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SUMÁRIO
Sumário ................................................................................................................... 1
Considerações Iniciais .............................................................................................. 4
1 - Introdução .......................................................................................................... 5
Como este ponto já foi cobrado em prova? ....................................................................................................... 5
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Grande abraço,
Igor Maciel
profigormaciel@gmail.com
@ProfIgorMaciel
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1 - INTRODUÇÃO
Hoje falaremos em nossa aula sobre a Lei 10.257/2001, o Estatuto das Cidades, que
dispõe sobre normas gerais sobre a política urbana, bem como outras providências
relacionadas ao Direito Urbanístico.
O próprio artigo 1º da norma estabelece que esta regulamenta o disposto nos artigos
182 e 183 da CF:
Art. 1º Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será
aplicado o previsto nesta Lei.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas
de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
Gabarito, letra C.
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O artigo 2º, do Estatuto das cidades estabelece o objetivo da política urbana: ordenar
o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
Além disso, estabelece o dispositivo as diretrizes gerais da política urbana.
Tratam-se de 18 incisos em que o estudo deve ser voltado à análise da “letra fria da
lei”. Necessário, pois, que os senhores memorizem os dispositivos, haja vista que as
cobranças do CESPE quanto a este ponto foram exclusivamente do texto legal.
Eis o dispositivo legal:
Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos
vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas
e projetos de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo
de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das
atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos
interesses e necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura
urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de
tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;
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e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada pela Lei nº 12.608, de 2012)
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o
desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis
com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua
área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos
objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar
geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis
urbanos;
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio
cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação
de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente
natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda
mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e
edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com
vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e
atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social.
XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas
operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos
ambientais e a economia de recursos naturais. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia, telecomunicações,
abastecimento de água e saneamento. (Incluído pela Lei nº 13.116, de 2015)
A recente lei nº 13.699/2018 acrescentou o inciso XIX ao artigo 2º, o qual assim
dispõe:
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(FCC - Proc (ALPB)/ALPB/2013) O Estatuto da Cidade prevê diretrizes gerais que visam
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, dentre as quais:
a) maximização dos padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão
urbana compatíveis com as metas de desenvolvimento social e econômico do Município
e do território sob sua área de influência.
b) regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação
do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais.
c) separação adequada entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o
desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de
influência.
d) prevalência de condições para os agentes privados na promoção de
empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, quando atendido
o interesse social.
e) financiamento do Poder Público em projetos que tenham por resultado a valorização
de imóveis urbanos
Comentários
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante
o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação,
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
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Alternativa correta, letra D. Trata-se da expressa disposição do inciso II, do artigo 2º:
Letra A:
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e
atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social.
Letra B:
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com
vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
Letra C:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para as presentes e futuras gerações; (Não há qualquer limitação)
Letra E:
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda
mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e
edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
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Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
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Art. 4º Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social;
II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
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t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Lei nº 11.977, de
2009)
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(CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – 2005) A Lei n.º 10.257/2001, conhecida como
Estatuto da Cidade, compõe, juntamente com o texto constitucional, as principais
diretrizes para a política urbana no país.
A respeito dos instrumentos utilizados para os fins da lei citada no texto II, assinale a
opção correta.
a) O plano diretor é previsto no instrumento de planejamento municipal.
b) O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) está previsto no
instrumento de gestão participativa.
c) Zoneamento ambiental só é aplicado no planejamento de regiões metropolitanas.
d) Concessão de direito real de uso está previsto no instrumento de institutos
tributários e financeiros.
e) Nos estudos de impacto, o instrumento previsto é unicamente o estudo prévio de
impacto ambiental (EIA).
Comentários
A alternativa correta é a letra A, conforme artigo 4º, inciso III, alínea “a”.
Os demais itens estão errados, eis que:
Letra B – IPTU é instituto tributário e financeiro;
Letra C – Zoneamento ambiental (inexiste qualquer limitação quanto à exclusividade das
regiões metropolitanas);
Letra D – Concessão de direito real de uso é instituto jurídico e político;
Letra E – Há tanto o estudo prévio de impacto ambiental como de impacto de vizinhança;
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Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento,
a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.
Percebam, pois, que a lei municipal com conteúdo específico em relação àquela
determinada área incluída no plano diretor deve prever que imóveis daquela região, acaso
estejam em situação de não utilização, subutilização ou não edificação poderão sofrer as
determinações deste dispositivo.
Segundo Carvalho Filho (2013, pg. 96):
No caso, o conteúdo específico consistirá na indicação de área incluída no plano diretor, em relação à
qual podem ser expedidas as imposições urbanísticas de parcelamento, edificação e utilização
compulsórios.
Assim, o Poder Executivo Municipal notificará o proprietário para que parcele, edifique
ou utilize o imóvel em evidência. Tal notificação deverá ser, inclusive, averbada no
competente cartório de registro de imóveis.
E o que seria parcelamento e edificação?
José dos Santos Carvalho Filho com muita propriedade nos ensina que (2013, pgs. 99,
100 e 101):
Parcelamento do solo é a providência pela qual se procede a sua subdivisão, em partes iguais ou não,
de modo a resultarem vários módulos imobiliários autônomos em substituição à área parcelada.
Edificação é a atividade por meio da qual se executa alguma construção sobre o solo. Edificar, por
conseguinte, é construir, erguer, levantar, fundar algum edifício, a partir de alguma profundidade do
subsolo, mas com o início visível a partir do solo.
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§ 2º O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação,
devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis.
§ 3º A notificação far-se-á:
I – por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no
caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;
II – por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso
I.
I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente;
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Art. 6º A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação,
transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5º desta Lei, sem
interrupção de quaisquer prazos.
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Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento,
a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.
Assim, a lei municipal deve ter conteúdo específico em relação àquela determinada área
incluída no plano diretor e deve prever quais imóveis daquela região, acaso estejam em
situação de não utilização, subutilização ou não edificação poderão sofrer as determinações
deste dispositivo.
O parcelamento, edificação e utilização compulsória serão cabíveis apenas em caso de
imóveis urbanos não edificados, subutilizados ou não utilizados. Por esta razão, a alternativa
A e a alternativa D estão falsas.
Ademais, inexiste qualquer necessidade de nova regulamentação por lei federal, haja
vista que o Estatuto das Cidades cumprira este papel, tornando a alternativa B falsa.
Por fim, a aplicação dos instrumentos de política urbana são sucessivos e não
substituem um ao outro, tornando a alternativa E falsa.
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(CESPE – ANTT – Especialista em Regulação – 2013) Solo urbano não edificado ou não
utilizado, mas constante no Plano Diretor, poderá, conforme lei municipal específica,
ser destinado a parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.
Comentários
Item Verdadeiro, conforme caput do artigo 5º.
A partir do texto acima, escrito por José Roberto Bassul Campos, julgue o item que se
segue, relativo ao planejamento urbano e a seus instrumentos segundo o Estatuto da
Cidade.
Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não-utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para
implementação da referida obrigação. Contudo, a ausência de definição acerca do que
seja subutilização do solo urbano é uma grave deficiência do Estatuto da Cidade, que
não apresenta princípio para a caracterização de qualquer caso, de forma a orientar o
legislador municipal.
Comentários
Item Falso.
Isto porque o Estatuto das Cidades define o solo subutilizado no parágrafo 1º, do artigo 5º.
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Item Falso, eis que a notificação deve ser averbada no cartório de registro de imóveis
(parágrafo 2º, do artigo 5º);
(CESPE – Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – 2014) Com relação às diretrizes
gerais da política urbana estabelecidas pelo Estatuto da Cidade, julgue o item seguinte.
Art. 7º Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o
desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município
procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
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O valor máximo das alíquotas – progressivo no tempo – será de 15% (quinze por
cento). E, a partir do primeiro ano, até chegar ao valor máximo, a alíquota não excederá a
duas vezes o valor referente ao ano anterior.
§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput
do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota
máxima de quinze por cento.
Percebam, portanto, que o Estatuto das Cidades estabeleceu limites para se evitar um
possível abuso dos Prefeitos Municipais, a pretexto de manutenção da ordem urbanística.
Além disso:
§ 3º É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este
artigo.
§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município
manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
prerrogativa prevista no art. 8o.
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(FCC - Proc Jud (Recife)/Pref Recife/2008) De acordo com o Estatuto da Cidade (Lei nº
10.257/01), o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) poderá
ser progressivo no tempo pelo prazo de
a) 10 (dez) anos, durante o qual suas alíquotas poderão subir até o máximo de 15%
(quinze por cento), sem exceder o dobro da alíquota do ano anterior.
b) 10 (dez) anos, durante o qual suas alíquotas poderão subir até o máximo de 10% (dez
por cento), sem exceder o dobro da alíquota do ano anterior.
c) 5 (cinco) anos, durante o qual suas alíquotas poderão subir até o máximo de 15%
(quinze por cento), sem exceder o dobro da alíquota do ano anterior.
d) 5 (cinco) anos, durante o qual suas alíquotas poderão subir indefinidamente, sem
exceder o dobro da alíquota do ano anterior.
e) 5 (cinco) anos, durante o qual suas alíquotas poderão subir até o máximo de 10% (dez
por cento), sem que haja restrição quanto ao aumento da alíquota de um ano para
outro.
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a) 4%.
b) 8%.
c) 15%.
d) 16%.
e) 32%.
Comentários
§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput
do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota
máxima de quinze por cento.
§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município
manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
prerrogativa prevista no art. 8o.
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Item falso, eis que a aplicação do IPTU progressivo no tempo depende do descumprimentos
dos prazos pelo particular.
(CESPE – MPOG – Analista – 2012) Com base no Estatuto da Cidade, que estabelece as
diretrizes gerais da política urbana, julgue o item subsequente.
Ambos os itens estão Falsos (questão ABIN e MPOG), eis que é vedada a concessão de isenção
ou anistia ao imóvel sujeito ao IPTU progressivo, conforme parágrafo 3º, do artigo 7º:
§ 3º É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este
artigo.
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o Estatuto da Cidade, ele deverá ser aplicado, de forma progressiva, à propriedade que
não cumprir sua função social.
Comentários
Item Verdadeiro, eis que esta a ideia do IPTU progressivo no tempo previsto no Estatuto das
Cidades.
(CESPE – TCE/ES – Analista – 2013) Assinale a opção correta acerca dos institutos
tributários e financeiros definidos como instrumentos de ordenamento territorial
urbano do Estatuto da Cidade.
a) A majoração da alíquota do IPTU progressivo no tempo deverá ser contínua até o
limite de dez anos do descumprimento da determinação de parcelamento, edificação
ou utilização compulsórios do solo urbano não edificado.
b) O fato gerador da contribuição de melhoria cobrada dos proprietários de lotes
urbanos é a valorização real das propriedades definida pelo mercado imobiliário.
c) O valor máximo da alíquota do IPTU progressivo no tempo não deve superar o
percentual de 20 % do valor do imóvel.
d) A aplicação do IPTU progressivo no tempo pode motivar a concessão de anistia caso
a câmara municipal reconheça, por ato específico, que a cobrança do referido imposto
seja injusta ou descabida.
e) Aplica-se o IPTU progressivo no tempo caso não seja cumprida a determinação de
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios do solo urbano não edificado.
