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(TOT)
2010
Revisada - 2012
A presente edição, foi um trabalho voluntário entre professor e aluno, que visa a complementação
e atualização do nível de informação da apostila original, anteriormente distribuída, disponível no
site da FATEC - SP – www.fatecsp.br.
Nesta Apostila de Mecânica dos Fluidos – designada por Apostila de MEC FLU, são apresentados os
critérios usualmente adotados, buscando-se a simplificação de procedimentos e a facilidade de sua
aplicação, sendo esta, a introdução aos conceitos básicos de Hidrocinemática, dirigidos
especificamente ao cálculo de escoamentos, dimensionamento de condutos, vazão, profundidade
crítica e identificação da eficácia dos mesmos, através de tabelas usuais.
Sumário
01 Definição de fluidos …..................................................................... 01
Alfabeto Grego …..................................................................... 02
Sistemas de Unidades …..................................................................... 03
Propriedades físicas dos fluidos …..................................................................... 05
02 Hidrocinemática …..................................................................... 06
Vazão - Velocidade média na seção …..................................................................... 06
Equação da Continuidade …..................................................................... 07
03 Escoamentos Livres e Forçados …..................................................................... 08
Escoamentos Livres …..................................................................... 08
Escoamentos Livres - Canais …..................................................................... 10
Secções transversais …..................................................................... 10
Dimensões Geométricas …..................................................................... 10
Escoamentos Livres Permanentes Uniformes 11
04 Velocidade da água em canais - RUGOSIDADE .................................................................. 11
Coeficientes de RUGOSIDADE - valores de (n) ................................................................... 12
Elementos Geométricos em Canais …..................................................................... 13
Elementos Geométricos de Canais Circulares .................................................................... 14
Seções com Diferentes Rugosidades …..................................................................... 16
Velocidades Mínimas, Médias e Máximas ......................................................................... 16
Taludes - Natureza das Paredes (Taludes recomendados) .................................................. 17
05 Escoamentos Livres Permanentes Variados 18
Remanso e Ressalto …..................................................................... 19
Seções Transversais dos Bueiros …..................................................................... 21
Classificação dos Ressaltos hidráulicos …..................................................................... 21
Número de Froude …..................................................................... 22
Altura Média de água …..................................................................... 22
Profundidade crítica – DNIT …..................................................................... 23
CANAIS TRAPEZOIDAIS – Profundidade Crítica / ITO ........................................................... 24
Taludes, Vazão e Largura de Fundo – Valor da profundidade de escoamento ......................... 26
ÁBACO - Canais Circulares …..................................................................... 27
Altura Crítica …..................................................................... 27
Exemplos de cálculo – Estimativa da altura Crítica ............................................................ 28
06 HIDROESTÁTICA (conceito) …..................................................................... 29
Teorema de Stevin …..................................................................... 30
Lei de Pascal …..................................................................... 32
Prensa hidráulica …..................................................................... 33
MEC FLU
01 DEFINIÇÃO DE FLUIDOS
Definição moderna:
“O fluido é uma substância que se deforma continuamente , quando submetida a uma força
tangencial constante qualquer.”
PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA
Os pontos de um fluido , em contato com uma superfície sólida , aderem aos pontos dela , com os
quais estão em contato .
SISTEMAS DE UNIDADE
UNIDADE DE TEMPO: “ O segundo (s) é a duração de 9 192 631 770 períodos de radiação,
correspondente à transição de um elétron entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental
do átomo de césio 133”.
Tabela 04 PREFIXO - SI
➢ MASSA ESPECÍFICA ( ρ )
A massa específica ou densidade absoluta de uma material homogêneo é definida como sua massa
por unidade de volume.
ρ= m Exemplos: Mercúrio …................ 13,60 g/cm3
Água …....................... 1,00 g/cm3
V Gelo …........................ 0,92 g/cm3
➢ PESO ESPECÍFICO ( γ )
O peso específico de um material homogêneo é definido por seu peso por unidade de volume.
γ = P = m.g = ρ.g ∴ γ = ρ.g
V V
➢ DENSIDADE RELATIVA ( δ )
A densidade relativa de um material é a relação da massa específica desse material e a massa
específica de uma substância tomada por base. No caso dos líquidos essa substância é a água. É
uma quantidade adimensional (sem dimensão). Exemplo: a densidade relativa do mercúrio é 13,6.
RESUMO → ÁGUA: ρ = 1.000 kg / m³
γ = 10 kN / m³
02 HIDROCINEMÁTICA
Figura 01
Figura 02
VAZÃO - VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO
A vazão em volume pode ser definida facilmente pelo exemplo da figura abaixo. Suponha que
estando a torneira aberta, seja empurrado um recipiente pra debaixo dela e simultaneamente seja
acionado um cronometro:
Figura 03
Admita que o recipiente encha em 10s. Pode-se então dizer que a torneira enche 20ℓ em 10s ou
que a vazão em volume da torneira é 20ℓ/10s = 2ℓ/s.
Define-se vazão em volume (Q) como o volume de um fluido que atravessa uma certa seção do
escoamento por unidade de tempo.
Q = V
t
As unidades correspondem à definição: m3/s, ℓ/s, m3/h, ℓ/min, ou qualquer outra unidade de
volume ou capacidade por unidade de tempo.
