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ECONOMIA – 10.

º ANO
RENDIMENTOS E DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS
BASE DE DADOS

DESIGUALDADE NA UNIÃO EUROPEIA


Coeficiente de Gini (2017)

Portugal: 32,1%

Fruto da forte redução ocorrida no coeficiente de Gini em Portugal no ano de 2017 (descida de
1,4 p.p.), Portugal passou do quinto país com mais desigualdade na UE para o 10.º país mais
desigual.

Fundação Francisco Manuel dos Santos, Portugal desigual, in https://portugaldesigual.ffms.pt

©ELSA SILVA | ROSA MOINHOS


DECIS EUROPEUS DE RENDIMENTOS, EM EUROS, 2012
(25-64 anos) (médias e escalões)

DECIS RENDIMENTOS RENDIMENTOS


(médias) (escalões)
1 3078 <= 4599
2 5874 4600-6978
3 8195 6979-9222
4 10885 9223-12509
5 14096 12510-15582
6 17098 15583-19053
7 20866 19054-22769
8 25411 22770-28743
9 33796 28744-42086
10 58287 >= 42087

Verifica-se que, entre os 10% de europeus com maiores rendimentos e os 10% de europeus
com menores rendimentos, o rácio é de 19 a 20. Mais especificamente, é dessa ordem de
grandeza o rácio entre as médias dos rendimentos das faixas de população europeia situadas
nos decis europeus de rendimentos extremos. Ou, ainda por outras palavras, os 10% de
europeus com rendimentos mais elevados têm, em média, um nível de rendimento 19 a 20
vezes superior à média dos rendimentos dos 10% de europeus com rendimentos mais baixos.
É um grau de desigualdade muito elevado.

Observatório das Desigualdades, Firmino da Costa et.al., e-Working Paper N.º 1/2015,
A Constituição de um Espaço Europeu de Desigualdades, in www.observatorio-das-desigualdades.com

DESIGUALDADES NA DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS, RÁCIO S80/S20


Portugal e Área do Euro

Orçamento do Estado 2020, in https://www.portugal.gov.pt/

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DESIGUALDADE POR REGIÕES, Portugal
Coeficiente de Gini (2018)

Coeficiente de Gini 2018, Portugal em 2018: 31,9%

O nível de desigualdade, medido pelo coeficiente de Gini, varia substancialmente entre as


várias regiões do país. A Região Autónoma dos Açores com um valor de 37,6% e a Região
Autónoma da Madeira com um coeficiente de Gini de 33,5% constituem as regiões com maior
assimetria na distribuição dos rendimentos. A região de Lisboa, com um índice de 32,8%,
apresenta igualmente valores superiores ao indicador nacional (31,9%).
Fundação Francisco Manuel dos Santos, Portugal desigual, in https://portugaldesigual.ffms.pt

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EVOLUÇÃO DA DESIGUALDADE, Portugal
Coeficiente de Gini (2003-2018)

A tendência de descida do coeficiente de Gini iniciada em 2014 manteve-se em 2018,


registando nesse ano um valor de 31,9%. Este nível de desigualdade constitui o valor mais
baixo do coeficiente de Gini desde o princípio da presente série iniciada em 2003.

EVOLUÇÃO DA DESIGUALDADE, Portugal

Uma outra forma de olhar para a evolução da desigualdade é confrontando a distância que
separa o rendimento médio dos indivíduos na base da escala de rendimento com o daqueles
que se situam no topo dessa escala. Os índices S80/S20 e S90/S10 permitem-nos aferir da
desigualdade entre os extremos da distribuição do rendimento por adulto equivalente. A
evolução destes indicadores é similar à observada para o coeficiente de Gini.
Em 2018, o rendimento médio por adulto equivalente dos 10% mais ricos era cerca de 8,6
vezes superior à dos 10% de menores rendimentos.

