 42 horas dentro da faixa de dose terapêutica.
Em um estudo de clamp euglicêmico com duração de 42 horas, realizado no estado de equilíbrio, os indivíduos que haviam recebido
Tresiba® 0,6 U/kg (n = 21) não apresentaram elevações da glicemia durante o período do estudo. Portanto, nestes indivíduos, a
duração da ação foi superior a 42 horas.
O estado de equilíbrio é alcançado após 2-3 dias das administrações das doses.
A ação de redução de glicemia da insulina degludeca no estado de equilíbrio mostrou variabilidade diária quatro vezes menor em
termos de coeficientes de variação (CV) para o efeito hipoglicemiante durante um intervalo de dose (AUCGIR,τ, Estado de Equilíbrio) e 2-
24 horas (AUCGIR2-24h, Estado de Equilíbrio), em comparação com a insulina glargina (vide Tabela 10).

Tabela 9 Variabilidade diária do efeito hipoglicemiante de Tresiba® e insulina glargina no estado de equilíbrio em
portadores de diabetes mellitus tipo 1.
Insulina degludeca Insulina glargina (100
(N=26) unidades/mL) (N=27)

(CV%) (CV%)

Variabilidade diária do efeito hipoglicemiante durante um intervalo


20 82
de dose (AUCGIR,τ, Estado de Equilíbrio)
Variabilidade diária do efeito hipoglicemiante de 2 a 24 horas
(AUCGIR2-24h, Estado de Equilíbrio) 22 92

CV: coeficiente de variação intra-indivíduo em %


AUCGIR,2-24h: efeito metabólico nas últimas 22 horas após a administração da dose (ou seja, não influenciado pela insulina
intravenosa durante o período do clamp glicêmico).

O efeito hipoglicemiante total da insulina degludeca aumenta linearmente com o aumento da dose.
O efeito hipoglicemiante total é comparável para Tresiba® 100 U/mL e 200 U/mL, quando administrados na mesma dose total.
Não há diferença clinicamente relevante na farmacodinâmica de Tresiba® entre indivíduos adultos jovens e idosos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A ação ultralonga da insulina degludeca deriva da sua estrutura molecular especialmente projetada. Após a
administração subcutânea, multi-hexâmeros solúveis e estáveis são formados criando um depósito de insulina no tecido
subcutâneo. Os monômeros de insulina degludeca gradualmente separam-se dos multi-hexâmeros resultando em uma liberação lenta
e contínua de insulina degludeca na circulação. Além disso, durante um período de 24 horas com uma dose diária de tratamento, a
exposição da insulina degludeca foi uniformemente distribuída entre o primeiro e o segundo período de 12 horas (AUCTresiba®,0-
12h,estado de equilíbrio/ AUCTresiba®,Total,estado de equilíbrio = 0,5).
As concentrações séricas no estado de equilíbrio são alcançadas após 2-3 dias das administrações das doses.

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Distribuição
A afinidade da insulina degludeca com a albumina sérica resulta em uma ligação às proteínas plasmáticas > 99% no plasma
humano.

Metabolismo
A degradação da insulina degludeca é similar à da insulina humana; todos os metabólitos formados são inativos.

Eliminação
A meia-vida após a administração subcutânea é determinada pela taxa de absorção do tecido subcutâneo. A meia-vida da insulina
degludeca é de aproximadamente 25 horas independente da dose.

Linearidade
A proporcionalidade da dose na exposição total é observada após a administração subcutânea dentro da faixa de dose terapêutica. Na
comparação direta, requisitos para a bioequivalência são cumpridos para Tresiba® 100 U/mL e Tresiba® 200 U/mL (com base na
AUCTresiba®,τ, Estado de Equilíbrio e Cmax, Tresiba®, Estado de Equilíbrio).

Gênero
Não há diferença entre os gêneros nas propriedades farmacocinéticas de Tresiba®.

Idosos, raça. insuficiência renal ou hepática


Não há diferença na farmacocinética da insulina degludeca entre pacientes idosos, adultos e jovens, entre raças, ou entre pacientes
saudáveis e indivíduos com insuficiência renal ou hepática

Crianças e adolescentes
As propriedades farmacocinéticas da insulina degludeca em crianças (1-11 anos) e adolescentes (12-18 anos) foram comparáveis no
estado de equilíbrio àquelas observados em adultos com diabetes mellitus tipo 1. A exposição total após uma única dose fixa foi
maior em crianças/adolescentes do que em adultos com diabetes mellitus tipo 1.

