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Dinâmica temporal das

comunidades

“Sucessão Ecológica”
Dinâmica Temporal das comunidades
Ciclos fenológicos: estuda os fenômenos periódicos
(sazonais) dos seres vivos e suas relações com as condições
do ambiente (temperatura, luz, umidade).

• Migração das aves


• Floração e frutificação (regulam a presença de
insetos e mamíferos na comunidade)
• Análises de comunidades planctônicas (podem
mudar completamente sua estrutura ao longo de um
ciclo diário)
• Processos de sucessão ecológica
Fatores de variação temporal da riqueza
“Sazonalidade”
Comunidade vegetal em estado de clímax
• Condição ótima que corresponde ao seu auge, ápice, maturidade
• As populações não se alteram e o ecossistema está equilibrado
Fatores de variação temporal de riqueza
“Perturbação de grande porte”
Fatores de variação temporal de riqueza
“Perturbação de grande porte”
Fatores de variação temporal de riqueza
“Perturbação de grande porte”: ciclone
Fatores de variação temporal de riqueza

Processo pós perturbação de grande porte

Sucessão ecológica

• Sucessão dinâmica na comunidade de uma região;


• Sequência de comunidades, desde a colonização
até a comunidade clímax;
• Mudanças graduais e contínuas
Sucessão ecológica:

“Processo de mudanças graduais, ordenadas e


contínuas em uma dada comunidade devido a
padrões de colonização e extinção de espécies que
alteram a riqueza e a equitabilidade das espécies na
comunidade ao longo do tempo”.

• Sucessão Primária

• Sucessão secundária
Sucessão ecológica
Inclui todos os estágios da mudança
sucessional
Mecanismos de sucessão
ecológica

• Nudação: Acontecimento de
uma perturbação e o
surgimento de uma área estéril
ou com pouca vida.

• Migração: Chegada de
propágulos ao ambiente.

• Ecese: Estabelecimento e
crescimento das primeiras
plantas (pioneiras) – sucessão
primária.

Nudação Concorrência
Migração Estabilização
Reação
Ecese
Mecanismos de sucessão ecológica
Mecanismos de sucessão
ecológica

• Concorrência: O
estabelecimento de novas
espécies provoca uma
competição por recursos.

• Reação: Como resultado da


concorrência, as espécies vão
sendo substituídas, de uma
comunidade vegetal para outra.

Sucessão secundária

Nudação Concorrência
Migração Estabilização
Reação
Ecese
Mecanismos de sucessão ecológica

Mecanismos de sucessão
ecológica

• Estabilização: A comunidade
se estabiliza e surge o
desenvolvimento de
uma comunidade clímax.

Nudação Concorrência
Migração Estabilização
Reação
Ecese
Sucessão primária
Ocorre em regiões estéreis (sem vida), por exemplo,
terrenos cobertos pelo escoamento de lava, rochas expostas
por recuo de geleiras, ilhas vulcânicas ou dunas de areia

• Começa em habitats recém formados;

• Inicialmente desprovidos de nenhuma ou rara vida

• sementes, esporos são trazidos por distintos agentes de


outras regiões (vento, animais)

• Início do processo sucessional da comunidade biológica


Sucessão primária Ex1: Hidrossere

Desenvolvimento de
comunidades em
água doce
• Poça;
• Lago artificial
Sucessão primária

Ex2: Lithosere

Desenvolvimento de
comunidades sobre
rochas
• Desmoronamento
• Vulção
“Sucessão ecológica em ilhas vulcânicas – “Ilha Surtsey
Islândia”

Emergiu: 14 novembro de1963

Estabeleceu-se: 5 Junho
de 1967
Ex3: Psammosere
Sucessão primária Desenvolvimento em
comunidades sobre
areia
• Aterro
• desmatamento
Ex4: Xerosere:
Sucessão primária Desenvolvimento de
comunidades em áreas
secas
Sucessão secundária

Ocorre nos locais já habitados, cujo equilíbrio foi rompido


devido perturbações ambientais drásticas, causadas ou não
pelo ser humano

• Inicia-se após perturbação;


• Vegetação parcialmente removida;
• Solos continuam com sementes, esporos (banco de
sementes);
• O tamanho e o tipo de perturbação influenciam quais
espécies vão se estabelecer
Sucessão secundária
Semiárido nordestino
Sucessão secundária

As condições e
recursos ditam o
tempo de sucessão
Sucessão secundária
Sucessão secundária

