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CAIQUE DE OLIVEIRA SOUZA

A HUMANIZAÇÃO DO PARTO E NASCIMENTO:


Contribuições de Enfermagem

Itabela– BA
2019
CAIQUE DE OLIVEIRA SOUZA

A HUMANIZAÇÃO DO PARTO E NASCIMENTO:


Contribuições de Enfermagem

Projeto de Pesquisa apresentado (Instituição) -

Itabela –BA
2019
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO.............................................4
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................................4
3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA................................................................4
4 JUSTIFICATIVA............................................................................................5
5 OBJETIVOS..................................................................................................6
5.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................6
5.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS...................................................................6
6 REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................7
7 METODOLOGIA .........................................................................................14
9 RESULTADOS ESPERADOS.....................................................................17
10 REFERÊNCIAS............................................................................................18
APÊNDICE ...................................................................................................20
ANEXO .........................................................................................................24
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Este projeto de pesquisa tem por finalidade da admissão em Pós-


Graduação, a temática foi escolhida devido a participação no curso de implantação
da Rede Cegonha no Município.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O presente projeto propõe uma mudança no processo de trabalho da equipe de


Enfermagem do Hospital Municipal Frei Ricardo, tendo em vista que é necessário, a
busca, por uma melhor acolhida e a assistência à gestante antes, durante e depois
do parto e ao seu bebê devido à identificação de falhas durante a assistência
prestada no referido Hospital. É importante salientar que já existe no Hospital um
projeto próximo a essa realidade, porém este ainda não está devidamente
implantado.

3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

O início da problemática a cerca desse Projeto de Pesquisa, inicialmente é a


importância da humanização ao atender as gestantes bem como antes, durante e
depois do parto, e tem como pergunta condutora o seguinte questionamento: COMO
MELHORAR O ACOLHIMENTO ÀS GESTANTES DO HOSPITAL MUNICÍPAL FREI
RICARDO?
4 JUSTIFICATIVA

Observou-se no setor de admissão e pré-parto que há uma tensão


emocional da gestante diante da expectativa do atendimento, das dúvidas sobre o
que irá acontecer, durante sua internação e algumas vezes a falta de manejo
adequado da equipe de enfermagem no atendimento, demonstrando em alguns
casos, certo preconceito com a permanência de um acompanhante, e falta de
paciência para escutar os relatos da gestante e fornecer-lhe informações.
Foram observados outros fatores que dificultam o atendimento
especializado e humanizado tal como é preconizado pelo Ministério da Saúde, e
nesse caso não atingem somente o grupo de gestantes, atendidas neste Centro
Obstétrico, tais como: leitos individualizados (fazem parte da realidade do hospital
em estudo) que permitem a privacidade da paciente e do acompanhante, mas que
limitam fisicamente as práticas de enfermagem pelo espaço pequeno de cada leito,
a indisponibilidade de materiais e equipamentos para serem utilizados nas técnicas
de relaxamento no trabalho de parto, as condições de trabalho da equipe de
enfermagem com número reduzido de funcionários para atender à demanda, pois
conforme Busanello (2011, p. 220) “a sobrecarga de trabalho dificulta a
implementação de uma assistência integral e individualizada às pacientes.”
Desta forma, o estudo é relevante para o hospital em questão visto que é
uma instituição pública, e principalmente porque é referência em realização de pré-
natal de risco, onde está inserida a gestante, podendo contribuir para melhorias, a
partir da qualificação da equipe de enfermagem.
Para os sujeitos que participarão da pesquisa gestantes atendidas. Afinal
conforme Silva (2011, p. 65) “a humanização da assistência obstétrica representa
um desafio para os profissionais da saúde, para as instituições e para a sociedade”.
A partir destas mudanças, poder-se-á reduzir problemas futuros, tais como a
depressão pós-parto e o não aleitamento materno, os quais podem resultar em
tratamentos prolongados e internações hospitalares, tanto das puérperas como dos
recém-nascidos.
5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

 Melhorar o acolhimento às gestantes no Hospital Municipal Frei Ricardo no


município de Itabela-BA.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Contribuir com a organização do processo de trabalho dos profissionais do


