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04/06/19

Mecanismos de Especiação

Mom, Dad…
There’s something
you need to know…
I’m a MAMMAL!

Danillo Pinhal
danillo.pinhal@unesp.br
Departamento de Genética – IBB – UNESP

O que é espécie??

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Espécies
Em Latim, espécie significa “tipo” e assim, espécies são, em seu
sentido mais simples, diferentes tipos de organismos.

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Homo sapiens
Sturnella magna Sturnella neglecta

Pheidole barbata Theridion grallator

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Espécies
Em Latim, espécie significa “tipo” e assim, espécies são, em seu
sentido mais simples, diferentes tipos de organismos.

I.  A categoria mais fundamental da classificação biológica.

II.  Não há um conceito universal de espécies útil para


definir, delimitar, identificar e caracterizar todas as
espécies.

III.  Há múltiplas formas pensar e definir espécies.

Espécies e Evolução Biológica

•  Espécies deveriam ser as menores unidades


evolutivamente independentes!
•  Mas qual critério pode ser rigorosamente aplicado?

–  Morfoespécies
–  Espécies Biológicas
–  Espécies Filogenéticas
–  ESU (Unidades Evolutivas Significativas)

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Primeiros conceitos de espécie

§  Espécies como unidades fixas


concebidas e criadas por Deus

§  Variações intraespecíficas eram meras


imperfeições acidentais

§  Pensamento tipológico do essencialismo


Carolus Linnaeus
(1707-1778) §  Desconsiderar as variações foi a tônica
dos primeiros taxonomistas; holótipo

Conceitos de espécie atuais


Número de conceitos atualmente em uso:
✓ Mayden (1997) identificou mais de 24 conceitos de espécies diferentes.

✓ Muitos destes conceitos compartilham várias ideias de classificação.

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Tipos de Conceitos de Espécie

Conceito de Espécie

•  Conceito Ecológico;
•  Conceito Fené0co;
•  Conceito Filogené0co;
•  Conceito Geno2pico;
•  Conceito Biológico: define as espécies em termos de
intercruzamento

(Mayr, 1969)
“Espécies são grupos de
populações naturais que se
i n t e r c r u z a m e e s t ã o
reprodutivamente isoladas de outros
grupos.”

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Conceito Biológico de Espécie

Espécie é uma comunidade de populações real ou potencialmente


intercruzantes, que gera prole fértil e está reprodutivamente
isolada de outras.

•  Vantagens
– Relacionado à independência evolu0va, um elemento para a diversificação;
– Para alguns grupos de espécies é um critério claro e testável.

•  Desvantagens
– Irrelevante para espécies assexuadas, partenogené0cas, auto-fecundantes.
– Não pode ser aplicado a “espécies” fósseis/ex0ntas
– Isolamento geográfico não permite testar o intercruzamento, por isto se
considera a inclusão do termo “potencialmente intercruzante”
– Dificilmente pode ser aplicado a populações alopátricas

Conceitos de espécie são relevantes


•  O conceito de espécie u3lizado pode afetar:
i.  o status de conservação específico de populações estudadas;
ii.  es0ma0vas de diversidade de espécies;
iii.  a análise histórica destas unidades chamadas de espécies;
iv.  a compreensão de padrões de fluxo gênico dentre e entre
estas unidades;
v.  delineamento de áreas de endemismo;
vi.  a caracterização demográfica de tais unidades;
vii.  decisões para conservação ex-situ (ca0veiro);
viii.  quais unidades irão receber proteção de instrumentos locais,
nacionais e internacionais.
ix.  estudos de interações e ecossistemas que dependem do
número e diversidade de espécies.

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Delimitando espécies

•  Taxonomia clássica

•  Genética evolutiva

O código de barras do DNA

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Como surgem novas espécies?

