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FACULDADES NORDESTE

CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA


DISCIPLINA: ECOLOGIA APLICADA
PROFESSORA: GIOVANA LOPES DA SILVA
DISPERSÃO

Fases

Importância

Tipos

Padrões
DISPERSÃO X MIGRAÇÃO

Descrevem os aspectos relacionados ao movimento


dos organismos

• Movimentos em massa
• Grandes migrações

1) Movimentos de propágulos que se distanciam


de seus progenitores

2) Movimentos na busca por outros habitats


Migração
QUAL A IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DA
DISPERSÃO?

Conquistar Reduzir a
novos competição
ambientes intraespecífica

Evitar a
endogamia
DISPERSÃO
Fases:

 Partida ou emigração
 Movimento ou transferência

 Chegada ou imigração
COMPORTAMENTO

Ativa

TIPOS

Passiva
PASSIVA
Não apresenta um caráter exploratório, a
descoberta é uma questão de chance

Ex. Chuva de sementes


DISPERSÃO PASSIVA

 Destino da prole é determinado pela localização da


planta mãe

 Lugar de destino é devido ao acaso

 Não apresenta caráter exploratório


DISPERSÃO PASSIVA - PLANTAS

Amburana cearensis – cumaru-de-cheiro Caesalpinia pyramidalis - catingueira


DISPERSÃO PASSIVA - ANIMAIS

Cistos de camarão Gêmulas de esponja


DEIXA A VIDA ME LEVAR...

... vida leva eu


DISPERSÃO PASSIVA

A incerteza de direção na dispersão passiva pode


ser reduzida se um agente ativo estiver
envolvido.

Dispersão
Dispersão Agente passiva por
passiva ativo um agente
mutualista
DISPERSÃO PASSIVA POR UM AGENTE
MUTUALISTA

 Sementes engolidas por aves


A semente é dispersa de forma
+ ou – previsível e o dispersor
consome a polpa como
recompensa
 Ácaros dispersados por
besouros necrófagos

Ácaros ganham um agente


dispersor e se alimentam de
ovos de moscas competidoras
dos besouros
ATIVA
Afídeos e larvas de invertebrados de água doce
cessam o movimento somente quando encontram um
local seguro

Envolve “descoberta” com controle limitado


DISPERSÃO CLONAL
 Acontece nos organismos modulares, um geneta
se ramifica e expande suas partes ao redor de si,
enquanto cresce.

 Pode resultar por fim que o produto de um zigoto


seja representado por um clone de idade
avançada, que é propagado a grandes distâncias
Dispersão de sementes:

Associação de estruturas com a síndrome de dispersão

Barocórica – gravidade (peso)

Anemocórica – vento (asas, plumas e pêlos, os quais aumentam a


resistência do ar)

Zoocórica – vertebrados (arilo ou polpa); formigas (elaiossoma)

Balística ou autocórica – explosiva

Adesiva – gruda nos pêlos (ganchos, farpas, etc)

Willson et al (1990)
Journal of tropical
ecology (2001) 17:303-321
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO

Ao acaso

Regular

Agregada
AO ACASO

• Há probabilidade igual de um
organismo ocupar qualquer ponto no
espaço

• Resultado: organismos distribuídos


desigualmente devido aos eventos de
chance

Ao acaso
REGULAR

• Um indivíduo possui uma tendência de


evitar outros

• Indivíduos muito próximo a outros


morrem

• Resultado: São mais uniformemente


espaçados do que o esperado pela
chance

Regular
AGREGADA

• Os indivíduos tendem a ser atraídos


para locais particulares

• A presença de um indivíduo atrai ou dá


origem a outro

• Resultado: Permite que os indivíduos


fiquem mais próximos do que o esperado
pela chance
Agregada
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO

 Mosaico
 Forças que favorecem a agregação

 Forças de diluem (dispersão dependente de densidade)