As condições e recursos ditam o tempo de


sucessão
Sucessão
Secundária

Região de
Itaipava - RJ
Variação na importância relativa de seis
espécies de vegetais durante sucessão
ecológica
Características de espécies colonizadoras ou pioneiras
• Desenvolvem-se em grandes clareiras, bordas de fragmentos
florestais, locais abertos e áreas degradadas;
• Pequeno número de espécies por ecossistema, porém em alta
densidade;
• Capacidade de adaptação em ambientes variados, existe sempre uma
espécie pioneira típica de cada ambiente.
• Alta tolerância à luz e intolerantes à sombra (liquens, gramíneas).
• Ciclo de vida curto.
• Árvores de pequeno porte
• Apresenta floração e frutificação precoce.
• Sementes em geral pequenas, produzidas em grandes quantidades.
• Dispersão de sementes por agentes generalistas.
• Conservação do poder germinativo das sementes por longos períodos
(banco de sementes)
• Altas taxas de crescimento vegetativo.
• Sistemas radiculares de absorção mais desenvolvidos.
Características de espécies secundárias iniciais

• São plantas que se desenvolvem em locais totalmente abertos e


semiabertos e clareiras na floresta.
• Aceitam somente o sombreamento parcial;
• Árvores de tamanho variado pequeno porte;
• Sementes de tamanho pequeno e médio, geralmente apresentam
algum tipo de dormência e de relativa viabilidade longa;
• Produzem boas quantidades de sementes, quando em boas condições
de iluminação da copa.
• Sementes geralmente dispersas por pássaros, morcegos, gravidade e
vento.
• Convivem com as pioneiras, nas fases iniciais da sucessão florestal,
mas em menor densidade;
• Rápido crescimento vegetativo.
• Ciclo de vida médio (15-30 anos)
Características de espécies secundárias tardias
• Desenvolvem-se exclusivamente em sub-bosque, em áreas
permanentemente sombreadas, crescem e completam seu ciclo à
sombra,
• Em sua fase adulta, ocupam quase sempre os estratos superiores da
floresta,
• Suas mudas vão compor o banco de plântulas da floresta (oportunista),
• Iniciam sua presença em estágios médios de sucessão.
• As árvores deste grupo são geralmente de grande porte.
• Ciclo de vida longo.
• Suas sementes são dispersas por vento, gravidade e também por
alguns animais;
• Sementes médias e grandes.
Características de espécies clímax
• Regeneram-se e se desenvolvem em plena sombra, sendo típicas de
ambiente de floresta primária;
• Na fase adulta, em florestas primárias ou em estágios avançados,
ocupam os dosséis superiores da floresta
• Suas sementes, raramente, apresentam algum tipo de dormência,
germinando logo que caem sobre o solo;
• Sementes grandes dispersas por gravidade e, mais comumente, por
mamíferos (macacos e roedores)
• Estreita relação com animais polinizadores e dispersores;
• Apresentam baixa densidade por área (geralmente são espécies raras).
• Árvores adultas muito altas, na floresta atlântica, chegam a mais de 40
metros de altura.
• São espécies típicas de florestas primárias e nos estágios avançados de
sucessão.
• Ciclo de vida muito longo, acima de 100 anos;
• Definem a estrutura final das florestas;
• Crescimento vegetativo lento, madeira densa (madeira nobre).
Mecanismos biológicos

• As espécies de estágios serais iniciais podem facilitar o


estabelecimento de espécies de estágios serais tardios.
• As espécies de estágios serais iniciais podem inibir o
estabelecimento de espécies de estágios serais tardios.
• As espécies de estágios serais iniciais podem ser tolerantes ao
estabelecimento de espécies de estágios serais tardios.
Origem da sucessão
✓ banco de sementes (local)
✓ Dispersão (vento, animais, intencionalmente pelo homem)
Mecanismos biológicos “Dispersão de sementes
Mudanças no processo sucessional
Fatores aleatórios que interferem no processo
sucessional

• A composição inicial das espécies


• A ordem de entrada das espécies
• O número de espécies na comunidade
(quanto maior o número de espécies menos
claros devem ser os padrões de substituição
Ilha vulcânica
Miyake-jima
Japão

Pontos de amostragem em derramamentos de lava de 37 e 125 anos

Os demais sítios tem mais de 800 anos


Processo sucessional

I. Colonização da lava
nua por Alnus sieboldiana
(fixador de nitrogênio)
Processo sucessional

II. Facilitação (através do


aumento de nitrogênio) de:

• Prunus speciosa – espécies


de sucessão intermediária

• Machilus thunbergii – espécies


perenifólia de sucessão
tardia

Prunus speciosa
Processo sucessional

III. Estabelecimento de uma


floresta mista, com
sombreamentos de:

• Alnus sieboldiana
• Prunus speciosa

Prunus speciosa

X
X
Processo sucessional

IV. Substituição por competição


de:
Machllus thunbergii
X
Castanopsis sieboldii

X
No processo sucessional de
37 e 800 anos foram
registradas 113 espécies
vegetais, favorecidas pelas
condições e recursos

• Samambaias
• Arbustos
• Arvores de grande porte

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