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GRAMÁTICA

MORFOSSINTAXE DAS CLASSES GRAMATICAIS – PARTE I

Livro Eletrônico
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BRUNO PILASTRE

Doutor em Linguística (teoria e análise grama-


tical) pela Universidade de Brasília. Atua na
área de Concursos Públicos desde 2009, prin-
cipalmente na elaboração de materiais didáti-
cos. É autor das obras “Guia Prático de Língua
Portuguesa” e “Guia de Redação Discursiva
para Concursos”, ambas editadas pela editora
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Morfossintaxe das Classes Gramaticais – Parte I
Prof. Bruno Pilastre

1. As Classes Gramaticais.............................................................................5
1.1. Classes Abertas e Classes Fechadas.........................................................6
1.2. Classes Variáveis e Classes Invariáveis.....................................................7
1.3. Classes Lexicais e Classes Gramaticais (Funcionais)...................................8
2. Classificação Morfológica (Classe de Palavra) e Função Sintática.....................9
3. Emprego e Sentido das Classes Gramaticais.............................................. 10
3.1. Substantivo........................................................................................ 11
3.2. Adjetivo............................................................................................. 24
3.3. Artigo................................................................................................ 31
3.4. Numeral............................................................................................ 35
Resumo.................................................................................................... 37
Glossário.................................................................................................. 38
Questões de Concurso................................................................................ 42
Gabarito................................................................................................... 58
Gabarito Comentado.................................................................................. 59
Referências............................................................................................... 68

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1. As Classes Gramaticais
Chegamos à nossa terceira aula! Maravilha! Vamos continuar com a mesma

energia e concentração, certo?

Ouça com atenção: o conteúdo classes de palavras é um dos mais avaliados

em concursos públicos. É um conteúdo extenso e ocupará as próximas quatro aulas

(incluindo esta). Como eu já disse, começaremos a utilizar os conceitos anterior-

mente estudados (como morfema, flexão...) nas aulas 1 e 2. Qualquer dúvida,

é só consultar os glossários.

A classificação das palavras em classes remonta aos estudos greco-latinos so-

bre a linguagem (em nossas gramáticas de língua portuguesa, herdamos essa clas-

sificação). Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, são dez (10) as classes

gramaticais (com alguns exemplos):

1) SUBSTANTIVO: menina, mesa, alegria, humildade, trigo.

2) ADJETIVO: alto, azul, bêbado, bom, inteligente, simples.

3) PRONOME: eu, tu, ele, vós, nós, lhe, isso, aquilo, que.

4) ARTIGO: o, a, os, as, um, uma.

5) NUMERAL: dois, três, dez, cento e um, primeiro, segundo.

6) VERBO: chegar, comer, dormir, atender.

7) ADVÉRBIO: agora, antes, atentamente.

8) PREPOSIÇÃO: a, até, com, contra, de, em.

9) CONJUNÇÃO: e, enquanto, mas, se, ainda que.

10) INTERJEIÇÃO: ai, caramba, ufa.

Imagine o seguinte: em sua casa, há um único cesto de roupa. Ao longo da se-

mana, todas as roupas de sua família se acumulam nesse cesto. Na hora de lavar,

é necessário separar as roupas em grupos: as coloridas, as brancas, as escuras,

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os tapetes, as toalhas, as roupas íntimas e as roupas de cama. Nessa separação,

utilizamos critérios: cor da roupa, tipo (íntima, de cama, uso externo, como tape-

tes) etc.

Com as palavras que compõem a nossa língua (isto é, o léxico de nossa língua),

pode ser feito o mesmo. A partir de critérios, é possível agrupar palavras que “fun-

cionam” do mesmo jeito.

São três os critérios adotados na tradição gramatical: o morfológico, o sintático

e o semântico.

ESSE CRITÉRIO LEVA EM CON-


CRITÉRIO EXEMPLO
SIDERAÇÃO
a palavra “cordialmente”
os elementos mórficos asso-
MORFOLÓGICO: possui o morfema -mente,
ciados à raiz.
o qual forma advérbios a
partir de adjetivos.
a posição (distribuição) do Na sequência, “a Maria
SINTÁTICO: item lexical ao longo da sen- chegou”, o artigo a precede
tença. o substantivo Maria.
o significado lexical, o qual
A palavra inteligente, em
corresponde ao quê do mundo
SEMÂNTICO: “A Maria é inteligente”, atri-
extralinguístico (mundo bios-
bui uma qualidade a um ser.
social).

Os estudos linguísticos mais recentes apresentaram critérios diferentes para

separar as palavras em classes. Vejamos abaixo quais são.

1.1. Classes Abertas e Classes Fechadas

As classes abertas são aquelas em que há relativa facilidade de alteração de sua

composição. Isso quer dizer que os itens que compõem essa classe se renovam,

ganhando ou perdendo representantes. Por exemplo, você deve conhecer verbos

recentes, como trolar, tuitar, malufar (casos de criação de novos itens). E tam-

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bém deve perceber que verbos como perquirir e admoestar já não são tão utili-

zados (casos de itens que caem em desuso).

Substantivos, adjetivos, verbos, numerais e advérbios formados em (-mente)

são classes abertas.

As classes fechadas, por outro lado, são mais resistentes à renovação. Por exem-

plo: a classe dos artigos é formada, há muito tempo, pelos artigos definidos o, a,

os, as e pelos artigos indefinidos um, uma, uns, umas.

Preposições, artigos, pronomes, conjunções e advérbios (os não formados em

-mente) são classes fechadas.

Em resumo, você pode formular a seguinte ideia:

• classes abertas: os itens podem ser renovados com relativa facilidade;

• classes fechadas: os itens lexicais não são renovados com facilidade.

1.2. Classes Variáveis e Classes Invariáveis

Esta separação é bem simples: as palavras variáveis sofrem mudanças em

sua morfologia (como em casa/casas); as palavras invariáveis, diferentemente,

não sofrem mudança em sua morfologia (como na preposição em, ou na preposi-

ção com).

As classes variáveis (que podem sofrer mudança morfológica) são: nomes,

adjetivos, verbos, artigos e alguns pronomes.

As classes invariáveis (que não podem sofrer mudança morfológica) são:

preposições, advérbios e conjunções.

Essa diferença entre classes variáveis e classes invariáveis é FUNDAMENTAL

para a compreensão de muitas relações sintáticas, como concordância e predica-

ção. Então, fique atento(a):

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• classes variáveis: os itens lexicais podem sofrer mudança morfológica.

• classes invariáveis: os itens lexicais não podem sofrer mudança morfoló-

gica.

1.3. Classes Lexicais e Classes Gramaticais (Funcionais)

Nesta última distinção, adota-se o critério semântico. De um lado, há palavras

que possuem significado descritivo, significado esse que denota entidades ou situ-

ações exteriores à linguagem (coisas, pessoas, animais, qualidades, ideias, ações

etc.). Os nomes, os adjetivos e os verbos formam as classes lexicais.

De outro lado, há itens que têm função estruturadora, quase como uma “cola”

que une as palavras em sentenças (essa é a “função” delas, daí serem chamadas

também de funcionais). A semântica de cada item da classe é mais restrita e de-

pende, muitas vezes, da composicionalidade (isto é, da soma dos sentidos de cada

item da sentença). São representantes das classes gramaticais: preposições, ad-

vérbios, artigos, pronomes, numerais e conjunções.

Com essas três distinções, temos o seguinte:

MUDANÇA MORFOLÓ-
CRITÉRIO RENOVAÇÃO LEXICAL SIGNIFICADO
GICA
INVARIÁ-
TIPO ABERTAS FECHADAS VARIÁVEL LEXICAL GRAMATICAL
VEL
preposições
substantivos preposições substantivos
preposições advérbios
CLASSES adjetivos artigos adjetivos substantivos
conjunções artigos
INTE- verbos pronomes verbos adjetivos
advérbios pronomes
GRANTES numerais conjunções artigos verbos
numerais
advérbios pronomes
conjunções

Para as nossas aulas, farei a seguinte divisão, baseado em Neves (2011):

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• grupo nominal: substantivo, adjetivo, artigo e numeral.

• grupo verbal: verbo, advérbio.

• grupo articulador (junção): pronome, preposição, conjunção.

A interjeição será discutida na aula referente ao grupo verbal, certo?

Vamos, agora, trabalhar a diferença entre classificação morfológica e função

sintática. Na sequência, vamos conhecer o emprego e sentido das classes perten-

centes ao grupo nominal: os substantivos, os adjetivos, os artigos e os numerais.

Se você quiser dar uma pausa, aqui é o momento ótimo para tomar aquela água

ou aquele café. Um lanche também cai bem. Até daqui a pouco.

Descansado(a)? Podemos continuar? Vamos lá!

2. Classificação Morfológica (Classe de Palavra) e Fun-


ção Sintática
Se você tiver que classificar o termo destacado na frase a seguir, qual seria a

opção correta (A ou B)?

“Cachorros são mamíferos.”

a) Substantivo.

b) Sujeito.

A resposta é: as duas opções estão corretas! A forma cachorro é, morfologica-

mente, um substantivo. Sintaticamente (isto é, a função que adquire na sentença),

o substantivo cachorro é sujeito da oração.