Existe uma relação importante entre a vazão em volume e a velocidade de um fluido. Suponha-se
o fluido em movimento da figura abaixo:
Figura 04
No intervalo de tempo (t), o fluido se desloca através da seção de área (A), a uma distância (s). O
volume (V) do fluido que atravessa a seção de área (A) no intervalo de tempo (t) é: V=sA
Logo, a vazão será:
Q = V = sA mas s = v Logo:
Q = vA
t t t
EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE
Seja o seguinte esquema:
Então:
ρ1 = m1 ∴ m1 = ρ1 . V1 = ρ1 .ℓ1 . A1 m1 = ρ1 . ℓ1 . A1 = ρ1 . v1 . A1
V1 Δt Δt
ρ2 = m2 ∴ m2 = ρ2 . V2 = ρ2 . ℓ2 . A2 m2 = ρ2 . ℓ2 . A2 = ρ2 . v2 . A2
V2 Δt Δt
ESCOAMENTO LIVRE: Aquele em que a água ocupa apenas parte da seção de escoamento e
apresenta assim, superfície livre, sujeita à pressão atmosférica.
Figura 06
ESCOAMENTOS LIVRES
O escoamento de fluidos em condutos livres pode ser classificado segundo o seu comportamento:
Figura 07
Figura 08
Figura 09
➢ CANAIS ARTIFICIAIS
Canais executados pelo homem que, quando da sua execução, poderá impor o formato das
seções transversais, declividades e medidas, assim como o material de acabamento, para
obter os resultados desejados.
➢ CANAIS NATURAIS
Canais já existentes na natureza, tais como os rios, cujas seções transversais, declividades e
medidas terão que ser obtidas através de equipamentos, diretamente no campo. As formas
das seções transversais são absolutamente irregulares, assim como as declividades,
tornando mais trabalhoso o seu estudo.
OBSERVAÇÃO: Nosso curso visará somente os canais artificiais, pois são os mais utilizados
principalmente na micro e macrodrenagem. Observamos também que toda teoria e
fórmulas são válidas tanto para canais artificiais, quanto para os canais naturais.
SEÇÕES TRANSVERSAIS
Mais utilizadas para canais artificiais:
Figura 10
DIMENSÕES GEOMÉTRICAS
Nas figuras abaixo, estão indicadas as dimensões geométricas das seções transversais para cada
caso: Circulares, retangulares e trapezoidais.
Figura 11
B = Largura superficial
D = Diâmetro da tubulação ou canal, em (m)
b = largura do canal, em (m);
y = profundidade de escoamento em (m);
m = indicador horizontal do talude.
FÓRMULA DE MANNING:
Q = Vazão É o volume de um fluido que atravessa uma certa seção do escoamento por
(m³/s) unidade de tempo.
n = Coeficiente de Representa a maior ou menor rugosidade das superfícies das paredes do canal.
rugosidade Seus valores são apresentados em tabelas nos manuais de hidráulica.
Grandeza que confere à formula maior amplitude nas suas aplicações, pois
RH = Raio Hidráulico
devido á ele, a fórmula pode ser aplicada em qualquer secção transversal, não
(m) somente a tubulações circulares, onde se define o raio geométrico.
P = Perímetro molhado É o perímetro da superfície do canal em contato com a água. Obs: a superfície
(m) livre da água em contato com a atm, não faz parte do perímetro molhado.
Pode ainda ser obtida do próprio desenvolvimento da equação de Manning, cuja origem é a
equação de Chezy:
onde Manning fez:
obtendo assim:
Onde: y A P RH B PH
d0 d0² d0 d0 d0 d0
0.01 0.0013 0.2003 0.0066 0.1990 0.0066
y = altura da água 0.02 0.0037 0.2838 0.0132 0.2800 0.0134
0.03 0.0069 0.3482 0.0197 0.3412 0.0202
d 0 = diâmetro 0.04 0.0105 0.4027 0.0262 0.3919 0.0268
0.05 0.0147 0.4510 0.0326 0.4359 0.0336
A = Área molhada 0.06 0.0192 0.4949 0.0389 0.4750 0.0406
