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JOÃO PESSOA – PB
2020
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JOÃO PESSOA – PB
2020
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e a Nossa Senhora, que me ajudou em cada etapa deste trabalho,
dando-me forças para terminá-lo. Em especial, A minha mãe Rosa Ribeiro, pelo amor,
compreensão e incentivo. Você é o meu porto seguro. Às minhas irmãs, Joseane, Raquel e
Roberta, que me impulsionaram todos os dias com palavras de apoio. Eu amo vocês. Aos meus
amigos por toda amizade, amor e carinho. Aos demais colegas que conheci durante o curso
pelos bons e maus momentos que compartilhamos ao longo desses anos de estudo.
A minha orientadora Teresa Cristina, que me conduziu nesta busca de conhecimento.
Reconheço que sua contribuição foi fundamental para o desenvolvimento deste estudo, ao me
orientar com atenção, empenho e carinho. Aos professores Cristovam Augusto e Éricka por
toda sua dedicação, atenção e incentivo em aceitar compor a minha banca. Ao Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), especialmente ao
Departamento de Ensino Técnico Profissionalizante e a Coordenação do Curso Técnico
Integrado em Instrumento Musical. A todos e todos os professores e professoras do Curso
Técnico em Instrumento Musical, por me ensinar com paciência e amor essa arte que irei levar
para sempre em minha vida. Agradeço a todos que de maneira direta ou indireta contribuíram
e compartilharam comigo mais esta conquista.
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Nelson Mandela
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RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo estudar a Educação Musical no Ensino Fundamental.
No estudo foram utilizadas pesquisas biográficas e pesquisa em campo, através do projeto “A
música e a consciência ambiental tornando a escola um lugar mais alegre e receptivo”. Este
foi um projeto de Musicalização desenvolvido na Escola M. E. F. Professor Afonso Pereira da
Silva, no bairro de Mangabeira VIII (Cidade verde) em João Pessoa - PB. Durante o estudo
foi perceptível como a música pode ser trabalhada através da construção de instrumentos
musicais feitos por matérias recicláveis discutindo tanto questões musicais, como também
ambientais. Conclui-se, portanto, que é grandiosa a importância do ensino da música nas
escolas e a reflexão em torno da interdisciplinaridade da mesma com as demais áreas do
conhecimento.
ABSTRAT
This work aims to study Music Education in Elementary School. In the study,
biographical research and field research were used, through the project “Music and
environmental awareness are creating a school in a happier and more welcoming place”. This
was a musical project developed at the School M.F. Professor Afonso Pereira da Silva, in the
district of Mangabeira VIII (Cidade Verde) in João Pessoa - PB. During the study, it was
possible to see how music can be performed through the construction of musical instruments
made from recyclable materials, involving both musical and environmental issues. He
concluded, therefore, that the importance of teaching music in schools is great and the
reflection around its interdisciplinary with other areas of knowledge.
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SÚMARIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9
1. Educação Musical no Ensino Fundamental................................................................................10
1.1 Importância da Música..................................................................................................................10
1.3 O projeto.......................................................................................................................................12
2. COLOCANDO EM PRÁTICA......................................................................................................12
3. ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA.....................................................................................................14
4. INTERDISCIPLINARIDADE.......................................................................................................17
5. CONCLUSÃO................................................................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
1Este projeto concorreu ao edital 01/2018 do IFPB – Campus João Pessoa e foi desenvolvido com a coordenação
do professor Daniel Luna de Menezes do Curso Técnico de Instrumento Musical. Fizeram parte da equipe, além
de mim, as alunas Ana Maria Barbosa Neves do Curso de Técnico Instrumento musical e Nathália Flôres Lima e
Fernanda Raquel da Costa Angra Amaral do Curso Técnico de Controle Ambiental.
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A importância da música
A primeira reflexão foi sobre a importância da música para os seres humanos - não
vivemos sem música. Ela está presente em toda parte - desde os sons da natureza até as canções
ouvidas no dia-dia. Diante disso, nos perguntamos qual o papel que a música pode exercer na
vida das pessoas. Sabemos que ela nos ajuda a expressar emoções e também a estimular a
cognição. Pesquisas atuais demonstram que a atividade musical se mostra eficaz em auxiliar o
desenvolvimento do cérebro das crianças e beneficia os sistemas do neurodesenvolvimento
como um todo.
Percebemos, portanto, que desde a Antiguidade clássica a música era vista como um
dos principais campos do saber humano. Nós convimos, portanto, ressaltar, que a presença da
música na vida dos seres humanos acompanha a história da humanidade, e por isso, deve ser
compreendida e apreciada. Está presente tanto na cultura oriental quanto ocidental, em todas
as épocas, e de várias formas, exercendo várias funções dentro da sociedade.
