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RESENHA – MÓDULO 1 (METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA –

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR – BIOÉTICA – BIOESTATÍSTICA –


BIOSSEGURANÇA – ÉTICA MÉDICA – DIREITO MÉDICO
Aluno: Gabriel Queiroz Fernandes

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA


A metodologia científica pode ser entendida como a aplicação de métodos e
técnicas no sentido de obter o conhecimento lógico e racional de fenômenos
limitados, sendo àquelas capazes de serem submetidos à verificação sistemática.
O conhecimento científico diverge do conhecimento popular, na medida em que se
baseia em fatos reais, são sistemáticos, verificáveis, falíveis e aproximadamente
exatos. O conhecimento popular, por sua vez, fundamenta-se em informações
obtidas na convivência social.
A pesquisa científica pode ser classificada quanto à sua natureza (básica – sem
finalidades imediatas – ou aplicada – com finalidades imediatas). Também pode ser
classificada quanto aos objetivos (exploratória, descritiva ou explicativa) e quanto
aos procedimentos (documental, bibliográfica, experimental, operacional, estudo de
caso, pesquisa-ação, participante e ex-post-facto).

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR


O ensino superior exige que o professor possua alguns pré-requisitos, como a
ruptura com visões simplistas, conhecer a matéria a ser estudada, sair do senso
comum, ter senso crítico, ter capacidade para elaborar trabalhos, conduzir e avaliar
atividades.
A Didática atual requer que o estudante busque o seu próprio conhecimento, sendo
necessário que ele possua atributos básicos: saber ler e interpretar um texto
científico, organizar seu tempo e redigir seu próprio texto.
Com a facilidade de acesso à internet e à canais de busca eletrônicos, é
fundamental ao professor propiciar ao aluno os métodos de busca de fontes
confiáveis de informação, como periódicos, artigos e revistas científicas.

BIOÉTICA
A bioética envolve a transdisciplinaridade, especialmente entre as Ciências
Biológicas, da Saúde, Filosofia e o Direito, tendo o objetivo de discutir e esclarecer
questões de cunho moral e ético, promovendo a humanização do progresso
científico.
A moral compreende o conjunto de normas e valores que norteiam e regem uma
determinada sociedade. Ela se diferencia entre as diversas culturas existentes. Um
exemplo claro é a questão da poligamia, que é considerado imoral no ocidente, mas
perfeitamente tangível em algumas sociedades orientais. A ética, por sua vez, é um
conjunto de princípios que norteiam todos os povos, e não se altera em diferentes
culturas.

BIOESTATÍSTICA
A Bioestatística busca analisar um fato na natureza, para determinar se existe um
fator causal associado. Para realizar essa análise, é necessário que o objeto
investigado seja mensurável, para que sejam feitos questionamentos sobre o que
pode afetar tal objeto.
Após definido o universo de interesso do estudo, é feita então a coleta de dados,
que pode ser por meio de censo, amostragem, simulação ou experimento. É
interessante destacar que a amostra selecionada precisa ter representatividade, isto
é, possuir todas as características inerentes à população total, sob pena de ser
tendenciosa. Um resultado representativo infere que este possui, pelo menos, 95%
de acurácia (p<0,05).
A amostragem pode ser aleatória simples, proporcional estratificada ou sistemática,
cada uma com suas particularidades, mas igualmente válidas.
Para testar a amostragem, existem testes paramétricos e não paramétricos (não
exigem populações distribuídas normalmente e não precisam ser dados numéricos).
Dentre os testes não paramétricos, se destaca o X2 (qui-quadrado), usado para
elucidar divergências entre às frequências esperadas e às observadas.

BIOSSEGURANÇA
A biossegurança envolve o conjunto de ações e dispositivos voltados para a
prevenção ou minimização de acidentes relativos ao manejo de organismos
biológicos, com a finalidade de promover a segurança dos trabalhadores ligados à
área da saúde.
Os riscos envolvidos podem ser físicos (temperatura, barulho, radiação), químicos
(desinfectantes, anestésicos e antineoplásicos), riscos biológicos (vírus, bactérias,
fungos, protozoários, parasitas e bacilos) e riscos ergonômicos (postura incorreta,
esforço físico, longas jornadas de trabalho, estresse).
É importante também salientar a necessidade do descarte apropriado dos diversos
tipos de lixos, como medida de prevenção de riscos, que é regido pela Lei de
Biossegurança (Lei 11.105/05), as diversas Normas Regulamentadoras do Ministério
do Trabalho e Emprego, resoluções da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/98) e Lei Orgânica da Saúde (Lei
8080/90).

ÉTICA MÉDICA E DIREITO MÉDICO


O Direito Médico trata das questões jurídicas relacionadas à Medicina, como o erro
médico e a relação pessoal entre o médico e o paciente. É regido pela Constituição
Federal, Código Civil, Código de Ética Médica (CEM) e Lei Orgânica da Saúde,
sendo que o CEM excluiu a possibilidade da relação médico-paciente ser
considerada uma relação de consumo, não sendo submetida, portanto, ao Código
de Proteção e Defesa do Consumidor.
É importante ressaltar que o dano causado ao paciente, seja por imperícia,
imprudência ou negligência, deverá ser indenizado ao paciente ou sua família,
sendo que sua culpa não poderá ser presumida, ou seja, não deverá haver a
inversão do ônus da prova.
Outro ponto de destaque no CEM, é o fato de que o médico não pode deixar os
interesses políticos e econômicos de seus superiores hierárquicos influenciarem no
tempo ou na qualidade das consultas médicas, como muitas Prefeituras tentam
impor um número abusivo de atendimentos aos médicos contratados.
A Ética Médica envolve os princípios e condutas que os médicos devem seguir, a fim
de manter um padrão elevado de respeito e segurança para com os pacientes.
Dentre os princípios, pode-se destacar o da não-maleficência (causar o menor dano
possível ao paciente), o de respeito à autonomia do paciente (o mesmo pode opinar,
rejeitar ou acatar a proposta do médico), o da beneficência (os atos médicos devem
sempre buscar o bem do paciente), o da justiça (equidade e imparcialidade) e o do
segredo médico (o prontuário médico é um documento sigiloso).
O novo CEM (2019) acrescentou um novo princípio a ser seguido, o de buscar os
meios técnicos e científicos que visem os melhores resultados, ou seja, o novo CEM
deixou claro que os médicos devem se atualizar para buscar os tratamentos mais
novos para o benefício do paciente, desde que esses sejam os que apresentam
melhores resultados, podendo o médico rejeitar um tratamento atual, mas que não
produz mais benefícios do que um mais antigo.
O CEM também estabelece diretrizes para que os direitos humanos sejam
respeitados, referindo-se tanto aos médicos portadores de necessidades especiais,
quanto aos pacientes.
Como novidade, o CEM estabelece que o médico deverá emitir sumário de alta
hospitalar ao paciente ou ao seu representante, medida esta que é de grande
importância para que em um próximo atendimento, o novo médico que o atender
tenha consciência de seu tratamento prévio.

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