Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LESÕES ESPORTIVAS
As lesões fazem parte do dia a dia dos atletas e têm diversas causas, desde uma
queda, até o desgaste crônico de um tecido corporal. Dentre as principais lesões,
pode-se citar:
1. Cãibras
Trata-se de um espasmo muscular doloroso devido a um desequilíbrio
hidroeletrolítico ou acúmulo de ácido láctico na musculatura acometida, geralmente
devido a prática exaustiva de um exercício.
2. Distensão muscular
É uma lesão que acomete um músculo e seu respectivo tendão. Pode variar desde
um estiramento (pequena ruptura de fibras musculares), até um rompimento
completo da junção músculo-tendão. Geralmente origina devido a um esforço
extremo.
3. Tendinite
Trata-se de uma lesão inflamatória em um tendão, geralmente devido a um esforço
repetido ou recorrente. Atletas das modalidades de golf, tênis, basquete, futebol,
ginástica e maratonistas são mais susceptíveis à tendinite.
4. Contusão
A contusão é uma lesão devido a um trauma, podendo ser superficial ou profundo,
dependendo da energia do impacto. A maioria das contusões não são graves e
respondem bem ao repouso, gelo, compressa e elevação do membro.
5. Fraturas por stress
Trata-se de pequenas fissuras no osso, geralmente devido a uma carga exagerada
sobre ele. Não há ruptura do tecido cortical ósseo, neste tipo de fratura.
6. Bursite
É a inflamação da bolsa sinovial, presente em alguns tipos de articulações, que
facilita o deslizamento de um osso sobre outro.
7. Entorse e ruptura de ligamento
A entorse compreende uma excessiva distensão de um ligamento, sendo a lesão
mais comum em atletas, especialmente no tornozelo (tibiotársica) e no joelho
(ligamento cruzado).
8. Luxações e redução articular
Ocorre uma luxação quando um osso sai de sua respectiva articulação, sendo
passível de retorno (redução articular) sem demais complicações.
9. Lombalgia
É um tipo de dor localizada na região lombar, sendo proveniente de má-postura,
esforço exagerado, trauma, degeneração articular, hérnia discal, tumorações etc.
10. Traumatismo craniano
Trata-se de um trauma crânio-encefálico, podendo ser leve, moderado ou grave, de
acordo com a escala de coma de Glasgow e sintomas apresentados pelo paciente.
É comum em desportos que envolvem contato direto com o oponente, como boxe,
artes marciais, futebol, hóquei etc. Pode apresentar sequelas ou não, dependendo
da intensidade do trauma e do tratamento adequado.
NUTROTERAPIA ADEQUADA
A nutrição adequada visa balancear o desgaste nutricional e alterações fisiológicas
provocadas pelo exercício físico intenso. Envolve dois grupos distintos: os atletas de
elite e os praticantes de atividade física. Muitos atletas limitam sua ingestão
alimentar a fim de evitar o ganho de peso e para se adequarem ao padrão corporal
idealizado pelo desporto, e com isso acabam limitando a ingesta de nutrientes
necessários para melhorar sua performance esportiva.
Além disso, uma nutrição adequada é essencial para a recuperação tecidual de
atletas lesionados, que muitas vezes limitam sua alimentação para não ganharem
peso durante o processo de recuperação. A suplementação com vitaminas e
minerais também é primordial nesse caso.
A lesão tecidual compreende 3 fases: fase inflamatória (1 a 4 dias, caracterizada por
dor, edema e sinais flogísticos); fase proliferativa (4 a 21 dias, caracterizada pelo
surgimento de nova vasculatura para a região lesada e início da proliferação
tecidual); e fase remodeladora (21 dias a 2 anos, caracterizada pela substituição do
tecido lesado por tecido conjuntivo, especialmente fibras de colágeno tipo 1,
compreendendo 80% da força do tecido original).
RECURSOS ERGOGÊNICOS
Trata-se de substâncias ou artifícios utilizados para aumentar a performance
esportiva ou recuperação pós treino. Podem ser: mecânicos (roupas ou
equipamentos especiais para otimizar a performance); psicológicos (estratégias para
estimular ou acalmar o atleta); farmacológicos (hormônios ou esteroides
anabolizantes); fisiológicos (adaptações fisiológicas para melhorar o desempenho do
atleta) ou nutricionais (carboidratos, suplementos, cafeína, BCAA etc.).
NUTRICIONAIS
Os ergogênicos nutricionais atuam principalmente na oferta de energia e substrato
para o músculo, com o objetivo de hipertrofia muscular ou potencializar a fase de
recuperação.
Os nutrientes são divididos em 6 grupos: carboidratos, gorduras, proteínas,
vitaminas, minerais e água. São considerados suplementos as vitaminas e/ou
minerais vendidos separados ou combinados entre si, até a proporção de 100% da
IDR. Se a concentração ultrapassar essa porcentagem, é considerado medicamento
e só pode ser comercializado sob prescrição médica.
Produtos como a albumina, BCAA, whey protein etc; são considerados “alimentos
para praticantes de atividade física” e são classificados em: repositores
hidroeletrolíticos (carboidratos e/ou minerais), repositores energéticos (>90%
carboidratos), alimentos proteicos (>51% de proteínas), alimentos compensadores
[<90% carboidratos, >65% proteínas de alto valor biológico, gorduras em igual
proporção (1/3 saturada, 1/3 monoinsaturada e 1/3 polinsaturada) e opcionalmente
podem conter vitaminas e minerais abaixo de 100% do IDR], e aminoácidos de
cadeia ramificada (BCAA).
FARMACOLÓGICOS
Nesta categoria se enquadram principalmente os esteroides anabólicos e o
hormônio do crescimento (GH).
Os esteroides anabólicos tem modo de ação semelhante à testosterona,
aumentando o crescimento muscular, mas com os efeitos androgênicos
minimizados. Eles promovem o aumento da força muscular, diminuição da gordura e
formação de novas fibras musculares. Dentre os efeitos colaterais promovidos por
essas drogas, têm-se o aumento da agressividade, atrofia testicular, infertilidade,
calvície, acne, elevação da pressão arterial e dos lipídeos, além de hipertrofia do
ventrículo esquerdo.
O hormônio do crescimento (GH) é produzido pela hipófise e possui uma potente
ação anabolizante tecidual. Ele estimula o crescimento ósseo, acelera a lipólise e
diminui a quebra da glicose e dos aminoácidos. Esse hormônio, todavia, não
aumenta a performance do atleta, não sendo indicado sua utilização para esse fim.
O GH possui diversos efeitos adversos, quando usado de modo desnecessário,
como o fechamento prematura das epífises, hipertensão arterial, alargamento da
mandíbula, resistência à insulina etc.
PSICOLÓGICOS
Podem ser utilizados diversos recursos como estimulantes psicológicos, como a
música, vídeos, frases, oratória do treinador, cânticos da torcida etc. A música tem
se mostrado um excelente recurso ergogênico, especialmente em exercícios
submáximos e em atletas iniciantes, aumentando o tempo até a exaustão.