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SELEÇÃO NATURAL
INTRODUÇÃO:
Teoria de Darwin: consiste de uma explicação da forma que os seres vivos evoluem, da diversidade de
vida no planeta terra. Ele dividiu em dois fundamentos:
1- Ancestralidade comum
2- Força evolutiva que permite que a partir de um ancestral comum várias espécies se originem.
Excesso de fecundidade: uma tarântula põe 500-1000 ovos. Alguns irão se desenvolver em indivíduos
adultos, mais de 90% morrem. Cada indivíduo possui uma combinação de alelos formado na meiose,
tendo então características diferentes os tornando similares entre si e seus pais, mas não idênticos. 90%
das tarântulas não iram sobrevivência por causa dos fatores ao acaso (que nada tem haver com seleção
natural) e 10% vão competir entre si, podendo perder ou ganhar a competição – luta pela sobrevivência.
As que sobreviveram e que estão melhor adaptadas ao seu ambiente, porque na fase juvenil visto que
competiram por recursos, de predação e venceram esse processo portanto estão mais aptas. Com esses
fenótipos mais adaptados são os que vão deixar descendentes. Ou seja, a cada geração haverá uma
alteração na frequência dos fenótipos mais adaptados – está falando de frequência de não de números
absolutos.
PREMISSAS PARA A SELEÇÃO NATURAL:
Condições para que a seleção natural ocorra:
Reprodução;
Hereditariedade – característica determinada geneticamente;
Variação em caracteres individuais entre os membros da população – se ñ existe variação não tem
evolução, diferenças entre os organismos.
Variação relacionada ao desempenho – para ela além de evoluir, ela evolua por seleção natural ela
deve estar obrigatoriamente relacionada a aptidão (sinônimo de desempenho). E deve ser passada
aos descendentes.
Exemplo: transcriptase reversa // 3TC: duas variáveis resistente forma lenta da enzima e susceptível é a
forma rápida; as duas são determinadas geneticamente por uma alteração no gene que caracteriza a
transcriptase reversa e são herdáveis, e essa variação de lenta/rápida e susceptível/resistente interfere no
desempeno das partículas virais, porque quando trata elas com a droga 3TC aumenta a frequência da
partícula resistente a droga (lenta) e quando tira a droga de circulação aumenta a frequência da partícula
rápida, então o ambiente exerce um efeito modulador na frequência da partícula.
MEDINDO A SELEÇÃO NATURAL:
W (VALOR DA APTIDÃO): A cor preta é com maior aptidão (média 9,3), então divide a aptidão dele por
ele mesmo (9,3/9,3= 1,0) e da classe creme (1,4/9,3= 0,15– a aptidão é sempre relativa) e do branco
(1,4/9,3= 0,15).
Para medir o tamanho da força da seleção natural? Para medir usa o coeficiente de seleção ou S:
S= (w-1) coeficiente de seleção; qual a forca da seleção natural sob a característica de menor valor
adaptativo
1,0 – 1= 0 PRETO – não existe coeficiente de seleção.
1 – 0,15= 0,85 CREME – 85% dos indivíduos creme serão selecionados pela força da seleção natural.
1 – 0,15= 0,85 BRANCO - 85% dos indivíduos creme serão selecionados pela força da seleção natural.
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Direcional
Estabilizadora (normalizadora)
A favor do heterozigoto (estabilizadora por alguns autores);
Dependente de frequência (positiva ou negativa);
Disruptiva;
Seleção sexual (também está relacionada ao desempenho)
1- DIRECIONAL:
2- ESTABILIZADORA:
classe fenotípica media com maior aptidão; sobrevivência maior do fenótipo médio; heterozigoto
-Peso médio dos bebes humanos: bebês com pesos muito baixos tem taxa de sobrevivência menor (+/-
20%), mas bebes com peso superior a média também tem taxa de sobrevivência menor (+/- 95%),
comparados ao de peso médio que tem taxa de sobrevivência maior (quase 100%) = maior aptidão
-ao contrário da direcional, a ação estabilizadora age contra os extremos,
então acentua a média que não mudou mas houve um estreitamento da
distribuição dos genótipos; sempre que cruzar indivíduos heterozigotos terá a
formação de indivíduos dos extremos; jamais promove pico de adaptação
100% porque os alelos homozigotos retornam nas gerações escondidos nos
genótipos heterozigotos; ao contrário da direcional que pode eliminar um alelo
se atingir pico de adaptação; então nessa seleção mantem a variabilidade
genética enquanto na direcional pode reduzir.
