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Ética- questões para ajudar na prova- Yunes Natal

Grupo 7

1)

 O sentido etimológico da ética tem a ver com a sua definição sociológica que está
relacionada ao estudo e à reflexão sobre o conjunto de hábitos, valores e costumes da
sociedade e normas que regem o comportamento humano.
 O sentido reflexivo diz respeito ao campo de estudo filosófico da ética no qual se baseia na
tomada de decisão e nos fundamentos das práticas: consequencialíssimo (onde as ações são
consideradas corretas ou não com base em seus efeitos- utilitarismo) virtude (as ações
morais são vistas como expressões do caráter virtuoso) universalismo (estabelecer um
conjunto de normas éticas objetivas e aplicáveis a todos os seres humanos) e relativismo
(práticas éticas podem variar entre diferentes culturas e perspectivas individuais)
 O sentido normativo vem da definição prática da ética e é estabelecida através de um
conjunto de valores e princípios que devem guiar nossas ações, considerando o que é bom,
justo e virtuoso – "deontologismo" (certos princípios éticos são considerados absolutos e
devem ser seguidos independentemente das consequências)

2)

A teoria utilitarista sobre a ética se baseia na ideia de sempre fazer aquilo que maximizasse o prazer
ou a felicidade e minimizasse o sofrimento ou infelicidade. Esse pensamento é conhecido como
"utilitarismo hedonista'' (prazer), no entanto, essa teoria se subverte ao "utilitarismo preferencial"
que diz que devemos fazer aquilo que favorece, no saldo geral, as preferências dos afetados.

3)

A ética das virtudes oferece uma abordagem alternativa para a ética, enfatizando a formação do
caráter virtuoso através da coragem, honestidade, humildade, empatia e entre outras e o cultivo de
hábitos éticos em vez de se concentrar apenas em regras e consequências. No entanto, a aplicação
dessa teoria enfrenta desafios relacionados à pluralidade de virtudes, relatividade cultural (variar
dependendo da cultura), conflitos de virtudes e desenvolvimento moral.

4)

A teoria deontológica se baseia na ideia da ética como um sistema de normas que devem ser
seguidas por todos, porém, esse modelo de ética apresenta desafios, pois em situações insólitas, as
normas simples entram em conflito e segui-las pode resultar em desastres. Pode-se dizer que um
modelo mais complexo com normas não conflitantes e específicas salvaria esse ponto de vista da
ética.

5)

a) O dilema envolvido no caso prático da biopirataria de sangue indígena é o de que os direitos dos
indígenas quanto ao seu biomaterial e ao seu corpo deveriam ou não serem postos de lado em
função do avanço tecnológico, principalmente no âmbito da saúde, ajudando e melhorando técnica
na medicina e na biomedicina. Diante da teoria utilitarista, seria ético a realização da pesquisa
utilizando materiais do sangue indígena, já que traria um bem-estar geral, justificando a biopirataria
e trazendo benefícios que superassem os danos causados à comunidade indígena. Já a teoria
deontológica, por focar no cumprimento de deveres e normas éticas pré-estabelecidas, enfatizaria
que é moralmente errado abrir mão dos direitos dos indígenas sobre seus recursos biológicos. Por
fim, a teoria ética das virtudes iria contra a pesquisa científica pelo fato de a biopirataria ir de contra
a maioria das virtudes e envolver engano, ganância e desrespeito ao direito desses povos.

b) O direito ao genoma refere-se ao reconhecimento e respeito aos direitos individuais em relação à


suas informações genéticas, e como cada pessoa tem controle sobre suas informações genéticas
enquanto o direito do genoma se baseia na proteção dos direitos coletivos de um grupo ou
comunidade quanto ao genoma e informações genéticas, com o intuito de preservação da
identidade cultural e proteção contra a exploração e discriminação desses povos, além de sua
participação justa nos benefícios comerciais ou científicos decorrentes do comércio.

6)

Partindo da ideia de que muitos tem muito pouco ou não o suficiente para, sequer, garantir os
direitos básicos como moradia, alimentação, educação e saneamento básico e por isso tem uma
menor expectativa de vida, enquanto outros tem o necessário para viver de forma confortável e
ainda atender aos seus luxos, cria-se o dilema ético de que essa parcela rica deveria ou não se abster
de suas mordomias em prol de ajudar o próximo. Caso a resposta for não, por que o ato de matar
nos torna diretamente responsáveis pelas vítimas enquanto deixá-las que morram não? Somos
responsáveis por nossos atos, mas não por nossas omissões?