Dados de segurança pré-clínicos


Os dados pré-clínicos não revelaram preocupações de segurança para os humanos com base em estudos de segurança farmacológica,
toxicidade de dose repetida, potencial carcinogênico e toxicidade reprodutiva.
A taxa de mitogênese relativa à potência metabólica para insulina degludeca mantém-se inalterada em comparação com a insulina
humana.

4. CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes listados no item “Composição”.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Hipoglicemia
A omissão de uma refeição ou a realização de exercícios físicos vigorosos não planejados pode causar hipoglicemia.
Pode ocorrer hipoglicemia se a dose de insulina for muito elevada em relação às necessidades de insulina (vide item “Reações
Adversas” e “Superdose”).
Em crianças, deve-se tomar cuidado para que as doses de insulina (especialmente em regime basal-bolus) coincidam com a ingestão
de alimentos e a realização de atividades físicas, a fim de minimizar o risco de hipoglicemia.
Pacientes cujo controle glicêmico encontra-se muito melhorado (por exemplo, pela terapia insulínica intensificada) podem
apresentar alteração em seus sintomas habituais de alerta de hipoglicemia e devem ser orientados adequadamente. Os sintomas
habituais de alerta de hipoglicemia podem desaparecer em pacientes que tenham diabetes há muito tempo.
Normalmente as doenças concomitantes, especialmente as infecções e as condições febris, aumentam as necessidades de insulina do
paciente. Doenças concomitantes no fígado, rim ou doenças que afetam as glândulas adrenal, hipófise ou tireoide podem necessitar
de alterações na dose de insulina.
Assim como com todas as insulinas basais, o efeito prolongado de Tresiba® pode retardar a recuperação de uma hipoglicemia.

Hiperglicemia
A administração de insulina de ação ultrarrápida é recomendada em situações de hiperglicemia clinicamente importante.
Uma dose inadequada e/ou a descontinuação do tratamento em pacientes que necessitam de insulina pode levar à hiperglicemia e,
potencialmente, à cetoacidose diabética. Além disso, doenças concomitantes, especialmente infecções, podem levar
à hiperglicemia e, assim, provocar uma maior necessidade de insulina.
Normalmente, os primeiros sintomas de hiperglicemia se desenvolvem gradualmente ao longo de um período de horas ou
dias. Eles incluem sede, aumento da frequência urinária, náuseas, vômitos, sonolência, pele seca e avermelhada, boca seca e perda
de apetite, bem como hálito cetônico. No diabetes tipo 1, episódios hiperglicêmicos não tratados podem levar eventualmente à
cetoacidose diabética, que é potencialmente letal.

Transferência a partir de outras insulinas


A transferência de um paciente para outro tipo, marca, ou fabricante de insulina, deve ser feita sob supervisão médica e pode
resultar na necessidade de mudança de dose.

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Uso concomitante de tiazolidinedionas e insulinas
Casos de insuficiência cardíaca foram relatados quando tiazolidinediona foi usada em combinação com insulina, especialmente em
pacientes com fatores de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Isto deve ser lembrado caso seja considerado o
tratamento com tiazolidinediona associada à Tresiba® Se a combinação for utilizada, os pacientes devem ser observados quanto aos
sinais e sintomas da insuficiência cardíaca, ganho de peso e edema. A tiazolidinediona deve ser interrompida se ocorrer qualquer
sinal de deterioração da função cardíaca.

Distúrbio visual
A intensificação da insulinoterapia com melhora repentina do controle glicêmico pode estar associada com piora temporária da
retinopatia diabética, enquanto melhora no controle glicêmico em longo prazo diminui o risco de progressão da retinopatia
diabética.

Prevenção de troca acidental entre insulinas


Os pacientes devem ser instruídos a sempre verificar o rótulo para o tipo correto de insulina antes de cada injeção para evitar trocas
acidentais entre as diferentes concentrações de Tresiba® bem como de outras insulinas.
Pacientes devem verificar visualmente as unidades selecionadas no contador de dose da caneta. Por isso, a condição para o paciente
auto administrar é que ele possa ler o contador de dose da caneta. Pacientes cegos ou com visão deficiente devem ser instruídos a
sempre solicitar ajuda de outra pessoa com boa visão e treinada no uso da caneta de insulina.

Anticorpos anti-insulina
A administração de insulina pode causar a formação de anticorpos anti-insulina. Em casos raros, a presença de tais anticorpos pode
levar à necessidade de ajuste da dose de insulina a fim de corrigir a tendência à hiperglicemia ou hipoglicemia.