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Esse mesmo substantivo pode adquirir outra função sintática, como na oração

a seguir:

“Eu sempre vejo cachorros perto da minha casa.”

Nessa oração, o substantivo cachorro é objeto do verbo ver (ou seja, ele ad-

quire a função sintática de objeto direto).

Com esses exemplos simples, eu quero deixar claro que classe de palavra

é diferente de função sintática. Quando eu digo que uma palavra é adjetivo,

substantivo, verbo, preposição, estou realizando uma classificação morfológica

(que enquadra a palavra em uma classe). Quando eu digo que uma palavra é su-

jeito, predicativo, objeto direto, adjunto, estou fazendo uma classificação em

termos de função sintática. Olha o resumo a seguir:

• classificação morfológica (classe de palavra): considera as propriedades

morfológicas, semânticas e sintáticas do item lexical, sem considerar a posi-

ção em que ocorre na oração.

• função sintática: considera o contexto sintático em que a classe de palavra

foi empregada. Assim, um substantivo pode ser, a depender do contexto sin-

tático, sujeito (O cachorro late) ou o objeto (Eu vi o cachorro).

Nas aulas sobre classes de palavras, procurarei deixar clara essa diferença,

tudo bem?

3. Emprego e Sentido das Classes Gramaticais


Usarei o seguinte caminho para descrever cada uma das classes:

(i) primeiramente, apresentarei a definição semântica;

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(ii) em seguida, analisarei as propriedades morfológicas;

(iii) por fim, discutirei o contexto sintático em que a classe pode ocorrer.

Desse modo poderemos contemplar o emprego e o sentido das classes grama-

ticais.

3.1. Substantivo

São substantivos as palavras que denotam classes de entidades, como: subs-

tâncias (homem, casa, livro), qualidades (bondade, virtude), estados (saúde,

doença), processos (chegada, destruição, aceitação, entrega).

A divisão semântica dos substantivos leva em consideração as seguintes pro-

priedades:

Divisão Concretos Abstratos


Propriedade O substantivo designa ser de O substantivo designa ser de
semântica existência independente. existência.
Exemplos casa, mar, sol, automóvel prazer, beijo, trabalho

A diferença semântica entre substantivos concretos e abstratos é importante

na sintaxe, principalmente, na distinção entre as funções sintáticas complemento

nominal e adjunto adnominal.

Divisão Próprios Comuns


Propriedade O substantivo denomina um O substantivo tem a propriedade de
semântica objeto ou um conjunto de denominar um ou mais objetos par-
objetos, sempre tomados ticulares que reúnem características
individualmente. comuns inerentes a dada classe.
Exemplos João, Jonas, Açores homem, mesa, livro

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Nomes próprios são grafados com maiúscula. Quando um substantivo comum

é tratado como próprio, o uso da maiúscula é exigido. Você vai ver uma questão de

concurso sobre esse assunto daqui a pouco.

Divisão Contáveis Não contáveis


Propriedade Os objetos denominados pelo Os objetos denominados pelo
semântica substantivo existem isolados, substantivo não são separados
como partes individualmente con- em partes individuais.
sideradas.
Exemplos homem, mulher, casa oceano, vinho, bondade

Divisão Coletivos Nomes de grupos


Propriedade São substantivos que fazem São substantivos que nomeiam
semântica referência a uma coleção ou conjuntos de objetos contáveis.
conjunto de objetos.
Exemplos vinhedo, arvoredo bando, rebanho, cardume

Diferentemente dos coletivos, os nomes de grupos exigem a determinação

explícita da espécie de objetos que compõem o conjunto: um bando de pessoas,

um cardume de baleias. O mesmo não ocorre com os coletivos: em um vinhedo

de vinhos, a determinação de vinhos é redundante.

Na questão a seguir, a banca avalia a distinção entre substantivo próprio e

comum. Note que a banca não usa os termos próprio e comum, mas as proprie-

dades semânticas (nesse caso, de particularização/individualização).

Questão 1    (CESPE/PM-AL/2012)

1| Ao reverenciar o dia do Soldado, estamos

2| homenageando o homem brasileiro na sua dedicação à Pátria.

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3| e no seu desprendimento em servir à Nação. Jovens brasileiros

4| das diversas regiões do País dedicam-se [...]

17| [...] ora na região Sul, se convertesse em fragmentações do País.

Com relação a aspectos gramaticais e semânticos do texto, julgue os próximos

itens.

O emprego da inicial maiúscula confere aos vocábulos “Pátria”, “Nação” e “País”

sentido particular e determinado, elevando-os à categoria de alto conceito político

ou nacionalista.

Certo.

O uso das maiúsculas confere aos substantivos destacados um sentido particular

e determinado. Esse uso das maiúsculas é denominado categorizante. Quando se

aplica a maiúscula categorizante, transforma-se o substantivo comum em próprio.

Vejamos agora as propriedades morfológicas dos substantivos.

Na aula sobre estrutura das palavras e processos de formação de palavras, eu

disse que os nomes (substantivos e adjetivos) se flexionam em gênero (masculino

e feminino) e em número (singular e plural). Quando as gramáticas tratam dessas

flexões nominais, há um destaque para a formação do plural e para a formação do

feminino.

Vamos falar sobre o plural, o qual pode ser formado das seguintes maneiras:

Acréscimo de -s:

• livro → livros

• lei → leis

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• degrau → degraus

• troféu → troféus

• cajá → cajás

• irmã → irmãs

• álbum → álbuns

• mãe → mães

• bênção → bênçãos

Acréscimo de -es:

• freguês → fregueses

• luz → luzes

• cor → cores

Acréscimo de -is:

• papel → papéis

• carnaval → carnavais

• fóssil → fósseis

• funil → funis

Há casos em que é o tipo de tema da palavra determina a forma plural. Vou citar

os exemplares mais recorrentes (em provas de concurso):

• compreensão → compreensões

• cidadão → cidadãos

• pão → pães

• capitão → capitães

• alemão → alemães

• chão → chãos

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• cristão → cristãos

• mão → mãos

• guardião → guardiões/guardiães

• corrimão → corrimãos/corrimões

É também importante citar os substantivos que não possuem marca de plural.

É o caso de palavras como lápis, ônibus e cútis. Apenas o contexto sintático per-

mitirá esclarecer se é uma palavra plural ou singular (por exemplo, com o artigo ou

com um adjetivo: o/os lápis e lápis caro/caros).

Algumas bancas costumam avaliar o plural dos nomes compostos, conteúdo explo-

rado a seguir. Por isso, fique atento(a) a estas regras, ok?

No plural de nomes compostos (em que há mais de um radical), faz-se neces-

sário saber qual elemento varia (muda de número).

1º padrão

Somente o último elemento varia


Em compostos grafados ligadamente: fidalgo → fidalgos
girassol → girassóis
lengalenga → lengalengas
Em compostos cujo primeiro elemento é invariá- beija-flor → beija-flores
vel quanto a número: alto-falante → alto-falantes

2º padrão

Somente o primeiro elemento varia

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Em compostos nos quais haja pre- mula-sem-cabeça → mulas-sem-cabeça


posição (clara ou oculta): pé-de-moleque → pés-de-moleque
Em compostos de dois substantivos, público-alvo → públicos-alvo
em que o segundo exprime a ideia peixe-boi → peixes-boi
de fim, semelhança, ou limita a sig-
nificação do primeiro:

3º padrão:

Ambos os elementos variam


Nos compostos formados por: carta-bilhete → cartas-bilhetes
substantivo-substantivo amor-perfeito → amores-perfeitos
substantivo-adjetivo segunda-feira → segundas-feiras
adjetivo-substantivo
Nos compostos verbais repetidos corre-corre → corres-corres

4º padrão:

Nenhum elemento varia
Em frases substantivas o disse-me-disse → os disse-me-disse
Nos compostos o ganha-pouco → os ganha-pouco
tema verbal + palavra invariável

Eu sei que memorizar cada padrão do plural de compostos é difícil. Um colega

uma vez resumiu os padrões da seguinte maneira: no plural de compostos, o que

muda, muda; o que não muda, não muda. É uma maneira de compreender o “pa-

drão geral” que envolve os quatro padrões específicos.

Quer ver como a flexão de número (singular/plural) é avaliada em concursos?

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Questão 2    (CESPE/CEHAP-PB/2009) O vocábulo  milhão  flexiona-se no plural da

mesma forma que:

a) mão: mãos.

b) capitão: capitães.

c) cidadão: cidadãos.

d) leão: leões.

Letra d.

O vocábulo milhão tem como forma plural milhões. Das opções apresentadas pela

banca, apenas o par leão: leões (opção d) segue esse padrão.

Simples, não é?

Agora vamos tratar da flexão de gênero, dando especial destaque à forma dos

substantivos femininos.

Eu sigo a análise do linguista Joaquim M. Câmara Jr. Para ele, a flexão de gênero

ocorre da seguinte maneira:

• acréscimo do sufixo flexional -a.

Exemplos:

cachorro + -a = cachorra (nesse caso, a vogal temática -o é eliminada)

autor + -a = autora (nesse caso, não há vogal temática a ser eliminada)

As variações desse sufixo feminino -a são as seguintes:

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(i) bom → boa; leão → leoa;

(ii) valentão → valentona;

(iii) órfão → órfã; irmão → irmã;

(iv) europeu → europeia.