Comentários
Alternativa correta, letra E. Trata-se do disposto no caput do artigo 7º, do Estatuto das
Cidades.
A letra A está falsa, eis que não há limite temporal para a cobrança do IPTU progressivo no
tempo (até que se cumpra a referida obrigação – parágrafo 2º, artigo 7º).
A letra B está falsa, eis que a contribuição de melhoria também depende do custo total da
obra.
A letra C está falsa eis que o limite percentual máximo do IPTU progressivo será de 15%
(parágrafo 1º, artigo 7º).
A letra D está errada, uma vez que não cabe anistia na cobrança do IPTU progressivo no
tempo (parágrafo 3º, artigo 7º);
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Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido
a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
§ 1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no
prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.
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Mas o que significa valor real? Caso se tratasse da desapropriação geral, teríamos que admitir que valor
real seria aquele que correspondesse ao exato valor do imóvel. A expressão teria então o significado de
indenização justa, tal como os autores comumente a interpretam.
Parece-nos, contudo, que o requisito justiça da indenização não tem – insistimos – inteira aplicação no
caso da desapropriação urbanística sancionatória. A ratio que conduz o Poder Público a processar a
desapropriação por utilidade pública ou interesse social não tem qualquer conotação com eventual
comportamento ilícito do expropriado. Cuida-se apenas da aquisição do imóvel para certo fim público.
Certo é que devemos ter em mente para concursos públicos o teor do parágrafo 2º,
do artigo 8º, do Estatuto das Cidades:
Assim, o valor não deverá computar expectativas de ganhos futuros, lucros cessantes
ou compensatórios, mas o valor real apurado naquele momento quanto ao imóvel.
Além disso, e aqui o ponto mais importante do dispositivo, o valor do imóvel deve
refletir a base de cálculo do IPTU no momento da notificação feita pelo Município para que
o proprietário aproveitasse o imóvel.
O valor da indenização deve ser o valor do imóvel descontado o montante incorporado
em função de obras públicas realizadas na área onde ele se localiza após a notificação.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho (2013, pg. 146):
O valor indenizatório, por conseguinte, há de ser o que se atribuía ao imóvel antes da execução das
obras.
Para que se possa efetuar o desconto do sobrevalor é preciso que as obras tenham sido realizadas após
a notificação prevista no art. 5º, § 2º, do Estatuto, ou seja, depois da comunicação para que o
proprietário providencie o cumprimento da obrigação de parcelamento ou de edificação. Deve
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entender-se notificação, nesse caso, como a efetiva ciência dado ao proprietário, seja ela direta, seja
presumida, como ocorre por meio de edital. Resulta que o Poder Público deve prevenir-se em relação à
execução de obras antes de notificar os proprietários da área que davam amoldar-se ao plano diretor.
§ 3º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos.
Procedimento Expropriatório
Sim e quem nos fornece tal exemplo é o próprio José dos Santos Carvalho Filho (2013,
pg. 139 e 140):
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De acordo com o parágrafo 4º, do artigo 8º, do Estatuto das Cidades, o Município tem
o prazo máximo de cinco anos – contado a partir da incorporação do imóvel ao patrimônio
público para proceder ao seu adequado aproveitamento.
Ressalte-se que tal aproveitamento poderá ser feito pelo Município diretamente por
si ou através de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, naturalmente, o devido
procedimento licitatório.
(FCC - Proc Jud (Recife)/Pref Recife/2003) Determinada Lei municipal, para dar
aplicação a instrumento do Estatuto da Cidade e do Plano Diretor do Município,
estabelece, dentre outras, as seguintes regras sobre a desapropriação de imóvel urbano
com pagamento em títulos da dívida pública:
I. Os títulos serão resgatados no prazo de até 20 anos, em prestações anuais iguais e
sucessivas.
II. Os títulos terão poder liberatório para pagamento de tributos municipais.
III O aproveitamento do imóvel poderá ser efetuado diretamente pelo Poder Público ou
por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido
procedimento licitatório.
Dessas regras, APENAS a
a) I está de acordo com o Estatuto da Cidade.
b) II está de acordo com o Estatuto da Cidade.
c) III está de acordo com o Estatuto da Cidade.
d) I e a II estão de acordo com o Estatuto da Cidade.
e) I e a III estão de acordo com o Estatuto da Cidade
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Comentários
§ 5º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de
alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.
O item I está falso uma vez que o parágrafo 1º, do artigo 8º, estabelece o prazo de
resgate em até 10 (dez) anos.
§ 1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no
prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.
Já o item II está falso, uma vez que o parágrafo 3º, do artigo 8º é cristalino:
§ 3º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos.
De acordo com o parágrafo 6º, do artigo 8º, do Estatuto das Cidades, as obrigações
transmitem-se ao adquirente do imóvel:
Isto porque, conforme lições de José dos Santos Carvalho Filho (2013, pg. 153):
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Nem poderia ser diferente. A função do adquirente do imóvel será a de torna-lo amoldado às regras e
situações previstas no plano diretor. Portanto, se a obrigação anterior consistia em proceder à
edificação no terreno, fica o adquirente sujeito a essa mesma obrigação.
E o Município deve encetar todo o esforço para verificar se a obrigação será realmente honrada, porque,
se não o for, sujeitar-se-á o novo proprietário a todas as sanções urbanísticas cabíveis.
Só não é cabível a renovação da notificação para o cumprimento da obrigação, porque esta se presume
conhecida pelo proprietário.
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II) Para o cálculo do valor real de desapropriação para fins de reforma urbana, deverão
ser consideradas as expectativas de ganho, os lucros cessantes e os juros
compensatórios.
III) O Estatuto da Cidade obriga o poder público a dar destinação adequada ao imóvel
após a desapropriação, sob pena de, se tal não ocorrer, o prefeito e os demais agentes
públicos envolvidos incorrerem em improbidade administrativa e, por isso, sujeitarem-
se a sanções que podem ocasionar a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário.
Comentários
Item I – Verdadeiro, conforme artigo 8º, caput e parágrafo 1º.
Item III – Verdadeiro. Trata-se da expressa disposição do artigo 52, II, do Estatuto das Cidades.
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Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Tal direito não será reconhecido mais de uma vez ao mesmo possuidor e,
naturalmente, não se aplica aos imóveis públicos. Trata-se de forma de aquisição originária
de propriedade e (DA SILVA, 2015, pg. 58):
uma vez satisfeitos os requisitos previstos, a propriedade é adquirida com o decurso do tempo referido,
podendo o interessado requerer ao juiz que assim o declare por sentença, que servirá de título para a
matrícula no Registro Imobiliário.
Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do
estado civil.
§ 2o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Já o §3º estabelece que o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu
antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
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§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de
seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
(CESPE – CAIXA – Arquiteto – 2006) Aquele que possuir área ou edificação urbana de
até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, sendo que a esse
instrumento denomina-se a usucapião especial de imóvel urbano.
(CESPE – ABIN – Oficial Técnico – 2010) Chefe de família que ocupe imóvel com área
urbana de 250 m2, ininterruptamente, para sua moradia ou de sua família, sem oposição
por seis anos, pode adquirir o imóvel ocupado, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.
Comentários
Itens Verdadeiros, dada a previsão do caput do artigo 9º.
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O artigo 10º, do Estatuto das Cidades, previu a previu a hipótese de usucapião especial
urbana coletiva. O caput deste dispositivo sofrera recente alteração pela Lei 13.465/2017,
razão pela qual acreditamos em uma possível cobrança em provas.
Conforme o texto legal atual:
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total
dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por
possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
a) Núcleo urbano;
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b) Cuja área total dividida pela quantidade de possuidores seja inferior a 250 m² por
possuidor;
§ 3º Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente
da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos,
estabelecendo frações ideais diferenciadas.
São regras deste condomínio especial os parágrafos 4º e 5º, do artigo 10º, do Estatuto
das Cidades. Trata-se de condomínio indivisível e que não pode ser extinto, a não ser por
deliberação de dois terços dos condôminos em hipótese de urbanização posterior à
constituição do condomínio.
Além disso, as deliberações do condomínio especial são tomadas por maioria dos
presentes, obrigando a todos os demais (discordantes e ausentes).
§ 4º O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação
favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização
posterior à constituição do condomínio.
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O item I está falso, uma vez que a área de cada possuidor deve ser limitada a 250 m²,
conforme dispõe o artigo 183 da Constituição Federal:
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
O item II está falso, eis que o parágrafo 3º, do artigo 9º, do Estatuto das Cidades é
claro ao estabelecer que:
Artigo 9º, § 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de
seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
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O item III – à época – fora considerado verdadeiro por refletir a exata redação do
alterado artigo 10º do Estatuto das Cidades. Aqui precisamos ter atenção pois provavelmente
a banca cobrará a letra da lei da nova redação do artigo 10. Relembremos:
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total
dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por
possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
O item IV está verdadeiro por refletir o disposto no artigo 14, a seguir estudado:
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o
sumário.
Percebam, contudo, que o requisito MORADIA não mais está estabelecido no caput do artigo
10:
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total
dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por
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possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
Assim, a letra B não mais poderia ser considerada correta. Os demais itens estão falsos com
base no caput do artigo 10 e seus parágrafos:
Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras
ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo.
Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana:
I – o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;
II – os possuidores, em estado de composse;
III – como substituto processual, a associação de moradores da comunidade, regularmente constituída,
com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representados.
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§ 2o O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório
de registro de imóveis.
Ademais, a usucapião especial urbana pode ser alegada como matéria de defesa,
servindo a sentença como título para registro no cartório de imóveis. E, além disso, o rito
processual será o sumário:
Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo
a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis.
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o
sumário.
(FCC - Adv (SABESP)/SABESP/2014) Aquele que possuir, como sua, área ou edificação
urbana de, até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural. Trata-se da denominada usucapião especial de imóvel urbano. A propósito do
tema,
a) na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer
outras ações possessórias que venham a ser propostas relativamente ao imóvel
usucapiendo, exceto as ações petitórias.
b) o direito narrado poderá ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
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Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana:
I – o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;
II – os possuidores, em estado de composse;
III – como substituto processual, a associação de moradores da comunidade, regularmente constituída,
com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representados.
Os demais itens, todos, estão falsos por contrariarem dispositivos aqui estudados,
senão vejamos:
Letra A: Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas
quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas
relativamente ao imóvel usucapiendo.
Letra B: Art. 9º, § 2o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo
possuidor mais de uma vez.
Letra C: Art. 9º, § 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno
direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da
sucessão.