Crianças e adolescentes
Não há experiência clínica do uso da insulina degludeca em crianças e adolescentes de até 18 anos de idade com diabetes mellitus do
tipo 2. Os dados para adolescentes com diabetes mellitus do tipo 2 foram extrapolados.

Gravidez
Não há experiência clínica com a insulina degludeca em mulheres grávidas.
Estudos de reprodução animal não revelaram quaisquer diferenças entre a insulina degludeca e a insulina humana em relação à
embriotoxicidade e teratogenicidade.
Em geral, recomenda-se o controle intensificado da glicemia e monitoramento cuidadoso em mulheres grávidas com diabetes e
naquelas com intenção de engravidar. As necessidades de insulina normalmente diminuem no primeiro
trimestre, e subsequentemente aumentam durante o segundo e terceiro trimestres. Após o parto, as necessidades de
insulina normalmente retornam rapidamente aos valores anteriores à gravidez.

Categoria de risco na gravidez: C.


Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação
Não há experiência clínica com insulina degludeca durante a amamentação. Em ratas, a insulina degludeca foi excretada no leite, a
concentração no leite foi menor do que no plasma.
Não se sabe se a insulina degludeca é excretada no leite humano. Nenhum efeito metabólico da insulina degludeca é esperado
no recém-nascido/bebê lactente.

Fertilidade
Estudos de reprodução animal com insulina degludeca não revelaram quaisquer efeitos adversos na fertilidade.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas


A capacidade de concentração e reação do paciente pode ser prejudicada como resultado de uma hipoglicemia. Isto pode representar
um risco em situações nas quais essas habilidades são de especial importância (por exemplo, ao dirigir carro ou operar máquinas).
Os pacientes devem ser avisados a tomar precauções para evitar a hipoglicemia enquanto dirigem. Isto é particularmente importante
para aqueles cujos sinais de alerta da hipoglicemia estão ausentes ou reduzidos, ou que apresentam episódios frequentes de
hipoglicemia.
A conveniência de dirigir deve ser considerada nestas circunstâncias.

Este medicamento pode causar doping.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Sabe-se que vários medicamentos interagem com o metabolismo da glicose.

As seguintes substâncias podem reduzir a necessidade de insulina:


Antidiabéticos orais, agonistas do receptor do GLP-1, inibidores da monoaminooxidase (IMAO), beta-bloqueadores, inibidores da
enzima conversora da angiotensina (ECA), salicilatos, esteróides anabólicos e sulfonamidas.

As seguintes substâncias podem aumentar a necessidade de insulina:


Contraceptivos orais, tiazidas, glicocorticoides, hormônios da tireoide, simpatomiméticos, hormônios de crescimento e danazol.
Os agentes beta-bloqueadores podem mascarar os sintomas da hipoglicemia.
octreotida/ lanreotida podem aumentar ou diminuir a necessidade de insulina.

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O álcool pode intensificar ou diminuir o efeito hipoglicêmico da insulina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO


Antes do uso: conservar sob refrigeração (temperatura entre 2 °C e 8 °C), distante do compartimento do congelador. Não congelar.

Em uso ou carregado como reserva: armazenar em temperatura ambiente, abaixo de 30 °C ou sob refrigeração entre 2 °C e 8 °C, por
até 8 semanas.
Após aberto, Tresiba® deve ser mantido em temperatura ambiente, inferior a 30 °C ou sob refrigeração entre 2 °C e 8 °C,
longe do calor direto e tampado para proteger da luz, por no máximo 8 semanas (56 dias). Tresiba® FlexTouch®: mantenha o
sistema de aplicação tampado quando não estiver sendo usado para proteger da luz.
O prazo de validade é de 30 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.


Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas


Tresiba® é uma solução neutra, límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.


Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR


Modo de Usar
Tresiba® é apenas para administração subcutânea e não deve ser administrado por via intravenosa, uma vez que pode resultar em
hipoglicemia grave.
Também não deve ser administrado por via intramuscular, uma vez que isto pode alterar sua absorção.
Tresiba® não deve ser usado em bombas de infusão de insulina.
Tresiba® é administrado por via subcutânea com aplicação na coxa, na parte superior do braço ou na parede abdominal. Os locais de
aplicação devem sempre ser alternados dentro da mesma região a fim de reduzir o risco de lipodistrofia.