Hospital Municipal Frei Ricardo;
 Conhecer o acolhimento e classificação de risco obstétrico do hospital;
 Adequar a área física do Pré-parto para possibilitar a presença de um
acompanhante escolhido pela parturiente, fazendo cumprir o disposto na Lei
n° 11.108;
 Estabelecer um espaço de escuta para as usuárias do hospital e seus
familiares.
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

7.1 A POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL.

Os caminhos das políticas de saúde no Brasil evidenciam, que na década


de 20, a Reforma Carlos Chagas, a Saúde pública tentou expandir seus serviços de
atendimento a todos os trabalhadores. A extensão do atendimento representa
estratégia da União, a ampliação do poder nacional no interior da crise política em
curso, sinalizada pelos tenentes a partir de 1922. Nesse período a Lei Eloy Chaves,
conhecida como ponto de partida da Previdência Social, que, instituindo o sistema
de Caixas de Aposentadorias e Pensão (CAPS), acolhe num primeiro momento, aos
trabalhadores ferroviários e, posteriormente, é estendida aos marítimos e
estivadores afirma Bravo, (2006, p.90).

Data de 1923 a instituição no Brasil, por iniciativa do poder


central, das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS), primeira
modalidade de seguro para trabalhadores do setor privado. [...] as CAPS,
organizadas por empresas, por meio de um contrato compulsório e sob a
forma contributiva, tinham como função a prestação de benefícios (pensões
e aposentadorias) e a assistência médica a seus afilhados e dependentes.
(COHN, 2005, p. 14).

Entre os serviços oferecidos aos segurados das CAPS, estavam a


aposentadoria, a assistência médica e o fornecimento de medicações. De 1933 a
1938, as CAPS são unificadas e absorvidas pelos Institutos de Aposentadoria e
Pensão (IAPS), frequentemente criados, congregando os trabalhadores por
categorias profissionais em virtude do modelo sindicalista de Vargas, passam a ser
dirigidos pelos sindicatos e não mais por empresas (COHN, 2005, p. 17).

A Política Nacional de Saúde, traçada desde 1930, consolidou-se no


período de 1945-1950. No final dos anos1940, com o Plano Salte de 1948, que
envolvia as áreas de Saúde, Alimentação, Transporte e Energia; a Saúde foi posta
como uma de suas finalidades principais. A situação da Saúde da população, no
período de 1945 a 1964 enfrentou um quadro de doenças infecciosas e parasitárias
e as altas taxas de morbimortalidade infantil, como também a mortalidade nas
demais faixas etárias.

A unificação da Previdência Social, com a junção dos CAPs em 1966,


com a manutenção fundamental do crescente papel interventivo do Estado na
sociedade e a medicalização da vida social foi recomendada tanto na Saúde Pública
quanto na Previdência Social. No período de 1974 a 1979, a Política Nacional de
Saúde passou por forte tensão na ampliação dos serviços, e a escassez na
disponibilidade de recursos financeiros, os interesses advindos das conexões
burocráticas entre o setor estatal e empresarial médico e a emergência do
movimento sanitário.

Aduz Iyda (1994) que com a Proclamação da República e a elaboração


da Constituição que sinalizava os caminhos para os Estados nas decisões
nacionais. Logo com a centralização do poder nos Estados produtores de café da
região centro-sul, instaurou-se a conhecida política do "café com leite". Nessa
Constituição sinalizou a saúde como uma área estatal estabelecendo sua estrutura e
locais de atuação.

Destaca de Braga & Paula (1987) que a criação do Departamento


Nacional do Saúde Pública a extensão dos serviços de saneamento urbano e rural,
além da higiene industrial e materno-infantil, a Saúde Pública desenvolveu status de
questão social. Foi um período marcado pelos primeiros encontros dos sanitaristas
que protestavam exigindo soluções eficazes nas questões de saúde. Esse
movimento promoveu e preconizou movimento social denominado de "educação
sanitária" como uma estratégia da saúde e o conteúdo dos discursos era interposto
por uma intensa ebulição que se tornará a ordem liberal.

As Conferências de Saúde sempre primaram pelo caráter


essencialmente técnico, mas a VIII inovou, evidenciando uma temática de real
caráter social evocando a necessidade uma visão diferenciada de Direito Saúde.
Sistema de Saúde e Financiamentos e participação da sociedade civil e como o
processo preparatório que envolveu profissionais da saúde. Intelectuais, usuários e
membros de partidos políticos e sindicatos (BRASIL, 1986).

