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Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Direito

Oto Luiz da Silva Junior

COMISSÕES PARLAMENTARES ART.58 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERAL DE


1988

Trabalho apresentado como


avaliação parcial da Disciplina
Direito Constitucional, ministrada
pela Profª Laise Maria Guimarães
Santos.

Salvador - BA
2019
COMISSÕES PARLAMENTARES

ALGUNS PODERES E COMPETÊNCIAS DAS COMISSÕES


PARLAMENTARES

As Comissões Parlamentares estão descritas no artigo 58 da Constituição da


República Federativa do Brasil, de 1988 e têm por objetivo instaurar comissões
permanentes e temporárias constituídas na forma e, com as atribuições previstas no
respectivo regimento interno em cada casa, ou no ato de que resulte a sua criação por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que o mesmo promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Um dos exemplos de Comissões Parlamentares Permanentes, são as Comissões


de Constituição e Justiça – CCJ, e têm por fundamento, o controle prévio das
inconstitucionalidades das leis, visando um paralelismo fiel à Constituição.

Em outro aspecto, temos comissões mistas, compostas por Deputados e


Senadores as quais visam apreciar as Medidas provisórias do Poder Executivo e
encontram-se no Art. 62 § 9 da CF/88. Dentre outros aspectos, é consenso na doutrina e
na jurisprudência que a competência de que é dotado o Poder Legislativo para fiscalizar
é simétrica à sua competência para legislar. Desta feita, pode-se concluir que todos os
fatos vinculados a uma atribuição legislativa são passíveis de investigação pelas
Comissões Parlamentares de Inquérito, o que dificulta a delimitação dos fatos que
podem ser investigados.

COMPOSIÇÃO:

CPIs podem ser criadas por uma das Casas ou em conjunto (CPI mista) ou pelas
Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores.

ALGUNS PODERES DA CPI: convocar investigados e testemunhas para depor,


investigar negócios de particulares (desde que relacionados ao interesse público),
determinar condução coercitiva de testemunha, determinar quebra de sigilo bancário,
fiscal e telefônico, investigar fatos que já sejam objeto de inquéritos policiais ou
processos judiciais, convocar magistrados para depor sobre atos administrativos Podem,
também convocar indígenas para depor (com os devidos cuidados), convocar Ministro
de Estado e Membro do MP para depor, determinar diligências, perícias e exames,
utilizar a polícia judiciária para localizar testemunha e requisitar às repartições públicas
informações de seu interesse

CPIs ESTADUAIS: aplica-se o princípio da simetria. É possível a sua


instauração, desde que os fatos estejam abrangidos por sua competência fiscalizatória.

CPIs MUNICIPAIS: também podem ser criadas, nos mesmos parâmetros da


Constituição Federal.

CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS DA CPI: O jurista Paulo Gonet Branco


explica que a Comissão está vinculada à Casa em que surge, sendo seus atos imputados
a ela. Em suas palavras:

“A CPI, enquanto projeção orgânica do Poder Legislativo da União,


nada mais é senão a longa manus do Congresso Nacional ou das Casas
que o compõem, sujeitando-se, em consequência, [...] ao controle
jurisdicional originário do Supremo Tribunal Federal1”.

1
MS nº. 23.452, disponível em: https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/738746/mandado-de-
seguranca-ms-23452-rj (Acesso em 25/03/2019, às 11h49min).
QUESTIONÁRIO

1) Pode determinar prisão em flagrante ou temporária/preventiva?


R- Não pode decretar prisão (a não ser em flagrante delito) ou publicar informações
sigilosas.

2) Pode intimar um indiciado ou uma testemunha? E caso não compareçam, como


proceder pode conduzir coercitivamente?
R- Sim pode convocar o indiciado para prestar depoimentos coercitivamente,
ressalvando seu direito de permanecer calado.

3) Pode fazer busca e apreensão em domicílio?


R- Não, pois não tem poder de justiça.

4) Pode determinar uma escuta telefônica?


R- Não, pois não tem poder de julgamento, já que fere preceito fundamental, pois a
escuta telefônica é usada no momento em que o investigado está usando e isso
reiterando só com mandado judicial.

5) Pode solicitar quebra de sigilo telefônico, fiscal, bancário?


R- Sim, determinar quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico, já que são dados
gravados e não fatos acontecendo no momento da investigação e também pode
investigar fatos que já sejam objeto de inquéritos policiais ou processos judiciais.

6) Pode impedir a saída do país daquele que está sendo requisitado?


R- Não pode, pois só o juiz pode fazer.

7) O indiciado ou a testemunha podem permanecer calados a fim de não se


autoincriminar?
R- Ninguém será forçado a prestar informação e nem poderá ser preso por desacato,
porque temos o direito de permanecer calado, já que é um preceito constitucional.
Se acontecer de a pessoa ser chamada para prestar depoimento e permanecer calada e
por um acaso prenderem ela por desacato o investigado pode impetrar junto com seu
advogado um HC preventivo salvo conduto.

8) Pode levar advogado?


R- Sim, pode levar, pois não pode ferir preceitos fundamentais.

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