Precauções para Manuseio e Descarte


Tresiba® FlexTouch® é um sistema de aplicação preenchido desenvolvido para ser usado com as agulhas da Novo Nordisk.
Tresiba® FlexTouch® 100 U/mL dispensa de 1 a 80 unidades em incrementos de 1 unidade.
Tresiba® FlexTouch® é para uso individual. O sistema de aplicação não deve ser preenchido novamente.
Tresiba® não deve ser utilizado se a solução não apresentar aparência límpida e incolor.
Tresiba® que foi congelado não deve ser utilizado.
As agulhas devem ser descartadas após cada injeção.

Incompatibilidades
Substâncias adicionadas a Tresiba® podem causar degradação da insulina degludeca.
Tresiba® não deve ser adicionado a fluidos de infusão.
Este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos.

Posologia
Tresiba® é uma insulina basal de ação ultralonga para administração subcutânea uma vez ao dia a qualquer hora do dia,
preferencialmente no mesmo horário todos os dias.
A potência dos análogos de insulina, incluindo a insulina degludeca, é expressa em unidades (U). Uma unidade (U) de insulina
degludeca corresponde a uma unidade internacional (UI) de insulina humana, 1 unidade de insulina glargina ou 1 unidade de
insulina detemir.

Diabetes tipo 2:
Em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, Tresiba® pode ser administrado isoladamente ou em combinação com antidiabéticos
orais, receptores agonistas de GLP-1 e insulina em bolus.

Diabetes tipo 1:
No diabetes mellitus tipo 1, Tresiba® deve ser administrado, associado com insulina de ação rápida/ultrarrápida para cobrir as
necessidades de insulina prandial.
A dose de Tresiba® deve ser ajustada de acordo com as necessidades individuais dos pacientes. É recomendado otimizar o controle
glicêmico pelo ajuste de dose de acordo com a glicemia de jejum.
Assim como ocorre com todas as insulinas, o ajuste na dose pode ser necessário em pacientes que tiveram um aumento de suas
atividades físicas, mudaram sua dieta habitual ou durante doenças concomitantes.

Início de Tresiba®:
Para pacientes com diabetes mellitus tipo 2, a dose diária inicial recomendada de Tresiba® é de 10 U, seguida por ajustes individuais
da dose.
Para pacientes com diabetes mellitus tipo 1, Tresiba® deve ser usado uma vez ao dia, associado à insulina prandial com
subsequentes ajustes individuais da dose.

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Ajuste de dose em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 1 e diabetes mellitus tipo 2

A dose pode ser ajustada de acordo com as seguintes orientações de titulação:

Média de 3 medições consecutivas de glicose no plasma Ajuste da dose (unidades)


auto-monitorada em jejum (mg / dL)
<56 -4
56-69 -2
70-89 0
90-125 +2
= ou >126 +4

O objetivo acima (70-89 mg/dL) para a média de três medições consecutivas de glicose no plasma auto-monitorada em
jejum é proveniente do programa de ensaios clínicos e deve ser individualizado de acordo com as características do
paciente.

Transferência a partir de outras insulinas


Para pacientes com diabetes tipo 2 sob tratamento com insulina basal, basal-bolus ou pré-mistura, a mudança da insulina basal para
Tresiba® pode ser feita unidade por unidade baseado na dose da insulina basal anterior seguido por ajustes de dose individual.

Para a maioria dos pacientes com diabetes tipo 1, a mudança da insulina basal para Tresiba® pode ser feita unidade por unidade
baseado na dose da insulina basal prévia com subsequentes ajustes de dose individual.
Para pacientes com diabetes tipo 1 transferidos da insulina basal duas vezes ao dia, ou com HbA1c < 8,0% no momento da
transferência, a dose de Tresiba® precisa ser determinada individualmente. A redução da dose deve ser considerada, seguida pelo
ajuste individual da dose, de acordo com a resposta glicêmica.

Assim como ocorre com todas as insulinas, a monitoração cuidadosa da glicemia é recomendada durante a transferência e nas
semanas seguintes. Poderá ser necessário o ajuste da dose e do horário da insulina rápida / ultrarrápida, ou de outros tratamentos
antidiabéticos concomitantes.

Uso de Tresiba® em combinação com agonistas do receptor de GLP-1 em pacientes com diabetes de mellitus tipo 2
Quando adicionado Tresiba® a agonistas do receptor de GLP-1, a dose diária inicial recomendada é de 10 unidades, seguido de
ajustes de dose individual.
Quando agonistas do receptor de GLP-1 são adicionados a Tresiba®, é recomendado reduzir em 20% a dose de Tresiba® para
minimizar o risco de hipoglicemia. Subsequentemente, a dose deve ser ajustada individualmente.