A argumentação da VIII Conferência colocou no centro das discussões as


políticas de saúde como questões que demandam debate pelo coletivo, marcando
especialmente a história da saúde no Brasil. Uma vez que definiu um Programa para
a Reforma Sanitária.

Ademais, a VIII Conferência foi um claro avanço técnico e um novo


compromisso com pacto político, ao propor a criação do Sistema Único de Saúde
(SUS), tendo como diretrizes: a universalidade, a integralidade das ações e a real
promoção da participação social, além de ampliar o conceito de saúde, colocando-o
como direito dos cidadãos e dever do Estado. Entretanto explicitar que o Estado se
antecipou a implementação do SUS, criando por decreto o Sistema Unificado e
Descentralizado de Saúde (SUDS), que incluía a redução da máquina previdenciária
do nível estadual a transferência dos serviços de saúde para os estados e
municípios e o estabelecimento de um gestor único da saúde em cada esfera de
governo.

A mobilização social progrediu e teve continuidade nos trabalhos de


elaboração da nova constituição democrática, marcada pela aprovação de um
capítulo inédito da Constituição versando sobre a saúde evidenciando o pensamento
e a luta do movimento sanitário, Afirma Escorel (1993).

Já na IX Conferência Nacional de Saúde de 92, considerada


mobilizadora em detrimento das anteriores, na medida em que contou com a
participação de mais de 5 mil pessoas. Os temas discutidos foram: Sociedade,
Governo e Saúde, Seguridade Social, Implementação do SUS e Controle Social. O
seu relatório final reiterou as proposições da VIII Conferência e, na realidade, tornou
evidente a necessidade de efetivar os direitos adquiridos, exigindo a
operacionalização da VIII Conferência, no que toca à implementação do Sistema
Único de Saúde (BRASIL, 1992).

A IX Conferência aconteceu no enviés dos movimentos sociais que


ecoavam em todo o território, diante dos episódios de corrupção nas quais Collor
estava envolvido. Meses depois, a sociedade civil comemorou o "IMPEACHMENT"
do presidente, fenômeno que encheu a nação de orgulho e houve o renascimento do
patriotismo e a considerada oportunidade de praticar a democracia a cidadania.

Diante da grande movimentação política cita Soares (1995) que a


sociedade, provocou uma reação governamental, especialmente em nível federal
embora insuficiente diante das demandas crescentes e aumento da desigualdade
social promovida pelo modelo de gestão, bem como a crise enfrentada. Na área da
saúde o caos ficou evidente, com a forma brutal de redução dos recursos de custeio
que só aumentava tendo em vista a paralisação nos investimentos em manutenção
e ampliação da rede de serviços. A saúde é seguramente o setor onde o retrocesso
se torna mais visível em todos os sentidos.

Revelam Fiori & Kornis (1994) que os anos 90 trouxe como bagagem da
década de 80, a elevação da dívida social. O Estado sobrecarregado sem conseguir
atender às demandas, uma parte dessa realidade e o corte dos investimentos e
também pela ausência governabilidade que viabilize novas estratégias de
desenvolvimento efetivando tudo que democraticamente se espera diante das
deliberações das Conferências e na própria constituição.

Percebe-se então, a emergência e a necessidade de uma mudança na


conjuntura política da saúde no Brasil e a reorientação das práticas de saúde. Para
tanto, o SUS em seu arcabouço de leis, normas, resoluções e diretrizes é um marco
definitivo na garantia do direito a saúde do cidadão brasileiro, por determinar um
caráter universal às ações e aos serviços no país. (BRASIL, 2006, p.5).