Letra E: Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a
ser observado é o sumário.
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Os artigos 15 a 20 que iriam dispor sobre este tema no Estatuto das Cidades foram
todos vetados.
g) DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
O direito de superfície está previsto nos artigos 21 a 24 do Estatuto das Cidades. Para
José dos Santos Carvalho Filho, a natureza jurídica deste direito é de direito real (2013, pg.
198) consistente no direito que recebe um terceiro de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço
aéreo relativo ao terreno.
O proprietário, então, mediante escritura pública registrada no cartório de imóveis
concede a outrem o direito de superfície por prazo determinado ou indeterminado, de
forma gratuita ou onerosa.
Eis o texto legal:
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por
tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de
imóveis.
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§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
§ 2º A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
Para José dos Santos Carvalho Filho, tal responsabilidade se justifica pelo fato de que
o dono do solo não aufere qualquer proveito pelo uso do terreno, sendo titular apenas da nua
propriedade (2013, pg. 203)
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§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao
terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
O item III está verdadeiro, dada a disposição do parágrafo 2º, do artigo 21:
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A partir do texto acima, escrito por José Roberto Bassul Campos, julgue o item que se
segue, relativo ao planejamento urbano e a seus instrumentos segundo o Estatuto da
Cidade.
Item Verdadeiro.
Esta a disposição do artigo 21, caput, parágrafos 1º e 2º, do Estatuto das Cidades.
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Trata-se de matéria regulada pelos artigos 23 e 24, do Estatuto das Cidades. Extingue-
se o direito de superfície pelo advento do termo final do contrato ou pelo descumprimento
de obrigações assumidas em contrato pelo superficiário.
Além disso, extinto tal direito, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno
e, se as partes não houverem estipulado qualquer valor em contrato, o proprietário
recuperará as acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independente de indenização
ao superficiário.
Será extinto também o direito de superfície, mesmo antes do termo final do contrato,
se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual fora concedida.
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como
das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes
não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
§ 1º Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao
terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
h) DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
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Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
Mas atenção!
Este direito de preferência não é dado ao Município de forma genérica e cega para
todo e qualquer imóvel na circunscrição da cidade. Em verdade, é necessária a edição de lei
municipal, baseada no plano diretor, que irá delimitar as áreas onde incidirão o direito de
preferência.
Além disso, referida lei deverá delimitar o prazo de vigência do direito, nunca superior
a cinco anos. Acaso passados estes cinco anos e o Município não tenha exercido o seu direito
de preferência, poderá após o decurso de prazo de um ano, renovar a norma estabelecendo
novo prazo de até cinco anos.
Este direito fica assegurado independentemente da quantidade de alienações que o
imóvel tiver no período estabelecido em lei.
§ 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção
e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do
prazo inicial de vigência.
§ 2º O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o,
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Além disso, a lei municipal deverá enquadrar cada área em que deseja o Município
estabelecer o direito de preferência em uma ou mais das finalidades constantes no artigo 26
(conforme parágrafo único deste dispositivo).
As finalidades do direito de preempção, são, portanto:
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária;
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Antes de seguirmos, é importante que o aluno perceba que (CARVALHO FILHO, 2013,
pg. 218):
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo
máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
§ 1º À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por terceiro
interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de
validade.
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§ 2º O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de
grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de
aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
Neste caso, a alienação será nula de pleno direito e o Município poderá exercer o
direito de adquirir o imóvel pela proposta oferecida pelos terceiros ou pelo valor que consta
como base para o IPTU. Naturalmente, poderá o Município optar pelo menor valor dentre
estes.
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utilidade pública, desde que não lhe tenha sido conferida a destinação que
fundamentou a desapropriação e não seja utilizado em obras ou serviços públicos
municipais.
c) aplica-se apenas às áreas delimitadas em decreto do Poder Executivo municipal,
cabendo ser exercido sempre que o Município necessitar de áreas para, entre outros
propósitos, executar programas e projetos habitacionais de interesse social, implantar
equipamentos urbanos e comunitários, criar unidades de conservação e dar
cumprimento às demais diretrizes e finalidades de interesse social ou de utilidade
pública definidas no plano diretor.
d) determina a nulidade de pleno direito de alienação, celebrada em condições diversas
da proposta formalmente apresentada ao Município, mas não autoriza ao Município
impor multa de 20% sobre o valor do imóvel ao transmitente e ao adquirente em regime
de solidariedade.
e) determina a nulidade de pleno direito de alienação, celebrada em condições diversas
da proposta formalmente apresentada ao Município, mas não autoriza a aquisição pelo
Município do imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU.
Comentários
§ 6º Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de
cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
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(CESPE – Câmara dos Deputados– Analista Legislativo – 2014) Com relação às diretrizes
gerais da política urbana estabelecidas pelo Estatuto da Cidade, julgue o item seguinte.
Caso necessite de áreas para constituir reservas fundiárias, o poder público poderá
exercer o direito de preempção.
(CESPE – MPOG – Analista – 2012) Com base no Estatuto da Cidade, que estabelece as
diretrizes gerais da política urbana, julgue o item subsequente.
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Isto porque o caput do artigo 25 é claro ao estabelece o direito de preempção apenas aos
imóveis urbanos.
(CESPE – ABIN – Oficial Técnico – 2010) De acordo com a Lei n.o 10.257/2001, o direito
de preempção do poder público para aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação
onerosa entre particulares, deve ser regulamentado por lei municipal que delimite as
áreas sujeitas a esse direito e fixe seu prazo de vigência.
Comentários
Item Verdadeiro, conforme parágrafo 1º, do artigo 25.
(CESPE – MPU - Analista – 2010) Cabe ao município, com base no plano diretor,
delimitar, por meio de instrumento de lei, as áreas em que incidirá o direito de
preempção, cujo prazo de vigência deve ser superior a dez anos.
Comentários
Item Falso. Como vimos no artigo 25, parágrafo 1º, o prazo será nunca superior a cinco anos.
Amigos, aqui lembramos nosso anterior tópico sobre a questão do “solo criado”.
A ideia de solo criado deriva da evolução da tecnologia das construções que permitiu
a edificação não apenas do solo natural, mas também de solos artificiais sobrepostos ou
subpostos a este. Para Eros Roberto Grau (1983, p. 57)
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Não se confunde, no entanto, a noção com a de ocupação do espaço aéreo, visto que pode haver
ocupação de espaço aéreo sem criação de solo; seria o caso de construção (...) da nave de uma catedral
gótica, também de grande altura, mas sem nenhum plano utilizado no intermediário.
Coeficiente igual a 1,0 equivale a reconhecer que todo proprietário terá direito de
erguer em seu terreno uma construção correspondente a tantos metros quanto forem os da
superfície do lote.
Assim (SILVA, 2015, pg. 256):
cada metro quadrado do térreo dará o direito de construir 1m² de edificação – coeficiente, esse, que
poderá ser utilizado totalmente ou não, respeitados, evidentemente, os demais índices urbanísticos
previstos para a zona.
Apenas e tão somente de uma licença da prefeitura, tal qual veremos no ponto abaixo.
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O direito de construir acima do coeficiente único estabelecido terá que ser adquirido do Poder Público
por via de concessão, ou de particular por via de compra ou outra forma de aquisição que a lei dispuser.
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo
beneficiário.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área
do terreno.
Como vimos, o plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único
para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana
(parágrafo 2º).
Além disso, o plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos
coeficientes de aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura
existente e o aumento de densidade esperado em cada área (parágrafo 3º).
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Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo,
mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
O artigo 30 exige a edição de uma lei municipal específica tanto para a outorga
onerosa do direito de construir como para a alteração do uso do solo.
Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga onerosa
do direito de construir e de alteração de uso, determinando:
I – a fórmula de cálculo para a cobrança;
II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III – a contrapartida do beneficiário.
Ressalte-se que os recursos obtidos pelo Município tanto com a outorga onerosa do
direito de construir como com a alteração do uso do solo devem ser aplicados às finalidades
do artigo 26.
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração
de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei.
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
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Percebam, amigos, que a questão era facilmente resolvida com o domínio do conceito
de outorga onerosa do direito de construir. Alternativa correta, portanto, letra E.
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Amigos, este tema também costuma ser cobrado como a “letra fria da lei” mas
tentaremos torná-lo um pouco mais agradável.
Lei municipal específica que será editada com base no plano diretor poderá delimitar
área para aplicação de operações urbanas consorciadas (artigo 32).
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O conceito legal, sem dúvidas, é o que mais nos interessa e está previsto no parágrafo
1º, do artigo 32:
§ 2º Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem
como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a
legislação vigente.
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de
impactos ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de
tecnologias que reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as
modalidades de design e de obras a serem contempladas.
Nas transformações urbanísticas estruturais, o que a lei pretendeu foi que certas áreas fossem
modificadas em sua estrutura básica, vale dizer, que os elementos de infraestrutura urbana pudessem
ser revistos e melhorados para o bem-estar dos moradores e usuários permanentes.
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Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação
urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I – definição da área a ser atingida;
II – programa básico de ocupação da área;
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela
operação;
IV – finalidades da operação;
V – estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em
função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2o do art. 32 desta Lei;
VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da
sociedade civil.
VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e
investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2o do art. 32 desta Lei.
§ 1º Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo serão aplicados
exclusivamente na própria operação urbana consorciada.
§ 2º A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e autorizações a
cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o plano de operação urbana
consorciada.
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São títulos emitidos pelo Município e lançados antecipadamente no mercado financeiro para o fim de
gerar recursos para o erário municipal.
Para emiti-los, o Município procede ao estudo do potencial construtivo a ser autorizado na área
abrangida pela operação urbana consorciada. O empreendedor interessado em exercer o direito
adicional de construção deve adquirir os títulos no mercado e devolvê-los ao Município como forma de
pagamento das obras necessárias à operação urbana.
A previsão destes certificados está contida no artigo 34 do Estatuto das Cidades que
assim dispõe:
Art. 34. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a emissão pelo
Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção, que serão
alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação.
Sim. Esta a previsão do artigo 34-A para operações a serem desenvolvidas em regiões
metropolitanas ou aglomerações urbanas instituídas por lei complementar estadual. Estas
operações dependem de lei estadual específica:
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Art. 34-A. Nas regiões metropolitanas ou nas aglomerações urbanas instituídas por lei complementar
estadual, poderão ser realizadas operações urbanas consorciadas interfederativas, aprovadas por leis
estaduais específicas.
Parágrafo único. As disposições dos arts. 32 a 34 desta Lei aplicam-se às operações urbanas
consorciadas interfederativas previstas no caput deste artigo, no que couber.
I) Nas operações consorciadas, pode ser prevista, entre outras medidas, a regularização
de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação
vigente.
II) Nas operações consorciadas, pode ser prevista, entre outras medidas, a regularização
das construções, reformas ou ampliações, desde que executadas de acordo com a
legislação vigente.