-Via de regra a seleção natural é um processo de redução da variabilidade
genética, no entanto o tipo de seleção natural que favorece o heterozigoto é
uma exceção porque mantem a variabilidade genética
-Outro exemplo: tamanho da prole falcão; ninhos com 5 ovos tinham maior chance de sobrevivência, e
ninhos com mais ou menos de 5 ovos tinha menos sobrevivência; duas coisas distintas que determinam
isso: menos que 5 ovos a chance de sobrevivência dos filhotes e menor e a consequência disso é a
redução do desempenho do casal; mais do que 5 ovos o casal se reproduz menos por ter que cuidar da
prole; em termos ótimos o valor mediano representa o maior valor de aptidão.
-Outro exemplo: evolução da anemia falciforme (doença mogenica; individuo portador duplo/homozigoto
recessivo– forma mais grave); distribuição da anemia falciforme coincide geograficamente com a
distribuição da malária; porque os alelos são mantidos em frequência tão alta nessas regiões? O que
explica essa correlação? A pessoa que tem anemia falciforme tem hemácia em forma de foice; homozigoto
recessivo grave morre; heterozigoto nem tão grave; nesse indivíduo que tem hemácia hetero,
quando se contamina com o plasmodium da malária, as hemácias promovem uma redução do crescimento
desse plasmodium e isso individuo sofre menos com a malária que um indivíduo normal
-então há duas forças seletivas conflitantes que favorece a seleção a favor do indivíduo heterozigoto para
anemia falciforme, a anemia e a malária ; individuo normal para anemia, morre para malária; individuo
homozigoto recessivo para anemia morre de anemia; e o indivíduo heterozigoto de anemia não morre nem
de anemia e nem de malária= consegue explicar a frequência alta do alelo de anemia falciforme
‘escondida’ no heterozigoto; mas esse alelo não atinge 100% do pico adaptativo porque os alelos
homozigotos retornam nas gerações escondidos nos genótipos heterozigotos;
-Dois fenótipos contrastantes selecionados ao mesmo tempo; duas forças evolutivas distintas agindo sobre
a mesma característica de forma simultânea
A direção do processo de seleção muda em relação a frequência das classes fenotípicas; pode ser
negativa ou positiva;
Negativa: adaptabilidade do genótipo cai quando a frequência desse genótipo aumenta na população; ou
seja, há uma relação inversamente proporcional da frequência com a adaptabilidade;
-Exemplo: peixe parasita que se alimenta de restos de alimentos na escama dos peixes hospedeiros; se
acopla tanto do lado esquerdo quanto direito da presa, isso depende do posicionamento da boca; esse
posicionamento é determinado por dois alelos (herança monogênica simples) que determina o
posicionamento a direita ou a esquerda; quando os alelos são mantidos em equilíbrio, tem-se uma
população de peixes parasitas igualmente representados por indivíduos com boca a direita e indivíduos
com boca a esquerda, com igual frequência; sendo assim o animal é parasitado tanto do lado esquerdo
como o direito em igual frequência
Quando isso acontece, é mais difícil a ele se proteger, fazendo que ambos os parasitas (boca direita ou
boca esquerda) tenha sucesso reprodutivo
Quando o animal é parasitado somente por indivíduos de boca pra direita por exemplo, acontece que o
indivíduo parasitado consegue se proteger melhor, fazendo com que o valor adaptativo dessa
caracteristica caia e o valor adaptativo da característica boca para esquerda aumenta, fazendo com que as
classes voltem ao equilíbrio
-Melhor pico adaptativo é quando tem o equilíbrio das classes fenotípicas; o heterozigoto não é favorecido
como na estabilizadora, mas ambas as classes fenotípicas tem frequências iguais na população, assim
tendo um valor adaptativo maior.
-Pode ter o contrário disso, dependência positiva, quando a frequência da classe fenotípica aumenta, o
valor adaptativo aumenta (diretamente proporcional).
-exemplo: formas impatalaveis de borboleta que são realmente impalataveis e animais que imitam a forma
impalatável; quando os realmente impalatáveis tem uma frequência alta na população, os predadores
‘aprendem’ a evita-las, esse aprendizado é reforçado pela frequência da forma impalatavel (maior a
frequência, maior a capacidade do predador aprender que é impalatavel, maior capacidade de
sobrevivência, maior valor adaptativo, maior sucesso reprodutivo); quando ela migra para uma região que
a forma impalatavel é rara, há maior predação porque os animais ‘não sabem’ fazendo com que diminui
sua frequência e seu valor adaptativo.