7)

Existem vários pontos de vistas éticos sobre o dever de ajudar as pessoas em condições econômicas
desfavoráveis, mas de maneira geral, se podemos aliviar o sofrimento dos mais necessitados, temos
a responsabilidade moral de ajudar essa parcela da população, desde que isso não nos prejudique de
forma significativa.

8)

No contexto da priorização de recursos em cuidados de saúde, vários critérios éticos são


considerados. Isso inclui a eficiência na maximização dos benefícios, a justiça na distribuição
equitativa, a priorização das necessidades urgentes, a utilidade em termos de melhoria da qualidade
de vida e a equidade para grupos marginalizados. Esses critérios podem entrar em conflito e
requerem uma ponderação cuidadosa para tomar decisões éticas que busquem o maior benefício
possível dentro das limitações existentes.

9)

a) Do ponto de vista ético, a quebra de patentes pode ser considerada uma maneira efetiva de
abordar a injustiça vacinal global. As patentes farmacêuticas muitas vezes resultam em altos preços
das vacinas, tornando-as inacessíveis para países de baixa renda. A quebra de patentes permitiria a
produção genérica de vacinas por outros fabricantes, reduzindo custos e aumentando a
disponibilidade das doses.

b) Do ponto de vista econômico, a quebra de patentes pode representar uma ameaça à inovação. O
mercado é movido por incentivos e, com a falta deles, pode ocorrer o desencorajamento de
investimentos para a produção e desenvolvimento de vacinas e tratamentos, afetando a capacidade
de responder as possíveis crises.

10)
O investimento em programas de prevenção e educação de saúde nas regiões afetadas seria o mais
apropriado, pois promoveria melhores resultados à longo prazo e não seria uma medida restrita a
uma parcela da população, diferente da opção de priorizar o desenvolvimento de dispositivos
médicos de alta tecnologia, que, possivelmente, seriam direcionados apenas à porção que
apresentasse melhores condições econômicas da região específica.

11)

Partindo da ideia de "microalocação" de recursos, ou seja, olhando de forma individual, seria


desejável que o dispositivo fosse disponibilizado a um custo acessível, para que mais pessoas
possam se beneficiar dele, entretanto, a "macroalocação" de recursos parte do ponto de vista geral,
buscando justificar o alto preço do produto em função dos investimentos na pesquisa, tempo e
fabricação, colocando a economia e continuidade de esforços e incentivos para a produção de novas
tecnologias como relevantes para a sociedade como um todo. Portanto, resolução ética dessa
questão na área da engenharia biomédica envolve a consideração dos princípios de justiça,
beneficência e sustentabilidade. Busca-se encontrar um equilíbrio entre a acessibilidade e a
viabilidade econômica, garantindo que o dispositivo médico possa ser disponibilizado a um custo
acessível para beneficiar o maior número possível de pessoas, sem comprometer a capacidade
contínua de pesquisa e desenvolvimento no campo da engenharia biomédica.

12)

O debate sobre a proteção dos dados pessoais e da privacidade é uma questão ética crucial na
sociedade atual. A privacidade é um direito fundamental que está intrinsecamente ligado à
dignidade e à autonomia das pessoas. Proteger os dados pessoais significa respeitar a liberdade
individual e evitar abusos e violações dos direitos das pessoas. Além disso, a proteção dos dados
pessoais está relacionada ao princípio da justiça, pois envolve tratar as pessoas de forma igualitária e
evitar discriminação com base em informações pessoais sensíveis. A ética também exige
transparência por parte das organizações que coletam e utilizam dados pessoais, assim como a
prestação de contas em relação às suas práticas. Garantir a proteção dos dados pessoais e da
privacidade é essencial para preservar a confiança dos indivíduos e promover relações justas e éticas
no contexto da sociedade digital.

13)

Os direitos dos titulares de dados pessoais são essenciais para assegurar a proteção da privacidade e
o controle sobre suas informações. Conforme destacado por Ana Frazão, esses direitos incluem o
direito à informação, permitindo que os titulares sejam informados de maneira transparente sobre a
coleta e uso de seus dados. Além disso, eles possuem o direito de acessar, retificar e, se necessário,
excluir seus dados pessoais, bem como o direito à portabilidade dos mesmos. Esses direitos têm
como objetivo empoderar os indivíduos, permitindo que tomem decisões informadas sobre suas
informações pessoais e garantindo que as organizações tratem seus dados de maneira adequada e
responsável.