Mecanismos de Isolamento reprodutivo


Mecanismos de isolamento reprodutivo
constituem-se em propriedades biológicas dos indivíduos que

impedem o cruzamento entre populações simpátricas

Pré-zigótico
ou Não há formação de zigotos

pré-copulatório


Pós-zigótico Formação de zigotos, mas a prole é
ou híbrida é inviável
pós-copulatório

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Isolamento reprodutivo

1) Isolamento interno, intrínseco ou biológico


–  Causas biológicas, inerentes aos próprios
organismos impedindo a troca de genes, mesmo
em condições de simpatria.

2) Isolamento externo, extrínseco ou geográfico


–  Acidentes geográficos e/ou condições climáticas
impedindo a troca de genes.

Mecanismos pré-zigóticos ou pré-copulatórios

•  Isolamento gamético

•  Habitat ou espacial

•  Sazonal ou Temporal

•  Etológico ou Sexual

•  Mecânico ou Incompatibilidade
anatômica

•  Polinizadores distintos

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Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Isolamento Gamético Tribolium são besouros comedores


de grãos…pragas mundiais.
(prevalece fertilização INTRAESPECÍFICA)

1. T. freemani X T. freemani

2. T. freemani X T castaneum
Tribolium freemani
3. T. freemani X T. castaneum e T freemani

< 3% ovos eram de T. castaneum

Competição de espermatozóides provoca o


isolamento reprodutivo (seleção sexual)
Tribolium castaneum

Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Isolamento Gamético
(prevalece fertilização INTRAESPECÍFICA)

ouríço do mar: gametas de diferentes espécies => fenótipos


vermelhos e roxos – são incapazes de se fusionar

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Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Hábitat ou Espacial Passer domesticus

•  As populações em questão
ocorrem em diferentes habitats
na mesma região geral.

Leão (savana) e tigre (floresta) estão isolados por


ocuparem hábitats muito distintos

Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Sazonal ou Temporal

•  Comum em vegetais e
animais aquáticos e ocorre
com frequência em insetos e
outros invertebrados.

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Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Sazonal ou Temporal

Estações reprodutivas sobrepostas, o


isolamento é efetuado por estímulos
acústicos.

Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Etológico ou comportamental

Vagalume

Pavão

• .
Caranguejos

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Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Etológico ou comportamental

• .

Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Mecânico ou incompatibilidade anatômica

Órgãos copulatórios incompatíveis.

Plantas: Tubo polínico não germina em


estigmas de outra espécie

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Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Mecânico ou incompatibilidade anatômica


Animais: As diferenças estruturais nos órgãos genitais
das espécies próximas interferem na eficiência da The image cannot be displayed. Your
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fertilização ou impedem o cruzamento. to open the image, or the image may have
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Mecanismos de Isolamento Pré-Zigóticos

Polinizadores diferentes

•  Em plantas com flores, espécies relacionadas podem ser


especializadas em atrair diferentes insetos como polinizadores.

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Mecanismo de isolamento pós-zigoticos

•  Mortalidade do zigoto

•  Inviabilidade do híbrido

•  Esterilidade do híbrido

Theodosius Dobzhansky

Mecanismos de Isolamento Pós-zigoticos

Mortalidade do zigoto e inviabilidade do


hibrido

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Mecanismos de Isolamento Pós-zigoticos

Esterilidade do híbrido

Equus asinus Equus caballus


(jumento/jumenta) (cavalo/égua)
2n=62 2n=64
Número impar de
cromossomos

Mula ou Burro
2n=63

Qual a vantagem adaptativa dos mecanismos


de isolamento reprodutivo?

Ø  Qualquer espécie é um sistema genético


integrado, selecionado por muitas gerações e
ajustado a um nicho específico do ambiente.

Ø  A hibridização pode destruir esses sistemas.

Ø  Qualquer mecanismo biológico (etológico,


anatômico, fisiológico) que conserve a
adaptabilidade, impedindo ou dificultando a
hibridização, é favorecido por seleção.
Ø  Mecanismos que inibam a hibridização aumentam
o valor adaptativo.

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Ocorrendo a Hibridização ....

a) O embrião híbrido é abortado ou reabsorvido antes que


venha à termo (inviabilidade orgânica).

