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Ciência e ética
Cordeiro: O valor da vida vai crescer, porque poderemos viver muito tempo.
Se a vida é importante agora, será muito mais importante no futuro. Vamos ter
mais experiência, mais conhecimento, mais educação, e acho que as pessoas
serão ainda melhores também. Em média, a humanidade será muito melhor, e
por isso não teremos muitos criminosos. Eles vão compreender que vamos
viver mais tempo e o mundo será mais pacífico. Vamos viver mais, mas com
pessoas mais civilizadas, mais educadas e mais humanas. É bom lembrar que
o primeiro direito humano é o direito à vida. E não só a vida das pessoas
jovens, o direito à vida é de todas as pessoas, das pessoas velhas também.
Nesse futuro que o senhor vislumbra as pessoas ainda teriam permissão
para tarefas e práticas que possam as colocar em risco, desde dirigir um
carro a praticar esportes radicais? As pessoas não correriam o risco de se
tornar mais medrosas, cautelosas ao ponto da inação?
Cordeiro: Acidentes continuarão acontecendo, homicídios tragicamente
devem continuar acontecendo, mas isso não impedirá que a sociedade em
geral seja melhor, que as pessoas sejam melhores e mais humanas. Se
vivermos mais, também seremos mais éticos com o meio-ambiente e a
natureza. Como vamos viver mais tempo, não haverá mais a história de
preservar para as gerações seguintes: nós mesmos seremos as próximas
gerações. Por isso entendo que as consequências da longevidade estendida
serão todas positivas. Não vejo consequências negativas, mesmo que a
população aumente.
Quais seriam as consequências positivas?
Cordeiro: Não podemos encarar o aumento da população apenas como mais
bocas para alimentar, e sim como cérebros para criar, imaginar e descobrir.
Mais pessoas significam mais ideias e mais inovação. Por isso que a
humanidade avançou tanto nos últimos anos, porque agora temos mais
pessoas tentando. Com a população estabilizada, isso se torna um problema,
ainda mais porque nas próximas década começará a colonização do espaço, a
partir do planeta Marte. As pessoas também vão se reinventar constantemente.
Você provavelmente vai trabalhar 20 anos como jornalista e depois sai para
viajar de férias e depois mais 20 anos como arquiteto. Depois tira férias
novamente, de cinco anos, dez anos, e vai trabalhar talvez como pintor, artista.
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