Você está na página 1de 22

Análise de potência em CA

Prof. Alceu André Badin


Análise de potência
 Estudo de potência em corrente alternada para:
 Tensões e correntes senoidais

V  t   VP  sen   t 
I  t   I P  sen   t   

 Tensões senoidais e correntes distorcidas

V  t   VP  sen   t 
 
I  t    I n (t )   I pn sen  n    t  n 
n 0 n0

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões e correntes senoidais
Seja: V  t   VP  sen   t   é deslocamento de
fase entre tensão e
I  t   I P  sen   t    corrente

P t   V t   I t  (Potência instantânea)

Então: P  t   VP  I P  sen   t   sen   t   


11 =0
=0 o
=30
=30o
VP  I P VP  I P
0.5
0.5 P t    cos     cos  2    t   
0
2 2
0
-0.5 =90oo
-0.5 =90 Potência instantânea normalizada
10 2 4 6 8 para diferentes valores de 
10 2 4 t 6
8
t rad]
Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT
Análise de potência
 Para tensões e correntes senoidais
1 T
P    P  t   dt (Definição de potência média ou ativa)
T 0
Então:
VP  I P 2 VP  I P
P   cos    cos  2    t     d  t  cos  
4  0 2
1

 é deslocamento de
0.75 fase entre tensão e
P( ) corrente
0.5

0.25 Potência ativa normalizada em


função de 
00 0.5 1 1.5 π/2

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões e correntes senoidais
| S | Vef  I ef (Definição de potência aparente)

Seja:
1 1 Vp
[VP  sen   t ] dt 
T T
Vef   [V (t )] dt  
2 2

T 0 T 0
2
1 1 Ip
[ I P  sen   t ] dt 
T T
I ef   [ I (t )] dt  
2 2

T 0 T 0
2
Então:

Vp  I p
| S | Vef  I ef  |S| independe de 
2

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões e correntes senoidais
P
FP  (Definição de fator de potência)
|S|
Então:

Vp  I p
cos( )
FP  2  FP  cos( )
Vp  I p
2
O fator de potência é Fator de desempenho entre uma fonte e uma carga que
indica a eficiência na transferência de energia da fonte para a carga.
Representa a parcela da carga que pode ser representada por uma resistência.
- Para FP=0 a carga não tem componente resistiva.
- Para FP=1 a carga é puramente resistiva.

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Seja: V  t   VP  sen   t 
 
I  t    I n (t )   I pn sen  n    t  n 
n 0 n0

Generalização da corrente periódica


distorcida pela série de Fourier
Potência ativa:
1 T 1 T
P    P  t   dt    V  t   I  t   dt
T 0 T 0

1 T
P    VP  sen   t    I pn sen  n    t  n   dt
T 0 n0

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência ativa:

1 T
P    VP  sen   t    I pn sen  n    t  n   dt
T 0 n0
Para n=0 tem-se o valor DC da corrente.
Para n=1 tem-se a corrente fundamental.

 I DC  I p1 sen   t  1   
1 T  
P    VP  sen   t       dt
 
T 0  I pn sen  n    t  n 
n2


Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência ativa:

Aplicando a propriedade distributiva e linear da função integral:


 T 0 
 0 VP  sen   t   I DC dt 
 T 
1  
P     VP  sen   t   I p1 sen   t  1 dt
T  0 
 T  0 
  0 VP  sen   t    I pn sen  n    t  n dt 
 n2 
Integral do produto de senóides de frequências diferentes é nula.

1  T  VP  I P1
P    VP  sen   t   I p1 sen   t  1 dt  cos 1 

T  0 
 2
Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT
Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência ativa:

VP  I P1 1 é deslocamento de fase entre tensão e


P cos 1  corrente fundamental
2 IP1 é o valor de pico da corrente fundamental

Apenas a componente fundamental da corrente (mesma frequência


da tensão) realiza trabalho.