Entre as espécies Capra hircus


(bode doméstico) e Ammotragus
lervia (ovelha barban), a
hibridização resulta em fetos que,
vindo a termo, não sobrevivem.

Entre as espécies Capra hircus e


Ovis aries (ovelha doméstica),
inúmeros trabalhos indicam que os
embriões híbridos são
reabsorvidos com poucas
semanas de gestação.

b) O híbrido, embora viável, não chega à idade adulta


(inviabilidade ecológica).

Seu comportamento anômalo, não específico, não lhe


permite competir eficientemente com membros das espécies
parentais pelos recursos do meio. Assim, o híbrido, mais debilitado,
não chega à idade reprodutiva.

Em peixes do gênero Gasterosteus, a espécie G. aculeatus é


restrita à água doce enquanto a espécie G. trachurus é marinha e
penetra em água doce para desovar.

A hibridização pode ocorrer na área de sobreposição, porém,


os híbridos apresentariam menor viabilidade ecológica.

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c) O híbrido atinge a idade reprodutiva, mas seu


comportamento de corte, não específico, não é
reconhecido por parceiros de sexo oposto das espécies
parentais, e dessa forma não chega a se reproduzir.

Esta situação é especialmente válida onde o isolamento


reprodutivo entre espécies simpátricas dá-se predominantemente
por mecanismos etológicos.

Um exemplo clássico desta situação pode ser encontrado entre


espécies do gênero Anas.

Quando em cativeiro, ocorre cruzamento entre as espécies A.


platyrhinchos e A. acuta (patos d'água), e não observa-se redução
na fertilidade dos híbridos F1, F2, F3 ou nos retrocruzamentos.

Na natureza, porém, ambas espécies ocorrem simpatricamente,


os híbridos são eventuais e não há indicação de retrocruzamento.

Anas platyrhynchos

Anas acuta

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d) O híbrido exibe comportamento de corte que lhe permite a


cópula, mas sua composição cromossômica inviabiliza uma
meiose normal e, consequentemente, não há a produção de
gametas. Havendo a produção de gametas, estes poderão ser
anômalos (motilidade alterada, não formação de acrossomo,
etc) e sem capacidade de fertilização. Neste caso o híbrido é
estéril.
Esta é a situação do burro, mula ou bardoto, híbridos formados a
partir do acasalamento entre representantes das espécies Equus
asinus (jumento) e Equus caballus (cavalo doméstico).

No burro, a meiose não prossegue além do zigóteno. O


pareamento dá-se apenas entre pequenas regiões de alguns
cromossomos, resultando no bloqueio da meiose e degeneração
das células germinativas.

Também há hibridização entre as espécies E. caballus e E.


grevyi (zebra-de grevy) e entre E. caballus e E. burchelli (zebra-
comum), ambos híbridos estéreis.

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e) O conjunto cromossômico do híbrido é compatível com o


mecanismo meiótico, mas os gametas que se formam carregam
conjuntos cromossômicos anômalos que inviabilizam o
desenvolvimento do zigoto ou do embrião. Neste caso, os abortos
são frequentes e os híbridos determinam uma diminuição no
desempenho reprodutivo da população.

-  Na espécie Bubulus bubalis (búfalo), a subespécie B.b.bubalis


(búfalo do rio) apresenta 2n=50 cromossomos, enquanto a
subespécie B.b.kerebau (búfalo do pântano) apresenta 2n=48
cromossomos. Hibridização natural ocorre entre estas duas
subespécies, e o híbrido formado apresenta 49 cromossomos.
-  Análises histológicas dos testículos do híbrido mostraram
anomalias de espermátides e espermatozóides não comumente
encontradas nas subespécies parentais.

f) Os descendentes do híbrido com uma das


espécies parentais são viáveis e férteis, e
cruzam-se com indivíduos de uma das
espécies parentais.
Neste caso, em função da viabilidade e fertilidade, parte do
patrimônio genético de uma das espécies seria incorporado pela
espécie receptora, caracterizando aquilo que chamamos de
introgressão.