III) A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada pode prever a emissão,
pelo município, de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de
construção que, entretanto, não poderão ser alienados em leilão, tampouco poderão
ser utilizados diretamente no pagamento de obras necessárias à operação.
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padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo até o limite fixado pela
lei específica que aprovar a operação urbana consorciada.
Comentários
O item I está verdadeiro e o II falso, conforme disposto no inciso II, do parágrafo 2º, do artigo
32.
O item III está falso por contrariar o disposto no caput do artigo 34.
O item V está falso, eis que o certificado de potencial adicional de construção serve
exatamente para pagar o direito de construção acima dos padrões estabelecidos pela
legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a
operação urbana consorciada
Na verdade, não. Apenas quando o referido imóvel for considerado necessário para
fins de:
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Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano,
privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de
construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido
imóvel for considerado necessário para fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social
ou cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda e habitação de interesse social.
§ 1o A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou
parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.
Além disso, tal direito apenas poderá ser exercido à luz de lei municipal baseada no
plano diretor que estabeleça as condições relativas à aplicação da transferência do direito de
construir (parágrafo 2º).
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esteja ocupado por favela que se pretenda urbanizar, pode utilizar em outro imóvel, ou
vender, a diferença entre a área construída do imóvel preservado e o total de área
construída atribuída ao terreno pelo coeficiente de aproveitamento básico, conforme a
legislação existente.
Comentários
A FCC costuma cobrar este ponto juntamente com outros conceitos para que o
candidato possa identificar os vários institutos jurídicos e políticos previstos no Estatuto das
Cidades.
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§ 6º Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de
cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu
antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração
de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei.
A alternativa E está falsa, uma vez que não se exige a contrapartida do beneficiário na
transferência do direito de construir, apenas na outorga onerosa do direito de construir,
conforme disposto no artigo 28, do Estatuto das Cidades:
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo
beneficiário.
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Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito
dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
Assim, o Estatuto das Cidades previu em seus artigos 36 a38 estudo prévio de impacto
de vizinhança como condição para a concessão de licenças ou autorizações de construção,
ampliação ou funcionamento de determinados empreendimentos.
Tais empreendimentos, segundo o artigo 36 serão definidos conforme lei municipal:
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana
que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças
ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
é, antes de mais nada, um instrumento de política urbana. Seu objetivo busca conciliar interesses
geralmente conflitantes, que são, de um lado, o interesse na realização de construções e, de outro, o
interesse daqueles que , por sua proximidade, são suscetíveis de sofrer efeitos daquelas.
Assim, devemos ter em mente que a elaboração do EIV não substitui a elaboração e
a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da
legislação ambiental. Esta a previsão expressa do artigo 38:
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto
ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
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I – adensamento populacional;
IV – valorização imobiliária;
VI – ventilação e iluminação;
Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
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VI – ventilação e iluminação;
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para
consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.
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Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto
ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
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Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana
que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças
ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
Já a letra B está falsa, uma vez que a elaboração do EIV e sua aprovação NÃO
substituem a realização e aprovação do estudo prévio de impacto ambiental (artigo 38).
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto
ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
As letras D e E estão falsas por contrariarem o disposto no artigo 37, do Estatuto das
Cidades:
Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação;
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
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II) O Estatuto da Cidade estabelece que uma lei municipal deve conter critérios que
definam quais empreendimentos e atividades privadas ou públicas, situadas em área
urbana, dependem de um estudo prévio de impacto de vizinhança como condição para
obterem as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a
cargo do poder público municipal.
III) As conclusões do EIV podem aprovar o empreendimento ou atividade,
estabelecendo condições ou contrapartidas para seu funcionamento - tais como
alterações no projeto do empreendimento, diminuição de área construída, reserva de
áreas verdes ou de uso comunitário no interior do empreendimento, aumento no
número de vagas de estacionamento - ou podem impedir sua realização.
IV) O objetivo do EIV é democratizar a tomada de decisões sobre os grandes
empreendimentos a serem realizados na cidade, dando voz às comunidades que
estejam expostas aos impactos dos grandes empreendimentos. Dessa maneira,
consagra-se o direito de vizinhança como parte integrante da política urbana,
condicionando o direito de propriedade.
V) A elaboração do EIV substitui, nas áreas urbanas, a elaboração e a aprovação do
estudo de impacto ambiental (EIA), requerido nos termos da legislação ambiental.
VI) O EIV deve ser executado de forma a contemplar exclusivamente os efeitos
negativos do empreendimento. Deve incluir, no mínimo, a análise dos impactos do
empreendimento ou atividade quanto ao adensamento populacional.
Comentários
Os três primeiros estão verdadeiros eis que resumem a ideia geral dobre o Estudo de Impacto
de Vizinhança.
Já o item IV está Falso, eis que nos termos doa artigo 38, a elaboração do EIV não substitui
a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos
termos da legislação ambiental.
O item V também está Falso, eis que o EIV deve contemplar tanto os efeitos positivos quanto
os efeitos negativos dos empreendimentos, nos termos do artigo 37, caput, do Estatuto das
Cidades.
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Item Falso, eis que nos termos do parágrafo único do artigo 37, o EIV é sim um documento
público.
II) O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá ficar disponível para consulta no órgão
competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado. A elaboração do EIV
substitui a elaboração e a aprovação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), nos
termos da legislação ambiental.
Comentários
O Item I está verdadeiro, eis que reproduz fielmente o artigo 37, do Estatuto das Cidades.
Já o item II está Falso, uma vez que nos termos doa artigo 38, a elaboração do EIV não
substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA),
requeridas nos termos da legislação ambiental.
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Facilmente percebemos que a alternativa correta será a letra B, conforme inciso VI, do artigo
37.
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De acordo com a Constituição Federal o Plano Diretor é uma lei a ser aprovada pela
Câmara Municipal obrigatória para cidades com mais de vinte mil habitantes. Trata-se de
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, tal qual previsto
no parágrafo 1º, do artigo 182, da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
Na verdade, é tratado como plano, porque traça objetivos e metas a serem alcançadas
pelo Município, ainda que não necessariamente fixe prazos para cumprimento das medidas.
Além disso, é chamado de diretor porque fixa as diretrizes do desenvolvimento urbano do
Município (DA SILVA, 2015).
Trata-se, pois, de um instrumento de planejamento do Município, conforme
reconhecido apontado pela FCC na seguinte questão.
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Além disso, em que pese o Constituinte apenas ter se referido como obrigatório o
plano diretor para cidades com mais de vinte mil habitantes, o Estatuto das Cidades vai além.
Necessário, pois, que analisemos atentamente a “letra fria da lei”, quanto à obrigatoriedade
do plano diretor:
Tranquilo, eis que repetição literal do texto constitucional. Mas atenção, cai muito em
provas.
(FCC - DP SP/DPE SP/2006) O Plano Diretor é um dos instrumentos básicos para o pleno
desenvolvimento das funções ambientais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes. Com relação, exclusivamente, ao número de habitantes, o Plano Diretor é
obrigatório quando o município possui mais de
a) 50 mil habitantes.
b) 30 mil habitantes.
c) 20 mil habitantes.
d) 10 mil habitantes.
e) 5 mil habitantes.
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CF. Art. 25. § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Destaque-se, ainda, que as cidades com mais de quinhentos mil habitantes deverão
elaborar um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele
inserido, conforme previsão do parágrafo 2º:
§ 2º No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de
transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
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Percebam que a exigência do Estatuto das Cidades quanto aos itens estabelecidos
nesta questão diz respeito apenas às cidades turísticas, conforme inciso IV, do artigo 41, do
Estatuto das Cidades:
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Mais uma vez a FCC cobrou a letra do artigo 41, do Estatuto das Cidades. Conforme
acabamos de estudar, a alternativa correta deve ser a letra B, conforme inciso IV, do artigo
41, do Estatuto das Cidades:
Segundo o referido estatuto, no caso de cidades com mais de duzentos mil habitantes,
deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o
plano diretor ou nele inserido.
Comentários
§ 3º As cidades de que trata o caput deste artigo devem elaborar plano de rotas acessíveis,
compatível com o plano diretor no qual está inserido, que disponha sobre os passeios públicos a serem
implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que concentrem
os focos geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os locais de prestação
de serviços públicos e privados de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura, correios e
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telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de maneira integrada com os sistemas de
transporte coletivo de passageiros.
Sim.
Isto porque, conforme previsão do parágrafo 1º, do artigo 40, o plano diretor é parte
integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.
Sim.
E atenção!
A lei deve ser revista pelo menos a cada dez anos.
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
Sim! O Plano Diretor é obrigatório para municípios com MAIS de vinte mil habitantes (Caiu
na PGE/Amazonas/CESPE/2016).
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Não! Não há necessidade de revisão do instrumento a cada cinco anos, mas pelo menos a
cada dez anos.
Alternativa Falsa.
A função social da propriedade urbana é cumprida quando esta obedece aos padrões
de saneamento, zoneamento, construção e todas as demais exigências do plano diretor.
Nos termos do parágrafo 2º, do artigo 182, da CF, a propriedade urbana cumpre sua
função social quando atende às exigências do plano diretor:
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas,
respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
(FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A propriedade urbana cumpre sua função social
quando atende
a) à exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
b) ao aproveitamento racional e adequado.
c) à utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente.
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Alternativa correta, letra E. Percebam que a FCC cobrou exatamente a letra da lei do
parágrafo 2º, do artigo 182, da Constituição Federal:
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.
(CESPE – TJ/CE – Juiz Estadual – 2012 – ADAPTADA) De acordo com a CF, a propriedade
urbana cumpre sua função social quando atende às exigências de ordenação da cidade
previstas no Código de Posturas e nas normas municipais sobre edificação e ocupação
do solo.
Comentários
Não! Não é o Código de Posturas do Município que faz a propriedade cumprir sua função
social, mas a atenção às exigências do Plano Diretor.
Alternativa Falsa.
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Rememorando:
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Nestes casos, exige-se uma carga mais densa de conteúdo no plano diretor desde
municípios. Tratam-se das exigências previstas no artigo 42-A, cujo conteúdo deve ser
analisado segundo a “letra fria da lei” pelo aluno:
Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municípios incluídos no cadastro
nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto,
inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos deverá conter: (Incluído
pela Lei nº 12.608, de 2012)
I - parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e
a contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
II - mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto,
inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos;
III - planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de população de áreas de risco
de desastre; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
IV - medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de impactos de desastres;
e (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
V - diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos irregulares, se houver,
observadas a Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009, e demais normas federais e estaduais pertinentes,
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e previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais de
interesse social e de outros instrumentos de política urbana, onde o uso habitacional for
permitido. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
VI - identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais, quando for
o caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades. (Incluído pela Lei nº 12.983,
de 2014)
§ 1o A identificação e o mapeamento de áreas de risco levarão em conta as cartas
geotécnicas. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
§ 2o O conteúdo do plano diretor deverá ser compatível com as disposições insertas nos planos de
recursos hídricos, formulados consoante a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997. (Incluído pela
Lei nº 12.608, de 2012)
§ 3o Os Municípios adequarão o plano diretor às disposições deste artigo, por ocasião de sua revisão,
observados os prazos legais. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
§ 4o Os Municípios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que não tenham plano diretor
aprovado terão o prazo de 5 (cinco) anos para o seu encaminhamento para aprovação pela Câmara
Municipal. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de publicação
desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no mínimo:
Para José dos Santos Carvalho Filho (2013, pg. 380) a lei 12.608/2012, apesar de ter
alterado o Estatuto das Cidades, refere-se à data contida na publicação da própria lei
alteradora e não do Estatuto.