0.07 0.0242 0.5355 0.0451 0.5103 0.0474
P = Perímetro molhado 0.08 0.0294 0.5735 0.0513 0.5426 0.0542
0.09 0.0350 0.6094 0.0574 0.5724 0.0612
R H = Raio Hidráulico 0.10 0.0409 0.6435 0.0635 0.6000 0.0682
0.11 0.0470 0.6761 0.0695 0.6258 0.0752
B = Largura superficial 0.12 0.0534 0.7075 0.0754 0.6499 0.0822
0.13 0.0600 0.7377 0.0813 0.6726 0.0892
P H = Profundidade 0.14 0.0668 0.7670 0.0871 0.6940 0.0964
H idráulica 0.15 0.0739 0.7954 0.0929 0.7141 0.1034
0.16 0.0811 0.8230 0.0986 0.7332 0.1106
0.17 0.0885 0.8500 0.1042 0.7513 0.1178
0.18 0.0961 0.8763 0.1097 0.7684 0.1252
P H = A = Profundidade 0.19 0.1039 0.9020 0.1152 0.7846 0.1324
B Média 0.20 0.1118 0.9273 0.1206 0.8000 0.1398
0.21 0.1199 0.9521 0.1259 0.8146 0.1472
0.22 0.1281 0.9764 0.1312 0.8285 0.1546
0.23 0.1365 1.0003 0.1364 0.8417 0.1622
0.24 0.1449 1.0239 0.1416 0.8542 0.1696
0.25 0.1535 1.0472 0.1466 0.8660 0.1774
0.26 0.1623 1.0701 0.1516 0.8773 0.1850
0.27 0.1711 1.0928 0.1566 0.8879 0.1926
0.28 0.1800 1.1152 0.1614 0.8980 0.2004
0.29 0.1890 1.1373 0.1662 0.9075 0.2084
0.30 0.1982 1.1593 0.1709 0.9165 0.2162
0.31 0.2074 1.1810 0.1755 0.9250 0.2242
0.32 0.2167 1.2025 0.1801 0.9330 0.2322
0.33 0.2260 1.2239 0.1848 0.9404 0.2404
0.34 0.2355 1.2451 0.1891 0.9474 0.2486
0.35 0.2450 1.2661 0.1935 0.9539 0.2568
0.36 0.2546 1.2870 0.1978 0.9600 0.2652
0.37 0.2642 1.3078 0.2020 0.9656 0.2736
0.38 0.2739 1.3284 0.2061 0.9708 0.2822
0.39 0.2836 1.3490 0.2102 0.9755 0.2908
0.40 0.2934 1.3694 0.2142 0.9798 0.2994
0.41 0.3032 1.3898 0.2181 0.9837 0.3082
0.42 0.3132 1.4101 0.2220 0.9871 0.3172
0.43 0.3229 1.4303 0.2257 0.9902 0.3262
0.44 0.3328 1.4505 0.2294 0.9928 0.3352
0.45 0.3428 1.4706 0.2331 0.9950 0.3446
0.46 0.3527 1.4907 0.2366 0.9968 0.3538
0.47 0.3627 1.5108 0.2400 0.9982 0.3634
0.48 0.3727 1.5308 0.2434 0.9992 0.3730
0.49 0.3827 1.5508 0.2467 0.9998 0.3828
Onde: y A P RH B PH
d0 d0² d0 d0 d0 d0
0.50 0.3927 1.5708 0.2500 1.0000 0.3928
y = altura da água 0.51 0.4027 1.5908 0.2531 0.9998 0.4028
0.52 0.4127 1.6108 0.2561 0.9992 0.4130
d 0 = diâmetro 0.53 0.4227 1.6308 0.2591 0.9982 0.4234
0.54 0.4327 1.6509 0.2620 0.9968 0.4340
A = Área molhada 0.55 0.4426 1.6710 0.2649 0.9950 0.4448
0.56 0.4526 1.6911 0.2676 0.9928 0.4558
P = Perímetro molhado 0.57 0.4625 1.7113 0.2703 0.9902 0.4670
0.58 0.4723 1.7315 0.2728 0.9871 0.4786
R H = Raio Hidráulico 0.59 0.4822 1.7518 0.2753 0.9837 0.4902
0.60 0.4920 1.7722 0.2776 0.9798 0.5022
B = Largura superficial 0.61 0.5018 1.7926 0.2797 0.9755 0.5144
0.62 0.5115 1.8132 0.2818 0.9708 0.5270
P H = Profundidade 0.63 0.5212 1.8338 0.2839 0.9656 0.5398
H idráulica 0.64 0.5308 1.8546 0.2860 0.9600 0.5530
0.65 0.5404 1.8755 0.2881 0.9539 0.5666
0.66 0.5499 1.8965 0.2899 0.9474 0.5804
0.67 0.5594 1.9177 0.2917 0.9404 0.5948
P H = A = Profundidade 0.68 0.5687 1.9391 0.2935 0.9330 0.6096
B Média 0.69 0.5780 1.9606 0.2950 0.9250 0.6250
0.70 0.5872 1.9823 0.2962 0.9165 0.6408
0.71 0.5964 2.0042 0.2973 0.9075 0.6572
0.72 0.6054 2.0264 0.2984 0.8980 0.6742
0.73 0.6143 2.0488 0.2995 0.8879 0.6918
0.74 0.6231 2.0714 0.3006 0.8773 0.7104
0.75 0.6318 2.0944 0.3017 0.8660 0.7296
0.76 0.6404 2.1176 0.3025 0.8542 0.7498
0.77 0.6489 2.1412 0.3032 0.8417 0.7710
0.78 0.6573 2.1652 0.3037 0.8285 0.7934
0.79 0.6655 2.1895 0.3040 0.8146 0.8170
0.80 0.6736 2.2143 0.3042 0.8000 0.8420
0.81 0.6815 2.2395 0.3044 0.7846 0.8686