14)

A proteção dos dados pessoais de saúde em uma clínica de pesquisa biomédica, de acordo com as
diretrizes da LGPD, envolve obter consentimento informado, implementar medidas de segurança,
garantir a transparência, designar um DPO, estabelecer acordos de compartilhamento e estar
preparado para incidentes de segurança. Essas medidas visam garantir a privacidade, a segurança e
o tratamento adequado dos dados pessoais de saúde dos pacientes.
15)

De acordo com a LGPD, quando um paciente solicita a exclusão de seus dados pessoais, o
pesquisador biomédico deve acatar essa solicitação e proceder com a exclusão dos dados, desde que
não haja uma base legal que justifique a manutenção dessas informações.

16)

A ciência moderna, representada pela Revolução Copernicana, fornece uma base sólida para pensar
uma nova relação entre natureza e tecnologia, pois demonstra que a ciência tem o potencial de
redefinir nossas percepções e desafiar as ideias preestabelecidas, possibilitando uma visão mais
abrangente e informada sobre o mundo natural e nosso papel nele.

17)

Leonardo da Vinci foi um artista muito importante para o avanço tecnológico da época e seus feitos
ainda têm efeitos no mundo contemporâneo. Ao longo da sua vida, através de sua abordagem
interdisciplinar e observação meticulosa da natureza, desenvolveu projetos em várias áreas como
geologia, anatomia, engenharia, clima, veículos, água e aquecimento no qual não se podia
estabelecer qualquer diferença entre desenho artístico e científico. Em suma, sua capacidade de
combinar arte e ciência abriram novos caminhos para a compreensão do mundo natural e
influenciaram gerações posteriores de cientistas, destacando a importância de uma abordagem
holística para o avanço científico.

18)

A obra do Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci é considerada um marco científico por vários
motivos. Primeiramente, ela representa uma notável conexão entre arte e ciência, refletindo a
habilidade artística de Da Vinci e seu interesse profundo pela ciência. Além disso, o desenho baseia-
se nas proporções e princípios geométricos descritos por Marco Vitruvio Polião, mostrando a união
entre o estudo anatômico minucioso e a estética visualmente agradável. A obra também é resultado
das observações científicas detalhadas de Da Vinci sobre a estrutura do corpo humano,
demonstrando sua abordagem científica e sua meticulosidade. Por fim, o Homem Vitruviano teve
uma influência duradoura na história da ciência e da arte, deixando um legado nos campos da
anatomia, arquitetura e representação visual do corpo humano. Assim, o desenho se destaca como
uma representação icônica da relação entre a arte, a ciência e a busca do conhecimento.

19)

Dentro da Engenharia Biomédica, a conexão entre arte e ciência está presente, principalmente na
necessidade dos profissionais de adotarem uma perspectiva holística durante o processo de
desenvolvimento de técnicas e equipamentos viáveis. Os engenheiros biomédicos trabalham em
estreita colaboração com profissionais de design e artistas para criar dispositivos que sejam
funcionais, seguros e esteticamente agradáveis. Um exemplo disso é a prototipação de uma prótese,
em que o aspecto estético desempenha um papel importante, e a parceria com especialistas em
design pode contribuir para a elaboração do modelo, considerando não apenas a funcionalidade,
mas também a aparência e a sensação do dispositivo. Essa colaboração entre arte e ciência permite
a criação de soluções que atendem tanto às necessidades clínicas quanto às expectativas estéticas
dos pacientes.

20)

A discussão sobre doping


genético representa um ponto de
inflexão na relação entre ciência e
natureza, devido aos desafios
sociais e éticos que envolvem a
manipulação genética. A
possibilidade de aprimorar
características humanas por meio da
modificação genética se levanta
questões sobre equidade, igualdade
de oportunidades e definição de
limites éticos. Essa abordagem
desafia conceitos tradicionais de
natureza humana, exigindo uma
reflexão profunda sobre os impactos
sociais e a preservação dos valores
éticos na busca por avanços
científicos.

