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AGRADECIMENTOS
O conteúdo deste curso foi desenvolvido a partir do caderno “Castanha - Boas práticas
para o extrativismo sustentável orgânico”, no âmbito do Projeto Nacional de Ações Inte-
gradas Público-Privadas para a Biodiversidade (ProBio II), contrato administrativo SFB nº
5/2013, firmado com o Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA).
Este produto faz parte das atividades previstas no Componente 3 do projeto Gestão
Florestal para a Produção Sustentável, em junho de 2018.
Sumário
Para ajudá-lo (a) no decorrer dos estudos, vamos contar com dois casais que trabalham com a Castanha
e estão prontos para trocar informações, conhecimentos tradicionais e apresentar as principais técnicas e
boas práticas para o Manejo da Castanha.
Meu nome é Carlos, Eu sou a Ana. Meu nome é Francisca, Eu sou o Sebastião,
sou técnico exten- Também atuo como ou Chica, como sou mas todos me cha-
sionista, e pretendo técnica extensionista mais conhecida. Sou mam de Tião. Também
extrativista com muito
trazer informações junto com meu colega sou extrativista e tra-
orgulho! Eu e a minha
importantes sobre o Carlos. família sempre traba- balho com a Castanha
manejo da castanha e lhamos com Castanha. desde menino. Estou
as boas práticas para Ensinar e aprender faz aqui para aprender
produção orgânica! parte do nosso modo mais sobre as fases
de vida aqui na flore - de planejamento e
ta! Melhorar a renda
manejo, e posso ensi-
da nossa família e
aprender mais sobre o nar o que eu aprendi
manejo da castanha é com os mais velhos da
comigo mesmo. Tenho minha comunidade.
muitas dúvidas sobre o
manejo das castanhas
e, principalmente, so-
bre os aspectos legais
relacionados à essa
atividade.
A castanheira (Bertholletia excelsa H & B) é uma A espécie foi descrita em 1807 por Humboldt e
árvore de grande porte característica do bioma1 Bonpland, e incluída na família das Lecythidace-
Amazônia. Ocorre em mata alta de terra firme e, em ae Poiteau, em 1825. Representa a única espécie
determinados locais, forma os chamados castanhais, existente no gênero Bertholletia e, embora exista uma
em associação com outras espécies também de considerável variação no tamanho, forma e número
grande porte. de sementes por fruto, não se constitui justificativa
plausível para reconhecer mais de uma espécie (MORI
& PRANCE, 1990 citado por BARBEIRO, 2012, p. 4).
1
Bioma: Conjunto de seres vivos e ambiente
constituído pelo agrupamento de tipos de
Seu porte se sobressai na floresta, chegando a 50
vegetação, com condições geográficas e cl -
metros de altura e até 2 metros de diâmetro (CY-
máticas similares e compartilhadas. No Brasil,
MERYS, et al., 2005). Seus frutos são conhecidos
há seis biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado,
como “ouriços”, que chegam a pesar até 1,5 kg e
Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
conter até 25 sementes, denominadas como casta-
nhas, estas são ricas em vitaminas, gorduras e pro-
teínas. A descrição foi feita por estudo da Embrapa
(2004), que será utilizado como referencial bibliográ-
fico no decorrer do curso.
2
Plântula: Embrião desde o início do seu desenvolvimento, em consequência da germinação da semen-
te, até a formação das primeiras folhas.
Atenção
Vale destacar que a castanha-do-brasil é um produto muito apreciado no mercado internacional e, de
acordo com o IBGE, em 2016, a produção da extração da amêndoa foi de 34.664 toneladas e movi-
mentou 79,6 milhões de reais na produção primária. Essa produção vem em grande parte de ativida-
des extrativistas coletadas em Unidades de Conservação, terras indígenas e assentamentos rurais e
são responsáveis por boa parte da renda de milhares de famílias representantes de Povos e Comunida-
des Tradicionais e Agricultores Familiares. E, portanto, as interações do modo de vida tradicional com
a produção sustentável permitem a melhoria da qualidade de vida dos povos da floresta, segurança
alimentar com a conservação da biodiversidade da Amazônia.
Fonte: Embrapa
1.2.3 Dispersão
A dispersão da castanheira depende da interação com a fauna. As cutias (Dasyprocta spp.) e os
macacos caiarara (Cebus kaapori) e prego (Sapajus apella) são responsáveis por grande parte da
dispersão de sementes. Estes animais, especialmente as cutias, enterram as sementes para servir
de alimento na época de escassez e se esquecem de muitas delas que acabam germinando. Desta
maneira, ocorre o processo de dispersão.
No Brasil, a castanheira
está presente na Amazônia
Legal3 nos estados desta-
cados no mapa e, predo-
minantemente, nas áreas
altas de terra firme, com
melhor desenvolvimento
em clareiras. Os maiores
castanhais ocorrem, prin-
cipalmente, nos estados
do Acre, Amazonas, Pará,
Rondônia e Mato Grosso.