0.82 0.6893 2.2653 0.3043 0.7684 0.8970
0.83 0.6969 2.2916 0.3041 0.7513 0.9276
0.84 0.7043 2.3186 0.3038 0.7332 0.9606
0.85 0.7115 2.3462 0.3033 0.7141 0.9964
0.86 0.7186 2.3746 0.3026 0.6940 1.0354
0.87 0.7254 2.4038 0.3017 0.6726 1.0784
0.88 0.7320 2.4341 0.3008 0.6499 1.1264
0.89 0.7380 2.4655 0.2996 0.6258 1.1800
0.90 0.7445 2.4981 0.2980 0.6000 1.2408
0.91 0.7504 2.5322 0.2963 0.5724 1.3110
0.92 0.7560 2.5681 0.2944 0.5426 1.3932
0.93 0.7612 2.6061 0.2922 0.5103 1.4918
0.94 0.7662 2.6467 0.2896 0.4750 1.6130
0.95 0.7707 2.6906 0.2864 0.4359 1.7682
0.96 0.7749 2.7389 0.2830 0.3919 1.9770
0.97 0.7785 2.7934 0.2787 0.3412 2.2820
0.98 0.7816 2.8578 0.2735 0.2800 2.7916
0.99 0.7841 2.9412 0.2665 0.1990 3.9400
1.00 0.7854 3.1416 0.2500 0.0000 ∞
O perímetro molhado de uma mesma secção pode incluir trechos de diferentes graus de
rugosidade, n1 , n2 , n3 etc, conforme pode ser visto na figura abaixo. Para cálculos hidráulicos ,
admite-se um grau de rugosidade média obtido pela seguinte expressão, de acordo com
Forcheimer:
n (médio ) =
Figura 12
06 REMANSO E RESSALTO
Figura 13
Figura 14
Figura 15
Figura 16
NÚMERO DE FROUDE
Figura 17
PROFUNDIDADE CRÍTICA
CONTINUAÇÃO:
VALORES DE (Q² ) /g(b5)
VALORES DE “m” ( Indicador horizontal do talude para indicador vertical = 1 )
y/b
0,00 0,25 0,50 0.75 1.00 1,50 2,00 2,50 3,00 4,00
0,51 0,1327 O,1515 0,1736 0,1986 0,2261 0,2883 0,3597 0,4400 0,5291 0,7336
0,52 0,1406 0,1610 0,1850 0,2121 0,2421 0,3098 0,3876 0,4752 0,5726 0,7962
0,53 0,1489 0,1709 0,1970 0,2264 0,2588 0,3324 0,4171 0,5126 0,6188 0,8629
0,54 0,1575 0,1813 0,2094 0,2413 0,2765 0,3564 0,4484 0,5523 0,6679 0,9340
0,55 0,1664 0,1921 0,2225 0,2569 0,2950 0,3816 0,4815 0,5944 0,7200 1,0096
0,56 0,1756 0,2033 0,2361 0,2733 0,3145 0,4082 0,5184 0,6839 0,7753 1,0900
0,57 0,1852 0,2149 0,2503 0,2904 0,3349 0,4362 0,5533 0,6880 0,8339 1,1754
0,58 0,1951 0,2270 0,2651 0,3083 0,3563 0,4656 0,5923 0,7357 0,8959 1,2660
0,59 0,2054 0,2396 0,2805 0,3270 0,3787 0,4966 0,6333 0,7883 0,9615 1,3620
0,60 0,2160 0,2527 0,2966 0,3466 0,4022 0,5291 0,6765 0,8438 1,0308 1,4637
0,61 0,2270 0,2663 0,3133 0,3670 0,4267 0,5633 0,7219 0,9022 1,1040 1,5714
0,62 0,2383 0,2803 0,3307 0,3883 0,4523 0,5991 0,7697 0,9639 1,1812 1,6853
0,63 0,2500 0,2949 0,3488 0,4105 0,4792 0,6366 0,8200 1,0287 1,2627 1,8056
0,64 0,2621 0,3100 0,3676 0,4336 0,5072 0,6760 0,8728 1,0970 1,3485 1,9328
0,65 0,2746 0,3256 0,3872 0,4577 0,5364 0,7172 0.9282 1,1688 1,4388 2,0666
0,66 0,2875 0,3418 0,4075 0,4827 0,5668 0,7603 0,9863 1,2442 1,5339 2,2079
0,67 0,3008 0,3585 0,4285 0,5088 0,5986 0,8054 1,0472 1,3234 1,6339 2,3567
0,68 0,3144 0,3758 0,4503 0,5359 0,6317 0,8525 1,1110 1,4066 1,7389 2,5134
0,69 0,3285 0,3937 0,4730 0,5641 0,6662 0,9018 1,1779 1,4938 1,8493 2,6783
0,70 0,3430 0,4122 0,4964 0,5934 0,7021 0,9532 1,2478 1,5852 1,9651 2,8517
0,71 0,3579 0,4312 0,5207 0,6238 0,7395 1,0069 1,3210 1,6809 2,0865 3,0338
0,72 0,3732 0,4509 0,5459 0,6554 0,7784 1,0629 1,3974 1,7812 2,2138 3,2251
0,73 0,3890 0,4712 0,5719 0,6881 0,8188 1,1213 1,4774 1,8861 2,3472 3,4259
0,74 0,4052 0,4922 0,5988 0,7221 0,8605 1,1822 1,5608 1,9959 2,4869 3,6384
0,75 0,4219 0,5138 0,6267 0,7573 0,9044 1,2456 1,6479 2,1106 2,6331 3,8571
0,76 0,4390 0,5360 0,6555 0,7938 0,9497 1,3116 1,7388 2.2305 2,7860 4,0884
0,77 0,4565 0,5590 0,6852 0,8316 0,9967 1,3803 1,8336 2,3556 2,9459 4,3305
