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sanarsaude.com/blog/reforma-psiquiatrica-brasil-mundo-psicologia
Cada tópico desse, está recheado de conteúdo para você se aproximar, estudar, revisar
sobre Reforma Psiquiátrica e o movimento antimanicomial.
a forma de tratamento;
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as Comunidades Terapêuticas Psiquiátricas (Inglaterra),
a Psicoterapia Institucional e Psiquiatria de Setor (França) e
a Psiquiatria Comunitária (Estados Unidos).
Nesse espaço, que continha cerca de 100 leitos, buscava-se que a instituição se
configurasse como uma comunidade. Havia reuniões frequentes com os profissionais
e internos para discutir questões sobre o tratamento e utilizava-se de técnicas
educativas para propósitos construtivos.
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apesar dessa mobilização dos setores, a Psiquiatria de Setor manteve o hospital no
mesmo lugar.
Psiquiatria Comunitária
Além das experiências europeias, nos Estados Unidos, deu-se a Psicoterapia
Comunitária (Psicoterapia Preventiva), tendo como seu principal teórico Gerald
Caplan.
Esta se constituiu como uma estratégia de programas de saúde na década de 1960 que
mudava o foco do tratamento das doenças mentais, para a prevenção destas. Sendo
que, para sua efetivação a ideia era buscar esforços para criação de modelos alternativos
às instituições hospitalares e incentivo a esses novos serviços, como também a redução
dos gastos com internações.
No entanto, o que foi percebido é que mesmo direcionando o foco para a prevenção e
não a cura, não ocorreu uma ruptura com o modelo manicomial. Assim, não
houve diminuição de internações nos hospitais americanos, ao contrário, observou-
se um aumento da internação de psicóticos.
Antipsiquiatria e desinstitucionalização
Na década de 1960, a crítica ao paradigma asilar teve, em Gorizia (Itália) a sua
primeira grande ruptura em relação à constituição da psiquiatria como saber sobre a
loucura. Essa ruptura teve como sustentação teórica a Antipsiquiatria inglesa, que
tinha como pressuposto básico o questionamento crítico da ciência psiquiátrica como
única detentora do saber sobre a doença mental, mais propriamente sobre a
esquizofrenia
A compreensão sobre a loucura não poderia se dar por intermédio das análises
reducionistas da psiquiatria, ao mesmo tempo que suas práticas, essencialmente
manicomiais, eram vistas como violentas.
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Contudo, foi no Hospital de Trieste (1971) que se iniciou de fato o processo de
desinstitucionalização, ocorrendo a abertura deste a comunidade e a reinvenção
do espaço como local de convivência social e de experiências culturais e educativas.
Dessa forma, em 1978 na Itália é constituída a lei 180 que estabeleceu a abolição do
estatuto de periculosidade do doente mental e a proibição da construção de
novos hospitais psiquiátricos e novas internações.
Portanto, como não havia tratamento para os doentes mentais no país, os ricos eram
mantidos escondidos nas casas e os pobres que perambulavam pelas ruas passaram a
ser trancafiados nos porões das Santas Casas de Misericórdia, onde viviam em
condições degradantes.
Os pacientes que se encontravam até então, nas Santas Casas de Misericórdia são
transferidos para a primeira instituição psiquiátrica brasileira que tinha como base a
ideia do tratamento moral.
O Hospício Dom Pedro II, manteve-se vinculado a Santa Casa até 1890 (depois da
desvinculação renomeado Hospital Nacional dos Alienados). E logo nos primeiros anos
após a Proclamação da República ocorreu a implantação das primeiras Colônias de
Alienados, destinadas especificamente a pacientes homens indigentes.
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Depois de irregularidades administrativas e orçamentárias nas colônias e no hospital,
Juliano Moreira, psiquiatra brasileiro, foi nomeado em 1903, diretor do serviço
sanitário do Hospício Nacional de Alienados e da então Assistência Médico-Legal
de Alienado.
Ao assumir seu novo cargo, o psiquiatra iniciou algumas mudanças à instituição como:
Juliano Moreira, assim, atraiu vários jovens profissionais e fez do hospital uma
verdadeira escola de psiquiatria. Porém, as colônias e o hospital continuavam com
sua prática excludente.
Em 1923, a Fundação da Liga Brasileira de Higiene Mental tornou ainda mais forte o
movimento de higiene mental. “As palavras de ordem da Liga eram “controlar, tratar
e curar” e os fenômenos psíquicos eram vistos como produtos da raça ou do meio,
decorrentes de obscuros fatores biológicos ou orgânicos” (FONTE, 2013).
Somente em 1970, no contexto de reforma sanitária, que se teve início aqui no Brasil
discussões sobre a necessidade de humanizar o tratamento das pessoas com
transtornos mentais. Nesse momento, diversos setores da sociedade estavam
mobilizados em torno da redemocratização do país (período da ditadura militar).
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Referências
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