Flexibilidade do horário de aplicação


Com base nas necessidades do paciente e ao contrário de outras insulinas basais, Tresiba® permite flexibilidade no horário da
administração da insulina. Os pacientes que se esquecerem de administrar uma dose são aconselhados a administrá-la assim que
perceberem e depois retomar o seu esquema habitual de administração de dose uma vez ao dia. O intervalo mínimo entre duas doses
de Tresiba® deve ser de 8 horas. Não existe experiência clínica de flexibilidade no horário de aplicação de Tresiba® em crianças e
adolescentes.
Populações especiais
Idosos (≥ 65 anos de idade): Tresiba® pode ser usado em pacientes idosos. Assim como ocorre com todas as insulinas, o
monitoramento da glicemia deve ser intensificado e a dose de insulina ajustada individualmente (vide item “Propriedades
farmacocinéticas”).

Pacientes com disfunção renal e hepática: Tresiba® pode ser usado em pacientes com disfunção renal e hepática.
Assim como ocorre com todas as insulinas, o monitoramento da glicemia deve ser intensificado e a dose de insulina ajustada
individualmente (vide item “Propriedades farmacocinéticas”).

Pacientes pediátricos: Tresiba® pode ser usado em adolescentes e/ou crianças acima de 1 ano. Ao mudar de outra insulina basal para
Tresiba®, a redução da dose de insulina basal e bolus deve ser considerada numa base individual, de forma a minimizar o risco de
hipoglicemia.

9. REAÇÕES ADVERSAS
a. Resumo do perfil de segurança
A reação adversa mais frequentemente relatada durante o tratamento foi a hipoglicemia (vide item c).

b. Tabela de reações adversas


As reações adversas listadas a seguir são baseadas em dados de estudos clínicos e classificadas de acordo com o MedDRA (órgãos e
sistemas). As frequências são definidas como: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a < 1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100);
rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000); desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

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Órgãos e Sistemas Frequência
Distúrbios do metabolismo e nutrição Muito comum – Hipoglicemia
Distúrbios gerais e condições do local de Comum – Reações no local de aplicação
aplicação
Incomum – Edema periférico
Distúrbios de pele e do tecido subcutâneo Incomum – Lipodistrofia
Distúrbios do sistema imunológico Rara – Hipersensibilidade
Rara – Urticária

c. Descrição das principais reações adversas


Distúrbios do sistema imunológico
Reações alérgicas podem ocorrer com insulinas. Reações alérgicas do tipo imediata, tanto à insulina quanto aos excipientes podem
causar potencial risco à vida. Foram relatados com a insulina degludeca, com frequência rara, hipersensibilidade (manifestadas com
inchaço da língua e lábios, diarreia, náusea, cansaço e prurido) e urticária.
Hipoglicemia
Pode ocorrer hipoglicemia se a dose de insulina for mais elevada em relação à necessidade de insulina. Hipoglicemia grave
pode levar à inconsciência e/ou convulsões, podendo resultar em prejuízo temporário ou permanente da função cerebral ou mesmo a
morte. Os sintomas de hipoglicemia geralmente ocorrem repentinamente. Podem incluir suor frio, pele pálida e fria, fadiga,
nervosismo ou tremor, ansiedade, cansaço incomum ou fraqueza, confusão, dificuldade de concentração, sonolência, fome
excessiva, alterações na visão, dor de cabeça, náusea e palpitação.

Reações no local da aplicação


Reações no local da aplicação podem ocorrer em pacientes tratados com Tresiba®, (incluindo hematoma no local da aplicação, dor,
hemorragia, eritema, nódulo, inchaço, descoloração, prurido, calor e aumento do tecido no local da aplicação). Essas reações são
normalmente leves e transitórias e normalmente desaparecem com a continuação do tratamento.

