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12 RAZÕES PARA DEFENDER

A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
1. ELA GARANTE A AUTONOMIA DAS MULHERES, respeitando sua capacidade de pensar, decidir
e agir de acordo com seus próprios valores e concepções e considera que elas podem fazer isto de
forma responsável e ética.
2. SÃO MUITOS OS MOTIVOS QUE LEVAM UMA MULHER A ABORTAR: não se sentir preparada
para ser mãe; ter sido abandonada pelo “companheiro”; porque perderá o emprego; porque será
expulsa de casa; por não ter como sustentar mais uma criança; porque engravidou de um estupro
no casamento ou porque não quer ter filhos/as. Seja qual for o motivo, não cabe à sociedade, a
Igreja, a mídia ou qualquer outra instituição julgá-la e muito menos condená-la.
3. A CRIMINALIZAÇÃO NÃO IMPEDE AS MULHERES DE ABORTAR. Quando uma mulher se vê
diante de uma gravidez que ela não deseja ou que, por algum motivo, não pode manter, ela aborta
de qualquer jeito, mesmo correndo risco de morte: tomando chás, xaropadas, se perfurando com
agulhas, arames ou outro objeto qualquer.
4. O ABORTO É HOJE UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. Devido ao grande número de
mulheres que faz aborto na clandestinidade, no Brasil, o aborto é a quarta causa de morte materna
e o responsável por inúmeros casos de esterilização e outras complicações.
5. A CRIMINALIZAÇÃO MANTÉM UMA SITUAÇÃO DE PRIVILÉGIO. As mulheres ricas
(geralmente brancas) têm como pagar uma boa clínica para fazer um aborto rápido e seguro. Já as
demais (geralmente pobres, jovens e negras) têm que se submeter a procedimentos inseguros que
colocam sua vida em risco.
6. NENHUM MÉTODO ANTICONCEPCIONAL É 100% SEGURO. Todos os métodos hoje
disponíveis podem falhar, levando mulheres a uma gravidez inesperada. Até a vasectomia, o
método mais seguro, falha em 5% dos casos. Assim, qualquer mulher que tiver uma relação sexual
pode se ver diante de uma gravidez que ela pode querer ou não levar adiante.
7. A CRIMINALIZAÇÃO EXPRESSA UMA CULTURA MACHISTA. Nenhuma mulher engravida
sozinha, mas os homens não são responsabilizados pela gravidez nem por evitá-la. Esta
responsabilidade é imputada somente às mulheres e só elas arcam com as conseqüências.
8. NÃO HÁ DEFINIÇÃO CERTA DE QUANDO COMEÇA A 'VIDA'. Inúmeras teorias tentam explicar
quando começa a vida humana, mas nenhuma delas é consenso ou está plenamente comprovada.
Dessa forma, nenhuma delas, mesmo que defendida por instituições religiosas, deve interferir nas
políticas públicas ou sobre o corpo das mulheres.
9. A ILEGALIDADE CONDENA AS MULHERES A MORTE E A MALTRATOS. Tanto as mulheres que
abortam espontaneamente como as que provocam o aborto, quando chegam a um serviço público
de saúde com abortamento em curso ou um sangramento vaginal qualquer, são tratadas como
criminosas. São maltratadas, humilhadas, massacradas e até presas injustamente.
10. A MATERNIDADE É UM DIREITO E NÃO UMA OBRIGAÇÃO. Para a maioria das mulheres a
maternidade é muita esperada e desejada, por isso, ela deve ser um ato voluntário, de liberdade e
de amor. Obrigar uma mulher a levar adiante uma gravidez que ela não deseja é tornar a
maternidade algo vil, menor, desprovido de amor e carinho.
11. LEGALIZAR O ABORTO NÃO OBRIGA NENHUMA MULHER A PRATICÁ-LO. Apenas garante o
direito das mulheres de fazê-lo, definindo em que circunstâncias, em que período da gravidez,
onde e quem (que profissional) pode fazer o procedimento.
12. O ESTADO BRASILEIRO É LAICO. Em uma sociedade democrática, o Estado laico significa a
separação entre poder político e as instituições religiosas, e a não admissão de interferência direta
de um determinado poder religioso nas questões do Estado. Sendo o Estado brasileiro laico, este
não pode determinar suas leis mediante qualquer convicção religiosa.
POR ISSO REINVINDICAMOS QUE O ESTADO BRASILEIRO, ATRAVÉS DO PODER EXECUTIVO,
ENCAMINHE AO LEGISLATIVO O PROJETO DE LEI, ELABORADO PELA COMISSÃO TRIPARTITE,
QUE LEGALIZA O ABORTO NO BRASIL!

