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º ANO
RENDIMENTOS E DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS
BASE DE DADOS
Portugal: 32,1%
Fruto da forte redução ocorrida no coeficiente de Gini em Portugal no ano de 2017 (descida de
1,4 p.p.), Portugal passou do quinto país com mais desigualdade na UE para o 10.º país mais
desigual.
Verifica-se que, entre os 10% de europeus com maiores rendimentos e os 10% de europeus
com menores rendimentos, o rácio é de 19 a 20. Mais especificamente, é dessa ordem de
grandeza o rácio entre as médias dos rendimentos das faixas de população europeia situadas
nos decis europeus de rendimentos extremos. Ou, ainda por outras palavras, os 10% de
europeus com rendimentos mais elevados têm, em média, um nível de rendimento 19 a 20
vezes superior à média dos rendimentos dos 10% de europeus com rendimentos mais baixos.
É um grau de desigualdade muito elevado.
Observatório das Desigualdades, Firmino da Costa et.al., e-Working Paper N.º 1/2015,
A Constituição de um Espaço Europeu de Desigualdades, in www.observatorio-das-desigualdades.com
Uma outra forma de olhar para a evolução da desigualdade é confrontando a distância que
separa o rendimento médio dos indivíduos na base da escala de rendimento com o daqueles
que se situam no topo dessa escala. Os índices S80/S20 e S90/S10 permitem-nos aferir da
desigualdade entre os extremos da distribuição do rendimento por adulto equivalente. A
evolução destes indicadores é similar à observada para o coeficiente de Gini.
Em 2018, o rendimento médio por adulto equivalente dos 10% mais ricos era cerca de 8,6
vezes superior à dos 10% de menores rendimentos.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo INE, a taxa de pobreza em Portugal situava-
-se, em 2018, nos 17,2%.
Apesar de este ser o valor mais baixo verificado no nosso país desde o início da publicação
anual desde o indicador em 1995, a incidência da pobreza não é homogénea ao longo do
território nacional.
A taxa de pobreza mais baixa ocorre na região de Lisboa (13,3%), enquanto os valores mais
elevados se verificam nas Regiões Autónomas dos Açores (31,8%) e da Madeira (27,8%).
Em 2018, a incidência da pobreza atingiu 17,2% da população total em Portugal, o valor mais
baixo desde que o INE começou a publicar anualmente este indicador, em 1995.
Nesse mesmo ano, a intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) desceu de
24,5% para 22,4%. Saliente-se que este indicador sofreu um forte agravamento durante o
período da crise económica, e somente em 2018 este valor ficou abaixo dos registados no
período pré-crise.