Fora dessas variações dos sufixos de feminino, temos as três regras a seguir:

substantivo de gênero único: (a) rosa (o) planeta


(a) flor (o) amor
(a) tribo (o) livro
(a) juruti
substantivo de dois gêneros (o, a) artista
sem flexão: (o, a) intérprete
(o, a) mártir
substantivos de dois gêneros, (o) lobo; (a) loba
com flexão redundante: (o) mestre; (a) mestra
(o) autor; (a) autora

Os três casos a seguir, situados fora do padrão de flexão, também são avaliados

em processos seletivos.

A mudança de gênero gera a cabeça (parte do corpo) - o cabeça (o chefe)


mudança de significado: a rádio (a estação) - o rádio (o aparelho)
O processo de derivação abade - abadessa
também indica gênero: barão - baronesa
conde - condessa
embaixador - embaixatriz
imperador - imperatriz
Heteronímia no gênero (a homem - mulher
indicação de gênero é deter- cavaleiro - amazona
minada por substantivos marido - mulher
semanticamente opositivos): genro - nora
boi - vaca
cavalo - égua

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Para finalizar essa parte da nossa aula que trata da morfologia dos substan-

tivos, vou apresentar a formação dos aumentativos e diminutivos, que ocorre por

derivação.

O grau aumentativo, que expressa significação aumentada do substantivo,

é realizado por duas formas:

• morfologicamente (sintético): homem – homenzarrão.

• analítico: homem grande.

O grau diminutivo, que expressa significação diminuída, também pode ser ex-

presso por morfologia ou por adjetivos (analítico):

• morfologicamente (sintético): homem – homenzinho.

• analítico: homem pequeno.

Além da semântica aumentativa ou diminutiva, o grau dos substantivos pode

vincular valor afetivo. Você já deve ter ouvido, em alguma discussão, algo como

“vai procurar a sua mãezinha”, ou “aquela sua amiguinha”. Esses valores afetivos

são criados a partir do contexto discursivo em que os diminutivos ou aumentativos

ocorrem e, por isso, estão vinculados à interpretação de textos. As bancas costu-

mam avaliar essas interpretações e, por isso, a sua leitura crítica e analítica será

exigida, certo?

Para concluir a minha exposição sobre essa classe, vou falar do contexto sintá-

tico de ocorrência dos substantivos.

Uma propriedade semântica dos substantivos que exerce influência direta na

sintaxe é a seguinte: OS SUBSTANTIVOS POSSUEM ÍNDICE REFERENCIAL.

“Eita, professor, não entendi nada...” Calma, vou explicar melhor. Vamos ler o

trecho a seguir, retirado do livro Vidas secas (Graciliano Ramos):

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“Deu-se aquilo porque sinha Vitória não conversou um instante com o menino mais ve-
lho. Ele nunca tinha ouvido falar em inferno.”

No segundo período do trecho acima, eu destaquei o pronome Ele. Em sua lei-

tura, certamente você percebeu que esse pronome faz referência a algo que está

no período anterior. Temos duas opções: sinha Vitória ou o menino mais velho.

Ora, o pronome Ele é masculino, por isso só pode fazer referência a o menino

mais velho.

Por que o pronome Ele é capaz de fazer referência ao substantivo menino?

A explicação é a seguinte: os substantivos compõem uma classe de palavras

que podem ser retomadas (por pronomes, por exemplo). E  essa retomada só é

possível porque o substantivo possui uma marca, chamada de índice referencial

(ou seja, é algo que pode ser retomado).

Se a gente pensar em uma analogia, podemos dizer o seguinte: o pronome é

como um ímã, que consegue “puxar” o substantivo (que é semelhante a uma barra

de ferro).

Analogia para ilustrar a propriedade do substantivo de possuir índice referencial

ferro ímã

menino (substantivo) Ele (pronome)


substantivo possui índice o pronome é capaz de “puxar” a propriedade do substantivo (ou
referencial seja, o pronome é capaz de se conectar ao índice referencial)

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Na construção do texto, a coesão é baseada, entre outras relações, na conexão

entre pronomes e substantivos. Veremos, na aula sobre pronomes, como essas

conexões pronome-substantivo ocorrem, certo? Por agora, eu espero que você te-

nha entendido que um pronome é capaz de retomar um substantivo – ou, de outro

modo, que um substantivo é capaz de ser retomado por um pronome.

Sintaticamente, os substantivos são núcleos dos sintagmas nominais. Vou ex-

plicar esse ponto com calma, porque estamos diante de uma noção extremamente

relevante para o estudo da sintaxe.

Observe as duas sequências de frases a seguir:

a) “os convidados chegaram.”

b) “todos os mais importantes convidados da festa promovida por aquela

socialite paulistana chegaram.”

Se eu te pedir para identificar o sujeito de cada uma das sentenças, a resposta

que você me dará vai ser a seguinte: na frase em (a), o sujeito é “os convidados”;

já na frase em (b), o sujeito é “todos os mais importantes convidados da festa

promovida por aquela socialite paulistana”. O predicado nas frases (a) e (b) é o

mesmo: “chegaram”.

E sabe como comprovamos isso?

É só transformar o sujeito em um pronome:

a. os convidados chegaram. → Eles chegaram.

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b. todos os mais importantes → Eles chegaram.


convidados da festa promovida
por aquela socialite paulistana
chegaram.

Por que a frase em (a) possui um sujeito “menor” e a frase e (b) possui um

sujeito “maior”. Na verdade, o núcleo do sujeito em (a) e em (b) é o mesmo: con-

vidados (um substantivo). Ao redor desse núcleo, é possível associar (adjungir)

outros itens (artigos, adjetivos etc.), formando um grupo de palavras denominado

sintagma. Esse sintagma tem a propriedade de funcionar como uma unidade,

o que é comprovado pela substituição de toda a sequência de palavras por um úni-

co pronome.

Com isso, temos duas informações:

(i) o núcleo do sujeito em (a) e em (b) é o substantivo convidados;

(ii) a esse núcleo são somados outros itens, como artigos e adjetivos, for-

mando uma unidade chamada sintagma.

Como sabemos que o substantivo é o núcleo?

Bom, a resposta é simples: se retirarmos essa palavra, a frase fica sem sentido:

a) o chegaram;

b) todos os mais importantes da festa promovida por aquela socialite pau-

listana chegaram.

Você pode imaginar o núcleo como o sol, e os elementos a ele associados como

os demais planetas do sistema solar:

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Todo o sistema solar, que funciona como uma unidade, é o que chamamos de

sintagma.

Agora eu posso avançar, adiantando um pouco o conteúdo de sintaxe. O subs-

tantivo é núcleo de sintagma, correto?

Bom, quais são as funções sintáticas que esse sintagma nucleado por substan-

tivo pode exercer?

Vejamos:

Função sintática Exemplo (em destaque, o substantivo)


Sujeito O rapaz comprou o presente da noiva.
Objeto direto Ele viu o futuro.
Aposto Pedro é marcado por um defeito: a preguiça.
Predicativo Ele é um político.

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Objeto indireto Eu entreguei o cheque ao gerente.


Agente da passiva O bilhete foi comprado pela irmã.
Adjunto adnominal Ele bateu na velha com a bengala.
Complemento nominal A destruição de Roma pelos Bárbaros.
Adjunto adverbial Pedro caminhava com atenção.

Detalhe: quando em função de sujeito, objeto direto, aposto e predicativo,

o substantivo dispensa o apoio de uma preposição. No caso das outras funções

(objeto indireto, agente da passiva, adjunto adnominal, complemento no-

minal e adjunto adverbial), a presença de uma preposição (a, por, com, de,

com – respectivamente) é necessária.

Aluno(a) do céu, quanta coisa! Até eu fiquei cansado...

Bom, agora acho que é aquela hora da pausa, certo? Quando voltarmos, falare-

mos das três classes que se associam ao núcleo substantivo: os adjetivos, os arti-

gos e os numerais. Até daqui a pouco!

3.2. Adjetivo

Opa, estamos de volta. Pronto(a)? Vou direto para a definição semântica do

adjetivo.

Na definição de Cunha & Cintra, o adjetivo é essencialmente um modificador de

substantivo. Na linguística, o adjetivo é caracterizado como uma palavra atributiva,

isto é, a função semântica dessa classe é atribuir algo ao substantivo. Os mesmos

Cunha & Cintra dividem os seguintes tipos de adjetivos:

Primeiro grupo: os adjetivos que caracterizam os seres, objetos ou as noções


nomeadas pelos substantivos.
Esses adjetivos podem indicar:

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qualidade (ou defeito); inteligência lúcida


homem perverso
modo de ser; pessoa simples
rapaz delicado
aspecto ou aparência; céu azul
vidro fosco
Estado; casa arruinada
laranjeira florida

Segundo grupo: adjetivos que estabelecem uma relação de tempo, de espaço, de


finalidade, de propriedade etc. São os chamados adjetivos de relação.
Nota mensal = nota relativa ao mês
Movimento estudantil = movimento feito por estudantes
Casa paterna = casa onde habitam os pais
Vinho português = vinho proveniente de Portugal

“Professor, por que você está adotando a gramática de Cunha & Cintra?”