A castanheira também está presente na Bolívia, Peru, Guianas, Suriname e Venezuela. Estudos demonstram
que em áreas naturais a densidade4 de árvores adultas varia de 1 a 5 por hectare, mas de uma maneira
geral costuma-se dizer que, em média, encontra-se 1 árvore em idade produtiva por hectare.
4
Densidade: A densidade de uma espécie diz respeito à quantidade de plantas em determinada área,
sendo expressa em número de árvores/ha.
5
Reserva Extrativista: área natural utilizada por populações extrativistas tradicionais onde exercem
suas atividades baseadas no extrativismo, na agricultura de subsistência e na criação de animais
de pequeno porte, assegurando o uso sustentável dos recursos naturais existentes e a proteção dos
meios de vida e da cultura dessas populações. Permite visitação pública e pesquisa científica
7
Floresta Estadual: Tal como as Flonas, as Flotas seguem as mesmas características na jurisdição
estadual.
8
Reserva de Desenvolvimento Sustentável: área natural onde vivem populações tradicionais que
se baseiam em sistemas sustentáveis de exploração de recursos naturais desenvolvidos ao longo de
gerações e adaptados às condições ecológicas locais. Permite visitação pública e pesquisa científica
VOCÊ SABIA?
Diante desse contexto, o Estado passou a unir esforços para atender de forma diferenciada a
esse público tão diverso. Com vistas a fortalecer a prática extrativista sustentável e a manuten-
ção das florestas, nas últimas décadas foram criadas políticas públicas e legislações que vêm
favorecendo o manejo sustentável de produtos florestais de uso múltiplo, da madeira ao óleo, de
uma grande diversidade de espécies nativas, como você poderá conhecer mais no módulo 4.
desenvolvimento de tecnologias
méticos – já que a castanha- e inovações; o fortalecimento
-do-brasil possui propriedades das cadeias e dos arranjos
emolientes9 e hidratantes no- produtivos; o uso sustentável
táveis – e farmacêuticos. Neste da biodiversidade brasileira; e o
particular, a castanha tem sido desenvolvimento do Complexo
considerada pelo potencial Produtivo da Saúde.
como remédio para muitos ma-
les, inclusive do coração.
Importante
9
Emolientes: Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a castanha-do-pará,
substâncias que além de nutrir, ajuda a combater doenças cardiovasculares. As chamadas gordu-
têm a proprieda- ras saudáveis presentes na castanha promovem a diminuição do LDL (colesterol
de de amolecer. “ruim”) e o aumento do HDL (colesterol “bom”), prevenindo, assim, doenças
cardiovasculares.
Encerramento do módulo 1
ATER
TÉCNICO
o processo de pré-
curso. Nele, você -coleta, atividades
aprenderá sobre o da coleta e, por
Manejo da fim, as atividades
Castanha. de pós-coleta.
Saiba mais
A descrição das etapas do manejo e os cuidados para o controle higiênico-sanitário de castanha-do-
-brasil são apresentados nos documentos:
São informações oriundas do conhecimento técnico científico e das práticas tradicionais utilizadas
por diversas instituições de apoio e fomento, que desenvolvem atividades relacionadas ao desenvol-
vimento da cadeia produtiva da castanha-do-brasil.
Importante
É importante fazer um mapeamento inicial da área em que será realizada a atividade de manejo, iden-
tificando sua situação fundiária: se é uma área particular, uma área destinada pela União (Unidades de
Conservação, Projetos de Assentamento etc.) ou uma área destinada estadual. É importante lembrar
que de acordo com a Lei nº 12.651, de 2012, todos os imóveis rurais devem estar inscritos no Cadas-
tro Ambiental Rural (CAR).
Saiba mais
Pesquise mais sobre o CAR no portal www.car.gov.br ou procure um órgão ambiental mais próximo
de sua comunidade.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável: área natural onde vivem populações tradicionais que se
11
Floresta Nacional: área com cobertura florestal onde predominam espécies nativas, visando o uso
12
12 x 2 = 24
Número de latas (de 10kg) de castanhas por árvore: 2
Quando for realizar a etapa de inventário florestal, é importante que faça antes a abertura das trilhas e limp -
za da área a ser inventariada. Esta medida evita acidentes e facilita a identificação das árvores
Prego, martelo, plaquetas de alumínio ou fitas de plástico resistente: para identificar com um
número de ordem (o mesmo anotado na planilha ou caderno) cada árvore inventariada, fixe a
placa identificadora ou amarre a fita no prego fincado no tronco da árvo
Fita métrica ou trena: para medir a espessura das árvores. Caso você tenha uma fita diamétrica,
você pode anotar diretamente o diâmetro da árvore ao invés de sua circunferência; o importante
é que você tenha uma medida confiável que lhe permita acompanhar o crescimento da árvore em
espessura e associá-lo a sua capacidade produtiva.
Principais equipamentos de proteção individual (botas, capacete, calça comprida, luvas, bainha
para o facão): para envio de informações e imagens georreferenciadas.