Fundação Francisco Manuel dos Santos, Portugal desigual, in https://portugaldesigual.ffms.pt

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INCIDÊNCIA DA POBREZA MONETÁRIA EM PORTUGAL, POR REGIÕES (2018)

Incidência da pobreza monetária em Portugal em 2018: 17,2%

De acordo com os últimos dados divulgados pelo INE, a taxa de pobreza em Portugal situava-
-se, em 2018, nos 17,2%.
Apesar de este ser o valor mais baixo verificado no nosso país desde o início da publicação
anual desde o indicador em 1995, a incidência da pobreza não é homogénea ao longo do
território nacional.
A taxa de pobreza mais baixa ocorre na região de Lisboa (13,3%), enquanto os valores mais
elevados se verificam nas Regiões Autónomas dos Açores (31,8%) e da Madeira (27,8%).

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EVOLUÇÃO DA POBREZA MONETÁRIA EM PORTUGAL, 2003-2018 (%)

Em 2018, a incidência da pobreza atingiu 17,2% da população total em Portugal, o valor mais
baixo desde que o INE começou a publicar anualmente este indicador, em 1995.
Nesse mesmo ano, a intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) desceu de
24,5% para 22,4%. Saliente-se que este indicador sofreu um forte agravamento durante o
período da crise económica, e somente em 2018 este valor ficou abaixo dos registados no
período pré-crise.

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EVOLUÇÃO DA PERCENTAGEM DE CRIANÇAS E IDOSOS EM SITUAÇÃO DE POBREZA EM


PORTUGAL

A proporção de crianças e jovens a viver em situação de pobreza atingiu, em 2018, o valor de


18,5%, tendo-se reduzido 0,5 p.p. face ao verificado no ano anterior.
A evolução deste indicador é particularmente relevante por diversas razões. Em primeiro lugar,
por representar o valor mais baixo registado desde o início da presente série publicada pelo
INE, em 2003. Em segundo lugar, porque as crianças e os jovens foram o grupo etário mais
afetado pelo agravamento dos indicadores de pobreza ocorrido entre 2010 e 2013. Por último,
porque apesar da redução verificada entre 2014-2018, as crianças e jovens continuam a ser
um dos grupos mais vulneráveis às diversas dimensões da pobreza no nosso país.
Na população idosa a incidência da pobreza registou igualmente uma redução de 0,4 p.p.,
fixando-se em 2018 nos 17,3%.

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TAXA DE POBREZA
SEGUNDO A CONDIÇÃO PERANTE O TRABALHO EM PORTUGAL (2018)

A população em situação de desemprego é um grupo social extremamente vulnerável às


situações de pobreza. Apesar da população desempregada ter diminuído, e certamente ter-se
reduzido o número daqueles em situação de pobreza, a taxa de incidência da pobreza entre
quem não tem trabalho pago aumentou 1,8 p.p., fixando-se em 47,5%. O desemprego
permanece, assim, um dos principais fatores de pobreza.
A proporção da população empregada em situação de pobreza aumentou de 9,7% para 10,8%.
Ainda que uma parte deste acréscimo possa ser explicada pelo incremento do limiar de
pobreza, não deixa de constituir um fator de preocupação acrescida a existência de uma
percentagem tão expressiva de indivíduos que, apesar de terem emprego, não conseguem
evitar a situação de pobreza.
A incidência da pobreza da população reformada reduziu-se ligeiramente passando de 15,7%
em 2017 para 15,2% em 2018.

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IMPACTO DAS TRANSFERÊNCIAS SOCIAIS NA POBREZA EM PORTUGAL

Fundação Francisco Manuel dos Santos, Portugal desigual, in https://portugaldesigual.ffms.pt

A importância crescente das prestações sociais na redução da incidência da pobreza surge


claramente evidenciada neste gráfico.
Tomando como referência o ano de 2018, é possível verificar que a incidência da pobreza no
conjunto da população foi de 17,2%. No entanto, mantendo inalterado o montante em euros
que define a linha de pobreza e subtraindo ao rendimento disponível das famílias, as
transferências sociais relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e
inclusão social, a incidência passaria para 22,7%.
As transferências sociais possibilitam, assim, uma redução da incidência da pobreza em 5,5
p.p. De igual forma, é possível verificar o impacto das pensões na redução da incidência da
pobreza. Essa redução é de 20,7 p.p., sendo notória a importância desta fonte de rendimento
nos recursos das famílias.

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