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introgressão

ligre = leão (macho) + tigre (fêmea)

tigreão, ti-ligre…híbridos estéreis: possuem número ímpar de cromossomos

Introgressão

No fenômeno introgressão, uma espécie tem o seu


patrimônio genético alterado por adição de parte do
patrimônio genético de uma espécie aparentada.

A espécie que sofreu introgressão tem o seu


patrimônio genético descaracterizado e a população,
ao longo de sucessivas gerações, passa a expressar
caracteres fenotípicos que não lhe são típicos.

Este processo se intensifica ainda mais se,


continuamente, forem produzidos híbridos que venham
a participar do processo.

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Introgressão

Fluxo gênico a partir de retrocruzamentos sucessivos

Resulta em mistura complexa de genes parentais das


espécies.

Pode gerar especiação simpátrica (ex. plantas, animais)

Modelos de especiação

•  Especiação alopátrica;

•  Especiação peripátrica;

•  Especiação parapátrica;

•  Especiação simpátrica.

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Modelos de especiação
Novas espécies formadas a
Modos de especiação partir de...

Alopátrica Populações isoladas


(alo = outros, pátrica = geograficamente
lugar)

Peripátrica Uma pequena população


(peri = perto, pátrica = isolada na borda de uma
lugar) população maior

Parapátrica Uma população


(para = ao lado, pátrica = continuamente distribuída
lugar)
Reduzição do fluxo
gênico entre as
populações

Simpátrica Dentro da faixa da


(sim = igual, pátrica = lugar) população ancestral

Pressões seletivas

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§  O processo de especiação pode ser desencadeado a par0r de


um isolamento geográfico.

§  O isolamento geográfico pode resultar em um isolamento


reprodu3vo.

Especiação alopátrica

Barreira geográfica

Isolamento reprodutivo

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Vicariância

Surge uma barreira

Istmo do Panamá
Especiação

Efeito fundador
Mlabri
Amish

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Experimento de Dodd (1989)

•  Efeito pleiotrópico
ü  Um gene influencia em várias características;

•  Efeito carona (hitchhiking)


ü  Genes ligados aumentam em frequência.

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•  Efeito pleiotrópico
Ex. Gene que influi no tamanho do bico em aves (o que comer???)

ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA

Escolha dos parceiros

Podos, 2001

•  Efeito carona

GENE 1 GENE 2
(alimentação) (acasalamento)

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Especiação Peripátrica
Similar à alopátrica por existir isolamento geográfico, entretanto uma
das populações coloniza nova área, se isola da original é bem menor

São importantes: efeito fundador e a deriva genética.

Especiação peripátrica

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Especiação Parapátrica
Não existe uma barreira geográfica impedindo o fluxo gênico (distribu-
ição contínua). O cruzamento ocorre preferencialmente entre
indivíduos “vizinhos”.

ex. erva Anthoxanthum


mudanças na época de floração –
ex.: espécies em anel surgim. plantas autopolinizadoras)

Especiação Parapátrica

Corvus corone Corvus cornix

Zona híbrida o zona de


tensão

Pre-condição para o
reforço

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floração em épocas
diferentes = redução ou
eliminação do fluxo
gênico

D Ortiz-Barrientos and L H Rieseberg (2006). Speciation: Splitting when together. Heredity, 97:2-3.

As “espécies em anel”

gaivotas Larus

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E quando existe reencontro de populações


que estão se diferenciando?

Zonas híbridas

Locais em que as
populações, diferindo em
várias ou muitas
características, intercruzam-
se. Contato secundário entre
as populações que se
diferenciaram em alopatria,
mas que não alcançaram
um status pleno de espécie

Reforço
Resposta evolutiva a um segundo contato

•  Acontece em um mosaico de zonas hibridas nas quais o fitness


varia

Zonas de tensão: onde dos genótipos igualmente fixados se


encontram e produz híbridos.