Equipamentos de proteção individual (botas, capacete, calça comprida, luvas, bainha para o facão):
para reduzir os riscos de acidentes causados por animais peçonhentos, por queda dos ouriços,
pedaços de galhos ou cipós, por contato com espinhos, pedaços pontiagudos da vegetação ou com o
próprio facão, entre outros riscos.
Deve-se utilizar uma ficha de mapeamento com informações sobre o produtor, a localização da área e dados
das árvores (ALECHANDRE et al., 2007).
Observe o modelo.
TÉCNICO
Mapa
Nesta fase, devem ser mapeadas as castanheiras com circunferência à altura do peito
(CAP) mínima de 30 cm e identificados os pontos de amontoa e quebra dos frutos nos
casos em que há predeterminação desses pontos. Em uma ficha de campo, devem ser
anotados os seguintes dados:
Georreferenciamento (opcional);
Produção estimada (opcional – essa variável deve ser anotada nos casos
em que o produtor tem uma estimativa média de produção para as árvo-
res) – Ocorrência de cipós entrelaçados na copa, causando má formação
dos galhos ou comprometendo a copa.
áreas de coleta.
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Curva diamétrica:
representa a distri-
buição do número
de indivíduos en-
contrados em cada
classe de diâmetro.
Densidade e frequência;
Um estudo realizado no município paraense de Marabá observou que uma castanheira produz, em
média, 29 ouriços por ano, equivalente a cerca de 3 quilos de castanha (amêndoa com casca) por
árvore por ano (Salomão, 1991). Outro estudo informa que castanheiras jovens (em torno de 16
anos) produzem entre 30 a 50 ouriços por ano, porém, castanheiras com idade entre 200 a 400
anos chegam a produzir até 1.000 ouriços por ano! (Shanley et al., 2006).
Saiba mais
O corte de cipós deve ser feito não só nas árvores que serão exploradas, mas como em castanhei-
ras jovens que ainda não produzem frutos. Com o corte de cipós, as plantas jovens são liberadas
para que cresçam e se desenvolvam sem impedimentos, enquanto as árvores produtivas têm sua a
produção favorecida, uma vez que o lançamento de folhas novas está diretamente relacionado com
a floração e, consequentemente, a produção de frutos. O corte de cipós só deve ser realizado para
esses dois objetivos, pois também são importantes na floresta, sendo fonte de alimento para fauna,
entre outras interações.
Importante
Do plano, deverá constar, também:
Antes da coleta, deve-se realizar a limpeza embaixo das castanheiras para evitar acidentes com
animais peçonhentos. Para essa tarefa, deve-se utilizar uma vara de cabo longo com uma foice na
ponta.
O plano de coleta poderá ser refeito conforme a necessidade local (anual, bienal
ou trienal) e sempre que houver necessidade de alterações.
Área de coleta
15
Planilha: tipo
Dias de coleta de formulário em
que se registram
Quantidade de árvores informações que
Planilha para podem ser atua-
controle de coleta lizadas à medida
Quantidade de coletas
que se altera um
Envolvidos no trabalho ou mais dados
que a compõem.
Planilha para controle de coleta
Portanto, a elaboração do plano de coleta deve ser discutida entre os produtores, levando em consideração
as condições regionais (logística e sistema de coleta) e ambientais (época de queda dos frutos, períodos de
chuvas ou secas, entre outros) (BRASIL, 2012).
Terçado ou mão de onça/luminária: são usados para içar o ouriço que está
no chão e levá-lo até o paneiro localizado nas costas, evitando o movimento
de abaixar para coletar com a mão, e também minimizar a possibilidade de
ataque de animais peçonhentos, uma vez que cobras, escorpiões e aranhas
costumam habitar o amontoado de castanheiras que estão na mata.
A IN n° 11/2010 do MAPA, que descreve os procedimentos para o controle higiênico sanitário da castanha-
-do-brasil, determina que sejam feitos os registros de todos os procedimentos realizados durante as ativida-
des, os quais devem ser feitos pelos próprios integrantes da cadeia. Tem como objetivo comprovar a aplica-
ção das medidas de prevenção e redução da contaminação da castanha-do-brasil por aflatoxinas, por esta
razão são denominados como autocontrole (ALVARES, 2011). Os registros podem ser feitos em cadernetas
de campo ou fichas, as quais devem descrever o início e término de cada etapa realizada. O quadro ao lado
apresenta um modelo de registro dos procedimentos durante a coleta.
Importante
É importante também realizar o acompanhamento e monitoramento da produção, por meio de anotação
de toda a produção de castanha coletada durante a safra. Essa atividade poderá auxiliar, futuramente,
no cálculo da estimativa da capacidade de produção do castanhal. Com base nas árvores mapeadas, é
realizada a anotação de produção por árvore. Isso é importante para saber se a quantidade produzida
varia de uma safra para a outra. Essa ferramenta pode auxiliar a negociação da venda da castanha com
o mercado consumidor (PINTO et al., 2010).