-Maior frequência= maior aprendizado de organismos predadores.
5- SELEÇÃO SEXUAL:
Evolução de características que interferem no sucesso reprodutivo; e na maioria das vezes diminui a
capacidade de sobrevivência do animal; é distinto de seleção natural pois esse provoca o aumento da
chance de sobrevivência ou apenas não redução dessa chance; diferente da seleção sexual que reduz a
chance de sobrevivência.
- porque então permanecem na população? Promovem um sucesso reprodutivo muito grande que ele é
mais compensador que a maior sobrevivência do indivíduo. Ele anula as perdas relacionadas a
sobrevivência.
- como ela se dá na natureza? Entre animais que tem dimorfismo sexual, onde as características
normalmente estão presentes nos machos, que investe mais nisso energeticamente; menos comum estar
presente na fêmea, pois esta gasta energia para reprodução em si (alimentação do embrião e cuidado
parental por exemplo);
-Como essa característica permanece? Normalmente são características que transmitem sensação de
sucesso/prosperidade, onde a fêmea entende que esse macho apresenta o maior sucesso reprodutivo da
população; por isso as fêmeas são capazes de causar o aumento do sucesso reprodutivo; mas também
pode reduzir a chance de sobrevivência no macho, onde ele pode ter dificuldades de fugir da predação por
exemplo; exemplo: pavão que abre a cauda que chama atenção para impressionar a fêmea, mas também
chama a atenção do predador.
- Por mais que traga prejuízo o ganho é muito maior; visto que a evolução e um processo populacional e
não individual; pois o indivíduo em sim tem maior chance de ser predado, mas passa o gene a diante com
sucesso maior que os demais; essas características se relacionam com outras que do sucesso para a
população.
As características evoluem com a mesma velocidade? Características próprias do organismo interfere
isso; -evolução da resistência do antibiótico (uma célula/ característica monogenica) = em minutos;
-Evolução do coeficiente de cefalização (muitas células/ característica multifatorial) = 80 milhões de anos;
É relativo o resultado da seleção natural, pois os seres, características, mecanismos e formas genéticas
são todas distintas.
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28/07
ADAPTAÇÃO E SELEÇÃO NATURAL
ADAPTAÇÃO: apenas as adaptações evoluem por seleção natural; adaptação é uma característica do
indivíduo que interfere no seu desempenho; nem toda característica do ser vivo funciona como
adaptação (cor dos olhos, cor do cabelo etc) porque essas características diferem entre si, porém essa
diferença não está relacionada a maior ou menor chance de sobrevivência
- A seleção natural sempre tenderá a promover a seleção dos indivíduos mais adaptados; caminho de
aumento do valor adaptativo; ou seja, adaptação=seleção natural, pois a seleção natural é a única
força evolutiva capaz de resultar em adaptação em uma população natural; outras forças evolutivas
podem não levar a adaptação, elas atuam de força randômica e não influencia no desempenho.
É tendencioso apresentar as adaptações para um objetivo (arvore investe mais em altura PARA alcançar a
luz- visão determinista; tal animal nada mais rápido PARA alcançar sua presa); esse para não existe em
termos evolutivos; essas adaptações são resultadas de um processo mecânico, não tem finalidade e nem
pré-determinação porque é um evento aleatório; pois esse processo tem origem aleatória que é a
mutação. Essas características se estabelecem pelo surgimento aleatório da mutação, que interage
junto com o ambiente e a as pressões de seleção natural.
A mutação de maior investimento de altura faz com que o indivíduo alcance maior absorção de luz,
que afeta o DESEMPENHO e tem como consequência mecânica o maior número de descendentes,
fazendo com que a frequência aumente com o passar das gerações; fazendo com que a característica
possa permanecer na população.
Ela cresceu por causa da mutação aleatória, conseguiu mais luz e consequentemente deixou mais
descentes portanto a característica de altura permaneceu.