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
V  t   VP  sen   t 
 
I  t    I n (t )   I pn sen  n    t  n 
n 0 n0

Potência aparente:

| S | Vef  I ef
1 1 Vp
[VP  sen   t ] dt 
T T
Vef   [V (t )] dt  
2 2

T 0 T 0
2
2
1 1  

  I pn sen  n    t  n   dt
T T
I ef   [ I (t )] dt  
2

T 0 T 0
 n0 
Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT
Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência aparente:
2
1  

  I pn sen  n    t  n   dt
T
I ef 
T 0
 n0 

 I DC  I p1sen   t  1   
2

1 T  
I ef   
T 0   I pn sen  n    t  n   dt
 n  2 

I (t )

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência aparente

 I DC  I p1sen   t  1   
2

T T  
0  0    I sen  n    t     dt 
2
I ( t ) dt 

 n  2 pn I (t )
n 

 2 
 I DC   I p1sen   t  1    2  I DC  I p1sen   t  1 
2

 2

T  
   
0  2  I DC   I pn sen  n    t  n     I pn sen  n    t  n    dt
 n2  
 n2

  
 2  I p1sen   t  1    I pn sen  n    t  n  
 n2 
Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT
Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência aparente
T
0
I (t ) 2 dt 

 I p1sen   t  1   dt   2  I DC  I p1sen   t  1 dt 


T T 2 T 0
 I DC dt  
2
0 0 0
2

 

  2  I DC   I pn sen  n    t  n dt0     I pn sen  n    t  n   dt 
T T

0
n2
0
 n2 

2  I p1sen   t  1    I pn sen  n    t  n 0dt
T
0
n2

I p1 2  T
I sen   t  1   dt 
T T 2
onde :  I DC 2 dt  I DC 2  T   p1
0 0 2
Integral do produto de senóides de frequências diferentes é nula.

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência aparente
2
I p12  T  

  I pn sen  n    t  n   dt
T T
 I (t ) dt  I DC  T  
2 2
0 2 0
 n2 
logo:
 2 I p 12 1  
 
2

  I pn sen  n    t  n   dt 
T
I ef   I DC 
 2

T 0
 n2  
Supondo a componente IDC nula:

 I p 12 1  
 
2

  I pn sen  n    t  n   dt 
T
I ef  
 2

T 0
 n2  

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência aparente

 I p12 1  
 
2

  I pn sen  n    t  n   dt 
T
I ef  
 2

T  0
 n2  
 I pn 2

n2 2 Taxa de distorção harmônica

 I p12  I pn 2  I p1  I 2
I ef    dt   1   pn 2 THD 2
 2 n2 2  2 n  2 I pn

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Potência aparente
I p1
I ef  1  THD 2
2 V p  I p1
| S | Vef  I ef  1  THD 2
Vp 2
Vef 
2
Fator de potência:
VP  I P1
P cos 1 
2 P cos 1 
V p  I p1 FP  
| S | 1  THD 2 |S| 1  THD 2
2

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Para tensões senoidais e correntes distorcida
Fator de potência:

P cos 1 
FP  
|S| 1  THD 2
1 é deslocamento de fase entre tensão e corrente fundamental
IP1 é o valor de pico da corrente fundamental
THD é a taxa de distorção harmônica

cos 1  Fator de deslocamento

1
Fator de distorção
1  THD 2

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Exemplo:
Retificador a diodos com filtro LC
 Retificador com filtro LC

Vin I4*20

300

200

100

FP  0,9
0

-100

-200

-300

0.25
Prof. Alceu A. Badin
0.26 0.27
UTFPR/DAELT
Time (s)
0.28 0.29 0.3
Definições e conceitos
 Potência ativa: É a potência média de um sistema
Corresponde a parcela de potência que efetivamente
realiza trabalho.
 Potência aparente: É o modulo da potência complexa
e é definida pelo produto da tensão eficaz e da
corrente eficaz.
 Fator de potência: Fator de desempenho entre uma
fonte e uma carga que indica a eficiência na
transferência de energia da fonte para a carga. Indica
o quanto uma carga é similar a uma carga resistiva. É
definida pela razão entre a potência ativa e a potência
aparente.

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Análise de potência
 Taxa de distorção harmônica (THD): É a razão
entre o valor eficaz , não incluindo a componente
fundamental, em relação ao valor eficaz da primeira
harmônica. É um fator que indica o quanto uma
forma de onda está diferente da componente
fundamental. É definida para formas de onda
periódicas.

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT


Referências

 Livro: Fundamentals of Power Electronics. Robert. W.


Erickson. 1997.

 “Análise modelagem e controle de retificadores PWM


trifásicos ” Deivis Borgonovo CAP. 1 (Tese de doutorado -
UFSC)

Prof. Alceu A. Badin UTFPR/DAELT

Você também pode gostar