O Sistema Único de Saúde é composto por: centros e postos de saúde,


hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de
sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância
Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa. Podemos então, exigir
melhor qualidade no planejamento em relação à distribuição de recursos públicos na
área da saúde; ou seja, os recursos do SUS, e com isso avançar no sentido da
qualidade do atendimento e serviços em saúde para a população. Pois, como afirma
Paim (2008, p. 70): [...], a produção de conhecimentos e a cooperação técnica em
políticas públicas, planificação e gestão podem fazer diferença no processo de
formulação e de implementação de políticas em saúde [...].
7.1 HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO A GESTANTE

Humanização na assistência ao parto não é um assunto novo no âmbito


da saúde, pelo contrário, vem sendo discutido há algumas décadas. A Organização
Mundial da Saúde (1996) fez uma proposta de promover o parto e o nascimento
saudáveis e a prevenção da mortalidade materna e perinatal, com intervenções
criteriosas, evitando-se excessos na utilização dos recursos tecnológicos
disponíveis. Neste manual de atendimento, as práticas hospitalares voltadas para as
gestantes em trabalho de parto preconizam a presença de acompanhante da
escolha da paciente (que a partir de 2005 passou a ser obrigatório no Sistema Único
de Saúde a partir da lei nº 11.108), informações e explicações sobre os
procedimentos que serão realizados, respeito à privacidade, utilização de métodos
não invasivos e não farmacológicos para o alívio da dor, entre outros.
Ademais, a atualidade é marcada pela discussão diante da necessidade
de humanizar o cuidado, a assistência e a relação com o usuário do serviço de
saúde e claro demais políticas de atendimento. O SUS instituiu uma política pública
de saúde que , mesmo com todos os avanços ainda nos dias de hoje, passa por
fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes
profissionais, fragmentação da rede assistencial, precária interação nas equipes,
burocratização e verticalização do sistema, baixo investimento na qualificação dos
trabalhadores, formação dos profissionais de saúde distante do debate e da
formulação da política pública de saúde, entre outros aspectos tão ou mais
importantes do que os citados aqui, resultantes de ações consideradas
desumanizadas na relação com os usuários do serviço público de saúde (Oliveira e
col, 2006).
O esforço pela humanização nas maternidades do SUS é visível desde
então, porém, percebe-se que existem ainda muitas limitações que dificultam esse
processo, tais como: a falta de leitos, de trabalhadores da saúde, estrutura física
inadequada, falta de recursos, falta de conhecimento sobre o assunto por parte dos
profissionais de saúde etc. O Ministério da Saúde tem sugerido ações que visam
preparar essas instituições para a assistência humanizada.
Para viabilizar esse objetivo foi implementado em 2000 o Programa de
Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) criado para assegurar o acesso,
cobertura e qualidade desde o pré-natal até o puerpério, respeitando os direitos de
cidadania. Para participar desse programa as maternidades públicas precisavam
preencher alguns requisitos como: receber com dignidade a mulher, seus familiares
e recém-nascido, adotando medidas benéficas para o parto e evitando práticas
intervencionistas desnecessárias (BRASIL, 2000).
Citando Gallian (2000) existe uma grande necessidade de “rehumanizar”
a saúde, de desenvolver e fornecer recursos humanísticos para a formação e
atuação dos profissionais da Saúde. Diz que só se pode falar em verdadeira
evolução do conhecimento bioclínico, quando se procura a integração dos saberes
que extrapolam o campo físico-experimental. As causas de toda mudança de
relação dos profissionais da Saúde com o paciente têm relação com as descobertas
cientificas e com a busca da espiritualidade. O processo de desumanização causa
efeitos sociais, antropológicos, políticos e econômicos.
Em 2001, o Ministério da Saúde apresentou um manual que tinha como
objetivo a humanização do nascimento através da disseminação de práticas e
conceitos de assistência ao parto para a capacitação dos profissionais de saúde, a
fim de que pudessem humanizar o processo de atenção à mulher durante a
gestação e o parto (Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher): A
atenção adequada à mulher no momento do parto representa um passo
indispensável para garantir que ela possa exercer a maternidade com segurança e
bem-estar. Este é um direito fundamental de toda mulher. A equipe de saúde deve
estar preparada para acolher a grávida, seu companheiro e família, respeitando
todos os significados desse momento. Isso deve facilitar a criação de um vínculo
mais profundo com a gestante, transmitindo-lhe confiança e tranquilidade. (BRASIL.
Ministério da Saúde, 2001, p. 38)
No hospital em que será realizada a pesquisa observa-se que algumas
das práticas de humanização sugeridas pelo Ministério da Saúde começaram a ser
introduzidas recentemente, com a reforma do Centro Obstétrico, que oferece seis
leitos de pré-parto e condições físicas para atender às normas de privacidade da
paciente e presença do acompanhante.
Acredita-se que para chegar a um atendimento humanizado
primeiramente faz-se necessária a compreensão do termo e suas implicações para o
serviço de saúde prestado, no caso do Centro Obstétrico, os profissionais de saúde
precisam estar cientes do significado da assistência humanizada no nascimento: A
prática humanizadora do nascimento é um processo em que o profissional deve
respeitar a fisiologia do parto, não intervindo desnecessariamente, reconhecer os
aspectos sociais e culturais do parto e nascimento, oferecendo suporte emocional à
mulher e sua família, facilitando a formação de laços afetivos familiares e o vínculo
mãe e filho; criar espaços para que a mulher exerça sua autonomia durante todo o
processo, permitindo um acompanhante da escolha da gestante, informar a paciente
todos os procedimentos a que será submetida, além de respeitar todos os seus
direitos de cidadania. (DIAS, 2005 apud SOUZA; GAÍVA; MODES, 2011, p. 480)
Por isso é importante uma equipe bem preparada, um ambiente calmo e
acolhedor, informações passadas de maneira adequada e no momento certo para
que a paciente desenvolva confiança na equipe e uma rotina bem estabelecida para
que haja uma unidade no atendimento, pois a vivência do parto é diferente para
cada uma das pacientes, já que o sentimento é algo subjetivo que vai depender,
segundo Silva (2011) das experiências, fantasias e sonhos que cada uma viveu
durante a gestação e das expectativas que têm para o momento do nascimento,
portanto essa experiência poderá ser positiva ou negativa, mesmo que o hospital em
que ela esteja internada tenha uma política de humanização, porque parto
humanizado não significa parto sem dor.
Dessa forma, para Silva (2011, p. 61) “os profissionais precisam
compreender como sua clientela vivencia a parturição, atender suas carências
individuais, com sua participação ativa e poder de escolha, vislumbrando um modelo
que possa levar a uma efetiva humanização”. No caso da gestante adolescente
primípara é importante compreender o momento que ela está vivendo, o que a
gravidez representa para ela, que atitudes ela espera dos profissionais que irão
atendê-la, suas expectativas para o parto e como ela percebe a chegada desse novo
ser em sua vida. A equipe de enfermagem tem um importante papel nesse contexto,
pois estará efetivamente presente em todas as etapas pelas quais a paciente irá
passar até estar com seu recém-nascido nos braços.
8. METODOLOGIA

