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A BIOSFERA

Entende-se por Biosfera o conjunto de todas as zonas do planeta Terra,


onde é possível encontrar formas de vida. Esta abrange parte da crusta
(Geosfera), da atmosfera e da hidrosfera, o que se traduz numa localização
desde os 11 000 m abaixo do nível do mar, até aos 9 000 m acima desse
nível.

DIVERSIDADE
A vida na Terra pode assumir várias formas, desde as mais simples
bactérias, passando pelos fungos, até aos mais complexos mamíferos ou
plantas de grande porte, as diferenças são evidentes. Há, no entanto, algo
comum a todas as formas biológicas: todas, sem exceção, são constituídas
por células.

A Biodiversidade pode ser analisada sob três perspetivas diferentes:


§ Diversidade genética – refere-se ao facto de cada indivíduo, ainda que

da mesma espécie, ser geneticamente diferente dos outros, ou seja


refere-se à variabilidade dentro da própria espécie;
§ Diversidade de espécies – refere-se à riqueza de espécies de seres

vivos que se podem encontram à escala local, regional ou global;


§ Diversidade ecológica – refere-se à diversidade de comunidades nos

diferentes ecossistemas.

ORGANIZAÇÃO
Os seres vivos estabelecem relações indissociáveis entre si (componente
biótica) e com o ambiente físico em que se encontram (componente
abiótica – água, luz, temperatura, solo, etc.), interagindo mutuamente. Esta
relação entre fatores bióticos e abióticos, que ocorre num determinado
meio, constitui um Ecossistema. Num ecossistema há um perfeito equilíbrio
entre os referidos fatores, com vista a um objetivo e com base numa troca
de matéria e energia. Os ecossistemas podem ser mais ou menos
complexos, como por exemplo, uma floresta tropical, ou uma simples gota
de água com presença de microrganismos.
Ao local onde os organismos de um Ecossistema vivem dá-se o nome
de Biótopo. O conjunto de seres vivos, de diferentes espécies, que existem
num determinado ecossistema designa-se comunidade, por outro lado
designa-se população ao conjunto de seres vivos da mesma espécie que
vivem numa determinada comunidade. Define-se como espécie o conjunto
de seres vivos com características semelhantes, que se possam reproduzir
entre si e originar descendência fértil.
Das várias relações que se estabelecem entre os seres vivos, as mais
evidentes são as relações tróficas ou alimentares. Estas podem ser
representadas sob a forma de cadeias alimentares, que integram conjuntos
mais amplos e complexos, constituindo as redes ou teias alimentares.
Os decompositores atuam ao longo de todos os níveis tróficos da cadeia
alimentar transformando matéria orgânica (cadáveres, fezes, etc.), em
matéria inorgânica, assegurando desta forma a devolução dos minerais ao
meio ambiente. São exemplos de decompositores os fungos e um grande
número de bactérias.

EXTINÇÃO E CONSERVAÇÃO
O desequilíbrio causado a um Ecossistema, que coloque em causa a
perfeita harmonia entre os fatores bióticos e abióticos e a as trocas de
energia e de matéria que ocorrem entre estes, pode levar à extinção de
espécies ou à destruição do próprio Ecossistema.

Ao longo da história da vida na Terra, um sem-número de espécies terão


surgido, evoluído e ter-se-ão adaptado às alterações do meio, no entanto,
outras tantas terão sido extintas. Atualmente, a interferência humana nesse
ciclo natural, através da sobre exploração (pesca e caça intensivas),
agricultura intensiva, excesso de urbanização, poluição e desflorestação,
entre outros, acelera cada vez mais o processo de extinção.
No sentido de inverter essa tendência, nas últimas décadas, foram
criadas áreas protegidas (Parques Nacionais, Parques e Reservas
Naturais, Áreas de Paisagens Protegidas e Sítios Classificados) em alguns
ecossistemas privilegiados. Desta forma evita-se a sobre-exploração de
recursos naturais e a intervenção humana está condicionada e sujeita a
regulamentos específicos.

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