21)

Os "dividendos da vigilância" referem-se aos benefícios econômicos e de influência obtidos pelas


redes de governança global ao coletar e utilizar dados pessoais dos indivíduos. Essas redes, incluindo
as grandes empresas de tecnologia, utilizam estratégias de vigilância para conhecer, rastrear e
controlar os usuários, personalizando anúncios, direcionando produtos e influenciando seu
comportamento. No entanto, essa prática levanta preocupações sobre privacidade, autonomia
individual, segurança e concentração de poder, exigindo uma análise cuidadosa dos impactos sociais
e éticos envolvidos.

22)

A física social desenvolvida por Alex Pentland está relacionada à forma com que as relações
interpessoais podem ser responsáveis pela obtenção de melhores resultados quando postas juntas
de projetos e pesquisas. Essa abordagem busca analisar os padrões de interação e
comunicação entre as pessoas para entender como isso influencia o desempenho coletivo.
O autor critica a forma com que essa ferramenta está sendo usada por empresas no cotidiano
contemporâneo, de forma a manipular e controlar os indivíduos através da coleta massiva de dados
e análise de seus comportamentos sociais, questionando os limites éticos da privacidade e
autonomia desses indivíduos.

23)

Como engenheiro biomédico, é meu objetivo promover a saúde e o bem-estar dos usuários de
próteses. Diante do dilema ético de uma nova tecnologia que melhora as próteses, mas causa
efeitos colaterais negativos, é necessário buscar soluções que minimizem esses efeitos. Isso envolve
realizar pesquisas adicionais, fazer ajustes no design da prótese e na interface cérebro-prótese, além
de fornecer informações claras aos usuários e monitorá-los de perto. A decisão sobre o uso da
tecnologia deve priorizar a segurança e o bem-estar dos usuários, sempre considerando o equilíbrio
entre os benefícios e riscos envolvidos.

24)
O Direito Constitucional desempenha um papel crucial na Engenharia Biomédica, uma vez que essa
área está diretamente envolvida com a saúde das pessoas. Por meio do desenvolvimento de
tecnologias, dispositivos e pesquisas, a Engenharia Biomédica busca promover a qualidade de vida e
o bem-estar dos indivíduos. Essa atuação impacta diretamente direitos fundamentais consagrados
na Constituição Federal de 1988, como o direito à saúde, que garante a todos o acesso a políticas e
serviços de saúde, o direito à informação e autonomia, que assegura o acesso a informações sobre
tratamentos e o respeito à vontade do paciente, além do direito à integridade física e dignidade
humana, que visa a preservação da integridade física e o tratamento digno das pessoas. Dessa
forma, o Direito Constitucional estabelece um conjunto de normas e princípios legais que respaldam
e regem a atuação da Engenharia Biomédica, assegurando a proteção dos direitos fundamentais dos
indivíduos envolvidos nessa área.

25)

A Engenharia Biomédica, por produzir ferramentas e métodos que impactam diretamente a vida de
indivíduos que apresentam direitos, deve se adequar às normas e regulações nacionais que limitam
a forma com que, muitas vezes, esses profissionais poderiam trabalhar, contribuindo para a
segurança, ética e qualidade dos serviços e tecnologias desenvolvidos nessa área. O princípio da
legalidade, presente nos artigos 5º, II e 37 da Constituição Federal de 1988, impacta a atividade
profissional da Engenharia Biomédica. O artigo 5º, II estabelece que ninguém pode ser obrigado a
fazer ou deixar de fazer algo, a menos que haja base legal para isso. O artigo 37 determina que a
administração pública deve agir de acordo com a lei, incluindo o princípio da legalidade.

26)

A empresa XYZ, ao desenvolver um dispositivo com uma tecnologia inovadora para o tratamento de
diabetes tipo 2, enfrentará barreiras regulatórias para concretizar a aprovação do aparelho. O
produto deve atender à requisitos como a segurança e confiabilidade do produto ao monitorar e
administrar a glicose de forma segura e que não ofereça riscos ao indivíduo. Visto isso, a empresa
deverá se submeter a estudos e pesquisas que comprovem a eficácia da tecnologia e que
demonstrem que os parâmetros estão dentro das normas e regulamentações específicos de cada
jurisdição.