8.1 Tipos de Pesquisa.

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa de campo, exploratória


com abordagem qualitativa. É exploratório por trabalhar com o “universo de
significações, motivos, aspirações, atitudes, crenças e valores”. Esse conjunto de
dados considerado qualitativo corresponde a um espaço mais profundo das
relações, não podendo reduzir os processos e os fenômenos à operacionalização de
variáveis (MINAYO, 2004, p. 28). A pesquisa de campo e de revisão bibliográfica,
qualitativa e quantitativa a ser realizado no Hospital Municipal Frei Ricardo, Itabela-
BA.

8.2 Amostra

Para a pesquisa de campo, a apresentação de um questionário que será


aplicado as gestantes num período de 1 mês. E para a revisão bibliográfica será
realizada a captação de publicações, em língua portuguesa, relacionados aos
temas, humanização, parto, direito das parturientes, através de bancos de dados
científicos eletrônicos, (Scielo, LILACS, Medline, Science Direct, SSP_BA), sites
locais, e de organizações ou instituições voltadas à pesquisa ou ao atendimento de
crianças e adolescentes envolvidos em crimes

8.3 Instrumentos e Procedimentos de Coleta


Para coleta dos dados que será realizada após aprovação da Secretaria
Municipal de Saúde e de um Comitê de Ética em Pesquisa, serão utilizados roteiro
para entrevista semiestruturada e gravada a fim de conhecer a realidade, os
sentimentos e percepções das gestantes com relação ao atendimento da
enfermagem obstétrica Esta entrevista constituir-se-á de tópicos que orientem a
conversa e permitam que o interlocutor traga novos temas e questões que possam
ser relevantes para a pesquisa, pois segundo o tempo necessário para a coleta de
dados será de aproximadamente 2 meses.