EXPLICAÇÕES PARA A ADAPTAÇÃO= evolução adaptativa que é resultado da seleção natural
Há diferenças muito grandes e complexas das adaptações nos seres (olho, asa, mimetismo etc); não
são resultantes de uma única mutação, é por efeito acumulativo; acumulo de pequenas mudanças;
gradualismo filético Darwin (1850)= acúmulo gradual de pequenas mudanças ao longo do tempo
em numa linhagem podendo levar a divisão dessa linhagem (1850)
Evolução de resistência a drogas/herbicidas/inseticida/bactéria ao antibiótico é uma característica
condicionada por um único gene, alteram o desempenho dos indivíduos, mas surge de uma geração
pra outra porque elas advêm da troca de um único nucleotídeo do gene ou uma única deleção, são
mutação simples da origem a essas adaptações simples. Então no início pode ter uma cultura de
bactérias altamente suscetíveis ao antibiótico e na geração seguinte 100% dos indivíduos mutantes
portadores de mutação com resistência ao antibiótico, esse processo rápido de evolução está
relacionado com a forte pressão seletiva do antibiótico presente no meio de cultivo e a determinação
genética da resistência ao antibiótico. Além que o uso de drogas/herbicidas/inseticida é ‘grande’ e isso
influencia também.
Existem mutações que não podem surgir de uma hora para outra: por exemplo – asas coberta de
penas foram o acúmulo de muitas mutações, um efeito cumulativo gradual de pequenas mudanças
para cada adaptação.
Saltacionismo Wright = mutacionistas (1900); mutações das adaptações complexas surgiram em
saltos não tem avanço gradual; de grandes mutações; ocorrência de macromutações (1900); papel
maior da mutação do que ela realmente tem; forma de afrontar o gradualismo de Darwin; população
ancestral e com o saltacionismo na próxima população ela seria diferente, por causa da evolução em
salto.
Equilíbrio pontuado Eldredge e Gold (1970) = conjunto de fosseis durante o tempo/localidades;
regiões mais isoladas de coleta onde há uma grande mudança morfológica num curto espaço de
tempo entre as espécies dessas regiões; onde no mesmo espaço de tempo no gradualismo filético
observa-se duas espécies e no equilíbrio pontuado observa-se 3 ou mais por exemplo.
-eles conseguiram observar que essas diferenças morfológicas e a velocidade de evolução ocorriam
em populações pequenas, periféricas e menores; onde nessas regiões tinha um ambiente mais
heterogêneo (pressões seletivas mudam mais rapidamente) assim essas características interferem na
velocidade do processo de evolução; ou seja, essa ideia não se contrapõem ao Darwin, porque o
gradualismo filetico continua acontecendo nas populações maiores e de ambiente mais homogêneo,
mas esse gradualismo pode ser acelerado em determinadas condições= equilíbrio pontuado; depende
do tipo de população, onde o gradualismo é mais frequente na maioria delas.
-é um processo de especiação peripátrica (só escrito não comentou)
ADAPTAÇÕES COMPLEXAS
Origem das adaptações complexas:
Coadaptações;
Pré-adaptação (co-opções);
Combinação de estruturas (pré-existentes que passam a ter uma nova função quando
combinadas).
Espaços de tempo
Restrições genéticas
Restrições ao desenvolvimento
Restrições históricas
Nem sempre a mutação que confere melhor valor adaptativo está presente na população, então as
populações variam muito, tem as que apresentam ou não mutações que são capazes de lidar com o meio
ambiente; esses fatores então são limitantes a adaptação perfeita 100% pico adaptativo
-De tempo e históricas pode ser entendido como a mesma coisa
-Custo da adaptação também pode ser considerado limitante
1- ESPACO DE TEMPO:
exemplos de espécies vegetais que produzem frutos muito grande, que são adaptados a uma fauna de
herbívoros grandes que foi extinto de forma abrupta; ou seja há uma ruptura no processo de adaptação,
porque os animais que se alimentavam desses frutos e faziam a disseminação das sementes passaram a
ser extintos e agora essas características de ter o fruto grande já não favorece mais a espécie vegetal
porque os animais pequenos não consegue disseminar suas sementes porque o fruto é muito grande; não
é uma característica que promove adaptação; então um novo pico adaptativo está se estabelecendo por
meio da seleção natural, no qual muito provavelmente o tamanho do fruto será alterado; ou seja, a espécie
vegetal está adaptada a um ambiente do passado porque a seleção natural demora atuar; espécie como
‘fotografia’ do passado.