Além de ser uma obra respeitável, algumas bancas são explícitas na escolha desses

autores como referência. Teve uma prova aplicada em 2016, na qual a banca inicia

a questão da seguinte maneira: “Segundo o gramático Celso Cunha, os adjetivos

em língua portuguesa expressam qualificações, características, estados e relações;

o adjetivo abaixo que expressa relação é [...]” Viu? Estamos no caminho certo.

A relação entre o substantivo e o adjetivo é a de determinado-determinante. Ou

seja, o substantivo é um termo determinado pelo determinante adjetivo. A ideia

por trás disso é a seguinte: se eu tenho um substantivo como homem, de nature-

za genérica, ele pode ser mais especificado semanticamente (isto é, pode ser mais

determinado). Assim, eu digo o homem corajoso – que pode ser traduzido mais

ou menos assim: há um grupo geral de indivíduos que podem ser denominados

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genericamente por “homem”; desse grupo, eu determino um indivíduo específico,

o qual é dotado da qualidade (adjetivo) corajoso.

Em língua portuguesa, o adjetivo se situa tipicamente após o substantivo:

SUBSTANTIVO ADJETIVO (após o substantivo)


homem corajoso
mulher inteligente
taça frágil

Em certas construções, apenas a posição permite definir quando estamos diante

de um adjetivo (o termo destacado é o adjetivo):

• uma preta velha vendia laranjas.

• uma velha preta vendia laranjas.

• um autor defunto.

• um defunto autor.

• um marinheiro brasileiro.

• um brasileiro marinheiro.

Nos pares apresentados, você consegue diferenciar as interpretações?

Vou ajudar com o segundo par, que é retirado da obra de Machado de Assis. Na

obra “Memórias póstumas de Brás Cubas”, o personagem Brás Cubas declara que é

um defunto autor, e não um autor defunto. Com isso, ele quer dizer que se tornou

autor após a morte (é um defunto que, depois da morte, virou escritor). Se Brás

Cubas fosse um autor defunto, ele deveria ter, em vida, escrito obras – o que não

é verdade.

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No entanto, eu preciso deixar claro que a posição do adjetivo não é obrigato-

riamente após o substantivo. Em inversões estilísticas, podemos ter:

• belo terno;

• nobre rapaz;

• cruel destino.

Em que o adjetivo está antes do substantivo (belo, nobre e cruel).

Outra questão importante em relação ao adjetivo é a possibilidade de ele se

tornar um substantivo. Vejamos o par a seguir:

a) o céu cinzento indica chuva;

b) o cinzento do céu indica chuva.

Em (a), cinzento é um adjetivo (pois é um determinante do substantivo céu).

Em (b), cinzento é um substantivo. Quando eu falar sobre os artigos, você verá

que uma característica dessa classe (os artigos) é a de transformar qualquer

classe em um substantivo (ou seja, um artigo é capaz de substantivar qualquer

palavra).

Em relação à morfologia dos adjetivos, temos que falar da flexão de gênero e

número. Como o substantivo e o adjetivo estabelecem uma relação de determina-

do-determinante, a concordância entre eles ocorre da seguinte maneira:

O SUBSTANTIVO desencadeia concordância no ADJETIVO

Pense assim: o substantivo é semelhante a um centro irradiador de informações

(nesse caso, de gênero e número). O adjetivo, por sua vez, é um “captador” dessas

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informações. Quando o adjetivo “capta” essas informações, ele se modifica para se

adaptar à forma do substantivo. Assim:

• aluno estudioso / aluna estudiosa (concordância de gênero);

• aluno estudioso / alunos estudiosos (concordância de número).

Esse é, portanto, o fenômeno de concordância nominal entre substantivos e

adjetivos: os adjetivos concordam em gênero (masculino e feminino) e em número

(singular e plural) com o substantivo ao qual se associam.

Em relação à propriedade de expressar grau, os adjetivos podem fazê-lo mor-

fologicamente (derivação) ou sintaticamente. O grau dos adjetivos pode ser enten-

dido como uma medição escalar.

No grau comparativo, a escala está relacionada à mesma entidade ou a uma

outra entidade.

Grau comparativo (comparação feita em relação a uma mesma entidade):


comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que estudioso.
comparativo de igualdade João é tão inteligente quanto estudioso.
comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que estudiosa.

Grau comparativo (comparação feita em relação a entidades distintas):


comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que Paulo.
comparativo de igualdade João é tão inteligente como (ou quanto) Maria.
comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que Pedro.

No grau superlativo, a escala está relacionada à potência da qualidade expres-

sa pelo adjetivo.

Grau superlativo absoluto (o adjetivo atinge o grau máximo de determinada


qualidade):

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sintético (formado morfologicamente) Paulo é inteligentíssimo.


analítico (formado sintaticamente) Paulo é muito inteligente.

Grau superlativo relativo (o adjetivo atinge o grau máximo de determinada


qualidade em comparação à totalidade dos seres que representam a mesma quali-
dade):
superlativo relativo de supe- Paula é a estudante mais estudiosa do colégio.
rioridade
superlativo relativo de infe- Carlos é o estudante menos estudioso do colégio.
rioridade

Morfologicamente, a formação do superlativo absoluto sintético ocorre pelo

acréscimo do sufixo -íssimo (como em originalíssimo, belíssimo, tristíssimo).

O problema está no seguinte: as bancas examinadoras gostam de cobrar alguns

superlativos absolutos sintéticos que retomam a forma latina...

Questão 3    (CESPE/PC/2011) Se, em vez do adjetivo “célebre”, o autor tivesse

optado pela sua forma superlativa, teria de acrescentar-lhe o sufixo -érrimo, da

seguinte forma: celebérrimo.

Certo.

Os dicionários registram a forma celebérrimo como o superlativo absoluto sintético

de célebre. Questão certa, portanto.

Tendo em vista questões dessa natureza, mostro, a seguir, as formas superlati-

vas (absolutas sintéticas) mais cobradas em concursos.

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Formas superlativas (absolutas sintéticas) que retomam a raiz latina:


amargo → amaríssimo
antigo → antiquíssimo
cruel → crudelíssimo
doce → dulcíssimo
fiel → fidelíssimo
frio → frigidíssimo
inimigo → inimicíssimo
magro → macérrimo (ou magríssimo)
negro → nigérrimo (ou negríssimo)
pobre → paupérrimo (ou pobríssimo)
cheio → cheiíssimo
feio → feiíssimo
sério → seriíssimo

E a sintaxe dos adjetivos?

Bom, a função já discutida por nós é a de modificador de substantivo, como em

homem corajoso. O nome dessa função sintática exercida pelos adjetivos é AD-

JUNTO ADNOMINAL.

Adjetivo é uma classificação morfológica; adjunto adnominal é uma classificação

sintática.

Outras duas funções sintáticas exercidas pelos adjetivos são a de predicativo

do sujeito e predicativo do objeto. No predicativo do sujeito, o adjetivo é núcleo

de um predicado nominal.

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Exemplo:

a) Jonas é bonito.

Na função sintática de predicativo do objeto, o adjetivo modifica o objeto de um

verbo transitivo direto. Na frase a seguir, o adjetivo preocupada modifica o objeto

direto minha vizinha (nucleado pelo substantivo vizinha).

Exemplo:

b) Ontem eu vi minha vizinha muito preocupada.

Por fim, eu destaco que os adjetivos podem ser modificados por advérbios,

como na frase acima (o advérbio muito modifica o adjetivo preocupada).

Rapaz, mas essa aula não tem fim? Tem sim, mas só depois de falarmos dos

artigos e dos numerais! E, claro, depois de resolver os exercícios!

3.3. Artigo

A classe dos artigos é fechada, compreendendo dois grupos: definidos e inde-

finidos. As noções de gênero e número também são codificadas nos artigos.

Artigo definido Artigo indefinido


Singular Plural Singular Plural
Masculino o os um uns
Feminino a as uma umas

Semanticamente, a distinção definido e indefinido ocorre da seguinte maneira:

a) ele trouxe um livro.

b) ele trouxe o livro.

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Na frase em (a), o  artigo indefinido indica algo de modo indeterminado, não

particularizado. Quem enuncia a frase em (a) está fazendo referência a algo que se

supõe não ser de conhecimento do ouvinte.

Na frase em (b), diferentemente, a presença do artigo definido indica algo de

modo determinado, particularizado. O falante que produz a frase em (b) supõe que

o ouvinte já conhece o livro.

Assim, o artigo definido é aquele que denota particularização, conhecimen-

to prévio, algo já mencionado. O artigo indefinido, por sua vez, é aquele que

denota não particularização, desconhecimento prévio, algo não menciona-

do anteriormente.

Na interpretação de textos, os sentidos produzidos pela presença/ausência de

artigos são importantes. Primeiro, vou mostrar como as interpretações mudam nas

frases a seguir:

a) cachorro late.

b) um cachorro latiu.

c) o cachorro latiu.

Você é capaz de notar a diferença de interpretação entre (a), (b) e (c), não é?

Em (a), a ideia transmitida é a de que a espécie cachorro late (é da natureza

de todo ser dessa espécie). Em (b), eu sei que um indivíduo (desconhecido/não

especificado/não delimitado) da espécie cachorro latiu, mas não consigo dizer de

modo específico qual cachorro. Em (c), por fim, eu sei qual cachorro latiu – isto é,

eu conheço, de modo específico, qual é o cachorro que latiu.