4.5 ANÁLISE

Com a captação das entrevistas, o procedimento a seguir e a


organização e compilação dos dados, e sua análise se dará por meio de
amostragem. De posse das anotações das entrevistas semi-estruturadas, dar-se-á
início à transcrição literal das mesmas. Após a transcrição, será realizada a leitura
das entrevistas, estabelecendo-se um primeiro contato com os textos, na tentativa
de apreensão dos sentidos que os sujeitos deixaram transparecer em suas falas. O
objetivo central é o alinhamento de ideias e a organização para que estas
representem a diversidade de opiniões.

8.4 Local de Estudo

A amplitude que abrange os dados obtidos através da pesquisa de campo


ficara no âmbito municipal, referem-se à cidade de Itabela, traçou-se um paralelo e
cruzamento de dados com as estatísticas do estado e em âmbito nacional.

8.5 Questões éticas

Este projeto de pesquisa será desenvolvido em conformidade com as


normas vigentes expressas na resolução 196 de outubro de 1996 e resoluções
complementares do Conselho Nacional de Saúde, e será submetido à análise do
Comitê de Ética em Pesquisa e no seu desenvolvimento serão observadas as
orientações e demais normas e recomendações éticas para a realização de
pesquisas no Brasil.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será entregue aos
participantes, os quais ficarão de posse de uma cópia permanecendo outra com o
pesquisador.
O material coletado será de uso exclusivo do pesquisador, sendo utilizado
com a única finalidade de fornecer elementos para a realização deste projeto de
pesquisa, da própria pesquisa e dos artigos e publicações que dela resultem. No
projeto da pesquisa e mesmo na escrita da dissertação, será assegurada a
confidencialidade dos dados e das informações que possibilitem a identificação dos
participantes.
9. RESULTADOS ESPERADOS

Com a conclusão deste projeto, o resultado esperado é a reflexão sobre as


problemáticas a serem sanadas dentro do HFR, e principalmente que a pesquisa
sirva de parâmetro para identificação de cada demanda a ser enfrenta nessa
mudança física e estrutural e de postura enquanto equipe de enfermagem.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, A. C. S. et al. Perfil de morbidade e de mortalidade de pacientes


hospitalizados. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, p. 1317-
1326, nov.-dez. 2004.

AMESTOY, S. C.; SCHWARTZ, E.; THOFEHRN, M. B. A humanização do trabalho


para os profissionais de enfermagem Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo,
v. 19, n. 4, p. 444-449, out.- dez. 2006.

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S. F. (Org.). Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e
práticas. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006. Coleção Criança, Mulher e
Saúde. 406 p.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edi- ções 70, 1979.

BONILHA, J. A. O novo paradigma: transdisciplinaridade. Disponível em:


http://br.monografias.com/trabalhos909/novo-paradigma-transdisciplinaridade/novo-
paradigma-transdisciplinaridade2.shtml. Acesso em: 11 setembro de 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei Orgânica da Saúde. Lei nº 8 080/90. Diário


Oficial da União, 28 dez. Brasília: Senado.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria- Executiva. Núcleo Técnico da Política


Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a
humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as
instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. (Série B. Textos Básicos de
Saúde). Disponível em: < bvsms.saude.gov.br/bvs/.../ humanizasus_2004.pdf>
Acesso em: 20 de março 2019.

BRASIL. Constituição de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de


1988. 48.ed. Rio de Janeiro: Escala, 2006.
_______. Ministério da Saúde. Resolução n° de 218 de março de 1997. Dispõe
sobre os profissionais de saúde de nível superior. Disponível em:
http://www.crprj.org.br/legislacao/documentos/resolucaosaude1997-218.pdf. Acesso
em: 26 de março de 2019.

______. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização:


a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em
todas as instâncias do SUS. Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. – Brasília: 2004. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf>. Acesso em: 20
de março de 2019.

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cuidados em saúde: limites, possibilidades, falácias. In: DESLANDES, S.F. (Org.)
Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 2006. pp. 85-108.
CHAVES, E. C.; MARTINES, W. R. V. Humanização no Programa de Saúde da
Família. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 274-279, abr.-jun. 2003.