Assim, para se evitar qualquer confusão interpretativa, consideremos a data deste
dispositivo como a data da publicação da Lei 12.608/2012.
Os requisitos previstos no dispositivo devem ser analisados, mais uma vez, segundo a
“letra fria da lei”:
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III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura, sistema viário,
equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a
diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.608,
de 2012)
V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais
de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for
permitido; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio
histórico e cultural; e (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do
processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da
valorização imobiliária resultante da ação do poder público.
§ 1o O projeto específico de que trata o caput deste artigo deverá ser instituído por lei municipal e
atender às diretrizes do plano diretor, quando houver. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
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A alternativa B está falsa, uma vez que o artigo 41 estabelece diversas hipóteses em
que o Plano Diretor é obrigatório, inclusive para cidades com mais de vinte mil habitantes.
A alternativa C está falsa, uma vez que o parágrafo 2º, do artigo 40 estabelece a
necessidade de o plano diretor englobar o território do Município como um todo:
A alternativa D está falsa, uma vez que o parágrafo 3º, do artigo 40, estabelece a
necessidade de revisão do plano diretor a cada dez anos:
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
A alternativa E está falsa, uma vez que referida necessidade aplica-se a cidades com
mais de quinhentos mil habitantes, nos termos do parágrafo 2º, do artigo 40:
§ 2º No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de
transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
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(FCC - Proc Jud (Recife)/Pref Recife/2014) Com relação ao Plano Diretor, definido pelo
Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001) como um dos instrumentos de política
urbana, é correto afirmar que
a) o processo de elaboração do plano diretor não permite a participação da população
e tampouco de associações representativas de segmentos da comunidade.
b) o plano diretor é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.
c) o plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, mas não
deve, obrigatoriamente, englobar o território do Município como um todo.
d) a lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada cinco anos.
e) o plano diretor é dispensável para cidades integrantes de áreas de especial interesse
turístico.
Comentários
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
A alternativa A está falsa, uma vez que contraria o disposto no artigo 40, parágrafo
4º, do Estatuto das Cidades:
A alternativa C está falsa, uma vez que o parágrafo 2º, do artigo 40 estabelece a
necessidade de o plano diretor englobar o território do Município como um todo:
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A alternativa D está falsa, uma vez que o parágrafo 3º, do artigo 40, estabelece a
necessidade de revisão do plano diretor a cada dez anos:
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
A alternativa E está falsa, uma vez que o inciso IV, do artigo 41, do Estatuto das Cidades,
estabelece a obrigatoriedade do plano diretor para cidades:
II) Em plano diretor aprovado por lei, imperativo ao poder público e à coletividade,
delimitam-se as áreas urbanas onde se pretende incentivar a ocupação, com base nas
condições de infraestrutura e meio físico, nas necessidades de proteção ambiental e nas
características da ocupação existente.
Comentários
O Item I está falso, eis que o artigo 41 estabelece outras hipóteses em que o plano diretor é
obrigatório.
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(CESPE – MPOG – Analista – 2012) Com base no Estatuto da Cidade, que estabelece as
diretrizes gerais da política urbana, julgue o item subsequente.
O plano diretor dos municípios deve abranger as áreas onde podem ser erguidas novas
construções, não constando desse documento os locais já densamente edificados.
Comentários
Item Falso, eis que nos termos do parágrafo 2º, do artigo 40, o plano diretor deverá englobar
o território do Município como um todo.
O item I está Verdadeiro, eis que conforme o parágrafo 1º, do artigo 40.
O item II está Falso, eis que nos termos do parágrafo 2º, do artigo 40, o plano diretor deverá
englobar o território do Município como um todo.
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O item IV está falso, uma vez que, nos termos do artigo 41, o plano diretor não é obrigatório
apenas para municípios situados em regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas, em
áreas de interesse turístico ou em áreas sob influência de empreendimentos de grande
impacto ambiental. Há, ainda, as hipóteses dos incisos III e VI do artigo 41.
(CESPE – SUFRAMA – Engenheiro Civil – 2014) De acordo com o Estatuto da Cidade, lei
federal em que se estabelecem diretrizes gerais da política urbana nacional, é
obrigatória a elaboração de plano diretor a municípios com mais de vinte mil habitantes
Comentários
(CESPE – Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – 2014) Em municípios com áreas
extensas e pouco habitadas, o plano diretor pode restringir-se a apenas uma parte do
território.
Comentários
Item Falso, eis que nos termos do parágrafo 2º, do artigo 40, o plano diretor deverá englobar
o território do Município como um todo.
(CESPE – FUB – Arquiteto – 2015) O Plano Diretor, obrigatório para cidades com mais
de 20 mil habitantes, deve delimitar áreas urbanas que poderão ser edificadas e
estabelecer parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, como forma de
promover a diversidade de usos que possam contribuir para a geração de renda e
emprego.
Comentários
(CESPE – STF - Analista Judiciário – 2008) De acordo com a Lei n.º 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade - o plano diretor, o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana, é obrigatório para cidades com mais de 20 mil
habitantes, sendo necessária, a cada dez anos pelo menos, a revisão da lei que o institui.
Durante essa revisão, os Poderes Legislativo e Executivo municipais devem garantir a
promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
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Na verdade, a parte final do texto tornou o item incorreto (, já que, após as audiências, é
vetado o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos nesse
período).
Isto porque, nos termos do inciso III, do parágrafo 4º, do artigo 40, será garantido o acesso
de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
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O Estatuto das Cidades prevê, ainda, formas de a cidade ser gerida democraticamente
pela população. Para José dos Santos Carvalho Filho (2013, pg. 387):
Qualquer processo, para que se considere democrático, reclama a participação popular, mediante a
emissão de opiniões, a troca de ideias, os debates, a consulta, tudo, enfim, que permita ao autor da
atividade captar o pensamento das comunidades.
Com este desiderato, o artigo 43 previu os instrumentos que devem ser utilizados para
garantir a gestão democrática das cidades. São eles:
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes
instrumentos:
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Ainda neste tópico, a Lei prevê regulamentações tanto para a gestão orçamentária e
participativa quanto para organismos gestores de regiões metropolitanas.
Analisando cada um deles, temos o que se segue.
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Gestão Orçamentária
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso III
do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas
do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição
obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
III – planejamento municipal, em especial:
f) gestão orçamentária participativa;
De acordo com o artigo 45, é necessário que haja a inclusão obrigatória e significativa
de participação da população e de associações representativas dos vários seguimentos da
comunidade dentro dos organismos gestores das regiões metropolitanas.
Percebam que a lei exige que esta participação deve garantir o controle das atividades
pela população e o pleno exercício da cidadania:
Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão
obrigatória e significativa participação da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e o pleno exercício
da cidadania.
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a) CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
Vocês lembram que no artigo 5º, o Estatuto das Cidades estabelece que o proprietário
do imóvel não edificado, não utilizado ou subutilizado poderá ser notificado para proceder
ao parcelamento, edificação ou utilização compulsória?
Pois bem, o artigo 46 estabelece que o Poder Público Municipal poderá facultar ao
proprietário que este requeira a o estabelecimento de um consórcio imobiliário como forma
de viabilizar financeiramente o aproveitamento do imóvel.
Art. 46. O poder público municipal poderá facultar ao proprietário da área atingida pela obrigação de
que trata o caput do art. 5o desta Lei, ou objeto de regularização fundiária urbana para fins de
regularização fundiária, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização
financeira do aproveitamento do imóvel.
O particular, então, transfere ao Poder Público Municipal o seu imóvel para que este
promova as obras necessárias ao parcelamento, edificação ou utilização do bem. E, após a
realização destas, o particular recebe como pagamento parte das unidades imobiliárias
devidamente urbanizadas ou edificadas.
Ressalte-se que ao proprietário será entregue tantas unidades imobiliárias quanto o
valor do imóvel anteriormente à execução das obras, conforme parágrafos 1º e 2º:
Conforme lições de José dos Santos Carvalho Filho (2013, pgs. 406 e 407):
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O consórcio imobiliário urbanístico- não se pode esquecer – configura-se com instituto novo do direito
brasileiro e, por isso mesmo, todo o arcabouço de semelhante instrumento ainda deverá sofrer o
processo de maturação e aperfeiçoamento decorrente de sua natural evolução. Dúvidas e conflitos, por
certo, surgirão, mas é imperativo que se reconheça qual a ideia introduzida pelo legislador procura
harmonizar interesses normalmente conflitantes, como são os de proprietários e das Municipalidades.
A redação deste dispositivo fora recentemente alterada pela Lei 13.465/2017 que
acrescentou a ideia da regularização fundiária de núcleos informais aos consórcios
imobiliários.
Assim, o recém acrescentado parágrafo 3º, do artigo 46 estabelece que:
§ 3º A instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de
núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, não os eximirá das responsabilidades administrativa,
civil ou criminal (incluído pela lei nº 13.465, de 2017)
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O item II está Falso, eis que o valor das unidades corresponderá ao valor anteriormente à
execução das obras, nos termos do artigo 46, parágrafo 2º.
O Estatuto das Cidades regula, ainda, os contratos de concessão de direito real de uso
de imóveis públicos, em casos de programas e projetos habitacionais de interesse social
desenvolvidos pela Administração Pública.
Segundo o artigo 48:
Art. 48. Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos
ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, os contratos de concessão
de direito real de uso de imóveis públicos:
I – terão, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando o disposto no inciso
II do art. 134 do Código Civil;
II – constituirão título de aceitação obrigatória em garantia de contratos de financiamentos
habitacionais.
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c) ASPECTOS DE IMPROBIDADE
I – (VETADO)
II – deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado
aproveitamento do imóvel incorporado ao patrimônio público, conforme
o disposto no § 4o do art. 8o desta Lei;
Após adquirir a área através do direito de preferência, deverá, pois o Prefeito aplica-
la de acordo com as seguintes finalidades, sob pena de incorrer em ato de improbidade:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
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Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração
de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei.
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação
urbana consorciada, contendo, no mínimo:
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em
função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2o do art. 32 desta
Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.836, de 2013)
§ 1º Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo serão
aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada.