2.2.4 Amontoamento
O local deve ficar fora do alcance da copa da castanheira para evitar que acide -
tes aconteçam com a queda de ouriços, e deve ser diferente daquele escolhido
na safra anterior, pois restos que ficarem de um ano para o outro no chão da
floresta podem ser fonte potencial de fungos produtores de aflatoxinas
Se a pilha de ouriços for ficar por vários dias na floresta, estes devem ser espal -
dos sobre os jirais, com a abertura na parte de baixo, para aumentar a circulação
do ar, reduzir a retenção de umidade e o risco de contaminação das castanhas.
O tempo de amontoa deve ser de, no máximo, 3 dias (ALVARES, 2011; BRASIL,
2012; EMBRAPA, 2004; IDAM, 2011; PINTO et al., 2010).
Onde?
Planejamento Quando?
Quantas vezes?
Para a castanha, recomenda-se realizar a coleta somente após o pico da queda dos frutos, para
evitar acidentes e possibilitar a regeneração natural das sementes (BRASIL, 2008, 2012). Assim,
deve-se realizar um calendário de coleta para precaver possíveis acidentes de trabalho e possibi-
litar a dispersão e regeneração natural da espécie alvo.
Importante
Em todas as etapas da produção, é importante
se informar e ter todos os cuidados para evitar
que um alimento que será comercializado ou
consumido esteja contaminado. No caso da
castanha-do-brasil, uma importante normativa
é a Resolução do MS/Anvisa RCD nº 7, de 18
de fevereiro de 2011, que regulamenta os limi-
tes máximos de micotoxinas para alimentos.
Assim, o plano de coleta deve ser discutido pelos produtores levando-se em conta ATER
época de queda dos frutos, períodos de chuvas ou secas, dentre outras. Também é
importante definir os períodos de não coleta para determinadas árvores em sistema
de rodízio, para não saturar todas as castanheiras.
Para garantir a qualidade das castanhas, a primeira coleta deve ser feita logo de-
pois que a maioria dos frutos (ouriços) tiver caído. O ideal é que a coleta seja feita
durante a safra, com intervalo mínimo de 30 dias entre uma coleta e outra.
Lavagem da castanha
A lavagem da castanha pode ser considerada um processo eficiente para a seleção das ca -
tanhas, pois facilita a eliminação daquelas podres, vazias e chochas, além de impurezas que
flutuam na água. Porém, esta prática só será benéfica se a secagem for imediata, caso cont -
rio, é melhor não lavar as castanhas (BRASIL, 2012, p. 28).
A lavagem deve ser realizada com auxílio de caixas plásticas de cor clara a fim de facilitar a d -
tecção de impurezas, tais como folhas, pedações de galhos, insetos etc. Deve-se preencher as
caixas com castanha, fazer imersão em água corrente movimentando rapidamente a caixa para
arraste das impurezas. Em seguida, é necessário escorrer bem a água e distribuir as castanhas
no local de secagem ou pré-secagem, que deve ser localizado o mais próximo possível. Após a
lavagem, se as castanhas não forem secas, a umidade pode facilitar a proliferação de fungos e
aumentar a porcentagem de perdas (BRASIL, 2012, p. 28).
Deve ocorrer em estrutura adequada (armazém ou paiol) e ter acesso restrito (es-
cada removível, local para fechamento com cadeados ou chaves);
Deve ser feita em superfície limpa (na estrutura citada no item anterior), onde as
castanhas serão dispostas em camadas de 20 cm e revolvidas a cada dois (02)
dias, fazendo uma segunda seleção das castanhas, com a retirada de castanhas
estragadas e cortadas, além de outras impurezas;
Segundo Leite (2008), a castanha-do-brasil, para ser armazenada na floresta, necessita de uma
estrutura de secagem que permita uma rápida redução da atividade de água16 para teor seguro
(menor que 0,70). Caso contrário a armazenagem prolongada só é recomendada se houver possibili-
dade de controle local quanto à umidade relativa e temperatura do ambiente de armazenamento.
16
Atividade de água (Aw): Relação entre a pressão de vapor de água em equilíbrio sobre o alimento
(Ps) e a pressão de vapor da água pura (Po), à mesma temperatura, que expressa o teor de água livre
no alimento. A importância da atividade de água está na sua relação com a conservação dos alimen-
tos. O valor máximo da atividade de água é 1 na água pura.