DESLANDES, S.F. (Org.). Humanização dos cuidados em saúde: conceitos,


dilemas e práticas. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006. Coleção Criança,
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FORTES, P. A. C. Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da


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FRANCO, T. B.; BUENO, W. S.; MERHY, E. E. O acolhimento e os processos de


trabalho em saúde: o caso de Betim, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde
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GUSDORF, G. Passado, presente, futuro da pesquisa interdisciplinar. Revista


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PESSINI, L.; BERTACHINI, L. Humanização e Cuidados Paliativos. São Paulo:


Edições Loyola/Centro Universitário São Camilo, 2004. 336 p.
APÊNDICE A: ORÇAMENTO

MATERIAIS CONSUMIDOS E VALOR QUANTIDADE VALOR


SERVIÇOS TERCEIRIZADOS UNITÁRIO UTILIZADA TOTAL

Gravador R$ 200,00 01 R$ 200,00

Pilha alcalina AAA R$ 2,50 10 R$ 25,00

Encadernação R$ 2,50 07 R$ 17,50

Encadernação (capa dura) R$ 20,00 08 R$ 160,00

Pacote 500 folhas A4 R$ 15,00 03 R$ 45,00

Caneta estereográfica R$ 1,00 04 R$ 4,00

Pasta simples R$ 5,00 05 R$ 25,00

Impressão (folhas) R$ 0,10 500 R$ 50,00

Revisão língua portuguesa R$ 300,00 01 R$ 300,00

CD-RW R$ 8,00 01 R$ 8,00

Caderno 200 folhas R$ 10,00 01 R$ 10,00

TOTAL R$ 844,50

APÊNDICE B: CRONOGRAMA
2019
F M A M J J A S O N D J F M A
ATIVIDADES E A B A U U G E U O E A E A B
V R R I N L T T Z N V R R
O V
Delimitação do Problema X X

Revisão X X X X
Bibliográfica

Elaboração do projeto de pesquisa X X X X X

Entrega para a Escola GHC X


Apresentação na banca X
examinadora

Apresentação ao comitê de ética X

Coleta de dados X X
Apresentação de resultados X
Publicação de artigo X
APÊNDICE C: QUESTIONÁRIO

Nome: ..................................................................................................................

Idade:....................... Idade gestacional:.............................................................


1) Realizou pré-natal?
2) Onde?
3) Quais foram os assuntos abordados durante o pré-natal?
4) Fale sobre suas expectativas para a chegada do seu bebê?
5) Como você se sentiu quando chegou ao Centro Obstétrico?
6) Qual foi sua impressão sobre o setor?
7) Você foi atendida logo que chegou?
8) A pessoa que lhe atendeu se apresentou pra você?
9) Você recebeu informações sobre os procedimentos que seriam realizados
pelo profissional de enfermagem no setor de admissão?
10)Quais procedimentos foram realizados com você? Relate-os.
11)Quando mudou do setor de admissão para o pré-parto, o profissional de
enfermagem que lhe recebeu se apresentou pra você?
12)Você foi chamada pelo seu nome todas às vezes que falaram com você?
13)Seu familiar esteve presente todo o tempo com você?
14)Em que momento você gostaria que ele tivesse entrado?
15)O que a presença do seu familiar representa pra você?
16)Sua privacidade foi preservada pelo profissional de enfermagem durante
os procedimentos? Em algum momento você se sentiu invadida? Explique.
17)Em algum momento os profissionais da enfermagem convidaram-na a
esclarecer dúvidas?
18)Quais eram as suas dúvidas?
19)A equipe de enfermagem passou a você informações sobre a evolução do
parto, técnicas de relaxamento e alívio da dor que podem ser utilizadas
enquanto você estiver em trabalho de parto? Comente?
20)Como você definiria o que está sentindo agora?
21)Você está satisfeita com o atendimento prestado até agora pela equipe de
enfermagem? Explique
22)Gostaria de dar alguma sugestão para melhorar a qualidade do
atendimento de enfermagem no Centro Obstétrico? Explique:
ANEXO A – TERMO LIVRE ESCLARECIDO (ESSE É FORNECEDO PELA
INSTITUIÇÃO

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