ü  Processo pelo qual a seleção natural aumenta o isolamento


reprodutivo

ü  Espécies separadas se reencontram e podem gerar híbridos de


menor viabilidde (zonas híbridas)

ü  Importante para especiação parapátrica e simpátrica – restringe


intercruzamentos

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Especiação Simpátrica
Não requer distância geográfica para ocorrer a redução do fluxo
gênico. Novos e distintos nichos são explorados (ex. Insetos herbívoros
passam a explorar novos hospedeiros).

Ex. Alteração de hospedeiro (insetos fitófagos);


Período de floração;
Poliploidização.

Especiação Simpátrica

Rhagoletis pomonella
Critérios para separar espécies simpátricas de não simpátricas
•  As novas espécies devem se distribuir por áreas sobrepostas
•  A especiação deve ser completa – isolamento reprodutivo
•  Necessariamente devem ser espécies irmãs ou monofiléticas
•  A história evolutiva biogeográfica deve evidenciar que a especiação
alopátrica é improvável.

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moscas da maçã maçã espinheiro (maçã silvestre)

200 anos = muitas diferenças genéticas já existem

Tipos de especiação simpatrica

1) Seleção disruptiva: fortes pressões seletivas fazem com que uma


determinada população se adapte a dois ou mais regimes ambientais diferentes
(ou nichos), gerando isolamento progressivo das subpopulações e, por fim,
resultando em especiação.

2) Alterações cromossômicas: Duas espécies simpátricas (vivendo no mesmo


local) podem originar, instantaneamente, uma nova espécie por poliploidia.

v  Se uma população que apresenta o novo arranjo se estabelecer, será


geneticamente isolada de sua população original e pode divergir rapidamente
para uma nova espécie.

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Seleção disruptiva
Os tentilhões da espécie Geospiza fortis Parasitas de peixes: mais de 400
da ilha de Santa Cruz espécies diferentes

Diferentes fenótipos (2 tipos


diferentes de bico) podem levar à
Gyrodactylus Nordmann
especiação pois afetam os sinais
de acasalamento criando uma
barreira reprodutiva. Alguns autores explicam que a especiação e a
radiação adaptativa relacionada à mudança
de hospedeiro é a principal hipótese para
justificar a riqueza incomum das espécies do
gênero.

Alterações cromossômicas, poliploidia


É produzida como consequência de alterações nos cromossomos.
Fenômeno raro nos animais e relativamente frequente nos vegetais.

Trigo atual: O Triticum sativum


possui, portanto, um patrimônio
genético próprio, isolando-o

reprodutivamente dos seus
antecessores

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Peixes ciclídeos em lagos aficanos: um


exemplo formidável de especiação

- Lago Tanganyika, 9-12 milhões de


anos;
-  Lago Malawi, 2-5 milhões de anos
-  Lago Victoria, 250-750 mil anos

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Coespeciação

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Qual a forma da especiação?

Fatores que ocasionam a especiação

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Qual o tempo necessário para ocorrer


especiação?

Taxa de especiação
•  Debate atual:
A especiação ocorre em que velocidade?
–  Gradualismo
•  Charles Darwin
•  Charles Lyell
–  Equilíbrio Pontuado
•  Stephen Jay Gould
•  Niles Eldredge

Niles Eldredge
Curador
American Museum of Natural History

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Gradualismo
•  Divergência gradual
após longos períodos
de tempo
–  assume que grandes
mudanças ocorrem
como resultado do
acúmulo de um grande
número de pequenas
mudanças

Equilíbrio Pontuado
•  Taxa de especiação não
é constante

–  longos períodos sem ou


com pouca mudança
–  pontuados por rápidos
eventos de mudança
–  explica ausência de
registros fósseis de
formas transicionais Time

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Equilíbrio Pontuado

Evolução não possui direção


Uma tendência evolu0va não significa que a evolução
possui um obje0vo definido.

Espécies sobreviventes
não representam o
ponto superior de
perfeição. Há ajustes
e aleatoriedade
envolvidos

O mesmo ocorre na
espécie humana!!!