0,78 0,4746 0,5826 0,7160 0,8708 1,0455 1,4518 1,9324 2,4863 3,1130 4,5839
0,79 0,4930 0,6069 0,7477 0,9113 1,0960 1,5262 2,0354 2,6226 3,2874 4,8490
0,80 0,5120 0,6320 0,7805 0,9533 1,1485 1,8035 2,1426 2,7648 3,4696 5,1261
0,81 0,5314 0,6577 0,8143 0,9966 1,2028 1,6838 2,2542 2,8130 3,6597 5,4157
0,82 0,5514 0,6842 0,8492 1,0415 1,2591 1,7672 2,3703 3,0674 3,8579 5,7181
0,83 0,5718 0,7114 0,8852 1,0879 1 ,3174 1,8538 2,4911 3,2282 4,0645 6,0338
0,84 0,5927 0,7394 0,9223 1,1358 1 ,3777 1,9437 2,6167 3,3956 4,2799 6,3633
0,85 0,6141 0,7682 0,9606 1,1853 1,4402 2,0369 2,7472 3,5698 4,5041 6,7069
0,86 0,6361 0,7978 1,0000 1,2364 1,5048 2,1336 2,8828 3,7510 4,7377 7,0651
0,87 0,6585 0,8282 1,0406 1,2892 1 ,5716 2,2339 3,0236 3,9394 4,9807 7,4384
0,88 0,6815 0,8593 1,0824 1,3436 1 ,6406 2,3378 3,1698 4,1353 5,2335 7,8272
0,89 0,7050 0,8914 1,1254 1,3998 1,7120 2,4455 3,3215 4,3387 5,4964 8,2321
0,90 0,7290 0,9242 1,1697 1,4578 1,7858 2,5570 3,4789 4,5500 5,7697 8,6534
0,91 0,7536 0,9579 1,2153 1,5176 1,8620 2,6724 3,6421 4,7694 6,0537 9,0918
0,92 0,7787 0,9925 1,2622 1,5792 1,9407 2,7919 3,8113 4,9971 6,3486 9,5476
0,93 0,8044 1,0280 1 ,3104 1,6428 2,0219 2,9156 3,9866 5,2333 6,6549 10,0215
0,94 0,8306 1,0643 1,3600 1,7082 2,1057 3,0435 4,1683 5,4783 6,9728 10,5139
0,95 0,8574 1,1016 1 4110 1,7756 2,1922 3,1757 4,3564 5,7322 7,3026 11,0254
0,96 0,8847 1,1398 1,4633 1,8451 2,2814 3,3125 4,5511 5,9955 7,6447 11,5566
0,97 0,9127 1,1789 1,5171 1,9165 2,3734 3,4538 4,7527 6,2682 7,9995 12,1079
0,98 0,9412 1,2190 1,5724 1 ,9901 2,4682 3,5998 4,9612 6,5506 8,3672 12,6801
0,99 0,9703 1,2600 1,6292 2,0658 2,5660 3,7505 5,1769 6,8431 8,7482 13,2735
1,00 1,0000 1,3021 1.6875 2.1438 2,6667 3,9063 5,4000 7,1458 9,1429 13,8889
Figura 18
ALTURA CRÍTICA
French in Mays (1999), em seu livro Hydraulic Design Handbook, cap. 3.7 – Hidraulic of Open
ChannelFlow, mostra 4 equações semiempíricas para a estimativa da altura crítica (yc), extraídas de
trabalho de Straub (1982).
EQUAÇÕES SEMIEMPÍRICAS
Primeiramente, é definido um termo denominado:
Sendo Q a vazão em (m3/s) e g = 9,81 m/s2
Circular:
Sendo D o diâmetro da tubulação em (m)
Trapezoidal:
Sendo 1 na vertical e z na horizontal (taludes)
1. SEÇÃO RETANGULAR:
Calcular a altura crítica de um canal retangular, com altura de 3m e vazão de 15m3/s.
Primeiramente, calculamos o Ψ:
2. SEÇÃO CIRCULAR:
Calcular a altura crítica de um tubo de concreto de diâmetro de 1, 5m, para conduzir uma
vazão de 3m3 /s.
3. SEÇÃO TRAPEZOIDAL
Achar a altura crítica de um canal trapezoidal com base de 3m, vazão de 15m 3/s e
declividade da parede de 1 na vertical e 3 na horizontal (z = 3).
06 HIDROSTÁTICA
CONCEITO DE PRESSÃO:
Dada uma força Fn , normal a uma superfície de área A , define-se pressão, como:
p = Fn
A
Figura 19
Em ambos os casos a força aplicada é a mesma , porém as pressões resultante serão diferentes:
TEOREMA DE STEVIN
(Do Livro: Mecânica dos Fluidos - Franco Brunetti)
“A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto do peso
específico do fluido pela diferença de cota dos dois pontos”.
Figura 20
Consideremos um recipiente com um fluido de peso específico ( γ), no qual situamos dois pontos
distintos M e N de diferença de cotas (h). Consideremos também um eixo, unindo os pontos
orientado de N para M e um cilindro de dimensões elementares, peso (G), tal como a figura.