Agora eu peço que você leia este texto a seguir, produzido pela revista Veja.

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A riqueza de Burkina Faso

1|As atenções da Vale (do Rio Doce) estão voltadas neste momento para uma das

nações mais miseráveis do planeta, Burkina Faso. O presidente da mineradora, Ro-

ger Agnelli, negocia a compra dos direitos de exploração de uma jazida de manga-

nês situada 5| naquele país. Conduzida em sociedade com o grupo japonês Mitsui,

a transação está cercada de sigilo. A mina de Tambao é uma das melhores e mais

puras da África, com reservas estimadas em 20 milhões de toneladas. Para aprovar

o negócio, o governo do tirano Blaise Compaore exige compensações financeiras

não especificadas e 10| a construção de uma ferrovia de 200 quilômetros. Amigo

de ditador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ajudar a fechar a operação.

Para não municiar seus concorrentes, a Vale não se manifesta sobre o assunto.

(Veja, Seção Holofote – 21/07/2010)

Quem escreve esse texto sabe bem a diferença de sentido quando o artigo está

presente/ausente. Na linha 8, o autor faz uso do artigo definido o para se referir ao

tirano Blaise Campaore. Nas linhas 10 e 11, no entanto, opta por não utilizar artigo

em “Amigo de ditador”. Com isso, quer-se dizer que o presidente Luiz Inácio Lula

da Silva não é amigo de um único ditador, mas de toda a espécie de ditador (todos

os representantes, em todos os países). Se o autor desejasse dizer que o presiden-

te Lula era amigo de Blaise Campaore, haveria o uso do artigo: Amigo do ditador.

Está acompanhado? Espero que sim. Então vamos continuar.

Sintaticamente, os artigos acompanham os substantivos. Eu já disse, na parte

da aula sobre substantivos, que o artigo é capaz de transformar qualquer classe

em substantivo. Muito bem, agora precisamos definir a função sintática dos artigos.

À semelhança dos adjetivos, o artigo é um adjunto adnominal. Então temos o

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seguinte: artigo é uma classe de palavra (classificação morfológica) que exerce

função sintática de adjunto adnominal (acompanha um substantivo).

Os artigos (definidos e indefinidos) podem contrair-se com as preposições. Por

isso, é necessário ficar atento(a) para identificá-los:

PREPOSIÇÃO + ARTIGO DEFINIDO


o a os as
a ao à aos às
de do da dos das
em no na nos nas
por (per) pelo pela pelos pelas

Na combinação preposição “a” + artigo “a”, encontramos o fenômeno cra-

se, indicado pelo acento grave (`). As questões envolvidas nesse fenômeno serão

discutidas em outra aula, mais à frente.

PREPOSIÇÃO + ARTIGO INDEFINIDO


um uma uns umas
de dum duma duns dumas
em numa numa nuns numas

Dois fatos relacionados aos artigos devem ser destacados:

(i) artigos não antecedem verbos.

(ii) artigos não antecedem pronomes retos (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/

elas) ou oblíquos (o, a, lhe, me, te, se, nos, vos, mim, ti, si).

Esses fatos, de natureza restritiva, serão retomados quando falarmos da classe

dos verbos e dos pronomes, certo? Até lá, fique com (i) e (ii) em mente.

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Bom, acho que sabemos o suficiente sobre os artigos. Vamos terminar o conte-

údo da aula discutindo a classe dos numerais.

3.4. Numeral

Semanticamente, os numerais possuem significação quantificadora, denotando

valor definido. Segundo a tradição gramatical, existem os seguintes tipos de nu-

merais:

• CARDINAIS: expressam quantidades inteiras.

• ORDINAIS: denotam ordem, posição.

• MULTIPLICATIVOS: denotam múltiplos.

• FRACIONÁRIOS: denotam quantidade fracionária.

Em termos sintáticos, os numerais são tipicamente adjuntos de substantivos

(exercem a função de adjunto adnominal), como em “dois irmãos”. Alguns subs-

tantivos podem denotar coletivos numéricos, como dezena, década, dúzia, cen-

tena, cento, milhar, milheiro, milhão, bilhão, trilhão etc.

Em concursos públicos, cobra-se a ortografia dos numerais, principalmente dos

ordinais. Por isso, apresento a lista a seguir, registrando a grafia de cada tipo de

numeral.

CARDINAL ORDINAL MULTIPLICATIVO FRACIONÁRIO


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo

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oito oitavo óctuplo oitavo


nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou - nongentésimo
noningentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

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RESUMO
Em nossa aula, mostramos que, sintaticamente, a classe dos substantivos

compõe o núcleo do sintagma nominal. As classes dos artigos, adjetivos e numerais

são “satélites” que estão próximos a esse núcleo.

Morfologicamente, os artigos, adjetivos e alguns numerais manifestam as no-

ções gramaticais de gênero e número. Quem determina essas propriedades de

gênero e número é o substantivo (isto é, se o substantivo estiver no masculino

singular, os artigos, adjetivos e numerais que se associam a esse substantivo tam-

bém manifestarão, por concordância nominal, o gênero masculino e o número

singular).

Semanticamente, falamos que os substantivos possuem índice referencial; os

artigos trazem as noções de determinação/indeterminação; os adjetivos qualifi-

cam; e os numerais quantificam.

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GLOSSÁRIO
(baseado no Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009)

Abstrato (substantivo)

Diz-se do substantivo que nomeia tudo o que não é perceptível aos sentidos.

Adjetivo

Palavra que se junta ao substantivo para modificar o seu significado, acrescen-

tando-lhe noções de qualidade, natureza, estado etc.

Artigo

Subcategoria de determinantes do nome. Em português, é sempre anteposto

ao substantivo.

Cardinal (numeral)

O que expressa uma quantidade inteira: seis, dez, vinte e sete etc.

Coletivo (substantivo)

Diz-se de ou substantivo que, embora no singular, indica pluralidade de seres/

coisas.

Coletivo numeral

Os coletivos numerais, que possuem natureza substantiva, são os seguintes:

noveno/novena, dezeno(a), onzeno(a), dozen(a), trezeno(a), catorzeno(a) (ou

quatorzeno(a)), quinzena, vinteno(a), trinteno(a), quarenteno(a), cinquenteno(a),

sessenteno(a), setenteno(a), oitoteno(a), noventeno(a), centena, duzenteno(a);

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dúzia, lustro (período de cinco anos), resma (acompanhados de determinantes,

como dúzia de ovos, resma de papel).

Concreto (substantivo)

Diz-se do substantivo que nomeia tudo o que é perceptível aos sentidos ou que

pode ser individualizado (atomizado).

Definido (artigo)

Que se refere a algo ou alguém que já foi identificado no contexto, ou que se

supõe ser conhecido do interlocutor, ou que identifica genericamente uma classe ou

espécie (diz-se de certa classe de artigo).

Determinado

Diz-se de ou constituinte de um sintagma, modificado pelo determinante; su-

bordinante.

Determinante

Diz-se de ou constituinte de um sintagma que especifica o sentido do outro ter-

mo (determinado) com o qual tem uma relação de subordinação.

Fracionário (numeral)

O que denota uma quantidade fracionária: meio, terço, doze avos etc.

Grau (dos adjetivos)

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Categoria linguística que acrescenta a uma palavra ou a um semantema a noção

de quantidade, intensidade ou tamanho. Indicação de comparação (de igualdade,

inferioridade e superioridade) entre dois termos, e da noção de superlativo (relati-

vo ou absoluto) nos adjetivos e advérbios, ou seja, da intensificação da qualidade

que eles denotam, ou da noção de aumentativo e diminutivo nos substantivos (in-

dicação de que eles são maiores ou menores do que a norma ou, metaforicamente,

expressão de conteúdos afetivos, irônicos etc.)

Indefinido (artigo)

Que se refere a algo ou alguém que se introduz no discurso pela primeira vez,

ou cuja identidade não se deseja especificar ou definir (diz-se de certo grupo de

artigos e de pronomes).

Multiplicativo (numeral)

O que denota multiplicação: duplo, triplo, quádruplo etc.

Núcleo Palavra de uma categoria gramatical que é o centro do sintagma corres-

pondente (p. ex.: o sintagma nominal a casa amarela tem o substantivo casa como

núcleo).

Numeral

Diz-se de palavra ou classe de palavras que indica quantidade numérica.

Ordinal (numeral)

Que denota ordem, posição: primeiro, segundo, terceiro etc.

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Sintagma

Unidade linguística composta de um núcleo (p. ex., um verbo, um nome, um

adjetivo etc.) e de outros termos que a ele se unem, formando uma locução que

entrará na formação da oração.

Substantivo

Classe de palavras com que se denominam os seres, animados ou inanimados,

concretos ou abstratos, os estados, as qualidades, as ações.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/PM/SOLDADO COMBATENTE/2017) No trecho “Lançadas com

o intuito de encontrar respostas para as possíveis causas da violência, hipóteses

clássicas na sociologia do crime acabaram por defender a tese de associação entre

o aumento nos índices de criminalidade e a pobreza.”, o adjetivo “Lançadas” refe-

re-se a “possíveis causas da violência”.