Lipodistrofia
Lipodistrofia (incluindo lipohipertrofia, lipoatrofia) pode ocorrer no local da aplicação. Rodízio frequente do local da
aplicação dentro da área designada pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver estas reações.

d. População pediátrica
A insulina degludeca foi administrada em crianças e adolescentes de até 18 anos de idade para a investigação das propriedades
farmacocinéticas (vide item “Propriedades farmacocinéticas”). Em um estudo de longa duração foi demonstrada a segurança e
eficácia em crianças de 1 a 18 anos. A frequência, tipo e gravidade das reações adversas na população pediátrica não indica
diferenças com a experiência na população geral de diabetes (vide item “Propriedades farmacodinâmicas”).

e. Outras populações especiais


Com base nos resultados dos estudos clínicos a frequência, tipo e gravidade das reações adversas observadas nos pacientes idosos
e nos pacientes com insuficiência renal ou hepática não indicam qualquer diferença em relação à experiência mais ampla na
população em geral.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis,
mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Em casos de
eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED, disponível em
http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE
Uma superdose específica não pode ser definida para a insulina. No entanto, se as doses são altas demais em relação às
necessidades do paciente, pode ocorrer hipoglicemia em intensidades diferentes (vide item “Advertências e Precauções”).
• Episódios de hipoglicemia leve podem ser tratados pela administração oral de glicose ou produtos que contenham açúcar. Portanto,
é recomendado que o paciente sempre carregue produtos contendo glicose.
• Episódios de hipoglicemia grave, onde o paciente não é capaz de se tratar, podem ser tratados com glucagon (0,5 a 1 mg) por via
intramuscular ou subcutânea por uma pessoa que saiba aplicar, ou com glicose por via intravenosa por um profissional da saúde. A
glicose deve ser administrada por via intravenosa se o paciente não responder ao glucagon dentro de 10 a 15 minutos. Após retomar
a consciência, recomenda-se a ingestão de carboidratos para evitar a reincidência da hipoglicemia.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

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DIZERES LEGAIS
Registro MS 1.1766.0029
Farmacêutico responsável:
Luciane M. H. Fernandes – CRF-PR 6002
Fabricado por:
Novo Nordisk A/S
DK–2880 Bagsværd, Dinamarca
Importado por:
Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda.
Rua Prof. Francisco Ribeiro, 683
CEP: 83707-660 – Araucária – PR
CNPJ: 82.277.955/0001-55

Disk Novo Nordisk: 0800 144488

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 27/03/2020.

Tresiba® e FlexTouch® são marcas de propriedade da Novo Nordisk A/S

© 2020
Novo Nordisk A/S

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Instruções de uso - Tresiba® FlexTouch® 100 U/mL
LEIA ATENTAMENTE ESTAS INSTRUÇÕES ANTES DE USAR TRESIBA® FLEXTOUCH®.
Se você não seguir as instruções atentamente, você pode injetar muita ou pouca insulina, o que pode levar a níveis muito
altos ou muito baixos de açúcar no sangue.

Comece verificando seu sistema de aplicação para certificar-se de que ele contém a insulina que você necessita, então veja as
ilustrações abaixo para conhecer as diferentes partes de seu sistema de aplicação e agulha.
Não use seu sistema de aplicação sem a devida orientação do seu médico ou profissional de saúde.

Se você é cego ou apresenta problemas visuais graves, não use este sistema de aplicação sem ajuda. Obtenha ajuda de uma
pessoa com boa visão, que seja treinada para usar o sistema de aplicação Tresiba® FlexTouch®.

Tresiba® FlexTouch® é um sistema de aplicação preenchido com insulina, com seletor de dose. Ele contém 300 unidades de
insulina e proporciona doses de 1 a 80 unidades, em incrementos de 1 unidade. Não faça nenhum recálculo de dose. Tresiba®
FlexTouch® pode ser utilizado com agulhas descartáveis de até 8 mm de comprimento. Seu sistema de aplicação foi desenvolvido
para ser usado com agulhas descartáveis NovoFine®. As agulhas não estão incluídas na embalagem.

Informação importante
Preste atenção nestas informações para o uso correto da caneta.

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Tresiba® FlexTouch® e agulha (exemplo)

Tampa da
Tampa externa
caneta
da agulha

Tampa interna
da agulha

Agulha

Selo protetor

Escala de insulina

Visor de insulina

Rótulo

Contador de dose

Indicador de dose

Seletor de dose

Botão injetor

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1. Preparação do sistema de aplicação

• Verifique o nome e a cor da etiqueta do sistema de aplicação, para certificar-se de que ele contém
a insulina de que necessita. Isto é especialmente importante se você usar mais de um tipo de insulina. Se
você usar o tipo de insulina errada, seu nível de açúcar no sangue poderá ficar muito alto ou muito baixo.

• Retire a tampa do sistema de aplicação.

• Verifique se a insulina no sistema de aplicação está límpida e incolor.


Olhe através do visor de insulina. Se a insulina parecer turva, não use o sistema de aplicação.

• Pegue uma nova agulha e retire o selo protetor.