O armazenamento é a etapa mais importante para a tressafra. Não é recomendável utilizar o galpão para
qualidade da castanha e para evitar a contaminação armazenar outros produtos (insumos, produtos agrí-
das amêndoas por fungos. Caso a produção não seja cola), bem como não deve permitir o acesso de ou
comercializada imediatamente, o produto deve ser ar- frequentado por animais (PINTO et al., 2010).
mazenado com casca (a granel) em galpão de madei-
ra e tela. O tamanho do armazém deve ser de acordo As paredes e assoalhos devem ter espaçamento
com a produção, a fim de se evitar grandes pilhas de entre a madeira de 1,5 cm para facilitar a ventilação.
castanha, pois dificultam a circulação de ar. O galpão Meia parede deve ser constituída de tela. Os galpões
deve ser construído a uma altura de 0,8 m a 1,0 m devem ser protegidos contra entrada de animais
do chão, para permitir a circulação do ar, e evitando, (aves, animais domésticos e silvestres e roedores),
assim o contato com o solo, e elevada umidade. para isso é importante que a escada seja removível e
nos esteios da construção do armazém devem-se im-
O galpão deve ter tamanho planejado conforme plantar cones invertidos ou saias de alumínio (ALVES,
a quantidade da produção familiar para não ficar 2009; EMBRAPA, 2004; PINTO et al., 2010).
superlotado e ser mantido fechado durante a en-
Os tratamentos silviculturais, para a grande maioria das espécies, representa melhoria da produção e
conservação da espécie a partir do enriquecimento ou plantio de mudas, de forma a permitir a manu-
tenção da espécie a longo prazo.
Uma das atividades também recomendadas é a limpeza das trilhas e dos caminhos que interligam as
castanheiras e castanhais. A limpeza facilita a coleta e o transporte dos ouriços e das castanhas. Da
mesma forma, o corte de cipós deve ser adotado para liberação de castanheiras jovens e reprodutivas.
Mas só deve ser feito nos casos em que esteja bem caracterizado que os cipós estão prejudicando,
de alguma forma, a produção de frutos ou sementes da castanheira. Caso os cipós estejam causando
danos que impeçam o crescimento, eles devem ser eliminados.
Antes de cortar ou eliminar cipós, é preciso considerar que a densidade de cipós nas copas das árvo-
res pode estar diretamente ligada à manutenção do habitat17, muitas vezes benéfico para os agentes
polinizadores e dispersores de sementes.
Habitat: Conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferece condições favoráveis à vida e
17
Recomenda-se que o plantio das mudas seja feito no sentido de enriquecimento e garantia de
manutenção da espécie a longo prazo, reforçando a semelhança com a forma que os sistemas
acontecem na floresta, garantindo a diversidade de espécies e não reproduzindo o sistema de
monocultura.
As sementeiras devem ser de madeira, suspensas a um metro do solo. Podem ser construídas sob um ripado
com 50% de sombra ou ter cobertura própria que evite a luz direta do sol e o excesso de chuva. O substrato
pode ser preparado com areia e serragem na proporção de 1/1. Montada a sementeira, é hora de escolher
as sementes e mudas. Elas devem ser de boa qualidade, prove-
nientes de matrizes selecionadas.
Por ser uma espécie com potencial silvicultural, a castanheira é uma exce-
lente opção para o reflorestamento de áreas degradadas de pastagens ou
de cultivos anuais, consorciadas com outras espécies florestais. ATER
TÉCNICO
Saiba mais
Cymerys et al., (2005), cita que um teste feito nos seringais acreanos comparou o crescimento de cas-
tanheiras nas clareiras da floresta (onde ela nasce naturalmente), no roçado e no campo. Na floresta,
elas sobreviveram bem, embora o seu crescimento tenha sido lento. Salienta que o campo oferece
todas as condições para que a castanheira cresça bem, inclusive pleno sol, porém é preciso muito
trabalho para construir cercados e limpar o mato ao redor para que ele não cubra a planta. Esse teste
mostrou que o melhor lugar para plantar as castanheiras, nos seringais, é o roçado, plantando-as junto
com o arroz e o milho, antes de o roçado virar capoeira. Assim, as plantas crescem rápido e não é pre-
ciso muito esforço para mantê-las limpas. Elas podem crescer pelo menos 1 metro em altura por ano.
Outro exemplo citado por Cymerys et al., (2005) é no estado de Rondônia, no qual colonos no Projeto
Reca, na fronteira dos Estados do Acre e Rondônia, obtiveram sucesso no plantio de castanheiras em
sistemas agroflorestais. Porem, é importante destacar a necessidade de realizar o plantio em lugares
que tenham uma mata por perto para que a castanheira possa ser polinizada e assim produzir frutos.
O documento Diretrizes técnicas para as boas práticas de manejo (BRASIL, 2012), destaca que estu-
dos têm mostrado que uma pequena porção de árvores do castanhal é responsável pela maior parte
da produção, isto indica que a maioria das árvores é pouco produtiva. Desta forma, não é recomenda-
do utilizar qualquer semente para a produção de mudas destinadas a plantios que visem aumentar a
produtividade de frutos.
A coleta de sementes para produção de mudas deve ser feita em, no mínimo, 20 árvores para garantir
a diversidade genética (BRASIL, 2012).
Para a produção de mudas de castanha, é recomendável passar por um processo de rompimento me-
cânico do tegumento das sementes, que não deve provocar danos ao embrião (BRASIL, 2012).
http://blog.donacastanha.com.br/wp-content/uploads/2016/05/
Manejo da Castanha - Módulo II
Coco-da-Castanha-do-par%C3%A1.jpg 54
Segundo Cymerys et al., (2005), uma boa forma de tratar as sementes para
quebrar essa dormência é coletá-las bem frescas, logo depois da sua queda, e ar-
mazená-las em recipiente com areia úmida. As sementes devem ser mantidas na
sombra, em lugar bem ventilado e drenado. Após cinco meses, deve-se retirar as
cascas das sementes (que agora estão muito mais soltas), jogando fora qualquer
semente que foi danificada nas pontas.