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III O Plano Diretor sempre deverá conter identificação e diretrizes para a preservação e
ocupação das áreas verdes municipais, quando for o caso, com vistas à redução da
impermeabilização das cidades.
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O item I está verdadeiro, uma vez que o artigo 52, inciso VI, do Estatuto das Cidades ,
expressamente estabelece tratar-se de ato de improbidade a elaboração do Plano Diretor
sem garantir a oitiva da população envolvida, com audiências públicas e debates.
O item II está falso, eis que inexiste previsão legal para tanto. Poderá existir cidades
com menos de vinte mil habitantes e que possuam os instrumentos de intervenção urbana
mencionados, quando, por exemplo, seja uma cidade com potencial turístico (artigo 41,
inciso IV, Estatuto das Cidades).
O item III está falso, eis que o artigo 42-A, inciso VI, estabelece que não será sempre
que o Plano Diretor deverá ter esta exigência, mas apenas quando for o caso:
VI - identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais, quando for o
caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades.
O item IV está verdadeiro, dada a interpretação do artigo 40, parágrafo 1º, do Estatuto
das Cidades:
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades
nele contidas.
Artigo 40. § 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
Art. 50. Os Municípios que estejam enquadrados na obrigação prevista nos incisos I e II do caput do art.
41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado na data de entrada em vigor desta Lei deverão
aprová-lo até 30 de junho de 2008. (Redação dada pela Lei nº 11.673, 2008) Vigência
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d) DEMAIS DISPOSIÇÕES
Art. 47. Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos urbanos,
serão diferenciados em função do interesse social.
Art. 49. Os Estados e Municípios terão o prazo de noventa dias, a partir da entrada em vigor desta Lei,
para fixar prazos, por lei, para a expedição de diretrizes de empreendimentos urbanísticos, aprovação
de projetos de parcelamento e de edificação, realização de vistorias e expedição de termo de verificação
e conclusão de obras.
Parágrafo único. Não sendo cumprida a determinação do caput, fica estabelecido o prazo de sessenta
dias para a realização de cada um dos referidos atos administrativos, que valerá até que os Estados e
Municípios disponham em lei de forma diversa.
Art. 50. Os Municípios que estejam enquadrados na obrigação prevista nos incisos I e II do caput do art.
41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado na data de entrada em vigor desta Lei deverão
aprová-lo até 30 de junho de 2008.
Art. 51. Para os efeitos desta Lei, aplicam-se ao Distrito Federal e ao Governador do Distrito Federal as
disposições relativas, respectivamente, a Município e a Prefeito.
Finalizando
Os demais artigos dizem com alterações de outras normas, com destaque para a
alteração da Lei da Ação Civil Pública, alterada para incluir expressamente a possibilidade de
medida cautelar para se evitar danos à ordem urbanística.
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2 - BIBLIOGRAFIA
DA SILVA, José Afonso. DIREITO URBANÍSTICO BRASILEIRO. 7ª Edição. São Paulo: Malheiros
Editores, 2015.
GRAU, Eros Roberto. DIREITO URBANO: regiões metropolitana, solo criado, zoneamento e
controle ambiental. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 1983.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. COMENTÁRIOS AO ESTATUTO DA CIDADE. 5ª edição. São
Paulo: Atlas, 2013.
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3 - RESUMO DA AULA
2. Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para
implementação da referida obrigação.
5. Aprovados os projetos, terá o particular o prazo de dois anos para iniciar as obras do
empreendimento, contados da data da aprovação dos projetos.
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10. De acordo com o parágrafo 4º, do artigo 8º, do Estatuto das Cidades, o Município tem
o prazo máximo de cinco anos – contado a partir da incorporação do imóvel ao
patrimônio público para proceder ao seu adequado aproveitamento.
11. Tal aproveitamento poderá ser feito pelo Município diretamente por si ou através de
alienação ou concessão a terceiros, observando-se, naturalmente, o devido
procedimento licitatório.
13. O artigo 183, da Constituição Federal institui uma espécie de usucapião de imóvel
urbano, denominado pela doutrina de usucapião pró-moradia, em favor de quem
possuir como sua por cinco anos ininterruptos e sem oposição, área de até 250m².
Todavia, o possuidor não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural e deve
utilizar o referido bem para sua moradia ou de sua família.
14. Tal direito não será reconhecido mais de uma vez ao mesmo possuidor e,
naturalmente, não se aplica aos imóveis públicos. Trata-se de forma de aquisição
originária de propriedade.
15. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja
área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta
metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente,
desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
16. O direito de superfície está previsto nos artigos 21 a 24 do Estatuto das Cidades. Para
José dos Santos Carvalho Filho, a natureza jurídica deste direito é de direito real (2013,
pg. 198) consistente no direito que recebe um terceiro de utilizar o solo, o subsolo ou
o espaço aéreo relativo ao terreno.
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20. Será extinto também o direito de superfície, mesmo antes do termo final do contrato,
se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual fora
concedida.
21. O direito de preempção, preferência ou prelação diz com o direito garantido a alguém
para a preferência na aquisição de um bem. O Estatuto das Cidades estabelece o
direito de preferência do Município para aquisição de imóveis como instrumento de
política urbana.
22. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município,
no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
26. O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de
aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e
o aumento de densidade esperado em cada área.
28. Lei municipal específica que será editada com base no plano diretor poderá delimitar
área para aplicação de operações urbanas consorciadas.
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31. O Estatuto das Cidades previu em seus artigos 36 a38 estudo prévio de impacto de
vizinhança como condição para a concessão de licenças ou autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento de determinados empreendimentos.
32. De acordo com a Constituição Federal o Plano Diretor é uma lei a ser aprovada pela
Câmara Municipal obrigatória para cidades com mais de vinte mil habitantes. Trata-se
de instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
34. O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário que este requeira a o
estabelecimento de um consórcio imobiliário como forma de viabilizar
financeiramente o aproveitamento do imóvel.
35. O Estatuto das Cidades regula, ainda, os contratos de concessão de direito real de uso
de imóveis públicos, em casos de programas e projetos habitacionais de interesse
social desenvolvidos pela Administração Pública.
36. Desapropriado o imóvel para fins urbanísticos, será considerado ato de improbidade
se o Prefeito não proceder no prazo de cinco anos o adequado aproveitamento do
imóvel.
37. Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos
urbanos, serão diferenciados em função do interesse social.
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4 – QUESTÕES OBJETIVAS
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Certo Errado
a) os proprietários dos prédios vizinhos ao imóvel tombado que tiverem seu direito de
construir afetado poderão se beneficiar do instituto da transferência do direito de
construir, desde que haja lei municipal autorizativa.
b) caberá indenização a Luís em razão da desvalorização econômica do imóvel
decorrente de eventual tombamento, independentemente da comprovação de
prejuízos sofridos.
c) se houver lei municipal que autorize a transferência do direito de construir para
imóvel em outro local, Luís poderá alienar esse direito a terceiros.
d) Luís poderá utilizar-se do direito de construir até o tombamento definitivo do imóvel.
e) caso o imóvel venha a ser tombado, Luís não poderá gravá-lo com hipoteca sem
prévia autorização do município.
(Questão 05: CESPE - Proc Mun (Salvador)/Pref Salvador/2015) Com relação ao regime
constitucional de uso e ocupação do solo, assinale a opção correta.
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(Questão 07: VUNESP - Proc Mun (SP)/Pref SP/2014) As diretrizes gerais da política
urbana são, nos termos do Estatuto da Cidade (Lei n.º 10.257/01), dentre outras:
(Questão 08: VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) É instrumento previsto
na Lei n.º 10.257/01, Estatuto da Cidade, o seguinte, dentre outros:
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(Questão 09: FCC - Proc (São Luís)/Pref SL/2016) O Plano Diretor Municipal:
(Questão 10: FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A propriedade urbana cumpre sua
função social quando atende
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I. Além das cidades com mais de 20 mil habitantes, o plano diretor também é
obrigatório no caso de Municípios que integrem áreas de especial interesse turístico.
a) I, II e III.
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b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.
e) I e II, apenas.
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(Questão 16: CS UFG - Proc Mun (Pref Gyn)/Pref GYN/2015) O Estatuto da Cidade, Lei
nº 10.257/2001, dentre seus regramentos, disciplina os instrumentos de política
urbana. Nesse contexto,
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c) O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais
de trinta mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.
d) Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
e) Em caso de subutilização ou não utilização do solo urbano, o Município procederá à
aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de três anos consecutivos.
(Questão 18: FAUEL - Adv (SJ dos Pinhais)/Pref SJ dos Pinhais/2018) Assinale a
alternativa INCORRETA, acerca da intervenção do Estado na propriedade privada.
a) Conforme disposição do Estatuto da Cidade, decorridos cinco anos de cobrança do
IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento,
edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com
pagamento em títulos da dívida pública.
b) Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
c) Não só a pequena, mas também a média propriedade rural, assim definidas em lei,
são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária, desde que seu
proprietário não possua outra.
d) As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma
da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º da Constituição
Federal.
e) O Estatuto da Cidade prevê o direito de preempção, por meio do qual o Poder
Público pode exercer preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação
onerosa entre particulares, desde que referidos bens estejam em áreas de interesse do
Município, delimitadas por meio de decreto.
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(Questão 20: FCC - Proc (PGE TO)/PGE TO/2018) O proprietário de um imóvel onde foi
edificado um galpão comercial de grandes dimensões precisa otimizar as receitas
decorrentes da exploração desse bem. Uma das alternativas que lhe foram
apresentadas foi a construção de um espaço para a realização de feiras e eventos,
atraindo, assim, mais interessados em utilizar também o galpão comercial.
Considerando que não há área livre de terreno suficiente para a edificação do espaço
pretendido, o proprietário
a) poderá edificar a construção no espaço aéreo do galpão comercial, desde que
tecnicamente possível e que seja o responsável direto pela exploração, vedada a cessão
a terceiros.
b) poderá conceder onerosamente o direito de superfície de seu imóvel, sendo
permitido ao superficiário construir e explorar o espaço de eventos no espaço aéreo do
galpão, revertendo ao dono do terreno as acessões e benfeitorias ao fim do contrato.
c) deverá providenciar projeto de reforma do galpão comercial, para fins de ampliar a
dimensão de área construída e então viabilizar a destinação das acessões para o
segmento de feiras e eventos.
d) deverá outorgar a terceiros o direito de construir em seu terreno, de forma que não
seja responsável pelos investimentos necessários para implantação do projeto,
remanescendo com o direito de retomar o domínio pleno do imóvel quando da extinção
do contrato.
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(Questão 21: FAUEL - Adv (SJ dos Pinhais)/Pref SJ dos Pinhais/2018) O estatuto da
cidade (Lei 10.257/2001) regulamenta a Constituição Federal no que diz respeito à
política urbana. Em relação às disposições da lei, analise as alternativas a seguir e
assinale aquela que indica corretamente um instrumento da política urbana que faça
parte do planejamento municipal.
a) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social.
b) Legislar sobre normas gerais de direito urbanístico.
c) Legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
d) Disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo.
e) Instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais
de uso público.