Ensino da música
Desta maneira, compondo o corpo discente da primeira geração na qual essa lei entrou
em vigor, muito poderia dizer, de maneira crítica e construtiva a respeito da Educação Musical
que eu vivenciei. As ponderações e críticas inevitáveis se tornaram ainda mais intensas após
estudar música de maneira mais séria no curso Técnico de Instrumento Musical do IFPB. Era
nítido o desejo de repensar as maneiras de aprender e ensinar Música.
O Projeto
O projeto foi desenvolvido com as turmas do 5º ano A e B. Cada turma era composta
de trinta alunos, entre nove a treze anos de idade, no período da tarde, durante as aulas normais.
As aulas começaram com atividades de percepção musical, através da audição de diferentes
estilos musicais. As músicas eram tocadas e os estudantes identificavam quais eram os estilos
escutados.
Na segunda ação que realizamos com os alunos, foi feita uma conversa sobre como
eram as aulas de música na escola. Eles relataram que não se envolviam muito com as
atividades dessa disciplina, assim sendo, planejamos atividades envolventes para conquistá-
los. Resolvemos iniciar atividades mais práticas, trabalhando ritmos.
2. Colocando em prática
Tomamos como base a primeira e a segunda série do método Pozzoli - Guia Teórico
Prático Volume I. Apesar de este ser um método bem tradicional e nada lúdico, procuramos
desenvolver atividades extras e abordar a questão rítmica de maneira não tão árida. Utilizamos
a prosódia para associar palavras como o ritmo. Por exemplo, a palavra “pão” para indicar a
mínima, “café” para indicar duas colcheias juntas e “chocolate” para indicar quatro
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semicolcheias juntas. Depois de um tempo, fizemos ditados rítmicos para avaliar se eles
estavam realmente conseguindo desenvolver a percepção rítmica.
Posto isso, com o decorrer das aulas, estimulamos os alunos a construírem instrumentos
simples para colocarem em prática os ritmos aprendidos. Nesse estágio entraram as ações das
integrantes da equipe que são do Curso Técnico de Controle Ambiental. Elas propuseram a
utilização de materiais recicláveis como: jornal, revistas, papelão, tampas de garrafas pet e
garrafas pet - começamos a fazer os instrumentos no final de cada aula. Construímos
instrumentos semelhantes a castanholas, chocalhos e outros.
Os alunos tiravam dúvidas em todas as aulas caso precisasse e ao aluno que não
estivesse seguro com as atividades, dedicávamos um tempo só com ele, ensinando, para que
não se sentisse excluído do restante da turma. Procurávamos compreender as dificuldades em
primeiro lugar observando a evolução de cada aluno. Eram perceptíveis que se alegravam
com a dinâmica feita em aula, eles podiam interagir entre si e podiam se expressar através da
arte.
No ditado rítmico podemos perceber que foi um pouco mais difícil, mas a interação era
sempre a mesma ou maior. Foram ministradas, durante um mês, aulas que mantiveram essa
dinâmica. No final percebemos que, houve melhorias e desenvolvimento no aprendizado. Foi
relatado pelos próprios alunos a nós que essas atividades facilitavam o aprendizado,
diferentemente dos métodos adotados nas aulas normais de música desta escola.
Como consequência dessa atividade, percebemos que poderíamos explorar ainda mais
a questão da reciclagem e da consciência em relação aos cuidados com o meio ambiente. Nessa
fase final notamos grande envolvimento por parte dos alunos. Observamos, inclusive, que
foram dissolvidas algumas barreiras de ordem pessoal entre grupos de alunos denotando uma
interação social muito positiva, que facilitou também a participação de um aluno deficiente.
No final de todas as aulas era realizada uma roda de conversa na quais todos expressavam suas
opiniões. Foi muito gratificante ouvir os relatos de como eles se sentiam envolvidos, felizes
com seu aprendizado musical e também em relação à questão social pelo fato de desenvolverem
laços de amizades proporcionados pelas atividades musicais em grupo.
3. ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA
O fato de utilizar a criatividade dos alunos para a confecção dos instrumentos foi
fundamental. Notamos que eles se envolveram mais profundamente porque a atividade ficou
mais dinâmica. Assim como os alunos, nós precisarvamos desenvolver algo mais criativo para
podermos ensinar. Começamos então, por aplicar aulas mais práticas o que provocou grande
interação entre todos.
Os aspectos da interação entre os alunos foram mediados por nós. Como instrutores,
durante o processo, percebemos que foram importantíssimos para o sucesso da proposta.