Vamos projetar todas as forças sobre o eixo NM, observando que as forças resultantes das
pressões atuantes nas paredes laterais do cilindro, como são perpendiculares ao eixo, tem
componente nula.
E como: ℓ.senα = h → PN - PM = γ . h
2. "Em um líquido em repouso , a pressão dos pontos num mesmo plano ou nível horizontal é
a mesma” , ou, “pontos de mesma pressão se situam no mesmo plano horizontal “ ( vasos
comunicantes ).
Figura 21
4. Se a pressão na superfície livre de um líquido num recipiente (ponto M da figura), for igual
a zero, então, a pressão no ponto (N), à profundidade (h) dentro do líquido, será calculada
por: p = γ h;
Figura 22
5. Para os gases, como o peso específico é muito pequeno, se a diferença de cotas entre os
pontos não for muito grande, pode-se desprezar a diferença de pressão entre eles.
Figura 23
LEI DE PASCAL
(Do Livro Mecânica dos Fluidos - Franco Brunetti)
Figura 24
Ou
“Se aplicarmos uma pressão a um ponto de um fluido em repouso, esta
transmite-se integralmente a todos os pontos deste fluido, inclusive às paredes do
recipiente que contem o fluido”.
Exemplo:
Figura 25
APLICAÇÕES IMPORTANTES :
A lei de Pascal é de absoluta importância na produção de dispositivos que transmitem e ampliam
forças através de pressões aplicadas num fluido. Por exemplo: prensas hidráulicas, freios
automotivos, transmissões hidráulicas em equipamentos mecânicos etc.
PRENSA HIDRÁULICA
(Do Livro: Mecânica dos Fluidos - Franco Brunetti)
Figura 26
Solução:
No estágio inicial, antes das aplicações das forças F1 e F2, os êmbolos se encontram no mesmo
plano horizontal, logo, lembrando do item 2 das “consequências do teorema de Stevin”, as
pressões p1 e p2 são iguais .
Assim que é aplicada a força F1 no êmbolo (1), é aplicada uma pressão, que segundo a Lei de
Pascal, é integralmente transmitida ao êmbolo (2), logo, mantém-se p1 = p2.
Mas,
p1 = F1 p1 = 200 N p1 = 20 N/cm²
Se: Logo: ∴
A1 10cm²
Por outro lado, sabendo-se que a pressão é sempre a mesma, temos que p2 = p1, então calcula-
se a força normal ( F2 ):
__ F2 __= 20 N/cm2
Se: p2 = F2 /A2 Logo: 100 cm²
Como pode ser observado, a prensa hidráulica não só transmitiu força, mas ampliou de 200N para
2.000N !!!
07 CARGA DE PRESSÃO
Pelo teorema de Stevin, vimos que há uma relação direta entre a pressão e a altura do
líquido . A essa altura que é associada à pressão, chamamos de Carga de Pressão.
h= p
p= γh logo:
γ
Figura 27
Também é possível definir a carga de pressão em uma tubulação, com escoamento sob
pressão ( p ) pois, se fizermos um orifício no tubo, haverá um jato de liquido de uma altura tal que
h = p. Se canalizarmos este jato, podemos ver melhor esta relação:
γlíquido
Figura 28
Tubulação de pressão com 10mcHg significa que, caso se faça um orifício e se canalize o jato, o
mercúrio subirá até 10m de altura.
135.500 . 10 N
A esta pressão temos: p = γmercúrio .10 = = 1.355.000 Pa
ESCALAS DE PRESSÃO
Há duas escalas de pressão :
1. Quando a pressão é medida em relação ao zero absoluto (vácuo), ela é denominada:
PRESSÃO ABSOLUTA
2. Quando a pressão é medida adotando-se como referência a pressão atmosférica, é
denominada: PRESSÃO EFETIVA
Figura 29
UNIDADES DE PRESSÃO
104 N 10.103 N
1mca = γ.1 =
1m²
=
1m²
= 10 kPa ∴ 1mca = 10kPa
1 kgf
cm²
= 10 mca = 100 kPa
Figura 30
Haverá um vácuo na parte superior do tubo cuja pressão pode ser considerada igual a zero . Então,
pelo teorema de Stevin:
p0 = pA = patm
Mas, ainda pelo teorema de Stevin, P0 = γh e assim encontra-se a pressão atmosférica. Como o
líquido normalmente é mercúrio, em um local de atmosfera padrão , ao se proceder como descrito
a coluna estabiliza com altura de 760 mm , logo:
Pressão atmosférica padrão = 760 mmHg = 101,3 kPa = 10,33 mca
MANÔMETRO DE BOURDON
Figura 31
Esquema de um dispositivo com tubo de bourdon, para medições mecânicas de altas pressões.
Figura 32
∴ pA = ( γHg . h2 ) - ( γA . h1 )
Figura 33
Figura 34
"Um corpo imerso ou parcialmente imerso em um líquido, sofre uma força de baixo para cima,
denominada: 'EMPUXO DE ARQUIMEDES' de intensidade igual ao peso do volume do liquido
deslocado."