Questão 2    (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2016) No trecho “diante do espetáculo

aterrador das injustiças humanas, essa moral me tranquiliza e me educa”, O adje-

tivo “aterrador” modifica a palavra “espetáculo”, conferindo-lhe sentido negativo.

Questão 3    (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2014) No verso “As mulheres fumam feito

chaminés sozinhas” (Improviso do mal da América, de Mário de Andrade), a posi-

ção do adjetivo resulta em ambiguidade estrutural.

Questão 4    (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) No trecho “o profissional de

TIC tem de estar comprometido com o aprendizado contínuo e interessado em tra-

balhar com gestão de projetos”, o termo “interessado” qualifica “o aprendizado”.

Questão 5    (CESPE/FUB/ANALISTA DE TI/2011) No trecho “Apontou também que

os inexperientes, após algum tempo, começavam a se igualar aos conectados”,

as palavras “inexperientes” e “conectados”, pertencentes à classe dos adjetivos,

estão empregadas como substantivos.

Questão 6    (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2009) Na oração “Não sendo conhecida de

doutrina alguma contemporânea a explicação, mesmo primária, do processo dife-

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renciador dos primatas superiores ao Homo sapiens”, o adjetivo “contemporânea”

modifica o substantivo “explicação”.

1| Floresta nacional, floresta estadual e municipal:

2| é uma área com uma cobertura florestal de espécies

3| predominantemente nativas e tem como objetivo básico o

4| uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas

5| nativas. É de posse e domínios públicos.

Com base no texto acima, julgue os itens (7) e (8) a seguir.

Questão 7    (CESPE/MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) Os termos “florestal”

(l.2) e “nativas” (l.3) são adjetivos que qualificam, respectivamente, os substanti-

vos “cobertura” e “espécies”, ambos na linha 2.

Questão 8    (CESPE/MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) A palavra “uso” (l.4)

está empregada como adjetivo.

Questão 9    (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR DE EDIFÍCIOS/2009) Na sequência “lín-

guas de imigração brasileiras”, o emprego do adjetivo pátrio no singular manteria

tanto a correção gramatical do texto quanto o sentido original da expressão.

Questão 10    (CESPE/SEEDF/PROFESSOR/2017)

1| O aspecto da implantação do português no Brasil

2| explica por que tivemos, de início, uma língua literária pautada

3| pela de Portugal, uma língua literária pautada

4| pela do Portugal contemporâneo.

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que

se segue.

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Na linha 3, o emprego do artigo definido imediatamente antes do topônimo “Portu-

gal” torna-se obrigatório devido à presença do adjetivo “contemporâneo”.

Questão 11    (CESPE/ANTAQ/NÍVEL SUPERIOR/2014) Estaria mantida a correção

gramatical do trecho “a Internet tem potencial cuja dimensão não deve ser super-

dimensionada” caso se empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.

Questão 12    (CESPE/UNIPAMPA/NÍVEL SUPERIOR/2013) O emprego do artigo in-

definido no trecho “Em uma visão contemporânea” indica a possibilidade de existi-

rem outras abordagens educacionais.

Questão 13    (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2009)

12| [...] área de

13| 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

14| (aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

15| comércio global superior a US$ 300 bilhões.

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.

Nas duas ocorrências de “superior a” (l. 13 e 15), “a” funciona como artigo definido.

Questão 14    (CESPE/TSE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Se o numeral

ordinal “73.ª” fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima

terceira.

Questão 15    (CESPE/SEEDF/PROFESSOR/2017)

5| “Eu seria o último dos mortais a duvidar que

6| os bons escritores foram abençoados com uma dose inata de influência

7| mais sintaxe e memória para as palavras.”

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No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.

Na linha 5, a palavra “último” foi empregada com valor de substantivo.

Questão 16    (CESPE/CEHAP-PB/2009) Coletivo indica coleção de seres da mesma

espécie. O substantivo coletivo biblioteca representa uma coleção de:

a) livros.

b) quadros.

c) leitores.

d) papéis.

Questão 17    (CESPE/PC/PERITO/2003) Na passagem:

Mudanças nos processos empresariais, relacionamentos com clientes e fornece-

dores,  acesso a dados, propriedade dos dados, estratégia de  distribuição e táti-

cas de marketing estão por trás da maior parte dos esforços de comércio via Web”,

os termos sublinhados estão empregados como substantivos abstratos.

Questão 18    (CESPE/PF/PERITO/2004)

8| Independente de quão caloroso seja o debate, as

9| estatísticas estão corretas:

No período de que faz parte, o termo “Independente” (L.8) exerce a função de

adjetivo e está no singular porque se refere a “debate” (l.8).

Questão 19    (CESPE/PF/AGENTE/2000)

1| A Revolução Industrial provocou uma dissociação entre dois

2| pensamentos: o científico e tecnológico e o humanista.

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A omissão do artigo o  imediatamente antes de “tecnológico” (l. 2) indica que

“científico e tecnológico” constitui um item da oposição e “humanista” (l. 2), ou-

tro.

Questão 20    (CESPE/TJ-SE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2006)

13| O IRIB e o Colégio Notarial sentem-se orgulhosos

14| de poder contribuir [...].

Na linha 13, a palavra “orgulhosos” é um adjetivo que está, no contexto, exer-

cendo a função sintática de predicativo de “IRIB” e “Colégio Notarial”, ambos

objetos diretos.

Questão 21    (FGV/PGE-RO/TÉCNICO DA PROCURADORIA/2015) A frase em que

ocorre a presença de um adjetivo substantivado é:

a) Há sutis melhoras à frente;

b) possibilidades vagas;

c) nascem muitas vezes do agudo da crise;

d) Mas é bom falar nelas;

e) A inflação será forte este ano.

Questão 22    (FGV/TJ-RO/ADMINISTRADOR/2015) O segmento de texto que NÃO

expressa qualquer variação de grau de um adjetivo é:

a) transformaram esse pequeno projeto/brincadeira em uma empresa extrema-

mente lucrativa;

b) Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à revelia,

para que os colegas escolhessem qual a mais bonita;

c) Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento do Facebook

contou...;

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d) a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo começou como uma brinca-

deira;

e) uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia.

Questão 23    (FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017)

[...] finalizado a tinta nanquim e último a ser inscrito na concorrência [...]

[...] serão limitadas a percursos de, no máximo, 15 minutos de marcha.

Isso evitará a perda de tempo em transportes [...]

Os termos em negrito pertencem, respectivamente, às seguintes classes de pala-

vras:

a) artigo − preposição − preposição

b) artigo − preposição − artigo

c) preposição − artigo − artigo

d) preposição − preposição − artigo

e) artigo − artigo − preposição

Questão 24    (FCC/TRT9ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Costuma-se atribuir ___

originalidade da obra de Glauber Rocha o êxito do movimento denominado Cinema

Novo, cujos filmes ajudaram ___ alavancar temporariamente ___ indústria cine-

matográfica nacional.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) à - à - a

b) a - à - a

c) a - a - à

d) a - à - à

e) à - a - a

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Questão 25    (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2011) Quando comparado ___ outras aves,

os tucanos parecem ser bem maiores ___ quem os observa, ___ voar na natureza.

Os espaços pontilhados da frase acima estarão corretamente preenchidos, na or-

dem, por:

a) às - a - a

b) às - à - a

c) as - a - a

d) às - a - à

e) as - à - à

Questão 26    (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) “É preciso levar em conta questões eco-

nômicas e sociais”; se juntássemos os adjetivos sublinhados em forma de adjetivo

composto, a forma correta, no contexto, seria:

a) econômicas-sociais;

b) econômico-social;

c) econômica-social;

d) econômico-sociais;

e) econômicas-social.

Questão 27    (VUNESP/MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL/OFICIAL/2016) No trecho

“Bombeiros mineiros deverão receber treinamento...”, a expressão em destaque

é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também se veri-

fica na expressão destacada em:

a) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos.

b) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião?

c) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos.

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d) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável.

e) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado.

Questão 28    (CONSULPLAN/CODEGI/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2013) Assinale

a alternativa na qual o termo sublinhado NÃO está classificado corretamente quan-

to à sua classe gramatical.

a) “... pode se fechar rapidamente.” – advérbio

b) “A Lei Carolina Dieckmann é um  marco importante nesse sentido no Bra-

sil,...”– verbo

c) “... sem uma perícia competente e rápida, pouco se salva.” – adjetivo

d) “... dificuldades para tornar esta lei efetiva.” – pronome demonstrativo

e) “... alguns centros de excelência em perícia digital,...” – pronome indefinido

Questão 29    (CONSULPLAN/CODEGI/AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS/2013) As-

sinale, a seguir, a única palavra transcrita do texto que se encontra no masculino.

a) bicicleta

b) Holanda

c) poluição

d) educação

e) congestionamento

Questão 30    (CONSULPLAN/CODEGI/AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS/2013) Assi-

nale, a seguir, a única palavra que se encontra no aumentativo.

a) utilização

b) educação

c) população

d) sinalização

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e) espertalhão

Questão 31    (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NAPOMUCENO-MG/ANALISTA/2013)

As palavras “má-formação” e “gota-serena” fazem o plural da mesma forma que:

a) guarda-civil

b) vice-prefeito

c) guarda-roupa

d) recém-nascido

e) abaixo-assinado

Questão 32    (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2012) No trecho “Os romanos

criaram o verbo sors, do qual deriva a ‘sorte’ de todos nós que falamos portu-

guês”, sorte designa:

a) uma ideia

b) uma palavra

c) um conceito

d) o contrário de azar

e) o adjetivo do verbo sortear

Questão 33    (VUNESP/TJSP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2012) A flexão

de número do termo “preços-sombra” também ocorre com o plural de:

a) guarda-costa

b) reco-reco

c) guarda-noturno

d) sem-vergonha

e) célula-tronco

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Questão 34    (VUNESP/TJSP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2012) Leia a

charge:

Um dos efeitos de humor da charge reside no fato de as personagens entenderem

“ROÇONA” E “ROCINHA” como:

a) palavras sinônimas derivadas de “roça”

b) aumentativo e diminutivo de “roça”, respectivamente

c) áreas urbanas onde se trabalha pouco.

d) áreas rurais cuidadas pelo Exército.

e) substantivos próprios relativos a logradouro.