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• Encaixe a agulha no sistema de aplicação.
Gire até que esteja firmemente acoplada.

• Retire a tampa externa da agulha e guarde-a. Você vai precisar dela após a injeção, para remover
com segurança a agulha do sistema de aplicação.

• Retire a tampa interna da agulha e descarte-a. Se você tentar colocá-la novamente, você pode
acidentalmente ferir-se com a agulha.

Uma gota de insulina pode aparecer na ponta da agulha. Isso é normal, mas você ainda deve verificar
o fluxo de insulina.

Utilize sempre uma agulha nova para cada injeção.


Isso evitará o risco de contaminação, infecção, vazamento de insulina, agulhas entupidas e
dosagem inadequada.

Nunca use uma agulha torta ou danificada.

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2. Verificação do fluxo de insulina

• Sempre verifique o fluxo de insulina antes de começar.


Isso ajuda você a garantir que obtenha sua dose completa de insulina.
• Gire o seletor de dose para selecionar 2 unidades. Certifique-se que o seletor de dose mostra 2.

• Segure o sistema de aplicação com a agulha apontando para cima.


Bata levemente com o dedo no topo do sistema de aplicação algumas vezes para fazer com que
qualquer bolha de ar suba para o topo.

• Pressione e segure o botão injetor até que o contador de dose mostre a dose 0 (zero).
O 0 (zero) deve estar alinhado com o indicador da dose.
Uma gota de insulina deve aparecer na ponta da agulha.

Uma pequena bolha de ar pode permanecer na ponta da agulha, mas esta não será injetada.

Se nenhuma gota aparecer, repita as etapas A à C até seis vezes. Se ainda não aparecer uma gota, mude
a agulha e repita as etapas A à C mais uma vez.

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Se uma gota de insulina ainda não aparecer, descarte a caneta e use uma nova.

Certifique-se sempre de que uma gota apareça na ponta da agulha antes de injetar. Certifique-
se de que a insulina flui.
Se nenhuma gota aparecer, a insulina não será aplicada, mesmo que o contador de dose
possa mover-se. Isto pode indicar agulhar bloqueada ou danificada.

Sempre verifique o fluxo antes de injetar. Se você não verificar o fluxo, você pode injetar
muito pouca insulina ou nenhuma. Isto pode levar a um elevado nível de açúcar no sangue.

3. Seleção da sua dose

• Certifique-se de que o contador de dose está no 0 (zero) antes de começar.


O 0 (zero) deve estar alinhado com o indicador da dose.

• Gire o seletor de dose para selecionar a dose que você precisa, como indicado pelo seu médico ou
profissional de saúde.

Se você selecionar uma dose errada, você pode girar o seletor de dose para frente ou para traz para
corrigir a dose.

A caneta pode selecionar até no máximo 80 unidades.

Sempre use o contador de dose e o indicador da dose para ver quantas unidades você
selecionou, antes de injetar a insulina.
Não conte pelos cliques do sistema de aplicação. Se você selecionar e injetar a dose errada, seu
nível de açúcar no sangue pode ficar muito baixo ou muito elevado. Não use a escala de insulina,
pois esta apenas mostra aproximadamente quanto de insulina está presente no sistema de
aplicação.

O seletor de dose altera o número de unidades e faz um clique cada vez que gira.
Os cliques soam diferentes dependendo de que maneira você gira o seletor de dose.

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O contador de dose e o indicador de dose mostram o número de unidades por dose.
Você pode selecionar até 80 unidades por dose.

Quando o sistema de aplicação contém menos de 80 unidades, o contador de dose para no


número de unidades que restam.

4. Injetando a dose

• Introduza a agulha sob a pele como o seu médico ou profissional de saúde orientou.

• Certifique-se de que você pode ver o contador de dose.


Não cubra o contador de dose
com os dedos. Isso pode interromper a injeção.

• Pressione e segure o botão injetor até que o contador mostre a dose 0 (zero).
O 0 (zero) deve estar alinhado com o indicador de dose.
Você poderá, então, ouvir ou sentir um clique.

• Deixe a agulha sob a pele durante pelo menos 6 segundos para ter certeza de ter recebido a dose
completa.

6 segundos

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• Retire a agulha da pele.
Se aparecer sangue no local de injeção, pressione levemente. Não massageie a área.