CORPOS IMERSOS
Figura 35
Seja um corpo de volume VC e peso específico γC imerso totalmente em um meio líquido de peso
específico γℓ . Pelo princípio de Arquimedes, sabe-se que este corpo receberá uma força de baixo
para cima designada como 'E', de intensidade igual ao peso do volume deslocado. Como o corpo
está totalmente imerso, o volume deslocado é VC , logo:
E = VC . γℓ
PESO APARENTE
Figura 36
Quando pesamos um corpo imerso em um líquido, obtemos um valor inferior ao seu peso no ar.
Este peso é chamado 'aparente' e sua intensidade é:
Pa = P-E ∴ Pa = VC . γC - VC . γℓ
logo: Pa = VC . ( γC - γℓ )
CORPOS FLUTUANTES
Figura 37
DEFINIÇÕES:
RELAÇÕES:
P = VC . γC Peso do corpo.
Como o corpo flutua, há equilíbrio entre o peso do corpo e o empuxo ( P = E ), logo, a relação
abaixo permite a solução de inúmeras questões sobre flutuação dos corpos:
VC . γC = Vi . γℓ
Obs: A estabilidade de corpos flutuantes não faz parte do escopo do nosso curso . Recomendamos
a leitura do livro texto para a complementação.
FATEC SP – Faculdade de Tecnologia de São Paulo 40
Curso: Movimento de Terras e Pavimentação Mecânica dos Fluidos - Prof. Edmundo Pulz
INTENSIDADE DA FORÇA - Uma superfície plana de área 'A', contendo um fluido, sofre por parte
deste, uma força chamada EMPUXO, que lhe é perpendicular e de intensidade igual à pressão no
seu CG (pCG), multiplicada pela sua área total (A).
Logo:
E = pCG . A = γ . hCG . A
Figura 38
Força hidrostática e centro de pressões sobre uma superfície plana arbitrária de área A,
inclinada com um ângulo θ abaixo da superfície livre.
CENTRO DE PRESSÃO - Centro de pressão é o ponto onde age a força resultante. Encontra-se
sempre abaixo do 'CG' e sua localização é obtida através de: yCP = yCG + ICG
yCG . A
ICG Momento de Inércia da superfície em torno do eixo que passa pelo seu centro de gravidade
Figura 39
08 VISCOSIDADE
Viscosidade ou atrito interno dos fluidos é a propriedade responsável pela maior ou menor
facilidade de mudar sua forma, ou de escoar (escorrer).
Pode ainda ser definida como:
A capacidade de um fluido em converter energia cinética em calor, ou a capacidade de um fluido
em resistir ao cisalhamento (esforços cortantes).
Obs: é bastante visível, por exemplo, ao se preencher um vasilhame com água ou um óleo pesado,
notar a diferença de velocidade de escoamento e acomodação entre os mesmos. Isto ocorre
devido aos valores distintos de suas viscosidades .
As viscosidades podem ser dinâmicas ou cinemáticas. As viscosidades dinâmicas são representadas
pela letra grega “μ” (mi).
As viscosidades cinemáticas são representadas pela letra grega “ ”(ni).
A viscosidade cinemática de um fluido é o quociente entre a viscosidade dinâmica e sua massa
específica:
=μ/ρ
Temperatura ρ μ
( °C ) (kg/m3) (N.s/m2) 10 -6 ( m2/s) 10 -9
0 999,87 1791 1792
2 999,87 1674 1673
4 1000,0 1566 1567
5 999,99 1517 1519
10 999,73 1308 1308
15 999,13 1144 1146
20 998,23 1008 1007
30 995,67 799 804
40 992,24 653 657
50 988,0 549 556
60 983,0 469 478
70 978,0 407 416
80 972,0 357 367
90 965,0 317 328
100 958,0 284 296
09 ESCOAMENTOS FORÇADOS
EXPERIÊNCIA DE REYNOLDS
Figura 40
Com o regime laminar a trajetória das partículas em movimento, são bem definidas e não se
cruzam. O regime turbulento caracteriza-se pelo movimento desordenado das partículas.
Figura 41
Figura 42
NÚMERO DE REYNOLDS
Através de suas análises e experiências, sobre regimes de escoamento, Osborne Reynolds (1883)
determinou valores resultantes de sua expressão, utilizados como divisores dos regimes laminar e
turbulento .
Esta expressão, chamada Número de Reynolds, é um parâmetro que leva em conta a velocidade
média do fluido, sua viscosidade e uma dimensão linear (diâmetro , profundidade etc). Para canais
circulares, onde encontra sua aplicação mais generalizada, a dimensão linear adotada é o
diâmetro. Assim, para secções transversais circulares, o número de Reynolds é:
vD
Rey ou Re =
Onde:
v = velocidade do fluido em (m/s);
D = diâmetro da canalização em (m);
= viscosidade cinemática do fluido em (m2/s).