As sementes devem ser colocadas em um canto onde elas possam nascer sem
serem atacadas por formigas nem ratos. Após duas semanas elas vão começar a
germinar, com a maioria nascendo depois de um mês e meio. As mudinhas devem
ser colocadas em um saco ou viveiro caseiro e, depois de atingirem 25 centíme-
tros de altura ou 16 folhas, plantadas em lugar definitivo.
Encerramento do Módulo 2
ATER
ATER
ATER
TÉCNICO
Pessoal, ficou claro Sim! Tudo o que Com certeza! Apesar Então vamos partir
para vocês quais são aprendemos foi muito de termos vivência para a Cadeia Pro-
as etapas do proces- importante. Agora os neste tipo de traba- dutiva? Conto com
so de Manejo? procedimentos que lho, agora iremos vocês!
devemos adotar estão saber trabalhar da
mais claros. melhor forma.
fatiada;
farinhas;
doces de castanha;
bolo;
bolachas;
barra de cereais; e
óleo de castanha.
Independentemente do produto final a ser gerado, ao chegar à unidade beneficiadora (usina), a castanha
passará por três etapas: recepção, limpeza e seleção (ALVES, 2009; PINTO, et al., 2010).
1 - Recepção
Como prometido, vamos Quando chega ao armazém da usina de beneficia-
conhecer as três etapas mento, a castanha-do-brasil é pesada, e coletada
pelas quais passam as uma amostragem para o corte - análise visual quanti-
castanhas. tativa da qualidade da castanha recebida (EMBRAPA,
2004). As castanhas, ao serem entregues, devem
estar limpas, secas, saudáveis e isentas de impu-
rezas. Os lotes recebidos que tenham mais de 10%
de castanhas defeituosas devem ser descartados e,
após recebidos, os lotes deverão ser identificados
com informações sobre o fornecedor, local de pro-
dução, safra, condições de transporte e quantidade
(EMBRAPA, 2004; PINTO, et al., 2010).
2 - Limpeza
Esta etapa tem o objetivo de remover o excesso de matéria orgânica e terra que ainda esteja
aderido ao produto como também de pedaços do ouriço e umbigos de castanha e que não te-
nham sido removidos nas limpezas realizadas em campo (PINTO, et al., 2010).
3 - Seleção
A seleção das castanhas e amêndoas pode ser feita manualmente ou em máquinas classificató-
rias que vibram, visando eliminar as deterioradas ou danificadas fisicamente. Após essa seleção,
as castanhas serão preparadas para serem vendidas com ou sem casca, seguindo etapas de
beneficiamento diferenciadas conforme o caso (EMBRAPA, 2004; PINTO, et al., 2010).
A pré-secagem das castanhas deve ser feita corretamente para evitar contaminação e
proliferação de fungos que produzem substâncias tóxicas (micotoxinas).
As castanhas secas e pré-beneficiadas devem ser armazenadas:
É recomendável que:
1 - Desidratação
Para reduzir a umidade das castanhas, elas devem ser colocadas em
secadores rotativos ou em estufas, por 24 horas, a uma temperatura
de 60 °C até que seu nível de umidade fique entre 11% e 15%.
3 - Polimento
São removidas as arestas (quinas e cristas) das castanhas, que ocorre no próprio secador rotati-
vo, pela ação do atrito das castanhas entre si e com as palhetas e paredes do secador.
4 - Empacotamento
As castanhas com casca são embaladas em sacos de polipropileno, com capacidade para 60Kg.
1 - Máquina autoclavagem
As castanhas são submetidas ao vapor d’água sob pressão, de modo
que a amêndoa se “descole” da casca, facilitando o descascamento
sem lhes causar danos.
2 - Descascamento
Fonte: Acervo CTA. Contrato SFB nº 05/2013. Fonte: Acervo CTA. Contrato SFB nº 05/2013.
5 - Classificação
As amêndoas podem ser empacotadas em embalagens de alumínio, ou outros tipos de embalagem, mas
sempre fechadas a vácuo para maior conservação, de forma a retardar o processo de oxidação.
As embalagens podem ter tamanhos e modelos variados, conforme as exigências do mercado. Em geral,
são utilizados sacos aluminizados com capacidade de 20 kg, podendo ou não serem acondicionados em
caixas de papel corrugado.