MAS AFINAL, O QUE PREVÊ ESSE PROJETO DE LEI?


A definição de critérios para a realização da interrupção da gravidez, determinando que a mulher
pode realizar o aborto:
1) até a 12ª semana por decisão própria, independente do motivo;
2) até a 20ª semana quando a gravidez decorre de violência sexual;
3) a qualquer tempo, em casos de anomalias fetais incompatíveis com a vida e em casos de grave
risco à saúde ou à vida da mulher.
Determina ainda que o atendimento seja garantido no SUS à todas as mulheres, em qualquer caso.

AGENDA POLÍTICA
Participe das ações das “Jornadas pelo direito ao aborto legal e seguro”

Jornadas pelo Direito ao Aborto – SERRA DE IBIAPABA


Contato: Neudenis Albuquerque (88-99043023|36714414)
10 a 26/09 – Jornada de debates sobre o Direito ao Aborto (oficinas, rodas de conversas, palestras) –
FORTALEZA
Contato: Tassiana Lima (85-8744.9001), Cristiane Faustino (85-9626.7582), Beth Ferreira (85-9633.2001)
19/09 – Audiência Pública “Aborto e direitos humanos”. Assembléia Legislativa. Horário:14:30h
Contato: Beth Ferreira (85-96332001)
20/09 – Manhã: Seminário “Aborto e direitos humanos” / Tarde: Oficina “aborto e fé religiosa” – QUIXADÁ
Contato: Sheila Maria (85-3412.1786 | 3414.4665)
28/09 - ATO em Defesa do Aborto Legal e Seguro e VIGÍLIA em memória das mulheres que morreram
por aborto inseguro.
Concentração: 15h – Praça do Carmo (Av. Duque de Caxias com Barão do Rio Branco)
Ato e Vigília: 17h, Praça do Ferreira (Centro)
Contato: Tassiana Lima (85-8744.9001), Cristiane Faustino (85-9626.7582), Beth Ferreira (85-9633.2001)

Jornadas
pelo Direito
ao Aborto
Legal e Seguro
Fórum Cearense de Mulheres

APOIO:
AMF-Articulação de Mulheres de Fortaleza, ABONG-Associação Brasileira de ONGs, APROCE-Associação de
Prostitutas do Ceará, CDD-Católicas pelo Direito de Decidir, CEAJ-Centro de Estudos Aplicados à Juventude,
CMP-Central dos Movimentos Populares, CASA-Centro de Assessoria ao Adolescente, Coletivo de Jovens
Feministas, CUFA-Central Única das Favelas, ESPLAR-Centro de Pesquisa e Assessoria, Fábrica de Imagens,
GRAB-Grupo de Resistência Asa Branca, Instituto Terramar, IJC-Instituto de Juventude Contemporânea, Instituto
Negra do Ceará, LAMCE-Liberdade de Amor entre Mulheres, MIM-Movimento Ibiapabano de Mulheres, MoMA-
Movimento de Mulheres de Amontada, NEGIF-UFC, Secretaria de Mulheres da CUT-CE, UBM-União Brasileira de
Mulheres, UJS-União da Juventude Socialista, UNE-União Nacional dos Estudantes.

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