2- RESTRIÇÃO HISTÓRICA:
Não deixa de ser uma restrição de espaço de tempo; algumas populações naturais estão imperfeitamente
adaptadas atualmente porque o histórico evolutivo de seus ancestrais os posicionaram em uma direção
que mais tarde tornou-se a direção errada; três gráficos (aptidão x tempo) em três tempos diferentes, onde
no tempo 1 a população caminha no sentido de ter o maior valor de aptidão médio (pico adaptativo) para a
esquerda, que é o que a seleção natural faz, porque seleciona de forma contraria os alelos que interferem
negativamente no desempenho; no tempo 2 o ambiente muda, e isso promove uma ruptura do que era
uma curva única, onde uma parte da população que ainda não tinha alcançado o pico adaptativo, mas que
agora tem um valor adaptativo maior comparado ao tempo 1 devido a alteração ambiental; ou seja, tem
situações distintas em que as populações se encontram; no tempo 3 o pico adaptativo é em sentido a
direita, pelas modificações do ambiente, diferente do tempo 1 que era em sentido da esquerda
Com o passar do tempo pode ter a manutenção do ambiente com as mesmas pressões seletivas (tempo
1), ou ao longo do tempo pode ter alterações do ambiente (tempo 2 e 3), há novas pressões, onde
indivíduos que eram menos adaptados anteriormente podem chegar ao pico adaptativo, e aqueles que
eram adaptados podem chegar ao vale adaptativo/ou diminuir o valor de aptidão médio pela mudança do
ambiente/alteração de pressões seletivas.
Portanto, quando se estuda uma característica de adaptação num determinado tempo isso é uma
‘fotografia’ de um momento especifico da evolução da característica, não refletindo a história como um
todo da evolução da característica ; essa fotografia pode mostrar um pico ou um vale adaptativo porque
essa população no passado estava adaptado mas o ambiente mudou e a velocidade da mudança do
ambiente não foi acompanhada pela velocidade necessárias para que as seleção natural conseguisse
estabelecer um novo pico adaptativo; nessas duas situações semelhantes de restrição de tempo e
restrição histórica, existe uma ação fundamental do tempo no processo de evolução por seleção demora,
ela demora para promover alteração por seleção natural, pode ter alteração no ambiente que altera muito
mais rápida do que a própria seleção natural que pode mudar a população.
Com o passar do tempo a população tende a alcançar o pico adaptativo porque a variabilidade genética
está presente na população, o que restringe é apenas o tempo.
3- RESTRIÇÕES GENETICAS:
Por exemplo nos casos de vantagem do heterozigoto; se o heterozigoto é o mais adaptado, a população
jamais conseguira alcançar 100% da adaptabilidade (pico adaptativo), pois as características genéticas
limitam isso, sempre será produzido a forma homozigota (letalidade) no exemplo do reptil Triturus cristatus
que apresenta cromossomos letais balanceados (1A e 1B) heteromórficos, as proles homomorficas
morrem; ou seja, sempre no cruzamento dos hetero os homo (50%) morrem, porque o alelo sempre está
escondido nos hétero para atingir o pico era necessário não ter mais os homo, não com a meiose. Nesse
caso não tem a ver com o tempo.
Portanto, a forma como a característica é geneticamente determinada limita o pico de adaptação máximo.
4- RESTRICOES AO DESENVOLVIMENTO:
Mutantes com alteração de uma parte do corpo que promovem consequentemente a alteração de outra
parte relacionada ao controle do mesmo gene; genes relacionados a biologia do desenvolvimento;
acontece isso porque o controle é compartilhado; alteração em uma estrutura muda a estrutura de outra;
ocorre devido ao efeito pleiotropico de uma série de genes uma mutação em A benéfica pode alterar
B, que para este será maléfica então a mutação que ocorreria em A passa a ser limitada por causa dos
efeitos negativos que causa em B; mutação que altere o comprimento do pelo protegendo do frio, altera
também o tamanho das extremidades levando a perda de calor; devido a esse efeito pode ocorrer que
uma nova mutação traga adaptação a uma estrutura e afete negativamente outras estruturas; atrasa a
evolução de determinadas características.
A seleção natural fica impossibilidade de fazer que uma característica alcance seu pico máximo. Porque
se isso acontece a população é levada a um vale por causa da outra característica que é afetada
negativamente. É lago meio termo, que fique bom para os dois.
Adaptações – trade offs (o custo é o limite): adaptação sempre tem um custo; a evolução de uma
característica boa pode acabar acaba prejudicando outra características, que pode impedir uma evolução
ainda maior = atingir pico adaptativo; uma característica limitada pela evolução de outra.