ENERGIA HIDRÁULICA
A energia hidráulica de um fluido se compõe de três parcelas e, nos cálculos, é utilizada como
energia específica (por unidade de peso) e cada um dos termos é expresso em (m), tomando o
nome de carga. Assim, temos que:
ENERGIA ESPECÍFICA: TIPO DE CARGA:
v² energia cinética carga dinâmica ou carga de velocidade
= (energia de velocidade por unidade de peso) (unidade de medida: m)
2g
A soma destas três energias é a energia hidráulica total por unidade de peso ou carga hidráulica
total e é representada por H:
v² P
H = + + Z
2g γ
TEOREMA DE BERNOULLI
(estendido aos casos reais)
A energia hidráulica por unidade de peso, ou carga hidráulica de um fluido escoando por uma
canalização é constante, ao menos de pequena parcela, que devido à viscosidade e atritos
externos, se transforma em calor. Entre uma seção 1, a montante de uma seção 2 de uma
canalização , podemos escrever :
H1 = H2 + hf
Onde:
hf = parcela de energia hidráulica por unidade de peso, ou carga hidráulica que foi transformada em
calor. Como calor se trata de outro tipo de energia sem interesse hidráulico, esta parcela é tratada
como uma perda de energia hidráulica, mais simplesmente de: perda de carga. É medida em (m),
assim como as demais cargas e será objeto de estudo detalhado logo adiante.
v1² + P1 + Z1
H1 = carga hidráulica total na seção 1 =
2g γ
v2² + P2 + Z2
H2 = carga hidráulica total na seção 2 =
2g γ
Figura 43
10 PERDAS DE CARGA
As perdas de carga ( hf ) podem ser de duas naturezas:
• DISTRIBUIDAS: são perdas de carga que ocorrem ao longo da tubulação, propriamente dita, devido
ao turbilhonamento;
• LOCALIZADAS: são perdas de carga pontuais, que ocorrem nas conexões (peças e registros), onde
há um turbilhonamento adicional provocado pelas mesmas.
Obs: A perda de carga total na tubulação, no trecho considerado, sempre será composta pela soma das perdas de
carga distribuídas, com as perdas de carga localizadas no trecho.
L v2
hf = f . .
D 2g
Onde:
perda de carga distribuída no trecho
hf = D = diâmetro da tubulação, em (m);
considerado, em (m);
DIAGRAMA DE MODDY
Figura 44
EQUAÇÃO DE SWAMEE
ESCOAMENTO LAMINAR: Quando o escoamento é laminar (Re < 2000), o valor de (f) é
encontrado por:
64
f =
Re
TUBO LISO: Quando o tubo é liso, o valor de "f" independe da rugosidade relativa (e / D).
No ábaco de Moody, há a curva própria para estes casos.
Para encontrar o valor de (f), basta localizar o número de Reynolds no ábaco de Moody e
através dele, traçar uma vertical até o cruzamento com a curva de tubos lisos. Do ponto de
cruzamento, traçar horizontal até o eixo do: valores de (f).
Por exemplo : Caso se tenha Reynolds igual a 100.000 e o tubo for liso: f = 0,0185
APÊNDICE 1
TABELAS PARA RESOLUÇÃO DA FÓRMULA DE MANNING
Processo sugerido pelo Prof. Ven Te Chow, em seu livro “Open Channel Hydraulics”. Desenvolvido e difundido
pelo Prof. Eiji Ito - FATEC SP.
ÍNDICE RESUMO:
1A Canais retangulares e trapezoidais y/b x I
1B Canais retangulares e trapezoidais '' II
1C Canais retangulares e trapezoidais '' III
2A Canais retangulares e trapezoidais y/b x IV
2B Canais retangulares e trapezoidais '' V
2C Canais retangulares e trapezoidais '' VI
3A Canais retangulares e trapezoidais y/b x VII
3B Canais retangulares e trapezoidais '' VII
3C Canais retangulares e trapezoidais '' IX
4A Canais retangulares e trapezoidais y/b x X
4B Canais retangulares e trapezoidais '' XI
4C Canais retangulares e trapezoidais '' XII
5 Canais Circulares y/D x XII
6 Canais Circulares y/D x XIV
7 Canais Circulares y/D x XV
8 Canais Circulares y/D x XVI
Figura 11
B = Largura superficial
D = Diâmetro do canal circular, em (m)
b = largura do canal, em (m);
y = profundidade de escoamento, em (m);
m = indicador horizontal do talude.
APÊNDICE 2
CANAIS MAIS EFICIENTES
Das Apostilas do Professor Acácio Eiji Ito ( FATEC SP )
TABELA 1 TABELA 2
m m A P
0 0,50 0,1984 0 2 2y² 4y
0,25 0,64 0,3474 0,25 1,81 1,81y² 3,62y
0,5 0,81 0,6828 0,5 1,74 1,74y² 3,48y
0,58 0,87 0,7511 0,58 1,73 1,73y² 3,46y
0,75 1 1,1024 0,75 1,75 1,75y² 3,50y
1 1,21 1,9122 1 1,83 1,83y² 3,66y
1,5 1,65 5,0441 1,5 2,11 2,11y² 4,21y
2 2,12 11,5482 2 2,47 2,47y² 4,94y
2,5 2,60 23,2258 2,5 2,89 2,89y² 5,77y
3 3,08 42,0601 3 3,32 3,32y² 6,65y
4 4,06 112,2184 4 4,25 4,25y² 8,49y
RESUMO:
Figura 45
APÊNDICE 3
11 BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO NETTO, J. M. et al. Manual de Hidráulica. 8ª ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1998.
5ª reimpressão – 2007. 670 p.
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