Questão 35    (CESGRANRIO/BNDES/ADMINISTRADOR/2009) O substantivo deri-

vado do verbo está grafado INCORRETAMENTE em:

a) ascender: ascensão

b) proteger: proteger

c) catequizar: catequeze

d) progredir: progressão

e) paralisar: paralisia

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Questão 36    (CESGRANRIO/CASA DA MOEDA/ADVOGADO/2009) Há três substan-

tivos em:

a) “... com sérias dificuldades financeiras.”

b) “... não conseguiu prever nem a crise econômica atual.”

c) “... vai tornar inúteis arquivos e bibliotecas).”

d) “... precisa da confirmação e do endosso do ‘impresso’,”

e) “Muitos dos blogs e sites mais influentes...”

Questão 37    (VUNESP/PM/SOLDADO DE SEGUNDA CLASSE/2009) Na frase – Sem

nenhum pudor. – o substantivo pudor significa:

a) descaramento

b) constrangimento

c) impureza

d) indecência

e) honra

Questão 38    (CESGRANRIO/ANP/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2008) Em “Quando

o juazeiro flora...”, a palavra em negrito é verbo. Pode, no entanto, num outro

contexto, ser usada como substantivo.

Dentre as seguintes, as palavras que também podem ocorrer como verbo ou subs-

tantivo, dependendo do contexto, são:

a) bebo e falo

b) trafego e sirva

c) sento e banco

d) sofro e deixa

e) canto e passo

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Questão 39    (CESGRANRIO/MINISTÉRIO DA DEFESA/TÉCNICO/2006) Assinale a

opção em que o verbo forma substantivo derivado, grafado com Ç.

a) conceder

b) submeter

c) omitir

d) introduzir

e) persuadir

Questão 40    (CESGRANRIO/PETROBRAS/ASSISTENTE/2006) Assinale a opção em

que a palavra ou expressão destacada tem a mesma classe da palavra trabalho na

frase “Um grupo de trabalho...”.

a) “No campo da Fazenda de Belém, boa parte do óleo...”

b) “Porém, não é qualquer água que é usada...”

c) “Os resultados das inovações foram praticamente...”

d) “Atualmente, um dos geradores de vapor...”

e) “um dos geradores de vapor está empregando...”

Questão 41    (FUNIVERSA/APEX BRASIL/CONSULTOR/2006) Assinale a alternativa

em que o termo destacado não se refere a um substantivo.

a) “A história que eu vou contar”

b) “Um pai matou sua filha”

c) “Um pai matou sua filha”

d) “É uma história muito triste”

e) “É uma história muito triste”

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Questão 42    (CONSULPLAN/CODESP/DENTISTA/2014) Na frase “E no entanto, ela

continua afiadíssima, encaixando‐se nas mãos da cozinheira...” (5º §), há um ad-

jetivo no grau:

a) comparativo de igualdade

b) superlativo absoluto analítico

c) superlativo absoluto sintético

d) comparativo de superioridade

e) superlativo relativo de superioridade

Questão 43    (VUNESP/PC/INVESTIGADOR/2013) No período – Quase igual ao hor-

ror pelos cães conhecidos, ou de conhecidos, cuja lambida fria, na intimidade que

lhes tenho sido obrigado a conceder, tantas vezes, me provoca uma incontrolá-

vel repugnância. –, os termos em destaque, conforme o contexto que determina

seus usos, classificam- -se, respectivamente, como:

a) adjetivo, adjetivo e substantivo

b) substantivo, adjetivo e substantivo

c) adjetivo, substantivo e substantivo

d) adjetivo, adjetivo e adjetivo,

e) substantivo, substantivo e adjetivo

Questão 44    (CESGRANRIO/FENIG/AUXILIAR/2005) Apenas uma opção apresenta

expressões em que as palavras destacadas são adjetivos. Assinale-a.

a) doenças evitáveis; enormes somas

b) pessoas morrem; poderia aumentar

c) muito baixa; frequentemente inconsistente

d) principal razão; relatório sugere

e) enquanto isso; esta iniciativa

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Questão 45    (FUNIVERSA/APEX BRASIL/ANALISTA/2006) “Seu corpo como que se

marca ainda na velha poltrona da sala”. Sobre os termos destacados, é correto

afirmar:

a) os dois possuem valor de adjetivo.

b) os dois possuem valor de advérbio.

c) possuem valor de adjetivo e advérbio respectivamente.

d) possuem valor de advérbio e adjetivo respectivamente.

e) os dois possuem valor pronominal.

Questão 46    (FUNIVERSA/APEX BRASIL/ANALISTA/2006) “Derrube as cercas da

opinião alheia” (linhas 36 e 37). A palavra destacada pode ser trocada, sem alte-

rar o sentido, por:

a) dos outros

b) própria

c) invejosa

d) materna

e) paterna

Questão 47    (CONSULPLAN/MUNICÍPIO DE NATIVIDADE-RJ/AGENTE/2014) “Se-

gundo os técnicos, se não for socorrida, essa árvore deverá morrer dentro em bre-

ve: pois a pancada que a atingiu afetou‐a na profundidade da sua vida.” Os termos

anteriormente destacados podem ser classificados, respectivamente, como:

a) artigo, preposição e artigo

b) artigo, pronome e pronome

c) preposição, pronome e artigo

d) pronome, pronome e preposição

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Morfossintaxe das Classes Gramaticais – Parte I
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Questão 48    (ESAF/RFB/AUDITOR/2000) Assinale a opção que preenche correta-

mente as lacunas.

Os defensores de sistemas de iniciativa privada apontam __ ineficiência e __ rigi-

dez geralmente associadas ___ burocracias governamentais (economias estatais)

e sugerem que __ competição, longe de ser perdulária, age como um incentivo __

eficiência e ao espírito empreendedor, conduzindo __ queda de preços e __ produ-

tos e serviços de melhor qualidade.

a) à / a / as / a / à / à / a

b) a / a / as / à / à / à / à

c) a / à / as / à / a / a / à

d) à / à / às / a / a / a / a

e) a / a / às / a / à / à / a

Questão 49    (QUADRIX/CRF/AUXILIAR/2018) Em relação ao numeral “XVIII”,

é correto afirmar que:

a) é um algarismo arábico equivalente ao cardinal dezessete, lido como ordinal.

b) é um algarismo romano equivalente ao cardinal dezoito, lido como cardinal.

c) é um algarismo romano equivalente ao ordinal dezoito, lido como ordinal.

d) é um algarismo romano equivalente ao ordinal dezessete, lido como cardinal.

e) é um algarismo romano que pode ser equivalente a dois cardinais: dezessete ou

dezoito.

Questão 50    (FCC/TRT-5º/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2003) Na época em que alguns

trabalhadores recebiam suas ____ não existiam os ____

a) meia-tigelas; vale-refeições

b) meia-tigelas; valem-refeições

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c) meias-tigelas; vales-refeições

d) meias-tigelas; valem-refeições

e) meias-tigelas; vales-refeições

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GABARITO
1. E 25. a 49. b

2. C 26. d 50. c

3. C 27. d

4. E 28. b

5. C 29. e

6. E 30. e

7. C 31. a

8. E 32. b

9. E 33. e

10. C 34. b

11. E 35. c

12. C 36. d

13. E 37. b

14. E 38. e

15. C 39. d

16. a 40. c

17. C 41. e

18. E 42. c

19. C 43. c

20. E 44. a

21. c 45. a

22. e 46. a

23. d 47. b

24. e 48. e

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/PM/SOLDADO COMBATENTE/2017) No trecho “Lançadas com

o intuito de encontrar respostas para as possíveis causas da violência, hipóteses

clássicas na sociologia do crime acabaram por defender a tese de associação entre

o aumento nos índices de criminalidade e a pobreza.”, o adjetivo “Lançadas” refe-

re-se a “possíveis causas da violência”.

Errado.

A forma adjetival Lançadas refere-se ao sintagma hipóteses clássicas na socio-

logia do crime, cujo núcleo é hipóteses.

Questão 2    (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2016) No trecho “diante do espetáculo

aterrador das injustiças humanas, essa moral me tranquiliza e me educa”, O adje-

tivo “aterrador” modifica a palavra “espetáculo”, conferindo-lhe sentido negativo.