27)

a) Uma norma pode ser justa sem ser válida:

Nesta situação, estamos lidando com a questão da justiça da norma, independentemente de sua
validade legal. A justiça de uma norma é avaliada com base em critérios morais, éticos ou filosóficos,
e pode ocorrer que uma norma seja considerada justa por esses critérios, mas não seja reconhecida
como válida pelo ordenamento jurídico. Por exemplo, um movimento social pode defender a
legalização do uso medicinal de uma substância atualmente proibida, argumentando que a proibição
é injusta por negar às pessoas o acesso a um tratamento eficaz para certas condições médicas.
Embora a norma que proíbe a substância seja válida do ponto de vista legal, o movimento pode
afirmar que ela é injusta sob uma perspectiva ética ou moral.

b) Uma norma pode ser válida sem ser justa:

Nesta situação, estamos tratando da validade da norma perante o ordenamento jurídico,


independentemente de sua justiça intrínseca. Uma norma pode ser considerada válida se estiver de
acordo com as regras e procedimentos estabelecidos para sua criação e promulgação, mesmo que
seu conteúdo não seja considerado justo. Por exemplo, uma lei que impõe restrições severas aos
direitos individuais em nome da segurança nacional pode ser considerada válida se tiver sido
aprovada de acordo com os processos legislativos adequados, mesmo que seja questionada por
alguns como injusta por violar princípios de privacidade e liberdade.

c) Uma norma pode ser válida sem ser eficaz:

Nesta situação, estamos discutindo a eficácia da norma em atingir seus objetivos,


independentemente de sua validade jurídica. Uma norma pode ser considerada válida no sentido de
estar de acordo com o ordenamento jurídico, mas pode não ser eficaz na prática. Por exemplo, uma
lei que proíbe a prática de determinada conduta, mas que não é efetivamente aplicada ou
fiscalizada, torna-se ineficaz na sua finalidade de regulamentar e coibir tal conduta. Mesmo que a
norma seja reconhecida como válida, sua falta de eficácia compromete sua aplicação prática e
alcançar os resultados desejados.

d) Uma norma pode ser eficaz sem ser válida:

Nesta situação, estamos considerando a eficácia da norma em atingir seus objetivos, mesmo que ela
não seja válida do ponto de vista jurídico. Isso pode ocorrer quando uma norma não é reconhecida
como válida pelo ordenamento jurídico, mas, de fato, é observada e cumprida pela sociedade,
alcançando resultados desejados. Por exemplo, uma prática consuetudinária de solução de conflitos
adotada por uma comunidade, que não é formalmente reconhecida pelo sistema legal, mas é eficaz
na resolução de disputas. Apesar de não possuir validade legal, a norma é aceita e aplicada pelos
membros da comunidade, sendo considerada eficaz na promoção da paz e da harmonia social.

e) Uma norma pode ser justa sem ser eficaz:

Nesta situação, estamos lidando com a justiça da norma em relação aos seus princípios e valores,
independentemente de sua eficácia na prática. Uma norma pode ser considerada justa com base em
critérios éticos, morais ou filosóficos, mesmo que não seja eficaz em alcançar seus objetivos
pretendidos. Por exemplo, uma lei que estabelece penas rigorosas para um determinado crime com
o objetivo de desencorajar sua prática, mas que não consegue reduzir significativamente o número
de ocorrências. Embora a norma possa ser considerada justa em termos de punição proporcional ao
crime cometido, sua falta de eficácia em reduzir a incidência desse crime pode ser questionada.

f) Uma norma pode ser eficaz sem ser justa:

Nesta situação, estamos considerando a eficácia da norma em atingir seus objetivos, mesmo que ela
não seja percebida como justa por alguns indivíduos ou grupos. Uma norma pode ser eficaz na
prática, alcançando os resultados pretendidos, mas ainda assim ser considerada injusta por violar
princípios éticos, morais ou fundamentais. Por exemplo, uma lei que impõe restrições severas aos
direitos civis em nome da segurança nacional pode ser eficaz na prevenção de ameaças à segurança,
mas pode ser considerada injusta por restringir indevidamente as liberdades individuais e os direitos
humanos. A eficácia da norma em alcançar seus objetivos não necessariamente a torna justa aos
olhos daqueles que a percebem como uma violação de direitos e valores fundamentais.

28)

O direito à saúde é considerado um direito humano de segunda geração. Isso se deve ao fato de que
os direitos de primeira geração, presentes nos artigos 3º a 21º da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, abrangem principalmente os direitos civis e políticos, como o direito à vida, à liberdade de
expressão e à igualdade perante a lei. Já os direitos de segunda geração, presentes nos artigos 22º a
27º da Declaração, incluem os direitos econômicos, sociais e culturais, como o direito ao trabalho, à
educação, à segurança social e à saúde. O artigo 25º da Declaração afirma explicitamente o direito
de toda pessoa a um padrão de vida capaz de assegurar saúde e bem-estar, garantindo assim a
importância do direito à saúde como um componente fundamental dos direitos humanos
reconhecidos internacionalmente.