Exemplo característica de seleção sexual – desenvolvimento de chifre em besouro: investimento em
chifres promove aumento do desempenho, pois tem aumento da taxa de reprodução; observaram que em
cada espécie a região de desenvolvimento do chifre era em área diferente (perto dos olhos, asas ou
antenas) porque então havia essa variação? Observaram que todos os chifres promovem o mesmo valor
adaptativo, mas o investimento do desenvolvimento do chifre causa uma limitação do desenvolvimento da
área da qual o chifre nasce, se nasce perto dos olhos afeta o desenvolvimento dos olhos (olhos, asas ou
antenas); relacionaram a ecologia dos animais em relação ao chifres, onde perceberam que as espécies
noturnas raramente tem chifre na área que restringe a formação dos olhos, justamente para não limitar a
visão noturna e nos diurnos tanto faz.
A mesma adaptação tem custo diferentes para espécies próximos de acordo com sua ecologia.
As adaptações são complexas na sua origem, no processo de formação e quando relaciona o custo de
desenvolvimento delas.
CARACTERÍSTICAS QUE NÃO SÃO ADAPTAÇÕES , de onde essas características podem ter surgido?
Características que não seja relacionado ao desempenho= pode ser resultado por composição química ou
estrutural (cor vermelha do sangue); neutra e pode ter evoluído por deriva genética (algumas doenças
genéticas dos humanos); por estar fisicamente ligado (próximo à o cromossomo onde e carregada junto) a
um caráter que promove adaptação; ou por ser uma consequência da história filogenética (homologia,
ossos vestigiais).
COMO RECONHECER UMA ADAPTAÇÃO?
a) complexidade: a complexidade de determinadas estruturas naturalmente sugere que tenham evoluído
por seleção natural como os olhos, encéfalo.
B) design: morfologia = função, como as asas; algo que evolui por desempenhar uma característica NÃO
para (finalidade) desempenha-la; relação de característica e função; evolui por desempenhar uma
característica.
c) experimentos: é possível concluir se uma característica contribui ou não para o desempenho do
organismo; tamanho da pena esta relacionado a adaptação, animal com cauda curta e longa e a diferença
no seu desempenho
d) método comparativo: característica conservada em várias espécies num mesmo ambiente por ex., se
uma característica evolui de forma independente em diferentes linhagens de um determinado ambiente,
então ela deva promover adaptação a esse ambiente (analogias= características relacionadas a função
mas não tem uma origem ancestral comum, convergência).
LAMARCK? Evolução para rediscutir as ideias de Lamarck (ambiente promove uma modificação nos ser
vivo, e se essa modificação responde adequadamente ao ambiente automaticamente é passada as
gerações seguintes, ambiente transformando os seres vivos que evoluíram de forma linear);
Últimos achados da biologia molecular que fez repensar as ideias de Lamarck: epigenética= qualquer
alteração do material genético que não é genética (não é uma alteração de nucleotídeo) que é passada a
diante; são mudanças químicas do DNA que alteram a disponibilidade daquela informação para a
maquinaria de transcrição da célula por exemplo, onde um gene pode ser desligado ou ligado ao longo da
vida do organismo, como a metilação de bases nitrogenadas (desligamento do gene= condensamento
grande; porque ela condensa o gene e a maquinária não consegue trabalhar) e acetilação (acontece nas
histonas, compactação do DNA que fica acessível aos fatores de transcrição); mudanças químicas no que
alteram a disponibilidade do material genético para a transcrição mas não afeta a informação material
genético;
ambiente pode promover alteração epigenética e resultar na determinação de uma característica:
florescimento ou não da planta, quando o gene está ativo (desmetilado) histonas acetiladas gene é
expresso e mantem a repressão do florescimento e crescendo; alteração da temperatura para quente
sinalização desacetilar as histonas/metilar o gene não tem mais a produção da proteína que impedia
o florescimento. Isso é um controle epigenético.
genes imprintados (imprint) também é epigenético): cromossomos, vem 1 do pai e 1 da mãe existem
correspondência alelilca nesses cromossomo mas existem alguns genes tem que devem ser expressos
em uma única dose, se forem em dose dupla pode ser letal então para esses genes, um deles devem vir
silenciados (metilado) e o outro cromossomo vem ativado, esse padrão é reproduzido no momento da
replicação do genoma e é transmitido geração a geração, uma alteração hereditária e promovo alteração
no desempenho. Principal aspecto que comprova os clones humanos.
acomodando as ideias de Lamarck: atribui o papel do ambiente a evolução das espécies, a evolução
dessas características que correspondem a fenômenos epigenéticos; essas podem produzir variantes
fenotípicas distintas que altera o desempenho e pode assim evoluir por seleção natural;
alterações epigenéticas nos seres vivos por: temperatura, eventos catastróficos (efeito fundador),
poliploidia e hibridização.