Experiência semelhante à nossa está descrita nas palavras de GOHN:
Desta maneira, observamos que os alunos interagiam mais entre si, alguns, que no começo do
projeto demonstraram bastante timidez, começaram a socializar com os outros colegas, mas o
que mais chamou atenção foi o fato de que antes as crianças não davam muita importância à
reutilização dos materiais plásticos até que mostramos essas possibilidades. Essa “descoberta”
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2 Resíduo é o termo correto no lugar do termo “lixo” como todos dizem. A definição de lixo tem a ver com tudo
aquilo que não apresenta nenhuma serventia para quem o descarta. Por outro lado, o que não serve para você pode
se tornar para o outro, matéria-prima de um novo produto ou processo, ou seja, resíduo sólido. Resíduo então é
tudo aquilo que pode ser reutilizado e reciclado e, para isto, este material precisa ser separado por tipo, o que
permite a sua destinação para outros fins. Podem ser encontrados nas formas sólida (resíduos sólidos), líquida
(efluentes) e gasosa (gases e vapores).
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4. INTERDISCIPLINARIDADE
À vista disso, observamos que a música é um campo que consegue dialogar com diversas
áreas da educação escolar. Logo, os professores de música e os demais professores poderiam
buscar pontos em comuns para um desenvolvimento de um trabalho significativo no
desenvolvimento social, cultural e emocional dos estudantes. O desenvolvimento do currículo
musical acompanhando a evolução das demais áreas ajudaria o professor a organizar os
conteúdos de forma lógica e natural, trabalhando assim a interdisciplinaridade.
Pensando dessa forma, a percepção e a consciência ambiental poderiam se associar uma
a outra. Pois, são áreas que estão interligadas por diversos fatores, as quais unidas podem
desenvolver uma consciência mais dinâmica gerando uma forma de aprendizado melhor e mais
satisfatório.
5. CONCLUSÃO
Foi com minha inserção ao projeto que tive a experiência de ver como é rico unir o
aprendizado da música com as demais disciplinas. Descobri que a música possui um campo
extraordinariamente vasto e maravilhosamente interdisciplinar – no qual é perceptivo um
espaço para uma imensa troca de saberes num trabalho em equipe, incluindo diferentes
profissionais.
O curso técnico em Instrumento Musical foi fundamental por suscitar todas essas
reflexões sobre a interdisciplinaridade da música. Muito me alegra saber que a música, está
incluída em um campo tão profundo e tão importante. A interação da equipe promoveu uma
troca de saberes. As integrantes do projeto que eram do Curso Técnico Controle Ambiental
nos proporcionaram conhecimentos acerca dos cuidados com o meio ambiente, assim como,
através do convívio elas também obtiveram conhecimento de música.
Foi gratificante ver como os alunos se interessavam em aprender sobre o tema já que
era abordada de forma educativa, mais lúdica e dinâmica, os levando a reflexão em torno dos
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resíduos que os mesmos produziam e descartavam como se não servissem para nada. Uma vez
que trabalhamos a sustentabilidade passamos também a trabalhar o conceito de consciência
ambiental.
Concluo que, ensinando se aprende muito. Percebo que, durante esse tempo de ensino
eu consegui enxergar diversas formas de ensinar e aprender o assunto, transformando o que
talvez fosse algo complicado de ensinar e aprender em uma tarefa autêntica e dinâmica.
Trabalhar com uma equipe interdisciplinar foi muito rico. O ensino tradicional, muitas vezes,
não desperta o interesse dos alunos, já a interdisciplinaridade faz com que o ensino tenha mais
sentido, o que é muito importante no nosso dia-a-dia.
A pretensão era ensinar música de uma maneira mais alegre e unir com o campo
da sustentabilidade, mas, no final, surgiu um fator maior do que tudo isso foi que, um
trato interpessoal e um ensino mais humanizado. Portanto, neste âmbito, percebemos a
felicidade das crianças e a vontade delas em querer aprender, a se unirem em uma dinâmica
de aprendizado e cooperação. Os alunos são os fatores mais importantes desse processo. Ver a
alegria neles e perceber que estão levando o conhecimento para além do campo da escola é
algo muito fantástico para nós.
São admiráveis como as relações pessoais e também dos alunos entre si foram
melhorando no processo. Alunos que eram dispersos na sala de aula foram criando laços de
amizades, além de interagir em grupos para obter conhecimento. É extraordinário fazer um
trabalho desses e observar que se obteve resultado.
Sinto-me radiante em poder dividir esse processo de aprendizado com outras pessoas,
quem ensina aprende ainda mais. Foi prazeroso todo esse desenvolvimento e encantador fazer
parte dele.
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Referências Bibliográficas