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Caso tenha interesse em criar centro de saúde em imóvel urbano objeto de venda a
título oneroso entre particulares, o município poderá exercer o direito de preempção.
Certo
Errado
(Questão 25: VUNESP - Pro Jur (P Ferreira)/Pref P Ferreira/2017) Acerca do que dispõe
a Lei nº 10.257/01, é correto afirmar que
a) o direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
b) a concessão do direito de superfície deverá ser invariavelmente onerosa.
c) na pendência da ação de usucapião especial urbana, tramitam conjuntamente
quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas
relativamente ao imóvel usucapiendo.
d) decorridos dez anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá
proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em dinheiro.
e) compete aos Municípios, entre outras atribuições de interesse da política urbana,
legislar sobre normas gerais de direito urbanístico.
(Questão 26: CESPE - Proc Mun (BH)/Pref BH/2017) Determinado município, para
executar seu planejamento urbanístico, com a valorização de espaços históricos e a
otimização de meios de transporte coletivo, desapropriou imóveis que vinham sendo
usados de forma incompatível com a previsão do plano diretor.
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Nessa situação,
a) os cálculos dos valores das indenizações pelas desapropriações devem ser
regulamentados pelo Estatuto da Cidade.
b) promovida a readequação do uso, não poderá haver alienação dos bens
desapropriados a outros particulares.
c) o município utilizou um instituto jurídico de política urbana, com repercussão sobre
o caráter perpétuo do direito de propriedade.
d) as desapropriações fundamentaram-se exclusivamente no requisito do interesse
social.
(Questão 28: VUNESP - Proc (Pref SJC)/Pref SJC/2017) Quanto ao direito urbanístico,
assinale a alternativa correta.
a) A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada vinte anos.
b) O plano diretor é obrigatório para todas as cidades.
c) O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento regional e
municipal.
d) Não é possível aos municípios ampliar o seu perí- metro urbano após a edição da Lei
n° 10.257/2001 (Estatuto da Cidade).
e) O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
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4.2 – GABARITOS
1 ERRADO 15 B
2 ERRADO 16 B
3 CERTO 17 D
4 C 18 E
5 C 19 B
6 C 20 B
7 B 21 D
8 C 22 A
9 C 23 CERTO
10 E 24 ERRADO
11 D 25 A
12 B 26 C
13 E 27 A
14 DB 28 E
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4.1 - COMENTÁRIOS
Art. 37.O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento
ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo
a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
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Certo Errado
Comentários
Gabarito: Errado
Súmula 69 – STJ: Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada
imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.
Súmula 164 – STJ: No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a
antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência.
Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública
e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado
em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros
compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a
contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos.
§ 2º Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e
de eficiência na exploração iguais a zero.
Certo Errado
Comentários
Gabarito: Certo
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“Os municípios com mais de vinte mil habitantes e o Distrito Federal podem legislar sobre programas
e projetos específicos de ordenamento do espaço urbano por meio de leis que sejam compatíveis com
as diretrizes fixadas no plano diretor”.
A questão está em conformidade com o art.182, §4º da CF, que exige lei específica baseada
no plano diretor.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem - estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
a) os proprietários dos prédios vizinhos ao imóvel tombado que tiverem seu direito de
construir afetado poderão se beneficiar do instituto da transferência do direito de
construir, desde que haja lei municipal autorizativa.
b) caberá indenização a Luís em razão da desvalorização econômica do imóvel
decorrente de eventual tombamento, independentemente da comprovação de
prejuízos sofridos.
c) se houver lei municipal que autorize a transferência do direito de construir para
imóvel em outro local, Luís poderá alienar esse direito a terceiros.
d) Luís poderá utilizar-se do direito de construir até o tombamento definitivo do imóvel.
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e) caso o imóvel venha a ser tombado, Luís não poderá gravá-lo com hipoteca sem
prévia autorização do município.
Comentários
Gabarito: C
Conforme art.35 da Lei 10.257/01, Luíz poderá alienar esse direito.
Art. 35.Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano,
privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de
construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido
imóvel for considerado necessário para fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social
ou cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda e habitação de interesse social.
(Questão 05: CESPE - Proc Mun (Salvador)/Pref Salvador/2015) Com relação ao regime
constitucional de uso e ocupação do solo, assinale a opção correta.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
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Letras A e B. Conforme art.182, §1º da CF, o plano diretor é obrigatório para cidades com
mais de 20 mil habitantes.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem - estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Letra D. Conforme art.183, §3º da CF, os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
Art. 182, § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
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Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
§ 2º O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o,
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Letra A: Será, em verdade, para reserva fundiária, conforme art. 26, inciso III da lei:
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
III - constituição de reserva fundiária;
Letra B: O erro é que não será lei estadual, mas sim municipal, conforme art. 25, §1º:
§ 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção
e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do
prazo inicial de vigência.
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo
máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
(Questão 07: VUNESP - Proc Mun (SP)/Pref SP/2014) As diretrizes gerais da política
urbana são, nos termos do Estatuto da Cidade (Lei n.º 10.257/01), dentre outras:
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III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo
de urbanização, em atendimento ao interesse social;
Letra A: Não é direito a terra rural, mas sim urbana (inciso I).
Letra C: Além do termo exato do inciso VI, alínea ‘b’ não ser “inoportuno”, observa-se
também que o inciso indica evitar, que não é a mesma coisa de minimizar:
Letra E: Além do termo não ser exatamente “hipossuficiente”, as normas deverão ser
especiais:
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XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante
o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação,
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
(Questão 08: VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) É instrumento previsto
na Lei n.º 10.257/01, Estatuto da Cidade, o seguinte, dentre outros:
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Letra B: De acordo com a lei, o estudo prévio de impacto ambiental não tem por finalidade
servir de base para a regularização fundiária.
(Questão 09: FCC - Proc (São Luís)/Pref SL/2016) O Plano Diretor Municipal:
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
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Letra B: Não há impedimento de elaboração para aqueles que tenham menos que isso.
Letra D: Deverá ser aprovado pela Câmara Municipal, conforme art. 182, §1º da CF:
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Letra E: Não é uma faculdade, mas sim uma obrigação, conforme art. 40, §4º, inciso I do
Estatuto da Cidade:
(Questão 10: FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A propriedade urbana cumpre sua
função social quando atende
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas,
respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
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Destaca-se o ponto da letra D, que serviria para o caso da função social em relação à
propriedade rural (um dos requisitos).
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Interessante o restante da afirmação: a lei realmente não traz previsão de aplicação de multa.
Logo “não autoriza a sua cobrança”.
§ 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção
e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do
prazo inicial de vigência.
§ 6º Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de
cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
I. Além das cidades com mais de 20 mil habitantes, o plano diretor também é
obrigatório no caso de Municípios que integrem áreas de especial interesse turístico.
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a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.
e) I e II, apenas.
Comentários
Gabarito: B
I: VERDADEIRA -> A regra dos 20 mil habitantes consta no art. 182, §1º da CF. Já a outra
hipótese está disposta no art. 41, inciso IV do Estatuto da Cidade:
Art. 52. Sem prejuízo da punição de outros agentes públicos envolvidos e da aplicação de outras sanções
cabíveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei no 8.429, de 2 de junho
de 1992, quando:
IV – aplicar os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso
em desacordo com o previsto no art. 31 desta Lei;
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração
de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei.
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária;
III: FALSA -> A lei (Estatuto da Cidade) determina que é obrigatória, sem trazer casos
específicos:
Art. 12.
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Art. 36.Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana
que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças
ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
Art. 37.O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento
ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo
a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação;
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Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos
vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas
e projetos de desenvolvimento urbano;
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
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I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para as presentes e futuras gerações; (Letra C)
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante
o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação,
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; (Letra E)
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com
vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais; (Letra
B)
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e
atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social. (Letras A e B)
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I: VERDADEIRO ->
Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido
a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto
ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação
urbana consorciada, contendo, no mínimo:
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em
função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2o do art. 32 desta Lei;
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
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(Questão 16: CS UFG - Proc Mun (Pref Gyn)/Pref GYN/2015) O Estatuto da Cidade, Lei
nº 10.257/2001, dentre seus regramentos, disciplina os instrumentos de política
urbana. Nesse contexto,
Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para aplicação de
operações consorciadas.
§ 1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo
Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas
estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.
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CF:
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes
instrumentos:
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
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III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Letra B:
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas,
respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
Letra C: É obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, conforme art. 182, §1º
da CF.
Art. 7º Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o
desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município
procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
(Questão 18: FAUEL - Adv (SJ dos Pinhais)/Pref SJ dos Pinhais/2018) Assinale a
alternativa INCORRETA, acerca da intervenção do Estado na propriedade privada.
a) Conforme disposição do Estatuto da Cidade, decorridos cinco anos de cobrança do
IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento,
edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com
pagamento em títulos da dívida pública.
b) Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
c) Não só a pequena, mas também a média propriedade rural, assim definidas em lei,
são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária, desde que seu
proprietário não possua outra.
d) As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma
da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação
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Conforme art.25, §1º do Estatuto das Cidades, as áreas de interesse dos Municípios, serão
delimitadas mediante Lei Municipal.
Art. 25.O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel
urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
§ 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de
preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o
decurso do prazo inicial de vigência.
Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido
a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
Letra B Conforme art.184 da CF, a desapropriação para fins da reforma agrária tem como
indenização títulos da dívida agrária.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a
partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
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Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito
dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
Assim, o Estatuto das Cidades previu em seus artigos 36 a 38 estudo prévio de impacto de
vizinhança como condição para a concessão de licenças ou autorizações de construção,
ampliação ou funcionamento de determinados empreendimentos. Tais empreendimentos,
segundo o artigo 36 serão definidos conforme lei municipal:
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana
que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças
ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
O estudo prévio de impacto de vizinhança para José dos Santos Carvalho Filho
(COMENTÁRIOS AO ESTATUTO DA CIDADE. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2013, pg. 309):
é, antes de mais nada, um instrumento de política urbana. Seu objetivo busca conciliar interesses
geralmente conflitantes, que são, de um lado, o interesse na realização de construções e, de outro, o
interesse daqueles que , por sua proximidade, são suscetíveis de sofrer efeitos daquelas.
Assim, devemos ter em mente que a elaboração do EIV não substitui a elaboração e a
aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação
ambiental. Esta a previsão expressa do artigo 38:
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto
ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
(Questão 20: FCC - Proc (PGE TO)/PGE TO/2018) O proprietário de um imóvel onde foi
edificado um galpão comercial de grandes dimensões precisa otimizar as receitas
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decorrentes da exploração desse bem. Uma das alternativas que lhe foram
apresentadas foi a construção de um espaço para a realização de feiras e eventos,
atraindo, assim, mais interessados em utilizar também o galpão comercial.
