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Infância

[ CITATION Ari81 \l 2070 ] expõe que até o século XVII não existia a noção de infância, as
crianças eram vistas como adultos em miniaturas, mais fracos e menos inteligentes. Foi
somente no século XIX que abriu-se caminhos para o estudo científico do desenvolvimento
infantil.[CITATION Pio18 \p 47 \l 2070 ]

Existem alguns teóricos da psicologia que descrevem as fases da infância, por exemplo Jean
Piaget. Este autor afirma que infância se desenvolve em quatro estágio universais e para
estágio a criança desenvolve um esquema, no entretanto são elas:
Período sensório-motor - o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo vai
aproximadamente de zero a dois anos de idade, sendo denominado de período sensório-motor.
Marcado por extraordinário desenvolvimento mental, é fundamental para a evolução psíquica
do sujeito, porque representa através da percepção e dos movimentos, a conquista pela criança
de todo o universo prático no qual ela está inserida.[ CITATION Pio18 \l 2070 ]
No início desse período, a vida mental se reduz ao exercício dos aparelhos reflexos de caráter
hereditário como a sucção, tais reflexos vão melhorando com o exercício e dão lugar a uma
generalização da atividade. Por exemplo, o bebê suga melhor no 8º dia do que no 1º e aos
poucos suga também seu dedo ou qualquer objeto que lhe é apresentado, característica do 2º
estágio.
Aqui, o bebê incorpora novos objetivos a seus esquemas de ação, entregando-se a variadas
experiências de exploração do meio. No campo afetivo, também a criança faz escolhas mais
objetivas, em função de suas experiências no meio.

Período pré-operacional - Aproximadamente aos 2 anos, a criança evoluiu para um estado


de maior atividade e participação. Observasse a aquisição da linguagem gerando mudanças
significativas no campo afetivo e do pensamento. Com a fala, a criança torna-se capaz de se
expressar, será capaz de contar coisas que aconteceram e de falar sobre eventos futuros.
Embora iniciem a interagir com outras crianças, elas estão mais centradas em seus pontos de
vista. Predomina, então, uma linguagem egocêntrica. Nesse período a criança usa o
simbólismo, a imaginação e a imitação. Outra forma de expressão é o pensamento intuitivo.
A criança está mais adaptada à realidade. Contudo, ela ainda pensa de modo pré-lógico, isto é,
se mantém presa ao sentido utilitário dos objetos e ao campo perceptivo concreto. Portanto,
sua aprendizagem está ainda muito baseada em suas vivências, nas coisas que conhece e pode
considerar como sendo reais. Na escola, observa-se que ainda não são capazes de fazer as
operações matemáticas de adição, subtração com números.
No final desse período, ocorre uma diminuição considerável do egocentrismo. O jogo
simbólico vai se transformando em jogo de regras e a socialização vai se estruturando em
torno da cooperação.

Período operacional-concreto - O período dos 7 aos 11/12 anos dá início à construção lógica,
ou seja, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de
pontos de vista diferentes. No plano afetivo, é capaz de cooperar e trabalhar em grupo. No
plano cognitivo, surge uma nova capacidade; as operações reversíveis. O pensamento lógico é
a possibilidade de um conhecimento mais compatível em termos de lógica convencional com
o mundo real. No início do período, surge a noção de conservação do objeto, por volta dos 9
anos de peso e, no final, de volume.
O pensamento, embora evoluindo, ainda obedece a uma lógica da realidade concreta. Mesmo
a reflexão que se inicia acontece a partir de situações presentes ou passadas vivenciadas pela
criança.
Período operações-formais - No período seguinte, que já caracteriza o início da
adolescência, ocorre a passagem para o pensamento formal, possibilitando ao sujeito o
exercício da reflexão, a capacidade de abstrair e de gerar hipóteses. As operações lógicas
começam a ser transpostas do plano da manipulação concreta para o das ideias, que são
expressas também pela linguagem. Contudo, para expressar suas ideias o adolescente não
precisará necessariamente da experiência, das percepções ou das crenças.
Nesta fase o adolescente se torna capaz de generalizar, de hipotetizar, de abstrair, de refletir
espontaneamente cada vez mais independente do real. O pensamento formal é hipotético-
dedutivo, que amplia seu poder e liberdade, caracterizando uma das conquistas da
adolescência: a reflexão espontânea. Assim, pode raciocinar sobre vários aspectos ao mesmo
tempo.

Vigotski considera que as funções psíquicas são formadas na relação dialética do sujeito com
a cultura e a sociedade. Essa relação acontece tendo como mediadores, ou seja, como pontes
entre indivíduo e meio, os instrumentos e os signos, que são construídos culturalmente.

No ponto de vista de Erikson a infância dividida em quatro idades:


1. Confiança básica versus desconfiança básica: está relacionada, especialmente, à
relação bebê e mãe nos dois primeiros anos de vida. O bebê experimenta situações que devem
gerar segurança e confiança, como ser suprido quando tem fome, ser acalentado quando
chora, saber que a mãe vai e volta etc. O lado negativo é quando a vivência com a mãe ou
cuidadora não ocorre dessa forma, gerando um sentimento de desconfiança;
2. Autonomia versus vergonha e dúvida: por volta do segundo e terceiro anos de vida a
criança começa a ter necessidade de auto-controle e de aceitar o controle de outros,
vivenciando um rudimentar sentido de autonomia. Aqui também a relação com os pais é
fundamental, posto que eles irão ajudá-la a internalizar normas, e isto pode se ocorrer de
forma negativa quando usam a vergonha como punição;
3. Iniciativa versus culpa: dos três aos seis anos a criança, agora com mais autonomia,
explora o mundo usando o corpo e a imaginação. Há uma destreza maior para poder fazer,
manipular e buscar alcançar suas metas. Porém, ao mesmo tempo em que deseja ser como os
adultos, convive com as expectativas que eles têm sobre ela, levando-a ao medo do fracasso e
da punição;
4. Diligência versus inferioridade: este é o período que geralmente coincide com o
ingresso da criança no ensino fundamental, quando suas tarefas se tornam mais complexas e,
por conseguinte, aumentam as expectativas com relação ao seu êxito. Embora vivencie novas
conquistas, conforme as exigências dos pais e professores, pode experimentar sentimento de
inferioridade por não conseguir dar conta dos novos desafios;

1. Adolescente
De acordo com Wallon (2003) as mudanças que estão ocorrendo no adolescente são
expressadas com seu corpo, demonstrando as dificuldades que tem com seu novo corpo, a
expressão afetiva está em alta tendo então comportamentos que podem surpreender os
adultos. Podendo ser mais centrados em suas atividades profissionais ou até mesmo amorosas,
saídas para festas, novas amizades e viagens, misturando afetividade e imaginação, criando
alguns conflitos internos e atitudes novas (MAHONEY; ALMEIDA, 2003).

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