Certo.

Como vimos em nossa aula, a classe dos adjetivos é capaz de modificar um nome,

atribuindo-lhe significados particularizantes. Na questão em análise, aterrador é

sinônimo de aterrorizante – possui sentido negativo, portanto.

Questão 3    (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2014) No verso “As mulheres fumam feito

chaminés sozinhas” (Improviso do mal da América, de Mário de Andrade), a posi-

ção do adjetivo resulta em ambiguidade estrutural.

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Certo.

O adjetivo em análise é sozinhas. Como há dois substantivos femininos prece-

dentes (mulheres e chaminés), estruturalmente o adjetivo sozinhas é capaz de

estabelecer concordância (de gênero e número). Semanticamente, sabemos que

sozinhas modifica o substantivo mulheres.

Questão 4    (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) No trecho “o profissional de

TIC tem de estar comprometido com o aprendizado contínuo e interessado em tra-

balhar com gestão de projetos”, o termo “interessado” qualifica “o aprendizado”.

Errado.

É preciso interpretar a sequência da seguinte forma: “o profissional de TIC tem de

estar X e Y. X é equivalente a “comprometido com o aprendizado contínuo”. Y, por

sua vez, equivale a “interessado em trabalhar com gestão de projetos”. Nesse caso,

interessado NÃO estabelece relação de adjunção com o aprendizado, pois estão

em sintagmas independentes (coordenados).

Questão 5    (CESPE/FUB/ANALISTA DE TI/2011) No trecho “Apontou também que

os inexperientes, após algum tempo, começavam a se igualar aos conectados”,

as palavras “inexperientes” e “conectados”, pertencentes à classe dos adjetivos,

estão empregadas como substantivos.

Certo.

Em nossa aula, dissemos que um artigo é capaz de substantivar qualquer palavra.

No trecho apresentado pela questão, vemos as formas os inexperientes e aos

conectados – há, então, artigos que transformam os adjetivos em substantivos.

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Questão 6    (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2009) Na oração “Não sendo conhecida de

doutrina alguma contemporânea a explicação, mesmo primária, do processo dife-

renciador dos primatas superiores ao Homo sapiens”, o adjetivo “contemporânea”

modifica o substantivo “explicação”.

Errado.

O adjetivo contemporânea modifica o substantivo doutrina.

1| Floresta nacional, floresta estadual e municipal:

2| é uma área com uma cobertura florestal de espécies

3| predominantemente nativas e tem como objetivo básico o

4| uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas

5| nativas. É de posse e domínios públicos.

Com base no texto acima, julgue os itens (7) e (8) a seguir.

Questão 7    (CESPE/MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) Os termos “florestal”

(l.2) e “nativas” (l.3) são adjetivos que qualificam, respectivamente, os substanti-

vos “cobertura” e “espécies”, ambos na linha 2.

Certo.

De fato, o adjetivo florestal modifica o substantivo cobertura e o adjetivo na-

tivas modifica o substantivo espécies. Atenção para a concordância de gênero e

número, a qual pode auxiliar na resolução desse tipo de questão.

Questão 8    (CESPE/MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) A palavra “uso” está

empregada como adjetivo.

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Errado.

Na linha 3, é  possível identificar o artigo definido o, o qual substantiva a pala-

vra uso.

Questão 9    (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR DE EDIFÍCIOS/2009) Na sequência “lín-

guas de imigração brasileiras”, o emprego do adjetivo pátrio no singular manteria

tanto a correção gramatical do texto quanto o sentido original da expressão.

Errado.

A correção gramatical estaria mantida: línguas de imigração brasileira. No entanto,

o sentido original seria claramente perdido: ao invés de serem línguas de caracte-

rísticas brasileiras, seria uma imigração de característica brasileira.

Questão 10    (CESPE/SEEDF/PROFESSOR/2017)

1| O aspecto da implantação do português no Brasil

2| explica por que tivemos, de início, uma língua literária pautada

3| pela de Portugal, uma língua literária pautada

4| pela do Portugal contemporâneo.

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que

se segue.

Na linha 3, o emprego do artigo definido imediatamente antes do topônimo “Portu-

gal” torna-se obrigatório devido à presença do adjetivo “contemporâneo”.

Certo.

Uma das propriedades do adjetivo é o de especificar a natureza do substantivo ao

qual se relaciona. Por isso, a presença do artigo é exigida.

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Questão 11    (CESPE/ANTAQ/NÍVEL SUPERIOR/2014) Estaria mantida a correção

gramatical do trecho “a Internet tem potencial cuja dimensão não deve ser super-

dimensionada” caso se empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.

Errado.

Não se emprega artigo entre o pronome relativo cujo(a), pois esse pronome não

admite artigo.

Questão 12    (CESPE/UNIPAMPA/NÍVEL SUPERIOR/2013) O emprego do artigo in-

definido no trecho “Em uma visão contemporânea” indica a possibilidade de existi-

rem outras abordagens educacionais.

Certo.

Em distinção ao grupo dos artigos definidos (o, a, os, as), os  artigos indefinidos

são caracterizados pela semântica genérica (isto é, o substantivo designa algo que

abrange várias coisas).

Questão 13    (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2009)

12| [...] área de

13| 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

14| (aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

15| comércio global superior a US$ 300 bilhões.

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.

Nas duas ocorrências de “superior a” (l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido.

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Errado.

O a presente em superior a não manifesta qualquer marca de concordância com o

nome trilhão e bilhão, ambos masculinos. Não se trata, portanto, de artigos, mas

de preposições.

Questão 14    (CESPE/TSE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Se o numeral

ordinal “73.ª” fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima

terceira.

Errado.

Como vimos em nossa aula, a grafia correta do ordinal 73ª é septuagésima ter-

ceira.

Questão 15    (CESPE/SEEDF/PROFESSOR/2017)

5| “Eu seria o último dos mortais a duvidar que

6| os bons escritores foram abençoados com uma dose inata de influência

7| mais sintaxe e memória para as palavras.”

No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.

Na linha 5, a palavra “último” foi empregada com valor de substantivo.

Certo.

Há a presença do artigo definido o, que substantiva a palavra último.

Questão 16    (CESPE/CEHAP-PB/2009) Coletivo indica coleção de seres da mesma

espécie. O substantivo coletivo biblioteca representa uma coleção de:

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a) livros.

b) quadros.

c) leitores.

d) papéis.

Letra a.

Questão simples. Biblioteca é coletivo de livros.

Questão 17    (CESPE/PC/PERITO/2003) Na passagem

“Mudanças nos processos empresariais, relacionamentos com clientes e fornece-

dores,  acesso a dados, propriedade dos dados, estratégia de  distribuição e táti-

cas de marketing estão por trás da maior parte dos esforços de comércio via Web”.

Os termos sublinhados estão empregados como substantivos abstratos.

Certo.

Primeiramente, temos que nos certificar se são realmente substantivos. Uma es-

tratégia possível é anteceder as formas sublinhadas com artigos – o que vemos ser

possível.

A segunda etapa da questão é saber se são realmente abstratos. Para isso, temos

de verificar se são nomes de qualidades, ações, sentimentos, estados, modos de

ser. Quando interpretamos os termos sublinhados, comprovamos que se tratam de

substantivos abstratos.

Questão 18    (CESPE/PF/PERITO/2004)

8| Independente de quão caloroso seja o debate, as

9| estatísticas estão corretas:

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No período de que faz parte, o termo “Independente” (L.8) exerce a função de

adjetivo e está no singular porque se refere a “debate” (l.8).

Errado.

Na verdade, trata-se de um advérbio, equivalendo a independentemente.

Questão 19    (CESPE/PF/AGENTE/2000)

1| A Revolução Industrial provocou uma dissociação entre dois

2| pensamentos: o científico e tecnológico e o humanista.

A omissão do artigo o  imediatamente antes de “tecnológico” (l. 2) indica que

“científico e tecnológico” constitui um item da oposição e “humanista” (l. 2), ou-

tro.

Certo.

Se fizermos a separação da coordenação, temos o seguinte:

[...] dois pensamentos: o [científico e tecnológico] e o [humanista]. Assim, a opo-

sição ocorre entre o par científico/tecnológico e o item individual humanista.

Questão 20    (CESPE/TJ-SE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2006)

13| O IRIB e o Colégio Notarial sentem-se orgulhosos

14| de poder contribuir [...].

Na linha 13, a palavra “orgulhosos” é um adjetivo que está, no contexto, exer-

cendo a função sintática de predicativo de “IRIB” e “Colégio Notarial”, ambos

objetos diretos.

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Errado.

O adjetivo orgulhosos, de fato, modifica IRIB e Colégio Notarial, sendo o predi-

cativo desses termos. No entanto, IRIB e Colégio Notarial são sujeitos da frase em

análise, não objetos.

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REFERÊNCIAS
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 1999.

CAMARA Jr., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 10. ed. Petrópolis: Editora

Vozes Ltda., 1980.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed.

Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo:

Editora Objetiva. 2009.

RAPOSO, E. (Org.). Gramática do português. Vol. 1. Lisboa, Portugal: Fundação

Calouste Gulbenkian. 2013.

ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Ja-

neiro: José Olympio, 2011.

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