Considerando que não há área livre de terreno suficiente para a edificação do espaço
pretendido, o proprietário
a) poderá edificar a construção no espaço aéreo do galpão comercial, desde que
tecnicamente possível e que seja o responsável direto pela exploração, vedada a cessão
a terceiros.
b) poderá conceder onerosamente o direito de superfície de seu imóvel, sendo
permitido ao superficiário construir e explorar o espaço de eventos no espaço aéreo do
galpão, revertendo ao dono do terreno as acessões e benfeitorias ao fim do contrato.
c) deverá providenciar projeto de reforma do galpão comercial, para fins de ampliar a
dimensão de área construída e então viabilizar a destinação das acessões para o
segmento de feiras e eventos.
d) deverá outorgar a terceiros o direito de construir em seu terreno, de forma que não
seja responsável pelos investimentos necessários para implantação do projeto,
remanescendo com o direito de retomar o domínio pleno do imóvel quando da extinção
do contrato.
e) poderá transferir o direito de construir de seu terreno para que o adquirente o
exerça em outro imóvel, considerando a impossibilidade de aproveitamento do imóvel
para a finalidade pretendida.
Comentários
Gabarito, letra B.
A abrangência do espaço aéreo do terreno está disposta no art. 21, §1º do Estatuto da Cidade:
Art. 21 (...)
§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao
terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno,
por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro
de Imóveis.
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Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno,
construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o
contrário.
(Questão 21: FAUEL - Adv (SJ dos Pinhais)/Pref SJ dos Pinhais/2018) O estatuto da
cidade (Lei 10.257/2001) regulamenta a Constituição Federal no que diz respeito à
política urbana. Em relação às disposições da lei, analise as alternativas a seguir e
assinale aquela que indica corretamente um instrumento da política urbana que faça
parte do planejamento municipal.
a) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social.
b) Legislar sobre normas gerais de direito urbanístico.
c) Legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
d) Disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo.
e) Instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais
de uso público.
Comentários
Gabarito, letra D.
Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municípios incluídos no cadastro
nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto,
inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos deverá conter: (Incluído
pela Lei nº 12.608, de 2012)
I - parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e
a contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
II - mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto,
inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos; (Incluído pela Lei nº 12.608,
de 2012)
III - planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de população de áreas de risco de
desastre; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
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O direito de preempção, preferência ou prelação diz com o direito garantido a alguém para
a preferência na aquisição de um bem. O Estatuto das Cidades estabelece o direito de
preferência do Município para aquisição de imóveis como instrumento de política urbana.
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
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Mas atenção!
Este direito de preferência não é dado ao Município de forma genérica e cega para todo e
qualquer imóvel na circunscrição da cidade. Em verdade, é necessária a edição de lei
municipal, baseada no plano diretor, que irá delimitar as áreas onde incidirão o direito de
preferência.
Além disso, referida lei deverá delimitar o prazo de vigência do direito, nunca superior a cinco
anos. Acaso passados estes cinco anos e o Município não tenha exercido o seu direito de
preferência, poderá após o decurso de prazo de um ano, renovar a norma estabelecendo
novo prazo de até cinco anos.
Artigo 25
§ 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção
e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do
prazo inicial de vigência.
§ 2º O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o,
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Além disso, a lei municipal deverá enquadrar cada área em que deseja o Município
estabelecer o direito de preferência em uma ou mais das finalidades constantes no artigo 26
(conforme parágrafo único deste dispositivo).
A letra B está falsa, em razão do disposto no artigo 23, do Estatuto das Cidades que prevê
outra hipótese de extinção do direito de superfície: o descumprimento das obrigações
contratuais assumidas pelo superficiário.
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A letra C está falsa, em razão da disposição do parágrafo 2º, do artigo 21, do Estatuto das
Cidades:
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo
beneficiário.
Por fim, a letra E está falsa, uma vez que o Estatuto das Cidades estabelece a necessidade de
o Município instituir IPTU progressivo no tempo, antes da providência de desapropriação,
conforme artigo 7º:
Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o
desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município
procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
Caso tenha interesse em criar centro de saúde em imóvel urbano objeto de venda a
título oneroso entre particulares, o município poderá exercer o direito de preempção.
Certo
Errado
Comentários
Gabarito, CERTO.
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Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:
§ 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e
similares.
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Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
III – uso e ocupação do solo;
(Questão 25: VUNESP - Pro Jur (P Ferreira)/Pref P Ferreira/2017) Acerca do que dispõe
a Lei nº 10.257/01, é correto afirmar que
a) o direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
b) a concessão do direito de superfície deverá ser invariavelmente onerosa.
c) na pendência da ação de usucapião especial urbana, tramitam conjuntamente
quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas
relativamente ao imóvel usucapiendo.
d) decorridos dez anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá
proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em dinheiro.
e) compete aos Municípios, entre outras atribuições de interesse da política urbana,
legislar sobre normas gerais de direito urbanístico.
Comentários
Gabarito, letra A.
O direito de preempção, preferência ou prelação diz com o direito garantido a alguém para
a preferência na aquisição de um bem. O Estatuto das Cidades estabelece o direito de
preferência do Município para aquisição de imóveis como instrumento de política urbana.
De acordo com o artigo 25:
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
Mas atenção!
Este direito de preferência não é dado ao Município de forma genérica e cega para todo e
qualquer imóvel na circunscrição da cidade. Em verdade, é necessária a edição de lei
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municipal, baseada no plano diretor, que irá delimitar as áreas onde incidirão o direito de
preferência.
Além disso, referida lei deverá delimitar o prazo de vigência do direito, nunca superior a cinco
anos. Acaso passados estes cinco anos e o Município não tenha exercido o seu direito de
preferência, poderá após o decurso de prazo de um ano, renovar a norma estabelecendo
novo prazo de até cinco anos.
Este direito fica assegurado independentemente da quantidade de alienações que o imóvel
tiver no período estabelecido em lei.
§ 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção
e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do
prazo inicial de vigência.
§ 2º O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o,
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Além disso, a lei municipal deverá enquadrar cada área em que deseja o Município
estabelecer o direito de preferência em uma ou mais das finalidades constantes no artigo 26
(conforme parágrafo único deste dispositivo).
A letra B está falsa, em razão da disposição do parágrafo 2º, do artigo 21, do Estatuto das
Cidades:
A letra C está falsa, uma vez que o Estatuto das Cidades estabelece o sobrestamento de todas
as ações e não a conexão das demandas relativas ao imóvel:
Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras
ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo.
A letra D está falsa, uma vez que não existe o pagamento em dinheiro na desapropriação
extraordinária prevista no Estatuto das Cidades, mas sim com títulos da dívida pública.
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Além disso, ultrapassados 5 (cinco) e não 10 (dez) anos da cobrança do IPTU progressivo no
tempo, poderá ser manejada a ação de desapropriação, conforme artigo 8º do diploma
legal:
Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido
a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
A letra E está falsa, uma vez que as normas de direito urbanístico são aquelas relativas às
ordenações dos espaços habitáveis e podem ser divididas em normas gerais e normas
suplementares de direito urbanístico. Assim, à União compete editar normas gerais de
urbanismo e estabelecer o plano urbanístico nacional e planos urbanísticos macrorregionais.
Assim estabelece a Constituição Federal:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
(Questão 26: CESPE - Proc Mun (BH)/Pref BH/2017) Determinado município, para
executar seu planejamento urbanístico, com a valorização de espaços históricos e a
otimização de meios de transporte coletivo, desapropriou imóveis que vinham sendo
usados de forma incompatível com a previsão do plano diretor.
Nessa situação,
a) os cálculos dos valores das indenizações pelas desapropriações devem ser
regulamentados pelo Estatuto da Cidade.
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Esta questão exigiu basicamente a "letra fria" da lei do Estatuto das Cidades.
A alternativa C está correta, pois, é exatamente o previsto no art.4º,V,”a” do Estatuto das
Cidades, vejamos:
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação
A alternativa A está incorreta, pois, no Estatuto das Cidades não há essa previsão legal. O que
está previsto é a desapropriação com pagamento em títulos.
A alternativa B está incorreta, pois, poderá sim, haver alienação dos bens desapropriados a
outros particulares, observando sempre, o procedimento licitatório, conforme art.8º,§5º do
Estatuto das Cidades, vejamos:
Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido
a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
§ 5º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de
alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.
A alternativa D está incorreta, pois, há a desapropriação por utilidade pública, não só por
interesse social, vejamos o art. 5º,”j” e “k” do Decreto-Lei nº3365/41 que dispõe exatamente
o inverso desta assertiva, vejamos:
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Art. 52. Sem prejuízo da punição de outros agentes públicos envolvidos e da aplicação de outras sanções
cabíveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei no 8.429, de 2 de junho
de 1992, quando:
I – (VETADO)
II – deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado aproveitamento do imóvel incorporado ao
patrimônio público, conforme o disposto no § 4o do art. 8o desta Lei;
III – utilizar áreas obtidas por meio do direito de preempção em desacordo com o disposto no art. 26
desta Lei;
IV – aplicar os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso
em desacordo com o previsto no art. 31 desta Lei;
V – aplicar os recursos auferidos com operações consorciadas em desacordo com o previsto no § 1o do
art. 33 desta Lei;
VI – impedir ou deixar de garantir os requisitos contidos nos incisos I a III do § 4o do art. 40 desta Lei;
VII – deixar de tomar as providências necessárias para garantir a observância do disposto no § 3o do
art. 40 e no art. 50 desta Lei;
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VIII – adquirir imóvel objeto de direito de preempção, nos termos dos arts. 25 a 27 desta Lei, pelo valor
da proposta apresentada, se este for, comprovadamente, superior ao de mercado.
Letra B: Tais disposições constam nos art. 39 a 42 (CAPÍTULO III - DO PLANO DIRETOR)
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes
instrumentos:
II – debates, audiências e consultas públicas;
(Questão 28: VUNESP - Proc (Pref SJC)/Pref SJC/2017) Quanto ao direito urbanístico,
assinale a alternativa correta.
a) A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada vinte anos.
b) O plano diretor é obrigatório para todas as cidades.
c) O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento regional e
municipal.
d) Não é possível aos municípios ampliar o seu perí- metro urbano após a edição da Lei
n° 10.257/2001 (Estatuto da Cidade).
e) O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
Comentários
Gabarito, letra E.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
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Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
§ 3º A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1º O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades
nele contidas.
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Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de publicação
desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no mínimo: (Incluído pela Lei nº 12.608, de
2012)
I - demarcação do novo perímetro urbano; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle especial em
função de ameaça de desastres naturais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura, sistema viário,
equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a
diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.608, de
2012)
V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais
de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for permitido;
(Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio histórico
e cultural; e (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do
processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da
valorização imobiliária resultante da ação do poder público.
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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
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