29)

1- Universalismo vs relativismo cultural; um debate entre diferentes entendimentos do que é a ética,


então se é algo universal e que independente da origem todos somos iguais ou deve ser
compreendido como algo individual de cada local.

2- Laicidade estatal vs fundamentalismo religioso; conflito entre implementar a religião na política


ou não. Muitas pessoas defendem que é um erro, pois o estado deixa de ver as coisas como direitos,
mas sim como dogmas incontestáveis. Além disso, em um estado democrático não faz sentido o
estado colocar como certo a moral de X religião, uma tentativa de hegemonização da população que
vai contra a ideia da própria democracia.

3- Direito ao desenvolvimento vs assimetrias globais; dificuldade de desenvolvimento pelo fato de


existir as desigualdades.

4- Proteção dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais vs. dilemas da globalização
econômica; necessidade de respeito aos direitos básicos e o desenvolvimento econômico. Por
exemplo, haver desenvolvimento econômico na

Amazônia sem necessariamente ocorrer o desmatamento.

5- Respeito à diversidade vs. Intolerância; conflito que envolve a intolerância perante os direitos
humanos. Por isso que os direitos humanos devem ser universais, pois independentemente do local
as pessoas devem ser iguais.

6- Combate ao terrorismo vs. preservação de direitos e liberdades públicas;

autoexplicativo

7- Direito da força vs. força do Direito; assegurar que os direitos humanos sejam garantidos.

30)

Uma visão multicultural de direitos humanos é essencial para enfrentar os problemas globais na área
da saúde, reconhecendo e valorizando a diversidade cultural. Ao adotar essa abordagem, é possível
garantir a igualdade de acesso aos cuidados de saúde, respeitar as práticas e crenças culturais, e
envolver as comunidades afetadas na busca por soluções. Essa perspectiva ampla e inclusiva permite
uma abordagem mais eficaz e sensível às necessidades específicas de cada grupo cultural,
promovendo a equidade e contribuindo para a melhoria da saúde global.

31)

Os casos Tuskegee e Willowbrook foram importantes para a formação da bioética devido às graves
violações éticas que ocorreram. No caso Tuskegee, homens afro-americanos com sífilis foram
submetidos a um estudo sem o conhecimento de sua verdadeira condição e não receberam o
tratamento adequado. No caso Willowbrook, crianças com deficiências foram infectadas
deliberadamente com hepatite viral para realizar estudos. Esses casos destacaram a necessidade de
consentimento informado, proteção dos direitos dos participantes e ética na pesquisa médica.

32)

Os casos Tuskegee e Henrietta Lacks apresentam semelhanças significativas no campo da bioética.


Ambos levantaram preocupações sobre consentimento informado inadequado, violação da
privacidade e confidencialidade dos participantes, desigualdades raciais e sociais no sistema de
saúde, e impactos duradouros que geraram debates éticos. Esses casos destacam a importância de
proteger os direitos dos participantes de pesquisa, garantir o consentimento informado adequado e
abordar as disparidades existentes para promover uma prática ética na área da saúde.

33)

O julgamento de Nuremberg foi fundamental para o campo da bioética, pois estabeleceu os


princípios éticos fundamentais para a pesquisa médica. O Código de Nuremberg, resultante desse
julgamento, enfatizou a importância do consentimento voluntário e informado, a minimização de
riscos para os participantes, a obrigação de beneficência e não maleficência, e a necessidade de
conduzir pesquisas com base em padrões éticos. Esses princípios estabelecidos têm sido referência
para garantir a proteção dos direitos e o bem-estar dos participantes em estudos científicos.

34)

Sim, a bioética pode ser vista como uma ferramenta para o exercício da cidadania. Ela permite que
os cidadãos participem de debates éticos, defendam os direitos dos pacientes e influenciem políticas
relacionadas à saúde. Ao compreender os princípios da bioética, os cidadãos podem tomar decisões
informadas e promover uma medicina mais humana e igualitária.

35)

A bioética normal trata dos direitos básicos do indivíduo, já a complexa trata de questões mais
amplas que afetam as questões culturais, políticas e socioeconômicas. De que forma as relacoes
interpessoais afetam o bem estar das pessoas.

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