Sempre observe o contador de dose para saber quantas unidades você injetará.
Não conte pelos cliques do sistema de aplicação. O contador de dose irá mostrar o número exato de
unidades. Nunca toque o contador de dose enquanto injeta. Isso pode interromper a injeção.Segure o
botão de dosagem para baixo, após a injeção, até que o contador de dose volte a 0. Se o contador de dose
parar antes que ele retorne para 0, a dose total não terá sido injetada, podendo resultar em baixo ou alto
nível de açúcar no sangue.
Você pode ver uma gota de insulina na ponta da agulha após a injeção. Isso é normal e não
afeta a sua dose.

5 Após sua injeção

• Conduza a ponta da agulha para dentro da tampa externa da agulha sobre uma superfície plana.

• Quando a agulha estiver coberta, empurre cuidadosamente a tampa externa da agulha


completamente.

• Desenrosque a agulha e descarte-a cuidadosamente.

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• Coloque a tampa no sistema de aplicação após cada uso para proteger a insulina da luz.

Nunca tente colocar a tampa interna da agulha de volta na agulha. Você pode se ferir com a
agulha.

Sempre retire a agulha do sistema de aplicação.


Isso evita agulhas entupidas, contaminação, infecção, vazamento de insulina e dosagem
inadequada. Se a agulhar estiver entupida, você não conseguirá injetar nenhuma insulina.

Sempre descarte a agulha após cada injeção e guarde a sua caneta sem a agulha anexada. Isto
reduz o risco de contaminação, infecção, perda de insulina, agulhas entupidas e dosagem
inadequada.

Quando o sistema de aplicação estiver vazio, descarte-o sem a agulha conforme as instruções do
seu médico, profissional de saúde ou autoridade local.
6. Qual a quantidade de insulina que resta?

• A escala de insulina mostra aproximadamente a quantidade de insulina restante no sistema de


aplicação.
A
A
Quantidade
aproximada
de insulina
que resta

• Para ver a quantidade de insulina que resta, use o contador de dose:


Gire o seletor de dose até que o contador de dose pare.
Se ele mostrar 80, pelo menos 80 unidades restam no sistema de aplicação.
Se ele mostrar menos do que 80, o número mostrado é o número de unidades que restam no sistema de
aplicação.

• Girar o seletor de dose para trás até que o contador mostre a dose 0 (zero).

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B

• Se você precisar de mais insulina do que as unidades restantes no sistema de aplicação, você pode
dividir a sua dose entre dois sistemas de aplicação.

Tenha muito cuidado para calcular corretamente, se você dividir a dose


Em caso de dúvida, aplique a dose completa com um novo sistema de aplicação. Se você injetar a dose
errada, você injetará muito pouco ou muita insulina, o qual pode levar a um nível muito alto ou muito
baixo de açúcar.

Importante
• Mantenha sempre o sistema de aplicação com você.
• Leve sempre um sistema de aplicação extra e novas agulhas com você, em caso de perda ou
dano.
• Mantenha sempre o sistema de aplicação e agulhas fora da vista e do alcance de outras pessoas,
especialmente crianças.
• Nunca compartilhe o sistema de aplicação ou as suas agulhas com outras pessoas. Isto pode levar
a uma infecção cruzada.
• Nunca compartilhe o sistema de aplicação ou as suas agulhas com outras pessoas. Seu
medicamento pode ser prejudicial à saúde de outra pessoa.

• Os cuidadores devem ser muito cautelosos ao manusear agulhas usadas - para reduzir o risco de
lesões com as agulha e infecção cruzada.
• Mantenha sempre o sistema de aplicação com você. Não o deixe dentro do carro ou outro lugar
onde ele possa ficar muito quente ou muito frio.

Cuidado com seu sistema de aplicação

Cuide do seu sistema de aplicação. O mau uso pode gerar uma administração inadequada, levando a
um nível de açúcar no sangue muito baixo ou muito alto.

• Não o deixe dentro do carro ou outro lugar onde ele possa ficar muito quente ou muito frio.
• Não deixe seu sistema de aplicação cair ou bater contra superfícies duras.
Se você deixá-lo cair ou suspeitar de um problema, introduza uma nova agulha e verifique o fluxo de
insulina antes de injetar.

• Não tente recarregar o sistema de aplicação. Uma vez vazio, ele não pode ser reutilizado.
• Não tente reparar o sistema de aplicação ou desmontá-lo.
• Não exponha o sistema de aplicação à sujeira, pó ou líquido.
• Não lave, molhe ou lubrifique o sistema de aplicação. Se necessário, limpe-a com detergente
neutro com um pano umedecido.
• Para armazenar o sistema de aplicação, veja item da bula “7. CUIDADOS DE
ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO”.

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