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OBJETIVOS

•  DNA: validar a presença de espécie críptica

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Cryp0c species
•  Several examples: ... from insects to elephants...
(Hebert et al 2004; Elmer et al 2007; Vallinoto et al 2009;
Roca et al 2001; Brown et al 2007; Rohland et al 2010)

Cryp0c species
•  DNA analysis
morfológica

molecular

(Bickford et al 2007)

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Sphyrna lewini
críptico

3 indivíduos
crípticos

18 indivíduos
crípticos

7 indivíduos
crípticos
Ocorrência registrada
apenas no Atlântico
Ocidental - Norte

Material e Métodos
Coleta Isolamento do DNA e Detecção de
PCR multiplex da região indivíduos com
ITS 2 padrão de bandas
atípico

187 amostras
Atlântico ocidental
(GM, CB e BR)

Busca de
PCR – mtCR Seqüenciamento de todos sequencias em
indivíduos com padrão atípico bancos de dados
S. lewini e algumas outras spp e análises
- mtCR (~ 1100 pb) comparativas

- ITS 2 (~800 pb)

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“Sphyrna lewini cryptic”

Hammerhead sharks

lewini
zygaena
mokarran
tiburo
Sphyrna tudes
media
corona
couardi
Sphyrnidae
sp (espécie nova?)

Eusphyra blochii

Martin (1993). Nature

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“Sphyrna lewini criptic” Occurence restricted to


Northwestern Atlantic

N=143/3 indivíduos
crípticos
-nuclear DNA ITS 2
-species-specific primer

N= 76/18 indivíduos
crípticos
- nuclear DNA LDHA6
- mitochondrial DNA CR e
COI
- Vertebral count

Cryptic lineage had enough genetic divergence from Sphyrna lewini

N=271
-Global

N=47
2008 nenhum
-Austrália
-Indonésia críptico
adicional

N=140
-Caribe
-Brasil

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Overview
•  >600 S. lewini evaluated globally = 21 cryp0c
•  Restricted to Northwestern Atlan0c
•  Gene0c and morfological evidences

•  Undescribed (lack taxonomy studies)


•  Neglected in fisheries management and conserva0on
plans

New fine scale popula0on gene0cs study along Brazilian


coast on S. lewini...
Samples bearing an “anomalous” genetic pattern

What species is that


Ø cryptic lineage
Ø New lineage ?
Aims:
•  Inves0gate the gene0c composi0on and feasible
occurence of the cryp0c lineage in the Southwestern
Atlan0c

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Material and methods


Sampling – 2005 a 2010
203 samples
Western
Atlantic Isolating DNA and PCR-
based genetic
identification

Anomalous individuals
lacking the SSP
amplicon

***3 anomalous individuals?? expected atypical

Material and methods


PCR : Sequencing all individuals
– mtCR – ITS 2
- mtCR (~ 1100 pb)
- ITS 2 (~800 pb)

Data analysis

- Sequences generated were combined to available sequences of all 8 hammerhead


species

-  Determining the model of evolution

-  Phylogenetic analysis: M. Likelihood and Bayesian

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RESULTS

23 ITS2 sequences

53 mtCR sequences

RESULTS

mtCR

Brasil

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RESULTS

RESULTS

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RESULTS

ITS 2

Brasil

RESULTS
•  Both loci support cryp0c lineage as a sister group of S.
lewini

•  Divergence between Cryp0c and S.lewini:


–  1,5% ITS2
•  lower intraspecific polimorfism

–  5,5% mtCR
5,3% mtCR (Quayro et al 2006)
5,6 a 7,5% mtCR (Duncan et al 2006)

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Outcomes...
Ø DNA analysis support occurence of Sphyrna cryptic in the Southwest Atl.
Ø Caught only at high latitudes
Ø Anti-tropical, disjunct distribution restrict to the Atlantic

> 7000 Km

Sampling site
Intertropical zone

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Perguntas??

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