Conforme as especificações para padronização, comercialização e classificação definidas pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a castanha descascada – amêndoa com ou sem pelícu-
la é classificada por tamanho em oito classes EMBRAPA (2004), as quais são apresentadas a seguir:
Encerramento do Módulo 3
O termo aflatoxina foi formado a partir do nome do seu principal agente produtor (Aspergillus flavus). As
aflatoxinas são produzidas por A. flavus, A. parasiticus, embora mais recentemente as espécies A. nomius, A.
bombycis, A. pseudotamari e A. ochraceoroseus tenham também se mostrado aflatoxigênicos. Com exceção
de A. flavus e A. parasiticus, as demais espécies mencionadas são de ocorrência pouco frequente na nature-
za (EMBRAPA, 2004).
As aflatoxinas (B1, B2, G1, G2), micotoxinas mais comuns na castanha-do-brasil, são altamente tóxicas,
conhecidas por seu efeito carcinogênico. Estas toxinas, além de comprometerem órgãos vitais, atacam o
sistema imunológico e causam disfunção do sistema nervoso. A aflatoxina B1 é considerada uma das mais
potentes substâncias carcinogênicas conhecidas, existindo evidências de que causa câncer hepático em se-
res humanos. Amêndoas, de uma forma em geral, são consideradas produtos de alto risco de contaminação
por aflatoxinas juntamente com o amendoim e o milho. Estas culturas de alto risco são normalmente infecta-
das por Aspergillus ainda no campo e quando as condições de umidade e temperatura se tornam favoráveis
(EMBRAPA, 2004).
Saiba mais
Outro resultado foi que o processo de secagem utilizado pelos extrativistas resultou em castanhas
com atividade de água acima do valor ideal para armazenamento, não sendo possível, portanto,
impedir o crescimento de fungos aflatoxigênicos e produção de suas toxinas, o que resultou na pre-
sença de Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus e aflatoxinas em todo o período de armazenagem
no armazém comunitário. Foi observado que a maior concentração de aflatoxina B1 e G1 ocorreu aos
30 dias de armazenamento, e que o maior crescimento de fungos aflatoxigênicos não coincidiu com a
maior produção de aflatoxina.
Assim, é importante que exista um rigoroso controle durante todas as etapas de produção, sendo necessária
a adoção de boas práticas de manejo, coleta, transporte, armazenamento e industrialização, visando a me-
lhoria da qualidade do produto. Estes são aspectos indispensáveis para a conquista de novos mercados.
ATER
extrativistas interessados
assim como de outros produ-
TÉCNICO
A Lei dispõe sobre a gestão de florestas públ - Resolução do MS/Anvisa RDC nº 7 2011
cas para produção sustentável, cria o Fundo
Nacional de Desenvolvimento Florestal (Art. 41) Resolução que regulamenta os limites
e institui o Serviço Florestal Brasileiro, na es- máximos de micotoxinas para alimentos.
trutura do Ministério do Meio Ambiente (Art. 54
ao 68). De acordo com a MP 870/2019, o SFB
foi transferido para o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Lei alterada pela Lei nº 12.727, estabelece Instrução Normativa que constitui a licença ele-
normas gerais sobre a proteção da vegeta- trônica obrigatória para o transporte, benefici -
ção, áreas de Preservação Permanente e as mento, comércio, consumo e armazenamento de
áreas de Reserva Legal; a exploração flore - produtos florestais de origem nativa, e o controle
tal, o suprimento de matéria-prima florestal, de emissão e utilização do Documento de Origem
o controle da origem dos produtos florestais Vegetal (DOF), assim como dos estoques manti-
e o controle e a prevenção dos incêndios dos pelos usuários por meio do Sistema DOF.
florestais, e prevê instrumentos econômicos e
financeiros para o alcance de seus objetivos
ACRE PARÁ
FEDERAL AMAZONAS
Portaria MAPA nº 846, de 8 de novembro de 1976 Lei nº 2.611, de 4 de julho de 2000, que con-
Aprova as especificações para a padronização, cede subvenção econômica aos produtores
classificação e comercialização interna da cast - extrativistas, regulamentado pelo Decreto nº
nha-do-brasil. 23.636, de 11 de agosto de 2003, que esta-
belece o valor do subsídio, e pelo Decreto nº
Decreto nº 5.975, de 30 de novembro de 2006 31.341, de 3 de junho de 2011, que estabe-
Proíbe a exploração para fins madeireiros da ca - lece o reajuste da subvenção no valor desse
tanheira (Betholetia excelsa) em florestas naturais, subsídio para produtos nativos, entre eles a
primitivas ou regeneradas. castanha-do-brasil.
TÉCNICO
19
Certificadoras por Auditoria – 20Sistema Participativo de Garantia (SPG) – Sistema
Organismos de Avaliação da Confor- que se caracteriza pela responsabilidade coletiva dos
midade sem nenhuma ligação com os seus membros, que podem ser produtores, consumi-
produtores que atuam na prestação dores, técnicos e outros interessados. Para estar em
de serviços de certificação a produt - situação legal, um SPG tem que se constituir legal-
res individuais e grupos. Também pre- mente Pessoa Jurídica, como Organismo Participativo
cisam estar regularmente credencia- de Avaliação da Conformidade (OPAC), credenciado
dos junto ao MAPA para exercer essa no MAPA, para avaliar e atestar que as unidades de
atividade. Dentre suas obrigações, produção e seus produtos atendem às exigências das
avaliam e garantem a conformidade normas e dos regulamentos da produção orgânica. É o
da produção orgânica e autorizam o OPAC que responde pela certificação e autorização do
uso do selo. uso do selo.
nº 6.323, de 2007.