DISTRIBUIÇÃO EM MOSAICO

Grão grosso: organismo pequeno e


que se move pouco

O grão de um ambiente deve ser


observado a partir de um organismo
em questão

Grão fino: organismos se move com


frequência entre os tipos diferentes de
habitats
FORÇAS QUE FAVORECEM A AGREGAÇÃO
 Condições e recursos favoráveis à reprodução e
sobrevivência
 Geometria do rebanho egoísta (Hamilton, 1971)

Mudanças na densidade de uma população de cigarras com periodicidade de 13


anos no Noroeste de Arkansas, em 1985, e as mudanças na porcentagem ingerida
por aves (Willians et al, 1971).
FORÇAS QUE DILUEM A AGREGAÇÃO
• Competição pelos indivíduos adensados
• Interferência direta entre indivíduos

Dispersão por emigração dependente da


densidade
Definição

Em plantas
Em
animais
Tipos
DORMÊNCIA: MIGRAÇÃO NO TEMPO
Definição: é um estado de inativação que apresenta
o benefício de conservar energia, a qual pode ser
usada durante os períodos subsequentes ao retardo.

 Tolerar condições adversas


ou
DORMÊNCIA

Preditiva Subsequente

Diapausa (animais) Diapausa (animais)

Dormência primária Dormência


(plantas) secundária(plantas)

Antes das condições Em resposta às


adversas condições adversas
Necessidade de um
Inata estímulo para
(primária) reativar o
crescimento

Dormência em Forçada Imposto por


plantas (quiescentes) condições externas

Adquire uma nova


Induzida necessidade
(secundária) durante a
dormência forçada
DORMÊNCIA EM SEMENTES
Dormência endógena: bloqueio à germinação
relacionada ao próprio embrião

Dormência exógena: causada pelo tegumento,


endocarpo, pericarpo, sem participação direta do
embrião
MECANISMOS DE DORMÊNCIA
ENDÓGENA ou EMBRIONÁRIA
(Baskin & Baskin, 1998; Carvalho, 1994)

Tipo Natureza Causa Mecanismos prováveis

Fisiológica Primária ou Inibição entre o • Inibidores químicos


secundária embrião e os • Resistência dos envoltórios
tecidos • Balanço hormonal
adjacentes
Morfológica Primária Embrião • Embrião em crescimento
subdesenvol-vido após a dispersão/ambiente
(rudimentar)

Morfofisio- Primária Dormência • Embrião pequeno


lógica fisiológica em • Promotores/inibidores
embrião com • Mobilização de reservas ao
dormência embrião
morfológica
• Inibidores químicos (ABA)
EXÓGENA ou EXTRA-EMBRIONÁRIA

Tipo Natureza Causa Mecanismos prováveis

Física Primária ou Estrutura do • Resistência ou


secundária tegumento e/ou impermeabilidade dos
pericarpo envoltórios à água e/ou aos
gases ao embrião

Química Primária Inibidores • Inibição do processo de


químicos germinação de embriões
(semente ou fruto) não-dormentes

Mecânica Primária Estrutura lenhosa • Resistência mecânica


(endocarpo ou impede crescimento do
mesocarpo) embrião
DORMÊNCIA EM ESPÉCIES TROPICAIS
(Baskin & Baskin, 1998)
Floresta tropical Floresta semi- Floresta tropical Savana/
úmida decídua decídua cerrado

Espécies arbóreas (% do total de casos de dormência registrados)

Dormência fisiológica 52% 40% 33% 24%

Dormência física 18% 40% 67% 70%

Dormência
morfológica ou 30% 20% -- 6%
morfofisiológica

Espécies invasoras/herbáceas (% do total de casos de dormência registrados)

Dormência fisiológica 100% 65% 70% 25% (arbustos)

Dormência física -- 30% 28% 75% (arbustos)

Dormência
morfológica ou -- 5% 2% --
morfofisiológica

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