Saiba mais
Manuais de Produtos Orgânicos: Sistemas participativos de garantia, Controle social na venda direta
ao consumidor de produtos orgânicos sem certificação e outros http://www.agricultura.gov.br/assun-
tos/sustentabilidade/organicos/arquivos-publicacoes-organicos).
Agora nossa comu- Agora é estudar Foi muito bom Para finaliar, assi -
nidade ficará ainda mais um pouquinho fazer parte deste ta as animações
mais preparada! e aprender cada vez momento de troca do curso e ao video
mais! de conhecimentos do Canal Futura na
para todos nós. seção “Para assistir
Até a próxima! e revisar os seus
conhecimentos“.
AMAZONAS. Lei Estadual nº 2.611, de 04 de julho de 2000. Autoriza o Poder Executivo a conceder
subvenções econômicas a produtores extrativistas e agrícolas, na forma que especifica. Diário Oficial
do Estado, Manaus, AM, 4 jul. 2000. Disponível em: <http://www.imprensaoficial.am.gov.br/>.
BRASIL. Decreto nº 5.975, de 30 de novembro de 2006. Regulamenta os arts. 12, parte final, 15, 16,
19, 20 e 21 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, o art. 4o, inciso III, da Lei no 6.938, de 31 de agosto
de 1981, o art. 2o da Lei no 10.650, de 16 de abril de 2003, altera e acrescenta dispositivos aos Decretos
nos 3.179, de 21 de setembro de 1999, e 3.420, de 20 de abril de 2000, e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 1 dez. 2006. Seção 1, p. 1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5975.htm>.
BRASIL. Decreto nº 6.959, de 15 de setembro de 2009. Dá nova redação aos arts. 3º, 4º e 5º do
Decreto nº 6.447, de 7 de maio de 2008, que regulamenta o art. 19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho
de 2003, que institui o Programa de Aquisição de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16
set. 2009. Seção 1, p. 2. Disponível em: <http://www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 dez. 2003. Seção 1, p. 8. Disponível em: <http://
www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar
e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis nos 10.880,
de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga
dispositivos da Medida Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 8.913, de 12 de
julho de 1994; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 jun. 2009. Seção 1,
p. 2. Disponível em: <http://www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência Técnica
e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - PRONATER, altera
a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
12 jan. 2010. Seção 1, p. 1. Disponível em: <http://www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera
as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
BRASIL. Lei nº 12.727, de 17 de outubro de 2012. Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012,
que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981,
9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória no 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro
de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 18 out. 2012. Seção 1, p. 1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm>.
BRASIL. Lei nº 8.427, de 27 de maio de 1992. Dispõe sobre a concessão de subvenção econômica
nas operações de crédito rural. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 mai. 1992. Seção 1, p. 6.585.
Disponível em: <http://www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis. Norma de Execução nº 1, de 24 de abril de 2007. Institui, no âmbito desta Autarquia,
as Diretrizes Técnicas para Elaboração dos Planos de Manejo Florestal Sustentável - PMFS de que
trata o art. 19 da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 abr.
2007. Seção 1, p. 405. Disponível em: <http://www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis. Instrução Normativa nº 21, de 26 de dezembro de 2013. Constitui-se licença eletrônica
obrigatória para o transporte, beneficiamento, comércio, consumo e armazenamento de produtos
florestais de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo, contendo as informações sobre a
procedência desses produtos, na forma do Anexo I desta Instrução Normativa. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 30 dez. 2013. Seção 1, p. 830. Disponível em: <http://www.imprensanacional.gov.br/>.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portaria nº 169, de 23 de maio de 2012. Institui, no âmbito
da Política Nacional de Educação Ambiental, o Programa de Educação Ambiental e Agricultura
Familiar- PEAAF. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 mai. 2012. Seção 1, p. 56. Disponível em:
<http://www.imprensanacional.gov.br/>.
PARÁ. Lei Estadual nº 6.462, de 4 de julho de 2002. Dispõe sobre a Política Estadual de Florestas
e demais Formas de Vegetação e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Belém, PA, 4 jul.
2002. Disponível em: <http://www.ioe.pa.gov.br/portal/>.
PINTO, A. et al. Boas práticas para manejo florestal e agroindustrial de produtos florestais não
madeireiros: açaí, andiroba, babaçu, castanha-do-brasil, copaíba e unha-de-gato. Belém: Imazon/
Sebrae, 2010. p. 93-122.
SHANLEY, P.; PIERCE, A. R.; LAIRD, S.A. Além da madeira: a certificação de produtos florestais
não madeireiros. Belém: Center for International Forestry Research (CIFOR), 2006, 153 p.